Micro Economi A
Micro Economi A
Micro Economi A
01 A MICROECONOMIA
1.1.5 TOMBAMENTO - CONCEITUAÇÃO
A microeconomia estuda a relação entre indivíduos que produzem e as pessoas que necessitam de algo ou estão
dispostas a gastar seu dinheiro com algum bem. Essa relação se chamada oferta e procura, que estabelece uma regra muito
importante e que impulsiona os mercados a Lei da Oferta e Procura. Esta lei dita preços e quantidades consumidas ou
produzidas. Por este motivo, por se tratar de algo tão próximo a nós, é muito importante conhecer e discutir um pouco sobre o
assunto.
Agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações, contribuem para o
funcionamento do sistema econômico, tanto capitalista quanto socialista.
Os agentes econômicos são os seguintes:
• Empresas: são os agentes encarregados de produzir e comercializar bens e serviços. Como é realizada a produção?
Através da combinação dos fatores produtivos adquiridos junto às famílias. As decisões da empresa são todas guiadas
para o objetivo de conseguir o máximo de lucro e mais investimentos;
• Família: inclui todos os indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel de consumidores, adquirem os
mais diversos tipos de bens e serviços, objetivando o atendimento de suas necessidades. Por outro lado, são as famílias
os proprietários dos recursos produtivos e que fornecem às empresas os diversos fatores de produção, tais como:
trabalho, terra, capital e capacidade empresarial. Recebem em troca, como pagamento, salários, aluguéis, juros e
lucros, e é com essa renda que compram os bens e serviços produzidos pelas empresas. O que sempre as famílias
buscam é a maximização da satisfação de suas necessidades;
• Governo (nas três esferas): inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle do
Estado, nas suas esferas federais, estaduais ou municipais. Vez por outra, o governo atua no sistema econômico,
produzindo bens e serviços, através, por exemplo, da Petrobrás, das Empresas de Correios, etc.
1.2 O MERCADO
O mercado é o local onde os agentes econômicos realizam suas trocas ou buscam produtos ou serviços para satisfazer
suas necessidades. É no mercado que os agentes econômicos interagem.
Todos os dias, você ouve ou lê algo que trata sobre mercado. Basta abrir os jornais, assistir à televisão, visitar as ruas de
sua cidade. Portanto, não é nada tão distante do seu dia-a-dia, pelo contrário, é algo que faz parte do seu cotidiano, de sua
vida.
Pindyck e Rubinfeld (2006) dividem as unidades econômicas em dois grandes grupos, de acordo com sua função, ou
seja, a de compradores e a de vendedores. Os compradores abrangem os consumidores, aqueles que adquirem bens e
serviços, e as empresas que adquirem mão-de-obra, capital e matérias-primas que utilizam para produzir bens e serviços. Entre
os vendedores, podemos listar as empresas que vendem bens e serviços, além dos trabalhadores que vendem seus serviços e
os proprietários de recursos que arrendam terras e comercializam recursos minerais.A interação de compradores e vendedores
dá origem aos mercados.
(lado da procura) e vendedores (lado da oferta) de bens, serviços ou recursos que estabelecem contato e realizam
transações entre si. O lado dos compradores é constituído tanto de consumidores, que são compradores de bens e serviços,
quanto de empresas, que são compradoras de recursos (trabalho, terra, capital e capacidade empresarial) utilizados na
produção de bens e serviços. O lado dos vendedores é constituído pelas empresas, que vendem bens e serviços aos
consumidores e pelos proprietários de recursos (trabalho, terra, capital e capacidade empresarial), que os vendem (ou
arrendam) para as empresas em troca de remuneração (salários, aluguéis, lucros).
Nas economias modernas, a maioria das decisões sobre o que e quanto produzir, como produzir e para quem produzir
são tomadas nos mercados. Para que possamos determinar quais os compradores e vendedores estão participando do
mercado, devemos incorporar a idéia do que seja a extensão do mercado. Por extensão de mercado, devemos entender os
seus limites, tanto geográficos quanto em termos da variedade de produtos que nele são oferecidos. Porém, percebemos que,
em algumas situações, o mercado falha nessa tomada de decisões. Quando isso ocorre, é preciso que o Estado intervenha no
sentido de ajustar o processo. Percebe-se que o mercado é, ao mesmo tempo, o meio mais simples e o mais complexo de
alocação de recursos.
Quando falamos de estruturas de mercado, devemos levar em conta o número de agentes econômicos, os fatores como
comportamento, recursos disponíveis, produtos, controle sobre preços, concorrência e o ingresso de novas empresas ou
concorrentes. Esses critérios associados definem o que chamamos de mercado, logo podemos perceber de imediato que
existem diferentes mercados.
Agora vamos estudar algumas estruturas de mercado e perceber suas semelhanças e diferenças.
1.2.1.2 MONOPÓLIO
Aqui aparece uma situação extrema. Atualmente encontramos esta estrutura em estatais como energia elétrica e
empresas de saneamento de água, por exemplo. Essas são as características:
1.2.1.3 OLIGOPÓLIOS
Essa estrutura possui muitas formas. As mudanças variam de setor para setor.
• Possui um número pequeno ou grande de concorrentes, mas existem duas ou três empresas líderes que detém uma
maior fatia do mercado.
• Possui diferenciação entre seus produtos ou serviços.
• Concorrência muito forte.
• Difícil ingresso de novos concorrentes
• Devido ao baixo número de concorrentes, o controle dos preços é geralmente fácil. (Cuidado com os cartéis).
• A informação é totalmente aberta, como seus produtos, por exemplo, ou estratégias de novos pontos de venda.
Todas as estruturas de mercados estão preocupadas em responder algumas perguntas como o que produzir? Para
quem produzir? Então vamos verificar quais são de fato os interesses das empresas. Evidentemente tudo isto buscando uma
maximização do lucro no final do período.
Todos nós sabemos que uma empresa deve produzir e que as pessoas têm interesse em comprar produtos fabricados
por estas empresas. Como já definimos, as necessidades são ilimitadas e a produção é limitada.
A empresa deve responder aos seguintes questionamentos:
• O que produzir?
• Quantas unidades produzir?
• Como produzir?
• Para quem produzir?
• Quanto custa?
• Existe algum concorrente para este produto?
• É realmente necessário comprar tal produto?
Quando falamos de mercado, estamos falando da relação entre a procura por algum produto e a oferta de algum
produto. A procura se dá pelo fato das pessoas estarem dispostas a gastar para adquirir alguma mercadoria. Leva-se em conta
o salário, a utilidade, a necessidade e os preços. E quando observamos a oferta de um produto estamos falando de níveis ou
quantidades de produtos que as empresa ou os prestadores de serviços estão dispostos a oferecer no mercado, considerando
fatores de produção, clima, custos operacionais, regiões, se possui clientela para o seu produto e os preços praticados.
Bem, essa queda de braço cria uma força chamada Lei da Oferta e Lei da Demanda. Em muitos mercados, como a bolsa
de valores, os preços e as quantidades comercializadas, são determinadas pela oferta e demanda de mercadorias.
Adam Smith chama isto de a “mão invisível do mercado”, e de fato é esta mão que dita às regras, de preço e
quantidades (demandadas e ofertadas).
Segundo Rossetti “A demanda de determinado produto é determinada pelas várias quantidades que os consumidores
estão dispostos e aptos a adquirir, em função de vários níveis possíveis de preços, em dado período de tempo. ”
Os economistas recorrem ao conceito de demanda para descrever a quantidade de um bem ou serviço que uma família
ou empresa decide comprar a um dado preço. Então, a quantidade demandada de um bem ou serviço refere-se à quantidade
desse bem ou serviço que os compradores desejam e podem comprar. Observe, também, que várias questões podem afetar os
consumidores na hora da compra, tais como renda, gosto, preço, etc.
A Teoria da Demanda deriva de algumas hipóteses sobre a escolha do consumidor entre diversos bens e serviços que
um determinado orçamento doméstico permite adquirir. Essa teoria procura explicar o processo de escolha do consumidor
diante das diversas possibilidades existentes. Devido à certa limitação orçamentária, o consumidor procura distribuir a renda
disponível entre os diversos bens e serviços, de maneira a alcançar a melhor combinação possível que possa lhe trazer o maior
nível de satisfação. A demanda não representa a compra efetiva, mas a intenção de comprar por determinado preço.
Pense em uma TV, não importa a marca, mas que só exista uma única peça em uma única loja na cidade em que mora.
Não existe previsão de chegada de novas unidades desta TV. Nesta cidade várias pessoas estão dispostas a comprar está TV,
por quanto à loja irá vender? Pelo preço que quiser não acha? Agora a situação inversa existe mais TV’s em estoque que o
número de pessoas interessadas, a loja determinará o preço como quiser novamente? Não, pois existem muitas unidades a
disposição dos consumidores. Uma regra da demanda é que quanto maior for o preço praticado menor será a quantidade
vendida ou comercializada.
Existem algumas razões dos consumidores para explicar o consumo, por exemplo:
Os preços constituem uma espécie de barreira para os consumidores, quanto maior for o preço menor será a
quantidade de pessoas dispostas a pagar por este produto. Quando o preço de um determinado produto aumenta, o
consumidor procura alternativas de consumo a isso chamamos de efeito de substituição. E a última razão é que quanto maior
for o número de produtos no mercado sua utilidade tende a ser menor e vice-versa.
Ao analisarmos como funcionam os mercados, percebemos que o preço de um bem ou serviço exerce papel central. Na
prática, a quantidade demandada de um bem ou serviço diminui quando o preço aumenta, e aumenta quando o preço diminui.
Logo, a quantidade demandada é negativamente relacionada ao preço, como pode ser observado no gráfico abaixo:
Ou seja, se a população se torna mais rica, a demanda aumenta para cima. Agora, em um situação de crise, por
exemplo, as pessoas estão mais pobres, logo compram menos e assim a curva da demanda acaba sendo deslocada para baixo.
Elasticidade é um conceito muito importante na economia, pois trata da medição dos níveis de interesse por parte dos
consumidores em aceitar ou não o aumento de preços. Por exemplo, se uma empresa aumenta seus preços, a quantidade
vendida tenderá a cair. Porém, cairá quanto? Uma regra da procura é que quanto maior for o preço praticado menor será a
quantidade vendida ou comercializada.
O sal de cozinha é, por exemplo, anelástica porque os preços podem variar, mas as pessoas continuam comprando sal.
Enquanto os financiamentos de carros podem sofrer muita variação com o aumento ou a queda de juros para este fim,
portanto são muito sensíveis logo são elásticos.
As quantidades podem sofrer alterações em função do preço praticado pelo mercado. Portanto existem alguns fatores
que podem mexer com esta quantidade. Vejamos estas possibilidades:
A renda: o fator renda pode e interfere nas quantidades comercializadas. A distribuição da renda, o próprio nível de
renda e a estrutura de distribuição a diferentes classes sociais fazem com que os produtos tenham uma elasticidade muito
variada. Existe também um estudo que mede o quanto a procura varia em função da variação da renda dos consumidores.
Acredito que vocês já viram a mídia noticiar que o comércio espera o décimo terceiro salário para aquecer as vendas de final
de ano.
Atitudes e preferências: a aquisição de produtos se dá muito facilmente verificada a fatores de moda, como novelas,
filmes ou propagandas, motivos religiosos ou crenças e valores, no sentido moral e ético. Por exemplo, uma novela com tema
country, em poucos meses as roupas, os alimentos até mesmo o jeito de falar são absorvidos por algumas pessoas no seu dia a
dia.
Preços de bens substitutos: um concorrente pode vender mais se uma empresa rival subir seus preços, e o contrário
também existe. Por exemplo, se o pneu Pirelli subir de preço as pessoas passam a consumir Goodyear e vice-versa.
Bens complementares: seu filho pede a você um vídeo game novo, você acha muito caro os jogos que terão que ser
adquiridos mais tarde. Se estes jogos caírem de preços você resolve comprar o aparelho para seu filho. Este é o exemplo de
uma situação corriqueira, relacionada ao consumo de bens.
Satisfação e expectativa: um determinado produto pode sofrer variações nas quantidades procuradas quando este
tiver uma expectativa muito boa e satisfizer o consumidor.
E por último, a quantidade de pessoas ou consumidores: este número varia em função do nicho de mercado que cada
empresa pertence. Os nichos são determinados pela renda, região, religião ou costumes individuais. Temos hoje em dia um
aumento na expectativa de vida dos brasileiros, logo produtos para a terceira idade tendem a vender mais.
A elasticidade-preço da demanda mede o quanto a demanda reage a uma mudança no preço. A demanda por um bem é
considerada elástica se a quantidade demandada responder muito a uma dada variação no preço. Isto significa dizer que a
demanda é muito sensível à mudança de preço. Caso essa resposta seja pequena, a demanda por esse bem é considerada
inelástica, ou seja, a demanda é insensível à mudança de preço.
É simples, basta dividir a variação percentual da quantidade demandada pela variação percentual do preço. No
resultado encontrado, o coeficiente de elasticidade é um número puro, independentemente de qualquer identificação com a
unidade, nas quais as variáveis foram expressas. O coeficiente da elasticidade-preço da demanda é sempre negativo, uma vez
que o preço e a quantidade demandada são inversamente relacionados.
Oferta do Produtor
Enquanto a relação da demanda descreve o comportamento dos compradores, a relação da oferta descreve o
comportamento dos vendedores, evidenciando o quanto estariam dispostos a vender, a um determinado preço.
Os vendedores possuem uma atitude diferente dos compradores, frente aos preços altos. Se estes desalentam os
consumidores, estimulam os vendedores a produzirem e venderem mais. Portanto quanto maior o preço maior a quantidade
ofertada.
A Função Oferta nos dá a relação entre a quantidade de um bem que os produtores desejam vender e o preço desse
bem, mantendo-se o restante constante.
Como já vimos no estudo da procura, os consumidores sempre buscam o menor preço. Assim, os produtos que são
escassos tendem a se valorizar mais do que os que estão em abundância no mercado.
“A oferta de determinado produto é determinada pelas várias quantidades que os produtores estão dispostos e aptos a
oferecer no mercado, em função de vários níveis possíveis de preços em um determinado período. ” (ROSSETTI, 1997)
Logo cria-se o choque de interesses: os consumidores querendo preços mais baixos e as empresas níveis de preços mais
altos. O livre mercado é isto. Temos que observar também a seguinte situação: se uma empresa está trabalhando em um
determinado nível de preço e quer fabricar mais produtos e lançá-los no mercado, o risco está em forçar seu próprio preço
para baixo.
Portanto toda a produção deverá ser lançada no mercado de forma controlada para que a própria empresa não sofra
prejuízos com isso.
Para avaliar estes níveis de preço e aceitação de seus produtos a economia estuda a variação da quantidade ofertada
em função da variação do preço praticado. Podemos dizer que a quantidade ofertada depende diretamente dos preços,
quanto maior forem os preços, maior será a quantidade ofertada.
Preço Unitários Quantidades Procuradas
2,00 1.000
2,50 2.000
3,00 3.000
3,50 4.000
4,00 5.000
Esta tabela resulta na curva típica da oferta conforme o modelo abaixo. Observe que com o aumento dos níveis de
preço a quantidade cai.
Percebemos através do gráfico, que as empresas querem vender o máximo que puderem com preços altos.
Evidentemente nunca conseguirão, salvo se for uma empresa monopolista, porque existem pessoas dispostas a gastar
somente um determinado valor por um produto.
Não é possível comparar produtos de mercados diferentes, pois eles podem não responder da mesma forma nas
variações de níveis de preço.
Podemos perceber que no mercado de automóveis, se há uma queda na procura ou um aumento na procura de carros,
isto não implica em que o consumo de gasolina ou álcool também acompanhe esta variação, apesar de serem bens de uma
mesma cadeia produtiva.
Imagine a seguinte situação: uma empresa verifica no mercado que poderia lançar 20.000 unidades a mais de seu
produto. Mas existem alguns fatores que impedem esta produção adicional, por mais que os preços sejam atraentes, por
exemplo:
1. Seus equipamentos já estão trabalhando 24 horas por dia, 7 dias na semana, fator tempo de produção.
2. Sua empresa já trabalha em 3 turnos, logo não tem como abrir mais um turno operacional.
3. Seus fornecedores não conseguem atender suas exigências de insumos nas quantidades que desejam.
Perceba que não depende só da empresa oferecer mais produtos ao mercado. Os fatores que agregados colaboram no
processo produtivo são escassos, portanto seus níveis de produção são escassos também.
O mercado de energia elétrica proveniente de usinas hidroelétricas possui um fator muito importante que limita sua
produção, os rios. Não são em todos os rios que há possibilidade de construir usinas.
O fator tempo, no processo produtivo, é uma questão interessante a ser analisada. Existem muitos produtos que
necessitam de muito tempo para serem produzidos. O vinho é um bom por exemplo. A exploração de metais preciosos
também demanda muito tempo por não ser fácil encontrá-los.
É lógico que existem produtos que respondem de forma imediata as necessidades ou oportunidades do mercado. Por
exemplo, a Coca-Cola é a empresa líder de mercado no Brasil há mais de uma década.
A capacidade instalada significa a capacidade de produção de uma empresa. Quando uma empresa nova abre suas
portas, ou uma empresa amplia seu “chão de fábrica”, com certeza novos produtos irão para o mercado. As ampliações da
oferta de produtos dependem da forma direta de investimentos no setor de produção.
A disponibilidade de fatores de produção influencia na oferta. Assim se um fornecedor não consegue mais ampliar
sua produção, a empresa não terá mais com o que produzir.
É por isso que no estado do Paraná, na região do sudoeste, a empresa Sadia, situada no município de Dois Vizinhos,
compra e mantém, através de contratos comerciais, vários produtores de frango para abastecer seus estoques. Imagine se a
Sadia só dependesse de um único fornecedor, quantos frangos este deveria produzir?
O preço dos insumos cria um impacto no processo produtivo, pois amplia ou reduz os custos operacionais. Logo, a
empresa deverá estar preparada ou ser ágil nas decisões quando houver um repentino aumento de preços de seus
fornecedores, para que não prejudiquem seu desempenho no mercado.
A tecnologia ajuda a manter preços, e até mesmo a reduzi-los. A revolução industrial, que apresentou a primeira
mecanização da história da humanidade, não trouxe prejuízos aos trabalhadores da época. Muito pelo contrário, fez com que
as pessoas buscassem trabalhos alternativos.
As expectativas dos produtores em novos níveis de preços podem alterar as quantidades ofertadas no sentido de
aumentar seus ganhos. Neste caso estamos falando de ganhos futuros.
Fica muito claro que não depende só da empresa querer vender mais ou fabricar mais. Existem inúmeros fatores que
impedem seu aumento de produção. Um desses fatores é o que chamamos de forças de mercado ou a mão invisível da teoria
de Adam Smith. De um lado, tem-se a força dos consumidores em querer preços mais baixos e comprar o necessário; e do
outro, a força surge dos empresários em fabricar mais e em níveis de preços maiores. Unindo as duas forças surge – como
resultado final – o conhecido ponto de equilíbrio.
Conceitos:
Curva de oferta: revela os diferentes níveis de produção das empresas para aos diversos níveis de preços praticados.
Elasticidade da oferta: indica um coeficiente que mostra a variação da quantidade oferecida no mercado pela variação
dos preços praticados.
Fatores que deslocam a curva da oferta: fonte de matéria-prima, preços de insumos, tecnologia e expectativas de
produtores
Ponto de equilíbrio
O equilíbrio de mercado
Aqui aparece um dos conceitos mais importantes não só da economia, mas também da gestão empresarial. O Ponto de
equilíbrio que envolve o preço de equilíbrio e a quantidade de equilíbrio. Podemos dizer que a relação entre consumidores e
produtores na maioria dos níveis de preços é um conflito.
Todavia existe um ponto interessante nesta briga: é onde os dois interesses se tocam.
É precisa então, pegar o gráfico da demanda e o da oferta e juntá-los em um mesmo. Assim, eles se cruzam e dessa
forma encontramos o ponto de equilíbrio.
O gráfico mostra a intersecção das duas curvas, a da oferta e da procura, e é justamente neste ponto de intersecção
que ocorre o ponto de equilíbrio, níveis ideais de preço e quantidade para este mercado.
Fatores que possibilitam um deslocamento do ponto de equilíbrio
Toda a movimentação do ponto de equilíbrio ocorre nas alterações de preços e quantidades existentes.
Agora fica mais fácil a identificação daquele ditado popular ”quanto mais existir no mercado mais barato é, e vice-
versa”. Quando a procura se expande e a oferta permanece inalterada, o ponto se desloca para um nível mais alto. Traduzindo:
quando há muita procura por um determinado produto e a empresa não aumenta sua quantidade no mercado, estes preços
– indubitavelmente – aumentarão.
Quando a procura se retrai e a oferta fica estagnada, ocorre o inverso do exemplo anterior. Quando não há procura por
um determinado produto, o preço sofrerá queda. Quando a oferta aumenta e a procura continua inalterada, agora existe uma
força por parte dos consumidores em derrubar os preços. Logo, o ponto de equilíbrio deslocará para baixo no gráfico.
E para concluir, se a oferta se retrai e a procura permanece inalterada os preços tendem a subir porque o produto
passa para a classificação de escasso. Logo, o ponto de equilíbrio se deslocará para cima no gráfico.