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Exercı́cios de Álgebra Linear

1o semestre 2017/18

Jorge Almeida e Lina Oliveira


Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico
Índice

Índice 1

1 Matrizes e sistemas de equações lineares 3


Sistemas de equações lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Cálculo matricial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2 Determinantes 17

3 Espaços vectoriais 24
Os espaços vectoriais Rn . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Independência linear, bases e dimensão . . . . . . . . . . . . . . . 28
Subespaços associados a uma matriz . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Espaços vectoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Matrizes de mudança de base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

4 Valores próprios e vectores próprios 42


Valores e vectores próprios de matrizes . . . . . . . . . . . . . . . 42
Diagonalização de matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

5 Transformações lineares 48
Transformações lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Matriz associada a uma transformação linear . . . . . . . . . . . . 50
Núcleo e imagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Representação matricial de uma transformação linear em diferen-
tes bases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Valores próprios, vectores próprios e subespaços invariantes . . . . 55

6 Espaços vectoriais com produto interno 58


Produtos internos em espaços vectoriais . . . . . . . . . . . . . . 58
Diagonalização ortogonal e diagonalização unitária . . . . . . . . 65

1
Soluções 67

2
1
Matrizes e sistemas de equações
lineares

Notação
Sendo A uma matriz:
Caracterı́stica de A: car(A) ou car A
Traço de A: tr(A) ou tr A
Matriz inversa de A: A−1
Matriz transposta de A: AT
Operações elementares sobre as linhas de A (sendo α um escalar):
a) Li + αLj : indica que se soma à linha i de A a linha j de A multi-
plicada por α
b) αLi : indica que se multiplica a linha i de A por α
c) Li ↔ Lj : indica que se troca a linha i de A com a linha j de A
Matrizes elementares de ordem n:
a) Pij : matriz que resulta de I trocando a linha i com a linha j (sendo
I a matriz identidade de ordem n e i 6= j)
b) Eij (α) (com i 6= j): matriz que resulta de I somando à linha i a
linha j multiplicada por α
c) Di (α) (com α 6= 0): matriz que resulta de I multiplicando a linha
i por α

Observações
a) Apresenta-se abaixo um exemplo de várias possibilidades de escrever a
solução geral de um sistema de equações lineares (supõe-se que neste
exemplo as variáveis são x, y, z e w e que o sistema é indeterminado com
grau de indeterminação 2):

3
• {(−z, −z − w, z, w) : z, w ∈ R}
• {(x, y, z, w) ∈ R4 : x = −z ∧ y = −z − w}
• {(x, y, z, w) : x = −t ∧ y = −t − s ∧ z = t ∧ w = s (t, s ∈ R)}
• {(−t, −t − s, t, s) : t, s ∈ R}

b) Observe que um sistema de equações lineares não homogéneo é possı́vel


se, e só se, a caracterı́stica da matriz do sistema é igual à caracterı́stica
da matriz aumentada.

c) O cálculo do grau de indeterminação de cada sistema deve ser sempre


feito (quando aplicável). Identifique também as variáveis independentes
(ou livres) e as dependentes.

d) Utilize como variáveis dependentes as que correspondem às colunas com


pivôs.

e) Note que os pivôs de uma matriz em escada de linhas são números dife-
rentes de zero, não necessariamente iguais a 1.

f) Sendo A uma matriz quadrada, relembre que A0 = I e que

An = AA . . . A} ,
| {z
n

com n ∈ N.

Sistemas de equações lineares


1-1) Identifique as equações que são lineares nas respectivas variáveis.
1 √
(a) x1 + 7− 3 x2 − 5x3 = 1 (b) 5x + xy − z = 0
2 √ 2 1
(c) u = −πv + w − 3z (d) x 5 + 8y − 5z = 7 3
3

1-2) Utilizando o método de eliminação de Gauss ou de Gauss–Jordan, resolva cada

4
Matrizes e sistemas de equações lineares

um dos seguintes sistemas de equações lineares homogéneo.



 x +y+3z= 0
 (
x1 +x2 +x3 +x4 = 0
(a) 2x+3y =0 (b)
 5x1 −x2 +x3 −x4 = 0
 y +z= 0


 2x + 2y + 4z = 0

 w − y − 3z = 0
(c)

 2w + 3x + y + z = 0

− 2w + x + 3y − 2z = 0

1-3) Escreva as matrizes aumentadas dos sistemas de equações lineares não-homogéneos


e resolva-os utilizando o método de eliminação de Gauss ou de Gauss–Jordan.
 
 x + y + 2z = 8
  2x1 + 2x2 + 2x3 = 0

(a) − x − 2y + 3z = 1 (b) − 2x1 + 5x2 + 2x3 = 1
 
3x − 7y + 4z = 10 8x1 + x2 + 4x3 = −1
 


 w + 2x − y = 4
 − 2v + 3w = 1


 
x − y = 3
(c) 3u + 6v − 3w = −2 (d)

 6u + 6v + 3w = 5 
 w + 3x − 2y = 7

2u + 4v + w + 7x = 7

1-4) Resolva cada um dos sistemas de equações lineares correspondente à matriz


aumentada indicada.
   
1 −2 3 1 1 0 0 4 5
(a) 0 1 2 −2
  (b) 0 1
 0 8 2
0 0 1 6 0 0 1 1 2

1-5) Sem efectuar cálculos, determine quais dos seguintes sistemas de equações

5
Matrizes e sistemas de equações lineares

lineares homogéneos têm solução não-trivial. Justifique.



 2x − 3y + 4z − w = 0
 (
a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 = 0
(a) 7x + y − 8z + 9w = 0 (b)

 2x + 8y + z − w = 0 a21 x1 + a22 x2 + a23 x3 = 0


 x + 3y − z = 0
 (
3x1 − 2x2 = 0
(c) y − 8z = 0 (d)

 4z = 0 6x1 − 4x2 = 0

1-6) Determine um sistema de equações lineares que tenha como solução geral o
conjunto indicado.
a) {(1, 4, 6)}
b) {(t, 4, 6) : t ∈ R}
c) {(−z, 4z, z) : z ∈ R}
d) {(x, y, x + y) : x, y ∈ R}

1-7) Quais das seguintes matrizes 3 × 3 são matrizes em escada de linhas? E em


forma canónica de escada de linhas? Indique a caracterı́stica de cada matriz.
     
1 0 0 1 0 0 0 1 0
(a) 0 1 0 (b) 0 1 0 (c) 0 0 1
0 0 1 0 0 0 0 0 0
     
1 0 0 0 1 0 1 1 0
(d) 0 0 1 (e) 1 0 0 (f) 0 1 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0
     
1 0 0 0 0 0 0 2 0
(g) 0 0 0 (h) 0 0 0 (i) 0 1 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0
     
2 1 0 2 −1 0 2 1 0
(j) 0 −2 + i 0  (k) 0 0 −1 (l) 0 −1 2
0 1 1+i 0 0 2 0 0 0

1-8) Considere as matrizes reais A e b:


  
1 −1 1 0
A= b=
9 −9 α2 α−3

6
Matrizes e sistemas de equações lineares

a) Determine a caracterı́stica da matriz A e da matriz aumentada [A | b] em


função do parâmetro α.
b) Use os resultados da alı́nea anterior para determinar a natureza (em função
de α) dos sistemas cuja matriz aumentada é [A | b], indicando em cada
caso a solução geral.

1-9) Determine a natureza de cada um dos seguintes sistemas de equações lineares


nas incógnitas x, y e z em função dos respectivos parâmetros.

 
 αx + βz = 2
  − 2z = 0

(a) αx + αy + 4z = 4 (b) cy + 4z = d
 
αy + 2z = β 4x + 5y − 2z = −2
 


x + y + z = 4

(c) z=2
 (a2 − 4)z = a − 2

1-10) Considere a matriz  


−1 0 0
A =  1 1 β ,
α 1 1
onde os parâmetros α, β designam números reais.
Selecione a afirmação verdadeira:

A) Existe um único valor de β para o qual o sistema que corresponde à matriz


aumentada  
−1 0 0 0
 1 1 β 0 
α 1 1 1
é impossı́vel.
B) A caracterı́stica da matriz A é 3 qualquer que seja α.
C) A caracterı́stica da matriz A depende de α.
D) A caracterı́stica da matriz A é inferior a 3 para um número infinito de
valores de β.

7
Matrizes e sistemas de equações lineares

1-11) Resolva o sistema de equações lineares homogéneo associado à matriz:


 
1 0 0
A = 0 1 − i −2i 
0 1 1−i

1-12) Considere o sistema de equações lineares cuja matriz aumentada é


 
3 − i 1 5i 4 − i 0
,
0 3 −2i 2 α
onde α é um parâmetro complexo.

Qual das seguintes afirmações é verdadeira?

A) Qualquer que seja o valor de α ∈ C, o sistema de equações é impossı́vel.


B) Qualquer que seja o valor de α ∈ C, o sistema de equações é possı́vel e
tem grau de indeterminação 2.
C) Qualquer que seja o valor de α ∈ C, o sistema de equações é possı́vel e
tem grau de indeterminação 3.
D) Existem valores de α para os quais o sistema de equações é impossı́vel.

1-13) Considere a matriz real:


 
1 2 3
A = −1 −2 1 
α 2α 3α

Selecione a afirmação verdadeira:

A) A caracterı́stica da matriz A é 1 para α = 1.


B) A caracterı́stica da matriz A varia com o parâmetro α.
C) O sistema de equações lineares homogéneo associado à matriz dos coefi-
cientes A é possı́vel e indeterminado com grau de indeterminação igual a
1.
D) A caracterı́stica da matriz AT é 3 para α = 2.

8
Matrizes e sistemas de equações lineares

Cálculo matricial
1-14) Determine a matriz A = [aij ]i,j=1,··· ,r que satisfaz as seguintes condições:

a) aij = i + (−1)i+j para todos i e j (com r = 4)


b) Para r = 4:
• a1j = j para todo j
• aij = aji para todos i e j
• aij = ai+1,j+1 para i, j = 1, 2, 3
c) aij = aj−i , onde a−n , a−n+1 , . . . , a−1 , a0 , a1 ,. . . , an−1 , an são números
complexos e r = n + 1

1-15) Sejam A uma matriz 4 × 2, B uma matriz 4 × 2, C uma matriz 2 × 2, D


uma matriz 4 × 2 e E uma matriz 2 × 4 . Determine quais das seguintes
expressões matriciais estão bem definidas, e nesses casos indique o tipo da
matriz resultante.
(a) BA (b) AC + D (c) AE + B (d) AB + B
(e) E(A + B) (f) E(AC) (g) E T A (h) (AT + E)D

1-16) Calcule os seguintes produtos de matrizes.


     
 1
  1   1 0
 1 2 3   1 2 3 
(a) 1 2 3 −1 (b) −1 (c) −1 1 
−2 5 1 −2 5 1
2 2 2 −1
     
 1 −3  1 −3
  1 −3
  1 1 −1 
(d) 1 2 3 −1 1  (e) 1 1 −1 −1 1  (f) −1 1 
1 0 1
2 0 2 0 2 0
     
1 2 3 1 1 0 1 1 0 1 2 3
(g) 4 5 6 −1
   0 1  (h) −1 0 1 4
   5 6
7 8 9 1 1 1 1 1 1 7 8 9

1-17) Considere as matrizes:


   
1 0 1 −1 0 −1
A = 7 −10 1  B =  1 −1 1 
1 1 −1 1 1 −1

Calcule:

9
Matrizes e sistemas de equações lineares

a) A coluna 2 da matriz AB.


b) A linha 1 da matriz BA.
c) A entrada-(23) da matriz AB.
d) A caracterı́stica da matriz A + B.

1-18) Considere as matrizes


   
2 1 2 5
A = 3 0 1 u = 7 .

1 1 2 3

Mostre que u é combinação linear das colunas de A.

1-19) Calcule se possı́vel A + B, B + C, 2A, AB, BA e CB:


√ 
   

√1 2 π 3 0 0
1 4 2
A= B =  3 −1 2  C = 0 −2 0
−2 1 3
0 1 −1 0 0 5

1-20) Considere as matrizes:


   
  −2 3 0 9 0 0
−1 0 0
A= B= 2 1 1  C = 0 4 0
2 1 1
i 2 −6 0 0 5

Se for possı́vel, calcule:

(a) A − A (b) tr C (c) 2 tr(−B) (d) AT + B T


(e) B T − C T (f) (B − C)T (g) CC T (h) tr(C T C)

1-21) Obtenha uma expressão para An :


 
2 0
a) A =
0 2
 
0 −1
b) A =
1 0

10
Matrizes e sistemas de equações lineares

1-22) Sendo A e B matrizes quadradas da mesma ordem, prove que:


a) tr(A + B) = tr A + tr B
b) tr(αA) = α tr A (para qualquer escalar α)
c) tr A = tr AT

1-23) Uma matriz quadrada A diz-se simétrica se A = AT e anti-simétrica se A =


−AT . Complete os dados das seguintes matrizes de modo a obter proposições
verdadeiras.
 
  3
a) A matriz −1  2  é anti-simétrica.
  
 
1/2 
b) A matriz A = é simétrica e verifica a igualdade AAT = I.
 

1-24) Suponha que A é uma matriz invertı́vel. Prove que se A é uma matriz simétrica
(respetivamente, anti-simétrica), então A−1 é também uma matriz simétrica
(respetivamente, anti-simétrica).
 
1-25) Construa uma matriz A simétrica, de caracterı́stica 1, e tal que 1 2 3 4
seja uma linha de A.

1-26) Sendo A e B matrizes reais simétricas, prove que:


a) A + B é uma matriz simétrica.
b) AB é uma matriz simétrica se e só se A e B comutam.

1-27) Utilizando o método de eliminação de Gauss–Jordan, calcule, sempre que existir,


a matriz inversa de cada uma das seguintes matrizes.
     
1 4 −3 6 6 −4
(a) (b) (c)
2 7 4 5 −3 2
     
3 4 −1 −1 3 −4 1 0 1
(d) 1 0 3  (e)  2 4 1  (f) 0 1 1
2 5 −4 −4 2 −9 1 1 0
−8 17 2 31
   
  1 0 0 0
2 6 6 1 3 0 0  4 0 2 −9
(g) 2 7 6 (h)   (i)  5 
1 3 5 0 0 0 0 0
2 7 7
1 3 5 7 −1 13 4 2

11
Matrizes e sistemas de equações lineares

(Sugestão para verificar a solução: Se uma matriz B é a matriz inversa de uma


matriz A, que matriz é BA?)

1-28) Em cada alı́nea, use a informação dada para calcular a matriz A.


 
2 −1
a) A−1 =
3 5
 
−1 −3 7
b) (7A) =
1 −2
 
T −1 −3 −1
c) (5A ) =
5 2
 
−1 2
d) (I + 2A)−1 =
4 5

1-29) Considere a seguinte matriz Aα , dependente do parâmetro real α:


 
−1 1 α
Aα = 1 −1
 −1
α 0 −1

Qual das seguintes afirmações é verdadeira?

A) Aα é invertı́vel para qualquer valor de α.


B) Existem infinitos valores de α para os quais Aα não é invertı́vel.
C) Existem exactamente dois valores de α para os quais Aα não é invertı́vel.
D) Existe exactamente um valor de α para o qual Aα não é invertı́vel.

1-30) Mostre que a matriz  


0 a 0 0 0
b 0 c 0 0
 
0 d 0 e 0
 
0 0 f 0 g
0 0 0 h 0
não é invertı́vel, quaisquer que sejam os valores de a, b, c, d, e, f , g e h.

12
Matrizes e sistemas de equações lineares

1-31) Calcule, se existir, a matriz inversa de cada uma das seguintes matrizes (com
α, α1 , α2 , α3 , α4 ∈ R).
     
α1 0 0 0 0 0 0 α1 α 0 0 0
 0 α2 0 0   0 0 α2 0  1 α 0 0
(a)   0 0 α3 0 
 (b)   0 α3 0 0 
 (c) 0 1 α

0
0 0 0 α4 α4 0 0 0 0 0 1 α

1-32) Considere a matriz:


 
1 0
A=
2 1
Calcule A3 , A−3 , A2 − 2A + I e (A − I)2 . Resolva a equação

(A + I)2 XA−1 = A + AT .

1-33) Sejam A e B matrizes quadradas da mesma ordem. Prove que

(A + B)2 = A2 + 2AB + B 2

se e só se A e B comutam.

1-34) Determine as matrizes A, x e b, que permitem escrever os sistemas de equações


lineares do Problema 1-3 na forma de equação matricial Ax = b.

1-35) Seja A uma matriz de ordem 3 tal que A3 = −I e seja b uma matriz coluna
de tipo 3 × 1.
Complete de modo a obter proposições verdadeiras:

a) A−1 = ..........
b) x = ............. é solução da equação matricial A2 x = b
c) car(A) ........ car(A2 )

1-36) Considere o sistema homogéneo Ax = 0, onde A é k × p. Diga quais das


afirmações seguintes são verdadeiras.

13
Matrizes e sistemas de equações lineares

a) A caracterı́stica de A e a caracterı́stica da matriz aumentada do sistema


podem ser diferentes.
b) Se k = p, então o sistema é necessariamente determinado.
c) Se k = p, a solução nula é a única solução do sistema.
d) Se k > p, então a caracterı́stica de A é menor ou igual a p.
e) Se k > p e car(A) = p, então o sistema é indeterminado.
f) Se k < p e car(A) = k, então o sistema é indeterminado.

1-37) Quais das seguintes matrizes são matrizes elementares?


   
    0 0 1 1 1 0
1 √0 0 1
(a) (b) (c) 0 1 0
  (d) 0 0
 1
0 3 1 0
1 0 0 0 0 0
 
      2 0 0 2
1 0 0 −5 0 1 1 9 0 0 1 0 0
(e)  0 1 0 (f)  0 1 0 (g) 0 1 0 (h)  0

0 1 0
−5 0 1 1 0 0 0 0 1
0 0 1 0

1-38) Calcule os seguintes produtos de matrizes.


     
1 0 0 1 2 3 1 0 0 1 2 3
(a) 0 −2 0 4 5 6 (b) 0 0 1 4 5 6
0 0 1 7 8 9 0 1 0 7 8 9
      
1 0 0 1 2 3 1 0 0 1 0 0 1 2 3
(c) 0 1 0 4 5 6 (d) 0 1 0 0 1 0 4 5 6
0 4 1 7 8 9 0 4 1 0 −4 1 7 8 9

1-39) Indique qual a operação que se deve realizar com as linhas das seguintes ma-
trizes (e determine a matriz elementar que lhe corresponde) para que estas se
transformem na matriz identidade (de ordem apropriada).
   
  0 0 0 1 1 0 0 0
  1 0 0 1
1 0  (d) 0 1 − 5 0
0 1 0 0  
(a) (b) 0 1 0 (c) 
−3 1 0 0 1 0  0 0 1 0
0 0 5
1 0 0 0 0 0 0 1

14
Matrizes e sistemas de equações lineares

1-40) Considere a matriz:  


1 0 0
A = −5 0 1
0 −2 0
a) Determine matrizes elementares E1 , E2 e E3 tais que E3 E2 E1 A = I.
b) Escreva A−1 como um produto de três matrizes elementares.
c) Escreva A como um produto de três matrizes elementares.

1-41) Considere a matriz:  


0 1 7 8
A= 1 3 3 8
−2 −5 1 −8
Determine uma expressão para A da forma A = E1 E2 E3 R, onde as matrizes
E1 , E2 e E3 são matrizes elementares e R é uma matriz em escada de linhas.

1-42) Mostre que se A é uma matriz 2 × 2 que comuta com qualquer outra matriz
2 × 2, então A é igual ao produto da matriz identidade por um escalar (A
diz-se uma matriz escalar ). Sugestão: Experimente multiplicar A por algumas
matrizes com entradas iguais a 0 e 1.

1-43) Seja A uma matriz real 3 × 3 que satisfaz

A = E1 E2 R ,
onde R é uma matriz em escada de linhas com caracterı́stica 2, e
E1 = D3 (−1) E2 = E21 (3) .

Considere as afirmações seguintes:

I) A matriz A não é invertı́vel.


II) Existe uma matriz escalar B tal que AB 6= BA.
III) A matriz AT tem uma única coluna de zeros.
IV) O sistema de equações lineares
 
1
T
A x = 1

0
pode ser possı́vel e determinado.

15
Matrizes e sistemas de equações lineares

A lista completa das afirmações correctas é:

A) II e III B) I e III C) I e IV D) I e II e III

1-44) Seja D uma matriz escalar m × m com entradas diagonais iguais a 5. Mostre
que

a) para toda a matriz A de tipo m × n, DA = 5A;


b) para toda a matriz B de tipo n × m, BD = 5B.

16
2
Determinantes

Notação
Sendo A uma matriz:
Determinante de A: det A ou |A|
Submatriz-(ik) de A: Aik
Menor-(ik) de A: Mik
Cofactor-(ik) de A: Cik
Matriz dos cofactores de A: cof A
Matriz adjunta de A: adj A
Matrizes elementares de ordem n:
a) Pij : matriz que resulta de I trocando a linha i com a linha j (sendo
I a matriz identidade de ordem n e i 6= j)
b) Eij (α) (com i 6= j): matriz que resulta de I somando à linha i a
linha j multiplicada por α
c) Di (α) (com α 6= 0): matriz que resulta de I multiplicando a linha
i por α

Observações
• Na resolução dos exercı́cios, tenha presente o modo como as operações
elementares sobre as linhas de uma matriz alteram o determinante.

1. Se trocar duas linhas, o determinante muda de sinal.


2. Se somar à linha i a linha j multiplicada por um escalar, o determi-
nante não se altera.
3. Se multiplicar uma linha por um escalar α, o determinante também
é multiplicado por α.

17
• Relembre que as regras apresentadas no ponto anterior resultam dos axi-
omas utilizados na definição axiomática da função determinante. Nome-
adamente:

a) det I = 1 (I é a matriz identidade de ordem n)

b) det(Pij A) = − det A (com i 6= j)

c) A função determinante é linear nas linhas da matriz:


 L1   L1   L1 
. . .
 ..   L..   .. 
det Li +Li  = det  i  + det  L0i 
 0  
.. .. .. 
. . .
Ln Ln L
    n
.. ..
. .
det αLi  = α det Li 
.. ..
. .
(Supõe-se que as matrizes são de tipo n × n e que estão descritas
por linhas.)

2-1) Considere a matriz:  


5 −10 15
A= 6 7 −1
−3 1 4
Reduza a matriz A a uma matriz R em escada de linhas, e use o determinante
de R para calcular o determinante de A.

2-2) Considere as matrizes


   
α 3 0 0
A = α2 α2 1  b = α ,

0 0 α β

onde α e β designam números reais.

a) Determine os valores de α para os quais a matriz A é invertı́vel.

18
Determinantes

b) Faça a discussão do sistema Ax = b em termos dos parâmetros α e β,


indicando em cada caso a solução geral desse sistema.

2-3) Seja  
a b c
A = d e f 
g h i
uma matriz real tal que det A = −7. Calcule:

a) det(3A) b) det(A−1 ) c) det(2A−1 )


 
a g d
d) det((2A)−1 ) e) det  b h e 
c i f

2-4) Sem calcular explicitamente o determinante, mostre que x = 0 e x = 2 satis-


fazem a condição:
x x 2 2

1 2 1 = 0

0 0 −3

2-5) Sem calcular explicitamente o determinante, mostre que:



b + c c + a b + a

a
b c = 0 (a, b, c ∈ C)
1 1 1

2-6) Dê exemplos de matrizes A e B não nulas tais que:


a) det(A + B) = det A + det B
b) det(A + B) 6= det A + det B

2-7) Seja A uma matriz 4 × 4 tal que |A| = −2. Considere as afirmações seguintes:
I) | − AT | = −2;
II) |2A| = 32;
III) |A−3 | = 1/8;

19
Determinantes

IV) |A3 | = −8.

A lista completa das afirmações correctas é:

A) I e IV B) I, III e IV C) II, III e IV D) I, II e III

2-8) Dê exemplos, se possı́vel, de matrizes A e B tais que:

a) det(AB) 6= (det A)(det B)


b) det A = 0 e det B = 0 e det(A + B) 6= 0
c) det A 6= 0, sendo a diagonal de A nula

2-9) Seja A uma matriz 2 × 2 tais que |A| = −3 e seja


 
2 0
B= .
0 −3

Considere as afirmações seguintes:

I) A caracterı́stica da matriz A + B é sempre maior que 1


II) |BA−2 | = −2/3
III) O determinante da matriz AT + B nunca é nulo
IV) |(BA)−2 | = 1/324

A lista completa das afirmações correctas é:


A) II e III B) I e II e IV C) III e IV D) II e IV

2-10) Considere as matrizes reais


   
a b c a b c
A = b d e  B =  b d e .
c e f 0 0 0

Suponha ainda que |A| = −3.


Considere as afirmações seguintes:

I) |A + B| = −12;
II) |A − 2B| = 3;

20
Determinantes

III) |3A−1 | = −9;


IV) |A + B T | = −12.
A lista completa das afirmações correctas é:

A) I e III B) III e IV C) I, III e IV D) I, II e IV

2-11) Exprima o determinante


a1 + b 1 c 1 + d 1

a2 + b 2 c 2 + d 2
numa soma de quatro determinantes, em cujas entradas não figurem adições.

2-12) Exprima o determinante



a1 + b1 c1 + d1 e1 + f1

a2 + b2 c2 + d2 e2 + f2

a3 + b3 c3 + d3 e3 + f3

numa soma de oito determinantes, em cujas entradas não figurem adições.

2-13) Para que valores de α a matriz não é invertı́vel?


 
1 2 4
a)  3 1 6
α 3 2
 
α − 3 −2
b)
−2 α − 2

2-14) Considere as matrizes


   
a a2 0 2 0 0
A =  3 a2 0  B = −3 −1 0 ,
0 5 a 0 0 2

onde a é um número real. Resolva as seguintes questões sem calcular a matriz


inversa de A.
a) Determine os valores de a para os quais a matriz A é invertı́vel.
b) Nos casos em que A é invertı́vel, calcule a entrada (23) da matriz A−1 .

21
Determinantes

c) Calcule det(A + B).

2-15) Considere a matriz:  


1 0 1
A = 2 3 2  .
0 1 −2

a) Calcule cof A.
b) Calcule A−1 recorrendo ao resultado de a).
c) Calcule det((tr AT )(A−1 A2 )).

2-16) Considere a matriz: 


1 2
A= .
3 4

a) Calcule cof A.
b) Calcule A−1 recorrendo ao resultado de a).

2-17) Use o desenvolvimento de Laplace para calcular o determinante da seguinte


matriz.  
1 −2 3 0
1 0
 0 −1 
0 −3 1 4
0 2 −1 0

2-18) Use a regra de Cramer para resolver os seguintes sistemas de equações lineares:

 x1 − 3x2 + x3 = 4
( 
x1 − 2x2 = 4
a) b) 2x1 − x2 = −2
2x1 − x2 = −2 
4x1 − 3x3 = −2

2-19) Seja A uma matriz quadrada real, de ordem 3, cujas entradas satisfazem as
condições seguintes:

• aii = 0 para i = 1, 2, 3
• aij akr > 0 para i 6= j e k 6= r

22
Determinantes

Considere as afirmações seguintes:

I) O determinante de A é sempre igual a zero.


II) O cofactor (13) de A é nulo.
III) Nenhuma entrada na diagonal da matriz AAT é nula.
IV) Se existe uma matriz B não nula tal que AB = 0, então A não é invertı́vel.

A lista completa de afirmações correctas é:

A) I e II B) III e IV C) I e III e IV D) II

2-20) Sendo A uma matriz anti-simétrica de ordem ı́mpar, qual o valor de det A? Dê
um exemplo de uma matriz anti-simétrica de ordem 3.

2-21) Considere as matrizes


 
α −2 0
Aα = α2 α2 0 ,
1 0 α+1

onde α designa um número real.

a) Use a noção de determinante para encontrar os valores de α para os


quais o sistema de equações lineares homogéneo Aα x = 0 é possı́vel e
determinado.
b) Calcule a entrada (12) da matriz adjunta adj Aα da matriz Aα (em função
do parâmetro α).
c) Para α = −1, determine a natureza e calcule explicitamente a solução
geral (se aplicável) do sistema
 
0
Aα x =  1  ,
β

em função do parâmetro real β.

23
3
Espaços vectoriais

Notação
Sendo A uma matriz, U um espaço vectorial e X um conjunto de vectores:
Núcleo de A: N (A)
Espaço das colunas de A: C (A)
Espaço das linhas de A: L (A)
Espaço gerado por X: (ou expansão linear de X) L(X)
Caracterı́stica de A: car(A) ou car A
Dimensão de U : dim(U ) ou dim U
Matriz de mudança de base (da base B1 para a base B2 ): MB2 ←B1
Espaço dos polinómios de grau menor ou igual a n: Pn
Espaço dos polinómios (de qualquer grau): P
Base canónica de Pn : Pn = (1, t, . . . , tn )
Base canónica de Rn : En
Espaço das matrizes reais n × k: Mn×k (R)
Espaço das matrizes complexas n × k: Mn×k (C)

Observações
• Repare-se nas seguintes convenções tipográficas, a adoptar nestes apon-
tamentos:
– x: vector de Rn . Ex.: x = (1,
h 2 −3)
i
– u: vector coluna. Ex.: u = −5 4

– [x]B : vector coluna das coordenadas de x na base B.



Exemplo: (Seja B a base (0, 1), (1, 1) de R2 )

24
Espaços vectoriais

x = (1, −3)
1
[x]E2 = [−3 ]
1
[x] = [−3] (o mesmo que o anterior; subentende-se que se trata
da base canónica)
1
x = [−3 ] (o mesmo que o anterior)
[x]B = [−41 ]
−4
xB = [ 1 ] (o mesmo que o anterior)
(x)B = (−4, 1) (vector formado pelas coordenadas de x na base
B)
1
[x]E2 = ME2 ←B [x]B , ou seja, [−3 ] = [ 01 11 ] [−4
1 ]

• Estabelecemos que a base ordenada canónica no espaço das matrizes reais


M2×2 (R) (respectivamente, matrizes complexas M2×2 (C)) é o conjunto
ordenado ([ 10 00 ] , [ 00 10 ] , [ 01 00 ] , [ 00 01 ]). No caso geral das matrizes Mn×k ,
a base canónica é semelhante: é constituı́da por matrizes com todas as
entradas nulas exceto uma com o valor 1; a ordenação é feita de modo
que a entrada não nula é a entrada-(11) no caso da 1a matriz, e vai
“percorrendo as linhas” da esquerda para a direita.

Os espaços vectoriais Rn
3-1) Quais dos vectores seguintes são combinação linear dos vectores u = (0, −2, 2)
e v = (1, 3, −1)?

a) (2, 2, 2)
b) (3, 1, 5)
c) (0, 4, 5)
d) (0, 0, 0)

3-2) Exprima os vectores seguintes como combinação linear dos vectores u = (2, 1, 4),
v = (1, −1, 3) e w = (3, 2, 5).

a) (−9, −7, −15)


b) (6, 11, 6)
c) (0, 0, 0)

25
Espaços vectoriais

d) (7, 8, 9)

3-3) Considere os vectores:

v1 = (2, 1, 0, 3) v2 = (3, −1, 5, 2) v3 = (−1, 0, 2, 1)

Quais dos vectores seguintes pertencem a L{v1 , v2 , v3 }?


a) (2, 3, −7, 3)
b) (0, 0, 0, 0)
c) (1, 1, 1, 1)
d) (−4, 6, −13, 4)

3-4) Diga, justificando a resposta, se o seguinte conjunto é ou não um subespaço


linear de R2 .
a) A reunião dos 2o e 4o quadrantes.
b) O semiplano “superior”delimitado pela recta y = −x.
c) A região que é delimitada pelas rectas y = x e y = −x e contém o eixo
dos yy.

3-5) Diga, justificando a resposta, se o conjunto indicado é gerador de R2 .


a) {u, v}, sendo u colinear com v.
b) {u, v}, com u situado na recta y = x e v situado na recta y = 2x, sendo
ambos não nulos.
c) {u, v, w}, com u e v como na alı́nea anterior e w situado no 3o qua-
drante.

3-6) Quais dos seguintes conjuntos com as operações usuais de adição vectorial e
multiplicação por escalares reais são subespaços lineares de R3 ?
a) O conjunto de vectores da forma (a, 0, 0) com a real.
b) O conjunto de vectores da forma (a, 1, 1) com a real.
c) O conjunto de vectores da forma (a, b, c) com b = a + c e a, b, c reais.
d) O conjunto de vectores da forma (a, b, c) com a, b, c inteiros.
e) O conjunto de vectores da forma (a, b, c) com b = a + c + 1 e a, b, c reais.

26
Espaços vectoriais

3-7) Quais dos seguintes conjuntos com as operações usuais de adição vectorial e
multiplicação por escalares reais são subespaços lineares de R4 ?

a) O conjunto de vectores da forma (a, 0, 0, 1) com a real.


b) O conjunto de vectores da forma (a, b, 0, 0) com a, b reais.
c) O conjunto de vectores da forma (a, b, c, d) com b = a + c − d e c = 2d,
sendo a, b, c, d reais.
d) O conjunto de vectores da forma (a, b, c, d) com a, b, c, d positivos.
e) O conjunto de vectores da forma (a, b, c, d) com c = a+b+1 e d = 2a−b,
sendo a, b, c reais.

3-8) Para cada um dos seguintes conjuntos, diga, justificando, se é subespaço linear
do espaço Rn apropriado.

a) L({(1, 0, −1)}) ∪ {(x, y, z) ∈ R3 : x + y = z}


b) {(x, y, z) ∈ R3 : x + y = −2}
c) {(x, y) ∈ R2 : xy = 0}
d) L({(1, 0, −1)}) ∪ {(x, y, z) ∈ R3 : x − y + z = 0}
e) {(x, y, z) ∈ R3 : x = y + 1 ∧ z + x = 0}
f) {(x, y, z) ∈ R3 : x + 2y − z = 0 ∧ x − 2y − z = 0}
g) {(x, y, z) ∈ R3 : x + y = 0 ∧ x + y + z = −1}
h) {(x, y, z) ∈ R3 : x + y = 1 ∧ x + z = 0}
i) L{(1, 0, −1)} ∩ L{(1, 2, 0), (−1, 1, 1)}
j) {(x, y, z) ∈ R3 : xy + x = 0 ∧ z + x = 0}

3-9) Mostre que os conjuntos Mk×n (R), Pn , P e C[a, b] (sendo a < b) são espaços
lineares reais, quando munidos com as operações de adição e multiplicação por
escalares usuais.

3-10) Verifique se R2 é um espaço linear, relativamente às operações de adição e


multiplicação por escalares definidas por:

• (x, y) + (x0 , y 0 ) = (x + x0 , y + y 0 ) para (x, y), (x0 , y 0 ) ∈ R2


• α(x, y) = (−αy, αx) para (x, y) ∈ R2 e α ∈ R

27
Espaços vectoriais

Independência linear, bases e dimensão


3-11) Determine quais dos conjuntos seguintes são linearmente independentes, e ob-
tenha uma base para a sua expansão linear.

a) {(1, 1, 0), (0, 0, 1)}


b) {(1, 2, 6), (1, 1, 1), (2, 3, 7), (0, 1, 5)}
c) {(2, 2, 2), (0, 0, 0), (0, 1, 1)}
d) {(1, 2, 4), (−2, −4, −8)}
e) {(2, −1, 3), (4, 1, 2), (8, −1, 8)}
f) {(3, 1, 4), (2, −3, 5), (5, −2, 9), (1, 4, −1)}
g) {(1, 2, 6), (3, 4, 1), (4, 3, 1), (3, 3, 1)}

3-12) Seja W o subespaço linear de R3 definido por:

W = {(x, y, z) ∈ R3 : 3x − 2y + 5z = 0}

a) Determine uma base B do subespaço W , e indique a dimensão de W .


b) Verifique que o vector v = (1, 4, 1) pertence a W , e determine o vector
(v)B das coordenadas de v na base B.

3-13) Determine uma base e a dimensão de cada um dos seguintes subespaços lineares
de R3 .
a) {(x, y, z) : x − y = 0}
b) {(x, y, z) : x = −2y ∧ z = −4y}
c) O conjunto dos vectores (a, b, c) com b = a + c.
d) O conjunto dos vectores (a, b, c) com b = a + c e c = 2a.

3-14) Seja W o subespaço linear de R4 definido por:

W = {(x, y, z, w) ∈ R4 : x − y + z − w = 0 ∧ −4y + z = 0 ∧ x − w = 0}

a) Determine uma base ordenada B do subespaço W , e indique a dimensão


de W .
b) Verifique que o vector v = (1, 0, 0, 1) pertence a W , e determine o vector
coluna vB das coordenadas de v na base da alı́nea anterior.

28
Espaços vectoriais

3-15) Seja W o subespaço de R4 gerado pelos vectores u = (1, 0, 0, 0), v = (2, 2, 0, 0)


e w = (0, −2, 0, 0).

a) Mostre que S = {u, v, w} não é uma base de W .


b) Determine uma base de W e a sua dimensão.

3-16) Determine uma base e a dimensão de cada um dos seguintes subespaços lineares
de R4 .

a) {(x, y, z, w) : 3x − 2y + 5z − w = 0}
b) {(x, y, z, w) : −4y + w = 0 ∧ 2y − 12 w = 0}
c) O conjunto dos vectores da forma (a, b, c, 0).
d) O conjunto dos vectores (a, b, c, d) com d = a + b e c = a − b.
e) O conjunto dos vectores (a, b, c, d) com a = b = c = d.

3-17) Acrescente um vector da base canónica de R3 ao conjunto S = {v1 , v2 } de


modo a obter uma base de R3 .

a) v1 = (−1, 2, 3) v2 = (1, −2, −2)


b) v1 = (1, −1, 2) v2 = (3, 1, −2)

3-18) Acrescente vectores da base canónica de R4 ao conjunto S = {v1 , v2 } de modo


a obter uma base de R4 .

v1 = (1, −4, 2, −3) v2 = (−3, 8, −4, 6)

3-19) Seja S = {v1 , v2 , v3 } uma base de um espaço linear W , e considere os vectores:

u1 = v1 u2 = v1 + v2 u3 = v1 + v2 + v3

Mostre que {u1 , u2 , u3 } é também uma base de W .

3-20) Determine uma base do subespaço linear de R3 gerado por cada um dos conjun-
tos seguintes, e obtenha equações vetoriais, paramétricas e cartesianas, desses
subespaços.

a) {(1, 1, 0), (0, 0, 1)}

29
Espaços vectoriais

b) {(1, 2, 6), (1, 1, 1), (2, 3, 7), (0, 1, 5)}

3-21) Determine o vector (2, 1)Bi das coordenadas de (2, 1) na base Bi .



a) B1 = (1, 0), (0, 1)

b) B2 = (1, 0), (2, 2)

c) B3 = (1, 0), (1, −1)

3-22) Determine o vector (2, −1, 3)Bi das coordenadas de (2, −1, 3) na base Bi .

a) B1 = (1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)

b) B2 = (1, 0, 0), (2, 2, 0), (3, 3, 3)

3-23) Determine o vector (1, 0, 2, −1)Bi das coordenadas de (1, 0, 2, −1) na base Bi .

a) B1 = (1, 0, 0, 0), (0, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 0), (0, 0, 0, 1)

b) B2 = (1, 0, 0, 0), (1, 1, 0, 0), (1, 1, 1, 0), (1, 1, 1, 1)

3-24) Dada a base ordenada B e a coluna xB , determine o vector x.


 
 3
a) B = (2, 1), (−1, 1) xB =
−1
 
 3
b) B = (1, −1, 1), (0, 1, 2), (−1, 2, 0) xB = −1

1

3-25) Dado o subespaço

V = (x, y, z) ∈ R3 : 2x + y − z = 0 ,


de R3 , diga, justificando a resposta, se cada uma das afirmações seguintes é


verdadeira ou falsa.

a) O conjunto {(−1, 1, −1), (0, 2, 1)} é uma base de V .


b) A dimensão de V é 2.
c) O conjunto {(1, 0, 2), (0, 0, −1), (0, 1, 1)} é linearmente independente.
d) O conjunto {(1, 0, 2), (0, 0, −1), (0, 1, 1)} é uma base de V .

30
Espaços vectoriais

Subespaços associados a uma matriz


3-26) Determine a dimensão e uma base do núcleo, do espaço gerado pelas linhas e
do espaço gerado pelas colunas da matriz:
   
1 −3 0 1 4 2
(a) A = 1 1 0 −1 (b) B = 0 1
0 0 0 0 2 1

3-27) Seja A uma matriz e seja B uma matriz que se obteve efectuando uma operação
elementar sobre A. Mostre que o espaço L (A) das linhas da matriz A é igual
ao espaço L (B) das linhas da matriz B.

3-28) Seja R uma matriz k × n em escada de linhas. Mostre que o conjunto das
linhas não nulas de R é linearmente independente.

3-29) Recorrendo às propriedades expressas nos exercı́cios 3-27 e 3-28, determine
uma base e a dimensão de cada um dos subespaços lineares (do espaço Rn
apropriado) gerados pelos conjuntos seguintes.

a) {(1, 1, 2), (1, 2, 1), (2, 3, 3)}


b) {(−1, 1, 1, 2), (1, 1, 0, 1), (−2, 0, 1, 1), (3, 1, −1, 0)}

3-30) Diga se cada uma das seguintes proposições é verdadeira ou falsa:

a) A caracterı́stica de uma matriz é igual ao número das suas colunas não


nulas.
b) A única matriz de tipo m × n com caracterı́stica 0 é a matriz nula.
c) As operações elementares preservam a caracterı́stica.
d) A caracterı́stica de uma matriz é igual ao número máximo de colunas da
matriz linearmente independentes.
e) A caracterı́stica de uma matriz é igual ao número máximo de linhas da
matriz linearmente independentes.
f) A caracterı́stica de uma matriz n × n é menor ou igual a n.

31
Espaços vectoriais

3-31) Seja A uma matriz real cuja forma reduzida de escada de linhas é:
 
1 3 0 0 0
0 0 1 0 −2
 
0 0 0 1 4 
0 0 0 0 0

Complete de modo a obter afirmações verdadeiras:


a) A caracterı́stica da matriz A é ...........
b) A dimensão do espaço das colunas de A é ...........
c) O vector não nulo v = ........... pertence ao espaço das linhas de A.
d) Uma base do núcleo de A é ...........

3-32) Utilize a informação da seguinte tabela para determinar a dimensão do espaço


gerado pelas linhas da matriz A, do espaço gerado pelas colunas de A, do
núcleo de A (nulidade de A) e do núcleo de AT .

(a) (b) (c) (d) (e) (f) (g)


A 3×3 3×3 3×3 5×9 9×5 4×4 6×2
car A 3 2 1 2 2 0 2

3-33) Utilize a informação da seguinte tabela para determinar se o correspondente


sistema não homogéneo Ax = b é possı́vel. Em caso afirmativo, indique o
número de variáveis livres da solução geral.

(a) (b) (c) (d) (e) (f) (g)


A 3×3 3×3 3×3 5×9 9×5 4×4 6×2
car A 3 2 1 2 2 0 2
car(A|b) 3 3 1 2 3 0 2

3-34) Determine bases para o núcleo N (A), para o espaço das linhas L (A) e para
o espaço das colunas C (A) da matriz
 
1 i 0
A= ,
−i 1 2i

e indique a dimensão de cada um destes espaços lineares complexos.

32
Espaços vectoriais

3-35) Sempre que b pertencer ao espaço gerado pelas colunas da matriz real A,
escreva b como combinação linear das colunas de A.
   
1 3 −2
a) A = b=
4 −6 10
   
1 1 2 −1
b) A = 1 0 1
  b= 0 
2 1 3 2

3-36) Dados os vectores u = (1, −1, 1) e v = (1, 0, 1) de R3 , considere as afirmações


seguintes:

I) O espaço L{u, v, (0, 1, 0)} é um plano.


II) Existe um vector e de R3 tal que a matriz
 
A= u v e

é invertı́vel.
III) O vector x = (5, 0, 3) é uma combinação linear de u e v;
IV) O subespaço linear de R3 gerado por u e v é

{(x, y, z) ∈ R3 : x = y ∧ z = 0} .

A lista completa das afirmações correctas é:

A) I e II e III B) I e III C) I e II D) II e III e IV

3-37) Determine a dimensão e uma base do subespaço das soluções de cada um dos
sistemas seguintes:

x + y − z = 0
 (
3x + y + z + t = 0
(a) − 2x − y + 2z = 0 (b)

 −x+z =0 5x − y + z − t = 0

33
Espaços vectoriais

3-38) Suponha que o vector x = (x1 , x2 , x3 , x4 ) = (−1, 2, 4, 3) é uma solução par-


ticular de um sistema de equações lineares não homogéneo Ax = b, e que a
solução geral do sistema homogéneo associado, Ax = 0, satisfaz


 x1 = −3r + 4s

x = r − s
2

 x3 = r

x4 = s ,

onde r e s são parâmetros reais.

a) Escreva uma representação paramétrica da solução geral de Ax = 0 sob


forma vectorial, exprimindo-a como uma combinação linear de vectores.
b) Obtenha a solução geral de Ax = b sob forma vectorial, e exprima-a
como uma combinação linear de vectores.

3-39) Seja A uma matriz real, e suponha que

x1 = (−3, −2, 2, −1)

é uma solução particular do sistema Ax = b, onde

b = (2, −4, 3, −4) .

Suponha ainda que x0 = (1, 1, 1, 1) é uma solução particular do sistema Ax =


0.
Complete de modo a obter afirmações verdadeiras:
a) Um vector não nulo que pertence ao espaço das colunas de A é ........
b) Uma solução particular não nula do sistema AT Ax = 0 é ........
c) Se somarmos todas as colunas de A, obtemos o vector ........
d) Uma solução do sistema Ax = b diferente de x1 é ........
e) Se a dimensão do núcleo de A for igual a 1, a natureza do sistema (refira
o grau de indeterminação, se aplicável) é ........

3-40) Seja A uma matriz tal que o conjunto

{(1, 1, 0, 0), (1, 0, 2, 1)}

é uma base do núcleo N (A) da matriz A. Considere as afirmações seguintes:

34
Espaços vectoriais

I) O vector x = (−5, −2, 3, −2) é solução do sistema Ax = 0;


II) A dimensão do espaço C (A) das colunas da matriz A é 2;
III) A matriz A tem 4 colunas;
IV) N (A) = {(x, y, z, w) ∈ R4 : x + 2z = y ∧ z = w}.

A lista completa das afirmações correctas é

A) I, II e III B) II, III e IV C) II e IV D) II e III

3-41) Sempre que possı́vel, dê exemplo de uma matriz A de tipo 5 × 3 tal que:

/ C (A)
a) (1, 1, 1, 1, 1) ∈
/ L (A)
b) (1, 1, 1) ∈
c) As colunas de A são um conjunto gerador de M5×1
d) car A = 4
e) O conjunto das linhas de A constitui uma base de M1×3 .
f) O conjunto das linhas de A contém (estritamente) uma base de M1×3 .
g) A equação matricial AT x = 0 corresponde a um sistema possı́vel e deter-
minado.

Espaços vectoriais
3-42) Exprima a matriz  
5 9
0 5
como combinação linear das matrizes seguintes:
     
2 1 1 −1 3 2
0 4 0 3 0 5

3-43) Exprima o polinómio p(x) = −9 − 7x − 15x2 como combinação linear dos


polinómios

p1 (x) = 2 + x + 4x2 p2 (x) = 1 − x + 3x2 p3 (x) = 3 + 2x + 5x2 .

35
Espaços vectoriais

3-44) Considere as matrizes:


     
4 0 1 −1 0 2
−2 −2 2 3 1 4

Determine se o seguinte vector de M2×2 é combinação linear das matrizes


anteriores:
 
6 −8
a)
−1 −8
 
0 0
b)
0 0
 
6 0
c)
3 8
 
−1 5
d)
7 1

3-45) Determine se os vectores seguintes são ou não linearmente independentes. Caso


o não sejam, indique um subconjunto linearmente independente com o maior
número possı́vel de elementos.
a) No espaço P3 dos polinómios de grau menor ou igual a 3:
p1 (t) = 1
p2 (t) = 1 + t
p3 (t) = 1 + t + t2
p4 (t) = 1 + t + t2 + t3
b) No espaço M2×2 (R) das matrizes quadradas de ordem 2 com entradas
reais:      
1 1 1 1 0 0
1 1 1 0 0 −5

3-46) a) Calcule as coordenadas do polinómio p(t) = (1−t)(1+t) na base canónica


de P3 .
b) Considere o subespaço linear S de P3 gerado pelo conjunto:

{1 − 2t, 1 + t2 , 1 + 2t − 3t2 , t2 }

Verifique que este conjunto não é uma base de S, e indique uma base de
S.

36
Espaços vectoriais

c) Determine o vector das coordenadas do polinómio p(t) = 3 − t2 nas bases


das alı́neas a) e b).
d) Considere o conjunto:

W = {p ∈ P3 : p(0) = 0}

Mostre que W é um subespaço linear de P3 , e indique a dimensão deste


subespaço.

3-47) Exprima o vector v como combinação linear dos vectores da base {v1 , v2 , v3 }
de P2 .

a) v = 4 − 3x + x2 v1 = 1, v2 = x, v3 = x2
b) v = 2 − x + x2 v1 = 1 + x, v2 = 1 + x2 , v3 = x + x2

3-48) Determine as coordenadas do vector A na base (A1 , A2 , A3 , A4 ) de M2×2 .


 
2 0
a) A =
−1 3
       
−1 1 1 1 0 0 0 0
A1 = A2 = A3 = A4 =
0 0 0 0 1 0 0 1
 
1 0
b) A =
0 1
       
3 6 0 −1 0 −8 1 0
A1 = A2 = A3 = A4 =
3 −6 −1 0 −12 −4 −1 2

3-49) Mostre que se U e V são subespaços lineares de um espaço W , então U ∩ V


e U + V também são subespaços lineares de W .

3-50) Dados os subespaços U e W de R4 , determine uma base de U ∩ W e uma base


de U + W , e indique as dimensões destes subespaços.

a) U = L{(1, 0, 2, 0)}
W = {(x, y, z, w) ∈ R4 : y + 2z − w = 0 ∧ −y + 3w = 0 ∧ z = 0}
b) U = L{(1, 0, −1, 0), (0, 1, 1, 0)}
W = {(x, y, z, w) ∈ R4 : −x + y − 2w = 0 ∧ 2y − z = 0}

37
Espaços vectoriais

c) U = L({(0, 0, 1, 0), (−2, 0, 0, −2)})


W = {(x, y, z, w) ∈ R4 : x + 2y − z − w = 0 ∧ x − w = 0}

3-51) Verifique que dim U + dim W = dim(U ∩ W ) + dim(U + W ) nos três casos
considerados no problema anterior.
Diga em que casos os pares de subespaços decompõem R4 numa soma directa.

3-52) Verifique quais dos conjuntos seguintes são espaços lineares reais (relativamente
às operações usuais), e para os que o forem indique a sua dimensão e determine
uma base.
a) O subconjunto do espaço linear P5 formado pelos polinómios:

p(t) = a0 + a1 t + a2 t2 (com a0 + a1 = 0)

b) O subconjunto do espaço M2×2 (R) formado pelas matrizes invertı́veis.


c) O conjunto {[ ac db ] ∈ M2×2 (R) : a ∈ Z}.
d) O seguinte subconjunto do espaço das funções contı́nuas de R em R:

L{cos2 t − sen2 t, cos 2t + sen t, sen t}

3-53) Determine se o seguinte conjunto é espaço linear (real ou complexo), relativa-


mente às respectivas operações de adição e multiplicação por escalar usuais.
a) O conjunto das matrizes da forma [ a0 cb ].
b) O conjunto das matrizes diagonais 2 × 2.
c) O conjunto das matrizes quadradas que comutam com uma dada matriz
B.
d) O conjunto das funções f : R → R ı́mpares.
e) O conjunto das funções f : R → R que se anulam em 1.
f) O conjunto dos polinómios reais que se anulam em 0.
g) O conjunto das funções f : R → R com segunda derivada contı́nua tais
que f 00 (x) + af 0 (x) + bf (x) = cos x, com a e b dados.

3-54) Para cada um dos seguintes conjuntos de matrizes, determine se constitui um


espaço linear complexo, relativamente às operações usuais. Em caso afirmativo,
determine uma base do subespaço.

38
Espaços vectoriais

a) O conjunto das matrizes complexas n × n invertı́veis.


b) O conjunto das matrizes complexas 2 × 2 que comutam com a matriz
 
1 i
.
0 −1

3-55) Diga, justificando a resposta, se o seguinte subconjunto do espaço linear dado


é subespaço linear. Em caso afirmativo, indique a sua dimensão.
I) Em M2×2 (R):
a) O conjunto das matrizes cujas entradas são números inteiros.
b) O conjunto das matrizes com traço nulo.
c) O conjunto das matrizes anti-simétricas.
d) O conjunto das matrizes com determinante nulo.
II) Em P3 (R):
a) O conjunto dos polinómios com termo independente nulo.
b) O conjunto dos polinómios a0 + a1 x + a2 x2 + a3 x3 tais que a0 + a1 +
a2 + a3 = 0.
c) O conjunto dos polinómios com coeficientes inteiros.
d) O conjunto dos polinómios de grau menor ou igual a 1.

3-56) Determine uma base para cada um dos espaços lineares seguintes.
a) L{1, 1 + t, 1 + t + t2 , 1 + t + t2 + t3 } (subespaço de P3 )
b) O subespaço de M2×2 (R) gerado pelas matrizes:
     
1 1 1 1 0 0
1 1 1 0 0 −5

3-57) a) Determine as coordenadas do polinómio (1 − t)(1 + t) na base canónica


de P2 .
b) Considere o subconjunto S ⊂ P2 dado por:

S = {1 − 2t, 1 + t2 , t, 1 + 2t − 3t2 , t2 }

Diga, justificando, se S é uma base de P2 .


c) Diga qual a dimensão de L(S), e determine uma base deste espaço.

39
Espaços vectoriais

d) Diga se o subconjunto de todos os polinómios de P2 que se anulam em 0


é um subespaço linear de P2 . Em caso afirmativo, indique a sua dimensão
e uma base.

3-58) Considere a base ordenada B = (1, 1 + t, 2t + t2 ) do espaço linear P2 . As


coordenadas de p(t) = 3 + t + t2 na base B são:

 (8, −3, 1)  (5, −1, 1)  (6, −1, 1)  (4, −1, 1)

Matrizes de mudança de base


3-59) a) Determine a matriz MB←E2 de mudança de base da base canónica de
R2 para a base ordenada B = (−1, 0), (−1, 1) , e calcule o vector das
coordenadas de (2, 2) na base B.
b) Determine a matriz ME2 ←B0 de mudança debase da base B 0 de R2 para
a base canónica, sendo B 0 = (1, 2), (−2, 1) .
c) Determine a matriz MB←B0 .


3-60) Considere a base ordenada B = (0, 1, 0), (1, 0, 1), (2, 1, 0) de R3 .

a) Determine a matriz de mudança de base da base canónica de R3 para a


base B. h1i
b) Determine o vector v tal que vB = −1 .
2
c) Determine a matriz de mudança de base da base B para a base

B 0 = (−1, 0, −1), (2, 1, 0), (0, 1, 0) .




d) Determine a matriz de mudança de base da base canónica de R3 para a


base B 0 usando as matrizes de mudança de base das alı́neas anteriores.

 
2 1 0
3-61) Seja B a base de R3 tal que ME3 ←B = 1 −1 1  e seja B 0 = (v1 , v2 , v3 )
0 0 −3
a base ordenada de R3 tal que

(v1 )B = (1, 0, −1), (v2 )B = (0, 1, 0) (v3 )B = (1, −1, 1).

a) Determine a base B.

40
Espaços vectoriais

b) Calcule (1, 2, −1)B .


c) Determine as matrizes MB←B0 e ME3 ←B0 .
d) Determine a base B 0 .

3-62) Dada uma base B = (u, v, w) de R3 , considere os vectores:

u0 = u + v
v0 = u − v
w0 = u + v + w

a) Mostre que (u0 , v 0 , w0 ) é uma base B 0 de R3 .


b) Determine a matriz de mudança de base de B para a base B 0 .
c) Calcule (2u + 3v − w)B0 .

3-63) Determine a matriz de mudança de base  da base canónica de P2 para a base


2 2
ordenada B = 1 + t, 1 + t , 1 + t + t , e calcule o vector das coordenadas de
2 − 3t + t2 na base B.

3-64) Obtenha uma base do subespaço de M2×2 constituı́do pelas matrizes de traço
nulo, e determine uma base B de M2×2 que a contenha. Calcule a matriz de
mudança de base MBc ←B , sendo Bc a base canónica de M2×2 .

41
4
Valores próprios e vectores próprios

Notação
Sendo A uma matriz quadrada:
Polinómio caracterı́stico de A: p(λ) = |A − λI|
Espaço próprio correspondente ao valor próprio λ: E(λ)
Matriz diagonalizante de A: Matriz S invertı́vel tal que A = SDS −1 ,
com D diagonal
Espectro de A: σ(A)

Valores e vectores próprios de matrizes


4-1) Considere a matriz:  
−1 −2 3
A= 0 1 −1
1 1 −2

Para cada um dos vectores seguintes, verifique se é vector próprio de A e, em


caso afirmativo, indique o valor próprio correspondente.

a) (−5, 1, 4) b) (−1, 1, 1) c) (0, 0, 0) d) (−1, 1, 0) e) (1, 1, 1)

4-2) Verifique se λ = 3 é um valor próprio da matriz:


 
5 2 8
−3 0 7
0 0 3

Em caso afirmativo, determine um vector próprio associado.

42
Valores próprios e vectores próprios

4-3) Para cada uma das matrizes seguintes, determine o polinómio caracterı́stico,
os valores próprios (indicando as suas multiplicidades algébrica e geométrica),
e uma base para cada um dos espaços próprios correspondentes.

 
    4 0 1
3 0 10 −9
a) b) c) −2 1 0
8 −1 4 −2
−2 0 1
 
  0 0 2 0
5 0 1 1 0 1 0
d)  1 1 0 e)  
0 1 −2 0
−7 1 0
0 0 0 1

4-4) Considere a matriz complexa:


 
4 1−i
1+i 5

Determine o polinómio caracterı́stico desta matriz, os valores próprios, indi-


cando as suas multiplicidades algébrica e geométrica, e bases para os espaços
próprios correspondentes.

4-5) Determine os valores próprios e bases para os espaços próprios de A15 , em que
A é a seguinte matriz real:
 
−1 −2 −2
A= 1 2 1
−1 −1 0

4-6) Sem efectuar qualquer cálculo, determine os valores próprios das matrizes se-
guintes:
     
2 3 0 9 0 0 4 0 0
a) 0 8 −1
  b)  7 −8 0 c) 0 1 0
0 0 −5 −3 4 1 0 0 1

43
Valores próprios e vectores próprios

4-7) Seja A uma matriz quadrada de ordem n com entradas reais. Suponha que
v = (v1 , v2 , . . . , vn ) é um vector próprio de A, que λ é o valor próprio que
corresponde a v e que λ é um número complexo. Mostre que λ̄ também é
valor próprio de A e que v̄ = (v̄1 , v̄2 , . . . , v̄n ) é um vector próprio de A cujo
valor próprio associado é λ̄.

4-8) Suponha que A é uma matriz com um valor próprio λ associado a um vector
próprio v. Mostre que λk também é um valor próprio de Ak e que está associado
ao vector próprio v, qualquer que seja k ∈ N.

4-9) Calcule det A, sabendo que o polinómio caracterı́stico de A é dado por:

a) p(λ) = −λ3 + 2λ2 − λ − 5 b) p(λ) = λ4 − λ3 + 7

4-10) Seja A uma matriz quadrada de ordem 2.

a) Mostre que a equação caracterı́stica de A é

λ2 − (tr A)λ + det A = 0 .

b) Determine tr A e det A no caso de 5 e 8 serem valores próprios da matriz


A.

4-11) Seja A uma matriz 3×3 cujo polinómio caracterı́stico é p(λ) = −(λ+1)(λ−2)2 .

a) Indique os valores próprios de A, e dê exemplo de uma matriz A nestas


condições tal que:
i) Existe um valor próprio de A com multiplicidade algébrica maior que
a sua multiplicidade geométrica.
ii) Todos os valores próprios de A têm multiplicidade algébrica igual à
respectiva multiplicidade geométrica.
b) Determine os valores próprios de A + αI, sendo α um escalar.
c) Para qualquer α, mostre que A e A+αI têm os mesmos vectores próprios.

4-12) Seja A uma matriz 3 × 3 com valores próprios 0, 1 e 2.

a) Determine car A, det A e tr A.


b) Determine os valores próprios de A + I e dim C (A + I).

44
Valores próprios e vectores próprios

c) A matriz A é invertı́vel? E a matriz A + I?

4-13) Semh calcular


i o polinómio caracterı́stico, determine dois valores próprios distintos
1 2 3
de 1 2 3 e três vectores próprios linearmente independentes.
1 2 3

4-14) Seja A uma matriz quadrada real de ordem n. Determine se é verdadeira ou


falsa cada uma das afirmações seguintes. Justifique.

a) σ(A) = σ(AT ).
b) Se λ ∈ σ(A) e v é um vector próprio de A associado a λ, então necessa-
riamente v também é vector próprio de AT .
c) Se A é semelhante a uma matriz simétrica B, então AT também é seme-
lhante a B.

4-15) Seja A a matriz  


2 0 0 0
2 −1 0 0 
0 0 2 0  .
 

0 0 0 −1

Considere as afirmações seguintes:

I) Os valores próprios de A são 2, −4 e 1.


II) O vector (3, 2, 0, 0) é um vector próprio de A e 2 é o valor próprio asso-
ciado.
III) O vector (3, 2, 0, 0) é um vector próprio de A e 4 é o valor próprio asso-
ciado.
IV) A matriz tem valores próprios de multiplicidade algébrica superior a 1.

A lista completa das afirmações correctas é:

A) I e IV B) II C) II e IV D) III e IV

45
Valores próprios e vectores próprios

Diagonalização de matrizes
4-16) Diagonalize a matriz A do problema 4-5) e calcule A15 .

4-17) Determine quais das matrizes seguintes são diagonalizáveis. Caso a matriz dada
A seja diagonalizável, obtenha uma matriz S que diagonalize A e determine
S −1 AS.
     
1 0 3 −i 1 0
a) b) c)
6 −1 i 3 0 1
   
3 0 0 5 0 0
d) 0 2 0 e) 0 −1 −1 + i
0 1 2 0 −1 − i 0

4-18) Considere a matriz


 
1 b
A= ,
−b −1
onde b é um número real. Suponha ainda que 0 é valor próprio de A e que B
é uma matriz 2 × 2. Considere as afirmações seguintes:

I) O subespaço N (A) tem dimensão 1;


II) A matriz BA tem 0 como valor próprio;
III) A matriz A é diagonalizável;
IV) A matriz A não é invertı́vel.

A lista completa das afirmações correctas é:

A) II e III B) I e IV C) I, III e IV D) I, II e IV

4-19) Seja A uma matriz quadrada real de ordem n. Determine se é verdadeira ou


falsa cada uma das afirmações seguintes. Justifique.

a) Se A é diagonalizável, então A tem n vectores próprios linearmente inde-


pendentes.
b) Se A é diagonalizável, então A é invertı́vel.
c) Se A é invertı́vel, então A é diagonalizável.

46
Valores próprios e vectores próprios

d) Se A tem exactamente k valores próprios distintos, sendo k < n, então


A não é diagonalizável.
e) Se A tem n valores próprios distintos, então A é diagonalizável.
f) Se A tem um valor próprio com multiplicidade algébrica n, então A não
é diagonalizável.
g) Se a soma das dimensões dos espaços próprios de A é n, então A é
diagonalizável.
h) Se A é uma matriz não nula tal que A2 = 0, então A não é diagonalizável.

4-20) Seja A uma matriz singular 3 × 3 tal que


       
1 3 0 0
A 1 = 3
    e A 1 = 3 .
  
−1 −3 1 3

Diga quais das afirmações seguintes são verdadeiras:


a) 2 não é valor próprio de A.
b) Zero não é um valor próprio de A.
c) 3 é um valor próprio de A cuja multiplicidade algébrica é igual à multipli-
cidade geométrica.
d) Se u ∈ N (A) e u 6= 0 , então {(1, 1, −1), (0, 1, 1), u} é uma base de
R3 .
e) A matriz A é semelhante à matriz diagonal diag(3, 0, 3).
f) A matriz A − 2I é invertı́vel.
Dê um exemplo de uma matriz A nas condições do problema.

4-21) Considere a matriz:  


0 −1 0
A = 1 0 0
0 1 1
a) Calcule os valores próprios de A, e verifique se existe alguma matriz real
que diagonalize A.
b) Determine a forma reduzida de escada de linhas R da matriz A, e indique
os seus valores próprios. Existe alguma matriz real que diagonalize R?

47
5
Transformações lineares

Notação
Dados E1 e E2 espaços lineares (com bases B1 e B2 , respectivamente) e uma
transformação linear T : E1 → E2 :
Núcleo de T : N (T )
Imagem de T : I (T )
Espectro de T : σ(T )
Espaço próprio T associado ao valor próprio λ: Eλ (T )
Matriz de T para as bases B1 e B2 : [T ]B2 ,B1

Observação
A matriz [T ]B2 ,B1 é a única matriz que satisfaz a condição

uB2 = [T ]B2 ,B1 uB1

para todo o vector u ∈ E1 .

Transformações lineares
5-1) Diga, justificando, quais das seguintes funções são transformações lineares.

a) T : R2 → R2 tal que T (x1 , x2 ) = (x1 + x2 , 3x1 − x2 )


b) T : R2 → R2 tal que T (x1 , x2 ) = (1 + x2 , 3x1 − 1)
c) T : R3 → R2 tal que T (x1 , x2 , x3 ) = (2x1 − x2 + x3 , x2 − 4x3 )
d) T : R3 → R3 tal que T (x1 , x2 , x3 ) = (x1 − x2 x3 , 3x22 , x1 − 4x3 )

48
Transformações lineares

e) T : R3 → R2 tal que T (x1 , x2 , x3 ) = (x1 + x2 x3 , 5x22 )


f) T : R3 → R2 tal que T (x1 , x2 , x3 ) = (x1 + 2x3 , x2 − x3 )
g) T : R2 → R3 tal que T (x1 , x2 ) = (x1 − x2 , 3x2 , x1 + 5x2 )

5-2) Sejam v1 , v2 e v3 vectores de um espaço linear U , e seja T : U → R3 uma


transformação linear tal que:

T (v1 ) = (−1, 2, 1) T (v2 ) = (2, 3, 0) T (v3 ) = (1, 2, 3)

Determine T (2v1 − v2 + 3v3 ).

5-3) Sejam U e V espaços lineares, e seja T : U → V uma transformação linear.


Mostre que T (0) = 0. Como poderia ter usado esta propriedade para resolver
a alı́nea b) do Problema 5-1?

5-4) Seja T : R3 → R3 a transformação linear definida por

(x, y, z) 7→ (2x − y, x, x + z) ,

e considere o triângulo de vértices (1, 1, 1), (−1, 1, 1) e (0, 0, 0). Determine a


imagem deste triângulo pela transformação T .

5-5) Para as seguintes transformações lineares de R3 em R3 , determine se T1 ◦ T2 =


T2 ◦ T1 .

a) T1 é a multiplicação pelo escalar c e T2 é a rotação de um ângulo θ no


sentido positivo relativamente ao semi-eixo positivo dos zz.
b) T1 é a rotação de 45◦ no sentido positivo em relação ao semi-eixo positivo
dos xx e T2 é a rotação de 30◦ no sentido negativo relativamente ao
semi-eixo positivo dos zz.

5-6) Diga, justificando, quais das seguintes funções constituem transformações line-
ares.

a) T : M2×2 → M2×3 tal que T (A) = AB, sendo B uma matriz fixa 2 × 3.
b) T : Mn×n (R) → R tal que T (A) = tr A.
c) T : Mm×n → Mn×m tal que T (A) = AT .

49
Transformações lineares


d) T : M2×2 (R) → R tal que T [ ac db ] = a + 3b + 2c + 4d.
e) T : M2×2 (R) → R tal que T (A) = tr(AB), com B = [ 13 24 ].
f) T : M2×2 (C) → C tal que T (A) = det A.
g) T : P2 → P2 tal que T (a + bx + cx2 ) = (a + 1) + (b + 1)x + (c + 1)x2 .
h) T : P2 → P2 tal que T (a + bx + cx2 ) = a + b(x + 1) + c(x + 1)2 .

Matriz associada a uma transformação linear


5-7) Determine a matriz que representa cada uma das transformações lineares se-
guintes relativamente às bases canónicas dos espaços de partida e de chegada.

a) T (x1 , x2 ) = (2x1 − x2 , x1 + x2 )
b) T (x1 , x2 ) = (x1 , x2 )
c) T (x1 , x2 , x3 ) = (x1 + 2x2 + x3 , x1 + 5x2 , x3 )
d) T (x1 , x2 , x3 ) = (4x1 , 7x2 , −8x3 )
e) T (x1 , x2 ) = (x2 , −x1 , x1 + 3x2 , x1 − x2 )
f) T (x1 , x2 , x3 , x4 ) = (7x1 + 2x2 − x3 + x4 , x2 + x3 , −x1 )
g) T (x1 , x2 , x3 ) = (0, 0, 0, 0)
h) T (x1 , x2 , x3 , x4 ) = (x4 , x1 , x3 , x2 , x1 − x3 )

5-8) Admitindo que a transformação envolvida é linear e recorrendo à matriz que a


representa relativamente às bases canónicas, determine:

a) A reflexão de (−1, 2) relativamente ao eixo dos xx e a reflexão do mesmo


vector relativamente à recta x = y.
b) A reflexão de (2, −5, 3) relativamente ao plano xy e a reflexão do mesmo
vector relativamente ao plano yz;
c) A projecção ortogonal de (2, −5) no eixo dos xx e a projecção ortogonal
do mesmo vector no eixo dos yy.
d) A projecção ortogonal de (−2, 1, 3) sobre o plano xy e a projecção orto-
gonal do mesmo vector no plano xz;
e) A rotação de (3, −4) em torno da origem no sentido contrário aos pon-
teiros do relógio (sentido positivo) por um ângulo de π/2 e a rotação do
mesmo vector no mesmo sentido por um ângulo de π/6.

50
Transformações lineares

f) A rotação de (−2, 1, 2) por um ângulo de π/2 no sentido positivo relati-


vamente ao semi-eixo positivo dos zz.
g) A rotação de (−2, 1, 2) por um ângulo de π/4 no sentido positivo relati-
vamente ao semi-eixo positivo dos yy.

5-9) Seja T : M2×2 (R) → M2×2 (R) a transformação linear definida  por T (A) = AT .
Determine [T ]B,B , sendo B a base [ 10 00 ] , [ 10 10 ] , [ 01 10 ] , [ 00 01 ] .

5-10) Considere a transformação linear T : P2 → P2 definida por

f (t) 7→ 2f 0 (t) − f (t) .

onde f 0 designa a derivada de f .

a) Determine a matriz que representa a transformação linear T em relação à


base canónica P2 de P2 . A transformação linear T é invertı́vel?
b) Determine o polinómio p ∈ P2 tal que (T p)(t) = (t+1)2 para todo t ∈ R.

Núcleo e imagem
5-11) Seja T : R3 → R3 a transformação linear definida por:

T (x1 , x2 , x3 ) = (x1 − 2x2 + x3 , 5x1 − x2 + 3x3 , 4x1 + x2 + 2x3 )

a) Determine o núcleo e a imagem da transformação linear.


b) Indique um vector de R3 que não esteja na imagem da transformação.
c) Verifique o teorema da dimensão.

5-12) Determine o núcleo e a imagem da transformação linear T2 ◦ T1 , e determine


uma expressão para T2 ◦ T1 .

a) T1 (x, y) = (2x, 3y) T2 (x, y) = (x − y, x + y).


b) T1 (x, y) = (2x, −3y, x + y) T2 (x, y, z) = (x − y, y + z).
c) T1 (x, y, z) = (x − y, y + z, x − z) T2 (x, y, z) = (0, x + y + z).

5-13) Quais das seguintes transformações lineares T são isomorfismos?

51
Transformações lineares

a) A projecção ortogonal de (x, y) ∈ R2 sobre o eixo dos xx.


b) A reflexão de (x, y) ∈ R2 relativamente à recta x = y.
c) A projecção ortogonal de (x, y, z) ∈ R3 sobre o plano xy.
d) A reflexão de (x, y, z) ∈ R3 relativamente ao plano yz.
e) A rotação de (x, y, z) ∈ R3 no sentido positivo de π/2 radianos relativa-
mente ao semi-eixo positivo dos zz.

5-14) Em relação ao problema 5-13), considere as questões seguintes.

a) Qual é a transformação linear inversa de cada um dos isomorfismos?


b) Determine o núcleo e a imagem de cada uma das transformações.
c) Nos casos das alı́neas a) e c), mostre que se tem T 2 = T .

5-15) Sejam T1 : R2 → R2 e T2 : R2 → R2 transformações lineares tais que

T1 (x, y) = (x + y, x − y) T2 (x, y) = (2x + y, x − 2y) .

Mostre que a transformação linear T2 ◦ T1 é invertı́vel, e determine a matriz


que representa a sua inversa.

5-16) Sejam S : V → R3 e T : R3 → R2 as funções definidas por

S(x, y) = (2y, x, x + y), T (x, y, z) = (−3z, −x − 2y),

sendo V = {(x, y) ∈ R2 : 2x = y}.

a) Determine uma expressão analı́tica para a transformação linear T ◦ S :


V → R2 .
b) Determine o núcleo e imagem da transformação linear T ◦ S.
c) A transformação linear T ◦ S : V → R2 é um isomorfismo?

5-17) Considere o isomorfismo T do exercı́cio 6-26). Determine a matriz que repre-


senta T −1 relativamente à base P2 e uma expressão analı́tica para T −1 .

5-18) Sejam U e V espaços lineares, com dim U = n, dim V = p, n < p. Indique o


valor lógico das seguintes proposições.

52
Transformações lineares

a) Existem transformações lineares injectivas de V em U .


b) Existem transformações lineares sobrejectivas de V em U .
c) Existem transformações lineares injectivas de U em V .
d) Existem transformações lineares sobrejectivas de U em V .
e) Qualquer transformação linear injectiva de U em U é sobrejectiva.
f) Qualquer transformação linear injectiva de U em V é sobrejectiva.
g) Qualquer transformação linear injectiva de P4 em M2×2 é bijectiva.
h) Qualquer transformação linear injectiva de M2×2 em P é bijectiva.

Representação matricial de uma


transformação linear em diferentes bases
5-19) Seja T : R2 → R2 a transformação linear definida por

T (x1 , x2 ) = (x1 − 2x2 , x1 + x2 )

e considere-se a base ordenada B = (v1 , v2 ) de R2 , com v1 = (1, 1) e v2 =


(−1, 0).
a) Determine a matriz A = [T ]E2 ,E2 que representa T relativamente à base
canónica de R2 .
b) Sem recorrer à matriz A, calcule a matriz B = [T ]B,B que representa T
relativamente à base B no espaço de partida e no espaço de chegada.
c) Relacione as matrizes A e B através da matriz mudança de base apropri-
ada.
d) Calcule a imagem do vector v = (1, −1) pela transformação T , usando a
matriz A.
e) Calcule a imagem do vector v = (1, −1) pela transformação T , usando a
matriz B.


5-20) Considere, no espaço linear R3 , a base canónica
 E 3 = e 1 , e 2 , e 3 , e a base
ordenada B = (1, 0, 0), (1, 1, 0), (1, 1, 1) .
a) Determine a matriz M de mudança de base de E3 para B, isto é tal que
xB = M xE3 para todo x ∈ R3 .
b) Dado um vector u = x1 e1 + x2 e2 + x3 e3 , determine o vector uB =
(y1 , y2 , y3 ) das coordenadas de u na base B.

53
Transformações lineares

c) Considere a transformação linear T : R3 → R3 , cuja representação matri-


cial na base canónica é
 
2 −1 −1
A= 0 1 1 .
0 0 1

Determine a matriz que representa T na base B.


d) Determine uma expressão analı́tica de T .

5-21) Seja T : P2 → M2×2 (R) uma transformação linear tal que a matriz [T ]B2 ,B1 que
a representa em relação à base B1 = (1 + t2 , t, t − 1) de P2 e à base canónica
B2 de M2×2 (R) é  
1 0 −1
0 1 −1
A= 1 0 −1 .

0 −1 1

a) Determine o núcleo de T .
b) Determine o contradomı́nio de T .

5-22) Seja T : P2 → P3 uma transformação linear tal que a matriz [T ]B2 ,B1 que a
representa em relação à base B1 = (1 + t2 , t, t − 1) de P2 e à base B2 =
(1 − t3 , t2 , t + 1, 1) de P3 é
 
−1 0 0
0 1 1
A=
 1 0 −1 .

0 0 1

a) Determine o núcleo de T .
b) Determine o contradomı́nio de T .
c) Determine C = [T ]P3 ,P2 .
d) Relacione a matriz A com a matriz C obtida nas alı́nea anterior através
de matrizes de mudança de base apropriadas.
e) Determine uma expressão analı́tica para a transformação T .

54
Transformações lineares

5-23) Seja U o subespaço de M2×2 (R) constituı́do pelas matrizes triangulares supe-
riores com traço nulo. Seja T : U → M2×2 (R) a transformação linear tal que
T (A) = [A, B], com B = [01 −10 ] e [A, B] = AB − BA.

a) Obtenha uma base BU de U , e indique a dimensão de U .


b) Determine [T ]Bc ,BU , sendo Bc a base canónica de M2×2 . A transformação
T é injectiva?
c) Mostre que o contradomı́nio V de T é constituı́do pelas matrizes simétricas
de traço nulo, e obtenha uma base BV de V .
d) Considere a transformação linear S : U → V tal que S(A) = [A, B].
Determine a matriz [S]BV ,BU . A transformação S é injectiva? É sobrejec-
tiva?

Valores próprios, vectores próprios e


subespaços invariantes
5-24) Considere a transformação linear T : R2 → R2 definida por:
    
x 0 1 x
[T ]E2 ,E2 = .
y 1 0 y

a) Determine os espaços próprios da transformação T .


b) Determine os subespaços de R2 que são invariantes para T .

5-25) Determine equações cartesianas das rectas de R2 (se existirem) que passam
pela origem e são invariantes pela transformação linear que na base canónica é
representada pela seguinte matriz:
     
2 3 0 1 4 −1
(a) (b) (c)
0 2 −1 0 2 1

5-26) Determine os subespaços invariantes de T , sendo T a seguinte transformação


linear:

a) Em R2 , a reflexão em relação ao eixo dos xx.


b) Em R2 , a reflexão em relação à recta y = x.
c) Em R3 , a reflexão em relação ao plano z = 0.

55
Transformações lineares

d) Em R3 , a reflexão em relação ao plano x = 0.


e) Em R2 , a projecção ortogonal sobre o eixo dos xx.
f) Em R2 , a projecção ortogonal sobre o eixo dos yy.
g) Em R3 , a projecção ortogonal sobre o plano z = 0.
h) Em R3 , a projecção ortogonal sobre o plano y = 0.
i) Em R2 , a rotação de π/2 em torno da origem, no sentido directo (sentido
contrário ao dos ponteiros do relógio).
j) Em R3 , a rotação de π/2 em torno do eixo dos zz, no sentido directo
relativamente ao semi-eixo positivo dos zz.

5-27) Considere a transformação linear T : R2 → R2 que consiste na rotação de π/2


em torno da origem, no sentido directo (sentido contrário ao dos ponteiros do
relógio).

a) Determine a matriz A = [T ]E2 ,E2 .


b) Determine, se possı́vel, os espaços próprios da transformação T .
c) Determine os valores próprios λ ∈ C da matriz A e bases para os corres-
pondentes espaços próprios.

5-28) Para cada uma das seguintes transformações lineares T = T2 ◦T1 de R2 em R2 ,


determine, sempre que seja possı́vel, os valores próprios e os espaços próprios.
a) T1 é a projecção ortogonal no eixo dos xx e T2 é a reflexão relativa ao
eixo dos yy.
b) T1 é a rotação em torno da origem de um ângulo de π/2 radianos no
sentido contrário ao dos ponteiros do relógio e T2 é a rotação em torno
da origem de π/4 radianos no sentido dos ponteiros do relógio.
c) T1 é a reflexão relativamente ao eixo dos xx e T2 é a reflexão relativamente
ao eixo dos yy.

5-29) Considere as transformações lineares

T1 : M2×2 (R) → M2×2 (R) T2 : M2×2 (R) → M2×2 (R)

definidas por
A + AT A − AT
T1 (A) = T2 (A) = .
2 2

56
Transformações lineares

a) Determine as matrizes que representam T1 e T2 , respectivamente, relati-


vamente à base canónica de M2×2 (R) no espaço de partida e de chegada.
b) Calcule T1 ([ 13 24 ]) e T2 ([ 13 24 ]).
c) Determine os valores próprios e os espaços próprios das transformações
lineares T1 e T2 .

57
6
Espaços vectoriais com produto interno

Notação
Produto interno usual em Rn : hx, yi = yT x = xT y
Produto interno usual em Cn : hx, yi = yT x = xT y
Num espaço linear munido de um produto interno h·, ·i:
p
Norma de um vector u: kuk = hu, ui
Distância entre u e v: d(u, v) = ku − vk
Projecção ortogonal do vector w sobre o vector v:

hw, vi
projv w = v
kvk2

Matriz ortogonal: AT A = AAT = I (A matriz real)


T
Matriz hermitiana: A = A
T T
Matriz unitária: A A = AA = I

Observações
Nos exercı́cios seguintes, sempre que se pressuponha um produto interno não
indicado explicitamente, subentende-se que se trata do produto interno usual.

Produtos internos em espaços vectoriais


6-1) Considere os vectores u = (4, 1, −2) e v = (2, −1, 3) de R3 . Calcule:
a) ku + vk
b) kuk + kvk

58
Espaços vectoriais com produto interno

c) k − 3uk
1
d) kvk
v

1
e) kvk v
f) ](u, v)
g) d(u, v)

6-2) Sendo v = (−2, 3, 0, 6), para que valores de α se verifica a igualdade kαvk = 5?

6-3) Para que valores de α podemos afirmar que u e v são ortogonais?


a) u = (2, 1, 3), v = (1, 7, α)
b) u = (α, α, 1), v = (α, 5, 6)

6-4) Determine dois vectores com norma igual a um que sejam ortogonais aos três
vectores seguintes:
u = (2, 1, −4, 0) v = (−1, −1, 2, 2) w = (3, 2, 5, 4)

6-5) Verifique a desigualdade de Cauchy–Schwarz para os vectores u e v:


u = (0, −2, 2, 1) v = (−1, −1, 1, 1)

6-6) Determine todos os vectores de√R2 de norma unitária que fazem um ângulo de
π/3 radianos com o vector (2, 5).

6-7) Sejam u e v vectores de Rn . Prove que:

ku + vk2 + ku − vk2 = 2kuk2 + 2kvk2

Interprete geometricamente esta igualdade para n = 2.

6-8) Identifique os casos em que as seguintes identidades (com u = (u1 , u2 , u3 )


e v = (v1 , v2 , v3 )) definem um produto interno em R3 . Nos restantes casos,
indique as propriedades que não são satisfeitas.

a) hu, vi = u1 v1 + u3 v3

59
Espaços vectoriais com produto interno

b) hu, vi = u21 v12 + u22 v22 + u23 v32


c) hu, vi = 2u1 v1 + u2 v2 + 4u3 v3
d) hu, vi = u1 v1 − u2 v2 + u3 v3

6-9) Identifique os casos em que as seguintes identidades (com u = (u1 , u2 , u3 , u4 )


e v = (v1 , v2 , v3 , v4 )) definem um produto interno em R4 . Nos restantes casos,
indique as propriedades que não são satisfeitas.

a) hu, vi = u1 v1 + u2 v2 + u3 v3 + u4 v4
b) hu, vi = u21 v12 + u22 v22 + u23 v32 + u24 v42
c) hu, vi = 2u1 v1 + u2 v2 + 4u3 v3 + u4 v4
d) hu, vi = u1 v1 + u3 v3

6-10) Seja {u, v} um conjunto ortogonal de vectores de Rn tais que kuk = 1 e


kvk = 2. Calcule d(u, v), e interprete geometricamente este resultado para
n = 2.

6-11) Sejam u = ( √12 , − √12 ) e v = ( √2α , √2α ). Quais são os valores de α para os
quais o conjunto {u, v} é ortonormal?

6-12) Calcule:

a) proj(1,2) (−1, −1).


b) proj(1,2,3) (−π, −2π, −3π).

6-13) Utilize o método de Gram–Schmidt para obter uma base ortonormal para as
expansões lineares dos seguintes conjuntos linearmente independentes.

a) {(1, 1, 1), (1, 1, 0), (1, 0, 0)}


b) {(1, 0, −1, 0), (−1, 2, 0, 1), (2, 0, 2, 1)}

6-14) Considere C2 munido do produto interno usual. Utilize o método de ortogona-


lização de Gram–Schmidt para obter uma base ortonormal de L{u1 , u2 }.

a) u1 = (1, −3i) u2 = (2i, 2i)

60
Espaços vectoriais com produto interno

b) u1 = (i, 0) u2 = (1 + 3i, −5i)

6-15) Considere a função h·, ·i : R2 × R2 → R definida por


hu, vi = 3u1 v1 + 5u2 v2 ,
com u = (u1 , u2 ) e v = (v1 , v2 ).
a) Mostre que h·, ·i é um produto interno em R2 .
b) Calcule kuk e d(u, v), para u = (−1, 3) e v = (2, 5).
c) Determine o conjunto dos vectores u tais que kuk ≤ 1.

6-16) Seja φ : R3 × R3 → R o produto interno definido por


φ(x, y) = 3x1 y1 − 2x1 y2 + x1 y3 − 2x2 y1 + 2x2 y2 + x3 y1 + 2x3 y3 ,
com x = (x1 , x2 , x3 ) e y = (y1 , y2 , y3 ).
a) Determine a matriz de Gram G dos vectores da base canónica (e1 , e2 , e3 )
de R3 , considerando R3 munido com produto interno φ.
b) Verifique que G é uma matriz simétrica e definida positiva (isto é, xT Gx >
0 para x 6= 0, ou equivalentemente, os valores próprios de G são todos
positivos).
c) Verifique que se tem a igualdade
φ(x, y) = yT Gx.

As alı́neas que se seguem dizem respeito ao produto interno φ.


d) Verifique que os vectores e1 = (1, 0, 0) e e2 = (0, 1, 0) não são ortogonais.
e) Determine proje1 e2 .
f) Determine um vector ortogonal a e1 .
g) Determine o ângulo entre e1 e e2 .
h) Utilize o método de ortogonalização de Gram–Schmidt para obter uma
base ortonormada de R3 a partir da base canónica de R3 .

6-17) Seja W o subespaço linear de R3 definido por:


W = {(x, y, z) : y = 2x ∧ x = y + z}
Determine uma base e equações cartesianas de W ⊥ .

61
Espaços vectoriais com produto interno

6-18) Seja W o subespaço de R3 definido pela equação x − 2y − 3z = 0.


a) Determine equações cartesianas de W ⊥ .
b) Calcule as distâncias de (1, 0, −1) a W e a W ⊥ .

6-19) Considere o hiperplano de R4 :


W = {(x, y, z, w) ∈ R4 : x − y + 2z − 2w = 0}
a) Determine uma base para o subespaço linear W ⊥ , e obtenha equações
cartesianas de W ⊥ .
b) Exprima o vector w = (1, 2, 1, −1) na forma
w = w1 + w2 ,
com w1 ∈ W e w2 ∈ W ⊥ .
c) Calcule as distâncias d (1, 2, 1, −1), W e d (1, 2, 1, −1), W ⊥ .
 

d) Prove a igualdade:

R4 = W ⊕ W ⊥

 
1 2 −1 2
6-20) Considere a matriz A = 3 5 0 4.
1 1 2 0

a) Sem efectuar quaisquer cálculos, justifique se são verdadeiras ou falsas as


afirmações:
i) dim L (A) + dim N (AT ) = 4.
ii) dim C (A) + dim N (AT ) = 4.
b) Determine uma base para o complemento ortogonal do núcleo de A.
c) Determine uma base para o complemento ortogonal do núcleo de AT .

6-21) Seja W o subespaço de R3 definido pelas equações paramétricas:



 x = 2t

y = −5t (t ∈ R)

 z = 4t

Determine a projecção ortogonal projW ⊥ (1, 0, −1) do vector (1, 0, −1) sobre o
subespaço W ⊥ .

62
Espaços vectoriais com produto interno

6-22) Determine equações cartesianas da recta que passa pelo ponto (3, −1, 2) e é
paralela ao vector (2, 1, 3).

6-23) Determine uma equação cartesiana do plano que contém o ponto (1, −2, 2) e
a recta definida por: 
x = t

y =t+1 (t ∈ R)

 z = −3 + 2t

6-24) Determine a distância do ponto (3, −1, 2, 1) ao hiperplano {(x, y, z, w) : x +


2y − 2z − w = 4}.

6-25) Em R3 , considere os pontos:

P0 = (1, 0, −1) P1 = (0, 1, 0) P2 = (1, 1, 1)

a) Determine equações cartesianas e paramétricas da recta que passa por P0


e tem a direcção do vector u = (0, −1, −3).
b) Determine uma equação cartesiana do plano que passa por P0 e é perpen-
dicular à recta que passa por P0 e tem a direcção do vector n = (1, 0, 1).
c) Determine uma equação cartesiana e equações paramétricas do plano de-
finido por P0 , P1 e P2 . Determine ainda um vector normal a este plano.
d) Determine a distância de (1, 1, 0) ao plano da alı́nea anterior.

6-26) Determine o complemento ortogonal do subespaço linear de P2 gerado pelo


polinómio p(t) = (t + 1)2 , quando se considera definido em P2 o produto
interno

ha0 + a1 t + · · · + an tn , b0 + b1 t + · · · + bn tn i = a0 b0 + · · · + an bn .

6-27) Considere a operação h·, ·i : P2 × P2 → R definida por

hp, qi = p(0)q(0) + p(1/2)q(1/2) + p(1)q(1) ,

para p, q ∈ P2 .

a) Mostre que a função hp, qi é um produto interno em P2 .

63
Espaços vectoriais com produto interno

As alı́neas que se seguem dizem respeito ao produto interno hp, qi.


b) Calcule kpk, com p(t) = a0 + a1 t + a2 t2 .
c) Calcule o ângulo entre os polinómios p(t) = 1 − t2 e q(t) = 1 + t + t2 .
d) Sendo W = L{1 − t2 },
i) determine uma base de W ⊥ .
ii) determine a distância de q(t) = 1 + t + t2 a W e a W ⊥ .
e) Determine uma matriz simétrica A tal que
 
  a0
hp, qi = b0 b1 b2 A a1  ,

a2
para p(t) = a0 + a1 t + a2 t2 e q(t) = b0 + b1 t + b2 t2 .

6-28) Seja U o subespaço de M2×2 constituı́do pelas matrizes A tais que AT = −A


(matrizes anti-simétricas). Considere a operação de M2×2 ×M2×2 em R definida
por
hA, Bi = tr(B T A) , (1)
onde tr designa o traço de uma matriz.
a) Mostre que h·, ·i definido por (1) é um produto interno.
b) Determine a dimensão de U e de U ⊥ .
c) Determine bases ortonormadas de U e de U ⊥ .
1 1 ⊥
d) Determine as projecções ortogonais de [ −1 2 ] sobre U e sobre U .
1 1
e) Qual a matriz anti-simétrica mais próxima de [ −1 2 ]?
1 1
f) Determine a distância de [ −1 2 ] a U.

6-29) Considere as transformações lineares


T1 : M2×2 (R) → M2×2 (R) T2 : M2×2 (R) → M2×2 (R)
definidas por
A + AT A − AT
T1 (A) = T2 (A) = .
2 2
Mostre que a imagem Im(T1 ) da transformação linear T1 é o complemento
ortogonal da imagem Im(T2 ) da transformação linear T2 , quando M2×2 (R)
está munido com o produto interno
hA, Bi = tr(B T A) .

64
Espaços vectoriais com produto interno

Diagonalização ortogonal e diagonalização


unitária
6-30) Seja A uma matriz real m×n. Prove que as colunas de A formam um conjunto
ortogonal se e só se AT A é uma matriz diagonal. Prove ainda que esse conjunto
é ortonormal se e só se AT A é a matriz identidade.

6-31) a) Uma matriz real A de ordem n diz-se ortogonal se AT A = I. Prove que


A é ortogonal se e só se as colunas de A formam uma base ortonormada
de Rn .
b) Identifique todas as matrizes ortogonais de ordem 2. (Sugestão: Cada
coluna de A é um vector de R2 situado na circunferência de raio unitário
e centro na origem, que é determinado por um ângulo.)

6-32) Mostre que se A é uma matriz real diagonalizável e admite uma matriz diago-
nalizante ortogonal, então A é simétrica.

6-33) Mostre que se A é uma matriz simétrica real, então os valores próprios de A
são reais.

6-34) Diagonalize ortogonalmente a matriz


 
3 1 1
A = 1 3 1 .
1 1 3

Note que a soma das entradas de cada linha de A é constante.

6-35) Seja A uma matriz unitária de ordem n, e seja T : Cn → Cn a transformação


linear que é representada pela matriz A na base canónica. Mostre que:

a) hT x, T yi = hx, yi (x, y ∈ Cn )
b) kT xk = kxk (x ∈ Cn )
c) Se λ é valor próprio de A, então |λ| = 1.

65
Espaços vectoriais com produto interno

6-36) Diga se as matrizes seguintes são simétricas, anti-simétricas, hermitianas, anti-


hermitianas ou unitárias.

     
1 2 5 1 i 5 0 −1 0  
i i
A = −2 0 −3 B = −1 0 3 C = 1 0 0 D=
−i i
−5 3 1 5 3 1 0 0 1

6-37) Sendo A uma matriz hermitiana, mostre que os seus valores próprios são reais.
Mostre ainda que a matriz A é uma matriz definida positiva se e só se os seus
valores próprios são positivos.

6-38) Determine α, β e γ de modo que a matriz A seja hermitiana.


 
−1 α −i
A = 3 − 5i 0 γ
β 2 + 4i 2

6-39) Determine quais das seguintes matrizes são unitárias:


 
i 0
a)
0 i
" #
√i √1
2 2
b)
− √i2 √1
2
 
1+i 1+i
c)
1 − i −1 + i
 i 
− √2 √i6 √i3
d)  0
 − √i6 √i3 

√i √i √i
2 6 3

6-40) Diagonalize unitariamente as seguintes matrizes, se possı́vel.


 
4 1−i
a) A =
1+i 5
 
5 0 0
b) A = 0 −1 −1 + i
0 −1 − i 0

66
Soluções

1-1) a) É linear nas variáveis x1 , x2 e x3 .


b) Não é linear nas variáveis x, y e z.
c) É linear nas variáveis u, v, w e z.
d) Não é linear nas variáveis x, y e z.

1-2) O conjunto das soluções do sistema é:

a) {(0, 0, 0)}
b) {(− 31 x3 , − 23 x3 − x4 , x3 , x4 ) : x3 , x4 ∈ R}

A solução poderia igualmente ser escrita como, por exemplo,


{(− 13 r, − 23 r − s, r, s) : r, s ∈ R}. (Relembre as Observações no inı́cio
desta ficha.)

c) {(w, x, y, z) : x = −w ∧ y = w ∧ z = 0 (w ∈ R)}

1-3)
 
1 1 2 8
(a) −1 −2 3 1 
3 −7 4 10
Conjunto das soluções: {(3, 1, 2)}
 
2 2 2 0
(b) −2 5 2 1
8 1 4 −1
Conjunto das soluções: {(− 71 − 37 x3 , 17 − 47 x3 , x3 ) : x3 ∈ R}

67
     
2 2 2 0 2 2 2 0 2 2 2 0
L2 +L1 L3 +L2
−2 5 2 1  / 0 7 4 1 / 0 7 4 1 (*)
L3 −4L1
8 1 4 −1 0 −7 −4 −1 0 0 0 0

À matriz (*) corresponde um sistema de equações equivalente ao sistema


inicial. Como se trata de uma matriz em escada de linhas, podemos resolver
esse sistema de modo sistemático: a equação de baixo (sem contar com a
equação trivial 0 = 0) só tem uma variável dependente (x2 ), que podemos
calcular em função das variáveis independentes (x3 , neste caso) e substituir
na equação imediatamente acima.
( (
2x1 + 2 71 − 74 x3 + 2x3 = 0

2x1 + 2x2 + 2x3 = 0

7x2 + 4x3 = 1 x2 = 71 − 47 x3
(
x1 = − 17 − 37 x3

x2 = 17 − 47 x3

Alternativamente, podemos reduzir a matriz (*) à forma canónica de escada


de linhas (método de Gauss–Jordan). O sistema que se obtém deste modo
é de resolução imediata:
     
2 2 2 0 1
L
1 1 1 0 1 0 3/7 −1/7
0 7 4 1 2 1 / 0 1 4/7 1/7 L1 −L2/ 0 1 4/7 1/7 
1
L
7 2
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
( (
x1 + 73 x3 = − 17 x1 = − 17 − 37 x3

x2 + 47 x3 = 17 x2 = 17 − 47 x3

68
 
0 −2 3 1
(c) 3 6 −3 −2
6 6 3 5
Conjunto das soluções: ∅ (não tem soluções)
 
0 0 1 2 −1 4
0 0 0 1 −1 3
(d)  
0 0 1 3 −2 7
2 4 1 7 0 7
Conjunto das soluções: {(−6 − 2v − 3y, v, −2 − y, 3 + y, y) : v, y ∈ R}

1-4) a) Conjunto das soluções: {(−45, −14, 6)}


b) Conjunto das soluções: {(5 − 4w, 2 − 8w, 2 − w, w) : w ∈ R}

1-5) Os sistemas das alı́neas a), b) e d).


x = 1

1-6) a) y=4

z=6

(
y=4
b)
z=6
(
4x + y = 0
c)
x+z =0
d) −x − y + z = 0

1-7) a) Sim (é matriz em escada); Sim (é matriz em forma canónica de escada);
caracterı́stica 3.
b) Sim; Sim; 2.
c) Sim; Sim; 2.
d) Sim; Sim; 2.
e) Não; Não; 2.

69
f) Sim; Não; 2.
g) Não; Não; 2.
h) Sim; Sim; 0.
i) Não; Não; 1.
j) Não; Não; 3.
k) Não; Não; 2.
l) Sim; Não; 2.

1-8) a) • α = 3 → car A = car[A|b] = 1


• α = −3 → car A = 1 car[A|b] = 2
• α 6= 3 ∧ α 6= −3 → car A = car[A|b] = 2
b) • α = 3 → possı́vel e indeterminado (G.I. = 2)
Conjunto das soluções: {(y − z, y, z) : y, z ∈ R}
• α = −3 → impossı́vel
• α 6= 3 ∧ α 6= −3 → possı́vel e indeterminado (G.I. = 1)
1 1
Conjunto das soluções: {(y − α+3 , y, α+3 ) : y ∈ R}

β 6= 2 possı́vel e determinado
α 6= 0
β = 2 possı́vel e indeterminado (G.I. = 1)
1-9) a) β = 0 impossı́vel
α=0 β 6= 2 impossı́vel
β 6= 0
β = 2 possı́vel e indeterminado (G.I. = 2)

     
α 0 β 2 α 0 β 2 α 0 β 2
L2 −L1 L3 −L2
α α 4 4  / 0 α 4 − β 2 / 0 α 4 − β 2 
0 α 2 β 0 α 2 β 0 0 β−2 β−2

Esta matriz pode ser ou não uma matriz em escada, dependendo dos valores
de α e β. A finalidade da eliminação de Gauss foi obter uma matriz para
a qual seja fácil determinar a relação entre os valores dos parâmetros e as
operações a efetuar para obter uma matriz em escada.

70
• Se α 6= 0 teremos pivôs na primeira e segunda linha, e a matriz está
em escada, independentemente do valor de β. A natureza do sistema
irá depender de ser β = 2 ou β 6= 2.
• Para α = 0, a matriz não está em escada, e é necessário prosseguir
com a eliminação de Gauss. A entrada-(13) tem o valor β; se β = 0,
deverı́amos tentar trocar de linha de modo a obter um pivô nessa
posição; no entanto, é imediato que o sistema é impossı́vel, já que a
primeira linha corresponde à equação 0 = 2; assim, neste caso não
se justifica o trabalho de reduzir a matriz a uma matriz em escada.
Quanto ao caso β 6= 0:
   
0 0 β 2 1
L
0 0 1 2/β
β 1
0 0 4 − β 2  / 0 0 4 − β 2 
0 0 β−2 β−2 0 0 β−2 β−2

2
 
0 0 1 β
L2 −(4−β)L1
/ 0 0 0 4β−8 
L3 −(β−2)L1
 β 
(β−2)2
0 0 0 β

c 6= 0 possı́vel e determinado
b) d = 0 possı́vel e indeterminado (G.I. = 1)
c=0
d 6= 0 impossı́vel

a = 2 ∨ a = − 23 possı́vel e indeterminado (G.I. = 1)


c)
a 6= 2 ∧ a 6= − 23 impossı́vel

1-10) A)

1-11) Conjunto das soluções: {(0, (i − 1)z, z) : z ∈ C}

71
   
1 0 0 0 1 0 0 0
L2 ↔L3
0 1 − i −2i 0 / 0 1 1 − i 0
0 1 1−i 0 0 1 − i −2i 0
 
1 0 0 0
L3 −(1−i)L2
/ 0 1 1 − i 0
0 0 0

Uma vez que se trata de uma matriz na forma canónica de escada de linhas,
a resolução (nas incógnitas (x, y, z)) é imediata:
(
x=0
y = (i − 1)z

1-12) B)

1-13) C)

1-14)
 
a0 a1 a2 · · · an
a−1 a0 a1 · · · an−1 
   
2 0 2 0 1 2 3 4

 
1 3 1 3 2 1 2 3
 a−2 a−1 a0 · · · an−2 
a) b) c)
 

4 2 4

2

3 2 1

2
 .. .. 
 . . 
3 5 3 5 4 3 2 1
 
a−n+1 a−n+2 a−n+3 · · · a1 
a−n a−n+1 a−n+2 · · · a0

1-15) a) Não definida.


b) 4 × 2
c) Não definida.
d) Não definida.
e) 2 × 2

72
f) 2 × 2
g) Não definida.
h) 2 × 2
 
1-16) a) 5
 
5
b)
−5
 
5 −1
c)
−5 4
 
d) 5 −1
 
e) −2 −2
 
−2 −2
f)
3 −3
 
2 4 5
g) 5 10 11
8 16 17
 
5 7 9
h) 6 6 6
12 15 18
h1i
1-17) a) 11
−2
b) [−2 −1 0]
c) −18
d) 2
hi hi hi hi
5 2 1 2
1-18) 7 =2 3 − 0 + 1
3 1 1 2

1-19)
√ 
 
√4 2 π 
2 8 2 2
B + C =  3 −3 2  2A =
−4 2 6
0 1 4
√ √ √ 
 
 3√ 6 3π
1 + 4 √3 −2 + 2 π + 8 − 2
AB = CB = −2 3 2 −4
−2 + 3 −2 −2π − 1
0 5 −5
As restantes operações não são possı́veis.

73
1-20) a) A − A = [00 00 00]
b) tr C = 18
c) 2 tr(−B) = 14
d) Impossı́vel.
h−11 2 i
i
e) B T − C T = 3 −3 2
0 1 −11
h−11 2 i i
f) (B − C)T = 3 −3 2
0 1 −11
h i
81 0 0
g) CC T = 0 16 0
0 0 25
T
h) tr(C C) = 122

n
1-21) a) An = [20 0
2n ]

b) Temos duas expressões, consoante n é par ou ı́mpar:


• n par (n = 2k, com k ∈ N0 ): An = A2k = (−1)k I
• n ı́mpar (n = 2k + 1, com k ∈ N0 ): An = A2k+1 = (−1)k A

h0 1 3
i
1-23) a) −1 0 2
−3 −2 0
 √   √ 
1 3 1 − 3
2 2 2 2
b) A = √
3
ou A = √
− 3
2
− 12 2
− 1
2

 
1 2 3 4
1-25) A = 2 4 6 8
3 6 3 12
4 8 12 16

 
−7 4
1-27) a)
2 −1
 
1 5 −6
b) − 39
−4 −3
c) A matriz não é invertı́vel.
 3
− 11 − 65

2 10
d)  −1 1 1 
1 7 2
− 2 10 5

74
   
3 4 −1 1 0 0 1 0 3 0 1 0
L2 ↔L1
1 0 3 0 1 0  / 3 4 −1 1 0 0
2 5 −4 0 0 1 2 5 −4 0 0 1
   
1 0 3 0 1 0 1
L
1 0 3 0 1 0
L2 −3L1
/ 0 4 −10 1 −3 0 4 2
/ 0 1 − 5 1 − 3 0
L3 −2L1 2 4 4
0 5 −10 0 −2 1 0 5 −10 0 −2 1
   
1 0 3 0 1 0 2
L
1 0 3 0 1 0
L3 −5L2
/ 0 1 − 5 1
− 43 0 5 3 / 0 1 − 5 1
− 34 0 
2 4 2 4
0 0 2 − 4 47 1
5 5 1
0 0 1 − 2 10 7 2
5

1 0 0 23 − 11 6
 
L2 + 25 L3 10
− 5
/ 0 1 0 −1 1 1 
L1 −3L3
1 7 2
0 0 1 − 2 10 5

e) A matriz não é invertı́vel.


 1 
2
− 12 21
f) − 12 12 1 

2 
1 1
2 2
− 21
 7 
2
0 −3
g) −1 1 0
 
0 −1 1
 
1 0 0 0
− 1 1 0 0 
h)  3 3 1 1
 
 0 −5 5 0 

0 0 − 17 17
i) A matriz não é invertı́vel.

 
1 5 1
1-28) a) 13 −3 2
 
−2 −7
b) − 71
−1 −3

75
 
2 −5
c) − 15
1 −3
 
1 −9 1
d) 13
2 −6

1-29) C)

 −1 
α1 0 0 0
 0 α2−1 0 0 
1-31) a) 
 0 −1

0 α3 0 
0 0 0 α4−1
(existe se e só se nenhum dos valores de α1 , α2 , α3 e α4 for nulo)
0 α4−1
 
0 0
 0 0 α3−1 0 
b) 
 0 α2−1 0

0 
α1−1 0 0 0
(existe se e só se nenhum dos valores de α1 , α2 , α3 e α4 for nulo)
 −1 
α 0 0 0
−α−2 α−1 0 0 
c) 
 α−3 −α−2 α−1

0 
−α−4 α−3 −α−2 α−1
(existe se e só se α 6= 0)

h i
3/2 1/2
1-32) A3 = [16 01] A−3 = [−6
1 0
1] A2 − 2A + I = (A − I)2 = [00 00] X= −3/2 −1/2

76
1-34)
     
1 1 2 x 8
(a) A = 1 −2 3 x = y  b=1
3 −7 4 z 10
     
2 2 2 x1 0
(b) A = −2 5
 2 x = x2 
 b= 1 

8 1 4 x3 −1
     
0 −2 3 u 1
(c) A= 3 6
 −3 x = v
 b = −2

6 6 3 w 5
 
  u  
0 0 1 2 −1 v  4
0 0 0 1 −1   3
(d) A =  w
x= b=
  
0 0 1 3 −2 x
7
2 4 1 7 0 7
y

1-35) a) −A2
b) −Ab
c) = 3 =

1-36) a) Falsa.
b) Falsa.
c) Falsa.
d) Verdadeira.
e) Falsa.
f) Verdadeira.

1-37) a) Sim (é matriz elementar).


b) Sim.
c) Sim.
d) Não.
e) Sim.

77
f) Não.
g) Sim.
h) Não.

 
1 2 3
1-38) a) −8 −10 −12
7 8 9
 
1 2 3
b) 7 8 9
4 5 6
 
1 2 3
c) 4 5 6
23 28 33
 
1 2 3
d) 4 5 6
7 8 9

1-39) a) Operação: L2 + 3L1 Matriz elementar: E21 (3) = [13 01]


h1 0 0 i
b) Operação: 51 L3 Matriz elementar: D3 ( 15 ) = 00 10 01
5
 
0 0 0 1
c) Operação: L1 ↔ L4 Matriz elementar: P14 = 0 0 1 00 1 0 0
1 0 0 0
1 0 0 0
1 0 1 15 0
d) Operação: L2 + L
5 3
Matriz elementar: E23 ( 15 ) = 0 0 1 0
0 0 0 1

1-40) a) E1 = E21 (5) E2 = P23 E3 = D2 (− 21 )


b) A−1 = D2 (− 21 )P23 E21 (5)
h 1 0 0i h i h1 0 0i
1 0 0
c) A = −5 1 0 0 0 1 0 −2 0
0 0 1 0 1 0 0 0 1

h i
1 3 3 8
1-41) E1 = P12 E2 = E31 (−2) E3 = E32 (1) R= 0 1 7 8
0 0 0 0

1-43) B)

78
2-1) |A| = 760


5
−10 15 1 −2 3

|A| = 6 7 −1 = 5 6 7 −1 (∗)
−3 1 4 −3 1 4

1
−2 3 1 −2 3

1 −2 3

= 5 0 19 −19 = 5 × 19 0 1 −1 = 5 × 19 0 1 −1
0 −5 13 0 −5 13 0 0 8
= 5 × 19 × 8 = 760

Para obter (∗), usámos a igualdade



5 −10 15 5(1) 5(−2) 5(3)

6
7 −1 = 6
7 −1

−3 1 4 −3 1 4

e a propriedade 3 do primeiro ponto das Observações (veja o inı́cio desta


ficha).

2-2) a) É invertı́vel para α 6= 0 ∧ α 6= 3.


b) • α 6= 0 ∧ α 6= 3
Como A é invertı́vel, o sistema é possı́vel e determinado, e
2 −β) 2
x = A−1 b. A solução geral é, neste caso, {( −3(α , α −β , β )}.
α3 (α−3) α2 (α−3) α
• α=0
– β 6= 0
O sistema é impossı́vel
– β=0
O sistema é possı́vel e indeterminado com a solução geral
{(x, 0, 0) : x ∈ R} (G.I. = 1).
• α=3
– β 6= 9
O sistema é impossı́vel.
– β=9
O sistema é possı́vel e indeterminado com a solução geral
{(−y, y, 3) : x ∈ R} (G.I. = 1)

79
2-3) a) |3A| = −189
b) |A−1 | = − 71
c) |2A−1 | = − 87
d) |(2A)−1 | = − 56
1

e) 7

2-6) a) A = [ 00 10 ] B = [ 10 00 ]
b) A = [ 20 02 ] B = [ 10 01 ]

2-7) A)

2-8) a) Impossı́vel.
b) A = [ 10 00 ] B = [ 00 01 ]
c) A = [ 01 10 ]

ATENÇÃO

É um erro muito frequente concluir que

“uma matriz com diagonal nula tem determinante nulo” ← FALSO

Na alı́nea c) dá-se um exemplo de uma matriz A com determinante igual a


−1 e cuja diagonal é nula.

2-9) D)

I é falsa: Exemplo: A = [−1 0


0 3]
II é verdadeira:
|BA−2 | = |B||A−2 | = |B||A|−2 = (−6)(−3)−2

III é falsa: Exemplo: A = [−1 0


0 3]
IV é verdadeira:
1
|(BA)|−2 = |BA|−2 = (|B||A|)−2 = ((−6)(−3))−2 =
182

80
2-10) C)

2-11)

a1 + b 1 c1 + d1 a1 + b1 c1 + d1 a1 + b1 c1 + d1

a2 + b 2 = +
c 2 + d 2 a2 c2 b 2 d2

a c1 b1 d1 a1 c1 b1 d1
= 1 + + +
a2 c 2 a2 c 2 b2 d2 b2 d2

2-12)

a1 + b 1 c1 + d 1 e1 + f1 a1 + b1 c1 + d 1 e1 + f1 a1 + b1 c1 + d1 e1 + f1

a2 + b 2 c2 + d 2 e2 + f2 = a2 + b2 c2 + d 2 e2 + f2 + a2 + b2 c2 + d 2 e2 + f2

a3 + b 3 c3 + d 3 e3 + f3 a3 c3 e3 b3 d3 f3

a1 + b 1 c1 + d 1 e1 + f1 a1 + b1 c1 + d 1 e1 + f1

= a2 c2 e2 + b2 d2 f2
a3 c3 e3 a3 c3 e3

a1 + b 1 c1 + d 1 e1 + f1 a1 + b1 c1 + d1 e1 + f1

+ a2 c2 e2 + b2 d2 f2
b3 d3 f3 b3 d3 f3

a1 c1 e1 b1 d1 f1 a1 c1 e1 b1 d1 f1

= a2 c2 e2 + a2 c2 e2 + b2 d2 f2 + b2 d2 f2
a3 c3 e3 a3 c3 e3 a3 c3 e3 a3 c3 e3

a1 c1 e1 b1 d1 f1 a1 c1 e1 b1 d1 f1

+ a2 c2 e2 + a2 c2 e2 + b2 d2 f2 + b2 d2 f2
b3 d3 f3 b3 d3 f3 b3 d3 f3 b3 d3 f3

2-13) a) α = −1

5± 17
b) α = 2

2-14) a) A matriz é invertı́vel para a 6= 0 ∧ a 6= 3.


b) [A−1 ]23 = 0
c) |A + B| = (a + 2)2 (a2 − 1)

81
 
−8 4 2
2-15) a) cof A =  1 −2 −1
−3 0 3

 
3 2 1+2 2
2 1+3 2
3
(−1)1+1 (−1) (−1)

 1 −2 0 −2 0 1 


 0 1 2+2 1
1 2+3 1
0

cof A =  (−1)2+1 (−1) (−1)
 
1 −2 0 −2 0 1

 
 
 0 1 3+2 1
1 3+3 1
0 
(−1)3+1 (−1) (−1)
3 2 2 2 2 3

 4

3
− 16 1
2
b) A−1 = − 23 1
0 
 
3
− 13 1
6
− 12

 
−8 1 −3
1 1
A−1 = (cof A)T =  4 −2 0 
|A| (−6 + 2 + 0) − (0 + 2 + 0)
2 −1 3

c) −48

det (tr AT )(A−1 A2 ) = (tr AT )3 det(A−1 A2 )




= (1 + 3 − 2)3 det A
= 8(−6)

2-16) a)  
4 −3
cof A =
−2 1
b)  
−1 1 T 1 4 −2
A = (cof A) =
|A| −2 −3 1

82
2-17) det A = −17

˛ ˛ ˛ ˛
˛ 4
˛
˛
−2˛˛˛ ˛1
˛
˛
4 ˛˛˛
˛−2 −1˛ ˛˛ 8 ˛2 −2˛˛˛ 10
˛ ˛
2-18) a) x1 = ˛ = − x2 = ˛ = −
˛ ˛
˛1
˛
˛
−2˛˛ 3 ˛1
˛
˛
−2˛˛ 3
˛2
˛
−1˛˛ ˛2
˛
−1˛˛

2-19) B)

2-20) Sendo A uma matriz quadrada de ordem n (ı́mpar):

|A| = | − AT | = (−1)n |A| = −|A|.


h0 1 2i
Consequentemente, |A| = 0. Exemplo: −1 0 −3 .
−2 3 0

2-21) a) det Aα = 0 para α ∈ {0, −1, −2}


O sistema é possı́vel e determinado para α ∈ R \ {0, −1, −2}.
b) A entrada (12) da matriz adj Aα = [bij ] é
 
2+1 −2 0
b12 = C21 = (−1) det = 2α + 2 .
0 α+1

c) • β 6= 2
O sistema é impossı́vel
• β=2
O sistema é possı́vel e indeterminado com a solução geral
{(x, y, z) ∈ R3 : x = 2, y = −1} (G.I. = 1)

3-1) a), b) e d).

3-2) a) (−9, −7, −15) = −2(2, 1, 4) + (1, −1, 3) − 2(3, 2, 5)


b) (6, 11, 6) = 4(2, 1, 4) − 5(1, −1, 3) + 1(3, 2, 5)
c) (0, 0, 0) = 0(2, 1, 4) + 0(1, −1, 3) + 0(3, 2, 5)
d) (7, 8, 9) = 0(2, 1, 4) − 2(1, −1, 3) + 3(3, 2, 5)

83
3-3) a), b) e d).

3-4) a) Não.
b) Não.
c) Não.

3-5) a) Não.
b) Sim.
c) Sim.

3-6) a) Sim (é subespaço de R3 ).


b) Não.
c) Sim.
d) Não.
e) Não.

3-7) a) Não (não é subespaço de R4 ).


b) Sim.
c) Sim.
d) Não.
e) Não.

3-8) a) Não.
b) Não.
c) Não.
d) Sim.
e) Não.
f) Sim.
g) Não.
h) Não.
i) Sim.

84
j) Não.

3-10) Não é espaço vectorial.

3-11) a) É linearmente independente. Base: {(1, 1, 0), (0, 1, 1)}


b) É linearmente dependente. Base: {(1, 2, 6), (1, 1, 1)}
c) É linearmente dependente. Base: {(2, 2, 2), (0, 1, 1)}
d) É linearmente dependente. Base: {(1, 2, 4)}
e) É linearmente dependente. Base: {(2, −1, 3), (4, 1, 2)}
f) É linearmente dependente. Base: {(3, 1, 4), (2, −3, 5)}
g) É linearmente dependente. Base: {(1, 2, 6), (3, 4, 1), (4, 3, 1)}

3-12) a) B: (( 32 , 1, 0), (− 35 , 0, 1))


b) (v)B = (4, 1)


3-13) a) Base: (1, 1, 0), (0, 0, 1) Dimensão: 2

b) Base: (−2, 1, −4) Dimensão: 1

c) Base: (1, 1, 0), (−1, 0, 1) Dimensão: 2

d) Base: (1, 3, 2) Dimensão: 1


3-14) a) Base: B = (1, 0, 0, 1) Dimensão: 1
b) [v]B = [1]

3-15) b) Base: {u, w} Dimensão: 2


3-16) a) Base: (2, 3, 0, 0), (−5, 0, 3, 0), (1, 0, 0, 3) Dimensão: 3

b) Base: (1, 0, 0, 0), (0, 1, 0, 4), (0, 0, 1, 0) Dimensão: 3

c) Base: (1, 0, 0, 0), (0, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 0) Dimensão: 3

d) Base: (1, −1, 2, 0), (1, 1, 0, 2) Dimensão: 2

e) Base: (1, 1, 1, 1) Dimensão: 1

85
3-17) a) (1, 0, 0)
b) (0, 1, 0)

3-18) (0, 0, 1, 0) e (0, 0, 0, 1).

3-20) a) Base: {(1, 1, 0), (0, 0, 1)}


Equação: −x + y = 0

As equações cartesianas podem ser obtidas da forma seguinte. O con-


junto {(1, 1, 0), (0, 0, 1)} é linearmente independente e, portanto, é uma
base da sua expansão linear S. Se designarmos por (x, y, z) um ele-
mento arbitrário de S, a matriz
 
1 0 x
A = 1 0 y 
0 1 z

tem caracterı́stica menor que 3 se e só se o conjunto

{(1, 1, 0), (0, 0, 1), (x, y, z)}

for linearmente dependente. Conclui-se assim que car A = 2. Aten-


dendo a este facto, reduzamos a matriz A a uma matriz em escada de
linhas usando o método de eliminação de Gauss:
     
1 0 x 1 0 x 1 0 x
1 0 y  / 0 0 −x + y  / 0 1 z 
L2 −L1 L2 ↔L3
0 1 z 0 1 z 0 0 −x + y

Obtemos deste modo a equação −x + y = 0 para o plano S. Neste


exemplo muito simples, esta equação poderia ser obtida simplesmente
“olhando” para o conjunto {(1, 1, 0), (0, 0, 1)}. No entanto, pretende-se
com esta resolução ilustrar um método geral.

b) Base: {(1, 2, 6), (1, 1, 1)}


Equação: z + 4x − 5y = 0

3-21) a) (2, 1)B1 = (2, 1)

86
b) (2, 1)B2 = (1, 1/2)
c) (2, 1)B3 = (3, −1)

3-22) a) (2, −1, 3)B1 = (2, −1, 3)


b) (2, −1, 3)B2 = (3, −2, 1)

3-23) a) (1, 0, 2, −1)B1 = (1, 0, 2, −1)


b) (1, 0, 2, −1)B2 = (1, −2, 3, −1)

3-24) a) x = (7, 2)
b) x = (2, −2, 1)

3-25) a) Falsa.
b) Verdadeira.
c) Verdadeira.
d) Falsa.

3-26) a) Base de N (A): {(1, 1, 0, 2), (0, 0, 1, 0)} dim N (A) = 2


Base de L (A): {(1, −3, 0, 1), (1, 1, 0, −1)} dim L (A) = 2
Base de C (A): {(1, 1, 0), (−3, 1, 0)} dim C (A) = 2
b) Base de N (B): ∅ dim N (B) = 0
Base de L (B): {(4, 2), (0, 1)} dim L (B) = 2
Base de C (B): {(4, 0, 2), (2, 1, 1)} dim C (B) = 2


3-29) a) Base: (1, 1, 2), (0, 1, −1) Dimensão: 2

b) Base: (−1, 1, 1, 2), (0, 2, 1, 3) Dimensão: 2

87
a) Consideremos a matriz
 
1 1 2
A = 1 2 1 ,
2 3 3

cujas linhas são constituidas pelos vectores dados. Recorrendo ao re-


sultado expresso no exercı́cio 3-27), sabemos que o espaço das linhas
de A e o espaço das linhas de qualquer matriz obtida a partir de A à
custa de operações elementares coincidem.
Reduzindo A a uma matriz em escada de linhas usando o método de
eliminação de Gauss obtemos:
       
1 1 2 1 1 2 1 1 2 1 1 2
1 2 1 / 0 1 −1 / 0 1 −1 / 0 1 −1
L2 −L1 L3 −2L1 L3 +L2
2 3 3 2 3 3 0 1 −1 0 0 0

As considerações
h1 1 2 ianteriores permitem concluir que o espaço das linhas
da matriz 0 1 −1 é o espaço L (A). Atendendo a que, por outro lado,
0 0 0
as linhas não nulas de uma matriz em escada de linhas são linear-
mente independentes (cf. o exercı́cio 3-28)), deduz-se que o conjunto
{(1, 1, 2), (0, 1, −1)} é uma base de L (A).
b) A resolução desta alı́nea é semelhante.

3-30) a) Falsa.
b) Verdadeira.
c) Verdadeira.
d) Verdadeira.
e) Verdadeira.
f) Verdadeira.

3-31) a) 3
b) 3
c) (1, 3, 0, 0, 0)

88
d) {(−3, 1, 0, 0, 0), (0, 0, 2, −4, 1])}

3-32) a) dim L (A) = 3


dim C (A) = 3
dim N (A) = 0
dim N (AT ) = 0
b) dim L (A) = 2
dim C (A) = 2
dim N (A) = 1
dim N (AT ) = 1
c) dim L (A) = 1
dim C (A) = 1
dim N (A) = 2
dim N (AT ) = 2
d) dim L (A) = 2
dim C (A) = 2
dim N (A) = 7
dim N (AT ) = 3
e) dim L (A) = 2
dim C (A) = 2
dim N (A) = 3
dim N (AT ) = 7
f) dim L (A) = 0
dim C (A) = 0
dim N (A) = 4
dim N (AT ) = 4
g) dim L (A) = 2
dim C (A) = 2
dim N (A) = 0
dim N (AT ) = 4

3-33) a) Sim; 0
b) Não.
c) Sim; 2

89
d) Sim; 7
e) Não.
f) Sim; 4
g) Sim; 0

3-34) Base de N (A) : {(−i, 1, 0)} dim N (A) = 1


Base de L (A) : {(1, i, 0), (−i, 1, 2i)} dim L (A) = 2
Base de C (A) : {(1, −i), (0, 2i)} dim C (A) = 2

3-35) a) [−2 1 3
10 ] = [4] − [−6]
/ C (A)
b) b ∈

3-36) C)

3-37) a) Dimensão: 1 Base: {(1, 0, 1)}


b) Dimensão: 2 Base: {(0, −1, 0, 1), (1, 1, −4, 0)}

   
−3 4
1 −1
3-38)  1  + s  0  com r, s ∈ R
a) x = r    

0 1
     
−3 4 −1
1 −1  2 
 1  + s  0  +  4  com r, s ∈ R
b) x = r      

0 1 3

3-39) a) (2, −4, 3, −4)



1
b) 11
1

0
c) 00
0
−2
d) −13
0

90
e) Possı́vel e indeterminado, com grau de indeterminação 1.

3-40) D)

3-41) a) A matriz nula.


b) A matriz nula.
c) Impossı́vel.
d) Impossı́vel.
e) Impossı́vel.
" #
1 0 0
0 1 0
f) 0 0 1
0 0 0
0 0 0

g) Impossı́vel.

       
5 9 2 1 1 −1 3 2
3-42) =3 −4 +
0 5 0 4 0 3 0 5

3-43) p = −2p1 + p2 − 2p3

3-44) a) Sim.
b) Sim.
c) Sim.
d) Não.

3-45) a) São linearmente independentes.


b) São linearmente dependentes. Qualquer dos possı́veis subconjuntos
com dois elementos é linearmente independente.

3-46) a) (p)P3 = (1, 0, −1, 0)


b) Base: (1 − 2t, 1 + t2 , 1 + 2t − 3t2 )
c) (p)P3 = (3, 0, −1, 0)
(p)B = ( 54 , 75 , 45 ) (sendo B a base de b))

91
d) dim W = 3

3-47) a) v = 4v1 − 3v2 + v3


b) v = 2v2 − v3

3-48) a) (−1, 1, −1, 3)


b) (1/6, 3, −1/4, 1/2)

3-50) a) Base de U + V : {(1, 0, 2, 0), (1, 0, 0, 0)} (dimensão 2)


Base de U ∩ V : ∅ (dimensão 0)
b) Base de U + V : {(1, 0, −1, 0), (0, 1, 1, 0), (1, 1, 2, 0), (−2, 0, 0, 1)} (di-
mensão 4)
Base de U ∩ V : ∅ (dimensão 0)
c) Base de U + V : {(0, 0, 1, 0), (−2, 0, 0, −2), (0, 1, 2, 0)} (dimensão 3)
Base de U ∩ V : (−2, 0, 0, −2) (dimensão 1)

3-51) R4 = U ⊕ W nos casos a) e b).

3-52) a) É subespaço linear. Base: {−1 + t, t2 }. Dimensão: 2


b) Não é subespaço linear.
c) Não é subespaço linear.
d) É subespaço linear. Base: {cos 2t + sen t, sen t}. Dimensão: 2

Sejam a, b e c escalares tais que

a(cos2 t − sen2 t) + b(cos 2t + sen t) + c(sen t) = 0. (2)

O 1o membro representa uma função de t (e não o valor da função


num ponto t particular). Para que a função seja nula, é necessário (e
suficiente) que a igualdade se verifique para todos os valores de t. A
igualdade (2) é obviamente válida quando a = b = c = 0. Se este
for o único caso em que é válida, as funções dadas são linearmente
independentes, de contrário serão linearmente dependentes.

92
Recorrendo à identidade trigonométrica

cos 2x = cos2 x − sen2 x,

obtemos as equivalências

a(cos2 t − sen2 t) + b(cos 2t + sen t) + c(sen t) = 0


a(cos 2t) + b(cos 2t + sen t) + c(sen t) = 0
(a + b) cos 2t + (b + c) sen t = 0.

A última igualdade é satisfeita (para todo t) se a + b = 0 e b + c = 0,


o que acontece quando a = c = −1 e b = 1 (por exemplo). Logo, as
funções são linearmente dependentes.
Para obter uma base do subespaço, começamos por retirar ao conjunto
dado uma função que seja combinação linear das restantes. Estas
geram o mesmo subespaço, e portanto serão uma base desde que sejam
linearmente independentes. Uma vez que

cos 2t = (cos 2t + sen t) − (sen t),

retiramos a primeira função e ficamos com o conjunto

{cos 2t + sen t, sen t}.

Suponhamos que

a(cos 2t + sen t) + b(sen t) = 0 (3)

para todo t ∈ R. Considerando o caso particular t = 0, obtemos

a(cos 0 + sen 0) + b sen 0 = 0


a = 0.

Considerando o caso particular t = π2 , obtemos

a(cos 2 π2 + sen π2 ) + b sen π2 = 0


0(. . . ) + b · 1 = 0
b=0

Logo, este conjunto de funções é linearmente independente, e por con-


seguinte constitui uma base do subespaço que gera.

93
3-53) Só o conjunto da alı́nea g) não é espaço linear.

3-54) a) Não.

b) Sim. Base: [ 10 01 ]

3-55) I) a) Não.
b) Sim. Dimensão: 3
c) Sim. Dimensão: 1
d) Não.
II) Em P3 (R):
a) Sim. Dimensão: 3
b) Sim. Dimensão: 3
c) Não.
d) Sim. Dimensão: 2

3-56)

{1, 1 + t, 1 + t + t2 , 1 + t + t2 + t3 }
 1 1 1 1
[1 1],[1 0]

3-57) a) (1 − t2 )P2 = (1, 0, −1)


b) Não.
c) dim L(S) = 3. Base: {1 − 2t, 1 + t2 , t}
d) É subespaço linear, com dimensão 2. Base: {t, t2 }

3-58) A resposta correcta é a última.

3-59) a) MB←E2 = [−1 −1


0 1 ] (2, 2)B = (−4, 2)
b) ME2 ←B0 = [12 −2
1 ]
c) MB←B0 = [−3 1
2 1]

94
 1
− 2 1 12

3-60) a) MB←E3 = 0 0 1 
1
2
0 − 21
b) v = (v)E3 = (3, 3, −1)
h0 −1 0i
c) MB0 ←B = 0 0 1
1 0 0
0 0 −1
 
1
d) MB0 ←E3 = MB0 ←B MB←E3 = 2
0 − 12
− 12 1 12


3-61) a) B = (2, 1, 0), (1, −1, 0), (0, 1, −3)
b) (1, 2, −1)B = (8/9, −7/9, 1/3)
h1 0 1i h2 1 1 i
c) MB←B0 = 0 1 −1 ME3 ←B0 = 0 −1 3
−1 0 1 3 0 −3
0

d) B = (2, 0, 3), (1, −1, 0), (1, 3, −3)

1 1

2 2
−1
1
3-62) b) MB0 ←B = − 12 0

2
0 0 1
c) (3/2, −1/2, −1)

 
1 0 −1
3-63) MB←P2 =  1 −1 0 
−1 1 1
(2 − 3t + t2 )B = (1, 5, −4)

Base do subespaço: [−1


 0 01 00
3-64) ] , [0 0] , [1 0]
 −1 0 0 1 0 0 10 01
B = [ 0 1] , [0 0] , [1 0] , [0 0]
 
−1 0 0 0
 0 1 0 0
MBc ←B = 
 
 0 0 1 0

1 0 0 1

4-1) a) Sim (v.p. −3)


b) Não.

95
c) Não.
d) Sim (v.p. 1)
e) Sim (v.p. 0)

a) Basta verificar que


      
−1 −2 3 −5 15 −5
0 1 −1  1 = −3 = −3 1 
   
1 1 −2 4 −12 4

para concluir que (−5, 1, 4) é um vector próprio de A ao qual corres-


ponde o valor próprio −3.

4-2) É valor próprio, um vector próprio associado é (−1, 1, 0).

4-3) a) • p(λ) = (3 − λ)(−1 − λ)


• Valores próprios:
λ = 3 Base: {(1, 2)} m.a. = m.g. = 1
λ = −1 Base: {(0, 1)} m.a. = m.g. = 1
b) • p(λ) = λ2 − 8λ + 16
• Valor próprio:
λ = 4 Base: {(3, 2)} m.a. = 2 m.g. = 1
c) • p(λ) = (1 − λ)(2 − λ)(3 − λ)
• Valores próprios:
λ = 1 Base: {(0, 1, 0)} m.a. = m.g. = 1
λ = 2 Base: {(−1, 2, 2)} m.a. = m.g. = 1
λ = 3 Base: {(−1, 1, 1)} m.a. = m.g. = 1
d) • p(λ) = −λ3 + 6λ2 − 12λ + 8
• Valor próprio:
λ = 2 Base: {(−1, −1, 3)} m.a. = 3 m.g. = 1

96
Para factorizar o polinómio caracterı́stico p(λ) = −λ3 + 6λ2 − 12λ + 8
usando a regra de Ruffini, é necessário encontrar uma raiz deste po-
linómio. Designando por λ1 , λ2 e λ3 os valores próprios de A (possi-
velmente repetidos), tem-se

det A = 8 = λ1 λ2 λ3 .

Se as raizes de p(λ) forem inteiras, qualquer delas é um divisor de 8.


Calculando sucessivamente p(λ) para λ ∈ {±1, ±2, ±4, . . . }, verifica-
se que o primeiro destes valores a anular o polinómio p(λ) é λ = 2.
Aplicando em seguida a regra de Ruffini e a fórmula resolvente, obtém-
se
p(λ) = (2 − λ)3 .

e) • p(λ) = (−1 − λ)(−2 − λ)(1 − λ)2


• Valores próprios:
λ = 1 Base: {(2, 3, 1, 0), (2, 3, 1, 1)} m.a. = m.g. = 2
λ = −1 Base: {(−2, 1, 1, 0)} m.a. = m.g. = 1
λ = −2 Base: {(−1, 0, 1, 0)} m.a. = m.g. = 1

4-4) • λ2 − 9λ + 18
• Valores próprios:
λ = 6 Base: {(1 − i, 2)} m.a. = m.g. = 1
λ = 3 Base: {(i − 1, 1)} m.a. = m.g. = 1

4-5) σ(A15 ) = {−1, 1}


Base de E(−1): {(2, −1, 1)
Base de E(1): {(−1, 1, 0), (−1, 0, 1)}

Em vez de calcular A15 e em seguida obter os valores próprios e vectores


próprios da maneira usual, determinamos os valores próprios e vectores
próprios da matriz A (que serão os apresentados na solução). A questão é
como transpor para A15 os conhecimentos disponı́veis acerca de A.

97
Se x é vector próprio de A, com o valor próprio λ, obtemos:

Ax = λx
A(Ax) = A(λx)
A2 x = λ(Ax)
= λ(λx)
= λ2 x

Multiplicando sucessivamente por A ambos os membros da igualdade Ax =


λx, obtemos A15 x = λ15 x. Assim, cada vector próprio de A é necessa-
riamente vector próprio de A15 , mas o correspondente valor próprio vem
elevado a 15. Logo, (−1)15 , 115 ∈ σ(A15 ), isto é, {−1, 1} ⊂ σ(A15 ). Mas
uma matriz 2 × 2 não pode ter mais de 2 valores próprios, e por conseguinte
σ(A15 ) = {−1, 1}.
Observações

• Como se teria de adaptar o argumento anterior para resolver o caso


A16 ?
• Veja-se também o Problema 4-16).

4-6) a) 2, 8, −5
b) 9, −8, 1
c) 4, 1

4-9) a) |A| = −5
b) |A| = 7

4-10) b) tr A = 13 det A = 40

4-11) a) σ(A) = {−1, 2}


h−1 0 0i
i) A = 0 2 1
0 0 2
h−1 0 0
i
ii) A = 0 2 0
0 0 2

98
b) σ(A + αI) = {−1 + α, 2 + α}

4-12) a) car A = 2 det A = 0 tr A = 3


b) σ(A + I) = {1, 2, 3} dim C (A + I) = 3
c) A não é invertı́vel, A + I é invertı́vel.

4-13) (−2, 1, 0) e (−3, 0, 1) são vectores próprios associados ao valor próprio 0 e


(1, 1, 1) é um vector próprio associado ao valor próprio 6.

4-14) a) Verdadeira.
b) Falsa.
c) Verdadeira.

4-15) C)

4-16) A = SDS −1
   
−1 0 0 2 −1 −1
D =  0 1 0 S = −1 1 0
0 0 1 1 0 1
 
−1 −2 −2
A15 =  1 2 1
−1 −1 0

   
1 0 −1 1 0
4-17) a) S = S AS =
3 1 0 −1
   
i −i −1 2 0
b) S = S AS =
1 1 0 4
   
1 0 −1 1 0
c) S = S AS =
0 1 0 1
d) Não é diagonalizável.
   
1 0 0 5 0 0
e) S = 0 i − 1 1 − i S −1 AS = 0 1 0 
0 2 1 0 0 −2

99
4-18) D)

4-19) a) Verdadeira.
b) Falsa.
c) Falsa.
d) Falsa.
e) Verdadeira.
f) Falsa.
g) Verdadeira.
h) Verdadeira.

4-20) a) Verdadeira.
b) Falsa.
c) Verdadeira.
d) Verdadeira.
e) Verdadeira.
f) Verdadeira.
h0 3/2 −3/2i
Exemplo: A = 0 3 0
0 0 3

Como se obteve um exemplo de matriz A nas condições do Problema? A


matriz A é necessariamente diagonalizável, e tem os valores próprios 3 (com
multiplicidade algébrica 2) e 0. Por conseguinte,
h i existe uma matriz in-
−1 0 0 0
vertı́vel S tal que A = SDS , com D = 0 3 0 . Por sua vez, qualquer
0 0 3
matriz invertı́vel S = S1 S2 S3 dá origem a uma matriz A = SDS −1
 

tal que AS1 = 0S2 , AS2 = 3S2 e AS3 = 3S3 . Logo, para obter A nas
condições do Problema
h 1 i h basta
i escolher S de modo que as suas duas últimas
0
colunas sejam −1 1 e 1 , sendo a 1a coluna arbitrária desde que torne a
1 h1 1 0i
matriz invertı́vel. Por exemplo, escolhendo S = 00 −1 1 1 obteremos a matriz
1
A indicada acima.

4-21) a) σ(A) = {1, i, −i} (Não existe nenhuma matriz real que diagonalize A.)

100
b) R = I, σ(R) = {1}. A matriz R é diagonal (por conseguinte, é
diagonalizável pela matriz I).

5-1) a) Sim (é linear).


b) Não.
c) Sim.
d) Não.
e) Não.
f) Sim.
g) Sim.

5-2) (−1, 7, 11)

5-4) Trata-se do triângulo de vértices (1, 1, 2), (−3, −1, 0) e (0, 0, 0).

5-5) a) T2 ◦ T1 = T1 ◦ T2
b) T2 ◦ T1 6= T1 ◦ T2

5-6) a) Sim (é linear).


b) Sim.
c) Sim.
d) Sim.
e) Sim.
f) Não.
g) Não.
h) Sim.

5-7) a) [21 −1
1 ]
b) [10 01]
h i
1 2 1
c) 1 5 0
0 0 1
h4 0 0 i
d) 00 70 −80

101
0 1

−1 0
e) 1 3
1 −1
2 −1 1
h7 i
f) 0 1 1 0
−1 0 0 0
 
0 0 0
g) 0 0 0
0 0 0
0 0 0
" #
0 0 0 1
1 0 0 0
h) 0
0
0
1
1
0
0
0
1 0 −1 0

5-8) a) (−1, −2); (2, −1)


b) (2, −5, −3); (−2, −5, 3)
c) (2, 0); (0, −5)
d) (−2, 1, 0); (−2, 0, 3)

3

e) (4, 3); (3 2
+ 2, 23 − 2 3)
f) (−1, −2, 2)

g) (0, 1, 2 2)

1 2 0 0

0 −1 0 0
5-9) [T ]B,B = 0 1 1 0
0 0 0 1

h−1 2 0
i
5-10) a) [T ]P2 ,P2 = 0 −1 4 . A transformação é invertı́vel.
0 0 −1

b) p(t) = −13 − 6t − t2

5-11) a) N (T ) = {z(− 95 , 29 , 1) : z ∈ R}
I (T ) = {(y2 − y3 , y2 , y3 ) : y2 , y3 ∈ R}
b) (1, 1, 1)
c) dim I (T ) = 2, dim N (T ) = 1, dim R3 = 2 + 1.

5-12) a) N (T2 ◦ T1 ) = {(0, 0)}


I (T2 ◦ T1 ) = R2
(T2 ◦ T1 )(x, y) = (2x − 3y, 2x + 3y)
b) N (T2 ◦ T1 ) = {(0, 0)}

102
I (T2 ◦ T1 ) = R2
(T2 ◦ T1 )(x, y) = (2x + 3y, x − 2y)
c) N (T2 ◦ T1 ) = {(0, y, z) : y, z ∈ R}
I (T2 ◦ T1 ) = {(0, b) : b ∈ R}
(T2 ◦ T1 )(x, y, z) = (0, 2x)

5-13) a) Não é isomorfismo.


b) É isomorfismo.
c) Não é isomorfismo.
d) É isomorfismo.
e) É isomorfismo.

5-14) a) b) A reflexão relativamente à recta x = y.


d) A reflexão relativamente ao plano yz.
e) A rotação no sentido positivo de um ângulo de −π/2 radianos
relativamente ao semi-eixo positivo dos zz.
b) a) O núcleo é o eixo dos yy, a imagem é o eixo dos xx.
b) O núcleo é o espaço nulo, a imagem é R2 .
c) O núcleo é o eixo dos zz, a imagem é o plano xy.
d) O núcleo é o espaço nulo, a imagem é R3 .
e) O núcleo é o espaço nulo, a imagem é R3 .

h3 1
i
− 10
5-15) [(T2 ◦ T1 )−1 ]E2 ,E2 = 10
1 3
10 10

5-16) a) (T ◦ S)(x, y) = (−9x, −6x).


b) N (T ◦ S) = {(x, y) ∈ R2 : x = 0}
I (T ◦ S) = {(x, y) ∈ R2 : y = 32 x}
c) Não.

h−1 −2 −8i
5-17) [T −1 ]P2 ,P2 = 0 −1 −4
0 0 −1

T −1 (a0 + a1 t + a2 t2 ) = −(a0 + 2a1 + 8a2 ) − (a1 + 4a2 )t − a2 t2

103
5-18) a) Falsa.
b) Verdadeira.
c) Verdadeira.
d) Falsa.
e) Verdadeira.
f) Falsa.
g) Falsa.
h) Falsa.

5-19) a) A = [11 −2
1 ]
b) B = [23 −1
0 ]
−1
c) A = MB←E2
BMB←E2 = [11 −1 0 1
0 ] B [−1 1]

Dado um vector arbitrário x de R2 , o vector [T (x)]E2 das coordena-


das da imagem de x pode ser calculado usando a matriz A, tendo-se
[T (x)]E2 = A[x]E2 . Por outro lado, podemos ver na figura seguinte que
[T (x)]E2 também pode ser calculado à custa da matriz B:

[x]_E2  /
A
[T (x)]
O E2
[T ]E2 ,E2 = ME2 ←B [T ]B,B MB←E2
MB←E2 ME2 ←B
−1
ME2 ←B = MB←E  _
[x]B  /
2

B
[T (x)]B

De facto,
−1
[T (x)]E2 = MB←E2
[T (x)]B
−1
= MB←E2
B[x]B
−1
= MB←E2
BMB←E2 [x]E2 .
−1
Obtemos assim A = MB←E2
BMB←E2 .

d) T (v) = (3, 0)

h1 −1 0
i
5-20) a) MB←E3 = 0 1 −1
0 0 1
b) (y1 , y2 , y3 ) = (x1 − x2 , x2 − x3 , x3 )

104
h2 0 −2i
c) [T ]B,B = 0 1 1
0 0 1
d) T (x, y, z) = (2x − y − z, y + z, z)

5-21) a) N (T ) = {2at + at2 : a ∈ R}


b) I (T ) = aa −b
 b 
: a, b ∈ R

5-22) a) N (T ) = {0 + 0t + 0t2 }
b) I (T ) = {a1 t + a2 t2 + a3 t3 : a1 , a2 , a3 ∈ R}
 
0 0 0
1 0 0
c) C = 0 1 0

0 0 1
0 0 0 −1 h i
−1 0 0 1 0 1 0 −1
d) A = MP3 ←B2 CMP2 ←B1 = 0 1 0 0 C 0 1 1
1 −1 0 1 1 0 0

O vector das coordenadas [T (p)]B2 da imagem do polinómio p pode ser


calculado usando a matriz A, tendo-se

[T (p)]B2 = A[p]B1 .

No entanto,

[T (p)]B2 = MP−1
3 ←B2
[T (p)]P3
= MP−1
3 ←B2
C[p]P2
= MP−1
3 ←B2
CMP2 ←B1 [p]B1 .

Assim, a igualdade anterior mostra que o vector [T (p)]B2 também pode


ser calculado à custa da matriz C. Ilustramos na figura seguinte as
relações obtidas acima:

[p]B1  /
A
[T p]O B2
_
MP2 ←B1 MB2 ←P3
 _
[p]P2  C
/ [T p]P
3

Finalmente, podemos então concluir que A = MP−1


3 ←B2
CMP2 ←B1 .

105
e) T (p) = tp


5-23) a) BU = [10 −1 0
] , [00 10] , dim U = 2.
0 1
b) [T ]Bc ,BU = −2 0
−2 0 . A transformação T é injectiva.
0 −1
1 0

c) BV = [0 −1] , [01 10]
0 1
d) [S]BV ,BU = [−2 0]. A transformação S é injectiva e sobrejectiva.

5-24) a) {(y, y) : y ∈ R} e {(−y, y) : y ∈ R}.


b) Os mesmos de a) e ainda R2 e {(0, 0)}.

5-25) a) y = 0.
b) Não existem.
c) x = y e 2x = y.

5-26) a) R2 , {(0, 0)}, {(0, y) : y ∈ R} e {(x, 0) : x ∈ R}.


b) R2 , {(0, 0)}, {(x, −x) : x ∈ R} e {(x, x) : x ∈ R}.
c) R3 , {(0, 0, 0)}, o plano horizontal XOY ({(x, y, 0) : x, y ∈ R}) e todos
os planos que são ortogonais a este e passam pela origem, e o eixo dos
zz.
d) R3 , {(0, 0, 0)}, o plano Y OZ ({(0, y, z) : y, z ∈ R}) e todos os planos
que são ortogonais a este e passam pela origem, e o eixo dos xx.
e) R2 , {(0, 0)}, {(0, y) : y ∈ R} e {(x, 0) : x ∈ R}.
f) R2 , {(0, 0)}, {(x, 0) : x ∈ R} e {(0, y) : y ∈ R}.
g) {(0, 0, 0)}, {(x, y, 0) : x, y ∈ R}, {(0, 0, z) : z ∈ R}, e {(x, y, z) :
ax + by = 0} com a, b ∈ R.
h) {(0, 0, 0)}, {(x, 0, z) : x, z ∈ R}, {(0, y, 0) : y ∈ R} e {(x, y, z) :
ax + cz = 0} com a, c ∈ R.
i) R2 e {(0, 0)}.
j) R3 , {(0, 0, 0)}, {(0, 0, z) : z ∈ R} e {(x, y, 0) : x, y ∈ R}.

 
0 −1
5-27) a) A =
1 0

106
b) Não é possı́vel.
c) σ(A) = {i, −i}
BEi (T ) = {(i, 1)}
BE−i (T ) = {(−i, 1)}

5-28) a) σ(T2 ◦ T1 ) = {0, −1}


E−1 (T2 ◦ T1 ) = L{(1, 0)}
E0 (T2 ◦ T1 ) = L{(0, 1)}
b) σ(T2 ◦ T1 ) = ∅
c) σ(T2 ◦ T1 ) = {−1}
E−1 (T2 ◦ T1 ) = R2

"1 0 0 0
# "0 0
0 0
#
0 12 12 0 0 − 12 0
1
5-29) a) [T1 ] = 0 12 12 0
[T2 ] = 0
2
− 21
1
0
2
0 0 0 1 0 0 0 0
5
0 − 12
h i h i
1
b) T1 ([13 24]) = 5
2
4
T2 ([13 24]) = 1
0
2 2

c) σ(T1 ) = {0, 1} σ(T2 ) = {0, 1}


E1 (T1 ) = L{[10 00] , [01 10] , [00 01]} E1 (T2 ) = L{[10 −10 ]}
E0 (T1 ) = L{[01 −10 ]} E0 (T2 ) = L{[10 00] , [01 10] , [00 01]}


6-1) a) 37
√ √
b) 21 + 14

c) 3 21
√2 , − √1 , √3

d) 14 14 14
e) 1
f) arccos √141√21

g) 33

5
6-2) A igualdade verifica-se para α = 7
e para α = − 57 .

6-3) a) α = −3
b) α = −2 e α = −3

107
6-4) (− 34 , 44 , − 57
57 57
6 11 34
, 57 ) e ( 57 , − 44 , 6 , − 57
57 57
11
)

6-5) |5| ≤ 3 · 2, ou seja 5 ≤ 6.

√ √ √ √ √ √
15 5 3 15 5 3
6-6) ( 13 − 6
, 6
+ 3
) e ( 13 + 6
, 6
− 3
)

6-8) a) Não é produto interno. Falha a propriedade (v) na lista abaixo.


b) Não é produto interno. Falham as propriedades (ii) e (iii).
c) É produto interno.
d) Não é produto interno. Falham as propriedades (iv) e (v).

i) hu, vi = hv, ui
ii) hu + v, wi = hu, wi + hv, wi
iii) hαu, vi = αhu, vi
iv) hu, ui ≥ 0
v) hu, ui = 0 ⇒ u = 0

6-9) a) É produto interno.


b) Não é produto interno. Falham as propriedades (ii) e (iii) (ver lista do
exercı́cio anterior).
c) É produto interno.
d) Não é produto interno. Falha a propriedade (v).


6-10) d(u, v) = 5

6-11) α = 8

6-12) a) (− 35 , − 65 )
b) (−π, −2π, −3π)

108
√1 , √1 , √1 √1 , √1 , − √2 , √1 , − √1 , 0
   
6-13) a) 3 3 3 6
, 6 6 2 2
 1 1
 √2 1 1
 1 
b) √ , 0, − √ , 0 , √ − , 2, − , 1 , √ 21, 4, 21, 13
2 2 11 2 2 1067

Na alı́nea a), se se começar por aplicar o método de ortogonalização de


Gram–Schmidt tomando como primeiro vector (1, 0, 0) e como segundo vec-
tor (1, 1, 0), obter-se-á a base canónica de R3 .

6-14) a) {( √110 , − √310 i), ( 10


3
+ 9
10
3
i, − 10 + 1
10
i)}
b) {(1, 0), (0, 1)}

√ √
6-15) b) k(−1, 3)k = 48 d((−1, 3), (2, 5)) = 47
c) {u ∈ R2 : kuk ≤ 1} = {(u1 , u2 ) ∈ R2 : 3u21 + 5u22 ≤ 1}

−2 1
h3 i
6-16) a) G = −2 2 0
1 0 2

d) φ(e1 , e2 ) = e2 T Ge1 = −2
e) proje1 e2 = (− 23 , 0, 0)
f) (1, 3, 3)
−2
g) arccos √ 6
√1 (1, 0, 0), √1 ( 23 , 1, 0), √1 (−1, −1, 1)

h) 3 2
2/3

6-17) Base: {(2, −1, 0), (1, −1, −1))


Equação: −x − 2y + z = 0

(
2x + y = 0
6-18) a)
3x + z = 0

2 14
b) d((1, 0, −1), W ) = 7

d((1, 0, −1), W ⊥ ) = 742

6-19) a) Base: {(1, −1, 2, −2)

109

x + y = 0

Equações cartesianas: − 2x + z = 0

 2x + w = 0
7 23 2
b) (1, 2, 1, −1) = ( 10 , 10 , 5 , − 25 ) + ( 10
3 3 3
, − 10 , 5 , − 35 )

c) d((1, 2, 1, −1), W ) = √3
10
d((1, 2, 1, −1), W ⊥ ) = 610
10

6-20) a) i) Falsa.
ii) Falsa.
b) {(1, 2, −1, 2), (3, 5, 0, 4)}
c) {(1, 3, 1), (2, 5, 1)}

49
6-21) ( 45 , − 10
45
, − 37
45
)

(
x − 2y = 5
6-22)
− 3y + z = 5

6-23) 11x − 3y − 4z = 9

2

6-24) 5
10


x = 1

6-25) a) Equações paramétricas: y = −t (t ∈ R)

 z = −1 − 3t
(
x=1
Equações cartesianas:
3y − z = 1
b) x + z = 0

x = 1 − α

c) Equações paramétricas: y = α + β (α, β ∈ R)

 z = −1 + α + 2β
Equação cartesiana: x + 2y − z = 2
Vector normal: (1, 2, −1)

110
d) √1
6

6-26) Trata-se do subespaço {(−2b − c) + bt + ct2 : b, c ∈ R}.

17 2 12
6-27) b) ka0 + a1 t + a2 t2 k = (3a20 + 3a0 a1 + 52 a0 a2 + 94 a1 a2 + 54 a21 + a)
16 2
c) arccos 5√37209
3 3
d) i) {− 14 + t, − 28 + t2 }

241
ii) d(1 + t + t2 , W ) = 5
d(1 + t + t2 , W ⊥ ) = 37
20
 3 5

3 2 4
3 5 9 
e)  2 4 8 
5 9 17
4 8 16

6-28) b) dim U = 1 dim U ⊥ = 3


(" #)
0 √1
2
c) Base o.n. de U :
− √12 0
(  " #  )
1 0 0 √1 0 0
Base o.n. de U ⊥ : , √1 2
,
0 0 2
0 0 1
1 1 0 1
d) projU [ −1 2 ] = [ −1 0 ]
1 1 1 0
projU ⊥ [ −1 2] = [0 2]
0 1
e) [ −1 0]

f) 5

6-30)

Consideremos a matriz m × n que abaixo se encontra descrita por colunas


 
A = c1 c2 . . . cn ,

111
onde c1 , c2 , . . . , cn ∈ Rn , e calculemos AT A.
T 
AT A =
 
c1 c2 . . . cn c1 c2 . . . cn
 
c1 T
c2 T   
=  ..  c1 c2 . . . cn
 
 . 
cn T
 
c1 T c1 c1 T c2 . . . c1 T cn
c2 T c1 c2 T c2 . . . c2 T cn 
=  .. ..  .
 
 . . 
cn T c1 cn T c2 . . . cn T cn

Temos assim que


 
hc1 , c1 i hc1 , c2 i . . . hc1 , cn i
 hc2 , c1 i hc2 , c2 i . . . hc2 , cn i 
T
A A =  .. , (4)
 
..
 . . 
hcn , c1 i hcn , c2 i . . . hcn , cn i

donde se conclui imediatamente que AT A é uma matriz diagonal se e só se


para todo (i, j), com i, j = 1, . . . , n e i 6= j, se tem hci , cj i = 0. Por outras
palavras, AT A é uma matriz diagonal se e só se o conjunto {c1 , c2 , . . . , cn }
é um conjunto ortogonal.
De modo semelhante, a equação (4) permite concluir que AT A é a matriz
identidade I se e só se para todos os i, j = 1, . . . , n se tem
(
0 se i 6= j
hci , cj i =
1 se i = j .

Ou seja, AT A é a matriz identidade se e só se o conjunto {c1 , c2 , . . . , cn } é


um conjunto ortonormal.

6-31) b) As matrizes ortogonais de 2a ordem são as matrizes da forma


   
cos θ − sen θ cos θ sen θ
ou da forma com θ ∈ R.
sen θ cos θ sen θ − cos θ

112
A matriz A = [ac db ] é ortogonal se e só se a2 + c2 = b2 + d2 = 1 e
ab + cd = 0. Como (a, c) está na circunferência de centro na origem
e raio 1, existe θ ∈ R tal que a = cos θ e c = sen θ. Analogamente,
existe ϕ ∈ R tal que b = cos ϕ e d = sen ϕ. Por conseguinte,
 
cos θ cos ϕ
A= .
sen θ sen ϕ

De ab + cd = 0, e recordando a fórmula para o co-seno de uma soma,


obtemos:

cos θ cos ϕ + sen θ sen ϕ = 0


cos θ cos(−ϕ) − sen θ sen(−ϕ) = 0
cos(θ − ϕ) = 0
cos(ϕ − θ) = 0
π
ϕ = θ + + kπ (k ∈ Z)
2
π
cos ϕ = cos(θ + ) cos kπ
2
= − sen θ cos kπ
π
sen ϕ = sen(θ + ) cos kπ
2
= cos θ cos kπ

Para k par, vem cos ϕ = − sen θ e sen ϕ = cos θ. Para k ı́mpar, vem
cos ϕ = sen θ e sen ϕ = − cos θ.
Observações
• As matrizes A em questão satisfazem a condição | det A| = 1. Os
casos det A = 1 e det A = −1 correspondem, respectivamente, aos
casos de k par e k ı́mpar.
• Estas matrizes representam, na base canónica, transformações li-
neares de interpretação geométrica simples: Para k par, trata-se
da rotação de θ radianos em torno da origem, e para k ı́mpar
trata-se da reflexão em relação à recta que passa pela origem e
tem declive tg 2θ .

6-34) D = S −1 AS

113
 
√1 − √12 √1
 
5 0 0
 √13 √1
6
√1 
D = 0 2 0 S=

 3 2 6
0 0 2 √1 0 − √26
3

Começamos por tentar calcular os valores próprios da matriz (pela regra de


Sarrus, por exemplo):

3 − λ 1 1

1
3−λ 1 = (3 − λ)3 + 2 − 3(3 − λ)
1 1 3 − λ

A simples observação do polinómio caracterı́stico não permite descobrir uma


raiz. No entanto, a sugestão do enunciado traduz-se por:
         
3 1 1 5 1
1 + 3 + 1 = 5 = 5 1 ,
1 1 3 5 1
          
3 1 1 3 1 1 1 1
ou seja: 1 · 1 + 1 · 3 + 1 · 1 = 1 3 1 1 = 5 1
1 1 3 1 1 3 1 1

Verifica-se assim que 5 é valor próprio, correspondente ao vector próprio


(1, 1, 1). A regra de Ruffini permite factorizar o polinómio caracterı́stico,
de modo que se obtém um polinómio de grau 2.
Repare-se que os vectores próprios que surgem naturalmente no resto da
resolução não são ortogonais entre si, pelo que será ainda necessário recorrer
ao método de Gram–Schmidt.

6-36) A matriz C é unitária.

6-38) α = 3 + 5i, β = i, γ = 2 − 4i.

6-39) a) Sim (é matriz unitária).


b) Sim.
c) Não.
d) Não.

114
6-40) a) D = U −1 AU
" #
  1−i
√ 1−i

6 0 6 3
D= U= √2
0 3 6
− √13
b) D = U AU −1
1 0 0
   
5 0 0
−1+i 1−i
D = 0 1 0  U= 0
 √
6
√ 
3
0 0 −2 0 √2 √1
6 3

115

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