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MINERALOGIA DAS ARGILAS

1. PEDOLOGIA
1. SOLO - Conceitos e fatores de formação dos solos
Conceitos variados: conceitos variados dependendo dos objetivos e
enfoque científico (Eng.Civil, Agronomia, Geologia, Pedologia,etc...).
Eng.Civil: “Todo material encontrado na superfície da crosta terrestre
escaváveis por meio de picareta, pá, escavadeira, etc., sem a
necessidade de explosivos, ou ainda, que perde sua resistência quando
em contato prolongado com a água" (Vargas, 1974)
Agronomia: "Camada Superficial da Terra arável possuidora de vida
microbiana"
Geologia: "Produto do intemperismo das rochas"
Pedologia: "Material natural consistindo-se de camadas ou horizontes
de compostos minerais e/ou orgânicos com variadas espessuras,
diferindo do material original por propriedades morfológicas, físicas,
químicas, mineralógicas e biológicas. Os horizontes do solo geralmente
são inconsolidados, mas alguns contêm suficientes porções de sílica,
carbonatos ou óxidos de ferro para cimentá-Ios. (Birkeland, 1979)
Conceito de solo: (mais completo)
Solo - É a superfície inconsolidada que recobre as rochas e mantém a
vida animal e vegetal da Terra. É constituído de camadas que diferem
pela natureza física, química, mineralógica, morfológica e biológica.
A formação de um solo segue um verdadeiro ciclo evolutivo que é
constituído de fases, na qual uma delas corresponde à formação da
matéria bruta na massa do solo e a outra, a conversão deste material
no verdadeiro solo. Na 1ª fase têm-se os processos de intemperização
e a gênese. Na 2a fase tem-se os processos pedogenéticos que
transformam esses materiais intemperizados em solos ordenados. (É
difícil separar essas fases, pois elas normalmente ocorrem juntas).
Portanto, o solo é resultante da ação conjunta dos agentes intempéricos
e pedogenéticos depositados, e enriquecidos de detritos orgânicos. É,
portanto, um processo natural de acumulação e evolução dos
sedimentos minerais, aos quais se vão juntando lenta e
progressivamente produtos orgânicos.
O início da sua formação se dá no momento em que as rochas entram
em contato com o meio ambiente e começam a sofrer transformações.
Com uma intensidade que é função do meio ambiente, as rochas e
seus minerais são submetidos à ação de agentes do intemperismo,
transformando-o em solo, que pode permanecer "in situ" ou pode ser
transportado, depositando-se em encostas ou baixadas. É sobre este
material geológico alterado, denominado de material parental, que se
desenvolve o verdadeiro solo, resultante da ação das forças
pedogenéticas.
Na formação do solo, a sua matéria prima tem origem da
transformação de ordem física e química operada nas rochas da
litosfera. Os materiais primitivos sofrem inicialmente, processos de
hidratação e hidrólise, originando produtos secundários e conforme o
processo evolui, há desaparecimento de quase todos os minerais
primários, ficando somente sesquióxidos e silicatos mais ou menos

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1. PEDOLOGIA
hidratados de formação secundários, os quais originam as argilas.
Não se sabe até onde prosseguem os processos geológicos de
destruição, transporte e deposição dos materiais alterados pelo
intemperismo, pois os mesmos continuam através dos processos
pedogenéticos, criando condições ao desenvolvimento da vida
orgânica.
Não há uma nítida separação entre a geologia e a pedologia, pois os
processos caminham juntos.
Pode-se considerar que a formação do solo é: a gênese (pertence à
geologia, que estuda a destruição das rochas, o transporte e a
deposição dos materiais alterados); e a pedogênese (pedologia: engloba
os fatores e as reações que contribuem para transformação da matéria
mineral, resultante dos processos genéticos, em solo e sua posterior
evolução).
Agentes formadores do Solo.
-DOKUCHAEV- Simboliza o fenômeno da formação do solo pela
seguinte expressão:
S = f(C, M.O, R, Or, T) onde:
S = produto de decomposição ou
solo;
C = clima;
M.O. = materiaI de origem
R = relevo;
Or = organismos (biosfera)
T = tempo.

Portanto, a formação do solo é resultante da ação combinada desses


fatores.
Modernamente é admitido ser o solo um produto da ação conjugada do
clima e da biosfera sobre a rocha matriz, de acordo com o relevo em
determinado tempo.
-Agentes ativos: clima, biosfera.
-Agentes passivos: relevo, tempo, material de origem.

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1. PEDOLOGIA
- A intensidade dos agentes formadores do solo sobre o material
primitivo, se faz com maior ou menor espaço de tempo. Assim, nos
solos jovens ou imaturos o tempo não foi suficiente, para que o perfil
tenha atingido a maturidade genética. Já para os solos maduros esta
condição foi alcançada devido à ação dos fatores de formação terem se
feito sentir por um longo período.
Ex: - mesma rocha pode produzir solos iguais ou diferentes em função
dos fatores de formação.
- rochas diferentes podem produzir solos iguais ou diferentes.
Como todo solo resulta da ação combinada desses fatores, é
conveniente ressaltar a importância de cada fator. É preciso ter em
mente que cada solo é produto do efeito de todos os seus fatores de
formação.

Material de origem

- A formação do solo é em última análise a transformação da rocha em


solo. Portanto, é evidente que seu estudo deva começar pelo
conhecimento de sua matéria prima e dos minerais gue os constituem.
Nota: - Quando a rocha deixa de ser rocha e o solo começa a ser solo é
ainda um assunto polêmico.
Alguns autores especificam da seguinte forma:
No estudo da formação do solo podemos distinguir os estágios distintos:
a intemperização - processo geológico que, inclui dissolução, hidrólise,
carbonatação, oxidação, redução e formação coloidal e a pedogênese
(estudada pela pedologia) - onde estão incluídos a calcificação,
podzolização, laterização, salinização, alcalinização, etc...
- As características principais das rochas que mais diretamente
influenciam na gênese do solo são:
a) Composição química e mineralógica da rocha ou do material de
origem.
Como as rochas são associações de minerais e possuem
características específicas diversas, é óbvio que a resultante dos
processos de intemperismo e formação do solo será variada segundo a
composição da rocha.

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1. PEDOLOGIA
A estabilidade dos minerais em relação ao intemperismo segue a série
de reações de Bowen:

(b) Textura das rochas


É o aspecto do arranjamento dos minerais na rocha; resultando desse
arranjamento a porosidade, permeabilidade, decomposição diferencial
segundo a granulometria, etc...
A profundidade do perfil é função do clima, relevo, mas depende
também grandemente da textura do material parental. Matérias primas
grosseiras originam solos arenosos, com profundidades maiores do que
os formados de material argiloso (nos materiais grosseiros a
movimentação da água pode ser feita de modo mais intenso).
A composição granulométrica dos solos depende da granulometria e da
constituição mineralógica do material de origem.
Ex.: Aliadas às condições climáticas, materiais de origem areno-
quartzoso (arenitos) vão originar solos de textura arenosa, muito poroso
com pequena capacidade de retenção de umidade e baixa fertilidade,
salvo os que tenham adição de constituintes alienígenas (condrito -
asteróide) favoráveis.
Materiais oriundos de rochas como o diabásio, basalto, diorito,
micaxisto, ardósia, sob condição de clima quente e úmido e em terrenos
de topografia suave, dão origem a solos profundos e argilosos de
variada composição química e mineralógica.
Resistência Química e mecânica (resistência que o protolito oferece ao
intemperismo)
A estabilidade das rochas frente ao intemperismo físico e químico está
estreitamente relacionada com a composição e estrutura dos seus
minerais, isto é à resistência que a rocha matriz oferece aos agentes
intempéricos.

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1. PEDOLOGIA
Ex: muscovita: é muito resistente ao intemperismo químico (mesmo em
climas quente e úmido), ela fraciona-se devido a fácil clivagem, mas é
difícil alterar quimicamente. Portanto, todo o seu potássio
(aproximadamente 10%) que poderia ser nutriente não é usado, pois
ela "não se altera", melhor dizendo, a muscovita é altamente resistente
ao intemperismo químico.
Micas: como fonte de nutrientes a biotita supera muito a muscovita. A
muscovita é estável e resistente. A muscovita é influenciada pelo
intemperismo físico e fácil Clivagem, o qual lhe proporciona fácil
desagregação e contribui para que a sua presença possa ser abundante
nos sedimentos.
biotita: pouca resistência à ação do intemperismo químico em climas
quentes e úmido (em climas frios a biotita é estável).
A facilidade de composição decorre da sua riqueza em FeO, que
durante a decomposição se oxida.
4FeO + O2 => 2Fe2O3 + 36,2 calorias
Portanto, as rochas ricas em biotita originam solos com bastante
potássio.

Pirita: (acessório em rochas ígneas, metamórficas e sedimentares).


Sob a ação do intemperismo, principalmente água e oxigênio, a pirita
desdobra-se em sulfato ferroso e ácido sulfúrico.

Como o enxofre é elemento essencial para os vegetais e como o ácido


sulfúrico desempenha importante papel como agente de decomposição,
pequena quantidade de pirita é benéfica às plantas. Excesso de pirita é
perigoso devido a grande quantidade de ácido sulfúrico.
Ortoclásio (K20)

(Na2O) ALBITA Plagioclásios ANORJITA (CaO => menos Si02 )

Feldspatos:
Os feldspatos são importantes pela sua abundância, quantidade de
elementos úteis às plantas e facilidade de alteração colocando os
elementos disponíveis. (fonte de K+, Na+ e Ca++ no solo)
Decomposição: 2 séries de produtos: móveis (metais alcalinos e
alcalinos terrosos) que são solubilizados e passam às águas de
percolação e outros residuais. A natureza dos produtos finais está
ligada à intensidade das condições que regulam a decomposição.

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Na decomposição dos feldspatos e dos silicatos em geral, o agente mais
ativo é o íon hidrogênio resultante da dissociação da água dos ácidos
existentes no solo (ácido carbônico, sulfúrico, húmicos, etc...), cuja
dissociação tem sua intensidade regulada pela temperatura. (o processo
adquire vigor acentuado nos trópicos e sub-trópicos).
K20 . Al203 . 6Si02 + H20 = 2KOH + Al203 6Si02 + H20 => (produtos
secundários)
o hidróxido de Potássio, em presença de gás carbônico sofre
carbonatação:

Como a água que circula no solo normalmente é carregada de gás


carbônico, a decomposição pode ser assim esquematizada.

K2CO3 (carbonato passa para bicarbonato) é instável vem:

2KHC03 (o bicarbonato em parte é lixiviado e parte é retido pelos


complexos minerais e orgânicos do solo, sendo absorvido pelas raízes
das plantas).
O alumino-silicato formado continua a sofrer decomposição e os
produtos finais estão na dependência da intensidade de ação dos
fatores climáticos.
O potássio, um dos elementos vitais para a manutenção e
desenvolvimento dos vegetais é, liberado da complexa combinação dos
feldspatos e é colocado em condição de assimilação pelos vegetais.
Feldspatóides:
Quimicamente são orto e metassilicatos de alumínio com potássio e
sódio. São os representantes dos feldspatos em rochas que derivam do
resfriamento de um magma cujo teor de sílica não foi suficiente para
saturar todos os óxidos metálicos.

Leucita - K20. AI203. 4Si02

Nefelina - Na20. Ab03. 2Si02


Ocorrem em rochas eruptivas.
São importantes na formação dos solos devido a sua fácil alteração
associada aos elevados teores de elementos químicos úteis às plantas.
Os feldspatóides reagem ao intemperismo e a liberação de cations de
maneira semelhante aos feldspatos, porém, em virtude do menor
conteúdo em sílica, estes são mais prontamente decompostos que os
feldspatos.

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1. PEDOLOGIA
Quartzos:
Bióxido de silício em estado cristalino.
Na natureza a sílica pode apresentar-se em minerais cristalinos
(quartzo), criptocristalina (calcedônia e ágata) e sílica amorfa (opala).
É um mineral importante na caracterização das propriedades físicas dos
solos.
É um mineral muito resistente ao intemperismo. Praticamente não se
decompõe (só em condições especiais), ele se fragmenta.
O quartzo se concentra na fração grosseira do solo (areia e silte).
Os feldspatos, micas, feldspatóides são menos resistentes e se
transformam quimicamente, originando compostos coloidais diversos
que se distribuem nas partículas finas do solo.
Acidez da Rocha
melanocrática - % de sílica < 55%
mesocrática - 55%< % Si < 65 %
leucocrática - > 65 % sílica

R. ácida - 80 - 65 % sílica


subo ácida - 65 - 60 % sílica
subo básica - 60 - 55 % sílica
básica - 55 - 45 % sílica
ultrabásica - < 45 % sílica
Quanto menos ácida for á rocha tanto mais ricos serão os solos dela
derivados.
" rochas básicas· ( em clima quente e úmido) se alteram muito mais
intensamente que as ácidas.

Se a análise química de determinada rocha acusar elevados teores de


Ca++, Mg++, e a análise mineralógica indicar baixo teor de quartzo, o
solo resultante de sua transformação poderá ser dos mais ricos,
entretanto deverá levar em consideração as condições fisiológicas e
climáticas.

Relevo

O relevo ou topografia que denota a configuração da superfície da terra


é um importante fator no processo evolutivo do solo. A sua influência na
transformação do solo e no desenvolvimento do perfil é marcante.
A ação do relevo se reflete principalmente sobre a dinâmica da água,
quer no sentido vertical (infiltração), quer no lateral (“run off’”) assim
como indiretamente sobre a temperatura e radiações.
a) Em relevo pouco movimentado as águas de precipitação encontram
condições adequadas para drenar externamente e também para infiltrar
no solo (zonais).
A quase totalidade das águas de precipitação se infiltra no solo,
havendo pouca perda por escorrimentos laterais proporcionando
condições ótimas para solos zonais.
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b) Em condições de relevo fortemente movimentado há maior


drenagem que infiltração no perfil (Iitossolos).
Nessa condição grande parte da precipitação é perdida por
escorrimentos laterais, favorecendo os processos erosivos e
dificultando o desenvolvimento de perfis e dificultando o
desenvolvimento de perfis profundos, condicionando a formação
de solos rasos.

c) Em relevo' deprimindo há preferencialmente acúmulo de água,


drenagem impedida (solos hidromórficos).
Recebe além das águas fornecidas pela precipitação direta,
recebe também as águas das vertentes vizinhas proporcionando
um nível d'água alto limitando a formação de solos profundos.
Condições ideais para fenômenos de redução devido ao
encharcamento. A orientação das vertentes tem efeito também
sobre a quantidade de radiação, precipitação e ventos recebidos.

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1. PEDOLOGIA

O relevo é de fundamental importância na formação do solo.


Diretamente ele age facilitando ou dificultando o trabalho erosivo pelas
forças do intemperismo e indiretamente promove variações de
temperatura, precipitação, drenagem, etc... O que trará diferenciação
marcante na formação dos solos.


O relevo é um fator que influencia na profundidade dos solos => a sua
profundidade aumenta quando diminui a declividade.

Topografia com declividade acentuada está sujeita a maior erosão,


menor infiltração de água, retardando o amadurecimento do perfil do
solo.

- Zakarov, com relação ao processo de formação do solo, distinguiu 2


tipos de topografia: macrotopografia e microtopografia.
macrorelevo - é a disposição geral da região;
microrrelevo - compreende as mudanças locais da topografia,
originando solos diferentes.

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Teoria das catenas:

Milne colocou a importância da declividade na formação do solo onde


estabeleceu a necessidade do estado do solo segundo uma seqüência
de perfis desde o alto do morro até às baixadas.

Clima

Inclui= temperatura, precipitação, ventos,etc...

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1. PEDOLOGIA
A formação de solos salinos é uma conseqüência da escassez das
chuvas aliada as grandes perdas por evaporação direta.
A evaporação, sendo maior que a precipitação, acentua os movimentos
ascendentes da água, originando deposição de cátions básicos e
alcalinos à superfície; e, por conseguinte aumentando o pH.
Por outro lado regiões de clima tropical há lixiviação dos cátions e
aparecendo a acidez do solo.

Os hidróxidos e os carbonatos formados pela reação são lixiviados


restando no solo a argila que gradualmente vai se acidificando.
Nas regiões de alta precipitação, as bases trocáveis das argilas são
substituídas principalmente pelo íon hidrogênio da água e do ácido
carbônico. - clima x vegetação (influencia na formação do solo)
- clima x tipo e grau de intemperismo (influencia na formação do solo)
As reações químicas (hidratação, hidrólise, oxidação, etc...) que
constituem o processo de decomposição dos minerais e rochas são
influenciados em sua intensidade e velocidade pelo clima.
(Clima x Temperatura x Velocidade das Reações Químicas)

(A temperatura e a umidade elevada aumentam a velocidade das


reações químicas. A velocidade de hidrólise, segunda a lei de Van
T'Hoff se duplica a cada dez graus de aumento de temperatura).
A temperatura: é um elemento bastante importante do clima. Com a
mesma precipitação, porém, em diferentes faixas isotermais, diferentes
perfis de solo podem se desenvolver.
Grandes grupos de solos mundialmente conhecidos: lateríticos,
podzólicos, Tundra, estão diretamente relacionados com o clima =>
tropical, temperado e frio, respectivamente.
Laterita (clima tropical) => em função da estação, o elemento Ca++,
Mg++, Na+, K+ são eliminados pela drenagem => em virtude da
mobilidade desses cátions o pH fica no começo próximo a 7,0 => baixa
acidez é acentuada pela distribuição rápida da matéria orgânica e pela
separação imediata das bases provenientes das combinações
orgânicas condicionando a solubilidade da sílica ao mesmo tempo em
que retardam a do ferro e do alumínio => resultando um solo com alto
teor de sesquióxidos.
Formação de caulinita· => elementos alcalinos são completamente
removidos pela água de percolação (Iixiviação) e as soluções ácidas
contém muito bióxido de carbono (intensa lixiviação).

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1. PEDOLOGIA
Montmonilonita => lixiviação incompleta dos elementos alcalinos com
solução alcalina ou neutra (drenagem fraca). Também forma-se na
presença da água do mar.
Devido as suas condições climáticas => clima quente e úmido =>
temperatura, umidade e precipitação elevada => solos lateríticos
(incluindo bauxitas) e lateritas na região amazônica.
BRASIL => DIVERSIDADE GRANDE DE CLIMAS (estende-se desde o
equador até abaixo do meridiano de Capricórnio)
Na região Equatorial e nas de baixa latitude a energia solar que atinge a
superfície da terra é bem maior do que a recebida pelos estados sulinos
=> com isso a velocidade das reações químicas são mais aceleradas,
havendo formação de perfis intempéricos mais espessos.
Clima x Vegetação => tipo de vegetação influencia na formação do solo.
-Temperatura x M.O.:
Clima frio => maior acúmulo de matéria organlca => devido a menor
atividade microbiana => acúmulo de M.O. tem efeito nas características
do perfil.
Em clima quente e úmido se dá a decomposição da M.O. rapidamente
pela ação dos microorganismos.
Clima x Intemperismo => a energia da desintegração e decomposição
das rochas e minerais aumenta gradualmente das regiões frias para as
quentes.
Precipitação x Intemperismo: quanto maior a precipitação, maior será a
remoção dos produtos solúveis e, por conseguinte a intensificação dos
processos intempéricos.
Quando um solo é jovem, as suas características são próximas da
rocha matriz. À medida que o processo evolui, começa a dominar
principalmente os fatores climáticos.
Generalização da alteração de um feldspato em função da lixiviação.

2KOH + HC03 => K2C03 + 2H20 KOH em presença de água


carregado de gás carbônico:
=> Carbonatação
K2C03 + H20 + CO2 => 2KHC03

O carbonato é insolúvel e instável => em presença da água e gás


carbônico => bicarbonato => parte lixiviado => parte perde-se no lençol
freático => parte é retido pelas plantas. -
O alumino-silicato formado sofre posteriormente modificação que leva a
formação de produtos secundários.
1. O ácido alumínico silícico formado também sofre a influência da água
=> sílica (maior solubilidade) => inicia a solubilização => inicia a migração
ao mesmo tempo que se dá maior hidratação => surge então como
produto residual secundário a "esmectita".
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1. PEDOLOGIA

2. A ação da água pode manter a continuidade do processo da


decomposição hidrolítica => proporciona maior migração da sílica -
formando caulinita.

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1. PEDOLOGIA

3. Em condições climáticas favoráveis, a caulinita perde sílica.

(Todas as reações apresentadas são reguladas pelo clima,


temperatura e umidade)
Nas regiões de clima frio há redução do processo hidrolítico, sendo a
decomposição dos minerais de pequena intensidade => formam solos
pobres em argila.
- Clima Tropical: solos profundos
- Clima Temperado: solos rasos

Organismos
Flora, fauna e homem.

Flora: transformação mecânica das rochas e minerais pela ação das raízes; raízes eliminam
substâncias e absorvem outras influenciando na alteração dos minerais; fornecimento de
matéria orgânica através das folhas que apodrecem e entram novamente no sistema;
transporta através das raízes elementos químicos das zonas profundas para a superfície;
protege os solos dos impactos das gotas de chuva, vento, erosão, etc...
Fauna: cupins, minhocas, termitas, minhococú, etc... - atividade escavadora e de transporte
de material; melhoram a aeração do solo; responsáveis pela decomposição dos resíduos
orgânicos; carcaças dos animais auxiliam na formação do húmus, etc...
A ação do homem tem provocado modificações no solo - construção de estradas;
modificação do pedoclima devido a irrigações e drenagem; introdução de plantas; uso de
inseticidas; desflorestamento; reflorestamento; manejo inadequado proporcionando
erosão; produção de solos férteis usando técnicas de fertilização, etc ...

A estimativa da idade do solo é feita baseada na diferenciação dos horizontes.


Quanto maior o número de horizontes em um perfil, teoricamente o tempo e formação dos
processos foi maior.
OBS: (no caso de solos de baixada essa afirmativa não é válida, pois o fator limitante no
processo de formação dos solos é o nível d'água).
Solos de formação recente ou azonais são aqueles pouco evoluídos, nos o tempo. Não foi
suficiente para que os outros fatores agissem os transformasse em solos maduros.

1ª PARTE

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