Como Se Livrar Dos Pensamentos Ruins e Preocupações
Como Se Livrar Dos Pensamentos Ruins e Preocupações
Como Se Livrar Dos Pensamentos Ruins e Preocupações
Em uma definição simples pensamentos ruins ou negativos são aqueles que nos despertam
sentimentos e sensações desagradáveis tais como o medo, a raiva, a angústia e a tristeza. Eles
costumam aparecer sem o nosso consentimento e se sobrepõe a todos os outros pensamentos.
Os pensamentos indesejados são em geral frutos de uma percepção distorcida ou limitada da
realidade.
Atenção! Se os seus pensamentos estão ligados a acontecer coisas ruins a pessoas queridas,
acidentes, imagens violentas, pegar ou transmitir doenças, etc Leia: O que é T.O.C e Como
controlar pensamentos obsessivos.
Lembre-se: não existe verdade universal
A realidade não é constituída de uma verdade universal, mas depende do ponto de vista
que se tem dela. Enquanto uma pessoa saudável tem uma compreensão clara desse fato o
neurótico (para usar uma terminologia conhecida) tende a limitar a realidade a uma única
possibilidade e fica cego para toda as outras. Para ilustrar o que eu estou dizendo observe essa
imagem:
Podemos dizer que os dois observadores estão corretos, porém enquanto um enfatiza o
aspecto negativo (a parte fazia) o outro destaca o aspecto positivo (a parte cheia).
A forma como se percebe esse copo não irá alterar a realidade, ele irá continuar tendo
água até sua metade independentemente da sua visão, no entanto, a sua realidade interna
depende do modo como você interpreta o mundo real ou a como dizem os fenomenologistas “a
realidade compartilhada”.
Se acreditar que a sua vida é ruim, que ninguém te ama ou que não consegue fazer nada
direto, isso vai ser real para você, ainda que o resto do mundo discorde. Ajudar a modificar essa
percepção é o que importa ao psicólogo e é o objetivo desse artigo.
É provável que as suas primeiras respostas sejam superficiais ou imprecisas, por exemplo,
ao responder a terceira pergunta você pode escrever “fico com raiva quando alguém me chama
a atenção”. É claro que isso vai te deixar com raiva, mas possivelmente o que realmente te
incomoda é parecer incompetente, por que no fundo você teme ser mesmo.
· Posso fazer tal coisa, mas preciso de dinheiro para fazer isso
· Bem o meu pai pode me emprestar, mas não gosto de pedir para ele.
· Posso falar como o meu tio, mas...
Para cada solução que se encontra um novo empecilho aparece. Existem três possíveis
causas para isso acontecer:
1. Você não quer resolver o problema. Alguns problemas trazem ganhos secundários como a
desobrigação em cumprir certas tarefas, ajuda de outras pessoas, segurança em não precisar
enfrentar coisas novas etc. Nesse caso você precisa tomar a sua decisão quer mudar ou ficar na
mesma?
2. O seu problema pode ser mais sério. Pensamentos negativos ou ruins podem ser
consequência de outros transtornos como Depressão, Síndrome do Pânico ou Transtorno da
Ansiedade Genaralizada.
Uma pessoa caminha para uma reunião importante e em dado momento essa pessoa pisa
sem querer em uma poça d´agua, após esse incidente essa pessoa é tomada de pensamentos
do tipo “isso só acontece comigo” ou “tudo dá errado para mim” e dessa forma ela acaba entrando
em uma espiral de sentimentos e pensamentos horríveis.
Pisar em uma poça d’agua pode acontecer a qualquer um, e apesar de ser desagradável
ficar com o pé molhado, um pano pode resolver quase todas as inconveniências desse ocorrido.
Contudo, se manter irritado por conta disso pode te levar a dizer algo sem pensar, ofender
alguém importante e isso sim pode estragar a sua reunião.
1. Identificar o pensamento. Ao invés de se deixar levar por esses pensamentos PARE e comece
a observar. Se pergunte: o que foi que você pensou que te levou a estar em um estado emocional
desagradável?
2. Ponderar sobre o pensamento. Faça um julgamento acerca do seu pensamento. Será que ele é
realmente válido? Faz sentido? Será que você não está exagerando? Quando os pensamentos
envolverem palavras como tudo/nada sempre/nunca todos/ninguém é muito provável que sejam
exageros seu.
3. Substituição. Ao concluir que seu pensamento é ilógico e exagerado você vai entender que deve
deixa-lo de lado, mas se não houver nada ocupando o lugar que ele deixou, ele pode voltar.
Dessa forma o melhor é colocar uma conclusão verdadeira no lugar da outra, por exemplo, toque
“isso só acontece comigo” por “poderia ter acontecido com qualquer um”.
Espero que esse artigo tem ajudado, lembrando que essas indicações são para casos mais
brandos, pessoas com preocupações crônicas, que não conseguem relaxar devem procurar
ajuda profissional.
Esses exercícios devem ser praticados no meio da crise, por exemplo, durante o ataque
de pânico ou quando se estiver lembrando (revivendo) um trauma.
O princípio básico dessa técnica é controlar os pensamentos sintomáticos que são a causa do
aparecimento dos transtornos. Por serem eficientes e fáceis de aplicar eles são comumente
ensinados em livros de autoajuda e por espiritualistas, então não estranhe se já tiver ouvido falar
em alguns deles:
Descrição
Basicamente descrever algo ou algum ambiente com riqueza de detalhes, lembrando-se de
cores, formas, material de que é feito, textura etc. como disse pode se resumir a um objeto, assim
que ele for totalmente descrito passa-se para outro até que a crise tenha passado.
Soletrar
Falar mentalmente as letras do nome de alguma pessoa, (geralmente membros da família)
de trás para frente, por exemplo, meu nome Cesar Borella: a,l,l,e,r,o,b – r,a,s,e,c.
Você mesmo pode criar seus jogos mentais, mas lembre-se de que eles não podem ser
muito fáceis, pois a intenção é que eles sejam capazes de ocupar toda a sua atenção.
o O vento
o A cor do sol e do céu
o A textura do tapete, esteira ou sofá que você se encontra
o Cheiros
o Sons
Esse é um lugar só seu, e só entra quem você deixar. Toda vez que se sentir ansioso (a),
com medo ou com qualquer sensação ruim volte para o seu local seguro.
Inspire profundamente dirigindo o ar até a parte inferior do abdômen, sua barriga deve
estufar como se estivesse se enchendo de ar. Repita essa operação lentamente umas dez vezes
Contração e relaxamento
Contraia completamente e com toda a força os músculos do rosto, como se fosse virar o
Hulk (sou um nerd, não consigo pensar em uma explicação melhor...), segure essa tensão por
alguns estantes e depois relaxe completamente os músculos do rosto. Repita esse procedimento
com outras partes do corpo: pescoço, ombros...
Alongamento e relaxamento
Os exercícios de alongamento e relaxamento corporal indicados nas empresas também
são ótimos para aliviar sintomas relacionados ao stress, ansiedade e depressão:
· Ter sido mal-educado ou grosseiro ou ter se portado mal com alguém ou em algum lugar.
· Imaginar que algo ruim irá acontecer um incêndio, doença ou morte da própria pessoa ou um
ente querido.
· Ideias de conteúdo religioso ou místico (o mundo vai acabar ou cometi algum pecado)
Obsessões também podem surgir em forma de imagens, sons ou ideias:
É possível que pense que apenas você tenha esse problema e por isso mesmo se ache boba(o)
ou “sem noção”.
A verdade é que todo mundo se preocupa às vezes em contrair algum tipo de doença;
achar que deixou a televisão ou o gás ligado; que alguém ficou bravo ou magoado com você etc.
Menciono isso por que sei que muitas pessoas que sofrem com pensamentos obsessivos
e/ou TOC, não falam para ninguém sobre esse problema e sequer pensam em pedir ajuda a um
profissional por achar que este irá considerá-la louca (o).
Não é por que você pensou em alguma coisa quer ela irá se tornar realidade, nem você e nem
ninguém possui esse poder.
Pensar que algo de ruim aconteceu aos seus filhos ou a sua mãe não significa que eles
ou ela realmente se machucaram.
Pare para refletir: Por que você acredita que somente coisas ruins vão acontecer? Pensar em
ganhar na loteria não faz com que você ganhe, então por que pensar em algo ruim faria com que
tal coisa acontecesse?
Os pensamentos automáticos sofrem outros problemas de lógica como esse. Saiba mais
lendo: O que são pensamentos automáticos?
Se não conseguir controlar a ansiedade sozinho (a) procure por um psicólogo ou por médico
(preferivelmente um psiquiatra).
Para fugir de um pensamento ruim, muitas pessoas recorrem a alguma atitude ou ação
que lhes traga certo alívio. O grande problema é que esse alívio é momentâneo e logo passa a
se ter dois problemas: os pensamentos obsessivos e os comportamentos compulsivos. A essa
combinação damos o nome de Transtorno Obsessivo compulsivo (TOC)
Quando você tem repetidas vezes o mesmo pensamento, você deixa de se perguntar se ele faz
sentido e começa a acreditar neles cegamente. Isso acontece com as obsessões.
Para que um fato acorra é necessário que exista uma séria de coisas e situações que
darão condições para que tal ocorrência seja possível, essas condições vêm em sequência,
sendo que a falha de um acontecimento impede que o evento posterior a ele suceda, tornando
assim impossível que o fenômeno final ocorra. A isso damos o nome de cadeia de eventos.
5. Ocorrer um curto-circuito
Os pensamentos obsessivos e o TOC nos levam a acreditar que coisas ruins certamente irão
acontecer. A realidade não é assim.
Observe cada uma das etapas da sua cadeia de eventos e pergunte a si mesmo: qual a
probabilidade disso acontecer?
Para cada evento atribua um número de 1 a 100 sendo que: 1 representa quase
impossível e 100 representa quase certo (nada é 100% garantido ou totalmente impossível).
A TV ficar ligada por muito tempo (50)– apesar de verificar sempre antes de sair se a tevê está
desligada, por alguma distração ou por pressa é possível se esquecer.
A TV superaquecer (20) – Os televisores são projetados para ficarem ligados por muito
tempo, e possuem dissipadores de calor interno. Eles são protegidos contra superaquecimento,
afinal eles são a principal forma de distração em lares de todo o mundo, e as pessoas costumam
deixá-los ligados durante o período que estão acordadas.
O mesmo processo deve ser feito com cada uma das etapas pensadas na cadeia de
eventos. O ideal é que você busque conhecer mais sobre o que você ou o seu paciente teme.
Se não conseguir fazer isso sozinho busque o apoio de alguém de sua confiança ou de um
profissional (psicólogo).