Os Maias (Nao Dividido)
Os Maias (Nao Dividido)
Os Maias (Nao Dividido)
Os Maias
Eça de Queirós
01/06/2019
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Escola Secundária Carlos Amarante
Os Maias
Eça de Queirós
Disciplina de Português
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Índice
Introdução……………………………………………………………………4
Síntese do capítulo…………………………………………………………….7
Objetivos do jantar…………………………………………………………….8
Personagens………………………………………………………………………9-10
Ação………………………………………………………………………………11-13
Espaço……………………………………………………………………………….14
Tempo……………………………………………………………………………….15
Narrador…………………………………………………………………………….16
Análise discurso……………………………………………………………17
Conclusão…………………………………………………………………..19
Webgrafia/Bibliografia……………………………………………………..20
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Introdução
A realização deste trabalho tem como objetivos, desenvolver uma análise
minuciosa do capítulo VI da obras Os Maias e ficar a conhecer melhor a vida de Eça de
Queirós.
Para a realização deste trabalho, foi necessária uma constante pesquisa através
da internet e de alguns livros, acerca de Eça de Queirós e sobre a obra OS Maias.
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A vida de Eça de Queirós
Eça fundou o jornal Distrito de Évora, em 1866 e entre 1869 e 1870, viajou para
o oriente, Egito,
Após uma vida recheada de prestigio, Eça de Queirós acabou por morrer, em
Paris, em 1900, vítima de tuberculose.
Algumas das suas obras, entre as quais A cidade e as Serras, foram publicada
postumamente.
Os Maias
Na história da família Maia é feita uma ampla crónica da vida social da elite
lisboeta de 1880, tardiamente romântica e que vivia na acomodação estrangeirada do
Constitucionalismo.
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Integração do episódio na estrutura da obra
O jantar no Hotel Central, integrado no capítulo VI, insere-se na ação principal
e identifica-se como um episódio da crónica de costumes, que se trata da intriga, pois é
marcado, pelo aparecimento de uma admirável mulher (Maria Eduarda) que despertou a
Carlos grande interesse.
Síntese do capítulo
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Ega instala-se na Vila Balzac, onde Carlos é muito bem recebido, com um
pajem à porta. O chalet decorado de forma original e exótica é o reflexo do
temperamento do proprietário. Carlos fala sobre Gouvarinho e do seu súbdito
desinteresse pela senhora, após a grande atração inicialmente sentida. Esta atitude de
Carlos para com as mulheres era frequente e os dois amigos conversam sobre o assunto,
afirmando Ega que era “simplesmente […]um devasso; e hás de vir a acabar […] numa
tragédia infernal”. Quando saem para jantar, cruzam-se com Craft, amigo de Ega, e que
Ega apresenta a Carlos. Combinam jantar no dia seguinte no Hotel Central. Após alguns
contratempos, Ega consegue marcar o jantar no Hotel Central com Carlos, Craft,
Alencar, Dâmaso e Cohen (banqueiro e marido da sua amante), a quem Ega faz questão
de homenagear, com um dos pratos: “Petits pois à la Cohen”. Ao jantar, discutem-se
vários temas, como a literatura, finanças, história e política. A discussão literária entre
Ega e Alencar é a mais representativa da inconsequência das conversas. O jantar acaba e
Alencar acompanha Carlos a casa, lamentando-se o poeta da vida, do abandono por
parte dos amigos e falando-lhe dos seus progenitores, de quem fora íntimo. Carlos
recorda o que sabia da história dos seus pais: a mãe fugira com um estrangeiro levando
a irmã, que morrera pouco depois, e o pai suicidara-se. Carlos, já em casa, antes de
adormecer, sonha com uma mulher deslumbrante, uma deusa, com quem se tinha
cruzado no peristilo do Hotel Central, enquanto aguardava, com Craft, os restantes
amigos para o jantar- “uma senhora alta, loura, com um meio véu muito apertado e
muito escuro que realçava o esplendor da sua carnação ebúrnea”.
Objetivo do jantar:
Este jantar tem como objetivo proporcionar a Carlos o primeiro contacto com a
sociedade lisboeta e a nível da ação central o primeiro encontro com Maria Eduarda.
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Para alem desta finalidade, também serviu parar apresentar a visão crítica de alguns
problemas e retratar a sociedade lisboeta. “Para conversarmos, para que vocês se
conheçam mais, venham vocês jantar comigo ao Hotel Central” (João da Ega, falando
com Carlos da Maia e Craft).
Ega, com este jantar prende o homenagear o representante das finanças, Choen
“… o Ega alargando pouco a pouco a ideia, convertera-o agora numa festa de
cerimónia em honra do Choen» e «Exigiu que um dos pratos do menu (…) fosse à La
Cohen”.
João da Ega
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protestou com veemência» (página 170). É a personagem que intervém mais e estava
sempre a provocar o seu opositor Alencar. «Alencar, patriota à antiga, indignou-se.»
(página 171). A sua postura assemelha-se à adotada pelos jovens escritores da geração
de 70, profundamente revolucionários.
Dâmaso-figurante
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que ele se apresenta à sociedade, ele apenas comenta alguns aspetos. A sua
caracterização é feita de forma indireta.
Craft- figurante
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Realeza, da Burocracia, da Finança, de todas as coisas…” (pág. 166 e 167) e acusa o
naturalismo de “ser uma ameaça ao pudor social”.
Finanças
Neste episodio aborda-se também o tema das finanças, que espelha a crise
financeira que se passava na época. Eça descreve-a de forma irónica através de Choen, o
representante das finanças que afirma que os “empréstimos a Portugal constituíam uma
das fontes de receita, tão regular, tão indispensável, tao sabida como o imposto” e que
“única ocupação dos ministérios era esta- “cobrar o imposto” e “fazer empréstimos”.
E assim se havia de continuar…”.
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posição “Á bancarrota seguia-se uma revolução, evidentemente. Um país que vive da
inscrição, em não lhe pagando, agarra no cacete […]”
História e Política
Outro tema discutido é a história política, cujos intervenientes são Ega e Alencar
apesar de também participarem na discussão Choen e Dâmaso.
Ega aplaude as afirmações de Choen e delira com a ideia dada para a bancarrota
e pretende «varrer a monarquia» e com ela «o crasso pessoal do constitucionalismo»
(pag.170).
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financiamento «Choen afiançava o dinheiro. Armas, artilharia, iam comprar-se à
América» (pág.172).
Ega é a principal personagem que satiriza a história política, e isso pode ser
confirmado ao longo das conversas em que Ega discute este tema e é a sua posição que
mais se aproxima daquela que Eça defende.
Espaço
Quanto ao espaço do excerto, podemos analisar variar tipos como, o espaço
físico, ou seja, Hotel Central.
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O espaço social é onde participam as personagens representativas da alta
burguesia lisboeta e da aristocracia, em que se incluem Jacob Cohen, Carlos da Maia,
João da Ega, Craft, assim como Dâmaso e Tomás de Alencar, estereótipo do poeta
ultrarromântico. Este episódio da crónica de costumes, o autor demonstra a incoerência
cultural do povo português e a decadência do país.
Tempo
No excerto que nos foi atribuído, o tempo cronológico e o tempo da história
corresponde a 1875.
Quanto ao tempo histórico diz respeito à época histórica em que se passa a ação.
Assim sendo a ação abrange diversos períodos da História de Portugal no séc. XIX, mas
especificamente neste capítulo encontramo-nos no período da Regeneração,
caracterizado por uma euforia de progresso a que se segue uma crise económica que fez
cair a coligação governamental.
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velha crónica de família”, sobretudo porque esse passado ocorrera “havia vinte e tantos
anos anos, numa sociedade quase desaparecia”. O que quer dizer que, mantendo laços
muito ténues com o tempo perdido, a personagem não pode deixar de o sentir como
tempo ainda mais recuado e apenas difusamente vislumbrado e sentido.
Narrador
O narrador é heterodiagético, ou seja, o narrador relata uma história da qual não
participa como personagem.
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Análise do discurso
O autor recorre a recursos estilísticos como a hipálage que consiste na transferência das
qualidades do sujeito para o objeto “ Fora um dia de Inverno suave”. Uso expressivo
do adjetivo. “Um esplêndido preto”; “Uma deliciosa cadelinha escocesa”. Também ao
uso expressivo do advérbio. “Carlos, tranquilamente, ofereceu dez tostões”; “...mas
horrivelmente suja”; “ maravilhosamente bem feita”. Utiliza o gerúndio. “estava
mostrando a Craft”; “fora comprando, descobrindo”; “conversando com um rapaz
baixote”. Aplica o diminutivo com valor pejorativo. “Num galopezinho muito seguro e
muito direito – disse Cohen sorrindo.”Por fim, usa os empréstimos. “Très chic”;
“Petits pois à la Cohen”; “Tinha um bouquet de rosas”; “Shake hands”;
“Gentleman”.
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notazinhas de vinte mil réis.”; discurso indireto “Alencar interrompeu-os, exclamando
que não eram necessárias tantas filosofias” e o discurso direto “- Se as coisas
chegassem a esse ponto, se se pusessem assim feias , eu cá, à cautela, ia-me raspando
para Paris…”
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Conclusão do trabalho
Este trabalho permitiu-nos a conhecer melhor a obra Os Maias. Além disso, o
trabalho também proporcionou um melhoramento na nossa capacidade de cooperar.
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Fontes:
Bibliografia:
Webgrafia:
https://pt.slideshare.net/HMECOUT/maias-simplificado
https://pt.slideshare.net/sebentadigital/os-maias-jantar-no-hotel-central
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