Item 5.1 - PCH Mucuri Energética

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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

314730/2012
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
27/04/2012
Subsecretaria de Regularização Ambiental
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Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Leste Mineiro

PARECER ÚNICO – SUPRAM LESTE MINEIRO PROTOCOLO SIAM Nº 314730/2012


INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:
Licenciamento Ambiental 7299/2007/005/2012 Sugestão pelo Deferimento
Autorização de Intervenção Ambiental 1360/2012 Sugestão pelo Deferimento
FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação - LO

PROCESSOS VINCULADOS NO SIAM: PA COPAM: SITUAÇÃO:


Autorização de Intervenção Ambiental 3027/2007 Concedida
Autorização de Intervenção Ambiental 7860/2011 Concedida

EMPREENDEDOR: Mucuri Energética S/A CNPJ: 09.259.407/0001-02


EMPREENDIMENTO: Mucuri Energética S/A (PCH Mucuri) CNPJ: 09.259.407/0001-02
MUNICÍPIO: Carlos Chagas e Pavão ZONA: Rural
COORDENADAS GEOGRÁFICAS FUSO: 24 LAT/Y: 8.053.210 LONG/X: 289.184
LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:
USO INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO USO SUSTENTÁVEL X NÃO
BACIA FEDERAL: Rio Mucuri BACIA ESTADUAL: Rio Mucuri
UPGRH: MU1 – Bacia Hidrográfica do Rio Mucuri CURSO D’ÁGUA: Rio Mucuri
CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE
E-02-01-1 Barragem de geração de energia – hidrelétrica 5
CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: CNPJ/REGISTRO:
José Paulo Davide Bregula – Engº Florestal CREA/MG – 117.840
Leandro Augusto de Freitas Borges – Engº Ambiental CREA/MG - 95495
CONDICIONANTES: Sim
MEDIDAS MITIGADORAS: Sim
AUTOMONITORAMENTO: Sim
RELATÓRIO DE VISTORIA: 222/2012 DATA: 28/03/2012

EQUIPE INTERDISCIPLINAR: MATRÍCULA ASSINATURA


Wesley Maia Cardoso – Analista Ambiental (Gestor) 1223522-2
Patrick Calatroni Hemaidam – Analista Ambiental 1229768-5
Emerson de Souza Perini – Analista Ambiental de Formação Jurídica 1151533-5
Andréia Colli – Diretora Regional de Apoio Técnico 1150175-6
Eduardo Valadares Dias – Diretor de Controle Processual 1296992-9

Rua Vinte e Oito, 100, Ilha dos Araújos, Governador Valadares, MG, CEP: 35.020-800
Telefax: (33) 3271-4988, correio eletrônico: [email protected]
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1. Histórico

Com objetivo de promover a adequação ambiental, o empreendedor da Mucuri Energética


S/A (PCH Mucuri) obteve Licença de Instalação n.º 008/2008 em 06/06/2008, com validade até
06/06/2014. Posteriormente, para obtenção da Licença de Operação, preencheu o Formulário
Integrado de Caracterização do Empreendimento (FCEI) em 25/08/2011, através do qual foi gerado o
Formulário de Orientação Básica (FOBI) n.º 644478/2011, na mesma data, que instrui o processo
administrativo de Licença de Operação. Em 12/03/2012, após a entrega dos documentos, foi
formalizado o processo de n.º 7299/2007/005/2012 para a atividade de barragem de geração de
energia – hidrelétrica.
A equipe interdisciplinar recebeu o referido processo para análise em 19/03/2012 e realizou
vistoria técnica no local a ser instalado o empreendimento, gerando o Relatório de Vistoria n.º S –
222/2012 no dia 28/03/2012.

2. Controle Processual

Trata-se de pedido de Licença de Operação (LO) formulado pela Construtora Queiroz Galvão
1
S.A. para o empreendimento Mucuri Energética S.A (Ex-PCH Mucuri) localizado no Distrito de
Presidente Pena, zona rural dos municípios de Carlos Chagas e Pavão/MG.
O empreendimento destina-se à geração de energia elétrica por meio de barragem, cuja
atividade encontra-se listada pela DN COPAM n.º 74/04 – E-02-01-1.
A capacidade instalada do empreendimento é de 22,5MW com uma área inundada de
800ha., que, o enquadra em classe 05 nos termos da DN COPAM n.º 74/04.
O empreendedor obteve sua Licença de Instalação (LI – Certificado n.º 008 / PA n.º
07299/2007/002/2007) por ocasião da 36ª RO da URC COPAM Leste Mineiro ocorrida em
06/06/2008, com validade de 06 (seis) anos, a partir de 11/06/2008.
As informações prestadas no Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento
(FCEI n.º R137358/2011), bem como o requerimento de LO são de responsabilidade do Sr. Gilberto
Cabral da Cunha, conforme se verifica por meio do Instrumento Particular de Procuração
apresentado com validade até 14/12/2012 e cópia de documentação pessoal. Encontram-se nos
autos Estatuto Social e Ata da Assembléia Geral do Empreendimento, que comprovam o vínculo dos
procuradores outorgantes.
Por meio das informações prestadas gerou-se do FOBI n.º 644478/2011 G que instrui o
presente Processo Administrativo de Licença de Operação (LO). Os dados trazidos no FCEI
informam que o empreendimento não se encontra localizado no interior ou entorno de nenhuma
Unidade de Conservação (UC).
Encontra-se vinculado ao presente PA de Licença de Operação o processo de Intervenção
Ambiental n.º 01360/2012, cuja análise encontra-se descrita em tópico apartado neste Parecer
Único.

1
O empreendedor solicitou a Supram/LM em 04/03/2011, por meio do ofício MUC n.º 003/2011, a alteração da
razão social da empresa de PCH Mucuri para Mucuri Energética S.A.

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O empreendedor apresentou tabela com a descrição das propriedades adquiridas para a


implantação do empreendimento (Condicionante n.º 01). Assim, segue abaixo a transcrição da
referida tabela:
PROPRIETÁRIO MUNICÍPIO CÓDIGO DOCUMENTO MATRICULA
Aroldo Rangel de Carvalho Carlos Chagas MD 01 Escritura 1337, 383
Olimpio Jorge de Aguilar /
Maria Paula Rodrigues de Carlos Chagas MD 02 Escritura 841
Aguilar (procurador)
Luzia de Almeida Carlos Chagas MD 03 Contrato 7204
Domingos de Almeida Carlos Chagas MD 04 Contrato 7204
Josina Almeida / Antônio
Carlos Alves de Almeida Carlos Chagas MD 05 Contrato 7204
(procurador dos herdeiros)
Evegistro de Almeida Carlos Chagas MD 06 Escritura 2197
Demóstenes Quaresma
Carlos Chagas MD 07 Contrato 2471
Moreira
Osvaldo Miranda Murta Filho Carlos Chagas MD 08/09 Escritura 2311
Maria Alice Gonçalves de
Carlos Chagas MD 10 Escritura 3233
Almeida
Associação Quilombola
Carlos Chagas MD 11 Escritura 2311
Marques (tratativas com MPF)
Eli Almeida de Souza Carlos Chagas MD 12 Escritura 3235
José Rangel Gonçalves de
Carlos Chagas MD 13 Escritura 3228
Almeida
Maria Heloisa de Almeida
Carlos Chagas MD 14 Escritura 3232
Moreira
Samir Gonçalves (Orozinho) Carlos Chagas MD 15 Escritura 3227
Edson Caetano Pereira Carlos Chagas MD 16 Contrato 3838
Mirian Rita Batista Murta Carlos Chagas MD 17 Escritura 16216
José Alberto da Silva Pavão MD 18 Escritura 16292
Mirian Rita Batista Murta Pavão ME 01/03/04 Escritura 15290
Demóstenes Quaresma
Carlos Chagas ME 02 Contrato 2741
Moreira
José Castor da Silva (Geraldo
Camargo está na mesma Pavão ME 05 Escritura 12679
matrícula)
Eduardo Camargo de Matos Pavão ME 05 Escritura 12679
José Nilson da Cunha Lopes Pavão ME 06 Escritura 12679
Florisvaldo da Cunha Lopes Pavão ME 07 Escritura 4365
Natanael Novo de Moraes
(Francisco Novo – Filho e Lídia Pavão ME 08 Contrato 4365
Maria – Esposa)
Marilene Rosa Lopes da Silva Pavão ME 09 Escritura 4365
Benito de Almeida Campos Pavão ME 10 Contrato Permuta 4365
Espólio de Efigênia Rita Lopes
(José Alberto da Silva - Pavão ME 11 Contrato
Inventariante)
Espólio de Efigênia Rita Lopes
(José Alberto da Silva - Pavão ME 12 Contrato
Inventariante)
Almir Alves Franco Pavão ME 13/15 Contrato
Eucinia Luiza Lopes Pavão ME 14 Escritura 4365
Arquinto de Souza Santiago Pavão ME 16 Escritura 1809
Espólio de Efigênia Rita Lopes
(José Alberto da Silva - Pavão ME 17 Contrato
Inventariante)

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Constam no processo cópia digital e declaração devidamente assinada pelo procurador


constituído, informando que se trata de cópia íntegra e fiel dos documentos que constituem o
presente processo administrativo.
O pedido de Licença de Operação (LO) foi publicado pelo empreendedor na imprensa
local/regional, Estado de Minas, com circulação no dia 10/03/2012. Entretanto, até a presente data
não foi realizada a publicação do pedido de LO pelo órgão ambiental (Supram-LM) na Imprensa
Oficial de Minas Gerais (IOF/MG), sendo, autorizado pela superintendente o fechamento do Parecer
Único, conforme se verifica por meio do MEMO/SUPRAM-LM/SUP n.º 009/2012 de 27/04/2012,
tendo em vista que a referida publicação ocorrerá o mais breve possível, devendo, o extrato ser
juntado aos presentes autos.
O empreendedor não promoveu a publicação da obtenção da Licença de Instalação (LI) na
imprensa local/regional, conforme determinação contida na Deliberação Normativa COPAM nº
13/1995, sendo, autorizado pela superintendente o fechamento do Parecer Único, conforme se
verifica por meio do MEMO/SUPRAM-LM/SUP n.º 009/2012 de 27/04/2012, tendo em vista que a
referida publicação ocorrerá o mais breve possível, devendo, o extrato, de responsabilidade do
empreendedor, ser juntado aos autos, conforme item 02 do Anexo I.
O Conselho Estadual de Assistência Social de Minas Gerais (CEAS/MG) por meio da
Resolução n.º 397/2012 comprovou a implantação do Plano de Assistência Social (PAS) da PCH
Mucuri.
O IPHAN por meio da Portaria n.º 12/2012 publicada no Diário Oficial da União (DOU) em
24/04/2012, expediu permissão a arqueóloga, Sra. Maria Bernadete Póvoa, para o Projeto de
Resgate Arqueológico da área de intervenção da PCH Mucuri.
Os dados trazidos na referida publicação informam que o apoio institucional será do
Laboratório de Arqueologia e Estudo da Paisagem da Universidade Federal dos Vales do
Jequitinhonha e Mucuri.
Cumpre salientar que a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, através da
Resolução n.º 749/2002, autorizou a Construtora Queiroz Galvão S.A. a estabelecer-se como
produtora independente de energia elétrica, mediante a exploração da referida PCH, localizada no
Rio Mucuri, municípios de Pavão e Carlos Chagas, MG.
Foi emitida pela Supram/LM em 26/04/2012 a Certidão n.º 309922/2012 onde se verifica a
inexistência de débito decorrente de aplicação de multas por infringência ambiental. Registra-se,
porém, a existência de processos administrativos de Autos de Infração em trâmite administrativo,
conforme se vê da tabela abaixo:

Processo Administrativo N.º do Auto de Infração Etapa Atual


07299/2007/004/2012 46485/2011 Aguarda Notificação do AI
07299/2007/003/2012 46487/2011 Aguarda Notificação do AI

Os custos referentes ao pagamento dos emolumentos constam devidamente quitados,


conforme se verifica no Documento de Arrecadação Estadual (DAE) apresentado. Os custos
referentes à análise processual serão apurados em Planilha de Custos. Ressalta-se que nos termos
do art. 7º da Deliberação Normativa n.º 74/04 o julgamento e a emissão da respectiva licença
ambiental ficam condicionados à quitação integral dos referidos custos.

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3. Introdução

O aproveitamento hidrelétrico PCH Mucuri foi implantado em Zona Rural, na divisa dos
municípios de Carlos Chagas, margem direita, e Pavão, margem esquerda. A barragem encontra-se
próxima às coordenadas X 289.184 e Y 8.053.210, Fuso 24, Datum SAD69.
O maciço encontra-se implantado no leito do Rio Mucuri. Tomando-se como referência a sede
municipal de Carlos Chagas, para acesso ao empreendimento, prossegue-se na direção do distrito
de Presidente Pena até um acesso marginal ao Rio Mucuri, totalizando, aproximadamente, 37km de
percurso.
A área total necessária à intervenção ambiental para formação da bacia de acumulação da
PCH Mucuri totaliza 838,51ha, onde foi necessária a supressão de vegetação nativa do bioma Mata
Atlântica, bem como intervenção em APP.
A análise técnica discutida deste parecer foi baseada nos estudos ambientais apresentados
pelo empreendedor e na vistoria técnica realizada pela equipe da Supram Leste Mineiro na área do
empreendimento. Conforme Anotações de Responsabilidade Técnica – ARTs juntadas ao processo,
tais estudos encontram-se responsabilizados pelos seguintes profissionais:

Tabela 1. Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.


Número da ART Nome do Formação Estudo
Profissional
ART (CREA) José Paulo Davide Estudo, Agronomia, Levantamento
Eng. Florestal
14201100000000368676 Bregula Florestal
ART (CRBio) Execução do Programa de
Rafael Pereira Resck Biólogo
2011/01399 Qualidade das Águas

4. Possíveis Impactos Ambientais e Respectivas Medidas Mitigadoras

A Resolução CONAMA nº1 de 1986 define o Impacto Ambiental como:

(...) qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio


ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das
atividades humanas, que, direta ou indiretamente, venham a afetar a saúde, a
segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota,
as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos
ambientais.

As medidas mitigadoras buscam minimizar e/ou controlar os impactos negativos identificados


a partir dos processos e tarefas a serem realizados nas diferentes fases do empreendimento,
visando a aumentar sua viabilidade e sua adequação frente às restrições legais.

4.1. Meio Físico

- Alteração das características do solo: nesta etapa, origina-se no risco de contaminação através
da geração de resíduos sólidos e efluentes provenientes das atividades de recuperação da área
degradada, desmobilização do canteiro e demanda de insumos das instalações auxiliares.

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Medidas mitigadoras: “Projeto de Reconstituição das Vegetações Ciliares”, “Projeto de


Recuperação, Reabilitação e Revegetação de Nascentes e Tributários do Rio Mucuri”, “Projeto de
Recuperação de Áreas Degradadas”, ”Projeto de Monitoramento de Focos Erosivos no Entorno do
Reservatório”, “Programa de Infra-estrutura de Saneamento do Canteiro de Obras”, “Programa de
Gestão Ambiental na Obra” e “Projeto de Conservação do Solo”.

- Alteração quali-quantitativa dos recursos hídricos: as atividades de recuperação de áreas


degradadas e de desmobilização, assim como a operação continuada de equipamentos, implicam na
geração de resíduos sólidos e efluentes, quando dispostos de forma inadequada, interferem na
qualidade das águas.
Medidas mitigadoras: “Projeto de Reconstituição das Vegetações Ciliares”, “Projeto de
Recuperação, Reabilitação e Revegetação de Nascentes e Tributários do Rio Mucuri”, “Projeto de
Recuperação de Áreas Degradadas”, ”Projeto de Monitoramento de Focos Erosivos no Entorno do
Reservatório”, “Programa de Infra-estrutura de Saneamento do Canteiro de Obras”, “Programa de
Gestão Ambiental na Obra”, “Projeto de Conservação do Solo”, “Plano Ambiental de Conservação e
Uso do Entorno de Reservatório Artificial”, “Programa de Qualidade das Águas”.

4.2. Meio Biótico

- Alteração dos ecossistemas aquáticos: o aumento no aporte de sedimentos e poluentes ao


corpo hídrico, provocado por erosões, carreamento por chuva e as atividades agropecuárias
desenvolvidas a montante, assim como a alteração do regime de escoamento do corpo hídrico,
alteram as características físicas e químicas da água próximas ao trecho barrado, ocasionando
efeitos adversos à biota aquática.
Medidas mitigadoras: “Programa de Qualidade das Águas”, “Projeto de Desmate”, “Projeto de
Reconstituição das Vegetações Ciliares”, “Projeto de Recuperação, Reabilitação e Revegetação de
Nascentes e Tributários do Rio Mucuri”, “Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas”, ”Projeto de
Monitoramento de Focos Erosivos no Entorno do Reservatório”, “Programa de Infra-estrutura de
Saneamento do Canteiro de Obras”, “Projeto de Conservação do Solo”, “Plano Ambiental de
Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial”, “Projeto de Resgate da Ictiofauna Durante
o Desvio do Rio”, “Projeto de Implantação de um Mecanismo de Transposição de Peixes” e “Projeto
de Monitoramento da Ictiofauna”.

- Favorecimento à proliferação de vetores: o acúmulo de água parada e de resíduos sólidos, de


natureza orgânica ou não, e o atraso no recolhimento/armazenamento e destinação inadequada
destes, aumentam o potencial de manifestação de animais vetores de doenças, com o surgimento de
insetos, aracnídeos e roedores.
Medidas mitigadoras: “Programa de Educação Ambiental”, “Programa de Comunicação Social”,
“Programa de Saúde”, “Programa de Infra-estrutura de Saneamento do Canteiro de Obras” e
“Programa de Gestão Ambiental na Obra”.

4.3. Meio Socioeconômico

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- Alteração da paisagem: a execução dos serviços de terraplanagem e a implantação da infra-


estrutura de geração conduziram à alteração da paisagem local quanto ao uso e ocupação do solo.
Medidas mitigadoras: “Programa de Educação Ambiental”, “Programa de Comunicação Social” e
“Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório Artificial”.

- Usos conflitantes dos recursos naturais: a operação da PCH demanda a utilização de recurso
hídrico, ainda que de forma não consuntiva, no entanto, registra-se a possibilidade de novas
solicitações de uso múltiplo que envolva a captação superficial por parte da comunidade local.
Medidas mitigadoras: “Programa de Educação Ambiental”, “Programa de Comunicação Social” e
“Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório Artificial”.

- Decréscimo da demanda por produtos/serviços locais e da geração de emprego/renda: face


ao término da implantação do empreendimento ocorre a desmobilização de mão-de-obra, assim
como a queda na procura por serviços, bens e produtos, ocorrendo o decréscimo na geração de
renda local.
Medidas mitigadoras: “Programa de Comunicação Social” e “Projeto de Aproveitamento da Mão de
Obra”.

- Aumento da qualidade e da continuidade da prestação do serviço de distribuição de energia


elétrica: em virtude da disponibilidade de energia local (proximidade do centro gerador) a freqüência
e duração dos desligamentos serão reduzidas, bem como serão minimizadas as interferências
(perturbações de tensão) na rede, o empreendimento contribuirá para a confiabilidade da prestação
do serviço de forma contínua e para a qualidade da energia distribuída ao entrar no regime de
operação comercial;

5. Descrição dos Programas/Projetos

Confrontados os resultados do diagnóstico ambiental às atividades que caracterizam o


término da implantação e início da operação do empreendimento, foi sugerida a continuidade dos
programas e propostas algumas medidas de minimização dos impactos negativos e potencialização
dos positivos.

¾ Projeto de Reconstituição da Vegetação Ciliar: tem como objetivo promover a recomposição da


vegetação ás margens do reservatório da PCH Mucuri e de corredores de interligação;

¾ Projeto de Resgate da Flora: que tem como objetivo salvaguardar o patrimônio genético
representado pela flora local, possibilitar a perpetuação de espécies em situação de fragilidade frente
às condições impostas pelo empreendimento e proporcionar a aquisição de conhecimento científico a
respeito de práticas de resgate e utilização adequada das formas de propagação para diferentes
espécies da flora local;

¾ Projeto de Monitoramento da Vegetação das Áreas Degradadas e das Faixas Marginais do


Reservatório: com o intuito de contribuir para o registro e sistematização de dados sobre o

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comportamento das plantas em virtude de alterações no nível de lençol freático e


concomitantemente, o presente projeto trata da avaliação das faixas florestais situadas no entorno do
futuro reservatório da PCH e das áreas degradadas;

¾ Projeto de Criação de Viveiro Florestal: tem como objetivo a produção e o fornecimento de


mudas para formação e incentivo à reconstituição de flora ciliar, conforme projeto específico
componente deste PCA nas áreas destinadas para tal, do entorno direto ao futuro reservatório;

¾ Projeto de Recuperação, Reabilitação e Revegetação de Nascentes e Tributárias do Rio Mucuri:


tem como objetivo propor a recuperação e reabilitação de algumas nascentes e cursos d’água no
entorno direto e nas drenagens diretas ao futuro reservatório da PCH Mucuri;

¾ Projeto de Monitoramento da Herpetofauna: tendo como objetivo verificar as condições de


estabelecimento da comunidade de anfíbios anuros, principalmente, frente à nova composição
ambiental formada pelo empreendimento;

¾ Projeto de Monitoramento da Ictiofauna: tem como objetivo o acompanhamento e salvamento


dos peixes aprisionados durante o desvio do rio e o enchimento do reservatório e monitoramento da
comunidade de peixes na AI, para estabelecer uma base de conhecimento sobre a estrutura da
ictiofauna local, capaz de permitir o monitoramento pós-enchimento do reservatório e, assim,
procurar detectar futuras alterações com início da operação da usina;

¾ Projeto de Monitoramento da Avifauna: tendo como objetivo principal, a conservação e manejo


para as aves locais, em especial aquelas florestais restritas e sob algum grau de ameaça;

¾ Projeto de Monitoramento da Mastofauna: tem como objetivo principal complementar os dados


obtidos no estudo de impacto ambiental (EIA) visando à confirmação da ocorrência das espécies
ameaçadas de extinção e/ou daquelas mais vulneráveis aos impactos gerados pela implantação da
PCH Mucuri;

¾ Projeto de Resgate da Fauna Durante o Desmatamento e Enchimento do Reservatório: tendo


como objetivo instruir as frentes de desmate sobre os corretos procedimentos ambientais de
supressão vegetal, acompanhar as ações de desmate e enchimento do reservatório, dando
preferência para a dispersão voluntária e gradual da fauna e capturar exemplares da fauna em
condições de risco eminente de vida ou aqueles possivelmente mortos, e destiná-los após a correta
fixação, à coleções científicas;

¾ Projeto de Implantação de um Mecanismo de Transposição de Peixes: conforme a revisão deste


pela empresa responsável pela PCH Mucuri, denominado “Caracterização do Sistema de
Transposição de Peixes” do tipo elevador com caminhão tanque, para diminuir o bloqueio causado
por barragens de geração de energia na migração dos peixes e permitir a manutenção das trocas
gênicas entre ictiocenoses;

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¾ Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas: tem como objetivos gerais a estabilização das
feições erosivas e recuperação das áreas degradadas pela obra; Estabelecer uma metodologia de
caracterização e acompanhamento de focos erosivos e de movimentos de massa na área
diretamente afetada da PCH Mucuri; Apresentar uma metodologia que permita determinar
objetivamente a ordem de prioridade de intervenção nas feições; Fornecer informações
metodológicas a serem executadas, para os diferentes cenários propostos, para o tratamento e
recomposição paisagística;

¾ Projeto de Monitoramento de Focos Erosivos no Entorno do Reservatório: que tem como objetivo
controlar e recuperar focos de erosão e/ou movimentos de massa existentes nas encostas marginais
ao reservatório e acompanhar as alterações na dinâmica das encostas marginais do reservatório,
visando detectar problemas e avaliar a necessidade de adotar medidas efetivas de prevenção ou
correção dos mesmos;

¾ Projeto de Conservação do Solo: que tem como objetivo promover o repasse de tecnologia de
conservação do solo ao público alvo, visando estabelecer, em num período de dois anos, uma
cultura conservacionista no manejo/utilização das terras, que é a forma preventiva mais eficaz e de
menor custo para evitar o estabelecimento e formação de processos erosivos em superfícies
ocupadas com atividades agropecuárias;

¾ Programa de Qualidade da Águas: este é subdividido em: Projeto de Monitoramento Limnológico


e da Qualidade da Água; Projeto de Monitoramento e Controle da Malacofauna e Projeto de
Monitoramento e Controle de Macrófitas: tendo estes a finalidade principal de gerar dados
necessários para ser um instrumento capaz de dar suporte à manutenção do nível desejável da
qualidade das águas, considerando-se os sistemas de minimização dos possíveis efeitos decorrentes
da implantação e operação do empreendimento; e gerar informações a respeito das variações
sazonais das características limnológicas, indicadoras da qualidade ambiental e sanitária dos
sistemas hídricos da bacia em questão, considerando as fases de implantação, enchimento e
operação da usina; identificar as tendências e acompanhar a evolução da qualidade da água do
corpo d’água; avaliar a manutenção da qualidade da água do reservatório da PCH Mucuri e sugerir
ações para o controle e prevenção da poluição;

¾ Projeto de Comunicação Social: tem como objetivo geral estruturar o diálogo entre o
empreendedor e os diferentes públicos, a fim de dar transparência às etapas de implantação,
enchimento e operação da PCH Mucuri;

¾ Programa de Educação Ambiental: tem por objetivo contribuir para a formação de multiplicadores
que atuem como educadores(as) ambientais cotidianamente; Fortalecer instituições e seus sujeitos
sociais para atuarem de forma autônoma, crítica e inovadora em processos formativos, ampliando o
envolvimento da sociedade em ações socioambientais de caráter pedagógico; Apoiar e estimular
processos educativos que apontem para a transformação ética e política em direção à construção da
sustentabilidade socioambiental; Sensibilizar os proprietários rurais e não-proprietários rurais, alunos
(filhos dos proprietários e não-proprietários) da ADA para a importância da recuperação da cobertura

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vegetal na área do empreendimento; Estimular atividades de educação ambiental no ensino


municipal das sedes das AE; Sensibilizar diferentes segmentos da comunidade, direta e
indiretamente envolvidos no empreendimento para a importância do uso racional dos recursos
naturais;

¾ Programa de Saúde: tem como objetivo definir as ações que minimizem ou neutralizem os
impactos negativos causados pelo empreendimento sobre o quadro de saúde da região. Essas
ações englobam o monitoramento e o controle das endemias presentes na área, das outras doenças
transmissíveis e dos agravos que podem incidir sobre os trabalhadores, seus dependentes,
população local e a população indiretamente atraída; inclui ainda a definição da infra-estrutura dos
serviços de saúde que serão responsáveis pela atenção médica aos trabalhadores da obra. As
atividades serão divulgadas por meio do Projeto de Comunicação Social;

¾ Projeto de Negociação de Terras e Benfeitorias: tem como objetivo instrumentalizar o


empreendedor no processo de negociação e/ou locação de terras inseridas na área de interesse do
empreendimento, explicitando as formas de tratamento e os critérios para a negociação a ser
empreendida com os grupos de interesse afetados para a construção e operação da PCH Mucuri, de
forma que os mesmos possam optar pela solução mais adequada, capaz de garantir a recomposição
de seu modo de vida;

¾ Projeto de Aproveitamento da Mão de Obra Local: tem como objetivo estabelecer diretrizes para
se proceder à mobilização e desmobilização da mão-de-obra, envolvida durante a implantação e
operação da PCH Mucuri, com vistas a potencializar, ao máximo, os efeitos positivos da geração de
emprego para os municípios da AI, assim como, minimizar os efeitos negativos da desmobilização,
quando da conclusão das obras civis;

¾ Projeto de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos: tem como objetivo acompanhar as


transformações que poderão ser acarretadas pela implantação e operação da PCH Mucuri na sua
área de inserção;

¾ Programa de Segurança e Alerta: tem como objetivo desenvolver atividades que previnam a
ocorrência de acidentes durante a construção, o enchimento do reservatório e a operação da PCH
Mucuri, direcionadas a empregados e população da ADA e comunidades próximas.
.
¾ Programa de Gestão Ambiental na Obra: tem como objetivos específicos promover o
desenvolvimento dos programas ambientais; estabelecer integração e sinergia entre os programas
propostos; evitar e/ou minimizar as interferências geradas pelas obras; atender aos requisitos legais
e às exigências técnicas formuladas pelo Órgão Ambiental associados às ações de obra para obter a
Licença de Operação dentro dos prazos previstos e funcionar como ouvidoria, em primeira instância,
para a população da área de influência;

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¾ Programa de Infra-Estrutura de Saneamento do Canteiro de Obras: tendo como objetivo


apresentar o Projeto do Sistema de Abastecimento de Água para o Canteiro de Obras da PCH
Mucuri, fornecendo elementos básicos e suficientes para sua implantação;

¾ Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial: propôs medidas de


utilização, recuperação e conservação das áreas de entorno do futuro reservatório, baseado na
análise de componentes ambientais locais de modo a promover a elaboração do zoneamento
ambiental e buscar a compatibilização das atividades econômicas locais com a preservação dos
recursos naturais;

¾ Projeto de Acompanhamento da Produção Pesqueira: tem como objetivo estimar alterações que
possam ocorrer na produção pesqueira comercial das cidades de Carlos Chagas e Nanuque devido
à implantação da PCH Mucuri;

¾ Projeto de Enchimento do Reservatório: tem o objetivo de garantir a manutenção de vazão a


jusante de forma a se evitar conflitos pelo uso da água e subsidiar atividades preventivas e
corretivas, tais como assistência as populações ribeirinhas, salvamento de fauna;

¾ Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial: propôs medidas de


utilização, recuperação e conservação das áreas de entorno do futuro reservatório, baseado na
análise de componentes ambientais locais de modo a promover a elaboração do zoneamento
ambiental e buscar a compatibilização das atividades econômicas locais com a preservação dos
recursos naturais;

6. Da Intervenção Ambiental

Conforme histórico do licenciamento ambiental da PCH Mucuri, o empreendimento obteve a


Autorização para Exploração Florestal (APEF) para 1,1ha em junho de 2008, juntamente à
aprovação da LI (Certificado n.º 008/2008), sendo firmado o Termo de Responsabilidade e
Compromisso, constante do Anexo Único da Resolução SEMAD n.º 723/2008.
Consta no Parecer Único de LI n.º 294366/2008, item referente à Autorização para
Exploração Florestal, descrição da área a ser desmatada de 1,1ha, sendo esta divergente dos
estudos e requerimento apresentados à época. Assim, o empreendedor, às vésperas do início da
atividade de supressão, solicitou a correção do referido valor de área, informando que a mesma a ser
suprimida seria, na verdade, de 10,07ha de floresta estacional semidecídua, de origem secundária,
em estágio médio de regeneração florestal. No entanto, tal fato não fora levado à apreciação desta
URC para deliberação.
Posteriormente, em novembro de 2011 o empreendedor apresentou novo inventário florestal,
solicitando nova retificação dos dados, conforme disposto no Parecer Único n.º 937276/20112:

No entanto, face ao período em que o empreendimento teve sua autorização


suspensa e tendo em vista a ausência de manejo desta, ocorreu a sucessão

2
Pág. 8 do Parecer Único n.º 937276/2011 indexado ao Processo de AIA n.º 7860/2011

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ecológica natural da área, sendo, então necessária nova Autorização de Intervenção


Ambiental, esta requerida por meio do Processo Administrativo n.º 7860/2011.
Entretanto, por meio de vistoria in loco, foi verificado que já ocorreu a supressão de
vegetação (biomassa lenhosa) em áreas caracterizadas como: Floresta Estacional
Semidecidual, origem secundária em estágio inicial de regeneração vegetal. Assim,
tal informação pode ser demonstrada por meio da tabela abaixo, delimitando a área
onde já ocorreu intervenção e a que ainda não foi objeto de supressão, bem como a
informação acerca do rendimento lenhoso de cada uma destas.

Assim, conforme constante do mesmo parecer3, segue a providência tomada:

O empreendedor realizou supressão de vegetação nativa, além dos 1,1ha já


autorizados por meio do Processo Administrativo n.º 3027/2007, sem a respectiva
autorização por parte do órgão ambiental competente, bem como descumpriu o
Termo de Responsabilidade e Compromisso já firmado por ocasião da concessão da
Licença de Instalação. Desta forma, a Supram-LM tomou as medidas cabíveis, sendo
lavrado o Auto de Infração.

Cabe ainda ressaltar que a destinação da biomassa lenhosa, conforme estabelecido por meio
da condicionante n.º 02 do Anexo I do Parecer Único n.º 937276/2011, indexado ao Processo de AIA
n.º 7860/2011, ainda não fora comprovada.

6.1. Da Reserva Florestal Legal

O empreendedor apresentou tabela com a descrição das propriedades adquiridas para a


implantação do empreendimento. Os instrumentos apresentados tratam-se de: Compromissos de
Compra e Venda; Escrituras Públicas de Compra e Venda; Compromisso de Permuta de Áreas e
outras avenças e Contrato Particular de Compromisso de Permuta de Imóveis.
Registra-se, ainda, a existência de um Termo de Compromisso de Conduta firmado entre o
empreendedor e o Ministério Público Estadual (MPE) no que se refere a ações em favor da
Associação Quilombola Marques.
As áreas adquiridas incluem propriedades registradas no serviço imobiliário bem como áreas
de posse. Tem-se que, para elaboração do Termo de Responsabilidade de Preservação de Florestas
é necessária a juntada de Certidões de Registros Imobiliários atualizadas e em nome da empresa
proprietária, acompanhadas dos respectivos mapas.
Para as áreas de posse a RFL poderá ser assegurada por Termo de Ajustamento de Conduta
(TAC), firmado pelo possuidor com o órgão ambiental estadual ou federal competente, com força de
título executivo e contendo, no mínimo, a localização da reserva legal, as suas características
ecológicas básicas e a proibição de supressão de sua vegetação.
Assim, dadas as pendências cartoriais que impedem a regularização da RFL até o
fechamento deste PU e, considerando o pedido de ad referendum formulado pelo empreendedor,
sob a justificativa que o atraso na emissão da LO ocasionará a perda do ciclo hidrológico favorável
ao enchimento do reservatório, tendo, como conseqüência, o atraso de geração de um ano civil,

3
Pág. 11 do Parecer Único n.º 937276/2011 indexado ao Processo de AIA n.º 7860/2011

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determinou a superintendente desta regional à lavratura de um Termo de Ajustamento de Conduta


para fins de regularização da Reserva Florestal Legal (RFL) de todas as áreas adquiridas pelo
empreendedor, com prazo de validade de 06 (seis) meses a partir de sua assinatura podendo ser
prorrogado por igual período, conforme item 01 do Anexo I.

6.2. Da Compensação Ambiental

Consta nos autos cópia do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental n.º


2101010506311 firmado em 14/12/2011 entre o empreendedor e o Instituto Estadual de Florestas
(IEF).
A Câmara de Proteção da Biodiversidade e Áreas Protegidas – CPB do COPAM aprovou a
proposta de medida de compensação ambiental no valor de R$ 733.862,03 (setecentos e trinta e três
mil, oitocentos e sessenta e dois reais e três centavos), correspondente a 0,48% do valor de
referência do empreendimento. A referida decisão encontra-se publicada na Imprensa Oficial de
Minas Gerais (IOF/MG) em 12/11/2011.
O extrato do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental não foi publicado na
IOF/MG, conforme orientação encaminhada pelo IEF por meio do Of. 002/2012/GCA/IEF/SISEMA,
sendo, autorizado pela superintendente o fechamento do Parecer Único, conforme se verifica por
meio do MEMO/SUPRAM-LM/SUP n.º 009/2012 de 27/04/2012, tendo em vista que a referida
publicação ocorrerá o mais breve possível, devendo, o extrato, de responsabilidade do
empreendedor, ser juntado aos autos, conforme item 03 do Anexo I.

6.3. Da Compensação Florestal

Conforme se verifica por meio do ofício MUC-010/2012, emitido pelo empreendedor em


20/03/2012, foi realizada a solicitação de abertura de Processo Administrativo de Compensação
Florestal para uma área de 315,91ha junto a Gerência de Compensação Ambiental (GCA) do
Instituto Estadual de Florestas (IEF), sendo comprovado por meio de Aviso de Recebimento do ofício
encaminhado ao órgão competente, e encontra-se aguardando posicionamento deste.

6.4. Da delimitação da APP

A delimitação da futura APP do reservatório artificial seguiu os critérios estabelecidos na


Resolução CONAMA n.º 302/2002, além de fundamentado nas características regionais de
desenvolvimento econômico/produtivo das propriedades adjacentes a este. Esta APP foi delimitada
em faixas de 30, 45 e 100m, conforme disposto nos estudos apresentados, totalizando uma área de
565,66ha.
Deste total, o cenário atual de uso/ocupação do solo constitui-se, de forma majoritária (90%),
de áreas destinadas ao desenvolvimento da atividade agropecuária (pastagens), registrando-se a
ocorrência de alguns poucos fragmentos de vegetação nativa (10%).
Neste contexto, a execução do Projeto Técnico de Reconstituição da Flora nesta etapa vem
restabelecer a condição natural do referido local, face ao histórico de ocupação da região, conforme
demonstrado acima. Neste são previstas as atividades necessárias ao plantio de espécies arbóreas

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no entorno do reservatório artificial, sendo excluídas as áreas destinadas ao desenvolvimento da


atividade agropecuária e ao lazer da comunidade local.
Assim, como necessário, dar-se-á o estabelecimento do item 32 do Anexo I do presente
parecer.

6.5. Da Aprovação do PACUERA

O empreendedor solicitou a Supram-LM em 10/02/2011 (Doc. SIAM n.º 0100579/2012) a


realização de consulta pública para apresentação do Plano Ambiental de Conservação e Uso do
Entorno do Reservatório Artificial (PACUERA) da PCH Mucuri a comunidade local.
A reunião pública para discussão do PACUERA foi realizada no dia 14/03/2012, tendo sido
convidados os representantes do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Mucuri e do Ministério Público
local, de acordo com documentos anexados aos autos.
O plano, apresentado na sua íntegra, propôs medidas de recuperação e conservação das
áreas de entorno do futuro reservatório, bem como a criação de Unidade de Conservação e o
estabelecimento da Reserva Florestal Legal, ambas em áreas adjacentes a APP do futuro
reservatório. Além disso, foi também prevista a utilização de algumas faixas para dessedentação
animal e de áreas destinadas ao lazer da própria comunidade local.
Em função do cenário de desenvolvimento da atividade agropecuária das propriedades
atingidas pela formação do futuro reservatório artificial, durante a referida consulta, foi informado por
um dos atingidos que, na propriedade onde este desenvolve a atividade, não fora destinado local
para a disposição dos corredores de dessedentação de animais, em função das divisões de pasto.
Ainda nesta consulta, representantes locais, reclamaram quanto à condição do acesso ao
Distrito de Maravilha, uma vez que a respectiva ponte que interliga a estrada vicinal a este se
encontra interditada, bem como o fato de que a inundação do reservatório atingirá a estrada vicinal
existente, criando uma situação de isolamento.
Cita-se também que, mediante a reunião, moradores e atingidos locais manifestaram-se
contrários à ausência de uma área de lazer próxima ao Distrito de Presidente Pena, conforme
contemplado no referido PACUERA.
Quanto aos itens acima relacionados, tendo em vista deliberações estabelecidas por meio do
MEMO/SUPRAM-LM/SUP n.º 009/2012 de 27/04/2012, segue proposta a sugestão de
estabelecimento das condicionantes 35, 36, 37 e 38, dispostas no Anexo I, para fins de dirimir tais
situações.
Já os documentos comprobatórios da realização da reunião pública foram recolhidos pela
equipe da Supram-LM no mesmo dia, 14/03/2012, ao término da reunião e juntados aos autos. Desta
forma, segue a sugestão de aprovação do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do
Reservatório Artificial da PCH Mucuri.
Juntou-se, ainda:

• Cópia da publicação em periódico local/regional, Estado de Minas de 25/02/2012, da


Convocação da reunião pública do PACUERA;
• Cópia da publicação em periódico local/regional, Tribuna do Mucuri de 29/02/2012, da
Convocação da reunião pública do PACUERA;
• Cópia fotográfica das faixas de divulgação do evento;

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• Cópia dos ofícios (convites) encaminhados ao Ministério Público de Minas Gerais (MPE),
especialmente para: Coordenadoria Regional das Promotorias das Bacias dos rios
Jequitinhonha e Mucuri; Coordenadoria Regional da Promotoria da Bacia do rio Doce;
Comarcas de Carlos Chagas; Prefeituras Municipais de Pavão, Carlos Chagas e Teófilo
Otoni; Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Mucuri e Escola Estadual Olga Prates;
• Memorial descritivo da reunião pública.

7. Da Intervenção em Recursos Hídricos

Tendo em vista que o Rio Mucuri é um rio federal, cabe a ANA a competência de análise e
emissão de outorga para as finalidades de uso/intervenção no referido curso d’água.
Uma vez que o empreendedor já possuía autorização (Resolução ANEEL n.º 749/2002) para
fins de exploração do referido potencial antes da regulamentação estabelecida no art. 7º da
Resolução ANA n.º 131/2003, onde a regularização de intervenção em recurso hídrico para fins de
aproveitamento de potencial hidrelétrico fica dispensada, conforme segue:

Art. 7º Os detentores de concessão e de autorização de uso de potencial de energia


hidráulica, expedidas até a data desta Resolução, ficam dispensados da solicitação
de outorga de direito de uso dos recursos hídricos.

Sendo assim, questões relativas à implantação do empreendimento como duração do


enchimento, vazão de jusante durante o enchimento (vazão ecológica/residual) e vida útil não são
apresentadas neste documento.
Cabe aqui ressaltar que durante a vistoria realizada no empreendimento foi verificada a
existência de intervenções (bueiros) realizadas em cursos d’água de domínio estadual que não
possuem certificado de outorga para tal modo de uso (travessia rodo-ferroviária). Para tanto,
conforme MEMO/SUPRAM-LM/SUP n.º 009/2012 de 27/04/2012, a Supram tomará as providências
cabíveis, ficando o empreendedor condicionado, por meio do item 04 do Anexo I, a formalização dos
respectivos processos administrativos, de acordo com a orientação da Superintendente.

8. Discussão

Nesta etapa, o relatório de atendimento às condicionantes da LI e AIA trazem as informações


acerca do cumprimento de cada uma, conforme segue abaixo.

Processo Administrativo de Licença de Instalação n.º 7299/2007/002/2007

Condicionante 1: “Apresentar registro(s) de imóvel(eis) da(s) área (s).”


Prazo: “Antes de realizar as obras inerentes à supressão de vegetação nativa ou plantada e/ou
qualquer intervenção.”
Situação: Condicionante descumprida.
Análise: O empreendedor realizou a supressão de vegetação nativa e intervenção em APP sem a
devida autorização do órgão ambiental, descumprindo assim a Declaração de Responsabilidade e

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Compromisso, constante do Anexo Único da Resolução SEMAD n.º 723/2008, firmada perante o
órgão ambiental e, por conseqüência, a condicionante n.º 01 do Parecer Único n.º 294366/2008.

Condicionante 2: “Execução do Projeto de Desmate.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: As atividades de supressão da vegetação nativa já foram praticamente concluídas.

Condicionante 3: “Execução do Projeto de Reconstituição das Vegetações Ciliares.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante a cumprir.
Análise: Face as situações de delimitação da APP do futuro reservatório, bem como a necessidade
de desenvolvimento das atividades de implantação e início da operação, tal projeto terá sua
execução atrelada a etapa de operação. Para tanto, de forma avaliar o efetivo cumprimento desta
condicionante foi proposta a condição estabelecida no item 07 do Anexo I.

Condicionante 4: “Execução do Projeto de Resgate da Flora.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: As atividades de resgate da flora ocorreram de forma prévia ao início das atividades de
construção da infra-estrutura de geração e da supressão da bacia de acumulação, cabendo registrar
que durante a vistoria foram verificados locais de realocação de alguns espécimes (epífitas). No
entanto, tal projeto ainda possui vínculo à etapa de operação (coleta/beneficiamento/semeadura de
sementes), conforme sugestão disposta no item 08 do Anexo I.

Condicionante 5: “Execução do Projeto de Monitoramento da Vegetação no Entorno do


Reservatório.”
Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante a cumprir.
Análise: A referida condicionante tem seu cumprimento associado ao enchimento do reservatório,
sendo sugerida a manutenção da mesma por meio do item 09 do Anexo I.

Condicionante 6: “Execução do Projeto de Criação de Viveiro Florestal.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: A referida atividade teve sua execução de forma prévia ao início das ações de resgate da
flora e supressão de vegetação, tendo em vista a necessidade de implantação desta estrutura para
atendimento dos programas do meio biótico (flora). Face à sua vinculação aos programas de
recuperação de áreas e de reconstituição da flora, segue a sugestão de revigorar o seu conteúdo por
meio do item XX do Anexo I.

Condicionante 7: “Execução do Projeto de Recuperação, Reabilitação e Revegetação de Nascentes


e Tributários do Rio Mucuri.”
Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”

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Situação: Condicionante cumprida.


Análise: Foi realizado diagnóstico para identificação dos pontos relatados no PCA, sendo observado
em campo um quantitativo inferior ao informado anteriormente. A partir deste levantamento, serão
necessárias as ações de proteção/reabilitação destes locais vinculados às atividades de
reconstituição da flora. Assim, segue a proposta de inserção da condicionante listada no item 11 do
Anexo I.

Condicionante 8: “Execução do Projeto de Monitoramento da Herpetofauna.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Foram identificados e caracterizados os pontos propícios à ocorrência destes exemplares,
sendo registrado na 1ª etapa a realização de 4 (quatro) campanhas (em períodos seco e chuvoso)
previamente ao enchimento do reservatório, conforme proposto no PCA, restando para a 2ª etapa a
execução das campanhas após o enchimento do reservatório. Assim, segue a proposta de inserção
da condicionante listada no item 12 do Anexo I.

Condicionante 9: “Execução do Projeto de Monitoramento da Ictiofauna.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Foram realizadas 5 (cinco) campanhas em pontos previamente definidos, compreendendo
as áreas de montante/jusante do eixo e a área do futuro reservatório. O período de realização das
campanhas compreendeu a etapa anterior e posterior ao desvio do rio, abrangendo a sazonalidade
das estações, conforme proposto no PCA, restando para a 2ª etapa a execução das campanhas
após o enchimento do reservatório. Assim, segue a proposta de inserção da condicionante listada no
item 13 do Anexo I.

Condicionante 10: “Execução do Projeto de Monitoramento da Avifauna.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Na ADAE foram percorridos transectos de diferentes características em pontos previamente
definidos pela interferência do empreendimento, sendo registrado na 1ª etapa a realização de 4
(quatro) campanhas (em períodos seco e chuvoso) previamente ao enchimento do reservatório,
conforme proposto no PCA, restando para a 2ª etapa a execução das campanhas após o enchimento
do reservatório. Assim, segue a proposta de inserção do item 14 no Anexo I.

Condicionante 11: “Execução do Projeto de Monitoramento da Mastofauna.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Para este grupo também foram realizadas 4 (quatro) campanhas, anteriores ao enchimento,
considerando a utilização de armadilhas para os mamíferos de pequeno porte e busca ativa para
médio e grande porte, abrangendo a sazonalidade, sendo prevista para a 2ª etapa a realização de
campanhas pós enchimento. Assim, segue a proposta de inserção do item 15 no Anexo I.

Condicionante 12: “Execução do Projeto de Resgate da Fauna Durante o Desmatamento e


Enchimento do Reservatório.”

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Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”


Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Para a etapa de supressão da vegetação, as atividades de campo (dispersão e resgate) já
foram apresentadas por meio de relatório em novembro de 2011, restando a conclusão das ações de
campo do referido programa quando da etapa de enchimento do reservatório. Assim, segue a
proposta de inserção do item 16 no Anexo I.

Condicionante 13: “Execução do Projeto de Resgate da Ictiofauna Durante o Desvio do Rio.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Com a implantação da estrutura de desvio, as atividades de resgate foram iniciadas durante
o levantamento das ensecadeiras e desvio do leito natural do rio, sendo concluídos os trabalhos de
campo em maio de 2011.

Condicionante 14: “Execução do Projeto de Implantação de um Mecanismo de Transposição de


Peixes, conforme a revisão elaborada pela Empresa responsável pela PCH Mucuri, denominado
Caracterização do Sistema de Transposição de Peixes.”
Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante a cumprir.
Análise: Este programa possui sua execução associada diretamente às atividades de transposição
de peixes no período de piracema, após o enchimento do reservatório, sendo importante relatar a
execução da atividade de forma manual e seletiva para o primeiro período de piracema e, para os
demais ciclos, já estará concluída a implantação de sistema elevatório. Durante a vistoria foi relatada
a execução da etapa de fundação deste sistema. Assim, de forma a garantir a execução deste
conforme objetivo almejado junto ao PCA tem-se a sugestão dos itens 17 e 18 do Anexo I.

Condicionante 15: “Execução do Projeto de Avaliação da Existência de Tanques de Criação de


Peixes na Área a Ser Alagada Pelo Reservatório.”
Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: A identificação dos tanques de criação e as atividades de despesca e eliminação das
espécies alvo deste programa ocorreram em julho de 2011.

Condicionante 16: “Execução do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Para a efetiva execução deste programa, haverá a necessidade de desmobilização da
estrutura de apoio às obras, o que ocorrerá com o início da operação comercial, sendo registrado
que, até o presente momento, foram iniciadas as atividades de recuperação em algumas áreas já
desmobilizadas. Conforme proposto no PCA, tal programa terá sua continuidade durante a etapa de
operação, sendo sugerido o item 19 do Anexo I.

Condicionante 17: “Execução do Projeto de Monitoramento de Focos Erosivos no Entorno do


Reservatório.”

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Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”


Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Durante a etapa de implantação foram realizados o levantamento e cadastramento dos
focos erosivos, sendo prevista para a etapa de operação o acompanhamento da
evolução/estabilização destes e, em determinados casos, a intervenção para fins de recuperação do
local. Face ao cenário deste programa, bem como descrito nos relatórios, é necessário a sua
continuidade, sendo estabelecido o item 20 do Anexo I.

Condicionante 18: “Execução do Projeto de Conservação do Solo.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Foram iniciadas as atividades do referido programa por meio da integração da comunidade
quilombola local, sendo relatada a situação do uso do solo em relação à aptidão agrícola, onde foram
repassadas técnicas de manejo do solo face à atividade de plantio de determinadas culturas pelos
moradores locais. Conforme cronograma juntado ao PCA, este projeto tem sua extensão ainda na
etapa de operação, sendo, para tanto, estabelecido o item 21 do Anexo I.

Condicionante 19: “Execução do Programa de Qualidade das Águas.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Neste ocorreram a execução de 5 (cinco) campanhas de campo relacionadas aos temas
específicos dos projetos executivos (monitoramento limnológico e da qualidade das águas, controle
de macrófitas e controle da malacofauna). Foram avaliados alguns pontos para a etapa prévia ao
enchimento, onde esses serão acrescidos para a etapa de operação, conforme previsto no PCA. A
partir dos resultados atuais, quando da realização das campanhas futuras, servirá de base
comparativa para análise dos eventuais impactos ocasionados pela formação do reservatório e
estabelecimento de medidas de intervenção, cãs o necessário. Este programa possui seu
desdobramento atrelado à etapa de operação, sendo estabelecido, assim, o item 22 do Anexo I.

Condicionante 20: “Execução do Programa de Educação Ambiental.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Conforme previsto no PCA, este programa contemplou a execução de projetos voltados aos
colaboradores do empreendimento, à comunidade local e proprietários e não-proprietários. Cita-se a
comprovação, por meio de relatório, da execução de palestras e material gráfico, voltados aos temas
de qualidade, meio ambiente e saúde e segurança no trabalho. Sugere-se a continuação das
atividades previstas ainda durante a etapa de operação do empreendimento, uma vez tratar-se de
benefício empregado em prol da comunidade local, conforme item 23 do Anexo I.

Condicionante 21: “Execução do Projeto de Comunicação Social.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.

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Análise: Por meio do relatório de cumprimento de condicionantes foram apresentadas as formas e


materiais que foram utilizados para a divulgação das informações necessárias ao andamento das
obras. Dentre estes são demonstradas a realização de reuniões com a comunidade local, a
elaboração de material gráfico e informes/boletins circulados nos meios de comunicação de dados
para a divulgação dos fatos recorrentes ao empreendimento. Cabe ressaltar que este projeto tem sua
etapa final ainda vinculado a fase de operação, sendo, assim, sugerida a inserção do item 24 no
Anexo I.

Condicionante 22: “Execução do Programa de Saúde.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Na linha de desenvolvimento deste programa, são demonstradas a execução de atividades
vinculadas aos projetos específicos voltados aos temas de vigilância epidemiológica e saúde pública,
com a implantação de medidas de prevenção e erradicação de focos de proliferação de vetores
transmissores, adequação da infra-estrutura de saúde, por meio da construção de um ambulatório
junto ao canteiro de obras para a realização de atendimentos básicos de emergência e realização de
exames periódicos, e a prevenção contra acidentes ofídicos, realizado através da divulgação e
instrução dos colaboradores com a utilização de material impresso. Até a desmobilização total do
canteiro de obras, tal programa encontra-se atrelado a etapa de operação, sendo sugerida a inserção
do item 25 do Anexo I.

Condicionante 23: “Execução do Projeto de Negociação de Terras e Benfeitorias.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Cabe ressaltar que o referido projeto teve seu início anterior à implantação do
empreendimento e, face às questões judiciais e cartoriais, sua conclusão somente ocorrerá na fase
de operação, o que torna imprescindível a sua continuidade por meio da sugestão de inserção do
item 26 do Anexo I.

Condicionante 24: “Execução do Projeto de Aproveitamento da Mão de Obra.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Por meio dos relatórios de gerenciamento ambiental foram apresentadas as atividades de
capacitação dos colaboradores, bem como a relação de contratação em função da região de
inserção do empreendimento. Tais relatórios apresentam as ações/atividades previstas e realizadas,
conforme cronograma proposto no PCA. Seu término ocorrerá com a desmobilização do canteiro de
obras, ou seja, após o início da operação comercial, sendo proposta a sua continuidade por meio do
item 27 do Anexo I.

Condicionante 25: “Execução do Projeto de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.

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Análise: Os relatórios de gerenciamento ambiental apresentaram o diagnóstico da situação na etapa


anterior ao início da implantação, sendo, posteriormente, apresentados os relatórios de
monitoramento contemplando as ações/atividades previstas e realizadas pela equipe d Posto de
Atendimento Social, conforme cronograma proposto no PCA da PCH Mucuri. Face à necessidade de
conclusão dos trabalhos previstos para a etapa de adaptação ao futuro cenário, após o enchimento,
será apresentado o relatório consolidado deste projeto. Desta forma, como sugestão, fica proposta a
inserção do item 28 do Anexo I.

Condicionante 26: “Execução do Projeto de Reforço aos Núcleos Urbanos de Entorno.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Para o distrito de Presidente Pena, foram desenvolvidas ações de forma a viabilizar a
retomada das atividades do Posto Militar, Posto de Saúde e Centro Comunitário desta localidade.
Para o distrito de Maravilha e os núcleos de são Julião e Cipó, foram desenvolvidas atividades
vinculadas à potencial exploração turística no local e a realização de integração das comunidades
junto ao Programa de Educação Ambiental. Cabe aqui ressaltar a dificuldade de acesso ao distrito de
Maravilha, face à inundação do acesso existente para a formação do reservatório e a situação da
ponte que interliga a margem esquerda do rio Mucuri, a qual está interditada há anos, fato este
também recorrente da reunião pública do PACUERA, a qual já está exposta acima tal discussão.

Condicionante 27: “Execução do Programa de Segurança e Alerta.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Em interface às atividades de educação ambiental e comunicação social, foram
desenvolvidas atividades de conscientização às normas e condições de segurança e saúde
ocupacional, com a implantação da CIPA e a Brigada de Emergência, assim como a gestão de
atividades inerentes às obras que incorrem no risco de acidentes como a sinalização dos acessos e
locais de manutenção e a execução das atividades de detonação. Assim como disposto no PCA, o
acompanhamento destas atividades dar-se-á ainda da fase de operação, sendo sugerida a inserção
do item 29 do Anexo I.

Condicionante 28: “Execução do Projeto de Educação Patrimonial.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Por meio do protocolo n.º 01514.001141/2012-64, junto ao IPAHN, foi apresentada a
execução do referido projeto.

Condicionante 29: “Execução do Programa de Gestão Ambiental na Obra.”


Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Face à necessidade de gerenciamento das atividades previstas no PCA, este programa
possui seu cumprimento atrelado à entrega dos relatórios formalizados junto ao órgão ambiental,

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para acompanhamento destas atividades. Por conseqüência, há que se estabelecer o seu


andamento durante toda a etapa de operação, conforme disposto no item 30 do Anexo I.

Condicionante 30: “Execução do Programa de Infra-estrutura de Saneamento do Canteiro de


Obras.”
Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Tendo seu desenvolvimento voltado às condições de saneamento do local como o
abastecimento de água, com a captação direta no rio Mucuri e adequação à condição de
potabilidade, tratamento de efluentes, com a implantação de caixa SAO e utilização de banheiros
químicos, e a disposição de resíduos, por meio de segregação e destinação conforme sua
classificação, os relatórios apresentados dão conta das informações de forma detalhada sendo
apresentados os documentos comprobatórios de destinação destes e os laudos de análise, conforme
estabelecido junto PCA. Até a desmobilização total da etapa de implantação/manutenção e até
mesmo durante a operação comercial, justifica-se estabelecimento dos itens 06 e 31 do Anexo I.

Condicionante 31: “Firmar termo de compromisso com o núcleo de compensação ambiental do IEF,
visando a compensação ambiental do empreendimento.”
Prazo: “Antes do início das instalações das obras, apresentando o termo de compromisso junto à
SUPRAM-LM.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Consta nos autos cópia do Termo de Compromisso de Compensação Ambiental n.º
2101010506311 firmado em 14/12/2011 entre o empreendedor e o Instituto Estadual de Florestas
(IEF), conforme já informado no item 6.2 do tópico de Intervenção Ambiental do presente documento.

Condicionante 32: “Apresentar o Programa de Operação do Descarregador de Fundo da


Barragem.”
Prazo: “6 (seis) meses.”
Situação: Condicionante excluída na 53ª RO da URC/COPAM Leste Mineiro.

Condicionante 33: “Execução do PTRF (Projeto Técnico de Reconstituição da Flora) juntado ao


Processo de APEF, de acordo com o cronograma físico deste.”
Prazo: “Após apresentação na SUPRAM-LM do(s) registro(s) de imóvel(eis) da(s) área(s) a sofrerem
supressão vegetal.”
Situação: Condicionante a cumprir.
Análise: Face às situações de estabelecimento da futura APP do reservatório, o que ocorreria após
a discussão junto ao MP e também com a formalização do Plano Ambiental de Conservação e Uso
do Entorno do Reservatório Artificial, onde seriam levantadas as situações existentes para o cenário
atual, sua execução fica condicionada a etapa de operação do empreendimento, uma vez dirimidas
tais situações que vieram de forma superveniente, sendo necessário o estabelecimento de sua
garantia conforme já discutido acima (item 32 do Anexo I).

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Condicionante 34: “Identificação de todos os impactos associados à implantação e a operação do


empreendimento sobre a comunidade quilombola de Marques I e II, em especial para as 08 famílias
de Marques I.”
Prazo: “Executar cronograma físico juntado ao referido Projeto.”
Prazo: “6 (seis) meses.”
Análise: Por meio do protocolo nº 826551/2008, de dezembro de 2008, fora apresentado o relatório
em resposta à referida condicionante.

Condicionante 35: “Levantamento sócio-econômico da comunidade remanescente de quilombo


de Marques I e II (área diretamente afetada).”
Prazo: “6 (seis) meses.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Por meio do protocolo nº 826551/2008, de dezembro de 2008, fora apresentado o relatório
em resposta à referida condicionante.

Processo Administrativo de Autorização para Intervenção Ambiental n.º 7860/2011

Condicionante 01: “Apresentar os documentos comprobatórios de regularização fundiária, em nome


da empresa/requerente das propriedades abrangidas pelo empreendimento a SUPRAM-LM, e
aguardar manifestação do Órgão para intervir na área.”
Prazo: “Antes de quaisquer intervenções ambientais.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Por meio do protocolo n.º 147757/2012, de 02/03/2012, após a apreciação da AIA n.º
7860/2011, foram apresentados os documentos comprobatórios de posse/propriedade para a
continuidade da intervenção que já havia sido iniciada, conforme já abordado acima.

Condicionante 02: “Apresentar os documentos comprobatórios de destinação da biomassa


lenhosa.”
Prazo: “Na formalização da Licença de Operação (LO).”
Situação: Condicionante descumprida.
Análise: Tendo em vista a formalização do referido processo administrativo em 14/03/2012, até esta
não fora apresentado o seu cumprimento.

Condicionante 03: “Protocolar, junto à Gerência de Compensação Ambiental do Instituto Estadual


de Florestas, solicitação para abertura de processo de cumprimento de Compensação Florestal, que
contemple o mínimo de 315,91ha, por intervenção em APP prevista na Resolução CONAMA n.º
369/2006.”
Prazo: “30 (trinta) dias.”
Situação: Condicionante cumprida.
Análise: Foi apresentado o Aviso de Recebimento encaminhado ao IEF, mediante ofício, solicitando
a abertura do respectivo processo para análise e deliberação da CPB, sendo aguardada a
manifestação da respectiva câmara do COPAM.

Condicionante 04: “Promover a regularização da Reserva Florestal Legal.”


Prazo: “Antes da formalização da Licença de Operação.”

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Situação: Condicionante descumprida.


Análise: Não foi formalizado o respectivo processo administrativo para fins de regularização da
respectiva RFL, anterior à formalização do processo de licença de operação.

De maneira geral, os relatórios apresentados durante a etapa de instalação e no requerimento


da LO trazem o cumprimento da maior parte das condicionantes estabelecidas na fase anterior.
Quanto às condicionantes que foram consideradas descumpridas, cabe ressaltar que a Supram-LM
adotará as devidas providências.
Alguns programas terão continuidade de suas ações/atividades durante a etapa de operação.
Assim, ficam condicionados os programas e projetos propostos no PCA, vinculados à etapa de
operação, no intuito de garantir sua execução de forma satisfatória, bem como a entrega de
relatórios anuais de acompanhamento das atividades desenvolvidas (item 39, Anexo I).

9. Conclusão

Por fim, a equipe interdisciplinar sugere pelo deferimento desta Licença Ambiental na fase de
Operação, para o empreendimento Mucuri Energética S/A (PCH Mucuri) da empresa Mucuri
Energética S/A para a atividade de barragem de geração de energia – hidrelétrica nos municípios de
Carlos Chagas e Pavão, MG.
As orientações descritas em estudos e as recomendações técnicas e jurídicas descritas neste
parecer, através das condicionantes listadas em Anexo, devem ser apreciadas pela Unidade
Regional Colegiada do COPAM Leste Mineiro.
Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental do Leste
Mineiro, não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais autorizados
nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, tanto a comprovação quanto a eficiência
destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s) responsável(is) e/ou seu(s) responsável(is)
técnico(s).
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção, pelo
requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima conste do
certificado de licenciamento a ser emitido.

10. Do pedido de Ad referendum

Segundo o art. 13 da Deliberação Normativa COPAM n.º 30/1998, que, estabelece o


Regimento Interno do Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM, a prática do ad
referendum é de competência do Secretário Executivo, mediante delegação da Presidência desse
órgão, a saber:

O Secretário Executivo, por delegação da Presidência do COPAM, poderá, em casos


de urgência ou inadiáveis, motivadamente, decidir sobre pedidos de concessão de
licenças ambientais, outorgas e similares, desde que fundamentada e instruída com
pareceres técnico e jurídico, ad referendum das respectivas Câmaras Especializadas
do COPAM.

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Nesse sentido, a Deliberação Normativa COPAM n.º 133/2003 delegou ao Secretário-Adjunto


de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Secretário Executivo do COPAM a competência
para a prática do ad referendum, vejamos:
Art. 1º - Fica delegada competência ao Secretário-Adjunto de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável e Secretário Executivo do COPAM, para a prática dos
seguintes atos, relativos ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM:
(...)
VII – decidir casos de urgência ou inadiáveis, do interesse ou salvaguarda do
Conselho, “ad referendum” do Plenário ou das respectivas Câmaras Especializadas;
(...)

Valendo-se dessa prerrogativa legal, o empreendedor solicitou a concessão ad referendum da


Licença de Operação (LO).
Dentre as justificativas apresentadas pela empresa, há que se avaliar o alcance na legislação
ambiental vigente, a necessidade de aproveitamento do ciclo hidrológico para enchimento do
reservatório, o que compete à apreciação da concessão de licença “ad referendum” pelo Secretário.

11. Parecer Conclusivo


Favorável: ( ) Não ( X ) Sim

12. Validade
Validade da Licença Ambiental: 04 (quatro) anos.

13. Anexos
Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação (LO) do empreendimento PCH Mucuri.
Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação (LO) do empreendimento PCH
Mucuri.
Anexo III. Relatório Fotográfico do empreendimento PCH Mucuri.

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ANEXOS

Empreendedor: Mucuri Energética S/A


Empreendimento: Mucuri Energética S/A (PCH Mucuri)
Atividade: Barragem de geração de energia - hidrelétrica
Código DN 74/04: E-02-01-1
CNPJ: 09.259.407/0001-02
Municípios: Carlos Chagas (margem direita) e Pavão(margem esquerda)
Responsabilidade pelos Estudos: José Paulo Davide Bregula – Engº Florestal / Leandro
Augusto de Freitas Borges – Engº Ambiental
Referência: Licença de Operação
Processo: 7299/2007/005/2012
Validade: 04 (quatro) anos

Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação (LO) do empreendimento PCH Mucuri.


Item Descrição da Condicionante Prazo*
Apresentar cópia do Termo de Ajustamento de Conduta para
10 (trinta) dias após a
fins de regularização de Reserva Florestal Legal, devidamente
01. assinatura do respectivo
assinado e registrado junto ao Cartório de Títulos e
Termo.
Documentos.
Apresentar a publicação da obtenção da Licença de
Instalação (LI) na imprensa local/regional, conforme
02. 30 (trinta) dias
determinação contida na Deliberação Normativa COPAM n.º
13/1995.
Apresentar o extrato do Termo de Compromisso de
03. 30 (trinta) dias
Compensação Ambiental publicado na IOF/MG.
Promover a formalização dos processos administrativos de
04. outorga das intervenções já realizadas em recursos hídricos 30 (trinta) dias
para fins de implantação de travessia rodoviária.
Apresentar documento comprobatório de destinação da
05. 90 (noventa) dias
biomassa lenhosa proveniente da exploração florestal.
Executar o Programa de Acompanhamento da Geração e
Disposição dos Resíduos Sólidos, conforme definido no Durante a vigência da
06.
Anexo II – Programa de Automonitoramento de Resíduos Licença de Operação (LO)
Sólidos.
Executar o Projeto de Reconstituição das Vegetações Ciliares, Durante a vigência da
07.
conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Resgate da Flora, conforme proposto Durante a vigência da
08.
no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Monitoramento da Vegetação das Áreas
Durante a vigência da
09. Degradadas e das Faixas Marginais do Reservatório,
Licença de Operação (LO)
conforme proposto no PCA.
Executar o Projeto de Criação de Viveiro Florestal, Durante a vigência da
10.
conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Recuperação, Reabilitação e
Durante a vigência da
11. Revegetação de Nascentes e Tributários do Rio Mucuri,
Licença de Operação (LO)
conforme proposto no PCA.

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Executar o Projeto de Monitoramento da Herpetofauna, Durante a vigência da


12.
conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Monitoramento da Ictiofauna, conforme Durante a vigência da
13.
proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Monitoramento da Avifauna, conforme Durante a vigência da
14.
proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Monitoramento da Mastofauna, Durante a vigência da
15.
conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Resgate da Fauna Durante o
Durante a vigência da
16. Desmatamento e Enchimento do Reservatório, conforme
Licença de Operação (LO)
proposto no PCA.
Apresentar, por meio de relatório técnico discutido, as
atividades de Transposição de Peixes, de forma manual e Durante a vigência da
17.
seletiva, para o 1º período de piracema seguinte ao Licença de Operação (LO)
enchimento do reservatório.
Executar o Projeto de Implantação de um Mecanismo de
Transposição de Peixes, conforme proposto no PCA, Durante a vigência da
18.
contemplando a sua efetiva funcionalidade a partir do 2º Licença de Operação (LO)
período de piracema seguinte ao enchimento do reservatório.
Executar o Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas, Durante a vigência da
19.
conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Monitoramento de Focos Erosivos no Durante a vigência da
20.
Entorno do Reservatório, conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Conservação dos Solos, conforme Durante a vigência da
21.
proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Programa de Qualidade das Águas, conforme Durante a vigência da
22.
proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Programa de Educação Ambiental, conforme Durante a vigência da
23.
proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Comunicação Social, conforme Durante a vigência da
24.
proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Durante a vigência da
25. Executar o Programa de Saúde, conforme proposto no PCA.
Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Negociação de Terras e Benfeitorias, Durante a vigência da
26.
conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Aproveitamento da Mão de Obra Local, Durante a vigência da
27.
conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Monitoramento dos Aspectos Durante a vigência da
28.
Socioeconômicos, conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Programa de Segurança e Alerta, conforme Durante a vigência da
29.
proposto no PCA. Licença de Operação (LO)

Rua Vinte e Oito, 100, Ilha dos Araújos, Governador Valadares, MG, CEP: 35.020-800
Telefax: (33) 3271-4988, correio eletrônico: [email protected]
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Executar o Programa de Gestão Ambiental na Obra, conforme Durante a vigência da


30.
proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Programa de Infra-estrutura de Saneamento do Durante a vigência da
31.
Canteiro de Obras, conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto Técnico de Reconstituição da Flora,
Durante a vigência da
32. conforme proposto na Autorização para Intervenção Ambiental
Licença de Operação (LO)
e no PCA.
Executar o Projeto de Acompanhamento da Produção Durante a vigência da
33.
Pesqueira, conforme proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Projeto de Enchimento do Reservatório, conforme Durante a vigência da
34.
proposto no PCA. Licença de Operação (LO)
Executar o Plano Ambiental de Conservação e Uso do
Durante a vigência da
35. Entorno de Reservatório Artificial, conforme tratativas
Licença de Operação (LO)
abordadas neste parecer.
Apresentar mapa planimétrico identificando o local definido
para a disposição dos corredores de dessedentação de
36. 30 (trinta) dias
animais para todas as propriedades delimitadas, bem como
em função das divisões de pasto.
Apresentar mapa planimétrico atualizado informando a
manutenção de alternativa de acesso existente no local ou Antes do início do
37. documento comprobatório de parceria/convênio junto à PM de enchimento do
Teófilo Otoni informando quanto à condição/manutenção do reservatório.
acesso ao Distrito de Maravilha.
Apresentar mapa planimétrico com proposta locacional, sendo
demarcadas e quantificadas todas as áreas de lazer dispostas
na futura APP do reservatório artificial, considerando a
38. 30 (trinta) dias
condição do acesso às respectivas áreas e estacionamento
dos veículos dentro das propriedades, conforme expresso na
reunião pública do PACUERA.
Apresentar relatórios anuais discutidos e conclusivos
Durante a vigência da
39. comprovando a execução dos programas/projetos listados
Licença de Operação (LO)
nesse anexo e no PCA.
* Salvo especificações, os prazos são contados a partir da publicação da Licença de Operação na Imprensa
Oficial do Estado de Minas Gerais ou, conforme o caso, após a concessão da Licença Ad Referendum da
Plenária da URC/COPAM Leste Mineiro.

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Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação (LO) do empreendimento PCH


Mucuri.

1. Resíduos Sólidos e Oleosos

Enviar anualmente à SUPRAM-LM, os relatórios de controle e disposição dos resíduos


sólidos gerados contendo, no mínimo, os dados do modelo abaixo, bem como a identificação,
registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas informações.

Resíduo Transportador Disposição final Obs.


(**)
Denominação Origem Classe Taxa de Razão Endereço Forma Empresa responsável
NBR geração social completo (*)
10.004 kg/mês Razão Endereço
(*) social completo
(*) Conforme NBR 10.004 ou a que sucedê-la.
(**) Tabela de códigos para formas de disposição final de resíduos de origem industrial
1- Reutilização 6 - Co-processamento
2 - Reciclagem 7 - Aplicação no solo
3 - Aterro sanitário 8 - Estocagem temporária (informar quantidade
4 - Aterro industrial estocada)
5 - Incineração 9 - Outras (especificar)

Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa deverá


comunicar previamente à SUPRAM-LM, para verificação da necessidade de licenciamento
específico.
As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo
empreendimento. Fica proibida a destinação dos resíduos Classe I, considerados como Resíduos
Perigosos, segundo a NBR 10.004/04, em lixões, bota-fora e/ou aterros sanitários, devendo o
empreendedor cumprir as diretrizes fixadas pela legislação vigente.
As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de
resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de fiscalização, deverão ser
mantidos disponíveis pelo empreendedor.

IMPORTANTE

• Os parâmetros e freqüências especificadas para o programa de Automonitoramento


poderão sofrer alterações a critério da área técnica da SUPRAM-LM, face ao desempenho
apresentado;
• A comprovação do atendimento aos itens deste programa deverá estar acompanhada da
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), emitida pelo(s) responsável(eis) técnico(s),
devidamente habilitado(s);
• Qualquer mudança promovida no empreendimento, que venha a alterar a condição
original do projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser previamente
informada e aprovada pelo órgão ambiental.

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Anexo III: Relatório Fotográfico do empreendimento PCH Mucuri.

Foto 01. Vista da barragem da PCH Mucuri Foto 02. Vista do trecho de jusante ao eixo do
(foto tirada da ensecadeira de jusante). barramento da PCH no rio Mucuri.

Foto 03. Etapa das obras de implantação da


casa de força da PCH Mucuri.

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