Modelo de Recurso Administrativo Concessionaria
Modelo de Recurso Administrativo Concessionaria
Modelo de Recurso Administrativo Concessionaria
EDY LIMA BARBOSA COBESA, portadora da carteira de Identidade nº 15.112.219-2, expedida pelo
SSP, inscrita no CPF nº 048.501.898/ 57, residente e domiciliada na Rua Urbano Arantes Figueiredo,
nº 4-47, CEP: 17065-206, venho respeitosamente à honrosa presença de Vossa Senhoria, interpor o
presente:
RECURSO ADMINISTRATIVO
Contra o Aviso de Débito de Irregularidade, referência: pelos motivos de fato e de direito que abaixo
expõe:
I – DOS FATOS
No dia 22/10/2018, conforme TOI sob nº 743464363, a recorrente foi informada de que havia
irregularidades no medidor no período do mês 09/2017 até o mês 10/2018, bem como, débito no
valor de R$1.216,28 (um mil duzentos e dezeseis reais e vinte e oito centavos).
A recorrente, sempre cumpriu com suas obrigações com regularidade, respeitando sempre a lei, e
sempre adimpliu com os pagamentos das tarifas cobradas pela concessionária dos serviços de energia,
assim sendo, jamais tocou ou permitiu que estranhos tocassem no medidor, e que somente tiveram
acesso ao medidor, agentes da concessionária, devidamente identificados, portanto todo e qualquer
defeito existente no medidor é decorrente do desgaste natural e/ ou responsabilidade daqueles que
sempre tiveram acesso, quais sejam os agentes da concessionária.
A Recorrente afirma que “NINGUÉM MEXE NO MEDIDOR, COM EXCEÇÃO DOS AGENTES DA
CONCESSIONÁRIA QUE TEM CONTATO COM OS MEDIDORES – QUE POR DIVERSAS VEZES
FORAM FEITAS AS DEVIDAS MANUTENÇÕES -.”
A Recorrente ainda afirma que POR INCONTÁVEIS VEZES PRECISOU AUXILIAR DE ALGUMA
FORMA, NA VERIFICAÇÃO DOS NÚMEROS DISPOSTOS NO DISPLAY DO MEDIDOR, UMA VEZ QUE
OS MEDIDORES SÃO MUITO ANTIGOS.
E mais diante da troca, realizada, que seu medidor antigo já contava com anos de uso, pois esta foi a
primeira troca, dentro de um longo período de utilização, o mesmo era um medidor deveras antigo,
que poderia sim estar com avarias, mas que tais avarias podem ser em decorrência do longo período
de utilização, pois são muitos anos de uso, jamais por adulteração ilegal, E REPUDIA
TERMINANTEMENTE QUALQUER TIPO DE INSINUAÇÃO (OU FALSA IMPUTAÇÃO POR ATO SEU OU
DE QUALQUER FAMILIAR PARA ADULTERAÇÃO ILEGAL DO MEDIDOR INSTALADO EM SUA
RESIDÊNCIA.
A recorrente, ainda, levanta o seguinte questionamento: “COMO PODE HAVER ALGO TÃO
DESPROPORCIONAL E ABUSIVO EM MEU CONSUMO MÉDIO, SENDO QUE MESMO APÓS A TROCA
– do medidor - POR UM APARELHO MAIS NOVO E DIGITAL, A MEDIÇÃO ESTÁ SENDO INFERIOR
AO MEU CONSUMO “NORMAL?” Conforme anexo I.
A recorrente ainda afirma que: “É NORMAL A DIMINUIÇÃO NO CONSUMO, UMA VEZ QUE MINHA
FILHA - Ana Paula Pascual Cobesa - SAIU DE CASA E AGORA MEU NETO – Gabriel Felipe Cobesa
Busch – TAMBÉM. UMA CASA QUE ANTES MORAVAM 5 (cinco) PESSOAS, HOJE MORAM APENAS
3 (três).” Anexo II
II – DO DIREITO
O Código de Defesa do Consumidor dispõe em seu art. 42, que o Consumidor na cobrança de débitos
não pode ser submetido a constrangimentos, sendo que a cobrança no valor de R$1.216,28 (um mil
duzentos e dezeseis reais e vinte e oito centavos) motivo do presente Recurso, causou todo tipo de
inconveniência e constrangimentos à consumidora e seu esposo.
O Código de Defesa do Consumidor no seu artigo 39 V, define, entre outras atividades, como prática
abusiva “exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva”.
E para imputar ao consumidor ato manifestamente ilegal, deve o fornecedor provar suas alegações,
demonstrando, que foi efetivamente o consumidor o responsável pelo ato a ele imputado, em
conformidade com o art. 5º da Constituição Federal que dispõe o que segue:
“ART. 5º TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, SEM DISTINÇÃO DE QUALQUER NATUREZA,
GARANTINDO-SE AOS BRASILEIROS E AOS ESTRANGEIROS RESIDENTES NO PAÍS A
INVIOLABILIDADE DO DIREITO À VIDA, À LIBERDADE, À IGUALDADE, À SEGURANÇA E À
PROPRIEDADE, NOS TERMOS SEGUINTES:
(...)
LIII - NINGUÉM SERÁ PROCESSADO NEM SENTENCIADO SENÃO PELA AUTORIDADE COMPETENTE;
LIV - NINGUÉM SERÁ PRIVADO DA LIBERDADE OU DE SEUS BENS SEM O DEVIDO PROCESSO LEGAL;
LV - AOS LITIGANTES, EM PROCESSO JUDICIAL OU ADMINISTRATIVO, E AOS ACUSADOS EM GERAL
SÃO ASSEGURADOS O CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA, COM OS MEIOS E RECURSOS A ELA
INERENTES;
(…)
LVII - NINGUÉM SERÁ CONSIDERADO CULPADO ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DE SENTENÇA
PENAL CONDENATÓRIA; (...) ”.
Segundo a Carta Magna, ninguém pode ser considerado culpado de um ato ilícito, grave como este de
adulteração de equipamento de propriedade da concessionária, sem o devido processo legal, e direito
à ampla defesa, portanto é descabida a presente cobrança, sob a alegação de que a Recorrente, foi
única responsável pelo “DEFEITO DO MEDIDOR”, diante de tão irresponsável acusação, declara seu
repudio, e restará provado se tratar de uma falsa acusação, imputada à consumidora com adrede
malícia e cínica má-fé, por se tratar de uma inverdade.
Cristalina a necessidade de uma nova avaliação do processo, no intuito de garantia do objeto do
contrato ou mesmo do equilíbrio das partes contratantes, pois a concessionária ao exigir pagamento
de valores arbitrados em R$1.216,28 (um mil duzentos e dezeseis reais e vinte e oito centavos), sob
pena de corte no fornecimento de energia, acabará por privar a consumidora parte hipossuficiente no
contrato existente para a prestação deste serviço essencial ou exigir pagamento que muitas vezes
supera, e em muito aquele valor a que está a consumidora acostumada a adimplir regularmente.
III – DO PEDIDO
Diante dessa justificativa e com base nas informações prestadas pela Recorrente, caso seja julgado
procedente o presente Recurso, venho à presença de Vossa Senhoria, solicitar que seja imediatamente
suspensão da cobrança em questão.
Nestes termos,
P. Deferimento.
Bauru, 08 de Abril de 2019
Edy Lima Barbosa Cobesa.
ANEXO I – Média de consumo