CCO - portuguêsPT - Versão Unificada PDF
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and Their Images is now available online. Translation was sponsored by APBAD - the
Portuguese Association of Librarians, Archivists and Documentalists Museum Information
Systems Working Group; Translators: Cristina Cortês, Leonor Calvão Borges, Olga Silva,
Rafael António, Paula Moura; Reviewers: Cristina Cortês, Fernanda Ferreira and João Pinto.
The purpose of the translation is educational and intended to encourage use of CCO for cultural
heritage programs in the Portuguese language.
Introdução
OBJETIVO
Normas que determinem a estrutura, terminologia, regras e conteúdos dos dados, formam a
base para um conjunto de ferramentas que podem levar a uma boa catalogação descritiva,
documentação consistente, registos partilhados, e o aumento de acessos por parte do
utilizador final.
O Categories for the Description of Works of Art (CDWA) é um exemplo de um conjunto
definido de elementos de metadados. Os esquemas CDWA Lite XML e os VRA Core Categories,
Versão 4.0 são exemplos de conjuntos de elementos de metadados expressos dentro de uma
estrutura XML.
Embora uma estrutura de dados seja o primeiro passo lógico para o desenvolvimento de
normas, uma única estrutura não atingirá nem uma alta taxa de descrições consistentes por
parte dos catalogadores, nem uma elevada taxa de recuperação por parte dos utilizadores
finais.
A comunidade do património cultural nos Estados Unidos, por outro lado, nunca teve quaisquer
orientações semelhantes publicadas, que atendessem aos requisitos descritivos únicos e muitas
vezes idiossincráticos de objetos culturais únicos. O Cataloging Cultural Objects foi
desenvolvido para preencher essa lacuna.
Introdução 1
seleção, ordenação e formatação de dados usados para preencher elementos de metadados
numa entrada de catálogo; este manual foi concebido para promover uma boa catalogação
descritiva, documentação compartilhada e como forma de facilitar o acesso do utilizador final.
Também se pretende informar os processos de tomada de decisão de catalogadores e
construtores de sistemas de património cultural.
DESTINATÁRIOS
O guia tenta equilibrar as necessidades dos diversos públicos, mas reconhece que cada
instituição terá as suas próprias exigências locais. Além disso, entende-se que aqueles que
descrevem objetos originais, em vez de imagens analógicas ou digitais dos mesmos, podem
necessitar de algumas orientações adicionais, especializadas.
Profissionais responsáveis pelo registo de objetos museológicos, por exemplo, podem exigir
procedimentos mais detalhados para medir um objeto ou descrever a sua condição ou
conservação. Além da bibliografia que acompanha este manual, as recomendações dentro dos
capítulos incluem fontes especializadas adicionais para catalogação de acervos museológicos.
Introdução 2
ÂMBITO E METODOLOGIA
O CCO abrange diversos tipos de obras culturais, incluindo arquitetura, pintura, escultura,
gravura, manuscritos, fotografias e outros meios de comunicação visual, arte da performance,
sítios e artefactos arqueológicos, e vários objetos funcionais do universo da cultura material. O
CCO é feito para coleções de museus, coleções de recursos visuais, arquivos e bibliotecas, com
ênfase especial na arte e arquitetura. O CCO não se destina a coleções de história natural ou
científicas.
A pesquisa para os CCO começou com uma revisão da literatura, especialmente aplicações de
Introdução 3
catalogação e boas práticas. Elementos críticos do VRA Core 3.0 e das Categories for the
Description of Works of Art (CDWA) foram incluídos. Um resumo das práticas relativas a cada
elemento foi compilado a partir das fontes analisadas. Sempre que possível, as recomendações
foram baseadas em práticas comuns. A pesquisa bibliográfica produziu uma pequena lista de
fontes publicadas, entre elas dicionários de dados, manuais de documentação museológica e
fontes biblioteconómicas e arquivísticas normalizadas. Para obter manuais inéditos não
publicados, foi enviado um pedido de informação para várias listas de discussão eletrónica
solicitando manuais e guias locais, os quais também foram utilizados na avaliação inicial dos
materiais.
Alguns elementos acabaram por ser rejeitados com o fundamento de que tratavam mais
metadados administrativos, técnicos ou estruturais relativos a ativos, do que com metadados
descritivos relativos a obras e suas imagens. Os elementos que foram retidos foram agrupados
de acordo com os objetivos e serviram de base para os nove capítulos que compõem a Parte 2
deste manual.
Tanto a forma como o conteúdo para o guia passaram por uma rigorosa revisão editorial, bem
como pela crítica de um comité consultivo que representa todas as comunidades-alvo,
incluindo bibliotecas, arquivos, museus, e profissionais de recursos visuais.
Introdução 4
Parte 1 - Linhas Orientadoras
O guia Cataloging Cultural Objects (CCO) não é um conjunto de elementos de metadados definido per
si. Os elementos que abarca referem-se a áreas de informação num registo de catalogação que pode
ser mapeado em vários conjuntos de elementos de metadados tais como os VRA Core, CDWA, e
CDWA Lite (e, por extensão, ao MARC e Dublin Core, e similares, porque esses conjuntos de
elementos podem ser mapeados para os VRA e CDWA) 1. O CCO é um documento abrangente que
inclui regras para formatação de dados, sugestões para as informações necessárias, requisitos de
vocabulários controlados e problemas de visualizações.
O CCO está organizado em três partes. A primeira parte contém princípios orientadores para questões
básicas de catalogação, tais como descrições mínimas, registos de obras e imagens, obras complexas,
catalogação ao nível do item e de coleções, vocabulários controlados e controlo de autoridades. A
segunda parte está dividida em nove capítulos. Cada capítulo aborda um ou mais elementos de
metadados e começa por descrever as relações entre os elementos analisados no capítulo. Os
capítulos estão subdivididos em seções que representam os vários elementos. Cada elemento é
definido e inclui informação sobre se é controlado, repetível ou obrigatório, a sua utilização e
exemplos. A terceira parte analisa as autoridades, incluindo os elementos recomendados e regras
para a sua construção. Os apêndices incluem um glossário, bibliografia e um índice. Para além disso, o
1
sítio web do CCO fornece exemplos adicionais e materiais auxiliares.
Na secção sobre regras de catalogação, o texto é prescritivo. No entanto, muitas questões são
complexas e a variação de exigências e capacidades de diferentes instituições é inevitável. Assim, na
discussão e apresentação de secções de dados, o guia é menos prescritivo, fazendo mais
recomendações e explicando as ramificações de usar uma abordagem em detrimento de outra. Em
todos os casos, o CCO recomenda que cada instituição analise, produza e faça cumprir regras locais
por forma a permitir que a informação seja recuperada, reaproveitada e trocada com eficácia e
eficiência.
CCO e as AACR
Ocasionalmente, as AACR foram aplicadas a obras de arte, mas as regras ficam aquém das
necessidades específicas e idiossincráticas para a descrição de obras de arte, arquitetura, objetos
culturais e as suas imagens. Embora o CCO reconheça as regras AACR, não procura estar de acordo
com elas, já que se tratam de normas diferentes para uma audiência e tipo de materiais diferentes.
Para quem usa as AACR, o CCO pode ser considerado um seu complemento ou parceiro,
complementando as regras AACR.
1. Estabelecer um foco lógico de cada registo de uma obra, quer se trate de um único item, uma
obra feita de um conjunto de partes ou um grupo físico ou uma coleção de obras. Distinguir,
Catalogar uma obra é descrever em que consiste, quem a fez, onde, como e de que materiais é feita,
e sobre que é. Uma tarefa relacionada é a classificação da obra; Capítulo 7: Classe discute a
classificação. A visualização e a indexação estão relacionadas com a catalogação; estas questões são
discutidas no fim de cada capítulo e, em termos gerais, na Parte 1, sob a epígrafe Design de Bases de
Dados e Relações: Visualização e Indexação.
Antes de começar a tarefa da catalogação descritiva, o catalogador tem de se colocar uma questão
básica mas potencialmente complexa: O que é que eu estou a catalogar? Esta questão está
relacionada com a ligação entre a obra e as suas partes e entre a obra e as imagens que a
representam.
As obras podem ser complexas, consistindo em múltiplas partes, ou podem ser criadas em série. Está
a catalogar uma parte de uma obra que pertence a um conjunto maior? Por exemplo um museu pode
possuir apenas um painel de um determinado tríptico ou uma página de um manuscrito. Uma
instituição pode deter apenas uma gravura que pertence a uma série publicada de gravuras. O
catalogador vai criar um registo para a série ou a totalidade da obra quando o museu apenas possui
uma parte?
Quando cataloga várias obras de uma coleção ou uma série de objetos de arquivo pertencentes a um
fundo, pode fazê-lo num único registo, ou alguns objetos da coleção devem ser catalogados
individualmente? Ver Obras Relacionadas para mais informação.
Talvez esteja a catalogar imagens e as peças nelas representadas. No caso mais simples, a peça já não
está presente mas a sua imagem foi capturada numa fotografia. Imaginemos, por exemplo, uma
fotografia feita com o objetivo de documentar uma pintura original bidimensional (isto é, uma
fotografia que contém essa pintura na totalidade, mas apenas essa pintura). Tais imagens podem
tomar a forma de qualquer tipo de documento, seja um diapositivo, uma imagem digital ou, neste
caso, uma fotografia. Agora imagine que o fotógrafo recuou alguns metros, expandido a perspetiva e,
em vez da fotografia de uma pintura, se torna numa fotografia de uma pintura numa parede de um
edifício, com uma escultura em primeiro plano. Tal fotografia deixa de ser uma simples imagem de
uma única obra; a fotografia passou a representar uma camada complexa de informações sujeitas a
interpretações subjetivas.
Uma imagem fotográfica, em particular de obras tridimensionais, pode alterar ou obscurecer o foco
em determinada obra na medida em que acrescenta outras obras na mesma imagem ou muda a
perspectiva capturada. A iluminação da obra na imagem pode alterar a sua aparência. Um exemplo
difícil mas não incomum pode ser encontrado nos arquivos do Institute of Fine Arts da Universidade
de Nova Iorque. O instituto possui um diapositivo de 35 mm copiado de um diapositivo de lanterna
Neste exemplo, um catalogador pode ser tentado a considerar Panofsky como o criador, porque a
fotografia original foi feita por um indivíduo identificado e bem conhecido, ainda que não como
fotógrafo. Mas a questão da autoria depende de outra mais ampla, com a qual o catalogador deve
começar: O que estou eu a catalogar? A fotografia tem o duplo potencial de ser ela própria uma obra
de arte, digna de catalogação, e uma imagem documental que retrata uma obra de arte separada. Se
o catalogador escolhe catalogar a fotografia tirada por Panofsky, a obra é a fotografia, o seu criador é
Panofsky e o assunto é o manuscrito. Se o catalogador escolher catalogar o manuscrito, a obra é o
manuscrito, o criador desconhecido e o assunto é um sarcófago romano. Panofsky é o criador da
imagem e deve ser registado como tal no campo criador no Registo de Imagem. A resposta à questão
“O que estou a catalogar?” despoleta o resto das escolhas feitas no processo de catalogação e ajuda a
distinguir informação sobre a obra e informação sobre a imagem.
O CCO recomenda fazer uma clara distinção entre a obra e a imagem. É importante fazer uma
distinção no início da catalogação, porque muitos dos mesmos tipos de elementos de informação
utilizados para documentar uma obra podem também ser utilizados para documentar a imagem. Se a
distinção não for clara, os resultados de uma pesquisa podem produzir erros e confusão ao utilizador
final. Pode também causar dificuldade em processos de migração ou exportação de registos para
outro sistema.
No CCO, uma obra é uma criação intelectual ou artística distinta, limitada principalmente a objetos e
estruturas feitas pelo homem, incluindo obras construídas, obras de arte visuais e artefactos culturais.
As obras construídas consistem em arquitetura, outras estruturas ou ambientes artificiais, em geral
suficientemente grandes para que qualquer pessoa possa entrar, que têm um objetivo prático, sendo
relativamente permanentes e estáveis e geralmente consideradas como tendo valor estético. As artes
visuais são objetos físicos concebidos para serem percetíveis sobretudo através do sentido da visão,
criados através do uso da habilidade e imaginação e que exibem uma qualidade estética e tipo que os
habilitam a ser colecionados por museus de arte ou colecionadores particulares.
As obras podem ser monumentais, ligadas a outras obras, colecionadas por museus de arte,
pertencer a museus etnográficos, antropológicos ou quaisquer outros museus ou estar na posse de
colecionadores particulares. As obras incluem arquitetura, arquitetura paisagística, outras obras
construídas, objetos tais como pinturas, esculturas, murais, desenhos, gravuras, fotografias,
mobiliário, cerâmica, ferramentas, vestuário, têxteis, outros objetos decorativos ou utilitários, ou
qualquer outra das centenas de tipos de criações artísticas e outros vestígios culturais. A arte
performativa, instalações e trabalhos site-specific são incluídos. Excluem-se obras literárias, música,
artes do espetáculo, artes da linguagem, artes culinárias, ciência, religião, filosofia e outros tipos de
cultura intangível.
Uma obra pode ser um único objeto ou ser constituído por várias partes físicas. Note-se também que
um Registo de Obra pode ser feito para uma coleção física ou virtual de itens individuais.
Uma imagem é uma representação visual de uma obra. Existe normalmente em formatos
fotomecânicos, fotográficos ou digitais. Numa coleção de recursos visuais típica, uma imagem é um
diapositivo, uma fotografia ou um ficheiro digital. Uma coleção de recursos visuais pode deter várias
imagens da mesma obra. As imagens não incluem modelos tridimensionais físicos, desenhos, pinturas
ou esculturas, os quais constituem obras por direito próprio.
Se uma obra é representada noutra obra (por exemplo se uma catedral é representada numa
pintura), a catedral é o assunto da pintura (a pintura não é uma imagem da catedral); se é feito um
Registo de Obra separado para a catedral, esse registo pode ser ligado ao registo da pintura como
Obra Relacionada (e não como uma Obra-Imagem). Da mesma forma, se uma obra é objeto de
estudo de outra obra, os registos das duas obras podem ser ligados como Obras Relacionadas, não
como Obra-Imagem.
A fotografia de uma obra pode também ser tratada tanto como uma obra de arte ou uma imagem,
Por exemplo, a fotografia do conhecido fotógrafo francês Brassai La Tour Eiffel, representa a Torre
Eiffel à noite. Esta fotografia seria normalmente tratada como obra de arte, e não apenas como uma
imagem que documenta a Torre Eiffel.
Em contraste, outra fotografia, comprada num ponto comercial representando a mesma estrutura
seria provavelmente tratada como documentação fotográfica da Torre Eiffel, registada como uma
imagem e ligada ao registo da obra Torre Eiffel como uma obra de arquitetura.
Outras considerações sobre a distinção entre obra e imagem podem envolver o elemento temporal.
Note-se que a designação de um item como uma imagem (isto é, um substituto da obra) versus uma
obra pode variar ao longo dos tempos. Considere-se um exemplo no Victoria and Albert Museum. O
museu pode ter uma imagem digital de uma fotografia do século XIX; nessa fotografia está
representado um modelo de gesso da antiga obra romana a Coluna de Trajano. Tais modelos foram
originalmente feitos para servir de substitutos das obras originais para fins de ensino, embora sejam
agora considerados pelo museu como obras de direito próprio. A fotografia do século XIX, por sua
vez, foi originalmente feita para substituir o modelo de gesso (e, por extensão, da Coluna de Trajano),
mas também essa fotografia é agora considerada uma obra por direito próprio. Quais são as relações
entre as imagens e as obras neste exemplo? Na solução mais simples, a imagem digital é uma imagem
(substituta) da fotografia, que é uma obra; o tema da fotografia é o modelo de gesso, que é uma obra
e, finalmente, o tema do modelo de gesso é a Coluna de Trajano, também ela uma obra.
Numa estrutura de base de dados relacional, o registo de uma imagem deveria estar ligado ao registo
da obra, ficando assim ligada à informação sobre essa obra. A obra pode ser ligada a múltiplas
imagens (quando há, por exemplo, mais do que uma imagem da obra) e a imagem pode ser ligada a
múltiplas obras (quando, por exemplo, aparece mais do que uma obra na mesma imagem). O modelo
de base de dados relacional permite ao catalogador registar informação de uma obra e imagem nos
campos apropriados, fazendo claramente a distinção entre a obra e a imagem. Embora o exemplo
Panofsky seja complicado pelo facto da fotografia poder ser considerada quer uma obra quer uma
imagem de uma obra, uma vez tomada a decisão inicial sobre o assunto, a catalogação segue de
forma simples. Hoje em dia, a maior parte das instituições que catalogam utilizam uma base de dados
relacional para catalogar obras culturais e as suas imagens; existem muitos programas de software
Catalogar imagens de obras complexas apresenta certos desafios. Considere-se, por exemplo, a
catalogação de uma dúzia de imagens da obra Gates of Paradise de Ghiberti. Este conjunto de portas
encontra-se na entrada leste do Batistério de São João em Florença, Itália. Tomada como um todo, a
obra compreende dez grandes painéis que retratam várias cenas do Antigo Testamento e numerosas
pequenas figuras e painéis. A primeira decisão consiste em criar um Registo de Obra para as portas
separado do registo do Batistério. Neste caso, o catalogador criaria provavelmente um registo
diferente para as portas, uma vez que estas têm um criador diferente e possuem características
físicas, datas e estilo diferentes do Batistério.
O registo das portas deve estar subordinado ao registo do Batistério. O catalogador deve depois
decidir como catalogar as imagens das doze portas, incluindo perspetivas da porta como um todo e
detalhes dos diferentes painéis das portas. Os painéis não se encontram separados fisicamente da
porta, mas cada um representa uma cena diferente do Antigo Testamento. Cada painel pode ser
tratado como um trabalho separado; no entanto, isso pode não ser necessário, uma vez que os
painéis não foram separados fisicamente, são do mesmo artista e foram feitos com os mesmos
materiais. Neste caso, os Registos de Imagem de cada painel podem ser ligados ao Registo de Obra
das portas, e cada Registo de Imagem pode incluir um assunto (ver Capítulo 9) que indica qual a cena
particular descrita em determinada imagem.
A prática atual em coleções de recursos visuais admite diversas formas de catalogar imagens de
material construído. As três abordagens que se apresentam em seguida podem ser combinadas como
solicitado numa única base de dados, escolhendo uma ou outra de acordo com a situação que se
apresenta.
Uma abordagem consiste na criação de um Registo de Obra para o edifício, ao qual estão ligados
Registos de Imagem das imagens exteriores, imagens interiores, detalhes, etc. Este método de
trabalho funciona bem para edifícios ou estruturas simples.
Outra abordagem propõe a criação de um Registo de Obra para o edifício ao qual estão ligados
Registos de Imagem de várias imagens e detalhes da obra construída. Criam-se também Registos de
Obra separados para cada plano, modelo ou outros documentos analíticos ou interpretativos, e os
Uma terceira abordagem divide-se virtualmente o edifício em peças. Fazem-se diversos Registos de
Obra para um edifício, incluindo, por exemplo, um Registo de Obra para o edifício como um todo, e
vários Registos de Obra para cada elemento significativo, como uma capela, um portal, a cúpula, etc.
Esta abordagem pode ser útil quando se cataloga um número elevado de imagens de um trabalho de
construção complexo.
A opção pela abordagem a seguir numa determinada situação depende, por um lado, da dimensão do
edifício, da complexidade da sua estrutura e da quantidade de componentes que contém e, por outro
lado, do número de imagens que o catalogador tem de descrever. O objetivo consiste em determinar
a forma como o utilizador consegue “ver” melhor o edifício virtualmente, usando as várias imagens
de que dispõe na coleção. Por exemplo, na catalogação de 200 imagens de uma grande catedral com
muitas componentes, o catalogador pode fazer Registos de Obra separados para o exterior, o interior,
as janelas, os frescos, todos ligados enquanto partes da catedral. Se uma determinada capela ou
outro espaço é importante do ponto de vista arquitetónico, desenhado por outro arquiteto ou
construído numa época diferente do resto da construção, deve ser feito um Registo de Obra separado
para esse espaço. Noutro exemplo, se o catalogador tem apenas um número reduzido de imagens de
um edifício – por exemplo, da Rotunda da Universidade de Virgínia – pode ser suficiente um Registo
de Obra, ao qual se ligam os Registos de Imagem para imagens do exterior, interiores e detalhes.
Saliente-se que esta abordagem perde eficácia se a coleção adquirir mais imagens da Rotunda. Ver
também Trabalhos Relacionados em baixo.
O catalogador confronta-se com outra pergunta básica: “Que quantidade de informação deve conter
um registo de catalogação?” O objetivo da catalogação deve ser duplo: promover um bom acesso aos
trabalhos e imagens, associado a descrições claras e precisas que os utilizadores entendam. Este
objetivo pode ser alcançado quer com um registo de catalogação exaustivo, quer com um registo de
catalogação mínimo, desde que o catalogador siga normas e que a catalogação descritiva seja
consistente entre registos.
A quantidade de informação incluída depende de diversos fatores, tais como o tipo de materiais
documentados, a função, o papel e o objetivo da documentação. Mesmo entre instituições com
Foco da Coleção
Potencialidades Técnicas
Lembre-se sempre que uma boa estrutura de dados e que os dados que vão alimentar a base de
dados são investimentos críticos; os seus dados precisam de sobreviver aos diversos sistemas
informáticos que vão surgir ao longo do tempo. Do ponto de vista ideal, as questões técnicas não
devem influenciar a prática de catalogação. No entanto, no mundo real, estas questões podem limitar
ou otimizar a catalogação através de diferentes formas. Por exemplo, se o registo não permitir fazer a
ligação a autoridades hierárquicas, os catalogadores podem ter de introduzir em cada registo os
termos específicos e os gerais de forma a permitir esse acesso, embora a tradição bibliográfica seja
diferente. (No contexto do CCO, fazer uma ligação consiste em estabelecer uma relação entre dois
objetos de informação, normalmente entre dois registos ou entre valores num ficheiro autoridade e
um campo num registo). Ou seja, se o processo de um trabalho é gravação e o termo gravação não
se encontra ligado ao termo mais genérico impressão numa autoridade, no Registo de Obra pode ser
necessário introduzir gravação e impressão.
No CCO analisa-se um subconjunto de elementos das VRA Core Categories, que constituem um
subconjunto dos metadados CDWA. Os elementos essenciais do CCO englobam a informação
descritiva mais importante para produzir um registo de uma obra e de uma imagem. Os capítulos da
Parte 2 abordam as questões de catalogação de todos os elementos essenciais para metadados
descritivos (os metadados administrativos não estão incluídos). Cada capítulo indica quais os
elementos essenciais exigidos e aqueles que são recomendados (mas não exigidos). Tal como definido
pela instituição catalogadora, os registos mínimos contêm a quantidade mínima de informação
dentro do conjunto mínimo de elementos. O CCO recomenda que um registo mínimo deve incluir a
maioria, se não todos, os elementos de metadados essenciais; sempre que possível, no registo
mínimo devem constar os dados de todos os elementos essenciais exigidos. O CCO não define a
extensão da catalogação e reconhece que nem todas as instituições precisam ou têm acesso a todos
os dados necessários para completar um registo mínimo.
Quais os passos a dar pelo catalogador quando a informação essencial é limitada ou não se encontra
disponível? Quando um elemento está identificado como necessário, isto significa que é fortemente
recomendado. Contudo, durante o processo de catalogação, os dados nem sempre se encontram
disponíveis. Compete então à instituição catalogadora definir como vai lidar com os dados em falta.
As hipóteses possíveis são utilizar os termos não disponível, desconhecido, ou não aplicável; criar o
valor NULO na base de dados; ou deixar o campo em branco com possibilidade de preenchimento
pelo utilizador final. A forma como se lida com estas situações depende dos responsáveis locais e
pode variar de uma instituição para outra.
Os capítulos na Parte 2 debruçam-se sobre o que fazer quando a informação essencial de vários
elementos não está disponível. Em certos casos, a informação pode ser fornecida pelo catalogador;
por exemplo, um catalogador pode criar um título descritivo quando este é desconhecido. Noutros
casos, o catalogador pode usar um termo genérico quando a informação mais específica é
desconhecida (por exemplo, inscrever metal em vez de bronze para designar o material). Noutros
casos ainda, desconhece-se qualquer tipo de dados, como descrito no parágrafo anterior.
Para uma lista dos elementos CCO, ver o início da Parte 2. Dada a diversidade de obras culturais
descritas pelos catalogadores, não é possível identificar um conjunto de elementos mínimos que seja
suficiente em todas as situações. Por exemplo, para identificar e descrever obras de culturas e
períodos diferentes é necessária informação diferenciada. A arte africana tribal requere elementos
diferentes daqueles necessários para descrever manuscritos islâmicos; a arte antiga ou a arte de
performance exigem elementos diferentes. O CCO recomenda os seguintes tipos de informação como
essenciais para os registos mínimos de todas as obras culturais.
É necessária informação sobre a criação da obra. Quem criou a obra? Se não se identifica o criador,
qual é a cultura de origem da obra? Onde é que a obra foi criada? Quando é que foi criada?
Os catalogadores devem fornecer informação suficiente para definir em que é que consiste a obra e
para a distinguir de outras. O que é a obra e qual o seu nome? Qual é o tipo de obra e o título? Onde
se localiza? Qual é o seu assunto? De que materiais é feita?
◻◻◻
Capítulo 6: Assunto
Assunto
Capítulo 7: Classe
Classe
Capítulo 8: Descrição
Descrição
Data
Capítulo 6: Assunto
Assunto
Capítulo 7: Classe
Classe
Capítulo 8: Descrição
Descrição
A informação essencial acerca de uma imagem de uma obra deve ser documentada nos metadados
administrativos (por exemplo, a informação de depósito ou números de identificação para recursos
analógicos ou digitais) e nos metadados técnicos (por exemplo, dimensão da imagem, formato da
imagem), os quais estão fora do âmbito deste guia. O CCO aborda os metadados descritivos, nos
quais se inclui a seguinte informação mínima essencial para o utilizador final:
Visualizar as informações
A visualização das informações é obrigatória nas imagens. Que descrição podemos fazer a partir de
um ponto específico da obra? Um trabalho tridimensional, por exemplo, pode ter várias imagens,
representando múltiplos ângulos.
◻◻◻◻
O registo para um grupo, uma coleção ou uma série pode ter os mesmos campos que um Registo de
Obra ou de Imagem. No entanto, estes registos devem estar marcados (como os Registos de Obra e
de Imagem) com o Tipo de Registo, de forma a que seja claro para o utilizador que se trata de um
registo agregado e não de um registo de um trabalho individual. Os registos de trabalhos ou de
imagens individuais podem estar ligados hierarquicamente como parte de um registo de grupo,
coleção ou de série.
V. TIPO DE REGISTO
O CCO aconselha a utilização de um elemento Tipo de Registo apesar de este ser um metadado
administrativo e, por isso, se encontrar fora do âmbito deste manual.
O Tipo de Registo indica o nível de catalogação com base na forma física ou no conteúdo intelectual
do material. O primeiro passo no trabalho de catalogação consiste em definir o nível de catalogação
adequado à obra e aos objetivos da instituição catalogadora. Para os catalogadores de recursos
No contexto do CCO, Obras Relacionadas são aquelas que têm uma relação conceptual importante
entre si; os registos destas obras encontram-se ligados na base de dados. As Obras Relacionadas
podem ser relevantes para obras constituídas por partes (por exemplo, um tríptico), obras de
arquitetura, coleções de obras e obras de uma série.
Quando se está a catalogar uma peça de arte ou de arquitetura, é importante fazer o registo das
obras que têm uma relação direta com essa peça, em especial quando essa relação não é evidente à
primeira vista. Por exemplo, as obras do mesmo artista ou que tenham o mesmo assunto não
precisam de estar ligadas como Obras Relacionadas, apenas por esse motivo; mas, se uma dessas
obras for um estudo preparatório para outra, se possível, essa relação especial deve ser registada. As
relações todo-parte devem ser sempre registadas.
A discussão que se segue aborda as relações intrínsecas e extrínsecas entre Registos de Obra. Uma
base de dados pode conter outros registos extrínsecos a um Registo de Obra, tais como registos de
imagens, fontes bibliográficas e autoridades. Note-se que, apesar dos ficheiros autoridade conterem
informação que é extrínseca à obra que está a ser analisada, a informação dos ficheiros autoridade é
considerada essencial para compreender a obra que está a ser catalogada. Ver a secção anterior
Obras e Imagens e mais à frente a secção Ficheiros Autoridade e Vocabulários Controlados.
Relações Intrínsecas
Para o CCO, uma relação intrínseca consiste numa relação direta entre duas obras. O CCO sugere que
os catalogadores distingam entre relações intrínsecas e relações extrínsecas. Uma relação intrínseca
é essencial e deve ser registada de forma a permitir uma pesquisa eficaz. Em contrapartida, uma
relação extrínseca não é essencial; apesar do seu caráter informativo, o catalogador não precisa de
identificar a relação extrínseca no processo de catalogação.
A catalogação de obras complexas, como por exemplo obras que se dividem em diferentes partes ou
que têm relações físicas ou conceptuais complexas com outras obras, pode exigir a criação de
O CCO sugere a criação de Registos de Obra separados para cada parte e para o todo quando a
informação relativa ao todo difere de forma significativa da informação relativa às partes. O
objetivo consiste em colocar a informação de forma clara e distinta e fornecer um acesso eficaz tanto
às partes como ao todo.
Como é que um catalogador sabe quando deve criar registos separados para as partes de uma obra?
Em certa medida, isto depende do tipo de obra que está a ser catalogada e das políticas da instituição
catalogadora, mas o CCO recomenda a criação de registos separados quando cada parte de uma
obra contém informação exclusiva suficiente que tornaria difícil a sua colocação num único registo.
Os repositórios devem equacionar em que situações os registos separados podem ser necessários
para gerir as obras. Os museus e as coleções de imagens devem ter em consideração de que forma os
registos separados podem ajudar na recuperação de informação e na sua apresentação ao utilizador
final. Para se tomar uma opção ou outra, deve ter-se em conta se o artista, as datas, o estilo, os meios
ou a localização das partes e todo são diferentes. Por exemplo, um Registo de Obra pode ser
suficiente para descrever os dois componentes de uma ânfora grega antiga, uma vez que o artista, o
material, as datas e a localização são os mesmos para as duas partes, apesar do vaso e da tampa
terem dimensões diferentes. Noutro exemplo, um conjunto de mobília desenhado por Frank Lloyd
Wright pode ser descrito como uma unidade num Registo de Obra elaborado para o conjunto; no
entanto, se precisarmos de recuperar informação sobre cada item, pode tornar-se necessário fazer
Registos de Obra individuais para cada cadeira e mesa - cabe ao catalogador a decisão. Para um
díptico de uma paisagem coreana do séc. XV, em que os painéis têm tamanhos e temas diferentes,
que foi pintado por artistas distintos em épocas diferentes e segundo técnicas diferentes e que mais
As decisões nem sempre são fáceis. Por exemplo, em obras em que o criador é desconhecido, como
acontece muitas vezes na decoração arquitetónica, definir se a relação entre a decoração e o edifício
é intrínseca ou extrínseca pode depender do ponto de vista de cada indivíduo; mas o acesso deve ser
a questão principal a ter em consideração. A decoração pode exigir um registo separado quando os
elementos essenciais da descrição como o criador, o título, os materiais e técnicas de decoração
diferem de forma significativa da estrutura no seu todo.
Quando a instituição catalogadora tem na sua posse apenas uma parte de uma obra, ou uma imagem
de uma parte de uma obra, pode querer fazer um registo para o conjunto, dado que na ausência de
um registo do conjunto, pode perder-se informação crítica para o utilizador final (como a localização
original, propriedade, dimensões gerais, tema e proveniência do conjunto). Para além disto, uma vez
que a parte pode conter informação que deriva do todo (por exemplo, o título do conjunto), a criação
de um registo para o todo e a ligação ao registo da parte fornece um contexto importante e melhora
o acesso.
Quando se fazem registos separados para um grupo de obras ou uma coleção e as suas partes, as
relações entre o grupo e as suas partes são intrínsecas. Por outro lado, quando não é possível fazer
registos separados para Obras Relacionadas individuais, pode fazer-se um só registo para um grupo
ou coleção de obras. Este processo também pode ser utilizado para um grupo ou uma coleção de
imagens relacionadas.
As coleções e os grupos podem ser catalogados da mesma forma, dado que em ambos os casos se
tratam de conjuntos de itens. Os registos de nível de coleção e nível de grupo podem ser feitos para
obras ou para imagens. Muitas vezes, recorre-se à catalogação de nível de coleção ou de nível de
grupo para começar a trabalhar um conjunto alargado de obras. Por exemplo, um museu, ou outra
instituição, pode começar por fazer um registo de coleção para uma coleção de pinturas, desenhos,
livros raros ou artefactos adquiridos recentemente. Numa fase posterior da catalogação, a instituição
Quando se opta por registos separados para os itens individuais e para o grupo ou coleção a que
pertencem, os registos dos itens devem estar ligados como parte do registo de grupo ou da coleção.
O mesmo se aplica para as coleções de imagens.
Relações de Séries
A relação entre uma obra individual e a sua série é intrínseca, uma vez que a obra é melhor
compreendida no contexto da série. As obras feitas em série podem exigir registos separados para
cada parte (as obras) e para o todo (a série). Estas obras podem incluir impressões, fotografias,
pinturas, esculturas ou instalações. Os registos de obras em série podem exigir o registo da sua
sequência cronológica.
Sempre que isso seja possível, o CCO recomenda a criação de Registos de Obra separados para cada
item de uma série e para a série no seu conjunto. Todavia, esta opção pode não ser exequível
quando se trata de uma série grande ou quando a instituição não está na posse de todas as obras da
série. A experiência varia entre os grupos de utilizadores. Os museus podem criar um registo para a
série, para ter acesso a toda a informação necessária sobre a série, e para a obra ou obras existentes
na sua coleção (ver também Relações de Grupo e Coleção acima); os repositórios de recursos visuais
fazem isto muitas vezes. A forma como os registos se encontram ligados, são pesquisados e
visualizados depende das necessidades e capacidades do sistema de informação local, mas uma
pesquisa sobre a série deve remeter para as partes, da mesma forma que o registo de uma parte
deve reencaminhar para o todo. Algumas instituições não dispõem de recursos para fazer registos
separados para as séries e as partes que as compõem; nestes casos, normalmente, fazem uma
referência à série no título do Registo de Obra, utilizando o título coletivo da série ou outra
referência, em substituição de registos separados e relacionados. Ver Capítulo 1: Designação dos
Objetos.
Quando as diferentes partes de uma obra de arquitetura ou uma obra com componentes estão
catalogadas separadamente, a relação entre o todo e as partes é intrínseca.
Um edifício, ou outra obra complexa, podem ser considerados como um todo composto por partes;
assim, os registos para obras construídas e outro tipo de obras com componentes podem estar
relacionados numa hierarquia. Por exemplo, a abóbada e a fachada de uma basílica podem ser
catalogadas como partes do todo formado pela basílica; os registos para a abóbada e para a fachada
podem estar ligados hierarquicamente ao registo da basílica como um todo. Acresce que um edifício
tem espaços interiores e exteriores e pode, ele próprio, integrar um conjunto alargado de edifícios.
Nos exemplos que se seguem, as relações todo-parte estão expressas por indentação.
Exemplo
Exemplos
[para a basílica no Vaticano, Itália]
Basílica de São Pedro
…Antiga basílica de São Pedro (estrutura original, 324-1451)
…Nova Basílica de São Pedro (estrutura atual, 1451-presente)
……Fachada
……Cúpula
……Praça
Na maioria das vezes, o espaço construído é composto por complexos arquitetónicos nos quais cada
edifício tem importância por si, mas onde todos estão relacionados de alguma maneira. Nestes casos,
devem fazer-se Registos de Obra individuais para cada edifício e um registo separado para o
complexo, mas que sejam ligados através de relações todo-partes.
Relações Extrínsecas
Uma relação extrínseca é definida como aquela em que duas ou mais obras têm uma relação
informativa, mas não essencial, entre si; ou seja, em que a obra descrita e a obra referida podem
manter-se independentes. A relação não é essencial, física ou logicamente, para a identificação das
O estudo de Perugino para a Adoração dos Magos e o modelo para a Basílica de São Pedro de
Antonio da Sangallo são exemplos deste tipo de obras preparatórias. As relações conceptuais podem
conter um elemento temporal, por exemplo, com obras realizadas depois da obra original, tais como
obras que fazem uma referência clara a outras obras, apesar de não se tratarem de cópias. Exemplos
para este tipo de relação encontram-se na cópia de Rubens do Bacanal de Titian, no autorretrato de
Gauguin que tem como pano de fundo o seu Cristo Amarelo ou o L.H.O.O.Q. de Duchamp que parte
da Mona Lisa de Leonardo da Vinci e altera-a. Uma relação extrínseca pode resultar também de uma
associação espacial, como a que sucede quando duas ou mais obras são concebidas para serem vistas
juntas: os retratos de George e Martha Washington pintados por Gilbert Stuart constituem um bom
exemplo.
As relações devem ser apresentadas de uma forma que seja clara para o utilizador final. As relações
podem apresentar-se de forma diferente de acordo com o contexto, como nas relações hierárquicas,
no registo da obra e em listas. Ver também Categorias para a Descrição de Obras de Arte: Obras
Relacionadas.
Visualização Hierárquica
Uma visualização hierárquica, com recurso à indentação, pode ser utilizada para a apresentação de
relações todo-partes. No exemplo que se segue, os títulos (ver Capítulo 1) das obras surgem numa
visualização hierárquica.
Exemplos
[para um conjunto de chá japonês]
Conjunto de Chá em Porcelana Old Kutani
Num Registo de Obra, as relações todo-parte e outras relações são descritas como Obras
Relacionadas. Quando os registos das obras estão ligados, os dados para estas obras relacionadas
podem ser encadeados a partir de um registo para modelar a visualização no outro. Nos exemplos
que se seguem, no Registo de Obra, os termos preferenciais nos elementos Título, Tipo de Obra e
Criador da Obra Relacionada estão encadeados para visualização.
Exemplos
As linhas de orientação do CCO foram elaboradas tendo em atenção a sua possível utilidade em
diversos modelos e configurações de bases de dados. É de salientar que o âmbito do CCO restringe-se
a dados descritivos (e aos elementos de metadados que contêm esses dados) sobre objetos culturais
e imagens desses objetos. O CCO não analisa os metadados administrativos e técnicos, apesar de
estes deverem ser também objeto de um sistema de catalogação.
O diagrama da Figura 1 representa a relação de uma entidade simples. Aqui podemos observar como
as obras podem estar relacionadas com outras obras e de que forma as obras podem estar
relacionadas com imagens, fontes e autoridades. Um ficheiro autoridade pode ser utilizado para
controlar a terminologia em diversos elementos (por exemplo, a Autoridade de Conceito vai controlar
o Tipo de Obra, Materiais e afins). Da mesma maneira, um determinado elemento pode utilizar
termos controlados por diversas autoridades (por exemplo, o elemento Assunto de uma obra pode
Figura 1
Tipos de Relações
Sempre que se estabelece uma relação (designada por hiperligação no CCO) entre dois Registos de
Obra, um Registo de Obra e um Registo de Imagem ou um campo num Registo de Obra e um termo
num Registo de Autoridade, define-se uma relação. As bases de dados relacionais podem ser
construídas para integrar relações hierárquicas e outro tipo de relações.
Relações Hierárquicas
Existem muitos tipos de relações hierárquicas; estas relações traduzem contextos alargados ou
restritos (pai-filho) entre duas coisas; são tipicamente relações todo-parte ou género-espécie entre
entidades do mesmo tipo; podem ainda encontrar-se entre obras, entre imagens, ou de um registo
num ficheiro autoridade para outro registo no mesmo ficheiro autoridade. Uma hierarquia exige
ordem e estrutura na descrição. Como demonstrámos no exemplo dos Portões do Paraíso, os portões
são uma parte do Batistério. No exemplo dos materiais dos portões de bronze, apresentado como um
ficheiro autoridade relacionado, o bronze é um filho ou um tipo de metal. A apresentação de dados
de forma hierárquica (com recurso à indentação, como nos exemplos que referimos), ajuda os
Construção de Relações
O mesmo sistema de informação pode conter relações hierárquicas e outro tipo de relações. A
definição dessas relações na base de dados exige clareza. Em primeiro lugar, estão as relações entre
as obras e as imagens dessas obras; depois surgem as relações entre obras; as relações entre obras e
os registos de ficheiros autoridade; e, por fim, as relações existentes entre os registos do ficheiro
autoridade dentro do mesmo ficheiro autoridade. Por exemplo, uma base de dados pode ser
concebida para integrar registos de uma obra e de uma parte da obra com uma relação hierárquica
entre si; várias imagens podem estar relacionadas com uma ou ambas essas entidades. A Figura 2
mostra as relações existentes entre as obras e as imagens dos Portões do Paraíso de Lorenzo Ghiberti.
Os Portões são uma parte do Batistério e as imagens dos Portões estão ligadas ao Registo de Obra dos
Portões. As relações hierárquicas podem ser utilizadas em ficheiros autoridade para indicar contextos
alargados ou restritos e, dessa forma, facilitar a consistência do processo de catalogação e melhorar a
pesquisa para os utilizadores finais, como no exemplo da Autoridade de Local Geográfico para
Florença na Itália.
De que forma interagem estes conjuntos de relações num sistema de informação? Na Figura 2, cada
caixa representa um registo. As relações hierárquicas estão indicadas com indentação e outras
relações com linhas de união. O Registo de Obra para os Portões do Paraíso vai incluir campos que
indicam ao utilizador a existência das portas no contexto mais geral do edifício e no espaço geográfico
de Florença. O Registo de Obra das portas está ligado ao Registo de Obra do edifício e os dois podem
ligar-se ao registo do ficheiro de autoridade geográfica sobre Florença. Se a base de dados utilizar um
modelo hierárquico no ficheiro de autoridade geográfica, no Registo de Obra pode colocar-se que
Florença situa-se na Toscânia e em Itália. Esta funcionalidade vai poupar tempo ao catalogador (que
não terá de escrever Itália sempre que utilizar o termo Florença num Registo de Obra), mas também
permite aos utilizadores encontrar tudo em Itália ou na Toscânia sem terem de especificar Florença
ou outra qualquer cidade da Toscânia numa pesquisa. No Capítulo 5: Localização e Geografia
encontra-se um desenvolvimento deste tema e exemplos.
Para o CCO, as relações entre entidades devem ser recíprocas. Assim, a pesquisa sobre uma entidade
pode conduzir a outra entidade. A reciprocidade é mais facilmente estabelecida quando as
potencialidades da relação recíproca foram inseridas no sistema de informação. As relações entre
entidades podem ser uma a uma, de muitas com uma ou de muitas com muitas.
O CCO recomenda que se indique a relação existente entre a obra que está a ser catalogada e a
obra relacionada. As relações hierárquicas todo-parte podem tornar-se evidentes através da
indentação utilizada na visualização. Outras relações podem exigir uma nota explicativa ao tipo de
relação entre duas entidades. Por exemplo, o retrato de um senhor de uma casa pode estar ligado
como par de um conjunto formado com o retrato da senhora da casa. O Tipo de Relação pode variar
segundo o ponto de vista. Por exemplo, um desenho pode estar ligado como um estudo para uma
tapeçaria específica. Por seu lado, e a partir do registo da tapeçaria, esta pode estar ligada como
inspirada no desenho. Uma escultura de Shiva e Parvati podem fazer parte de um templo hindu; do
ponto de vista do registo do templo, este consiste no contexto alargado da escultura. Uma relação
pode ser histórica, como a que existe quando a escultura de um touro leão com asas fez parte do
Palácio de Ashurnasirpal II.
Figura 3
<geral - recurso>
componente de componente
pendente de pendente de
par de par de
descrição descrito em
facsimile de facsimile
imagem de descrito em
Campos repetíveis
O CCO recomenda que alguns campos sejam repetíveis. No contexto do CCO, isto refere-se às
categorias de informação para as quais podem existir diversos termos. Por exemplo, podem utilizar-se
vários meios para criar um trabalho, em que cada um é registado numa ocorrência separada do
campo apropriado, ou relacionado por diversas hiperligações ao ficheiro autoridade que controla a
terminologia dos meios. Os campos relacionados podem ser concebidos para repetição enquanto
conjunto.
Visualização e Indexação
As questões da visualização referem-se à forma como os dados surgem ao utilizador final numa base
de dados, num sítio web, numa etiqueta ou numa publicação. A informação para visualização deve
ser disponibilizada num formato que seja facilmente lido e compreendido pelos utilizadores finais.
Neste guia, a indexação refere-se à forma como os dados são indexados (ou seja, os termos de
indexação atribuídos), ordenados e recuperados. Esta indexação deve ser uma atividade consciente,
desempenhada por catalogadores especialistas que têm noção das implicações dos termos de
indexação que utilizam para efeitos de recuperação da informação, e não através de um método
automático que analisa de forma linear cada palavra num texto e a coloca num índice.
O CCO recomenda que uma base de dados disponha de campos controlados e campos de texto
livre. Os campos controlados contêm termos de indexação – isto é, termos-chave desenvolvidos a
A principal função de um campo indexado consiste em facilitar o acesso ao utilizador final. O acesso é
melhorado quando se utilizam vocabulários controlados para preencher os campos da base de dados,
uma vez que os termos autorizados foram testados com sinónimos e termos mais vastos e mais
restritos e, por isso, têm mais hipótese de ser utilizados de forma consistente na base de dados; e a
consistência promove uma recuperação da informação mais eficiente. Idealmente, os termos de
indexação devem estar ligados a vocabulários controlados armazenados em listas controladas ou em
ficheiros autoridade.
Apesar de sempre desejável, a consistência é menos importante num campo de texto livre, do que
num campo controlado. Por definição, os campos de texto livre contêm terminologia não controlada,
no entanto é recomendado o uso de terminologia consistente com os termos constantes nos campos
controlados, tendo em vista a clareza. Da mesma maneira, recomenda-se a utilização de um estilo,
uma gramática e uma estrutura frásica consistentes. Para tornar a criação de campos de texto livre
menos trabalhosa, as bases de dados podem ser construídas de forma a permitir que os termos dos
campos controlados relacionados sejam transferidos para os campos de texto livre e mais tarde, à
medida das necessidades, editados pelo catalogador.
Questões de Visualização
O CCO recomenda que os dados sejam registados de acordo com alguns requisitos de visualização e
indexação. As questões de visualização referem-se à escolha de campos e subcampos apropriados
para exibição a diferentes utilizadores finais e à forma como os dados são vistos pelos utilizadores
finais.
As bases de dados exigem uma tomada de decisão quanto à visualização de determinados campos
por grupos de utilizadores, visto que pode conter informação sensível cujo acesso deve ser
restringido ou informação administrativa sem interesse para a maioria dos utilizadores. Na conceção
da base de dados devem prever-se diferentes layouts, de acordo com as necessidades do grupo de
utilizadores. Por se tratar de uma questão a definir localmente, não vai ser aprofundada neste guia.
Normalmente, a apresentação refere-se à forma como os dados são mostrados ao utilizador final
numa base de dados, num sítio web, numa etiqueta ou numa publicação. A informação nos campos
controlados nem sempre se apresenta da forma mais acessível ao utilizador, uma vez que pode
Nalguns casos, a informação para visualização pode surgir num campo de texto livre, enquanto
noutros, pode derivar ou apresentar-se de outra forma a partir dos campos controlados.
Em muitos casos, os termos controlados são autossuficientes e podem ser apresentados isolados ou
ligados com outros. Por exemplo, o nome de um local preferencial e o contexto hierárquico alargado
para esse local podem ser traçados a partir da Autoridade de Local Geográfico e encadeados para
visualização no elemento Local de Criação do Registo de Obra. A apresentação dos termos de
indexação de um determinado elemento de dados é recomendada mesmo quando o elemento de
dado inclui também uma nota em texto livre. (As notas em texto livre são sempre apresentadas
porque elas explicam o contexto dos termos utilizados na indexação). Alguns sistemas permitem a
passagem, através de hiperligações nos termos indexados, para outros Registos de Obra indexados
com os mesmos termos. Quando o sistema não tem esta funcionalidade, a visualização dos termos de
indexação ajuda os utilizadores finais a familiarizarem-se com o vocabulário próprio da indexação.
O modelo da base de dados não deve ser determinado constrangimentos técnicos ou de visualização.
O CCO recomenda um modelo bom e versátil e regras de catalogação consistentes. No planeamento
do modelo de uma base de dados e das regras para introdução de dados, não se deve permitir que as
exigências da visualização imediata definam a sua estrutura ou o modelo de introdução de dados.
Como regra geral, a forma de visualização da informação e de imagens num contexto (como a
etiqueta de um diapositivo ou uma ferramenta de apresentação “light table”) deve ser secundária
face a uma catalogação consistente e cuidadosa. Uma catalogação consistente permite lidar melhor
com as questões de visualização no presente e no futuro. Se, pelo contrário, permitirmos que
questões locais de visualização ou limitações dos sistemas informáticos atuais definam o modelo da
nossa base de dados ou a forma como a informação é inserida, podemos ver os nossos problemas
resolvidos no curto prazo, mas vamos tornar a migração e a partilha de dados mais difíceis no médio
e longo prazo.
Na definição e construção de uma base de dados para objetos e imagens culturais devemos ter
Se um museu está a catalogar obras da sua própria coleção, a atenção principal vai centrar-se em
documentar o próprio objeto de trabalho. A catalogação do museu também pode ser utlizada para
criar descrições para publicações, etiquetas e páginas da internet. Por exemplo, para um museu, pode
ser essencial uma descrição física detalhada, incluindo a medição ao milímetro. O registo de um
museu pode exigir campos para descrever inscrições constantes na obra, campos que distinguem os
materiais das diferentes partes de uma obra e campos para descrever em detalhe a história e origem
da obra. Neste caso, a ênfase é colocada na obra em si e não numa imagem particular da obra.
Provavelmente, o museu irá documentar a obra com imagens (muitas vez designadas como media
nos sistemas de gestão de coleções de museus), mas o número e variedade de imagens vai ser
diferente do número e variedade encontrados numa coleção de imagens. Para a catalogação dos
objetos de um museu, as componentes principais de uma base de dados incluem um Registo de Obra,
Registos de Autoridade e, em muitos casos, um ou mais Registos de Imagem (ou Media).
Estas situações podem variar de uma instituição para outra, mas chamam a atenção para a
importância de desenhar uma base de dados que integre dados descritivos. Independentemente do
sistema de informação ou do modelo de dados, o CCO aconselha sobre a escolha de termos e a sua
formatação. Ao fazê-lo, o CCO pode estar a abrir caminho para a troca de dados descritivos entre
museus e coleções de imagens.
O termo base de dados é genérico; uma base de dados pode ser construída para alojar qualquer tipo
de informação. No âmbito dos objetos e das imagens culturais, as bases de dados constituem a base
das ferramentas de catalogação, dos sistemas de gestão de coleções, das ferramentas de
apresentação e das ferramentas de gestão de recursos digitais, os quais podem ser sistemas locais ou
partilhados. A interoperabilidade refere-se à forma como estas diferentes bases de dados trabalham
em conjunto. Numa situação ideal, devia existir uma base de dados integrada com acesso a todas as
funcionalidades por parte de todos os utilizadores. Na prática, a maioria das organizações tem
diversas bases de dados ou produtos de software que são utilizados para responder a diferentes
necessidades, desde a gestão da coleção à gestão de recursos digitais, à apresentação de imagens de
alta resolução, etc.
O CCO centra a sua atenção no tipo de dados tipicamente utilizados numa ferramenta de catalogação
– os chamados metadados descritivos – ou seja, dados utilizados para descrever e identificar
trabalhos e imagens culturais. Os sistemas de gestão de coleções e os sistemas de gestão de recursos
digitais exigem também outro tipo de metadados – dados que definem a estrutura ou que apoiam na
administração de um recurso, dados sobre o modo como a obra pode ser exibida, informação
financeira acerca da obra, dados acerca do histórico de exibições e empréstimos da obra, informação
técnica sobre um ficheiro de imagem, etc.
O objetivo das bases de dados analisadas neste manual consiste em facilitar a indexação,
identificação e descoberta das obras ou imagens numa determinada coleção ou coleções. Outro
objetivo consiste em facilitar a documentação em curso das obras (por exemplo, acompanhar a
história dos títulos de uma obra). A publicação de dados e a sua apresentação aos utilizadores finais é
muitas vezes feita através da migração de dados a partir do sistema de catalogação para bases de
dados de acesso público e com uma apresentação especial, antes de se tornar acessível aos
utilizadores finais. Regra geral, este tipo de sistemas centra-se na pesquisa, navegação e visualização
de recursos catalogados. Por exemplo, a ferramenta de visualização a que os membros de uma
universidade recorrem para apresentar imagens na sala de aula, será provavelmente uma base de
dados separada da ferramenta de catalogação usada para descrever essas imagens. Para limitar o
acesso público a dados sensíveis, bem como para disponibilizar um acesso e linguagem não
especializados, a coleção de um museu na Web tem um interface público diferente do interface
destinado ao pessoal para o sistema de gestão da coleção. A publicação e apresentação de dados aos
Ferramenta de Catalogação
Até há pouco tempo, muitas organizações recorrem a uma ferramenta simples de catalogação para
registar dados descritivos de obras e imagens. Uma ferramenta de catalogação centra-se na descrição
do conteúdo e na etiquetagem do resultado (por exemplo, etiquetas em diapositivos ou paredes).
Atualmente, uma ferramenta de catalogação faz muitas vezes parte de um sistema de gestão de
coleção mais complexo.
Uma ferramenta de catalogação simples não é adequada para gerir uma coleção, seja esta digital ou
física. Por exemplo, para um acervo museológico, um sistema de gestão de coleções de museus
(SGCM) é apropriado. Um SGCM consiste num sistema de base de dados que permite ao museu
acompanhar várias questões de interesse sobre as suas coleções, tais como aquisições, empréstimos
e conservação. Em todo o caso, a maior parte de um SGCM é constituída pelo módulo de catalogação.
O CCO fornece orientação para a componente de catalogação do SGCM (ou seja, dados descritivos
sobre as obras da coleção).
Um sistema de gestão de recursos digitais (DAM) consiste numa ferramenta para organizar recursos
digitais para armazenamento, preservação e recuperação. Por vezes, as ferramentas de gestão de
recursos digitais integram uma componente de catalogação de dados descritiva, mas o seu foco
consiste na gestão do fluxo de trabalho para criação de recursos digitais (imagens digitais e clips
áudio, por exemplo), bem como na gestão de direitos e permissões.
Catálogo Online
Ficheiros Autoridade
Num ficheiro autoridade, os registos para pessoas, lugares e outros conceitos podem conter termos e
nomes para o conceito, sendo que um termo ou nome é identificado como o preferencial e os outros
como variantes. O registo pode ainda conter outro tipo de informação; por exemplo, num registo de
autoridade de nome de pessoa singular ou coletiva, as datas de nascimento e morte de uma pessoa
Vocabulário Controlado
Um vocabulário controlado consiste numa combinação organizada de palavras e frases que são
utilizadas para indexar conteúdos e para a recuperação de conteúdo através da navegação e pesquisa.
Regra geral, inclui termos preferenciais e variantes e tem um alcance limitado ou descreve um
domínio específico. O vocabulário controlado é um conceito mais alargado do que o ficheiro
autoridade, abrangendo quer ficheiros autoridade quer outras listas de terminologia controlada. Para
alguns elementos ou campos na base de dados, uma lista controlada pode ser suficiente para
controlar a terminologia, em especial quando a terminologia relativa a esse campo é limitada e não é
provável que existam sinónimos ou informação auxiliar. Os vocabulários controlados podem ser listas
simples de termos preferenciais únicos; podem ser conjuntos de termos equivalentes para o mesmo
conceito (sinónimos); podem incluir termos preferenciais e não preferenciais; podem identificar
hierarquias de termos (taxonomias); e podem incluir todas estas características, para além do registo
de relações semânticas entre termos e outros conceitos (tesauros). Em seguida apresentam-se vários
tipos de vocabulários controlados.
Lista Controlada
Uma lista controlada consiste numa lista simples de termos utilizados para controlar a terminologia.
Quando a lista está bem construída, cada termo é único, todos os termos pertencem à mesma classe,
o seu significado é mutuamente exclusivo, apresentam o mesmo nível de densidade e especificidade
e vão apresentar-se por ordem alfabética ou por outra ordenação lógica.
Um ficheiro círculo de sinónimos contém um conjunto de termos que são considerados equivalentes.
Taxonomia
Cabeçalhos de Assuntos
Os cabeçalhos de assuntos são palavras ou frases utilizadas para indicar o conteúdo de alguma coisa.
A pré-coordenação da terminologia é uma característica destes cabeçalhos, ou seja, em regra, os
Tesauros
Um tesauro é uma rede semântica de conceitos únicos, incluindo relações entre sinónimos, contextos
alargados e restritos e outros conceitos relacionados. Os tesauros podem ser monolingues ou
multilingues. Quanto às relações entre termos, os tesauros podem ter três tipos diferentes:
RELAÇÕES DE EQUIVALÊNCIA
Relações entre termos ou nomes sinónimos para o mesmo conceito, que distinguem entre os termos
preferenciais (descritores) e os não preferenciais (variantes). Por exemplo, os nomes Georgia O’Keeffe
e Mrs. Alfred Stieglitz designam o mesmo artista e o primeiro nome é preferencial; still life e nature
morte referem-se ao mesmo conceito mas em língua inglesa utiliza-se preferencialmente o primeiro;
Vienna e Vindobona são dois nomes para a mesma cidade, mas em língua inglesa o primeiro é o
termo preferencial atualmente utilizado (Vindobona é o nome histórico).
RELAÇÕES HIERÁRQUICAS
RELAÇÕES ASSOCIATIVAS
Relações entre conceitos muito próximos mas que não são hierárquicas porque não são todo-parte
ou género-espécie. Podem existir muitos tipos de relações associativas. Por exemplo, numa relação
associativa entre artistas, Katsushika Hokusai era o professor de KatsushikaTaito II: a sua relação era
professor-aluno.
Ao longo deste guia, fazem-se recomendações sobre o tipo de elementos de dados que precisam de
vocabulários controlados e quais desses vocabulários devem ser ficheiros autoridade na forma de
tesauros. Os vocabulários controlados devem ser adaptados de forma a poderem responder a uma
situação específica e à coleção ou coleções específicas que estão a ser trabalhadas. Cada instituição
Que termos são necessários no vocabulário? Uma boa estratégia consiste em utilizar vocabulários já
publicados, como os vocabulários Getty ou as autoridades do Library of Congress, e adaptá-los para
uso local de forma a refletirem a sua coleção específica4. Paralelamente, o acesso à terminologia pelo
catalogador deve ser adaptado para cada campo específico nos Registos de Obra ou de Imagem. Por
exemplo, no preenchimento de um campo de materiais, idealmente, os catalogadores não devem ter
acesso a termos de estilos e períodos do AAT, uma vez que a exclusão de termos estranhos reduz a
possibilidade de cometer erros na indexação. Contudo, o acesso aos termos não deve ser muito
Densidade na Terminologia
Que grau de densidade ou especificidade deve usar na adaptação do vocabulário e na indexação com
o vocabulário? Quanto maior a semelhança entre os itens da sua coleção, maior a necessidade de
especificidade do seu vocabulário e maior densidade deve ser utilizada na indexação desse
vocabulário. Por exemplo, se estiver a catalogar uma coleção de mobiliário especializada, a
terminologia utilizada para a sua indexação deve ter um nível de especificação muito superior do que
aquele necessário quando se têm uma ou duas peças de mobiliário numa coleção genérica.
Outro aspeto a ter também em conta é que os seus itens vão ser pesquisados num ambiente mais
geral com outras coleções, e por isso, deve incluir termos de indexação básicos apropriados a uma
pesquisa mais geral, bem como termos específicos adequados ao ambiente local. É particularmente
importante incluir termos genéricos quando um tesauro não vai ser utilizado na recuperação ou
quando o termo genérico no tesauro não é necessariamente o pai do termo mais específico. O termo
genérico natureza morta, por exemplo, não é um termo geral para flores num tesauro, por isso ambos
devem incluir-se no Registo de Obra.
Manutenção do Vocabulário
A terminologia sobre arte e cultura material pode sofrer alterações ao longo do tempo. Os
vocabulários devem ser ferramentas vivas e em constante evolução. A que métodos recorre para se
manter a par da terminologia em mudança? Se for possível contribuir para vocabulários publicados
(como os vocabulários Getty ou os ficheiros autoridade da Library of Congress), deve definir um plano
para submeter novos termos. Esta opção vai ter impacto no fluxo de trabalho e isso deve ser tido em
consideração.
Considerações Técnicas
Que tipo de tecnologia vai usar e de que forma vão ser integrados no restante sistema os ficheiros
Após a definição dos requisitos e das caraterísticas dos ficheiros autoridade exigidos pela sua
instituição, o próximo passo consiste em alimentá-los com registos adequados. O CCO recomenda a
utilização de informação normalizada e publicada quando possível, complementando o ficheiro
autoridade com termos que o adequam à especificidade da coleção, de acordo com os requisitos de
cada instituição. Ao longo deste guia são recomendadas fontes publicadas de terminologia para os
respetivos ficheiros autoridade ou elementos. Estas fontes podem incluir vocabulários publicados.
Sempre que é necessário fazer novos Registos de Autoridade, utilize fontes normalizadas e publicadas
para os termos ou nomes e outra informação. Neste guia sugerem-se fontes apropriadas. Cite as
fontes da sua informação no Registo de Autoridade. Se o nome ou o termo não existe numa fonte
publicada, construa os nomes de acordo com as Anglo-American Cataloguing Rules ou outras regras,
tal como indicado ao longo deste guia. Entre os sinónimos, identifique um dos termos ou nomes
como preferencial. Desta forma, nas visualizações, este pode ser o termo ou o nome
automaticamente designado como algoritmo. Deve ser o termo comummente utilizado na literatura
académica da língua do registo do catálogo, o qual nos Estados Unidos da América é o inglês. Se as
fontes divergem quanto ao termo preferencial, percorra a lista das fontes preferenciais (na secção de
terminologia de cada capítulo de autoridade) e escolha o nome ou o termo que se encontra na fonte
melhor posicionada.
Idealmente, na construção de uma base de dados e na catalogação, devem seguir-se a melhor teoria
de design e a melhor prática editorial. Contudo, se o sistema de catalogação ou de recuperação não
são ideais, deve ajustar as suas regras de forma a adaptar as incongruências do seu sistema de
informação ou software, em especial as que se referem aos vocabulários controlados e a autoridades.
Seguidamente, discutem-se algumas questões relativas ao uso de vocabulários na recuperação.
Idealmente, os seus campos controlados no Registo de Obra vão estar ligados a autoridades que
incluem termos e nomes variantes para a pessoa, o lugar, ou coisas descritas no Registo de Obra e vão
utilizar também as variantes para recuperação. Quando isto não acontece, deve incluir explicitamente
Numa situação ideal, os seus campos controlados devem estar ligados a ficheiros autoridade
hierárquicos, e as hierarquias devem ser também utilizadas para recuperação. Nas situações em que
isto não seja possível, deve incluir explicitamente contextos alargados para os seus termos no Registo
de Obra.
Acentuação na Recuperação
O seu sistema de recuperação deve adaptar-se quer à utilização quer à ausência de acentuação e
pontuação, por parte dos utilizadores. Por exemplo, se o utilizador final pesquisar por Jean Simeon
Chardin sem o hífen e o acento, deve conseguir encontrar os registos que contenham o nome
Jean-Siméon Chardin. Se isto não acontecer, deve acrescentar estas variações ao seu Registo de
Autoridade, ou ao Registo de Obra se não tiver um ficheiro autoridade.
O seu sistema de recuperação deve adaptar-se ao número em que se apresenta o termo, singular ou
plural, bem como a outras variantes gramaticais. Por exemplo, se um utilizador pesquisar por portais,
todos os registos que contenham o termo portal devem ser incluídos nos resultados. Idealmente, o
seu sistema de recuperação, deve integrar uma componente de derivação, ou seja, um instrumento
que recupera o termo e todas as suas variantes gramaticais: a derivação para o termo enquadrar,
deve permitir recuperar os termos enquadrar, enquadramento e enquadrado. Se o seu sistema de
recuperação não permitir estas variações, deve acrescentá-las ao seu Registo de Autoridade ou, se
não tiver um ficheiro autoridade, ao Registo de Obra.
seu Registo de Autoridade ou ao Registo de Obra (se não tiver um ficheiro autoridade).
O seu sistema de recuperação deve adaptar-se à ordem de colocação dos termos e nomes por parte
dos utilizadores. Uma pesquisa por Arthur Wellesley, Duque de Wellington, deve recuperar registos
2
com os termos Wellesley, Arthur, Duque de Wellington . Se o seu sistema de recuperação não inclui
estas variações, deve acrescentá-las ao seu Registo de Autoridade ou ao Registo de Obra (se não tiver
um ficheiro autoridade).
Autoridade de Fonte
Uma Autoridade de Fonte consiste num ficheiro autoridade bibliográfico. É importante identificar as
fontes a partir das quais se obtêm os dados inseridos nos Registos de Obra, de Imagens e de
Autoridade, sejam elas uma publicação, um sítio web ou a opinião de um especialista. A utilização de
uma Autoridade de Fonte é fortemente recomendada: se possível, utilize registos bibliográficos
existentes. Em alternativa, os elementos para um ficheiro de Autoridade de Fonte encontram-se
descritos no CDWA. Tendo ou não uma Autoridade de Fonte, registe as citações de forma consistente,
recorrendo a notas de texto livre, se necessário (ver o Capítulo 8: Descrição).
Os elementos de um ficheiro Autoridade de Fonte podem incluir título, autor, editor, local de
publicação, ano da publicação e outros campos de informação bibliográfica. Para além disso, os
registos de Autoridade de Fonte podem encaminhar para registos bibliográficos completos num
catálogo de biblioteca online.
Um ficheiro autoridade para fontes mais simples pode incluir menos elementos, como uma citação
completa que combine autor, título e informação de publicação num só campo e uma citação breve
para utilização em apresentações sumárias.
[registo simples de Autoridade de Fonte, com dois elementos: Citação Completa e Citação Breve]
Citação Completa: Thieme, Ulrich, e Felix Becker, editores. Allgemeines Lexikon der bildenden Künstler
von der Antike bis zur Gegenwart. 37 vols. Reimpresso, Leipzig: Veb E.A. Seemann Verlag, 1980-1986.
A citação breve pode ser utilizada para visualização nos registos ligados. O elemento de página deve
estar no registo ligado à fonte e não no próprio Registo de Fonte; isto é, cada referência de página é
específica dos Registos de Obra e de Imagem e das Autoridades de Nomes de Pessoas Singulares e
Coletivas, Assunto, Local Geográfico e Conceptual, etc., e não à própria fonte. Como consequência, os
registos de Autoridade de Fonte podem ser utilizados diversas vezes.
Exemplo
Fontes:
Página: 13:408 ff. [campo no registo de Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]
Outras Autoridades
Ver a Parte 3 para uma discussão sobre as outras quatro autoridades, incluindo elementos e regras
recomendadas:
A seguir apresentam-se exemplos de Registos de Obra. Veja também outros exemplos no final de
cada capítulo da Parte 2. Nestes exemplos, o termo controlado refere-se a terminologia controlada
por um ficheiro autoridade, uma lista controlada ou por outras regras (por exemplo, regras para
registo de datas). O termo hiperligação designa uma relação entre um Registo de Obra e um Registo
de Autoridade, entre dois Registos de Obra ou entre Registos de Imagem e de Obra. Todas as
hiperligações são campos controlados. Nos exemplos que se seguem, os Registos de Obras
Relacionados encontram-se abreviados por uma questão de brevidade na apresentação. Todos os
Registos de Obra devem ser tão completos quanto possível. Ver os capítulos da Parte 2 sobre
discussão dos elementos de metadados e a necessidade de estes serem controlados. Em todos os
exemplos deste manual, quer os que se encontram no meio ou no final de cada capítulo, a
terminologia para campos repetíveis encontra-se muitas vezes separada por setas.
1.
1. Ver Metadata Standards Crosswalks 2.
http://www.getty.edu/research/publications/electro 6. Estas variações de nome podem ser criadas através
nic_publications/intrometadata/crosswalks.html. do estabelecimento de algoritmos que utilizam a
vírgula como ponto central para criar novas
2. O termo obra no manual CCO é mais concreto do que variações de nomes e termos; esta opção não deve
aquele definido em FRBR (Functional Requirements estar acessível à visualização por parte dos
for Bibliographic Records), o qual consiste num utilizadores (uma vez que algumas variações
modelo bibliográfico desenvolvido por um comitê da criadas não fariam sentido).
International Federation of Library Associations 7. Este exemplo visa ilustrar os elementos de
(IFLA) e publicada em 1998 metadados discutidos no manual. Os nomes dos
(http://www.ifla.org/VII/s13/frbr/frbr.pdf ). Em regra, campos e os dados apresentados não retratam
a obra no CCO é uma entidade física, ao passo que necessariamente o registo desta obra na base de
para a FRBR consiste numa entidade abstrata ou dados no Getty Museum.
intelectual, tal como um trabalho literário ou uma 8. Este exemplo pretende expor os elementos de
composição musical. metadados analisados neste manual. Os nomes
dos campos e os dados apresentados no exemplo
3. Porter, Vicki, and Robin Thornes. Guide to the não representam necessariamente o registo desta
Description of Architectural Drawings. New York: G.K. Obra na base de dados do Getty Research Institute,
Hall, 1994 (versão atualizada em Research Library, Special Collections.
http://www.getty.edu/research/publications/electro 9. Este exemplo pretende ilustrar os elementos de
nic_publications/fda/). As obras de arquitetura são metadados discutidos neste manual. Os nomes dos
discutidas como Registos Autoridade no capítulo de campos e os valores dos dados apresentados no
autoridade sobre obras de construção, apesar de os exemplo não representam necessariamente os
mesmos princípios e exemplos se aplicarem a uma registos deste trabalho nas bases de dados dos
obra de arquitetura catalogada como uma obra pelo museus.
seu próprio valor.
Abaixo segue uma lista de elementos discutidos no guia CCO. Note-se que estes são referências
a áreas do registo de obras. Não constituem elementos de dados, embora possam ser
mapeados para vários conjuntos de metadados (ver Metadata Standards Crosswalks em
http://www.getty.edulresearchlconducting_researchlstandardsIintrometadatal3_crosswalkslin
dex.html).
Elementos obrigatórios
Um elemento marcado como controlado (ligação para autoridade <xxxx>) significa que os
valores do elemento devem ser retirados de um vocabulário controlado e, idealmente, será
ligado à autoridade correspondente. Um elemento marcado como lista controlada, significa
que o seu valor deve derivar de um vocabulário controlado, mas que uma simples lista de
termos controlados pode ser suficiente em detrimento de um ligação para uma autoridade
completa. Estas são apenas recomendações. A forma como vários elementos são controlados é
uma decisão local. Para uma discussão sobre as diferenças entre uma lista controlada e uma
autoridade, ver Parte 1 : Registos de autoridade e vocabulários controlados.
Capítulo 1
Tipo de Obra (obrigatório) (controlado) (ligação para uma autoridade conceptual)
Título (obrigatório)
Tipo de título (lista controlada)
Linguagem (lista controlada)
Fonte (controlada) (ligação para uma autoridade de fontes)
Capítulo 2
Criador (obrigatório)
Forma controlada do criador (obrigatório) (ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e
Coletivas) (obrigatório)
Função (obrigatório) (ligação para autoridade conceptual)
Âmbito do Criador (lista controlada)
Atribuições (lista controlada)
Capítulo 3
Medidas (obrigatório)
Valor (formato controlada)
Unidade (lista controlada)
Tipo (lista controlada)
Extensão (lista controlada)
Qualificação (lista controlada)
Forma (lista controlada)
Formato (lista controlada)
Escala (controlada)
Materiais e Técnicas (obrigatório)
Capítulo 4
Estilo (controlado) (ligação para autoridade conceptual)
Qualificador de Estilo (lista controlada)
Cultura (controlado) (ligação para autoridade conceptual)
Data (obrigatório)
Data mais antiga (obrigatório)
Data mais recente (obrigatório)
Qualificador de Data (lista controlada)
Capítulo 5
Localização Atual (obrigatório)
Localização Atual (controlado) (ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e
Coletivas e Localizações geográficas)
ID único do Repositório
Local de Criação
Local de Criação (controlado) (ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e
Coletivas e Localizações geográficas)
Local de Descoberta
Local de Descoberta (controlado) (ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e
Coletivas e Localizações geográficas)
Localização anterior
Localização anterior (controlado) (ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e
Coletivas e Localizações geográficas)
Capítulo 7
Classificação
Classificação controlada (lista controlada)
Capítulo 8
Descrição (Nota descritiva)
Fontes (controlado) (ligação para Autoridade)
Outras Notas descritivas
Fontes (controlado) (ligação para Autoridade)
Capítulo 9
Ver Descrição (obrigatório)
Ver Tipo (obrigatório) (lista controlada)
Ver Assunto
Ver Assunto Controlada (obrigatório) (controlado) (ligação para Autoridade de Nomes de
Pessoas Singulares e Coletivas e Localizações geográficas)
Ver Data de exibição
Ver data inicial (formato controlada)
Ver última data (formato controlada)
1.1.1 Debate/discussão
Título
O elemento Título regista os títulos, identificando frases ou nomes atribuídos a uma obra
de arte ou de arquitetura. Este pode ser usado em inúmeros tipos de títulos ou nomes. Os
Tipo de Título
A adição do Tipo de Título permite distinguir os vários títulos (for example, título do
repositório, título gravado, título de autor, título descritivo).
Especificidade
O Tipo de Obra deve ser o termo que mais se aproxima das características da obra. É
recomendável o uso de um termo o mais específico e apropriado possível. O objetivo da
coleção e o tipo de utilizadores devem ser considerados. Por exemplo, qual o mais apropriado,
o termo mais específico cassone ou o mais genérico arca? O catalogador deverá usar Vaso
canópico ou recipiente? Pintura de rolagem ou pintura? Gravura ou impressão? Note-se que
maioritariamente o Tipo de Obra irá ser apresentada com a Classe, que corresponde ao termo
genérico (por exemplo, no caso de uma cassone, a Classe deve ser mobiliário). Ver Capítulo 7:
Classe. Pode ser registado mais do que um Tipo de Obra. Por exemplo, para o Tipo de Obra de
um edifício podem ser registadas a Igreja e a Basílica, descrevendo as funções e forma. Na obra
os títulos devem ser, geralmente, concisos e específicos. O título descritivo preferencial deve
ser conciso (por exemplo, o Prato de Maiólica com busto de perfil do National Gallery of Art in
Washington), mas o título alternativo pode incluir detalhes (por exemplo, Prato de Maiólica
com uma borda contínua, painéis geométricos e busto de perfil do Man in Armor).
O Tipo de Obra é obrigatório e deve ser registado num campo controlado e repetível. No
caso de existirem múltiplos Tipos de Obras registados um deles deve ser indicado como
preferencial. O Tipo de Obra deve ser controlado por um ficheiro de autoridade ou por uma
lista controlada. Ver Parte 3: Autoridade de Conceito para mais informações sobre como o
ficheiro de autoridade pode controlar os elementos do Tipo de Obra. O Título é também
obrigatório e deve ser registado num campo de texto-livre.Tal como o Tipo de Obra, se
existirem múltiplos títulos, deve-se selecionar um preferencial. Se se usar o Tipo de Título, a
seleção deste elemento deve ter como base uma terminologia controlada.
ID único
Na maior parte das instituições, o Título e o Tipo de Obra não se adequam a serem
identificadores únicos, Assim, e com o objetivo de existir um único identificador, é criado pelo
dono da obra um único código numérico ou alfanumérico identificativo, por exemplo o número
de inventário ou número de identificação. Para mais informações sobre números
identificadores únicos ver Capítulo 5.
Relações todo-parte e componentes
Muitas obras de arte e de arquitetura são obras complexas e incluem inúmeras partes.
São exemplos uma página de um manuscrito, uma fotografia de um álbum,
Examples include a page from a manuscript, a photograph from an album, um fresco de
um ciclo, uma impressão de uma série ou uma igreja de um mosteiro. Sempre que as partes
sejam catalogadas separadamente devem-se ligar ao todo da obra. Ou seja, as partes de uma
obra ou grupo devem ter uma relação hierárquica com o todo da obra. Por exemplo, uma
iluminura do séc. XVI, com o título Cristo perante Pilatos pode ser parte de um todo Livro de
oração do Cardeal Alberto de Mainz. A criação de uma relação todo-parte tem implicações com
o Tipo de Obra e Título de uma obra. O Tipo de Obra e o Título do todo são importantes na
pesquisa e recuperação de parte; estes dados devem estar visíveis.
Ver Parte 1: Obras relacionadas, neste manual, para mais informações sobre o Tipo de Obra,
como realizar a catalogação de registos componentes, item e níveis de grupo.
Elementos recomendados/obrigatórios
Abaixo é apresentada uma lista com os elementos abordados neste capítulo. Os
elementos obrigatórios estão identificados.
Sobre os exemplos
Os exemplos apresentados ao longo desta secção são meramente ilustrativos. A prática local
pode variar. Com o objetivo de permitir uma ampla visão sobre os mais variados casos, os
exemplos apresentados ao longo desta secção são muito completos e complexos, que poderá
não ser necessário de adoptar em todas as instituições.
A terminologia do Tipo de Obra deve ser controlada com o recurso aos ficheiros de
autoridade ou a listas controladas. As fontes de terminologia podem incluir os seguintes
recursos:
Getty Vocabulary Program. Art & Architecture Thesaurus (AAT). Los Angeles: J. Paul Getty
Trust, 1988-. (Especialmente a faceta dos objetos).
http://www.getty.edu/research/conducting_research/vocabularies/ aat/.
Library of Congress. Thesaurus for Graphic Materials 2, Genre and Physical Characteristics.
http://lcweb.loc.gov/rr/print/tgm2/.
Chenhall, Robert G., Revised Nomenclature for Museum Cataloging: A Revised and
Expanded Version of Robert G. Chenhall’s System for Classifying Man-Made Works. Edited by
James R. Blackaby, Patricia Greeno, and The Nomenclature Committee. Nashville, TN: AASLH
Press, 1988.
1.1.2.1.2 TÍTULO
Os museus e outros repositórios devem designar Títulos às suas Obras tendo em conta as
diretrizes locais, que podem incluir a consulta da literatura académica e científica ou de
documentos que acompanharam as Obras, como guias, faturas, protocolo ou outro tipo de
documento que se considere relevante a usar, como fonte de informação. Sempre que possível
usar fontes de informação como as seguintes:
BHA: Bibliography of the History of Art. Los Angeles, California: J. Paul Getty Trust, 1991-.
Published in French as Bibliographie d’histoire de l’art. Vandoeuvre-lès-Nancy, France: Centre national
de la recherche scientifique, Institut de l’information scientifique et technique; 1991-. Also available
online by subscription.
Library of Congress Authorities. Library of Congress Subject Headings. Washington, DC: Library of
Congress, 2005. http://authorities .loc.gov/.
Macmillan Encyclopedia of Architects. Edited by Adolf K. Placzek. New York: Free Press; London:
Collier Macmillan, 1982.
Avery Architecture & Fine Arts Library, Columbia University. Avery Index to Architectural
Periodicals. Los Angeles: J. Paul Getty Trust, 1994-. Online by subscription at
http://www.getty.edu/research/ conducting_research/avery_index/.
Fletcher, Banister. Sir Banister Fletcher’s History of Architecture. 20th ed. Oxford; Boston:
Architectural Press, 1996.
Thieme, Ulrich, and Felix Becker, eds. Allgemeines Lexikon der bildenden Künstler von der Antike
bis zur Gegenwart. 37 vols. 1907. Reprint, Leipzig: Veb E.A. Seemann Verlag, 1980-1986.
No caso do catalogador não conseguir encontrar informação do título, nas fontes indicadas,
deve construí-lo tendo por base as diretrizes deste manual. Para a construção do título, nome
de pessoa, bem como outros nomes de títulos usar as diretrizes indicadas na Autoridade de
Pessoa e Coletividade e na Autoridade de Local.
1.1.2.2.1 CONSISTÊNCIA
Tipo de Obra
O uso de terminologia consistente no Tipo de Obra permite uma eficiente recuperação da
informação sendo, assim, fortemente recomendável.
Títulos
O estilo e a terminologia podem variar quando os Títulos têm origem em fontes reconhecidas
pela comunidade. Todavia, quando os títulos são construídos recomenda-se a consistência na
terminologia. Efetivamente, a consistência da terminologia permite ao utilizador uma
percepção mais exata de como realizar a pesquisa.
Exemplos
Tipo de Obra: pintura de rolagem
Tipo de Obra: desenho
Tipo de Obra: gravação
Tipo de Obra: estátua
Tipo de Obra: vaso canópico
Tipo de Obra: mosteiro
Tipo de Obra: performance
A forma plural deve ser usada sempre que necessário; ou seja, usar a terminologia que melhor
reflita a obra a ser catalogada. Por exemplo, se estiver a catalogar um único desenho deve-se
adotar a forma singular. Todavia, se se tratar de um grupo de desenhos então usar a forma
plural. No caso de grupos de obras, componentes e relações todo-parte, ver a informação inicial
deste capítulo e a Parte 1: Obras Relacionadas.
As capitais e as abreviaturas
À exceção dos nomes próprios, o termo deve ser registado em minúscula. As abreviaturas
devem ser evitadas.
Exemplos
Tipo de Obra: litografia
Tipo de Obra: retábulo
Tipo de Obra: basílica
Tipo de Obra: recortes
Tipo de Obra: cruz Celta
Tipo de Obra: cadeira Brewster
Tipo de Obra: A-frame house
Exemplos
Tipo de Obra: cadeira grande
Tipo de Obra: radiografía
Tipo de Obra: arranha-céu
Tipo de Obra: point de neige (crochet)
Tipo de Obra: almagre
Tipo de Obra: lit à la duchesse
Tipo de Obra: yraflügel
1.2.1.2.1 SINTAXE
O Termos devem ser registados pela ordem natural, não a invertida. Não usar pontuação,
exceto o hífen, se necessário.
Exemplos
[para uma pequena figura feminina do Calcolítico]
Tipo de Obra: estátua
[para um pintura de rolagem Chinesa]
Tipo de Obra: rolagem manual
[para um cinturão Japonês]
Tipo de Obra: obi
Sempre que apropriado, nas obras de artes decorativas, costumes, materiais etnográficos,
desenhos de obra e de arquitetura, incluir o Tipo de Obra relacionado com a função. As obras
podem ter múltiplos Tipos de Obra, relacionados na sua maioria com a forma e com a função.
Um único termo pode incluir tanto a função como a forma (por exemplo, máscara ou frasco).
Exemplos
[um recipiente de grés]
Tipo de Obra: vaso
[um fragmento de um escudo Azteca]
Tipo de Obra: correia
[uma lâmpada Síria]
Tipo de Obra: lâmpada de mesquita
[uma escultura Africana]
Tipo de Obra: figura de um adivinho
[um desenho arquitetónico]
Tipo de Obra: desenho de apresentação
[Notre-Dame, Paris]
Tipo de Obra: catedral
[uma taça do séc. XIX]
Tipo de Obra: taça
Exemplos
[para uma pintura de Albrecht Dürer]
Referência ao Conteúdo
Sempre que apropriado, os desenhos arquitectónicos, livros e algumas outras obras podem
incluir no Tipo de Obra referências ao conteúdo da obra (por exemplo, alçado pode ser um Tipo
de Obra). Nestes casos, o assunto deve ser repetido no campo de Assunto (ver Capítulo 6). O
Tipo de Obra também pode incluir conteúdo relacionado com o estilo, período ou cultura
(exemplo Attic helmet) e, tal como acontece com o assunto, deve ser repetido nos campos dos
elementos Estilo, Período ou Cultura (ver Capítulo 4).
Exemplos
[um desenho arquitectónico do alçado de um edifício]
Tipo de Obra: desenho de projeto • alçado
[um manuscrito medieval Islâmico]
Tipo de Obra: manuscrito
[um têxtil bordado com uma inúmera variedade de pontos]
Tipo de Obra: amostra
Obras temporais
Nas performances usar os termos temporais indicados para estes tipo de Obras.
Exemplos
[uma performance numa galeria]
Tipo de Obra: arte performativa
[figuras em tamanho real de George Segal num cenário arquitetônico]
Tipo de Obra: escultura • ambiente (escultura)
No caso do Tipo de Obra muda, ao longo do tempo, é desejável indicar essas alterações. Ver
Capítulo 9: Visualizar as informações, nomeadamente a descrição e assunto.
Nos grupos de obras, se as partes de um grupo não forem catalogadas individualmente registar
os Tipos de Obras de todas as obras do grupo.
Exemplo
[uma caixa de itens de um projeto arquitetônico]
Tipo de Obra: desenhos • desenhos de apresentação • alçado • projeções oblíquas •
planos
É obrigatório o registo de pelo menos um título, frase identificativa ou nome das obras de arte
ou arquitetura. No caso de existir mais de um título, selecione um preferencial (eleito).
O título preferencial deve ser na língua da agência catalogadora. O título deve ser o mais
recente, fornecido pela instituição, conciso, ou o título indicado pelo autor.
Exemplos
Título: Busto de Napoleão Bonaparte
Título: Oito cenas dos Rios de Xiao-Xiang
Se o título não constar nas fontes autorizadas o catalogador deve criar um.
As capitais e as abreviaturas
Exemplos
Título: Vista Panorâmica da Muralha de uma Cidade
Título: Salomé com a Cabeça de João Batista
Título: Dois Grifos a Atacar uma Corsa Caída
Título: Torre Sears
Exemplo
Título: La vierge à l'hostie
No título preferencial (eleito) devem-se evitar as abreviaturas. Estas devem ser incluídas nos
títulos alternativos, para indicar mais pistas na altura da recuperação da informação.
Artigos Iniciais
Os artigos devem ser evitados. À exceção dos artigos que ajudam na compreensão do título
(por exemplo, remover o artigo “La” de La Vierge muda o significado da frase) ou quando fazem
parte das fontes de autoridade (por exemplo A Ronda Noturna de Rembrandt). Noutros casos, a
adição dos artigos varia de acordo com a língua (por exemplo, para o mesmo quadro o título
em Português é Mona Lisa mas em Italiano é La Gioconda).
Idioma do Título
O Título preferencial deve ser registado na língua da agência catalogadora. Sempre que
necessário a tradução das gravações e de outros títulos para português. Os títulos originais,
noutras línguas,devem figurar como títulos alternativos.
Exemplos
Título: O Grande Vidro (preferencial)
Título: Busto Romano (preferencial)
Título: Vista do Noroeste de Roma, Itália (preferencial)
Título: Plano e Construção das Casas do Parlamento (preferencial)
Com o objetivo de dispor de mais pistas, na altura do acesso à informação, podem ser incluídos
títulos alternativos, noutras línguas. Se necessário usar diacríticos.
Exemplo
Títulos: A Virgem, o Menino, Sant'Ana e São João Batista (preferencial) • La Virgen y el
Niño con el pequeño San Juan Bautista
No caso de um título ser mais conhecido noutra língua deve-se usá-lo como preferencial.
Exemplos
Título: Notre Dame, Paris (preferencial)
Título: Noli me tangere (preferencial)
Um título descritivo deve ser construído sempre que não exista nas fontes autorizadas. Sempre
que um título gravado ou de um repositório seja muito longo, noutro idioma ou não descreva a
obra deve-se construir um título descritivo conciso, na língua da agência catalogadora. Os
títulos construídos podem refletir o assunto, a matéria, a forma ou função de uma obra.
Exemplos
[um quadro de Mary Cassatt no Metropolitan Museum, New York]
Título: A Chávena de Chá (preferencial)
[uma obra no National Gallery of Art, Washington]
Título: Cálice do Abbot Suger de Saint-Denis (preferencial)
Todavia, se o título do repositório ou do proprietário for muito conhecido deve-se optar por
manter o idioma de origem. Ver Idioma do Título.
Exemplos
[um quadro de John Everett Millais]
Título: Ophelia (preferencial)
[um móbile de Alexander Calder]
Título: Hanging Spider (preferencial)
Inscrição de Títulos
No caso do criador incluir uma inscrição com o aparente propósito de atribuir um título deve-se
registar o título. Para as impressões e livros, registar qualquer título disponível na placa de
impressão ou na página de título. O título inscrito pode ser repetido de forma completa no
elemento de inscrição (ver Capítulo 3: Características Físicas). As inscrições que não
correspondem a títulos devem ser registadas no elemento de Inscrição. Se o Título inscrito não
descrever a obra de forma consistente no idioma da agência catalogadora deve-se construir um
título, de acordo com as diretrizes dadas.
O título inscrito pode não ser o título preferencial. No caso do título inscrito não for conhecido,
num idioma diferente da agência catalogadora, muito longo, com abreviaturas ou se apresentar
incorreções ortográficas, deve-se construir um título preferencial descritivo.
Exemplos
[uma impressão Americana do Séc. XIX]
Títulos: Vista sob o Asilo, Hospital e Hospital Psiqiátrico de Northampton County,
Pennsylvania (preferencial) • Poor House, Hospital & Lunatick-Hospital of Northampton County,
Pa. (inscrito)
Títulos Descritivos
Um título descrito, conciso e no idioma da agência catalogadora, é recomendável. Se existirem
títulos descritivos não será necessário construir um. Os títulos descritivos devem ser
assinalados e apresentados nos resultados.
Sempre que um título inscrito ou de um repositório for muito longo, num idioma diferente ou
não refetir o conteúdo da obra deve-se construir um título descritivo que reflita o conteúdo
iconográfico da obra (ou seja, figuras, histórias ou cenas retratadas. O assunto deve ser
incluído, de forma mais pormenorizada, no campo de Assunto (ver Capítulo 6). Os títulos
descritivos podem também referir o Tipo de Obra ou as Características Físicas de uma obra; Se
assim for, repetir esses elementos nos campos correspondentes.
Sempre que apropriado, elaborar uma lista de nomes de temas ou assuntos históricos,
religiosos, mitológicos, literários ou alegóricos.
Exemplos
Sempre que apropriado, referir os nomes de obras, anônimas ou não, ou de locais retratados
numa obra. Se conhecido, incluir nomes próprios.
Exemplos
[a cabeça de uma escultura]
Título: Retrato da Cabeça de Andrew Jackson (preferencial)
[o desenho de arquitetura]
Título: Plano e Construção das Casas do Parlamento, Londres (preferencial)
Exemplos
[um recipiente antigo Grego ]
Título: Ânfora de Figuras Vermelhas (preferencial)
[um candelabro Francês do Séc. XVII]
Título: Candelabro (preferencial)
Sempre que apropriado deve-se registar o Título que inclua o proprietário atual e antigos, a
atual e antigas localizações ou outras referências históricas.
Exemplos
[uma escultura, o segundo título refere-se ao atual proprietário]
Títulos: Estátua de Hércules (preferencial) • Lansdowne Herakles
Nomes de Edifícios
Sempre que apropriado, para a arquitetura, registar o nome descritivo, o nome referente ao
proprietário, a consagração (por exemplo, para uma igreja), ou a morada. Muitos edifícios não
têm nomes e, nesses casos, o título pode ser referente ao Tipo de Obra (por exemplo,
Anfiteatro) ou uma frase descritiva longa.
Exemplos
[uma ruína em Pompéia, Itália, cujo título reflete o Tipo de Obra]
Título: Anfiteatro (preferencial)
[uma igreja Italiana, cujo título reflete a localização e consagração]
Títulos: Catedral de Siena (preferencial) • Il Duomo di Siena • Santa Maria Assunta
Títulos Numéricos
Se apropriado, para os manuscritos ou para outras obras registar um apelido baseado num
sistema numérico particular, como o shelfmark.
Exemplo
[um manuscrito Medieval]
Títulos: Codex de Harley Golden (preferencial) • British Museum Harley 2788
Exemplos
[a casa de Frank Lloyd Wright]
Títulos: Casa de Edgar J. Kaufman (preferencial) • Fallingwater
[um quadro de Bronzino]
Títulos: Alegoria com Venus e Cupido (preferencial, título do repositório) • Venus,
Cupid, Time, and Folly • Allegory of Lust and Love
Exemplos
[um quadro de Pontormo, o título anterior foi incluído]
Títulos: Retrato de um alabardeiro (Francesco Guardi?) (preferencial, título do
repositório) • Portrait of Cosimo I de' Medici (título anterior)
Exemplo
[uma folha de um manuscrito desconhecido]
Título: Trabalhadores no Campo, Provavelmente do Livro de Horas Francês
Exemplos
[uma pedra do Paleolítico cujo Tipo de Obra é desconhecido, construção de um Título descritivo]
Título: Objeto de Pedra Usada nos Rituais (preferencial)
[um tecido Peruano de propósito desconhecido, uma construção de um título descritivo]
Título: Têxtil Peruano (preferencial)
O termo desconhecido não deve ser usado, a menos que seja designado pelo criador, de forma
deliberada.
Exemplo
[uma impressão contemporânea, título do criador]
Títulos: Desconhecido - 15 (preferencial) • Composição Abstrata (descritiva)
Exemplo
[um objeto de origem, função e tipo de obra desconhecidas]
Título: título desconhecido
Exemplos
[um painel em políptico de Matthias Grünewald]
Título: Painel de São Sebastião (preferencial)
[ligação ao registo do retábulo inteiro]
Obra Relacionada:
Tipo de Relação: parte de
Título da Obra Relacionada: Retábulo de Issenheim (preferencial)
Exemplo
[uma gravura de Jacques Callot]
Título: Ataque na Estrada (preferencial)
[ligação com o registo das séries]
Obra Relacionada:
Tipo de Relação: parte de
Obra Relacionada [etiqueta concatenada] :
As Grandes Misérias da Guerra; desenhada e produzida por Jacques Callot,
1632-1633 in Nanci (França), publicada pela primeira vez em 1635, Paris
TÍTULO COLETIVO
Alternativamente, registar um título de coleção. Neste caso, o título do todo é conhecido pelo
título da coleção. Para indicar o tipo de título usar o elemento Tipo de Título (por exemplo,
título de coleção, título de série, e assim sucessivamente).
Exemplos
[uma gravura de John James Audubon]
Títulos: Carolina Parrot (preferencial) • The Birds of America (título coletivo)
[para uma série de tapeçarias de Gobelins]
Exemplos
[duas cenas separadas de um díptico]
Título: A Estigmatização de S. Francisco e Um Anjo a Coroar Santa Cecília e Valerian
(Título)
[um conjunto]
Título: Um Par de Globos: Globo Celestial e Terrestrial (preferencial)
Exemplos
[um quadro de Henri Matisse]
Títulos:
O Quarto Vermelho | Tipo de Título: preferencial
Harmonia em Vermelho | Tipo de Título: alternativo
[um edifício]
Títulos:
Centro Georges Pompidou | Tipo de Título: preferencial
Centre National d'Art et de Culture Georges Pompidou | Tipo de Título: alternativo
Exemplo
[uma fotografia de Julia Margaret Cameron]
Títulos:
Mountain Nymph, Sweet Liberty | Tipo de Título: preferencial • repositório
Retrato de uma Jovem Mulher | Tipo de Título: alternativo • descritivo • construído
Exemplo
[um quadro de Frida Kahlo]
Título: As Duas Fridas (título preferencial)
Idioma: Português
Fonte: Frida Kahlo in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora,
2003-2017. [consult. 2017-03-25 20:33:38]. Disponível na Internet:
https://www.infopedia.pt/$frida-kahlo.
1.3.2 Exemplos
Exemplos dos Registos de Obras são apresentados de seguida. Para aceder a mais exemplos,
ver o final da Parte 1, no final de cada capítulo, e no portal do CCO. Nos exemplos, o controlo
refere-se aos valores controlados pelo ficheiro de autoridade, lista controlada, ou outras regras
(por exemplo, regras usadas para o registo de datas). A ligação refere-se à relação entre um
Registo de uma Obra e um Registo de Autoridade ou entre dois Registos de Obras. Todas as
ligações são campos controlados. Nos exemplos que se seguem os Registos de Obras
Relacionadas estão descritos de forma abreviada. Todos os Registos das Obras deverão ser tão
completos quanto possível. Consultar os vários capítulos para mais informações sobre os
elementos de metainformação individuais, se devem ser controlados, e as vantagens respetivas
de um ficheiro de autoridade ou de uma lista controlada. Em todos os exemplos neste manual
quer seja ao longo ou no fim de cada capítulo, os dados dos campos dos campos controlados
estão separados por caracteres.
Criador/Funções
2.1.1 Análise
O criador da obra e a função do criador constituem elementos críticos na catalogação. O
criador de uma obra pode ser uma pessoa, conhecida pelo nome ou anónima (isto é, um artista
cujo nome é desconhecido, mas que é conhecido por algum tipo de nome, como o Pintor de
Aquiles). Uma obra pode ter sido concebida e realizada por vários criadores. Um criador pode
ainda ser uma coletividade – ou seja, um grupo organizado de indivíduos que trabalham juntos
para criar arte, como uma empresa de arquitetura ou um atelier de impressão. O criador pode
ser desconhecido e a responsabilidade da obra é atribuída a um grupo cultural (isto é, a mão ou
a obra é desconhecida e não é feita uma associação a um nome: ver Vários Tipos de Atribuições
para uma análise de criadores anônimos e desconhecidos em baixo).
Criador
Função do criador
Para além do criador e da função, outros elementos podem incluir uma qualificação da
atribuição (como atribuído a Rafael), ou uma indicação acerca de que parte (extensão) da obra
foi concluída por um criador, quando existiram vários criadores (por exemplo, figuras pintadas
por Peter Paul Rubens, com paisagem de Jan Breughel the Elder ), ou múltiplos componentes
(por exemplo, esculpido por Gian Lorenzo Bernini, com base de Vincenzo Pacetti e águia de
Lorenzo Cardelli ), ou ambos.
Criadores Desconhecidos
Existem muitos trabalhos cuja autoria se perdeu no tempo. Em certas áreas, quando o criador
é desconhecido, é comum utilizar o nome da cultura ou do lugar geográfico onde a obra foi
produzida (como Thai ou Thai desconhecido). Os exemplos apresentados no CCO seguem o
Ambiguidade e Incerteza
O criador e a função do criador constituem pontos de acesso primários e, por isso, são exigidos.
Os dois elementos devem ser repetíveis.
Algumas partes da informação sobre o criador são melhor registadas num campo de texto livre
para visualizar em conjunto com campos controlados para acesso. Os campos controlados
No registo de obra deve constar o nome do criador e informação bibliográfica suficiente para a
identificação sem incertezas do criador. Na referência ao criador, Parte DOIS: Elementos deve
apresentar-se o seu nome preferido e uma biografia que inclua a nacionalidade e as datas
(nascimento/morte). A forma mais eficiente de organizar a informação é estabelecer um
ligação à Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas onde se pode manter um
registo completo da informação sobre o criador, incluindo nomes alternativos e informação
biográfica. Os criadores neste ficheiro autoridade podem incluir indivíduos ou associações, que
podem ser qualquer grupo de indivíduos que trabalha em conjunto para criar arte, como
ateliers ou empresas de arquitetura. Ver a análise na parte 3: Autoridade de Nomes de Pessoas
Singulares e Coletivas. Para uma discussão mais aprofundada acerca da informação sobre o
criador e as atribuições, ver Categorias da Descrição de Obras de Arte: Criação-Criador e
Identificação do Criador.
Elementos Recomendados
Segue-se uma lista dos elementos discutidos neste capítulo. Os elementos exigidos são
assinalados. (A visualização do criador pode ser um campo de texto livre ou encadeada a partir
de campos controlados)
Visualização do criador (obrigatório)
Campo controlado do criador (ligação ao ficheiro autoridade)
Função (obrigatório)
Extensão do criador
Qualificador de atribuição
Sobre os Exemplos
2.1.2 Terminologia
2.1.2.1.1 NOMES
Os nomes dos criadores devem ser controlados através de um registo de autoridade ou de
listas controladas. As principais fontes publicadas sobre informação do criador são:
Getty Vocabulary Program. Union List of Artist Names (ULAN). Los Angeles: J. Paul Getty Trust, 1988-.
http://www.getty.edu/research/ conducting_research/vocabularies/ulan/.
Grove Dictionary of Art Online. New York: Grove’s Dictionaries, 2003. http://www.groveart.com/.
Thieme, Ulrich, e Felix Becker, eds. Allgemeines Lexikon der bildenden Künstler von der Antike bis zur Gegenwart.
37 vols. 1907. Reimpresso, Leipzig: Veb E.A. Seemann Verlag, 1980-1986.
Meissner, Günter, ed. Allgemeines Künstlerlexikon: die bildenden Künstler aller Zeiten und Völker. Munique: Saur,
1992-.
Bénézit, Emmanuel, ed. Dictionnaire critique et documentaire des peintres, sculpteurs, dessinateurs et graveurs.
1911-1923. Reimpresso, Paris: Librairie Gründ, 1976.
Macmillan Encyclopedia of Architects. Editado por Adolf K. Placzek. Nova Iorque: Free Press; Londres: Collier
Macmillan, 1982.
Getty Vocabulary Program. Art & Architecture Thesaurus (AAT). Los Angeles: J. Paul Getty Trust, 1988-.
http://www.getty.edu/research/ conducting_research/vocabularies/aat/. (Em especial a faceta dos Agentes).
2.1.2.2.1 CONSISTÊNCIA
Se possível, os nomes e a informação biográfica devem ser guardados num registo autoridade
ligado ao registo de obra. Ver Parte 3: Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas.
Para alimentar os registos autoridade, utilize fontes padrão para os nomes dos criadores e a
informação biográfica. Se não encontrar informação sobre um determinado criador em
nenhuma fonte padrão publicada, use as fontes académicas disponíveis e faça um novo registo
autoridade, citando a fonte a partir da qual obteve a informação.
2.2.1 Regras
Utilize o nome mais conhecido, que pode não ser necessariamente o mais completo. Em certos
casos, o pseudónimo ou a alcunha podem ser o nome preferido. Procure o nome a partir de
uma fonte com autoridade. Se não existir consenso entre as fontes sobre o nome preferido,
percorra a lista de fontes preferidas na secção de terminologia e utilize o nome que se encontra
na fonte melhor posicionada na lista.
Apresenta-se em seguida uma análise preliminar sobre questões relativas aos nomes dos
criadores e à forma como estes devem surgir no registo de obra. Para uma análise mais
detalhada sobre a escolha dos nomes preferidos, variantes de nomes e outra informação
acerca de informação, ver Parte 3: Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas.
Acumulação e Abreviações
Reúna o máximo de informação sobre apelidos, iniciais, primeiros nomes e títulos honoríficos.
Se um nome incluir um artigo ou uma preposição (como de, des, la, l’, della, von, von der),
utilize minúsculas, exceto se se tratarem de nomes relativamente modernos, em que o prefixo
é já considerado parte integrante do último nome e é unido. Defina a acumulação através da
consulta de uma fonte autoridade. Evite as abreviaturas, exceto no caso das iniciais, quando
estas fazem parte do nome preferido.
Exemplos
Visualização do criador: James Ensor (belga, 1860-1949)
Escolha o nome mais utilizado na língua do registo do catálogo (inglês, nos Estados Unidos da
América). Se não existir uma versão inglesa do nome, utilize o nome preferido na língua
nacional. É de salientar que a maioria dos nomes não ingleses não têm um equivalente em
inglês; por isso, os indivíduos que falam inglês usam o nome da língua nacional do criador.
Defina o nome mais utilizado através da consulta de uma fonte autorizada. Utilize a acentuação
de acordo com o apropriado.
Exemplos
Visualização do criador: Raphael (italiano, 1483-1520)
Visualização do criador: Peter Le Lièvre (francês, 1671-1745)
Para nomes construídos (ou seja, criadores anónimos), utilize a língua do registo do catálogo
(por exemplo, Mestre das Efígies Dominicanas em vez de Maestro delle Effigi Domenicane).
Na visualização do criador coloque o nome pela ordem natural, mesmo se a fonte apresenta o
nome na forma invertida.
Exemplo
Visualização do criador: Vincent van Gogh (holandês, 1853-1890)
Campos Controlados:
Função: pintor
[ ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas] : Gogh, Vincent van
Construção de um Nome
2.2.1.2.1 SYNTAXE
Na visualização do criador ordenarassociação a informação de acordo com a ordem seguinte:
função ou uma referência ao processo (opcional, e de acordo com o mais adequado em termos
de clareza; por exemplo, pintor ou pintado por), o nome preferido na ordem natural,
nacionalidade, datas de nascimento e morte (ou datas de atividade).
Exemplos
Visualização do criador: Narciso Abeyta (americano nativo, 1918-1998)
Campos Controlados:
Função: pintor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Abeyta, Narciso
Campos Controlados:
Função: escultor
[ligação para Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Boccioni,
Umberto
Exemplos
William Morris (inglês, 1834-1896)
Kicking Bear (sioux, 1846-1904)
Ishiguro Masayoshi (japonês, 1772-após 1851)
Evitar a Confusão
Nacionalidade Incerta
Campos Controlados
Função: desenho
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas] : Daliwes, Jacques
Exemplos
Visualização do criador: esculpido por Michel Erhart (alemão, ca. 1440-após 1522)
Campos Controlados:
Função: escultor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Erhart, Michel
Visualização do criador: pintado por Marten Heemskerck van der Heck (holandês, ativo entr e1640-1650)
Campos Controlados:
Função: pintor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Heck, Marten Heemskerck
van der
Quando a expressão ca. se aplica às datas de nascimento e de morte, utilize-a nos dois casos
(exemplo, chinês, ca. 1410-ca. 1465). Não utilize apóstrofes em datas, como 1650s ou 1900s.
Datas Ativas
Se o período de vida do criador é desconhecido, apresentar uma estimativa das datas de
nascimento e morte ou da data de atividade.
Exemplo
Visualização do criador: pintado por Ali Asghar (pintor persa, ativo desde ca. 1525)
Campos Controlados:
Função: pintor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e
Coletivas]: Ali Asghar
Local de Atividade
Incluir o local de atividade (por exemplo, ativo em Itália) quando a nacionalidade não é
conhecida, quando o local de atividade difere da nacionalidade do artista, ou quando tem
Exemplo
Visualização do criador: esculpido por Josse de Corte (flamengo, 1627-1678, ativo em Itália)
Campos Controlados:
Função: escultor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Corte, Josse de
Identificar a função do criador na obra, quando esta não é imediatamente clara aos olhos do
utilizador final (no exemplo seguinte, regista-se desenhado por para esclarecer que o artista
Exemplo
[um tapete]
Visualização do criador: desenhado por Maqsud of Kashan (persa, ativo no séc. XVI)
Campos Controlados:
Função: desenhador
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Maqsud of Kashan
Criadores Múltiplos
Quando várias entidades estiveram envolvidas na criação de uma obra, deve-se registar todas.
Se isto representar um volume de trabalho demasiado elevado, registar as mais importantes ou
as mais notáveis. Se a função do criador não é clara ou é ambígua para o utilizador final – como
sucede quando os criadores contribuíram de forma diferente para a obra – identificar de forma
clara as diferentes funções e a sua extensão (ver regras para Função do Criador e Extensão a
seguir; algumas instituições podem não indexar a Extensão).
Exemplos
[um vaso grego antigo]
Visualização do criador: ceramista Euphronios (grego, ativo ca. 520-ca. 470 BCE), pintura atribuída a
Onesimos (grego, ativo ca. 500-ca. 475 BCE)
Campos Controlados:
Função: oleiro
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Euphronios
Função: pintor
Qualificador: atribuído a
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Onesimos
[uma pintura]
Visualização do criador: Marco Ricci (italiano, 1676-1730), figuras de Sebastiano Ricci (italiano,
1659-1734)
Campos Controlados:
Função: pintor
Extensões: paisagem • arquitetura
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Ricci, Marco
[uma gravura]
Visualização do criador: desenhado por D. A. Alexander (inglês, séc. XIX), gravado e publicado por William
Daniell (inglês, 1769-1837)
Campos Controlados:
Função: desenhador
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Alexander, D. A.
Função: gravador • editor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Daniell, William
[uma abóbada]
Visualização do criador: desenhada por Michelangelo Buonarroti (italiano, 1475-1564), desenho revisto
por Giacomo della Porta (italiano, nascido 1532 ou 1533; morto 1602)
Campos Controlados:
Função: arquiteto desenhador
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Buonarotti, Michelangelo
Função: revisor de desenho de
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Porta, Giacomo della
Visualização do criador: Henry Cobb (americano, nascido 1926) para I. M. Pei and Partners (americano,
estabelecido em 1955)
Campos Controlados:
Função: desenhador
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Cobb, Henry
Função: arquiteto
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
I. M. Pei & Partners
Exemplos
Campos Controlados:
Função: fábrica
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Fábrica de Porcelana de Sèvres
Função: pintor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Méraud, Pierre-Antoine, pai
Visualização do criador: Milton Kahl (americano, 1909-1987), para a Companhia Walt Disney (americana,
fundada em 1923)
Campos Controlados:
Função: animador
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Kahl, Milton
Função l: estúdio
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Companhia Walt Disney
Exemplo
Visualização do criador: desenhador: Steven Forman (americano, nascido 1954), para Richard Meier and
Partners (americana, fundada em 1970s)
Campos Controlados:
Função: desenhador
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Forman, Steven
GRUPOS CULTURAIS
Exemplo
Visualização do criador: Povo Mandinka (África Oriental, séc. XIX)
Campos Controlados:
Função: escultor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Povo Mandinka
Não-Artistas
Se for pertinente, registar os indivíduos e as empresas mesmo quando estes não são artistas
Exemplos
[um mecenas]
Visualização do criador: arquiteto romano desconhecido, para o Imperador Adriano (romano, 76-138
CE, reinado 117-138)
Campos Controlados:
Função: arquiteto
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
romano desconhecido
Função: mecena
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Adriano
[escribas]
Visualização do criador: primeiro pintor e caligrafista foi Dai Xi (sábio chinês, pintor, 1801-1860), com
inscrições adicionais e colofões acrescentados por Luchuang Juren e Wen Jie
Campos Controlados:
Funções: pintor • caligrafista
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Dai Xi
Função: escriba
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Luchuang Juren
Função: escriba
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Wen Jie
[ um editor]
Visualização do criador: gravado por artista francês desconhecido, publicado por Jean-Charles Pellerin
(francês, 1756-1836)
Visualização do criador: distribuído pelo Atelier Heliográfico (francês, em ascensão anos 1840)
Campos Controlados:
Função: distribuidor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Atelier Heliográfico
Visualização do criador: iluminuras por sírio desconhecido; autor: Abu'l Izz Isma'il al-Jazari (persa, séc.
XII); copista: Farkh ibn 'Abd al-Latif (persa, séc. XIX)
Campos Controlados:
Função: iluminador
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
sírio desconhecido
Função: autor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Abu'l Izz Isma'il al-Jazari
Função: copista
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Farkh ibn 'Abd al-Latif
Grupos de Obras
Para grupos de obras, incluir todos os criadores, se possível. Se o número for muito extenso,
indique os mais importantes ou os que se destacam mais na visualização de criadores; no
entanto, nos campos de indexação controlados, fazer a indexação de todos os criadores para
melhorar o acesso dos utilizadores finais.
Exemplos
[uma caixa de fotografias]
Visualização do criador: fotógrafos: Josiah Johnson Hawes (americano, 1808-1901), Albert Sands
Função: fotógrafo
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Southworth, Albert Sands
Função: fotógrafo
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Pennell, Joseph
Função: desenhador
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Howe, John
Atribuições Dúbias
Referir quando existem dúvidas quanto à identidade do criador ou sempre que a sua função
necessite de ser classificada. Ver também Qualificador de Atribuição em baixo.
Exemplos
Visualização do criador: atribuído a Théophile-Alexandre Steinlen (suísso, 1859-1923)
Campos Controlados:
Função: pintor
Qualificador: atribuído a
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Steinlen, Théophile-Alexandre
Visualização do criador: pintado por Andrea di Bartolo (natural de Siena, activo ca.1389, morto 1428);
alternativamente atribuído a Bartolo di Fredi (natural de Siena activo ca.1353, morto 1410)
Campos Controlados:
Função: pintor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Andrea di Bartolo
Função: pintor
Qualificador: alternativamente atribuído a
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Bartolo di Fredi
Atribuições Anteriores
Incluir as atribuições anteriores.
Exemplo
Visualização do criador: pintura atribuída a Qu Ding (chinês, activo ca. 1023-ca. 1056), anteriormente
atribuído a Yan Wengui (chinês, activo ca. 970-1030)
Campos Controlados:
Função: pintor
Qualificador: atribuído a
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Qu Ding
Função: pintor
Qualificador: anteriormente atribuído a
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Yan Wengui
Criadores Anónimos
No contexto deste manual, entende-se por criador anónimo alguém de quem se reconhece o
traço e cuja obra é conhecida, mas de quem se desconhece o nome (por exemplo, o Mestre dos
Painéis de Dido). Este tipo de criador é diferente dos criadores desconhecidos, os quais são
Visualização do criador: Pintor de Aquiles (grego, ativo ca. 450-ca. 420 BCE)
Campos Controlados:
Função: pintor de vasos
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Pintor de Aquiles
Criadores Desconhecidos
Se não é possível definir a identidade de um criador e a sua obra, defenir uma identificação
genérica para referir o criador desconhecido. Os criadores desconhecidos são comuns, em
especial em áreas como a arte antiga, arte asiática, arte africana, arte aborígene, arte folk, artes
decorativas e arte ocidental do séc. XVI ou anterior a esta data. A prática institucional de registo
e armazenamento dos criadores desconhecidos nos ficheiros autoridade é variada; ainda assim,
e seja qual for a prática adotada, seja consistente.
Apesar de não ser recomendado deixar em branco o elemento criador, uma vez que dificulta a
recuperação, algumas instituições recorrem a esta solução quando os criadores são
desconhecidos, e constroem depois títulos para apresentação nas publicações, utilizando o
elemento Cultura, com ou sem o termo desconhecido (por exemplo, italiano, ou italiano
desconhecido, ou desconhecido). Ver o elemento cultura no Capítulo 4: Informação Estilística,
Visualização do criador: Peter King (inglês, séc. XVIII), com desenhos acrescentados atribuídos a
desenhista desconhecido do Atelier de Nicholas Hawksmoor
Campos Controlados:
Função: arquiteto
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
King, Peter
Função: desenhador
Qualificador:
Função: pintor
Qualificador: anteriormente atribuído a
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Italiano desconhecido, séc. XV
Como Extensão
Quando se revelar necessário em termos de clareza, registar a parte da obra para que
contribuiu um determinado autor. Seguem-se alguns exemplos de terminologia:
Exemplos
[uma pintura]
Visualização do criador: figuras de Peter Paul Rubens (flamengo, 1577-1640), paisagem e objetos de
natureza morta de Jan Brueghel the Elder (flamengo, 1568-1625)
Campos Controlados:
Função: pintor
Extensão: figuras
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Rubens, Peter Paul
Visualização do criador: desenhado e montado por Abbé Jean-Antoine Nollet (francês, 1700-1770),
decoração atribuída aos irmãos Martin (franceses, ativos ca. 1725-1780)
Campos Controlados:
Funções: designer • montagem
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Nollet, Jean-Antoine, Abbé
Função: pintores
Extensão: decoração
Qualificador: atribuída a
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
irmãos Martin
Em situações em que não existe certeza quanto à atribuição, em que esta é disputada, ou
quando já houve uma atribuição anterior da obra, esclarecer a situação da atribuição através de
um qualificador usando a terminologia que se apresenta de seguida. Se necessário, pode
acrescentar-se vocabulário controlado adicional para qualificadores.
Utilizar um dos qualificadores seguintes para registar quando existe incerteza quanto à
atribuição de uma obra a um criador ou arquitecto conhecidos, bem como para salientar uma
atribuição anterior (por exemplo, atribuído a Frans Hals):
provavelmente de possivelmente de
Se a identidade de um criador é desconhecida, mas sabe-se que ele ou ela trabalhou próximo
de um criador conhecido, utilizar um qualificador de atribuição para associar o trabalho com o
nome do criador conhecido cuja obra é estilisticamente semelhante ou relacionada com o
trabalho que está a catalogar. Nestas situações, fazer uma ligação ao criador conhecido no
registo autoridade e, no registo de obra, classificar o nome do criador conhecido com um dos
qualificadores descritos a seguir:
estúdio de workshop de
oficina de atelier de
assistente de aluno de
associado de fábrica de
A distinção entre estúdio, oficina, escritório e atelier depende do período histórico em questão
e do tipo de obra produzida. É de salientar que o campo qualificador não deve ser utilizado para
registar a contribuição de um criador, quando se trata de uma associação, cujo nome inclui
frases como ministério de (como em Ministério de Construções e Terrenos Públicos).
Que Não Trabalha Diretamente com Criador Conhecido— Utilizar um dos qualificadores
seguintes para se referir a um artista desconhecido que esteve em contacto direto com as
obras de um criador reconhecido, e que viveu na mesma época ou pouco depois, ainda que não
tenha trabalhado no seu estúdio (por exemplo seguidor de Hokusai):
seguidor de círculo de
escola de
estilo de depois de
modo de
copista de
Exemplos
Visualização do criador: possivelmente de Tuthmosis (egípcio, séc. XIV A.C.)
Campos Controlados:
Função: mestre escultor
Qualificador: possivelmente de
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Tuthmosis
Registar um termo ou termos para se referir à função ou atividade desempenhada pelo criador
na conceção, desenho, produção ou alteração da obra. Artista, arquiteto, pintor, ilustrador,
escultor, designer e gravador constituem exemplos de funções. Este elemento é distinto das
funções de vida constantes na Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas; as
funções de vida incluem todas as funções diferentes que um criador pode ter desempenhado
ao longo da vida (ver Parte 3: Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas).
Exemplos
Visualização do criador: esculpido por Edgar Degas (francês, 1834-1917)
Campos Controlados:
Função: escultor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Degas, Edgar
Visualização do criador: gravado por Jacques Callot (francês, 1592-1635), publicado por Israël Henriet
(francês, 1590-1661)
Campos Controlados:
Função: gravador
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Callot, Jacques
Função: editor
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Henriet, Israël
Se, numa determinada obra, não se conhece uma função específica, usar um termo genérico.
Por exemplo, se não sabe que um artista fez o trabalho específico de carpintaria (um tipo de
marcenaria), refira uma função mais genérica como carpinteiro. Quando até esta função é
desconhecida, recorra à mais genérica: artista.
Exemplo
Visualização do criador: François-Toussaint Foliot (francês, 1748-ca. 1839)
Campos Controlados:
Função: carpinteiro
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]: Foliot, François-Toussaint
Por norma, registar a função na visualização do criador em texto livre, quer com um adjectivo
Exemplo
[uma pintura]
Quando a função é óbvia aplica-se uma exceção: a função do criador pode ser omitida se for
evidente para os utilizadores no contexto da visualização. Contudo, a função deve ser sempre
indexada para efeitos de recuperação.
Exemplo
[uma pintura]
Exemplo
[visualização com função retirada do registo de obra e nome do criador e visualização da biografia a partir
da Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]
Visualização encadeada:
É de salientar que este tipo de visualização é suficiente para as atribuições simples, mas não
permite evidenciar dúvidas e incertezas existentes em atribuições mais complexas. Estas, ficam
melhor explicadas numa visualização de criador em texto livre.
Para o Criador
Uma vez que o criador tem variantes do nome e informação biográfica indispensável para a
Exemplo
[para uma tapeçaria]
Função: designer
[ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas]:
Eckhout, Albert
Neste exemplo, os nomes preferidos dos artistas, colocados pela ordem natural, encontram-se
ligados a informação biográfica para visualização do utilizador final. Para gerar esta
visualização, deve estabelecer-se uma ligação ou passar o nome e outra informação do registo
autoridade, e permitir depois ao catalogador a edição da visualização no registo de obra, de
acordo com o necessário.
Para a Função
Para efeitos de indexação, o elemento da função do criador deve estar ligado a uma autoridade
ou a uma lista controlada de funções. Pode ser inserida na visualização do criador
manualmente ou através de um algoritmo por computador.
Exemplo
Visualização do criador: iluminuras atribuídas a Simon Marmion (francês, ca. 1425-1489); inscrição de
Função: escriba
Extensão: texto
[ ligação para Autoridade de Nomes de Pessoas Singulares e Coletivas] :
Aubert, David
2.3.2 Exemplos
Apresentam-se em seguida exemplos de registos de obra. Para mais exemplos, ver o final da
Parte 1, o fim de cada capítulo e o site do CCO. Nos exemplos apresentados, o termo
controlados designa os valores controlados por um ficheiro de autoridade, uma lista controlada
ou por outras regras (por exemplo, com datas). ligação refere-se a uma relação entre um
registo de obra e um registo autoridade ou entre dois registos de obra. Todos as ligações são
campos controlados. Nos exemplos que se seguem, os registos de trabalhos relacionados são
abreviados por uma questão de brevidade. Os registos de obra devem ser tão completos
quanto possível. Ver os vários capítulos para uma discussão sobre os elementos de metadados
1. Dizionario enciclopedico Bolaffi dei pittori e degli O campo nomes e os valores apresentados
incisori italiani dall’XI al XX secolo. Turin: Giulio Bolaffi, não são necessariamente os constantes no
1972-1976. Snodgrass, Jeanne O. American Indian registo existente no Museu Getty.
painters; a biographical directory. New York: Museum
of the American Indian, Heye Foundation, 1968. 4. Este exemplo pretende ilustrar os metadados
discutidos neste manual. O campo nomes e os
2. Para campos adicionais de registo de informação valores apresentados não são necessariamente os
sobre comissões e comissários, ver Categories for the que se encontram no registo para esta obra no
Description of Works of Art: Creation-Commission. Metropolitan Museum.
3.1.1 DISCUSSÃO
As características físicas descrevem a aparência e as características da sua
forma física. Os elementos de metadados aqui referenciados incluem
Medições, Materiais e Técnicas, e Estado e Edição. Elementos adicionais são
abordados como Características Físicas Adicionais, podendo ser exigido por
museus e instituições de memória, mas não será necessário para as
Coleções de Recursos Visuais. Este capítulo não trata com as características
físicas da imagem visual do objeto. Coleções de recursos visuais,
normalmente requerem campos para documentar tais informações como
metadados administrativos em vez de metadados descritivos.
Medidas
O elemento Medidas contém informações sobre as dimensões, tamanho, ou
escala do trabalho. As medições podem ser registadas de acordo com
diferentes critérios, dependendo do tipo objeto alvo deste trabalho. Uma
pintura bidimensional será medida de forma diferente de uma estátua
tridimensional. As medições podem variar dependendo se o trabalho é
emoldurado, se implica montagem ou é uma instalação. Quer se trate de
medidas para a arquitetura, roupas ou conteúdos multimédia, como filmes e
vídeo, teremos de aplicar critérios diferentes para cada um deles.
As recomendações dadas aqui são para registo de medidas básicas de um
trabalho (por exemplo, a altura e a largura de uma tela). Segundo fontes
publicadas na bibliografia, como categorias para a Descrição de Obras de
Arte, Documentando as suas Coleções e Rede Info-muse, Guia de
Documentação fornece informações mais detalhadas sobre como
documentar e medir obras originais. Qualquer que seja a fonte de
informação usada, é importante que as técnicas de medição e registo sejam
claras e coerentes dentro da instituição.
Materiais e técnicas
O elemento Materiais e Técnicas inclui os materiais ou substancias utilizadas
na criação da obra de arte, assim como técnicas de produção ou fabrico,
processos ou métodos de fabrico. Esta informação inclui uma descrição da
técnica, meios e suportes utilizados na criação da obra. Esclarece a relação
entre os materiais de que o trabalho é feito e as técnicas utilizadas para
aplicá-los na conceção do mesmo. Materiais representam as substâncias que
compõem a obra. Em muitas manifestações de arte a distinção é realizada
Exemplo
Estilete e tinta e giz preto no papel
Estado e Edição
Os elementos estado e edição referem-se principalmente a obras produzidas
em múltiplos. O Estado descreve a relação da obra de arte a outros estádios
do mesmo trabalho (por exemplo, o terceiro estado (fase) de cinco estado, o
3.º de 5 estados). O estado é usualmente utilizado para cópias do original
que poderão ter sido retiradas de uma gravura, já alterada diversas vezes.
O estado pode, às vezes, referir-se à criação de obras mais do que cópias de
originais, incluindo qualquer sequência de estados relacionados, que em
conjunto formam a criação de uma obra de arte ou arquitetura. Qualquer
variação ocorrida, quer seja na gravura ou etapas de produção, são
identificadas como um estado em particular.
Especificidades
Para garantir precisão, a informação relativa às características físicas
idealmente deverão ser determinadas, sempre que possível, através de um
exame ao objeto em si, a análises laboratoriais e pesquisa / investigação.
Os catalogadores dos museus e outras instituições de memória, que têm à
sua guarda património, por norma utilizam documentação específica nestas
operações – exames. A obtenção de informação provém, muitas vezes, de
recursos informacionais em 2.ª e 3.ª mão, mais do que através de exame
físico à peça (objeto). As especificidades referem-se ao nível de precisão na
terminologia a ser utilizada, partindo do termo mais geral (genérico), para o
Exaustividade
O nível de exaustividade na atribuição da terminologia para descrição das
características físicas irá depender dos requisitos definidos pela instituição
catalogadora. Que aspetos serão considerados na catalogação? Por exemplo,
para uma gravura registam-se as dimensões da placa e suporte secundário,
além das dimensões do suporte original? Quantos termos serão atribuídos a
cada trabalho? Por exemplo, para cada obra criada a partir de vários
processos teremos de os listar todos, ou apenas os processos primários ou
aplicar algo como “vários processos”?
A definição de critérios dependerá sempre das limitações temporais, dos
recursos humanos disponíveis e o foco (âmbito) da coleção. As obras
poderão ser catalogadas em grupos ou minimamente descritas, por forma a
obter apenas o controlo da coleção; para uma atribuição da terminologia de
forma mais cuidadosa esta poderá ser feita mais tarde, por fases.
Apresentação de medidas(exigido)
- valor
-unidade
- tipo
- extensão
- qualificação
- forma
- formato
- escala
Apresentação de edição
- n.º de impressão
- tamanho da edição
- n.º da edição
Apresentação do Estado
Inscrição
- tipo de inscrição
- localização da inscrição
- autor da inscrição
Facture
Descrição física
História das condições e exames
História da conservação e tratamento
Sobre os exemplos
Os exemplos utilizados neste capítulo servem apenas para ilustrar. A
experiência de cada instituição pode variar. Os exemplos tentam mostrar as
múltiplas possibilidades dos campos de apresentação e indexação, que
poderão não ser utilizados para coleções de recursos visuais e outras
instituições.
3.1.2 TERMINOLOGIA
3.1.2.1.1 MEDIDAS
3.1.2.1.2
Termos para materiais e técnicas deverão ser controlados através da
utilização de um ficheiro de autoridades ou lista de termos controlados.
Incluímos as seguintes fontes já publicadas:
Getty Vocabulary Program. Art & Architecture Thesaurus (AAT). Los Angeles:
J. Paul Getty Trust, 1988-.
http://www.getty.edu/research/conducting_research/vocabularies/aat/
Genre Terms: A Thesaurus for Use in Rare Book and Special Collections
Cataloging. 2nd ed. Prepared by the Bibliographic Standards Committee of
the Rare Books and Manuscripts Section (ACRL/ALA). Chicago: Association of
College and Research Libraries, 1991.
3.1.2.2.1 CONSISTÊNCIA
A utilização de uma terminologia consistente é fundamental, principalmente
para o controlo dos campos que irão permitir o acesso e a pesquisa. A
consistência é menos importante mas igualmente desejável nos campos de
“texto livre”.
Apesar do uso de terminologia não controlada ser tida em conta, a utilização
de terminologia que é consistente, com termos utilização de termos em
campos controlados é altamente recomendável em prol da clareza. Um estilo
consistente, a gramática e a sintaxe são recomendáveis.
Unidades de Medida
Dever-se-á apresentar, se possível, as dimensões, quer na Unidade Métrica
ou na Unidade de Costume Americana (USA) (que são medidas em pés e
polegadas, também conhecidas como Unidade Imperial / Sistema Imperial).
Caso se use apenas um tipo de unidade de medida utilize a Unidade de
Medida Métrica, dado que são universalmente conhecidas e compreendidas.
Caso a sua comunidade seja americana utilize “pés” e “polegadas”.
Exemplo
[para telha em cerâmica]
Apresentação das medidas
13.3x20.6 cm (5 1/4 inches x 8 1/8 inches)
Campos controlados
Valor: 13.3; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 20.6; Unidade: cm; Tipo: largura
Campos controlados
Valor: 23.5; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 16; Unidade: cm; Tipo: largura
Campos controlados
Valor: 436.9; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 718; Unidade: cm; Tipo: largura
Valor: 777; Unidade: cm; Tipo: profundidade
3.2.1.2.1 SINTAXE
Campos controlados
Valor: 198; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 233 Unidade: cm; Tipo: largura
Valor: 82; Unidade: cm; Tipo: profundidade
Valores numéricos
Para medidas métricas use todos os números ou frações decimais (por
exemplo 60, 238, 91.6, 17.25). polegadas poderão ser expressas como
números inteiros ou frações (por exemplo 17 1/4). Se estão a registar “pés”,
então registem “pés” e “polegadas”, ao invés de frações decimais de “pés”.
Tipo de medida
exemplos de tipos de medidas incluem altura, largura, profundidade, cumprimento,
circunferência, diâmetro, volume, peso, área e running time .
Elementos adicionais
Certas caraterísticas adicionais poderão ser incluídas, se necessário
Extensão
Extensão refere-se à parte da obra que vai ser alvo de medição. Exemplos de
terminologia incluem: global/total, diâmetro, contraste (punção), folha,
Qualificação de medidas
Qualificação refere-se à palavra ou frase elaborada em relação à natureza da
dimensão do trabalho. Exemplos de terminologia incluem: aproximado, vista,
máximo, reunido, antes do restauro, grande, variável, canto ou esquina,
arredondado e emoldurado.
Altura e largura
Expresse em primeiro lugar as medidas para obras bidimensionais, tais como
desenhos ou pinturas, tais como altura pela largura.
Campos controlados
Valor: 46.1; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 60.9; Unidade: cm; Tipo: largura
Campos controlados
Valor: 33.5; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 25.4; Unidade: cm; Tipo: largura
Valor: 7.78; Unidade: cm; Tipo: profundidade
Diâmetro e circunferência
Sempre que necessário aplica-se a obras como uma pintura em painel
redondo ou um globo, registando-se o diâmetro, circunferência, ou outra
medida pertinente. Para um vaso ou outro objeto de cerâmica, regista-se a
circunferência ou o diâmetro da base e da boca, se conhecida ou
identificada.
Exemplos
[para uma pintura redonda]
Apresentação das medidas
89 cm (35 inches) (diâmetro)
Campos controlados
Extensão: base
Valor: 127; Unidade: cm; Tipo: circunferência
Extensão: corpo
Qualificador: a maior dimensão
Valor: 139; Unidade: cm; Tipo: circunferência
Forma
Se temos estamos perante uma característica invulgar e distinta, registamos
uma indicação do contorno, a forma, ou uma configuração característica da
obra ou parte da obra, incluindo os seus contornos (por exemplo, dado que a
maioria das pinturas sobre tela são retangulares, anote quando uma pintura
sobre tela for oval). Exemplos de terminologia incluem oval, cubo, esfera,
retângulo, círculo e irregular.
Exemplos
[para um desenho ovalado]
Apresentação das medidas
29.8 x 20.3 cm (11 3/4 x 8 inches) (oval)
Campos controlados
Forma: oval
Valor: 29.8; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 20.3; Unidade: cm; Tipo: largura
Campos controlados
Forma: esfera
Valor: 161.5; Unidade: cm; Tipo: circunferência
Campos controlados
Forma: cubo
Valor: 48.2; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 48.2; Unidade: cm; Tipo: largura
Valor: 48.2; Unidade: cm; Tipo: profundidade
Exemplos
Apresentação das medidas: 19.1 x 23.5 x13.9 cm (7 1/2 x 9 1/4 x 5 1/2 inches)
(irregular, maiores dimensões)
Campos controlados:
Forma: irregular
Qualificativo: maiores dimensões
Valor: 19.1; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 23.5; Unidade: cm; Tipo: largura
Valor: 13.9; Unidade: cm; Tipo: profundidade
Volume e área
Incluir volume ou área sempre que necessário (por exemplo para uma
piscina ou jardim)
Tamanho
Incluir tamanho sempre que apropriado (por exemplo, para vestuário)
Extensão: imagem
Qualificador: aproximadamente
Valor: 8,25; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 5,72; Unidade: cm; Tipo: largura
Extensão: papel
Qualificador: aproximadamente
Valor: 10,16; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 6,35; Unidade: cm; Tipo: largura
Tempo
Inclui tempo ocupado / percorrido e formatos técnicos para vídeos ou filmes
(ver exemplos acima). Tempo gravado em minutos ou em horas, minutos, e
segundos. Inclui fotogramas por segundo, se conhecido.
[para um DVD]
Apresentação das medidas: aproximadamente 122 minutos (DVD)
Campos controlados:
Formato: DVD
Qualificador: aproximadamente
Valor: 122; unidade: minutos; tipo: tempo percorrido (duração)
Escala: numérica
Valor: 1; Unidade: poleada; Tipo: base
Valor: 10; Unidade: pés; Tipo: target
Dimensões estruturais
Caso seja necessário, registe as dimensões estruturais tais como o fio e a
trama (tecido), têxtil ou padrão de papel de parede, assim como o
espaçamento entre as linhas verticais e o padrão horizontal que compõem a
trama, se pertinente.
Campos controlados:
Extensão: folha de papel
Valor: 13.3; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 20.6; Unidade: cm; Tipo: largura
Exemplos:
Imagem e suporte
Para trabalhos (obras) a 2 dimensões onde a imagem tem dimensões
significativamente diferentes do suporte, incluem-se ambas as medidas, se
conhecidas (por exemplo, para uma gravura, as duas dimensões da área impressa e
da folha de papel, deverão ser incluídas).
Medindo Componentes
Para trabalhos com múltiplas partes, registar as dimensões dos seus componentes,
incluindo contagem desses mesmos componentes.
Exemplos
[para uma tela]
Apresentação das medidas: composta por 14 painéis, 23x45 cm cada (9x17 3/4
polegadas)
Campos controlados:
Extensão: painéis
Valor: 4; Unidade: cm; Tipo: contagem
Valor: 23; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 45; Unidade: cm; Tipo: largura
(p.118)
Extensão: castiçais
Valor: 29,97; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 9,53; Unidade: cm; Tipo: largura
Livros e manuscritos
Exemplos
[para um manuscrito]
Apresentação das medidas: 468 folhas; mancha de texto: 17.78x23.18cm (7x9 1/8
polegadas); 2 colunas, 56 linhas
Campos controlados:
Extensão: mancha de texto
Valor: 17.78; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 23.18; Unidade: N/A; Tipo: largura
Extensão: folhas
Valor: 468; Unidade: N/A; Tipo: contagem
Campos controlados:
Extensão: páginas
Valor: 274; Unidade: N/A; Tipo: contagem
Medindo Grupos
Para conjuntos de itens, registar uma série de medidas, se conhecidas. Registar o
número de itens do grupo, se conhecido.
(p.119)
Exemplos
[para um conjunto de desenhos de projeto]
Apresentação das medidas: 21 itens; série de folhas com tamanho que varia desde
28.3x41.2 cm até 35.9x66.4cm (11 1/8x16 1/4 até 14 1/8x26 1/8 polegadas)
Campos controlados:
Extensão: itens
Valor: 21; Unidade: N/A; Tipo: contagem
Campos controlados:
Extensão: itens
Valor: 56; Unidade: N/A; Tipo: contagem
Campos controlados:
Extensão: itens
Valor: 152; Unidade: N/A; Tipo: contagem
Medições em arquitetura
Exemplos
Campos controlados:
Extensão: abóbada
Valor: 43.59; Unidade: m; Tipo: diâmetro
Extensão: abóbada
Qualificador: interior
Valor:43.59; Unidade: m; Tipo: altura
(p.120)
Campos controlados:
Extensão: interior
Valor: 418; Unidade: metros quadrados; Tipo: área
3.2.1.2.6. Arredondamento
Sempre que na medição de um objecto surgirem dois números decimais, arredondar
sempre para o número imediatamente seguinte. Para polegadas, arredondar
sempre para a polegada seguinte. Pequenos objectos deverão ser medidos com
maior precisão (por exemplo, em milímetros para o sistema métrico, ou para o
seguinte 1/16 de uma polegada). Para trabalhos de grandes dimensões poderá ser
arredondado de forma mais grosseira (por exemplo, para metros em medições com
utilização do sistema métrico e para pés ao invés de polegadas). A precisão da
medição de trabalhos poderá variar dependendo das necessidades e dos recursos
da instituição catalogadora; é importante para a instituição seguir regras
consistentes no que diz respeito ao arredondamento.
(p.121)
Singular Vs Plural
Na maior parte dos casos apresentar os termos para materiais e técnicas no
singular.
Exemplos:
Material: tinta
Material: pintura a óleo
Material: carvão vegetal
Material: verniz
Material: papel manufacturado
Material: tela
Material: madre de pérola
Material: gravura
Material: douramento
(p.122)
Exemplos:
Material: marfim
Material: cartão
Material: vitral
Material: papel-machê
Material: pisé
Material: arriccio
Exemplos:
Exemplo
Pela importância
Se a importância ou proeminência de materiais ou técnicas for óbvia, liste-os por
essa ordem. No exemplo abaixo, a quadratura é considerada menos importante do
que os materiais utilizados para criar a imagem.
Exemplo
[para um desenho preparatório]
Materiais e técnicas apresentadas: Giz e Lavagem, quadrado em Giz, em preparado
de papel
Campos controlados:
Materiais: Giz ● Lavagem ● Preparado de papel
Técnica: Desenho ● Quadrado
Materiais
Para materiais, registar a matéria, os materiais ou substancias utilizadas na criação
da obra. Exemplos de terminologia que poderá ser incluída tela, vidro, bronze,
mármore, madeira, álamo, carvão vegetal, verniz martin, papel manufacturado,
pintura, têmpera de ovo, tinta, tinta de ferro, som e monitor
Técnicas
Para técnicas, processo de registo, técnicas de implementação aplicadas ou formato
de materiais na criação de uma obra de arte ou arquitectura. Exemplos de
Elementos adicionais
Algumas instituições podem desejar visualizar e indexar informações
adicionais sobre materiais e técnicas, com base nas necessidades locais. Se
necessário adicionar informação conforme definido abaixo.
EXTENSÃO/MEDIDA/DIMENSÃO/TAMANHO
Extensão refere-se a uma parte específica de uma obra composta por um
determinado material ou criado utilizando uma técnica particular. Exemplos
de terminologia incluem geralmente, superfície, base, placa, painel inferior,
jaqueta e saia.
TIPO DE MATERIAL
Para materiais, podem requerer a recuperação de dados separada sobe a
comunicação e o suporte do qual são aplicados. Esta distinção conhecida
como meio e suporte, é normalmente importante para obras bi-dimensionais,
incluindo pinturas, desenhos e gravuras.
MEIO
Meio é o material aplicado ao suporte. Exemplos de terminologia incluem
tinta, pintura, pastéis, aguarela, carvão vegetal, verniz Martin, madrepérola,
têmpera de ovo, tinta a óleo, folha de ouro, tinta de ferro dourado, bronze,
guache, lápis de cor, osso de veado, cinábrio, ametista e grafite.
SUPORTE
O suporte é a superfície sobre a qual os meios de comunicação são
aplicados. Exemplos de terminologia incluem lona, painel de carvalho, papel
PROCESSO/MÉTODO
O processo refere-se ao meio, ao método, ao processo ou á técnica pelo qual
um material foi usado na criação da obra. Exemplos de terminologia incluem
desenho, pintura, fresco, escultura, cera reciclada, esfuminho, picagem,
cinzelagem, gravação, douramento, tecelagem, trabalho em metal,
sobrepintura, montagem, incrustação, colagem, figura vermelha, construção
de metade da madeira.
UTENSÍLIO
O Utensílio refere-se a qualquer utensílio ou ferramenta usada para criara a
obra. Exemplos de terminologia incluem, escova, caneta, lápis, roleta,
compasso, cinzel, borracha, motosserra, canivete, caneta de feltro, tecidos
de tear, buril, escova de sabre, goiva e dedos.
PINTURAS
Para pinturas, incluir comunicação e suporte. Em alguns casos, tal como
acontece com pinturas de parede, o termo é usado para indicar o material ou
materiais de que é feita a obra e pode ser o mesmo TIPO DE OBRA (por
exemplo, fresco).
Exemplos
[para um banner/cartaz]
[para um retábulo]
Materiais e técnicas de visualização: tinta de têmpera de ovo com
halos de folha de ouro no painel
Campos controlados:
Materiais: têmpera de ovo . folha de ouro . painel de madeira
Técnicas: pintura . ferramentas de ouro
DESENHOS E AGUARELAS
Para desenhos e aguarelas, incluir comunicação e suporte. Técnicas,
processos e utensílios (por exemplo, caneta) deve ser incluída, conforme o
caso. Para desenhos incluir a cor se for invulgar ou significativo (ver cor,
abaixo), mas geralmente não incluir cor para aguarelas.
Exemplos
[para um desenho]
Materiais e técnicas de visualização: caneta e tinta castanha no
papel marfim colorido
Campos controlados:
Materiais: tinta . papel
Técnicas: caneta . desenho
Exemplos
[para um desenho]
Materiais e técnicas de visualização: ponto de prata, com giz
branco aumentando, em papel preparado a cinza-prata
Campos controlados:
Materiais: giz . papel preparado
GRAVURAS/ESTAMPAS
Para gravuras/estampas, a visualização pode referir somente à técnica, se
for o caso (por exemplo, gravura). Se houver várias técnicas ou o suporte for
invulgar/pouco habitual, incluir esta informação para evitar ambiguidade. Os
termos podem repetir um termo que também é usado para designar o TIPO
DE OBRA
exemplo litografia
[para uma gravura moderna]
Materiais e técnicas de visualização: litografia
Campos controlados:
Materiais: tinta . papel
Técnica: litografia
Exemplos
[para uma escultura moderna]
Materiais e técnicas de visualização: bronze
Campos controlados:
Material: bronze
Técnica: processo de cera reutilizada
Material: granito
Técnica: cinzeladura
Exemplos
[para um panfleto/prospeto]
Materiais e técnicas de visualização: impressão tipográfica no papel
amarelo pálido
Campos controlados:
Material: papel
Técnica: impressão tipográfica
[para um manuscrito]
Materiais e técnicas de visualização: tinta e têmpera em
pergaminho(iluminuras), pele e prata (encadernado)
Campos controlados:
Extensão: fólios e iluminuras
Materiais: tinta . têmpera . pergaminho
Técnicas: caligrafia . pintura
Extensão: encadernado
Materiais: couro . prata
Técnicas: caligrafia . pintura
Exemplos
[para um báu/arca/cofre]
Materiais e técnicas de visualização: ácer
Campos controlados:
Material: ácer
[para um sofá]
Materiais e técnicas de visualização: carvalho folheado com pau-
rosa, suportes de/em bronze, forro/estofos em crina de cavalo
Campos controlados:
Materiais: carvalho . pau-rosa . bronze . crina de cavalo
Técnica: folheamanto
Exemplos
[para um pote]
Materiais e técnicas de visualização: argila
Campos controlados:
Material: argila
Técnica: moldagem
Exemplos
[para um colar]
Materiais e técnicas de visualização: obra de ouro em baixo relevo
Campos controlados:
Material: ouro
Técnica: baixo-relevo
ARQUITETURA
Para arquitetura, incluir os materiais primários exteriores e interiores. Incluir
referências aos métodos de construção ou à forma de construção. Incluir a
planta/a estrutura, ou o plano, se conhecido.
Exemplos
[para um edifício de escritórios/prédio?]
Materiais e técnicas de visualização: estrutura em aço com painéis
de vidro
Campos controlados:
Materiais: aço . vidro
Técnica: estrutura de aço . parede com cortina de vidro
Exemplos
[para um avental]
Materiais e técnicas de visualização: linho
Campos controlados:
Material: linho
Técnica: tecelagem
[para um traje]
Materiais e técnicas de visualização: seda de cetim com padrão de
stencil tingido, bordado a fio de ouro.
Campos controlados:
Material: seda . corante . fio de ouro
Técnica: tecelagem do cetim . tingimento com stencil . bordado
Exemplos
[para uma instalação]
Materiais e técnicas de visualização: instalação multimédia
Campos controlados:
Material: multimédia
Técnica: instalação
FILME E VIDEO
Para o vídeo ou imagens em movimento, registe a imagem multimédia
específica e o áudio e as técnicas de vídeo, se conhecer. O material deve ser
o mesmo que o do Tipo de Obra. O formato desta imagem multimédia
também é importante, ver Medidas acima.
Exemplos
[para uma cassete de video]
Materiais e técnicas de visualização: cassete a preto e branco com
som
Campos controlados:
Materiais: cassete de vídeo . som
Técnica: preto e branco
Exemplos
[para uma imagem digital]
Materiais e técnicas de visualização: imagem digital
Campos controlados:
Material: imagem digital
Exemplos
[para um anel]
Materiais e técnicas de visualização: granada numa configuração
de ouro
Campos controlados:
Material: granada . ouro
Técnicas: fundição
3.2.2.2.5 GRUPOS
Para um grupo de obras, descrever todos os materiais e técnicas usadas
para criar itens no grupo. Se existirem muitos para descrever, liste o mais
importante ou os materiais mais típicos e técnicas evidentes no grupo.
Exemplo
[para grupos de desenhos]
Materiais e técnicas de visualização: caneta e tinta em papel, giz
sobre papel, têmpera sobre placa/quadro estudantil
Campos controlados:
Materiais: tinta . papel
Técnicas: caneta . desenho
Materiais: giz . papel
Técnicas: desenho
Materiais: têmpera . placa/quadro estudantil
Técnica: pintura
3.2.2.2.7 COR
Se a cor da obra for invulgar ou importante, anote a cor, a tinta, ou o tom do
material de que a obra é composta. Quando extremamente necessário os
registos da cor são obrigatórios, uma cartela de cores deve ser mantida para
comparação. Se a cor tem um significado iconográfico ou simbólico,
grave/registe -o também no elemento ASSUNTO.
Exemplos
[para uma estátua]
Materiais e técnicas de visualização: granito cinza
Campos controlados:
Materiais: granito I Cor: cinza
Técnica: escultura
[para um desenho]
Materiais e técnicas de visualização: caneta e tinta preta e giz de
cor castanha na cor-marfim de papel laid
Campos controlados:
Materiais: tinta I Cor: preta
Materiais: papel laid I Cor: marfim
Técnica: caneta . desenho
Campos controlados:
EXTENSÃO: GLOBAL/TOTAL
3.2.2.2.8 MARCAS
Para obras em papel e consoante o caso de outras obras, incluir a descrição e a identificação
de marcas d’ água, selos e estacionários e outras marcas ou aplicada ao material antes de ele
ter sido trabalhado numa obra de arte, se conhecido. As marcas são uma característica do
material, geralmente em suporte de papel; normalmente não fazem parte da criação artística. A
localização da marca na obra pode ser visível.
Exemplos
[para uma estampa]
Materiais e técnicas de visualização: gravura em papel colado,
marca d’água no lado esquerdo: papel ministro
Campos controlados:
Material: papel colado
Marca: papel ministro
Material: tinta
Técnica: gravura
MAIÚSCULAS E ABREVIATURAS
Para evitar abreviaturas, exceto para abreviaturas para números (por
exemplo, usar o 2.º ao invés de segundo). Use letras minúsculas.
3.2.3.2.1 SINTAXE
Estados conhecidos: 5
Estado de visualização: prova de impressão
Identificação do estado: prova de impressão
Estados conhecidos: N/A
INDICADORES NUMÉRICOS
Para a maioria das indicações do estado, registe as referências numéricas,
como descrito na Sintaxe.
PROVA DE ARTISTA
Usar a prova de artista, também conhecido como teste de artista, para
impressões especificamente impressas para o artista e excluídos da
TIRAGEM
Usar hors de commerce, significa tiragem da edição comercial, para provas
que foram excluídas da numeração de uma edição, originalmente não tinha
como objetivo a venda …
PAG. 137
(…) venda, não são provas de artista, provas de impressão ou prontas para
impressão. Na impressora poderá encontrar a abreviatura HC.
TERMOS ADICIONAIS
Além do AAT, do CDWA e dos manuais padrão, e sítios web relacionados com
a gravura da impressão podem servir como fontes para terminologia
adicional acerca do estado (por exemplo, The National Gallery of Art’s
Gemini G.E.L: Catálogo explicativo on-line em
http://www.nga.gov/gemini/glossary.htm). Se nenhuma fonte publicada
estiver disponível, referir a inscrição da obra, se possível.
Exemplos
Visualização do estado: segundo estado
Campos controlados:
Identificação do estado: 2
Estados conhecidos: desconhecido
Exemplo
Visualização do estado: 1.º de 3 estados (Robinson(1986))
Campos controlados:
Estado de identificação: 1
Estados conhecidos: 3
Fonte: Robinson, Andrew. Early Architectural Fantasies: a catalogue
Raisonée of the Piranesi Etchings. Washington, DC: National Gallery of
Art, 1986.
MAIÚSCULAS E ABREVIATURAS
Evitar abreviaturas, exceto para numerais ordinais (por exemplo, use 3 em
vez de 3.º). Use letras minúsculas exceto quando um termo incluir um nome
próprio.
Exemplos
Visualização do estado: 46/500
Campos controlados:
Visualização do estado: 3.ª edição
Visualização do estado: Edição vitória
Exemplos
Visualização do estado: 4/50
Visualização do estado: Edição Müller
3.2.3.4.1 SINTAXE
PARA IMPRESSÕES
Para impressões digitais ou outras obras publicadas várias vezes ao mesmo
tempo, registe um número fracionado. Registe o número de impressões,
remeter na diagonal???barra invertida(/), e o tamanho/quantidade da edição
(por exemplo, 51/250).
Exemplo
[para uma impressão]
Visualização do estado: 3/20
Campos controlados:
Número de impressão: 3
Tamanho/Quantidade da edição: 20
PARA LIVROS
Para livros e outros trabalhos produzidos no contexto de emissões anteriores
ou posteriores, registe o número ou o nome da edição seguido da palavra
edição (por exemplo, 5ª edição).
Exemplos
[para um livro]
Exibição de edição: 2ª edição
Campos controlados:
Número-nome da edição: 2
[para um livro]
Exibição de edição: Edição de Kennedy
Campos controlados:
Número-nome da edição: Kennedy
Edições ambas numeradas e nomeadas
Se uma edição é numerada e nomeada, registe o nome seguido pelo
número de impressão e tamanho de edição.
Número de impressão
Para o número de impressão, grave o número atribuído a um item específico
dentro de um
edição específica ou produção executada, como 1,30,241.
Tamanho da edição
Para o tamanho da edição, registe o número total de trabalhos criados em
uma determinada produção.
execução, como 50,250,500.
Exemplo
[para uma impressão]
Exibição de edição: provavelmente 34/50
Exemplo
[para uma escultura de elenco]
Exibição de edição: edição de 20
Campos controlados:
Número de impressão: desconhecido
Tamanho da edição: 20
3.2.3.5 VERSÕES
Registe diferentes versões como trabalhos separados e relacionados
(consulte a Parte 1: Trabalhos relacionados para uma discussão de trabalhos
relacionados). Observe que diferentes versões de um trabalho, como cópias
após um trabalho, re-criações, réplicas ou reproduções dele, não são
consideradas estados ou edições. As versões incluem os seguintes exemplos:
Versão em escala 1/4, versão pequena, versão A. A distinção é que os
estados e as edições se referem a multiplos do mesmo trabalho físico ou
intelectual, e as versões não são consideradas como seja múltiplos.
Exemplos
[para uma impressão]
Exibição de inscrição: assinado e datado no prato, na parte inferior
direita: Benedicti / Castilionis / 1647
[para um álbum]
Exibição de inscrição: centro inferior: PROJETS / POUR LA VILLE / DE / ST.
PETERSB [ou] RG
Exemplos
[para uma pintura a óleo]
Exibição de inscrição: assinado, na parte inferior direita: Vincent
3.2.4.2.1 SINTAXE
Registe uma indicação da natureza e posição da inscrição (por exemplo,
centro inferior, recto, ou verso), seguido por um cólon, e depois a transcrição
precisação do texto. Para indicar quebras de linha no texto original, use uma
barra inclinada para a frente. Usar colchetes para qualquer comentário
editorial que aparece após os dois pontos no corpo do transcrição. Use um
ponto-e-vírgula para separar as descrições de inscrições múltiplas.
Exemplos
[para um desenho]
Exibição de inscrição: assinado na parte inferior esquerda:
GBPiazzetta; rótulo escrito e datado, em um mais tarde mão: S. Maria
dei Servi / 1735
[para uma impressão]
Exibição de inscrição: assinado na placa, centro inferior: Iullius Parigu
Inv. Iacobus Callot F.
[para uma pintura]
Exibição de inscrição: centro inferior inscrito: COSMO MEDICI / DVCII /
FLORENTINOR.ET.SENESNS. / URBIS ROMAE / AEDIFICIORVM
ILLVSTRIVMQVAE / SVPERSVNT RELIQVIAE SVMMA [...]
[para uma cadeira]
Exibição de inscrição: carimbado sob o trilho do banco traseiro:
IAVISSE [para Jean Avisse]
Localização no Trabalho
Exemplos de terminologia incluem inferior direito, verso central superior,
abaixo da esquerda lidar com, e dentro da placa de impressão.
3.2.4.2.4 EXAUSTIVIDADE
Se a inscrição for muito longa para transcrever, descreva-a em vez de
transcrever. Alternativamente, transcreva parte dele e indique o texto que
falta com uma reticência.
Exemplos
[para uma ilustração, a inscrição é descrita]
Exibição de inscrição: rotunda roteiro gótico, início do último canto de
Dante's Inferno, em italiano com a primeira linha da nova seção em latim
3.2.4.2.5 TRADUÇÕES
Se o catalogador ou uma fonte tiverem traduzido o texto do idioma original
(para Por exemplo, se o texto original estiver em um alfabeto não-romano),
indique claramente tradução colocando-a entre colchetes.
Exemplo
[para uma pintura]
Exemplos
[para um desenho]
Exibição de inscrição : inscrito em caneta e tinta cinza sobre grafite,
canto superior direito: hic.corona.exit. [-?] / .ob.diminuitionem. / colonna
[rum] / 179 [4?]
[para um livro]
Exibição de inscrição: receitas medicinais em árabe, inscrição do proprietário
no canto inferior esquerdo e marginalia são provavelmente da mesma mão.
Exemplos
[para uma impressão]
Exemplos
[para um tapete]
Exibição de descrição física: O tapete é tipo kilim, com superfície lisa
e plana. Field is decorado com 15 medalhões que são conectados por
motivos estilizados de videira de rolagem; Os medalhões contêm várias
flores e árvores frutíferas com pequenos pássaros; as bordas estão
decoradas com desenhos geométricos alternativos e arabescos.
[para um jarro]
Exibição de descrição física: Jarro tem uma cintura alta, pescoço de
colarinho curto, aro simples, base simples e alças de alça.
Exemplo
[para um tapete]
Exibição de História de Condição: Áreas metálicas oxidadas,
marrons oxidados, margem aplicada fim, guardas menores
desaparecidos nas duas extremidades, áreas menores de restauração.
Warp: Algodão Z4-6S, urdidura alternativa fortemente deprimida, branca
natural; Trama: Algodão, 2Z, (às vezes 3Z), então 2 fios de seda não-
folhada (tons claros a sombrios de bege e vermelho). A seda alternando
entre 2 filas de algodão 2Z, 3 rebentos; Pilha: Seda, com fios de seda
envoltos metálicos, nó assimétrico aberto para a esquerda; Densidade:
15-17 horizontal, 13-15 vertical.
Para mais discussões e uma lista de campos, veja Categorias para a
Descrição de Trabalhos de arte
Exemplo
[para uma escultura de baixo relevo]
Exibição de histórico de conservação e tratamento: Sal de
superfície endurecido removido com agente quelante; remover o
Para Medições
Os campos controlados mínimos recomendados para medições são
numéricos valor, unidade de medida e tipo de medida.
Exemplo
Exibição de medidas: 13,3 x 20,6 cm (5 1/4 x 8 1/8 polegadas)
Campos controlados:
Valor: 13,3; Unidade: cm; Tipo: altura
Valor: 20,6; Unidade: cm; Tipo: largura
Exemplos
Exibição de medidas: aproximadamente 3 1/4 x 2 1/4 polegadas (imagem,
carte-de-visite formato); 4 x 2 1/2 polegadas (folha)
Campos controlados:
Formato: carte-de-visite
Extensão: imagem
Qualificador: aproximadamente
Valor: 3,25;Unidade: polegadas;Tipo: altura
Valor: 2,25;Unidade: polegadas;Tipo: largura
Extensão: Folha
Qualificador: aproximadamente
Valor: 4;Unidade: polegadas;Tipo: altura
Valor: 2,5;Unidade: polegadas;Tipo: largura
Exemplo
Exibição de materiais e técnicas: gravura e ponto seco em papel
colocado Campo controlado:
Materiais e Técnicas: tinta • gravura • ponto seco • papel colocado
Exemplo
Exibição de materiais e técnicas: gravura com aguarela em papel
branco
Campos controlados:
Materiais: tinta • aguarela • papel colocado
Técnicas: gravura • pintura
Exemplos
Exibição de materiais e técnicas: tinta e tempera em vellum
(iluminação), couro e prata (vinculativo)
Campos controlados:
Extensão: folios e iluminações
Materiais: tinta • tempera • vellum
Técnicas: caligrafia • pintura
Extensão: obrigatório
ESTADO
Os campos controlados sugeridos para o estado são Estados de Identificação
de Estado e Conhecidos. A fonte também deve ser controlada.
Exemplo
Exibição do estado: Bartsch 133, estado 1 de 3
Campos controlados:
Identificação do Estado: 1
Estados conhecidos: 3
Fonte: O Illustrated Bartsch. Nova York: Abaris Books, 1980, 39/1: 269.
EDIÇÃO
Os campos controlados sugeridos para edição são Número de impressão,
Tamanho da edição e Edição Número-nome.
Exemplos
Exibição de edição: 5/125
Campos controlados:
Para inscrições
Se a recuperação em inscrições for necessária, os campos controlados
podem incluir o tipo de inscrição, localização no trabalho e tipo de letra ou
letra. O autor, a data, e o idioma da inscrição também pode ser registado em
campos controlados. Informações importantes contidas na inscrição, como o
nome do artista, data de execução, assunto ou título, devem ser indexados
no apropriado elementos em outro lugar do Registo de Trabalho.
Exemplo
Exibição de inscrição: assinado e datado superior direito: Rembrandt f. /
1635
Campos controlados:
Tipos de inscrição: assinado • datado
Local de inscrição: canto superior direito
Autor de inscrição: Rembrandt van Rijn (holandês, 1606-1669)
Para a facção
A factura pode ser descrita em um campo de texto livre. A maioria das
instituições não precisará de campos controlados para informações sobre a
factura das obras. Informações pertinentes, tais como como materiais e
técnicas, devem ser indexados em elementos apropriados em outros lugares
no registo de trabalho.
3.3.2 EXEMPLOS
Exemplos de registros de trabalho estão incluídos abaixo. Para exemplos
adicionais, veja o fim da Parte 1, o final de cada capítulo e o site da CCO. Nos
exemplos, controlada refere-se a valores controlados por um arquivo de
autoridade, lista controlada ou outro regras (por exemplo, regras para datas
de gravação). Ligação refere-se a uma relação entre um registro de trabalho
Registro
Registrode
detrabalho
autoridade de conceito
■Classe[controlada]:
■*Termos: impressões e desenhos • europeu arte
■*Tipo de trabalho[ligação]:
gravação gravura
de cobre(preferido)
■*Título:calcografia
Apollo, Pan e um Putto soprando um chifre |Tipo de título:
preferidogravura em chapa de cobre
■*Exibição do criador:
gravação em cobre Giorgio Ghisi (italiano, cerca de 1520-1582),
depois de uma pintura
■*Nota: Processo de dePrimaticcio
gravação para impressão com placas de cobre;
*Função[ligação]:
substituídoprintmaker
no início do |[ligação]:
século 19 Ghisi,
pelo Giorgio
uso de mais duráveis
■*Data Placas,
de criação:
tanto de aço como de cobre de aço. cedo: 1560;Mais
1560s |[controlada]:Mais
recentes: 1569
■*Posição hierárquica[ligação]:
■*Sujeito[links
Facet de para as autoridades]: religião e mitologia • paisagem •
atividades
Apolo • ...
PanProcessos competição
• putto• e Técnicas • figuras humanas • macho • música
• chifre ..............
• Ovídio (romano,
<processos 43 aC-17 CE) • Metamorfoses
de impressão>
■*Localização atual[ligação]:
....................... <processos Research Library,intaglio>
de impressão Getty Instituto de
Pesquisa (Los Angeles, Califórnia, Reino Unido Estados)
.............................. gravura (processo de impressão) |identidade
# 2000.PR.2
.................................... gravura de cobre (processo de impressão)
■*Medições: marca da placa: 29,6
■*Fonte[ligação]:Thesaurus x 17e arquitetura(1988-).
de arte cm, folio: 30,7 x 18,3
cm[controlada]:Extensão: marca de placa;Valor:
29,6;Unidade:cm;Tipo: altura | Valor: 17;Unidade: cm;Tipo:largura |
Extensão: folio;Valor: 30,7;Unidade: cm;Tipo:altura |Valor:
18,3;Unidade: cm;Tipo: largura
■*Materiais e Técnicas: gravação de cobre em papel feito
Material[links]: papel colocado • tinta preta |Técnica[ligação]:
gravação de cobre
■Estado: 5 de 5
■Descrição: O assunto desta impressão vem de Ovid's
Metamorfoses, a competição musical entre Pan e Apollo. A gravura é
depois de uma perda Pintura de Primaticcio no cofre da quarta
baíada Galerie d'Ulysse em Fontainebleau. É um dos quatro
impressões baseadas em composições em torno de um imagem
central de Venus e dos três destinos.
■Trabalho relatado:Tipo de Relacionamento[controlada]: depois
de[link para trabalho relacionado]:
Apollo, Pan e Putto; pintura; Francesco Primaticcio (italiano, 1504-
1570); 1559-1560; perdido, anteriormente na Galerie d'Ulysse,
Fontainebleau (Ile-de-France, França)
CRÉDITO:
Ponte de oito palcos (Yatsuhashi)
. Período Edo (1615-1868), século XVIII; Korin (japonês, 1658-1716); Japão; Par de
Capítulo
telas dobráveis de seis painéis; tinta, 3de
cor e folha – Características físicas
ouro em papel; Cada 70 1/2 x 12 72
ft. 2 1/4 in. (179,1 x 371,5 cm) O Metropolitan Museum of Art, Purchase, Louisa
Eldridge Presente McBurney, 1953; (53.7.1-2); Fotografia © 1993 The Metropolitan
Museum of Art.
Figura 19
Registro de trabalho vinculado a um registro de autoridade de conceito: Torre do
século XIX
Os elementos obrigatórios e recomendados são marcados com um asterisco.
Notas
1. Este exemplo destina-se a ilustrar metadadosCRÉDITO: elementos discutidos
Basílica de neste Itália ©
São Marcos, Veneza,
manual. Campo nomes e valores de dados no exemplo, não representa
Patricia Harpring 2005. Todos os direitos reservados.
4.1.1 Análise
Este capítulo introduz os elementos relativos a Estilo, Cultura e Data que têm a ver com as
características Estilísticas, origens Culturais e elementos relativos à Data de execução ou criação
das obras.
Estilo
O elemento Estilo identifica o estilo definido, período chamado, histórico ou artístico,
movimento, grupo ou escola cujas características são representados na obra que está a ser
catalogada. Denominações de estilo, período, grupo ou movimento são derivadas da tradição
académica dentro de determinados campos de especialização. A terminologia coloca a obra no
contexto de outras obras criadas da mesma forma ou num estilo semelhante.
Muitas vezes, estilos ou períodos adquirem os seus nomes a partir de uma técnica utilizada em
um determinado lugar ou numa época determinada.
Termos como Figura vermelha, Figura negra e Pontilhismo são exemplos de estilos com base
numa técnica. Alguns termos, como Surrealista, podem referir-se a um estilo ou movimento
artístico não estando necessariamente ligado a um determinado período ou uma técnica
específica. As semelhanças estilísticas podem servir de base para identificar uma escola, que
tanto pode referir movimentos como a Escola Ashcan ou Ash Can, americana ou famílias e
grupos artísticos como a Escola de Kanō, no Japão.
Os termos relativos ao estilo ou período podem ser baseados em épocas históricas e, portanto,
têm uma referência cronológica; por exemplo, os períodos podem ser delimitados por datas
associadas a certos governantes ou governos. Os nomes das dinastias, como Ming, são usados
para períodos artísticos na China, Japão e Egito. Famílias dominantes fornecem nomes para
períodos e estilos, tais como Tudor ou Stuart.
Cultura
O elemento Cultura contém o nome da cultura, pessoas, ou nacionalidade de onde a obra foi
originada. Este elemento é útil para instituições que desejam registrar a cultura associada à
obra, a fim de colocar a mesma no contexto de outras obras criadas segundo a mesma cultura.
Dado que a cultura que produziu a obra coincide quase sempre com a cultura do produtor, o
elemento Cultura neste capítulo pode parecer redundante; contudo, pode ser um elemento
necessário para algumas instituições. Reconhece-se que, para produtores desconhecidos,
algumas instituições possam optar por deixar o campo do produtor em branco e construir
cabeçalhos uniformes para visualização, como por exemplo, Italiano desconhecido ou Italiano.
Onde tal prática local existe, este elemento Cultura torna-se crítico para obras de produtores
desconhecidos. Geralmente, não é necessário indicar um valor para o elemento Cultura quando
a obra tem um produto conhecido, tal como Matisse, que era Francês (Porque a nacionalidade
/ cultura de Matisse seria registada no ficheiro de autoridade).
Data
O elemento Data refere-se à data ou intervalo de datas associadas à criação, desenho,
A data de criação de uma obra de arte pode ser simplesmente um único ano. Noutros casos,
uma obra de arte ou de arquitetura pode apresentar datas mais complexas. Ela pode ter sido
criada durante um determinado período de tempo ou pode ter várias datas associadas com
fases ou actividades que têm a ver com a sua criação. Por exemplo, a iluminura de um
manuscrito pode ter sido realizada num dado século mas encadernado noutro. Estruturas
arquitetónicas podem ter sido construídas ao longo de vários anos, décadas, ou séculos, e
muitas vezes concluídas em múltiplas fases. Desde a construção ao seu térmico podem ocorrer
em diferentes períodos de tempo. Outros tipos de obras podem ter sido completados em vários
estágios discretos e separados no tempo. Por exemplo, as datas de um negativo fotográfico e as
impressões feitas a partir dele podem diferir no tempo (negativos, tais como os de Ansel
Adams, são muitas vezes reimpressos). Alguns tipos de obras, como a arte efémera ou
instalações de rua, podem ter um intervalo finito de datas associadas com a sua existência. A
arte performativa ou acontecimentos podem exigir uma data mais específica que apenas o ano;
podem ter ocorrido num dia e hora específicos.
A incerteza pode ser muitas vezes um factor importante no registo de uma data. As datas
aproximadas tanto podem abarcar o período de poucos anos como outro mais amplo de mais
de um século. As datas podem ser qualificadas com termos tais como circa (ca.), acerca, antes,
ou depois (por exemplo, depois de 1611 ou ca.830 AC). As datas podem também ser indicadas
por século (por exemplo, Século - XII) ou ano (por exemplo, Ano-134).
Especificidade
Tendo em conta o âmbito da colecção, as informações disponíveis, as competências do
catalogador e o público a quem se destina, o Estilo e a Cultura, sempre que possível, devem ser
Sempre que possível no campo Data, em texto livre, deve-se registar a data específica. Se não
for possível deve-se usar estratégias que permitam ao utilizador obter a informação o mais
fidedigna possível (por exemplo, ca. de 1820). Ainda, quando a datação não é precisa, das
datas iniciais e finais devem ser registadas dentro da mínima margem de certeza ou
probabilidade existente (por exemplo, início: 1815 e final: 1825). Este leque de datas prováveis
não devem ser visíveis para o utilizador final, mas apenas utilizadas na pesquisa e recuperação
da informação.
O elemento Data é obrigatório. Recomenda-se incluir este elemento tanto na visualização como
na indexação da base de dados. As datas podem ser registadas num campo de texto livre.
Todavia, o leque de datas não fica visível ao utilizador final apenas o indicado no campo de
visualização.
Exemplo
O campo que descreve o leque de datas é repetível (por exemplo, algumas instituições irão
diferenciar datas de concepção, construção, e assim por diante em conjuntos separados).
Elementos Recomendados
A lista dos elementos discutidos neste capítulo aparece abaixo. Os elementos necessários são
indicados. A visualização pode ser feita através de um campo de texto livre ou pela
concatenação de vários campos controlados.
Estilo
Qualificador de estilo
Cultura
Data de visualização (obrigatório)
Data inicial
Data final
Qualificador de data
Sobre os exemplos
Os exemplos apresentados ao longo deste capítulo são meramente ilustrativos. A prática local
pode ser diferente. Os exemplos são os mais completos possíveis e usados para os campos de
visualização e de indexação.
4.1.2 Terminologia
Getty Vocabulary Program. Art & Architecture Thesaurus (AAT). Los Angeles: J. Paul Getty Trust,
1988-. http://www.getty.edu/research/conducting_research/vocabularies/aat/. (Especially the
4.1.2.1.2 DATA
As informações de data devem ser formatados de forma consistente para permitir a
recuperação. As regras locais devem ser configuradas. Os formatos sugeridos estão disponíveis
através da norma ISO e W3C1XML Schema Parte 2.
ISO 8601:2004 Numeric representation of Dates and Time. Data elements and interchange
formats. Information interchange. Representation of dates and times. Geneva, Switzerland:
International
Organization for Standardization, 2004.
4.1.2.2.1 CONSISTÊNCIA
Uma terminologia consistente para os elementos estilo e cultura é essencial para a pesquisa e
uma recuperação eficiente. A consistência no formato de dados dos elementos de data, usados
para recuperação, é particularmente crítica no caso de campos controlados sendo menos
importante, mas também desejável, no caso de texto livre. Embora possa ser considerado o uso
de terminologia livre, por razões de clareza, é sempre recomendado o recurso a terminologia
consistente com aquela que é utilizada para os campos controlados. Estilo, gramática e sintaxe
consistentes são recomendados.
Formas adjetivas
Geralmente, usa-se a forma adjetiva para a designação dos termos de estilo e período.
Exemplos
Estilo: Bizantino
Estilo: Constantinopolitano
Estilo: Medieval
Estilo: Barroco
Estilo: impressionista
Estilo: Neo-Pop
Registar substantivos ou gerúndios quando eles são usados como adjetivos, conforme seja o
caso.
Exemplos
Exemplos
A terminologia dos Termos deve ser na língua da agência catalogadora, à exceção dos casos
sem equivalência. Sempre que necessário usar os diacríticos.
Exemplos
Se o estilo é definido pelo suporte ou técnica repetir a informação em Materiais e Técnicas (ver
Capítulo 3).
Exemplo
[numa Ânfora panatenaica, a figura negra está relacionada com a técnica]
Estilos: Figura negra • Ático
[uma pintura chinesa do Século XI, o termo estilo refere-se tanto ao meio como
ao assunto] 2
Estilo: tinta de bambu
Referência a um lugar
Exemplos
Referência a um período
Exemplos
Para efeitos de descrição, um século não é um período per si; não indicar séculos no elemento
Estilo / Período. Usar o elemento Data para indicar os séculos (Por exemplo, século XIV).
Referência a um Governante
Exemplos
Se o termo para o estilo ou período refere-se a uma cultura ou a um grupo, irá provavelmente
sobrepor-se com o elemento de cultura, que é também discutido neste capítulo. As instituições
que exigem a indicação da cultura devem repetir essa informação no elemento Cultura.
Exemplos
4.2.1.2.3 INCERTEZA
Algumas instituições podem querer distinguir se o termo se refere ao estilo, período, grupo,
movimento ou dinastia, diferenciando assim entre cada tipo. Os qualificadores podem ser
utilizados para esse fim. Dada a sobreposição entre estes conceitos, atribuir qualificadores é
muitas vezes difícil e desnecessário, a menos que seja preciso uma recuperação com base
nestas diferenças. O qualificador deverá ser registado na Autoridade de Conceito e não no
Registo da Obra.
Exemplo
[uma cadeira]
Estilo: Artes e Ofícios
Qualificador: movimento
Indique a cultura ou nacionalidade a partir do qual a obra foi originada. Ver Capítulo 3:
Autoridade Pessoa e Coletividade: Nacionalidade, para uma discussão mais aprofundada sobre
Formas adjetivas
Geralmente usa-se a forma adjectiva de um substantivo apropriado para uma cultura, região,
nação ou continente.
Exemplos
Cultura: Céltico
Cultura: Italiano
Cultura: Siberiano
Cultura: Africano
Cultura: Pré-Columbiano
Cultura: Médio Oriente
Em casos raros, quando não há uma forma comum adjetiva para um termo, utilizar o forma
substantiva.
Exemplo
Cultura: Ásia Menor
Exemplos
Cultura: Abbevillense
Cultura: Francês
Cultura: Sienese
Cultura: Ásia Oriental
Cultura: Nativo Americano
A terminologia dos Termos deve ser na língua da agência catalogadora, à exceção dos casos
sem equivalência. Sempre que necessário usar os diacríticos.
Exemplos
Exemplos
4.2.2.2.3 INCERTEZA
Sempre que surgir dúvidas sobre qual a cultura específica ou nacionalidade que produziu uma
obra, deve-se selecionar o termo mais genérico sobre o qual se tem a certeza. Por exemplo, no
caso de não existir a certeza sobre o uso do termo Sudão Ocidental selecionar o termo Cultura
Dogon ou Bamana.
Exemplo
Formato
Na Data de exibição, use a ordem natural das palavras. Para datas inicial e final indique os
números conforme a ISO 8061 ou esquema W3C XML Parte 2.
Exemplo
Exemplos
Incluir todos os dígitos para os limites dos anos; por exemplo, com anos de quatro dígitos, não
abreviar o segundo ano (por exemplo, 1780-1795, e não 1780-95).
Idioma
Exemplos
Exemplos
Anos
Para a pesquisa por datas inicial e final registar, sem vírgulas ou outra pontuação, excepto para
a traço, que é utilizado para expressar números negativos para datas AC. Usar quatro dígitos
para a maioria dos anos. Se possível, para anos que requerem menos de quatro dígitos
significativos, siga as normas, sugerindo-se a inserção de zeros à esquerda (por exemplo, 0009).
As datas BCE (antes da era comum) podem exigir mais de quatro dígitos (por exemplo, -10000).
Exemplos
Dia e hora
Exemplos
Uma designação de data e a hora, como referido acima, é considerado na hora local. Não
existe um padrão internacional para abreviaturas de fusos horários civil, tais como PDT (Pacific
Daylight Time) ou CET (Hora Central Europeia). Se a sua instituição deseja indicar o fuso horário,
seja consistente. A fim de indicar que é utilizado o Tempo Universal (UTC, que substituiu
Greenwich Mean Time), as normas sugerem anexando uma letra maiúscula Z (por meridiano
zero) ao tempo tal como no 14: 30: 00Z. As horas locais são referidas como mais ou menos UTC
(por exemplo, nos Leste dos EUA e Canadá Oriental será UTC menos cinco horas – UTC-5).
Consulte outras informações pertinentes relativas a padrões de tempo para mais orientações.
Exemplos
Para datas após o ano 1, não incluir a designação CE (Era atual), excepto quando possa existir
confusão porque o espaço temporal de datas começa com AC e termina em CE (por exemplo,
75 AC-10 DC) ou a data está dentro dos primeiros séculos da era atual. Não use BC (Antes de
Cristo) ou AD (Anno Domini). Indique as datas BCE com números negativos nas datas inicial e
final.
Exemplos
[uma pulseira de Indiana, onde a data está compreendida entre BCE e CE]
Data de visualização: 15 AC-20 DC
Inicial: -0015; Final: 0020
Para obras muito antigas, artefactos, e em certas outras disciplinas (por exemplo, em estudos
pré-Colombo), muitas vezes o uso de BCE não é apropriado. Use as frases anos passados ou
antes do presente se a sua fonte indica idade relativa ao presente, em vez de um data absoluta.
Não abreviar denominações (não usar, por exemplo, Y.A. ou B.P.).
Exemplo
[gravuras rupestres]
Data de visualização: criadas cerca de 75.000 anos atrás
Inicial: -76.000; Final: -70000
Para primeiras e últimas datas, traduzir as datas para o calendário gregoriano proléptico. Se
possível, usar uma tabela de equivalência adequada. Alternativamente, se o seu computador
aceitar vários sistemas de datação, registar as datas, como indicado na fonte e sinalizá-las como
anos passados ou antes do presente.
Exemplos
Exemplos
[uma pintura]
Data de visualização: 1862
Inicial: 1862; Final: 1862
[um arranha-céu]
Data de visualização: 1976
Inicial: 1976; Final: 1976
Se este ano único não se referir ao ano de conclusão, explicar o significado do ano na
visualização da data. Nas datas inicial e final registar o período de tempo estimado durante o
qual a realização da obra teve lugar.
Exemplos
Exemplo
Exemplo
[uma escultura]
Data de visualização: criada em 1462, inaugurada em 1469
Inicial: 1462; Final: 1469
Para as obras em curso, como um portal Web interactivo, indicar a data quando o trabalho foi
iniciado. Para a data mais recente, estimar o final com uma extensão ampla durante o qual o
trabalho poderá continuar.
Exemplo
Provavelmente
Se houver dúvida entre os investigadores sobre a data de uma obra, indique-o no campo para
visualização usando a palavra, provavelmente, ou um ponto de interrogação. No índice de
pesquisa deverá incluir as datas inicial e final que representam uma extensão apropriada com
base na informação disponível. No exemplo abaixo, indicou-se um período de um ano acima e
abaixo de 1937.
Exemplo
Ou
Se a data de uma obra é conhecida em mais do que uma data, indicar esse facto no campo para
visualização de data usando a palavra ou.
Exemplo
[uma gravura]
Data de visualização: 1568 ou 1569
Inicial: 1568; Final: 1569
Cerca de
Se a data exata é desconhecida, prefaciar o ano com ca. (para cerca) ou acerca. Estimar
primeiras e últimas datas com base na informação disponível sobre o trabalho e convenções em
torno dos vários períodos históricos.
Exemplos
[uma fotografia]
Data de visualização: ca. 1935
Inicial: 1930; Final: 1940
Para trabalhos produzidos nos últimos séculos, use um período de dez anos para as primeiras e
últimas datas aproximadas (ca.). Por exemplo, subtrair cinco anos da mais antiga e adicione
cinco anos para a mais recente, de forma a criar o período de dez anos. Assim ca.1860 poderia
ser indexado como Inicial: 1855; Final: 1865. Para as obras antigas, use um período de 100
anos. Por exemplo, ca. 1200 BCE poderia ser indexado como Inicial: -1250; Final: -1150.
Alterar estas recomendações para permitir uma extensão maior ou menor se se justificar
Se ca. é usado com um intervalo de datas, repita-o se necessário para indicar se é aplicado ao
ano que começa, ao ano que termina, ou a ambos. Estimar as datas Inicial e Final, conforme
apropriado.
Exemplos
[um grande altar esculpido, concluída ao longo de vários anos, onde tanto o início
e o fim são incertos]
Data de visualização: ca. 1505-ca.1510
Inicial: 1500; Final: 1515
Sempre que necessário, prefaciar séculos ou outras datas mais genéricas com ca.. Estimar as
datas Inicial e Final de forma adequada, com base nas informações disponíveis.
Exemplo
Para as obras muito antigas, use a palavra sobre invés de ca. (Por exemplo, sobre <X> anos ou
cerca de <x> anos antes do presente).
Exemplo
Quando uma data exata é desconhecida, usar as expressões terminus ante quem ou terminus
post como um marco no tempo para orientar as datações.
Na data de visualização, use as palavras antes ou depois. Estimar as datas inicial e final com
base nas informações disponíveis; adoptar um período de dez anos, se nada mais for
conhecido.
Exemplos
[um azulejo]
Data de visualização: após 547
Inicial: 0547; Final: 0557
Exemplos
[um desenho]
Data de visualização: criado entre 1859 e 1862
Inicial: 1859; Final: 1862
Exemplo
Décadas e séculos
Quando a data exacta é desconhecida, indicar a data mais próxima da década ou século.
Exemplos
Qualificar as décadas ou séculos, com início, meio e fim. Atribuir as datas Incial e Final dividindo
a década ou século em terços (por exemplo, final do Século XVIII pode ser indexado como
Inicial: 1770, Final: 1799), a menos que esta fórmula seja refutada pela informação disponível.
Exemplos
Se não for possível datar através das décadas ou séculos expressar as datas de acordo com um
período, dinastia, ou reinado do governante nomeado. Os períodos podem ser divididos em
início, meio ou final. Se não houver uma data específica conhecida, as datas, Inicial e Final,
devem ser baseada em datas aplicáveis a esse período. Em alguns casos, o período indicado no
elemento Data pode ser o mesmo que o período indicado nos elementos Estilo ou Cultura.
Exemplos
[um artefacto chileno pré-Colombiano com datação de ca. 2300 AC; refere-se a
um vaso feito à mão, que está incluído no período e cultura de Diaguita: Fase II]
Data de visualização: ca. 2300 AC (Diaguita: Fase II)
Inicial: -2500; Final: -2100
Sem Data
Não use s.d. para indicar o desconhecimento da data. Não se deve deixar o campo de data em
branco. Se uma data é incerta, determinar um possível intervalo de datas com base na
informação disponível, incluindo as datas de outras obras de arte, associadas a eventos
históricos, ou as datas de nascimento e de morte do artista. Por exemplo, a menos que a obra
seja concluído posteriormente à sua morte, a data da morte do artista seria o terminus ante
quem para a obra que criou.
Exemplos
O tipo de datas usado para grupos pode ser indexado com o elemento qualificador. Veja
Qualificadores de Data abaixo.
Exemplo
[uma escultura]
Data de visualização: 1372, reformulada 1377-1379
Inicial: 1372; Final: 1379
Qualificadores de Data
Algumas instituições podem querer utilizar qualificadores de data. Se a sua instituição segue
esta prática, quando o período de tempo entre diferentes actividades criativas é significativo,
usar conjuntos repetidos de datas inicial e final e as mais recentes para indexar as diversas
actividades separadamente, se possível. Use qualificadores para identificar os vários conjuntos
de datas. Exemplos de terminologia para qualificadores incluem criação, concepção, execução,
alteração, restauração, e adição. Veja também Grupos de Obras acima.
Exemplos
Qualificador: execução
Inicial: 1532; Final: 1534
Qualificador: restauração
Inicial: 1895; Final: 1895
Qualificador: execução
Inicial: 1247; Final: 1510
Para o elemento estilo, deve ser utilizado um campo controlado repetível para indexar o estilo,
período, grupo ou movimento em que a obra está a ser descrita foi criada. Um campo de
exibição de texto livre não é exigido, mas pode ser usado sempre que seja necessário para
expressar incerteza ou ambiguidade. Quando forem atribuídos vários estilos ou períodos, se for
necessário uma visualização, esta poderá ser obtida através da concatenação dos dados do
Exemplo
Para o elemento cultura, um campo controlado repetível deve ser utilizada para a indexação do
elemento cultura ou nacionalidade. Um campo de exibição de texto livre não é exigido, mas
pode ser usado sempre que seja necessário para expressar incerteza ou ambiguidade. Caso haja
várias culturas ou nacionalidades atribuídas, se for necessário uma visualização, esta poderá ser
obtida através da concatenação dos dados do campo controlado repetível.
O elemento Data deve, idealmente, consistir num conjunto de três campos: um campo de texto
livre para apresentar os detalhes da data aos utilizadores, e dois campos de indexação que
representam a data inicial e final envolvida na apresentação da data. As datas inicial e final são
campos controlados destinados a fornecer dados formatados de forma consistente que serão
utilizados na recuperação, mas que não são visualizados pelo utilizador final.
Exemplo
As datas inicial e final devem ser controladas pelas regras das normas ISO ou W3C (Ver secção
Terminologia). É reconhecido que as considerações de ordem prática, tais como as limitações
do sistema informático da instituição, podem exigir não respeitar estas normas (por exemplo,
alguns sistemas não permitir o armazenamento de zeros à esquerda para a representação de
números).
4.3.2 Exemplos
Exemplos dos Registos de Obras são apresentados de seguida. Para aceder a mais exemplos,
ver o final da Parte 1, no final de cada capítulo, e no portal do CCO. Nos exemplos, o controlo
refere-se aos valores controlados pelo ficheiro de autoridade, lista controlada, ou outras regras
(por exemplo, regras usadas para o registo de datas). A ligação refere-se à relação entre um
Registo de uma Obra e um Registo de Autoridade ou entre dois Registos de Obras. Todas as
ligações são campos controlados. Nos exemplos que se seguem os Registos de Obras
Relacionadas estão descritos de forma abreviada. Todos os Registos das Obras deverão ser tão
completos quanto possível. Consultar os vários capítulos para mais informações sobre os
elementos de metainformação individuais, se devem ser controlados, e as vantagens respetivas
de um ficheiro de autoridade ou de uma lista controlada. Em todos os exemplos neste manual
quer seja ao longo ou no fim de cada capítulo, os dados dos campos dos campos controlados
estão separados por caracteres.
1.A norma ISO reconhece ano zero. No 3.As idades estimadas pela datação por
entanto os projectos de humanidades, radiocarbono, de potássio / argônio e outros
geralmente, omitem nos cálculos de datas métodos de datação relacionados não
inicial e final correspondem necessariamente ao tempo de
calendário; por conseguinte, as tabelas de
calibração são projectados para
2. Pintura a tinta sobre bambu foi um estilo circunstâncias particulares que rodeiam o
de pintura chinesa que enfatiza uma relação processo específico de datação. As tabelas de
distinta entre a tinta como um meio e bambu calibração muitas vezes não estão
como um assunto. disponíveis; no entanto, as datas devem
ainda ser estimadas, porque os campos não
devem
ser deixados em branco e imprecisões ligeiras
da data inicial e final
não irá afectar a recuperação global.
5.1.1 Análise
O presente capítulo apresenta a forma como devem ser registadas as informações dos
elementos referentes à localização geográfica. A informação da localização será pertinente para
os seguintes tipos de localização: Atual, de Execução, de Descoberta e Anteriores.
Muitas Obras têm associadas uma grande diversidade de localizações. Os exemplos incluem a
nação onde um pote foi fabricado, a cidade do museu onde atualmente está exposta uma
pintura ou a cidade onde uma obra arquitetónica está localizada. A informação da localização
inclui outras especificidades, por exemplo, o próprio local que guarda os objetos (por exemplo,
um fresco numa igreja), ou o museu ou outra instituição que tem posse/controle sobre uma
obra. As obras podem mudar de localização (por exemplo, uma escultura ou um desenho
podem estar expostos numa exposição temporária e, quando terminada, regressar à reserva) e,
neste sentido, haver a necessidade de alterar e registar as relações dos objetos com as várias
localizações, ao longo do tempo. Geralmente, são pelo menos quatro as perguntas a efetuar
sobre a localização, na descrição dos objetos:
■ Onde está atualmente?
■ Onde estava anteriormente?
■ Onde foi executada?
■ Onde foi descoberta/achada?
Localização Atual
Capítulo 5 – Localização 1
registar a última localização conhecida. O número de inventário é, por norma, um elemento de
identificação do local; é composto por um código alfanumérico único que identifica a instituição
que guarda os objetos e essencial para a encontrar uma obra, em particular. Para mais
informações ver “Categorias para a Descrição de Obras de Arte: Localização atual”.
Local de Execução
O local de execução corresponde ao local onde uma obra ou seus componentes foi ou foram
criados, desenhados ou produzidos; pode ser indicado como a primeira localização da obra.
Geralmente é uma localização geográfica mas pode incluir, também o nome de uma
coletividade ou edifício. O Local de Execução, apesar de em muitos casos desconhecido, é um
elemento muito importante na recuperação. Assim, a informação da localização geográfica do
criador, que inclui os locais da nacionalidade ou cultura e onde realizou funções, bem como
local de nascimento e morte deve ser registado na Autoridade do Nome de Pessoa e
Coletividade. Para mais informações consultar a Parte 3: Autoridade do Nome de Pessoa e
Coletividade.
Local de descoberta
Localizações anteriores
O assunto retratado dentro e sobre uma obra de arte pode ser uma localização geográfica (ver
Capítulo 6: Assunto).
Especificidade
Capítulo 5 – Localização 2
O nível de exaustividade, na descrição de uma obra de arte, depende das diretrizes da agência
catalogadora e da informação disponível. A descrição deve ser efetuada do geral para o
particular, como continente (por exemplo, Europa) para um endereço postal (por exemplo, 13
Coventry Street (Londres, Inglaterra, Reino Unido). A designação da localização geográfica mais
comum incluirá cidade, subdivisão administrativa (se existente) e nação (por exemplo, Londres
(Inglaterra, Reino Unido)), seguido do nome da instituição de memória.
Ambiguidade e Incerteza
Uma questão importante, nesta matéria, prende-se com o processo de como categorizar e
controlar estes elementos. Assim, é adequada uma abordagem simples, em que toda a
terminologia das localizações geográficas sejam registadas e guardadas em conjunto com listas
controladas ou com um único ficheiro de autoridade. De acordo com as necessidades dos
utilizadores, uma instituição pode optar por um tratamento mais exaustivo dos dados.
Efetivamente, pode ter a necessidade de distinguir os edifícios das reservas administrativas.
Assim, estas instituições devem ter um modelo de dados que permita separar diferentes tipos
de entidades em diferentes autoridades, para optimizar a pesquisa e recuperação da
informação. Algumas instituições podem, ainda, necessitar registar as instituições de memória
como obras de arte e, portanto, catalogados como tal, num Registo de Obra. Para mais
informações sobre esta matéria consultar Parte 3: Autoridade de Localização Geográfica e
Autoridade de Nome de Pessoa e Coletividade.
Capítulo 5 – Localização 3
tem uma qualificação, que especifica o tipo de localização a ser registada. No formato de
representação VRA Core 4.0 XML, para este atributo inclui-se o local de execução, estações
arqueológicas, localizações anteriores, local de descoberta, repositório anterior, proprietário,
antigo proprietário, instalação, exposição, performance, contexto (usado para relacionar obras
indicadas como Localização), publicação, entre outras localizações. Cabe às agências
catalogadoras a opção de registar mais ou menos tipos de localização. Recomenda-se
que,independentemente do número, os termos usados sejam de uma lista controlada. O
manual “Categorias para a Descrição de Obras de Arte” estabelece um conjunto de categorias
com campos de localização separados e relacionados entre si. Por exemplo, os locais dos
proprietários anteriores estão agrupados com os nomes próprios das pessoas, datas, método
de aquisição e outras informações relacionadas com a proveniência da obra.
Autoridades
A informação da localização pode requerer campos que serão indexados e controlados, bem
como campos de descrição, em texto livre, que tornará o seu conteúdo mais significativo na
visualização, bem como permitirá a expressão de ambiguidade, nuance e contexto. Cada obra
ou imagem pode apresentar múltiplas localizações, assim os campos de controlo, na
autoridade, devem ser repetíveis.
Elementos recomendados
Capítulo 5 – Localização 4
Visualização da localização atual (obrigatório)
Sobre os exemplos
Os exemplos apresentados ao longo deste capítulo são meramente ilustrativos. A prática local
pode ser diferente. Os exemplos são os mais completos possíveis e usados para os campos de
visualização e de indexação.
Capítulo 5 – Localização 5
5.1.2 Terminologia
Getty Vocabulary Program. Getty Thesaurus of Geographic Names (TGN). Los Angeles: J. Paul
Getty Trust, 1988-. http://www.getty.edu/research/conducting_research/vocabularies/tgn/.
United States Geological Survey (USGS). Geographic Names Information System (GNIS).
http://geonames.usgs.gov/.
National Geospatial Intelligence Agency (NGA); formerly United States National Imagery and
Mapping Agency (NIMA). (Advised by the US Board on Geographic Names. USBGN). GEOnet
Names Server (GNS). http://earth-info.nga.mil/gns/html/ [foreign names].
Library of Congress Authorities. Library of Congress Subject Headings. Washington, DC:
Library of Congress, http://authorities.loc.gov/.
Lavall, Cherry. British Archaeological Thesaurus. London: Council for British Archaeology, 1989.
Columbia Lippincott Gazetteer of the World. Edited by Leon E. Seltzer. Morningside Heights,
NY: Columbia University Press, 1961.
Princeton Encyclopedia of Classical Sites. 2nd ed. Princeton, NJ: Princeton University Press,
1979.
Barraclough, Geoffrey, ed. Times Atlas of World History. 4th ed. Edited by Geoffrey Parker.
Maplewood, NJ: Hammond, 1994.
Times Atlas of the World. 10th comprehensive ed. New York: Times Books, 1999.
Webster’s New Geographical Dictionary. Springfield, MA: Merriam-Webster, 1984.
Rand McNally. New International Atlas. Chicago: Rand McNally, 1995.
Library of Congress Authorities. Library of Congress Name Authorities. Washington, DC: Library of
Congress, 2005. http://authorities.loc.gov/.
Capítulo 5 – Localização 6
International Directory of the Arts. Berlin: Deutsche Zentraldruckerei, 1953-.
International Directory of Arts & Museums of the World. Munich: K. G. Saur, 1998-.
Official Museum Directory. Washington, DC: American Association of Museums, 1971-.
Avery Architecture & Fine Arts Library. Avery Index to Architectural Periodicals at Columbia
University. Los Angeles: J. Paul Getty Trust, 1994-. Online by subscription at
http://www.getty.edu/research/conducting_research/avery_index/.
Macmillan Encyclopedia of Architects. Edited by Adolf K. Placzek. New York: Free Press; London:
Collier Macmillan, 1982.
America Preserved: A Checklist of Historic Buildings, Structures, and Sites. 60th ed. Washington,
DC: Library of Congress, Cataloging Distribution Service, 1995.
Fletcher, Sir Banister. History of Architecture. 20th ed. Oxford; Boston: Architectural Press, 1996.
Grove Dictionary of Art Online. New York: Grove’s Dictionaries, 2003. http://www.groveart.com/.
Outras fontes adicionais para os nomes geográficos podem ser usados, incluindo os atlas, os
mapas e as gazetas.
5.1.2.2.1 CONSISTÊNCIA
Na informação da localização usar campos controlados. Algumas instituições, para permitir
expressões de ambiguidade e incerteza, podem usar campos de texto livre, em que a
consistência é desejável. De igual modo, a consistência nos campos controlados é de especial
importância no que concerne a tornar a informação clara. Assim, tanto a consistência, como a
gramática e a sintaxe são recomendados.
Os nomes das localizações geográficas e repositórios devem ser controlados por uma ou mais
autoridades. Neste contexto, as cidades, nações, estações arqueológicas são incluídas na
Autoridade de Localização Geográfica, os museus e outras repositórios administrativos na
Autoridade de Nome de Pessoa e Coletividade e os edifícios na Autoridade de Assunto.
Sempre que possível, as autoridades devem ter por base os vocabulários controlados. No
entanto, sempre que necessário, podem ser adicionados novos elementos. Para mais
informações sobre as regras e guias a usar na criação de novos nomes ver Parte 3: Autoridades
de Localização Geográfica, Nome de Pessoa e Coletividade e Assunto.
Capítulo 5 – Localização 7
5.2 REGRAS DE CATALOGAÇÃO
Capítulo 5 – Localização 8
Capitalização
Os nomes próprios devem iniciar com maiúscula, incluindo os nomes dos edifícios, repositórios,
aldeias, cidades, províncias, estados, nações, impérios, reinos e características físicas. De um
modo geral, se o nome preferencial/eleito incluir um artigo ou preposição (como los, il, la, l' ,
de, des, della) deve-se escrever em minúsculas. Todavia, se fizerem parte do primeiro elemento
do nome estes devem ser apresentados em maiúscula.
Exemplos
[localizações geográficas]
Localização atual: East Hinson Indian Mounds (Condado de Collier, Florida, Estados
Unidos)
[localização de um edifício]
[localização de um repositório]
A capitalização dos nomes, noutros idiomas, pode ser diferente. Assim, para ajuda nesta
matéria, deve-se recorrer a fontes oficiais ou à página web oficial dessas instituições e fontes
de terminologia de referência. Para os nomes geográficos consultar a lista já providenciada
acima.
Abreviaturas
As abreviaturas ou iniciais devem ser evitadas (por exemplo , não usar MoMA ou NGA).
Exemplos:
[Localizações Geográficas]
Capítulo 5 – Localização 9
Localização atual: Santa Maria (Açores, Portugal)
[O Repositório]
Localização atual: Museu de Arte Moderna (Nova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos)
Para o nome preferencial/eleito deve escolher um nome regularmente usado nas fontes no
idioma no registo de um catálogo. Por exemplo, nos Estados Unidos, deve usar Florença (Itália),
ao invés de Firenze (Italia). Consulte fontes viáveis para determinar o nome preferencial/eleito.
Exemplo:
Sempre que não exista equivalência do nome, na língua da agência catalogadora, deve-se
respeitar a forma do nome na língua vernácula, bem como a forma contemporânea do nome.
Sempre que apropriada deve-se usar diacríticos.
Exemplos
Capítulo 5 – Localização 10
A seleção dos nomes dos repositórios e edifícios deve ter por base a forma mais comum
representada nas fontes de referência. Sempre que apropriada deve-se usar diacríticos.
Exemplos:
Construção do Nome
Os nomes das localizações geográficas devem ser traduzidos para a língua da agência
catalogadora. Se não existir equivalência usar a forma do nome na língua vernácula. Para mais
informações sobre o idioma do nome consultar a parte 3: Autoridades do Nome de Pessoa e
Coletividade e Assunto.
Algumas das recomendações e exemplos apresentados são para serem usadas num campo de
texto livre dedicado à localização. Se tal não for possível deve-se anotar esse facto na descrição
do elemento (ver Capítulo 8, bem como a Visualização e Indexação, apresentados de seguida).
5.2.1.2.2 SINTAXE
Num sistema eficiente, os nomes das localizações, num Registo de Obra, devem ser construídos
automaticamente com ligações para as Autoridades de Localização Geográfica ou Nome de
Pessoa e Coletividade; Se tal não for possível deve-se seguir as seguintes directrizes.
Localizações Geográficas
Para referir a localização geográfica, apresentar o nome preferencial/eleito seguido dos nomes
que permitem a sua exata identificação, na seguinte ordem: local (cidade), província ou outra
subdivisão, nação. Se necessário incluir o continente. Os termos genéricos são apresentados
entre parênteses ou com outro tipo de indicação que permita uma clareza de leitura.1
Exemplos
Capítulo 5 – Localização 11
[palácio Medina Al-Azhara]
[Escultura]
[têxtil]
Visualização da localização atual: Alamo Navajo Indian Reservation (Condado de socorro, Novo
México, Estados Unidos)
Repositórios e edifícios
Exemplos
[pintura]
Obras amovíveis
Se uma obra (pintura, desenho, etc) é amovível e se mudar de localização deve-se registar o
Capítulo 5 – Localização 12
local atual.
Exemplos
[ânfora]
Visualização da localização atual: J. Paul Getty Museum (Los Angeles, Califórnia, Estados
Unidos)
[prato de cerâmica]
Visualização da localização atual: Freer Gallery of Art (Washington, DC, Estados Unidos)
[painel de pintura]
Obras estáticas
As obras estáticas (edifícios arquitectónicos ou obras que fazem parte do mesmo, como por
exemplo fresco) devem registar a localização atual.
Exemplos
[templo]
Exemplos
[obelisco]
Capítulo 5 – Localização 13
Visualização da localização atual: Piazza di Montecitorio (Roma, Lázio, Itália)
[casa]
Obras perdidas
Exemplos
Arte performativa
Para arte performativa ou arte ambiental, registar o local onde a obra foi executada ou criada.
Exemplo
Visualização do local de execução: Times Square (Nova Iorque, Nova Iorque, Estados
Unidos)
Capítulo 5 – Localização 14
5.2.1.2.4 ESPECIFICIDADE DA LOCALIZAÇÃO
Registe o nível mais específico de local conhecido ou aplicável, utilizando as directrizes a seguir
indicadas.
Repositório
Exemplos
Se o repositório tem vários sítios, incluir a localização específica para a obra, se conhecido. Para
as instituições grandes e complexas, incluir a divisão ou departamento que controla a obra.
Exemplos
Colecção Privada
Se a obra está em uma colecção particular, registe o nome da colecção, se for conhecido. Se o
nome da colecção é desconhecido ou se o proprietário deseja permanecer anônimo, registar a
frase colecção particular (em minúsculas); incluir a localização geográfica, se for conhecida.
Exemplo
Capítulo 5 – Localização 15
Estados Unidos)
[o esboço em pastel]
Prédio
Exemplo
Exemplo
Visualização da localização atual: Brancacci Chapel, Santa Maria del Carmine (Florença,
Itália)
Cidade
Para a Localização atual da arquitetura e outras formas que não se possam incluir em
repositório ou edifício, registar o nome da cidade e seus contextos mais amplos. Para
Localização da Execução de outras obras, registar a cidade e seus contextos mais amplos.
Exemplo
[uma bengala]
Se a cidade não é conhecida ou apropriada, registar o país. Se este não for conhecido, registar a
Capítulo 5 – Localização 16
região ou continente.
Exemplo
Bairros e Endereços
Exemplos
Sítios arqueológicos
Para sítios arqueológicos, incluir o número da parcela ou outra designação específica se for
conhecida e seja o caso.
Exemplo
Visualização do local de descoberta: Lote nº 125, monte 78-098 (Ruinas Nacionais do
parque de Great Zimbabwe, Victoria, Zimbabwe)
Características físicas
Para as obras que estão ou não num lugar desabitado, mas são ou foram localizadas ou com
uma característica física usar o nome desse atributo físico.
Exemplo
Capítulo 5 – Localização 17
[para uma bota de couro]
Se a localização não tem um nome, registar o nome da cidade mais próxima ou característica
física.
Exemplos
Para um local sem nome que não esteja perto de um lugar bem conhecido, registar o nome do
menor entidade administrativa a que pertence esse local (por exemplo, um município).
Exemplo
Capítulo 5 – Localização 18
Visualização do local de descoberta: escavado em Franklin County, Indiana, Estados
Unidos
Se o nome do local não é bem conhecido e o tipo de lugar não é evidente a partir do nome,
para maior clareza incluir um termo que descreva o tipo de lugar, se possível (por exemplo,
colónia deserta, pedreira, face do penhasco).
Exemplos
Localização incerta
Se o local é incerto, indique esse facto na visualização; gerar uma entrada no índice com os
prováveis lugar ou lugares.
Exemplos
Capítulo 5 – Localização 19
[para uma maça cerimonial]
[para um têxtil]
Locais históricos
Para locais atuais, use o nome atual do local. Para a identificação da localização e outros antigos
locais pertinentes, evitar descrições anacrónicas no registo da obra, quando possível.
Idealmente, se um nome histórico é pertinente para a obra, o nome histórico para o local ou
repositório deve ser usado (por exemplo, para um-retábulo flamengo do fim do século 15, o
local de execução deve ser indicado como Antuérpia (Flandres), em vez de Antuérpia (Bélgica),
porque a nação da Bélgica não existia até 1831). Anacronismos são mais prováveis de ocorrer
para a Localização de Execução, Localização de Descoberta e outros tipos de Localizações
anteriores.
Exemplo
[uma escultura]
Para trabalhos que antes eram parte de outros trabalhos, como espólios e fólios
Capítulo 5 – Localização 20
desmembrados de manuscritos ou painéis de retábulos, incluir a localização do original,
trabalho intacto, se conhecido. Trabalhos de arquitectura podem ou não ser referenciados num
ficheiro de autoridade para geografia local.
Exemplo
[Ligação para a autoridade de Assunto]: Santa Maria in Trastevere (Roma, Lazio, Itália)
Se possível, use também trabalhos relacionados para ligar a obra original intacta e a parte
actual; veja Parte 1: Obras relacionadas.
Exemplos
Visualização da localização atual: J. Paul Getty Museum (Los Angeles, Califórnia, Estados
Unidos)
[Ligação para a autoridade Pessoa e Coletividade]: J. Paul Getty Museum (Los Angeles,
Califórnia, Estados Unidos)
Capítulo 5 – Localização 21
[Ligações para a autoridade de Assunto]: Catedral de Santa Maria del Fiore (Florença,
Toscana, Itália) - Palazzo Vecchio, Piazza della Signoria (Florença, Toscana, Itália)
Exemplo
[para um retábulo]
5.2.1.2.6 EMPRÉSTIMOS
Assinalar quando um trabalho está alojado num local através de um empréstimo de longo
prazo e é propriedade de outro repositório ou agência.
Capítulo 5 – Localização 22
Exemplo
[Ligação para a autoridade de Assunto]: Edifício do Gabinete do Senado Hart (Washington, DC,
Estados Unidos)
Algumas instituições podem exigir dados geoespaciais detalhados, tais como latitude e
longitude. Idealmente, esta informação deve fazer parte do registo de Autoridade ao qual a
descrição da obra está ligada. Para uma discussão das coordenadas geográficas, ver Capítulo 3:
Autoridade de Localização Geográfica.
Exemplo
Capítulo 5 – Localização 23
5.3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS
Para uma discussão sobre quando e porque é recomendada a separação entre campos de texto
livre e campos controlados, consulte a Parte 1: Desenho da base de dados e relações:
Visualização e indexação.
Os campos controlados são essenciais para informações de localização. É igualmente essencial
para ser possível num campo de Visualização de texto livre assinalar qualquer incerteza,
ambiguidade, aproximações, e outras informações que podem exigir explicação. Isto pode ser
conseguido com campos de Visualização dedicadas a informações de localização.
Alternativamente, o campo de descrição pode ser usado para esse efeito (ver Capítulo 8:
Descrição), e a visualização com informações sobre localização construída através da
concatenação de elementos obtidos do ficheiro de autoridades.
Exemplo
[Opção 1: com a localização corrente necessária e localização descoberta discutido na
descrição]
Visualização da localização atual [concatenado a partir da autoridade Pessoa e
Coletividade]: Museu Kunsthistorisches (Viena, Áustria)
Elementos de Descrição: foi descoberto ao longo do rio Danúbio, em Niederösterreich,
nordeste da Áustria.
Capítulo 5 – Localização 24
[Ligação o ficheiro de autoridade sobre geografia local]: Rio Danúbio (Niederösterreich,
Áustria)
As informações de localização podem ser ligadas a uma das três autoridades, dependendo do
tipo de localização. Os lugares geográficos devem estar ligados à autoridade de local geográfico.
As construções podem ser ligadas à autoridade Assunto (ou o Geográfico se for a prática local);
podem também ser registados como obras por direito próprio. Repositórios devem ser ligados
ao ficheiro de autoridade Pessoa e Coletividade, tendo em conta que o produtor da obra é um
entidade colectiva e não um edifício, mesmo que o imóvel possa a ter o mesmo nome, como
seja a Galeria Nacional de Arte.
Estas autoridades devem incluir nomes preferidos e variantes para o lugar geográfico ou local,
relações hierárquicas para contextos genéricos e outras informações. Ver Capítulo 3:
Autoridade de Localização Geográfica e nome de Pessoa e Colectividade.
Nos campos controlados utilizados para a indexação, o ideal seria dispor de um sistema
informático que permita usar qualquer termo (preferido ou variante) de autoridade. Se este
sistema não for uma opção, ao indexar a localização os catalogadores devem ser consistentes
na utilização da forma preferida do termo ou nome.
5.3.2 Exemplos
Os exemplos de registos de obras são incluídos abaixo. Para exemplos adicionais, consulte o
final da Parte 1, no final de cada capítulo, e no portal Web do CCO. Nos exemplos, controlada
refere-se a valores controladas por um ficheiro de autoridade, lista controlada, ou outras regras
(por exemplo, com datas). Ligação refere-se a uma relação entre a descrição de uma obra e um
ficheiro de autoridade ou entre os registos de duas obras. Todas as ligações são campos
controlados. Nos exemplos que se seguem, os registos de obras relacionadas foram abreviados
por uma questão de simplificação. Todos os registos das obras devem ser tão completos quanto
possível. Consulte os vários capítulos para discussão sobre os elementos individuais dos
Capítulo 5 – Localização 25
metadados, sejam estes controlados, e as respectivas vantagens de um ficheiro de autoridade
ou de uma lista controlada. Em todos os exemplos deste manual, tanto no interior e no final de
cada capítulo, os valores de dados para campos repetitivos são separados por caracteres.
Capítulo 5 – Localização 26
Figura 25
Relação entre o registo da obra e a autoridade: pintura impressionista2
Os elementos obrigatórios e recomendados estão assinalados com um asterisco.
Registo de Obra Registo de autoridade -Local
❏ Classe [controlado]: pinturas • Arte Europeia ■ *Nomes: Giverny (preferencial)
❏ *Tipo de obra [ligação]: pintura Warnacum (histórico)
❏ *Título: Wheatstacks, Snow Effect, Morning|Tipo de ■ *Hierarquia [ligação]:
título: preferencial .... Europa (continente)
❏ *Criador: Claude Monet (French, 1840-1926) ........ Francça (país)
*Função [controlado]: pintor | [ligação]: Monet, Claude ............ Alta Normandia (região)
❏ *Data: 1891 ................ Eure (departamento)
[controlado]: Inicial: 1891; Final: 1891 .................... Giverny (comuna)
❏ *Assunto [ligação com a autoridade]: paisagem • Giverny ■ *Tipo de Local [controlado]: comuna
(Haute-Normandie, França) • campo • neve • luz ■ Coordenadas [controlado]:
❏ Estilo [ligação]: Impressionismo Lat: 49 04 00 N GMS
❏ *Localização atual [ligação]: J. Paul Getty Museum (Los Long: 001 32 00 EGMS
Angeles, California, Estados Unidos) | ID:95.PA.63 (Lat: 49.0667 graus decimais)
❏ Local de execução [ligações]: Giverny (Haute-Normandie, (Long: 1.5333 graus decimais)
França) ■ Nota:Giverny está localizada na margem direita do Rio
❏ *Medidas: 65 x 100 cm (25 1/2 x 39 1/4 polegadas) Sena, na confluência com um dos dois afluentes do Rio
[controlado]: Valor: 65 Unidade: cm; Tipo: altura|Valor: Epte. Habitada desde o neolítico possui inúmeros achados
100 Unidade: cm; Tipo: largura arqueológicos e túmulos correspondentes à época
❏ *Materiais e Técnicas: óleo sobre tela galo-romana …
Material [ligação]: pintura a óleo • tela ■ *Fonte [ligação]: Getty Thesaurus of Geographic Names
❏ Descrição: Monet, em maio de 1891 a partir do seu jardim (1988-).
em Giverny, inicia a primeira série de pinturas com os
montes de cereais, como cenário. Produziu 30 telas onde Registo de autoridade - Local
retratou a luminosidade e a cor, presentes nestas ■ *Nomes: Los Angeles (preferencial)
paisagens. L.A. Pueblo de Nuestra Señora la Reina de los Angeles de
Porciuncula (histórica)
■ *Hierarquia [ligação]:
América (continente)
Registo de autoridade de Pessoa e/ou coletividade
........ Estados Unidos da América (nação)
■ *Nome: J. Paul Getty Museum (preferencial)
............ Califórnia (estado)
■ *Biografia: Museu americano fundado em 1953
.................. Los Angeles (cidade)
■ *Nacionalidade [controlado]: Americano
■ *Tipo de local [controlado]: cidade
*[controlado]: Início: 1953; Final: 9999
■ Datas: Descoberta numa expedição espanhola por
■ *Função [controlado]: museo
Gaspar de Portolá, a 2 de agosto de 1769; foi fundada em
■ *Localização [ligação para a autoridade]: Los Angeles
1781
(California, Estados Unidos)
[controlado]: Início: 1769; Final: 9999
■ Coordenadas [controlado]:
Lat: 34 03 00 N GMS
Long: 118 14 00 W GMS
(Lat: 34.0500 graus decimais)
(Long: -118.2333 graus decimais)
■ Nota:É a segunda cidade mais populosa dos Estados
Unidos; nos finais do séc. XIX e inícios do séc. XX cresceu
CRÉDITO: The J. Paul Getty Museum (Los Angeles, California), rapidamente devido ao comércio internacional e à indústria
Wheatstacks, Snow Effect, Morning, (Meules, Effet de Neige, Le Matin) cinematográfica...
1891; Claude Monet (French, 1840-1926); oil on canvas, 65 x 100 cm (25
■ *Fonte [ligação]: Getty Thesaurus of Geographic Names
1/2 x 39 1/4 inches); 95.PA.63. © The J. Paul Getty Trust.
(1988-).
Capítulo 5 – Localização 27
Figura 26
Relação entre o registo da obra e a autoridade: escultura indiana3
Os elementos obrigatórios e recomendados estão assinalados com um asterisco.
Registo de Obra
❏ Classe [controlado]: escultura • Arte Asiática
❏ *Tipo de obra [ligação]: estátua
❏ *Título: Parvati|Tipo de título: preferencial
❏ *Criador: indiano desconhecido (Tamil Nadu)
❏ *Função [controlado]: escultor | [ligação]: indiano desconhecido
❏ *Data de execução: ca. Primeiro quartel do séc. X
[controlado]: Inicial: 0890; Final: 0935
❏ *Assunto [ligação com a autoridade]: religião e mitologia • figura
humana • mulheres na arte • Parvati (Divindade hindu) • sensualidade
• dança
❏ Estilo [ligação]: Chola (dinastia)
❏ Cultura [ligação]: Indiana
❏ *Localização atual [ligação]: Metropolitan Museum (Nova York, Nova
York, Estados Unidos) | ID:57.51.3
❏ Local de execução [ligações]: Tamil Nadu (Índia)
❏ *Medidas: 69.5 cm (altura) (27 3/8 polegadas)
[controlado]: Valor: 69.5 Unidade: cm; Tipo: altura
❏ *Materiais e Técnicas:liga de cobre, sob a técnica de fundição de cera
perdida
Material [ligação]: liga de cobre |Técnica [ligação]: Fundição em
técnica de cera perdida
❏ Descrição: A escultura é do período da Dinastia Chola. A estátua é
executada em liga de cobre sob a técnica de fundição em cera perdida.
A coroa, sob a forma de cone, simboliza a montanha (karandamukuta)
e os movimentos proporcionados pela execução da dança (balancear
das ancas e dos braços) apresenta uma pose que parece segurar uma
flor na mão direita.
❏ Fonte: Metropolitan Museum of Art online.
http://www.metmuseum.org (accessed February 1, 2005).
Capítulo 5 – Localização 28
Figura 27
Relação entre o registo da obra e a autoridade: edifício do séc. XIX
Os elementos obrigatórios e recomendados estão assinalados com um asterisco.
Registo de Obra
❏ Classe [controlado]: arquitetura • Arte Americana
❏ *Tipo de obra [ligação]: tribunal
❏ *Título: Tribunal de Columbus|Tipo de título: preferencial
❏ *Criador: Isaac Hodgson (Americano, nasceu na Irlanda em 1826)
❏ *Função [controlado]: arquiteto | [ligação]: Hodgson, Isaac
❏ *Data de execução: fundações em 1871, finalizado em 1874
[controlado]: Inicial: 1871; Final: 1874
❏ *Assunto [ligação com a autoridade]: arquitetura • tribunal • governo
❏ Estilo [ligação]: Segundo Império
❏ *Localização atual [ligação]: Columbus (Indiana, Estado Unidos)
❏ *Medidas: 2 pisos
[controlado]: Extensão: piso; Valor:2; Tipo: contagem
❏ *Materiais e Técnicas:fundações em calcário, exteriores de tijolo e
calcário, estrutura e telhado de ferro
Material [ligação]: calcário • tijolo |Técnica [ligação]: estrutura de
ferro
❏ Descrição: O edifício substituiu um antigo tribunal situado na parte
central da praça de Columbus. Esta nova estrutura destacou-se por ter
sido fundida com vapor, ter candeeiros a gás e ser à prova de fogo
(incluindo o antigo telhado, agora em cobre).
❏ Fonte:
National Register of Historic Places online (accessed February 4, 2005).
Columbus Indiana: A Look At Architecture (1980); Página: 18.
Capítulo 5 – Localização 29
NOTAS
Capítulo 5 – Localização 30
Capítulo6 – Assunto
Assunto
6.1.1. Discussão
Determinar o assunto
Quando se analisa o conteúdo de uma obra, o catalogador deverá poder
responder à questão: o que é ou sobre o que é a obra? Tradicionalmente, sobre o
que a obra é (muitas vezes designado por aboutness) é definido pelo seu
significado iconográfico, narrativo, temático ou simbólico; o que é a obra
(muitas vezes designado por of-ness) é a observação objetiva, não especializada,
do que se deveria ver na obra. A abordagem metodológica à análise dos assuntos
é recomendável. Um método de análise de assuntos corresponde em dar resposta
às questões, quem, o quê, quando e onde. Outro método usado e vagamente
baseado nas teorias da percepção humana e do reconhecimento do significado
nas imagens, descrito pelo académico Erwin Panofskyi, é uma abordagem top-
down (invertida?) que examina os vários níveis de especificidade. Panofsky
identifica três níveis primários de significado na arte: descrição pré-
iconográfica, análise de expressão ou de identificação e a interpretação
iconográfica. O uso de uma aplicação mais simples e baseada na prática, desta
abordagem tradicional histórico-artística, pode ser útil para a recuperação da
informação por assuntos. O primeiro nível – descrição – faz referência aos
elementos genéricos retratados no ou pela obra (por exemplo, homem). O
segundo nível – identificação – refere-se ao assunto específico, incluindo os
mitológicos, fictícios, religiosos ou históricos (por exemplo, George
Washington). O terceiro nível – interpretação – refere-se ao significado ou temas
representados pelos assuntos e inclui a análise conceptual sobre o conteúdo da
obra (por exemplo, poder político). Para mais informações sobre este método
ver Categories for the Description of Works of Art: Subject Matter.
Especificidade
Inclui uma designação geral do assunto (por exemplo, portrait or landscape
(visão de retrato ou de paisagem???)). Para outros termos, o nível de
especificidade e abrangência aplicado para indexar o conteúdo de uma obra de
arte ou arquitetura dependerá de vários fatores, incluindo o nível de experiência
do catalogador (profissional???), a qualidade e a disponibilidade no acesso à
informação. Não incluir informações, como a da interpretação, se não tiver
investigação académica que a sustente; Efetivamente se não tiver acesso ao
conhecimento científico/académico será preferível optar por selecionar um
assunto mais abrangente do que um assunto especifico incorreto. Por exemplo,
se não tiver a certeza sobre os nomes das espécies, será preferível escolher um
termo mais abrangente como pássaro do que um específico como pintassilgo.
Adopte a sua abordagem às características da colecção que está a tratar, o tempo
disponível, os recursos humanos, a tecnologia e as necessidades dos utilizadores
para a recuperação da informação. Note que o tratamento deverá dar resposta a
ambos os utilizadores, especialistas e não especialistas. No contexto da
especificidade da sua instituição procure responder a estas questões. Será útil
indexar todos os elementos representados no cenário? Se não, qual é o limite? O
seu sistema permitirá relacionar os termos e sinónimos, num ficheiro de
autoridade? Se não, deverá incluir contexto e sinónimos mais amplos, no registo
da obra. Quanto maior e profunda for a análise de conteúdo maior será o acesso
à mesma. Todavia, nem todas as instituições podem dispensar o tempo ou
providenciar o conhecimento necessário para a indexação detalhada dos
assuntos. Apesar de, aparentemente, os assuntos usados em alguns tipos de
obras, como as de arquitetura e objetos utilitários, se repetirem ou se
sobreporem a outros elementos, como o Título ou Tipo de obra, a descrição e
indexação do conteúdo deverá ser efetuada separadamente no elemento do
assunto e de forma minuciosa. Descrevendo o assunto ou elementos de
metainformação de uma obra nos campos destinados para o efeito, no mesmo
local da base de dados e para todas as obras, usando desta forma as mesmas
convenções, garante a consistência dos índices e dos registos.
Exaustividade
De modo a garantir uma indexação consistente, deverão ser definidas orientações
no que concerne ao números de termos a serem atribuídos e ao método de análise
utilizado para determinar os assuntos da obra ou imagem. Os profissionais
podem recorrer aos níveis de descrição, identificação, e interpretação. Podem
recorrer a uma lista mental de objetos, pessoas, eventos, atividades, locais, e
períodos respondendo às questões quem, o quê, quando e onde. Eles podem ler a
obra da esquerda para a direita, de cima para baixo, do início ao fim, ou do
assunto mais saliente ao menos proeminente. Obras que têm como propósito
primário o funcional, como a arquitetura e os objetos utilitários, deverão ser
analisados por assunto, possivelmente incluindo as funções ou formas das obras,
ou ambas. Algumas instituições poderão ter recursos para definir apenas um
pequeno número de termos; outras poderão ter recursos para elaborar uma
indexação mais exaustiva.
Exemplos
[com um pequeno número de termos]
Assunto: natureza-morta • flores
[com uma indexação exaustiva]
Assunto: natureza-morta • flores • Austrian copper rose • Floribunda rose • Jadis
rose • lilás • vaso Ming • toalha de mesa bordada • Borboleta monarca
Ambiguidade e incerteza
Se a opinião académica estiver dividida no que concerne aos assuntos da obra,
ou se as informações sobre os assuntos são incertas ou ambíguas, essa indicação
deverá ser mencionada num campo de texto livre (por exemplo, provavelmente
representa Zeus e o consorte feminino, mas possivelmente Posídon e Afrodite).
Essas incertas poderão requerer o desenvolvimento de inúmeros índices no que
respeita ao vocabulário controlado ou no ficheiro de autoridade. Por exemplo, se
a opinião académica se encontrar dividida quanto ao nome da figura, se Zeus ou
se Posídon, então ambos os nomes deverão ser mencionados nos índices, para
que sejam recuperados na pesquisa.
Organização da metainformação
Assunto é um importante ponto de acesso e a indexação deste elemento é
extremamente recomendável. Algumas organizações, todavia, podem não serem
capazes de registar a terminologia de assunto. O elemento Assunto deverá ser
repetível. Para garantir que os diversos contextos sejam aplicados (como são o
caso dos termos genéricos ou os termos específicos) e os sinónimos
pesquisáveis, nomes e termos usados para descrever a matéria assunto deverão
ser incluídos e descritos na autoridade de assunto e de outras três autoridades.
Por exemplo, os Três Reis Magos, Reis Magos, e os Magos são sinónimos para
as mesmas personagens bíblicas e todas as formas podem ser pesquisadas pelo
utilizador para procurar esse assunto. Idealmente, a autoridade de assunto deverá
ser organizada em estrutura hierárquica que inclui relações de termos específicos
e genéricos. Por exemplo, a Batalha de Concord do século XVIII poderá ser
ligada ao termo genérico para o assunto Guerra da Independência dos Estados
Unidos da América. para facilitar o acesso ao utilizador final. Se a manutenção
da autoridade de assunto e outras autoridades apropriadas não forem possíveis,
uma lista de assuntos controlada deverá ser usada para garantir a consistência.
Devido à natureza abrangente de conteúdo do assunto, o recurso a inúmeras
fontes de terminologia de assuntos serão certamente necessárias; além do mais,
o sistema deverá permitir a adição de terminologia local, sempre que se
justifique.
Idealmente e para o acesso à informação, o assunto deveria ser registado num
campo de texto livre (free-text) em conjunto com os termos controlados. Deverá
ser efetuado num campo em texto livre dedicado ao assunto ou através da adição
da discussão do assunto no elemento de Descrição (ver Capítulo 8). Em
qualquer dos casos, os campos controlados para a indexação de assunto são
extremamente recomendados. Neste sentido, cada obra ou imagem terá
inúmeros termos de assunto e assim, os campos de controle de autoridade
deverão ser repetíveis. Mesmo quando o assunto de uma obra é referido nos
elementos Título ou Tipo de Obra, a descrição e indexação do conteúdo deverão
ser realizadas no elemento Assunto.
Elementos recomendados
Abaixo apresenta-se a lista de elementos abordados neste capítulo. Os elementos
obrigatórios estão indicados. A apresentação pode ser em texto livre (free-
text???) ou a partir de campos controlados.
Visualização do Assunto ou elemento Descrição (se não for possível incluir a
visualização do Assunto, se necessário, deve-se descrever o assunto no elemento
Descrição)
Cabeçalho de Assunto (Controlled Subject) (obrigatório) (idealmente interliga a
diversas autoridades: pessoas/coletividades, locais geográficos, conceitos ou
autoridade de assunto iconográfico)
Extensão
Tipo de Assunto
Sobre os exemplos
Os exemplos apresentados neste capítulo são meramente ilustrativos. A prática
local pode ser diferente e variável. Os exemplos tendem a ser exaustivos na
possibilidade das apresentações e campos de indexação, que podem não ser
necessários de realizar para as coleções de recursos visuais e para algumas
outras instituições.
6.1.2 Terminologia
6.1.2.1 Recursos para a Terminologia
A terminologia de Assunto deverá ser controlada usando, para isso, ficheiros de
autoridade ou listas controladas.
Note-se que a terminologia de assunto poderá ser guardada na Autoridade de
Locais Geográficos, Autoridade dos nomes de Pessoas e Coletividades, e
Autoridades de Conceito (para conceitos gerais), bem como na dedicada
Autoridade de Assunto. Para mais esclarecimentos, verificar o início deste
capítulo e na Parte 3: Autoridade de Assunto.
Geralmente a indexação de Assunto requer o uso de termos de diferentes
vocabulários; note-se que a terminologia local provavelmente também poderá
ser necessária. Fontes de termos editadas, que podem ser apropriadas para os
assuntos, incluem os seguintes
Conceitos Gerais
Getty Vocabulary Program. Art & Architecture Thesaurus (AAT). Los
Angeles: J. Paul Getty Trust, 1988-. http://www.getty.edu/research/
conducting_research/vocabularies/aat/.
Library of Congress Authorities. Library of Congress Subject Headings.
Washington, DC: Library of Congress, 2005. http://authorities.loc .gov/.
Temas Iconográficos
ICONCLASS. http://www.iconclass.nl/. (Most useful for Western religious
and mythological subjects).
Personagens de Ficção
Seymour-Smith, Martin, and William Freeman. Dictionary of Fictional
Characters. Rev. ed. Boston: The Writer, 1992
Nomes de Edifícios
Avery Architectural & Fine Arts Library. Avery Index to Architectural
Periodicals at Columbia University. Los Angeles: J. Paul Getty Trust,
1994-. Online by subscription at http://www.getty.edu/research/
conducting_research/avery_index/.
Nomes Geográficos
Getty Vocabulary Program. Getty Thesaurus of Geographic Names (TGN).
Los Angeles: J. Paul Getty Trust, 1988-. http://www.getty.edu/
research/conducting_research/vocabularies/tgn/.
Times Atlas of the World. 10th comprehensive ed. New York: Times Books,
1999.
Termos Arqueológicos
Lavell, Cherry. British Archaeological Thesaurus: For Use with British
Archaeological Abstracts and Other Publications with British Archaeology.
London: Council for British Archaeology, 1989.
Animais
Animal Diversity Web. University of Michigan Museum of Zoology, 1995-
2002. http://animaldiversity.ummz.umich.edu/index.html.
Eventos
Library of Congress Authorities. Library of Congress Subject Headings.
Washington, DC: Library of Congress. http://authorities.loc.gov/.
Mellersh, H. E. L., and Neville Williams. Chronology of World History. 4
vols. Santa Barbara, CA: ABC-CLIO, 1999.
Kohn, George Childs. Dictionary of Wars. Rev. ed. New York: Facts on
File, 2000.
Singular vs Plural
Usar os nomes próprios dos assuntos iconográficos, eventos mitológicos,
pessoas, locais, entre outros, conforme o caso; normalmente, questões de
singular vs. plurar não se aplicam em nomes próprios. Para os termos genéricos,
por norma, usar a forma singular do termo. Sempre que a forma singular for
inapropriada, usar a forma plural, conforme justificado pelo assunto a ser
catalogado. Por exemplo, se uma única árvore é retratado numa pintura, usar a
forma singular árvore; se duas ou mais árvores estiveram a ser retratadas, usar a
forma plural árvoresiii.
Exemplos
Assunto: Anunciação (Ciclo de vida da Virgem)
Assunto: Buda (iconografia budista)
Assunto: fruta
Assunto: árvore
Assunto: cavalos
Maiúsculas e Abreviaturas
Os nomes próprios deverão começar com maiúsculas; para outros termos usar
minúsculas. Evitar as abreviaturas.
Exemplos
Assunto: Abraham Lincoln (Presidente americano, 1809-1865, presidente
1861-1865)
Assunto: Coroação de Carlos Magno (Vida de Carlos Magno)
Assunto: Cairo (Egipto)
Assunto: flores
Assunto: paisagem
6.2.1.2.4 Especificidade
Conforme descrito, incluir termos gerais e específicos.
Assunto geral
No processo de indexação, certificar que na descrição sejam incluídos os termos
de assunto numa forma geral. Note-se que um assunto geral pode não incluir um
contexto mais abrangente, a um assunto específico, num ficheiro de autoridade.
Por exemplo, o termo de assunto retrato é do tipo geral ao passo que os termos
de assuntos régua e Shah Jahan são específicos, todavia, nenhum dos três
assuntos têm relação gênero-espécie no ficheiro de autoridade.
Exemplo
Visualização do Assunto ou elemento de Descrição
Shah Jahan a cavalo, vestida para caçar
Assunto específico
Incluir os termos descritos no assunto tão especifico quanto possível, certificado
pela informação disponível e pelo conhecimento dos catalogadores. Por
exemplo, se se souber que a flor é uma rosa, usar o termo específico rosa ou usar
o nome específico da espécies, Rosa soulieana (??? tradução???). Se não for
possível determinar o tipo usar o termo geral flor.
Nomes Próprios
Incluir os nomes próprios que identificam pessoas, locais, atividades e eventos,
se conhecidos (por exemplo, Napoleon Bonaparte, Vénus, Cusco (Peru),
Diáspora africana, Dia da Independência do México Mexican Independence
Day????
Exemplo
Visualização do Assunto ou elemento de Descrição
Antiga ameixoeira, com dois novos rebentos
Assuntos narrativos
Para assuntos que contam uma história descrever a sequência narrativa ou um
episódio a partir da história apresentada ou a partir da obra. Os exemplos abaixo
apresentam duas catalogações de assuntos narrativos, um na forma abreviada e
outro na forma desenvolvida (ver Figura 28).
Exemplos
Visualização do Assunto ou elemento de Descrição
São Bruno vê uma visão celestial, enquanto meditava no deserto
CRÉDITO: Museu J. Paul Getty (Los Angeles, California). Francesco di Giorgio Martini (Italian
1439-1502). Story of Paris [center panel]; ca. 1460s; tempera on wood; 34.9 x 108.7 cm (13 3/4 x
42 7/8 inches); 70.PB.45. © The J. Paul Getty Trust.
Figura 29
Natureza morta: Flores
Figura 30
Álbum impresso: fotografias, Guerra Civil
Figura 31
Abstracta, Rayograph
Artes decorativas
As obras decorativas e objectos de cultura material cujo objectivo primário é o
funcional, descrever a função do objecto (por exemplo, regadores, tapetes de
oração, objectos de adivinhação) e temas ou significados alegóricos, se existir.
Exemplos
Visualização do Assunto ou elemento de Descrição
O design deste tapete grande tem no centro, de forma proeminente, um
girassol, símbolo do rei do sol Louis XIV; encontra-se repleto de flores, vasos cheios de
frutas e flores, bem como grandes rolos de folhas de acanto. Imagens de tigelas de
porcelana chinesa azul e branca na borda.
Figura 32
Tapete Francês
Extensão (amplitude)
Nos campos de indexação, algumas instituições poderão desejar designar a parte
da obra para qual os termos de assuntos são pertinentes. Exemplos de Extensão
poderão incluir lado A, lado B, frente, verso, painel principal, predella (altar), e
assim sucessivamente. Com excepção de destingir os assuntos das partes,
geralmente, não é necessário o assunto geral ao usar a Extensão.
Exemplo
[Para a ânfora Panathenaic, assunto geral e para cada ladox]
Extensão
Campos de assuntos controlados
religião e mitologia • objecto cerimonial
Extensão: lado A
Atena Promacho (Iconografia grega) • humanos do sexo feminino
Extensão: lado B
Nike (Deus grego) • victor • humanos do sexo feminino • prémio • competição
6.3.2 Exemplos
Exemplos dos Registos de Obras são incluídos abaixo. Para aceder a mais
exemplos, ver o final da Parte 1, no final de cada capítulo, e no portal do CCO.
Nos exemplos, o controlo refere-se aos valores controlados pelo ficheiro de
autoridade, lista controlada, ou outras regras (por exemplo, regras usadas para o
registo de datas). A ligação refere-se à relação entre um Registo de uma Obra e
um Registo de Autoridade ou entre dois Registos de Obras. Todas as ligações
são campos controlados. Nos exemplos que se seguem os Registos de Obras
Relacionadas estão descritos de forma abreviada. Todos os Registos das Obras
deverão ser tão completos quanto possíveis. Observar os vários capítulos para
mais informações sobre os elementos de metainformação individuais, se devem
ser controlados, e as vantagens respetivas de um ficheiro de autoridade ou de
uma lista controlada. Em todos os exemplos neste manual quer seja ao longo ou
no fim de cada capítulo, os dados dos campos dos campos controlados estão
separados pelos caracteres de uma “bola”.
Figura 33
Registo de uma Obra ligada à Autoridade de Assunto: Vaso Pré-Colombiana
Os elementos obrigatórios e recomendados estão marcados com um asterisco
Registo da Obra
■ Classe [controlado]: cerâmicas • Arte Pré-Columbiana
■ *Tipo de Obra [link]: copo
■ *Titulo: Vaso com uma cena mitológica do submundo Maia | Title Type: preferido
■ *Exibir Criador: Maia desconhecido
*Função [link]: artista | [link]: Maia desconhecido
■ *Data de Criação: século VIII (8??)
[controlled]: Inicial: 0700; Final: 0799
■ *Assunto [links para autoridades]: religião e mitologia • objeto (utilitário) • Xibalbá (Iconografia Maia) •
submundo • esqueleto • morte • machado • altar • celebração • sacrifício • Jaguar Bebe • objeto cerimonial
■ Cultura: Maia
■ *Localização atual [link]: Metropolitan Museum of Art (New York, New York, United States) | ID:
1978.412.206
■ Local de Criação [link]: Petén Department (Guatemala)
■ *Medições: 14 cm (altura) (5 1/2 inches)
[controlled]: Valor: 14; Unidade: cm; Tipo: altura
■ *Materiais e Técnicas: terracota
Material [link]: terracota | Técnica [link]: pintura de vaso
■ Descrição: Straight-sided ceramic vessels with painted decoration comprising complex scenes were
common in 8thcentury Maya art. The "codex-style" painting depicts a scene in the realm of the Lords of
Death, where a dancing figure holds a long-handled axe and a handstone. On a monster-head altar lies Baby
Jaguar, a deity figure, and beside the altar is a dancing, skeletal death figure. The meaning has been
variously interpreted as depicting either sacrifice or celebration.
■ Descrição da Fonte [link]: Metropolitan Museum of Art online. http://www.metmuseum.org (acedido a
February 1, 2004).
CREDIT: Subject Authority Record
Vessel ■ *Subject Names:
with
Xibalbá (preferred)
Place of Fear
Underworld
■ *Hierarchical position [link]:
Maya iconography
...... legends from the Popol Vuh
.......... Xibalbá
■ *Indexing Terms [controlled]: underworld • demons •
Hero Twins • Vucub-Camé (demon) • Hun-Camé (demon)
■ Note: In the creation myth of the highland Quiché Maya,
the underground realm called Xibalbá was ruled by the
demon kings Hun-Camé and Vukub-Camé. It was a
dangerous place accessed by a steep and difficult path. The
Hero Twins, Hun-Hunapú and Vukub-Hunapú, were lured
Mythological Scene, 8th century; Maya peoples; to Xibalbá by a ball game challenge, but were then tricked
Guatemala, Petén Department; Ceramic; height 5 1/2 in. and slaughtered. However, the twins were avenged by
(14 cm). View #1. The Metropolitan Museum of Art, Hun-Hunapú's sons, Hunapú and Xbalanqué.
Michael C. Rockefeller Memorial Collection, Purchase, ■ *Source [links]: Larousse World Mythology (1981);
Nelson A. Rockefeller, Gift, 1968. (1978.412.206);
Photograph © 1981 The Metropolitan Museum of Art.
Page: 473 ff.
i Panofsky, Erwin. Studies in Iconology: Humanistic Themes in the Art of the Renaissance. New
York: Oxford University Press, 1939.
ii Murtha Baca, ed. Introduction to Art Image Access: Issues, Tools, Standards, Strategies. Los
Angeles: Getty Research Institute, 2002.
iii Local practice may vary. Note that Library of Congress subject terms are plurals, thus users
committed to using that authority will probably use plural terms in all cases.
iv For a discussion of architectural drawings and their relationship to the subject “as built,” and how
some institutions may require separate fields for method of representation and point of view for
architectural drawings, see the ADAG/FDA Guide to the Description of Architectural Drawings.
v Some institutions may wish to include flags or multiple controlled fields to distinguish between
indexing terms indicating what the work is “of” from terms indicating what it is “about.” For a
discussion of this point of view, see Sara Shatford Layne, “Subject Access to Art Images,” in
Introduction to Art Image Access: Issues, Tools, Standards, Strategies, edited by Murtha Baca. Los
Angeles: Getty Research Institute, 2002, 1 ff.
Capítulo7 - Classe
Classe
7.1.1 Discussão
O elemento Classe é usado para relacionar uma obra específica com outras com características
semelhantes, frequentemente baseadas no esquema organizacional de um repositório em
particular ou de uma colecção. O objectivo é colocar a obra dentro de um contexto mais amplo,
categorizando-o com base em características semelhantes, incluindo materiais, formulário,
forma, função, proveniência, contexto cultural, ou período histórico ou estilístico. Os termos
Classe devem representar uma hierarquia, uma tipologia, ou algum outro agrupamento de
itens, implicando semelhanças entre obras dentro da lógica da classificação.
Usando a Classificação para colocar a obra dentro de um contexto mais amplo e relacioná-lo
com outras obras numa colecção ajuda os utilizadores a finalizarem a pesquisa de obras que
estão relacionadas ou com as mesmas características. A classificação pode ser um ponto de
partida útil na descoberta de obras contidas numa colecção. Introduz a colecção e indica tanto
a estrutura organizacional como o seu propósito.
Os termos entrados neste elemento devem ser atribuídos com base em directrizes locais
pertinentes para a colecção individual. Por exemplo, nas colecções museológicas, a classificação
de um objecto pode corresponder à colecção de um determinado departamento de curadoria (
por exemplo artes decorativas, mobiliário, pinturas, escultura, gravuras e desenhos); em
colecções de recursos visuais, poderá ser baseada em períodos históricos de arte ou estilos, tais
como Pré-histórico, Egípcio, Românico, Renascentista. Uma obra pode pertencer
simultaneamente a diferentes classes em esquemas diferentes, dependendo do esquema
usado ou do ponto de vista.
O elemento Classe pode referir-se a uma categoria dentro da colecção para organizar a
própria instituição como referido anteriormente, ou pode referir-se a esquemas
organizacionais, recorrendo a coleções de recursos visuais, catálogos coletivos, e iniciativas de
catalogação partilhada. Por exemplo, quando uma imagem de uma obra de arte de um museu é
usada como uma colecção de recurso visual, pode ser classificada de forma diferente da
classificação do museu, dependendo dos requisitos do âmbito dos recursos visuais da colecção.
Na iniciativa de catalogação partilhada, ou nos catálogos colectivos, ainda outra classificação
pode ser requerida. No entanto, em tais situações, será útil aos utilizadores incluírem a
designação original da classe das obras de arte também no repositório.
O termo Classe não carrega nenhuma conotação de qualidade; não é uma categorização de
objetos de acordo com o grau ou o valor. Para uma discussão mais completa sobre classe como
um elemento de catalogação, ver Categorias para a descrição de obras de arte: Classificação.
Especificidades
O nível de especificidade para que uma obra seja classificada (por exemplo, no caso de uma
cadeira Brewster, se mais amplamente como artes decorativas, ou mais especificamente como
mobília ou cadeiras) vai depender da perspectiva da catalogação da instituição e das
solicitações dos utilizadores. Os termos mais gerais do que os registados no “Tipo de Obra”,
deverão ser registados na Classe. Por exemplo, se uma obra é identificada como uma carpete
no “Tipo de obra”, poderia ser classificada como artes decorativas na Classe. Seria ideal, que a
classificação não duplicasse informação no elemento “Tipo de obra”, embora tal sobreposição
A Classificação deve ser registada num campo controlado e repetível. A terminologia deve ser
controlada por um ficheiro de autoridades ou lista controlada. Os termos, podem ser tirados de
fontes publicadas ou não-publicadas; os termos podem derivar de sistemas ordenados de
categorias ou de edições com tesaurus estruturados hierarquicamente. O esquema para
Classificação deverá ser documentado com um relatório descrevendo o objectivo, o
público-alvo, e o foco da colecção. Os termos devem ser definidos para que fique claro, quais os
tipos de obras é que pertencem a uma determinada classe.
Elementos recomendados
Classe
Os exemplos ao longo deste capítulo são apenas para fins ilustrativos. A prática local pode variar.
7.1.2 Terminologia
A terminologia deve ser controlada usando o campo autoridade ou as listas controladas. Contudo o
esquema da Classificação é definido localmente, os termos para preencher este esquema podem ser
obtidos a partir de sistemas ordenados de categorias ou de uma publicação ou tesaurus locais
hierarquicamente estruturados, ou podem ser baseados no uso comum dentro de uma instituição
particular ou disciplina. As fontes de terminologia devem incluir o seguinte:
Genre Terms: A Thesaurus for Use in Rare Book and Special Collections
Cataloging. 2nd ed. Prepared by the Bibliographic Standards
Committee of the Rare Books and Manuscripts Section (ACRL/ALA).
Chicago: Association of College and Research Libraries, 1991.
Paper Terms: A Thesaurus for Use in Rare Book and Special Collections
Cataloging. Prepared by the Bibliographic Standards Committee of
the Rare Book and Manuscripts Section (ACRL/ALA). Chicago:
Association of College and Research Libraries, 1990.
7.1.2.2.1 Rigor/Coerência
Se possível, a terminologia e as definições para o elemento Classe (por exemplo, o âmbito das notas)
devem ser armazenados num ficheiro de autoridade ligado ao Registo da Obra. Define o objetivo e o
público-alvo do/ esquema da Classe/ da Classificação. Os termos Classe podem também ser
armazenados no Conceito Autoridade descrito na 3.ª parte. Por outro lado, tendo em conta que haverá
um número limitado de Termos Classe, algumas instituições podem em vez disto, escolher o controlo de
Classe com uma simples lista controlada.
Grave um ou mais termos que relacione a obra com outras obras com características similares,
incluindo, materiais, formulário, forma, função, proveniência, contexto cultural, ou histórico, ou
período estilístico, baseado no esquema organizacional de um repositório particular ou de uma
coleção.
Geralmente usa-se o plural dos nomes, porque as classificações representam grupos ou itens
semelhantes, não um item individual.
Exemplos
Classe: pinturas
Classe: manuscritos
Quando o termo se refere a um assunto mais abrangente, a forma plural não é apropriada, use
a forma singular.
Exemplos
Classe: escultura
Classe: arquitectura
Classe: fantasia
Classe: mobília
Use conceitos compostos para o elemento Classe quando apropriado para uma colecção em particular.
Os conceitos compostos são termos compostos por múltiplos conceitos tais como Pinturas Europeias.
Isto é diferente do AAT ou outros tesauros estandardizados nos quais cada registo representa um único
conceito.
Exemplos
Use maiúsculas nas iniciais dos nomes próprios de cultura, nacionalidade, época, ou estilo se for caso
disso. Para outros termos, use letras minúsculas. Evite abreviaturas.
Exemplos
Classe: têxteis
Classe: cerâmica
Se a sua instituição utiliza classificação composta por abreviaturas ou códigos numéricos ou
alfanuméricos, que podem parecer insignificantes para um utilizador, mapear esses termos controlados
numa apresentação será significativo. Num sistema de base de dados online, ou num sistema kiosk, por
exemplo, um código de classificação local tal como o P20FR devem ser traduzidos para pinturas
francesas do século XX.
7.2.1.2.1 Especificidade
Se possível, não duplicar qualquer termo usado no elemento Tipo de Obra. Quando o termo Classe se
baseia no Tipo de Obra, seleccione um termo que o categorize mais amplamente possível do que o
termo usado no Tipo de Obra. Nos exemplos abaixo, o campo Tipo de Obra, é incluído para esclarecer a
relação entre ele e a Classe (Ver Capítulo 1: Objecto de nomenclatura para uma discussão de Tipo de
Exemplos
Campos controlados:
Classe: arquitectura
Campos controlados:
Campos controlados:
Classe: impressões
Em alguns casos, no entanto, é impossível evitar a duplicação do termo do Tipo de Obra.
Exemplo
Campos controlados:
Classe: pinturas
Use termos e um esquema geral que facilite a navegação ou a recuperação de um nível de
especificidade consistente com a profundidade da colecção e as necessidades dos utilizadores. O
exemplo ilustra como o mesmo tipo de obra, cartonnier, poderia ser classificado com termos de classe
que são mais ou menos específicos, dependendo do âmbito da colecção.
Exemplos
Classe: mobília
Exemplo
Para uma discussão/análise sobre quando e porquê separar texto livre e campos controlados
recomenda-se, ver Parte 1: Design de base de dados e relações: Apresentação e indexação.
Para indexação deve ser usado um campo controlado repetível. A apresentação de um texto livre para
Classe poderá ser incluído, mas geralmente não é solicitado. Quando ocorrem múltiplas designações de
Classe, e se for necessária uma demonstração/apresentação. Pode ser construída pela
concatenação/relação de dados do campo controlado repetível. O exemplo abaixo ilustra uma obra com
várias designações de Classe.
Exemplo
Visualização de Classe em texto livre ou visualização concatenada de Classe:
7.3.2 Exemplos
Exemplos de Ficha de Inventário estão abaixo incluídas. Para exemplos adicionais, ver o final da Parte 1 ,
o final de cada capítulo e o web site do CCO. Nos exemplos, “controlados” refere-se a valores
controlados por um ficheiro de autoridades, lista controlada ou outras regras (por exemplo, regras para
registo de datas). O “ligação” refere-se a uma relação entre uma Ficha de Inventário e um Registo de
Autoridade ou entre duas Fichas de Inventário. Todos os ligaçãos são campos controlados. Nos
exemplos que se seguem, as relações das Fichas de inventário são abreviadas por uma questão de
precisão. As Fichas de inventário, devem estar o mais completas possível. Consulte os vários capítulos
Figura 37
Ficha de inventário com ligação para um Registo de Autoridade para Classe: Globo
Ficha de inventário com ligação para um Registo de Autoridade para Classe: Edifício medieval
Crédito.
Descrição /
Outras Notas Descritivas
8.1.1 Análise
Ao longo do Registo de Obra, o elemento Descrição e outro tipo de notas pode estar associado
a campos específicos.
Descrição
Geralmente, neste elemento, redige-se um breve ensaio descritivo, detalhando o conteúdo e o
contexto de uma obra. É um campo de texto-livre usado para registar comentários e
interpretações de forma a complementar, qualificar e explicar as informações nos campos
indexados.
O elemento deverá descrever, de forma coerente, algumas ou todas as características e
significados históricos de uma obra de arte ou de arquitetura. As temáticas descritas podem
incluir uma breve recensão sobre um assunto, função ou significado de uma obra. Para uma
discussão mais aprofundada sobre este elemento, consultar Categorias para a Descrição de
Obras de Arte: Nota Descrição.
Outras Notas
Ao longo do Registo de Obra, algumas organizações podem usar notas para auxiliar na
qualificação ou explicação da informação registada num determinado elemento, como por
exemplo, o uso de uma nota de Assunto, Data ou Título. Estas permitem contextualizar,
colmatar a dúvida e/ou ambiguidade proporcionado pelo uso de um campo controlado.
Normalmente, os museus usam as notas, muitas vezes combinadas com campos controlados,
para registrar informações sobre a descrição física, condição, conservação e história da obra.
Uma nota também pode ser usada para registrar informações administrativas ou outro tipo de
informações relevantes para o próprio registro de uma obra, como uma referência de origem
ou informações exportadas de um sistema para outro. Se um profissional precisar citar uma
publicação específica, como a fonte de informações sobre o trabalho, podem usar as notas
também para esse fim. Isto é especialmente útil se a plataforma informática não tiver um
ficheiro de autoridade (ver parte 1: Ficheiros de Autoridade e Vocabulários Controlados: Fonte
de Autoridade).
Nem todas as notas são visíveis. As notas com informações administrativas não são publicadas.
Capítulo 8– Descrição 1
Para mais informações sobre os diferentes tipos de notas, denominadas também por ver
Comentários ou Descrição ver Categorias para a Descrição de Obras de Arte.
Especificidade
As notas em texto livre permitem dar os detalhes necessários à contextualização dos elementos
como um suplemento às informações registradas em campos controlados.
Elementos Recomendados
A lista dos elementos discutidos neste capítulo aparece abaixo.
Descrição (nota de descrição)
Fontes
Os exemplos apresentados ao longo deste capítulo são meramente ilustrativos. A prática local
pode ser diferente.
8.1.2 Terminologia
Gardner, Helen. Gardner’s Art through the Ages. 11th ed. Edited by Fred S. Kleiner, Christin J.
Mamiya, and Richard G. Tansey. Fort Worth, TX: Harcourt Brace Publishers, 2001.
Capítulo 8– Descrição 2
Grove Dictionary of Art Online. New York: Grove’s Dictionaries, 2003. http://www.groveart.com/
Hartt, Frederick. Art: History of Painting, Sculpture, and Architecture. 2nd ed. New York: Harry N.
Abrams, 1985.
Janson, H. W. History of Art. 7th ed. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall Art, 2006.
Brevidade
A informação a registar deve ser clara e consistente. Os elementos que se destacam e que
ainda não foram descritos noutros elementos devem ser registados.
Capítulo 8– Descrição 3
Exemplos
[edifício]
Campo de descrição:
O Panteão foi dedicado aos sete deuses planetários, no ano 128 AC. Nos inícios
do Séc. VII foi convertida pela igreja católica. É o maior exemplo vivo da
arquitetura o pus caementicium romana.
[retrato a pastel]
Campo de descrição:
Liotard apresentou uma habilidade notável no uso da técnica de pastel para
desenhar retratos de crianças. As superfícies, texturas e volume eram realizados
com a criação e a aplicação subtil e granular da cor. Na altura em que estava a
realizar o presente retrato, a execução de retratos de crianças estava em voga
no Europa Ocidental.
No caso em que nenhuma das opções anteriores de ordenação se aplicar à obra, ordene a
informação pelas respostas às seguintes questões: O que é a obra (Tipo de Obra, Assunto,
Estilo)? Quem é o responsável por ela? Onde foi realizada? Quando foi criada?.
Na ordem dos elementos, omitir qualquer dos elementos que não sejam significativos ou que
sejam explicados adequadamente noutros elementos.
Exemplo
[livro Sacramentário]
Campo de descrição:
Este livro contém orações que são lidas pelo sacerdote na missa. O volume é
ornamentado por miniaturas otonianas, em sete páginas inteiras, com remates
coloridos e ornamentados. Tendo em conta que incluía orações de santos
Capítulo 8– Descrição 4
venerados em Beauvais, pensa-se que este livro poderia ter sido usado pelo
Bispo de Beauvais na cerimónia de coroação do rei da França Roberto, o Piedoso.
A responsabilidade da escrita e das iluminuras é atribuída a Nivardus de Milão,
que trabalhou no mosteiro de Benedicti, em Saint-Benoît-sur-Loire, Fleury,
França, nos inícios do Séc. XI.
Exemplos
[tapete Persa]
Campo de descrição: Este grande tapete foi executado para o santuário do
Xeque Safi-ad-din Ardabili localizado em Ardabil, o mais antigo da religião Persa.
Tendo em conta a origem do artista que o executou ser Kashan, pensa-se que
provavelmente o tapete também tenha sido executado no mesmo local e não
em Ardabil (cujo estilo é diferente). Neste tapete, o medalhão central com
pendentes ramificados é uma representação contemporánea das antigas
encadernações e iluminuras.
[vaso Maia]
Campo de descrição: As pinturas complexas da arte Maia, realizadas ao longo do
vaso, eram comuns no Séc. VIII. Trata-se da descrição de uma cena no reino do
Senhor da Morte, onde o bailarino segura numa mão um machado longo e
noutra uma pedra. Num dos lados do altar encontra-se o bebé jaguar, uma figura
divina, e no outro lado do altar a figura de um esqueleto a dançar. O significado
da cena não é consensual significando ora sacrifício ora celebração.
Idioma
A descrição deve ser redigida na língua da agência catalogadora, à exceção dos casos sem
equivalência. Sempre que necessário usar os diacríticos.
Exemplos
Capítulo 8– Descrição 5
ou como o Senhor da Dança.
Capítulo 8– Descrição 6
8.2.1.2.2 TÓPICOS NA DESCRIÇÃO
No campo da Descrição estão incluídos os tópicos apropriados dos assuntos da obra, função,
relação com outras obras, estilo ou qualquer outro aspeto significativo.
Exemplo
Exemplos
[bannerstone]
Campo de Descrição:
O bannerstone é uma pedra sob a forma de uma borboleta com perfuração
central. Apesar de não se saber ao certo qual o objetivo do bannerstone
pensa-se que o seu uso, sob a forma de adorno ou insígnia, correspondia a um
certo status; algumas investigações apontam os bannerstones como
instrumentos de guerra (um bastão usado nas culturas pré-colombianas para
Capítulo 8– Descrição 7
lançar lanças).
Exemplo
[desenho de Apolo e das Musas no Monte Parnas]
Campo de Descrição:
Poussin usou este desenho como estudo para realizar a pintura que está no
Museu do Prado. Este foi inspirado no famoso fresco de Rafael Sanzio, Stanza
della Segnatura, no Vaticano. O desenho mostra a tendência de Poussin no uso
das formas abstratas e da aplicação de tinta diluída em água.
Técnica e Estilo
Se significativo incluir na descrição um debate sobre o estilo do artista, técnicas e
representatividade da obra no contexto global do trabalho do artista.
Exemplo
[escultura]
Campo de Descrição:
A mestria do escultor é patente na forma como apresenta as diferentes texturas
que incluem a pele, cabelo, rendas e cetins. Por debaixo da armadura, Verhulst,
empregou folhagens curvas com as pontas em forma de espiral terminando o
busto sob a zona dos ombros e peito.
Temas/questões imprecisas
Sempre que apropriado, clarificar na Descrição temas/questões imprecisas ou incertas relativas
à atribuição, localização original, identificação dos assuntos, datação ou contexto histórico
relevante da obra.
Capítulo 8– Descrição 8
Exemplo
[pintura sobre painel]
Campo de Descrição:
A Adoração dos Reis Magos, em Siena, foi produzido pelas oficinas Bartolo mas
principalmente executado pelo próprio Bartolo di Fredi. Apesar de se
desconhecer a localização original do retábulo, a qualidade dos materiais, o
grande tamanho do objeto e a influência que a obra teve noutros artistas
apontam para que tenha tido uma localização importante, possivelmente na
Catedral de Siena. A obra representa o último estilo do artista e teve um grande
impacto tanto em Siena como noutros locais.
Capítulo 8– Descrição 9
1997;
Página: 195.
Nota de Data
Exemplo
[Basílica de São Pedro, Vaticano]
Nota de Data:
Bernardo Rossellino, entre 1452 e 1455, desenhou um plano para reconstrução da
Basílica de São Pedro. O papa Júlio, em 1505, deu indicações a Donato Bramante para
dar continuidade à reconstrução. Todavia, após a morte de Bramante, em 1515, apenas
quatro pilares tinham sido erguidos. Michelangelo ficou responsável pelo projeto, em
1546. Por volta do ano de 1564, após a sua morte, o projeto de construção da cúpula
estava a progredir. No entanto, só ficou completa sob a coordenação dos arquitetos
Dominico Fontana e Giacomo della Porta, em 1593. Carlo Maderno, entre 1603 e 1614,
dirigiu a construção da nave e do pórtico, cabendo à responsabilidade de Bernini a
construção da Praça de São Pedro (Piazza San Pietro), entre 1656-1667.
Exemplo
[baixo-relevo Egípcio]
Campo de Descrição:
Capítulo 8– Descrição 10
Após o caótico Primeiro Período Intermediário Mentuhotep II unificou o Egito, dando
origem ao Médio Império. O baixo-relevo provém do seu templo funerário em Deir
el-Bahri, Tebas ocidental. A grande qualidade dos trabalhos desenvolvidos nas oficinas
reais de Tebas era patente. Efetivamente, a modelagem de baixo-relevo era delicada e
apresentava detalhes graciosos pintados.
Fonte: Hibbard, Howard. Metropolitan Museum of Art. New York: Harrison House, 1986;
Página: 30.
Se necessário, sempre que se usar de forma exaustiva uma fonte na construção da nota deve-se
citar a mesma no campo. Todavia, a situação ideal será a de ligar a fonte ao ficheiro de
autoridade.
Exemplo
[um retrato]
Campo de Descrição:
Relativamente ao seu famoso retrato, realizado por Picasso, entre 1905 e 1906 (agora
no Metropolitan Museum, New York), Gertrude Stein afirmou "... for me, it is I, and it is
the only reproduction of me which is always I, for me." (Stein, Gertrude. Picasso, 1948).
A Descrição e outras notas são em campos de texto livre. Para optimizar a recuperação,
informações importantes devem ser indexadas nos campos controlados.
Algumas notas podem ser inapropriadas para estarem visíveis ao público (por exemplo,
informação sobre a aquisição do objeto); as instituições devem decidir que notas devem ficar
(ou não) visíveis aos utilizadores.
Capítulo 8– Descrição 11
8.3.1.1.2 INDEXAR AS FONTES
Preferencialmente, o campo da Fonte deveria estar associada à nota e ligada ao ficheiro de
autoridade. Para mais informações consultar a Parte 1: Ficheiros de Autoridade e Vocabulários
controlados : Fonte de Autoridade.
Exemplo
[Edifício Chrysler, Nova York]
Campo de Descrição:
Nos inícios de 1930 o edifício de Van Alen era o maior e o mais famoso de Manhattan.
Semelhante à arquitetura comercial dos finais dos anos 20 o edifício apresenta formas
massivas, e o uso de grandes janelas no seu design. No entanto, as ornamentações são
de clássico Art déco, predominantemente nos últimos sete andares que, em conjunto,
formam o triângulo no topo do edifício. No ponto mais elevado, Van Alen inclui uma
antena de 27 toneladas de aço e 56 metros de altura, tornando-o mais alto que a Torre
Eiffel.
Fonte: Duncan, Alistair. Art Deco. London: Thames and Hudson, 1988; Página: 186.
8.3.2 Exemplos
Exemplos dos Registos de Obras são apresentados de seguida. Para aceder a mais exemplos,
ver o final da Parte 1, no final de cada capítulo, e no portal do CCO. Nos exemplos, o controlo
refere-se aos valores controlados pelo ficheiro de autoridade, lista controlada, ou outras regras
(por exemplo, regras usadas para o registo de datas). A ligação refere-se à relação entre um
Registo de uma Obra e um Registo de Autoridade ou entre dois Registos de Obras. Todas as
ligações são campos controlados. Nos exemplos que se seguem os Registos de Obras
Relacionadas estão descritos de forma abreviada. Todos os Registos das Obras deverão ser tão
completos quanto possível. Consultar os vários capítulos para mais informações sobre os
elementos de metainformação individuais, se devem ser controlados, e as vantagens respetivas
de um ficheiro de autoridade ou de uma lista controlada. Em todos os exemplos neste manual
Capítulo 8– Descrição 12
quer seja ao longo ou no fim de cada capítulo, os dados dos campos dos campos controlados
estão separados pelos caracteres de uma “bola”.
Figura 39
Registo de obra com a Descrição: Pintura Pós-Impressionista1
Os elementos obrigatórios e recomendados estão assinalados com um asterisco.
Registo de Obra
❏ Classe [controlado]: Pintura (Arte)
❏ *Tipo de Obra [ligação]: Pintura (Arte)
❏ *Título:Irises|Tipo de título: preferencial
Título: Lírios |Tipo de título: alternativo
❏ *Criador: Vincent van Gogh (Holandês, 1853-1890)
*Função [controlado]: pintor | [ligação]: Gogh, Vincent van
❏ *Data: 1889
[controlado]: Inicial: 1889; Final: 1889
❏ *Assuntos [ligação com as autoridades]: B otânica • Lírios • Regeneração (Biologia) • Solo • Natureza
❏ *Localização atual [ligação]: J. Paul Getty Museum (Los Angeles, California, United States) | ID:90.PA.20
❏ Localização de criação: Saint-Rémy-de-Provence (Provence-Alpes-Côte d'Azur, França)
❏ *Medidas: 71 x 93 cm (28 x 36 5/8 polegadas)
[controlado]: Valor:71; Unidade: cm; Tipo: altura |Valor: 93; Unidade: cm; Tipo: largura
❏ *Materiais e Técnicas: Óleo sobre tela, aplicada com o pincel e espátula
Material [ligação]: pintura a óleo • tela | Técnica [ligação]: pincel • espátula
❏ Inscrições: assinado no canto inferior direito: Vincent
❏ Estilo: [ligação]: Impressionismo • Pós-Impressionismo
❏ Descrição: A obra foi pintada quando o artista se encontrava a recuperar de um caso grave de doença mental; é descrito o
jardim do hospício de Saint-Rémy. A composição descrita, provavelmente sofreu influência das gravuras japonesas, é
dividida em áreas circundantes de cores vivas com lírios monumentais a ultrapassar as margens da própria pintura. Não
existem desenhos conhecidos desta pintura; o próprio Van Gogh considerou-o no seu estudo. O seu irmão Theo
reconheceu a qualidade da pintura e submeteu-o, em setembro de 1889, ao Salon des Indépendants afirmando: "[It]
strikes the eye from afar. It is a beautiful study full of air and life."
❏ Fonte de Descrição [ligação]: J. Paul Getty Museum. Handbook of the Collections. Los Angeles: J. Paul Getty Museum,
1991; Página: 129.
Capítulo 8– Descrição 13
CRÉDITOS: The J. Paul Getty Museum (Los Angeles, California), Vincent van Gogh
(Dutch, 1853-1890); Irises, 1889; oil on canvas, 71 x 93 cm; (28 x 36 5/8 inches);
90.PA.20. © The J. Paul Getty Trust.
Figura 40
Registo de obra com a Descrição: Pintura Moderna2
Os elementos obrigatórios e recomendados estão assinalados com um asterisco.
Registo de Obra
❏ Classe [controlado]: Pintura (Arte) • Arte americana
❏ *Tipo de Obra [ligação]: Pintura (Arte)
❏ *Título:The Figure 5 in Gold|Tipo de título: preferencial
Título: Five in Gold |Tipo de título: alternativo
Título: A Figura 5 em ouro |Tipo de título: alternativo
❏ *Criador: Charles Demuth (Americano, 1883-1935)
*Função [controlado]: pintor | [ligação]: Demuth, Charles
❏ *Data: 1928 | [controlado]: Inicial: 1928; Final: 1928
❏ *Assuntos [ligação com as autoridades]: R etrato • William Carlos Williams (Poeta americano, 1883-1963) • Williams,
William Carlos • "The Great Figure" (poema) • Indústria • Fogo • Veículos para bombeiros
❏ *Localização atual [ligação]: Metropolitan Museum of Art (New York; New York, United States) | ID:49.59.1
❏ *Medidas: 90.2 x 76.2 cm (35 1/2 x 30 polegadas)
[controlado]: Valor:90.2; Unidade: cm; Tipo: altura |Valor: 76.2; Unidade: cm; Tipo: largura
❏ *Materiais e Técnicas: Óleo sobre cartão
Material [ligação]: pintura a óleo • cartão
❏ Estilo: [ligação]: Futurismo (Arte) • Cubismo
❏ Descrição: Inspirado nas obras de Gertrude Stein, na década 20, Demuth produziu uma série de cartazes a honrar os seus
contemporâneos. Esta obra, em particular, presta uma homenagem ao poema de William Carlos Williams, "The Great
Figure." O trabalho consiste na construção de imagens associadas ao poema, às iniciais do poema e aos nomes "Bill" e
"Carlos." O poema de Williams descreve o percurso de um carro de bombeiros pelas ruas da cidade, em situação de
emergência e com o número 5 pintado no veículo.
❏ Fonte de Descrição [ligação]:
Metropolitan Museum of Art online. http://www.metmuseum.org (consultado a 1 de fevereiro, 2005).
Capítulo 8– Descrição 14
CRÉDITOS: The Figure 5 in Gold, 1928; Charles Demuth (American, 1883-1935);
Oil on cardboard; H. 35-1/2, W. 30 in. (90.2 x 76.2 cm); The Metropolitan
Museum of Art, Alfred Stieglitz Collection, 1949 (49.59.1); Photograph © 1986
The Metropolitan Museum of Art
Figura 41
Registo de obra com a Descrição: Torre Românica
Os elementos obrigatórios e recomendados estão assinalados com um asterisco.
Registo de Obra
❏ Classe [controlado]: Arquitetura • Arte européia
❏ *Tipo de Obra [ligação]: Campanilo
❏ *Título: Torre de Pisa|Tipo de título: preferencial
Título: Leaning Tower of Pisa |Tipo de título: alternativo
Título: Campanilo |Tipo de título: alternativo
Título: Campanile |Tipo de título: alternativo
Título: Torre Pendente |Tipo de título: alternativo
❏ *Criador: arquitetura e engenharia: iniciou com Bonanno Pisano (Italiano, ativo nos finais do Séc. XII) ou Gherardo di
Gherardo (Italiano, ativo nos finais do Séc. XII); continuado por Giovanni Pisano (Italiano, nascido a ca. 1240, faleceu antes
de 1320) e Giovanni di Simone (Italiano, activo ca. 1260-ca. 1286); terminado por Tommaso Pisano (Italiano, faleceu depois
de 1372).
*Função [controlado]: arquiteto | [ligação]: Bonanno Pisano | *Função [controlado]: arquiteto | [ligação]: Gherardo di
Gherardo *Função [controlado]: arquiteto | [ligação]: Giovanni Pisano *Função [controlado]: arquiteto | [ligação]:
Giovanni di Simone *Função [controlado]: arquiteto | [ligação]: Tommaso Pisano
❏ *Data: a torre teve início em 1173 e ficou completa no Séc. XIV
[controlado]: Inicial: 1173; Final: 1399
❏ *Assuntos [ligação com as autoridades]: A rquitetura • Religião e mitologia •Torre de Pisa (Pisa, Itália)
❏ Estilo: [ligação]: Românico
❏ *Localização atual [ligação]: Pisa (Toscana, Italia)
❏ *Medidas: 8 andares, 56 m (altura) (185 pés), inclinação da perpendicular é cerca de 4.9 m (16 pés)
[controlado]: Valor:56; Unidade: cm; Tipo: altura |Extensão: andares; Valor:8; Tipo: contagem
❏ *Materiais e Técnicas: Alvenaria, construção sob a forma redonda, em pedra, exterior em mármore branco e colorido
Material [ligação]: mármore | Técnica [ligação]: paredes estruturais • cantaria • planta circular • Marchetaria
❏ Descrição: De acordo com Vasari a torre iniciou com Bonanno Pisano mas recentes investigações apontam para Gherardo
Capítulo 8– Descrição 15
di Gherardo. O desnível fundacional durante a construção causou a situação atual da torre. A construção continuou com
Giovanni Pisano e Giovanni di Simone em 1275 com a adição de mais três andares com direção oposta à inclinação, para
compensar o desnível; todavia, o peso causado pela adição causou uma maior inclinação da torre. De acordo com Vasari,
Tommaso di Andrea Pisano completou o campanário entre 1350 e 1372. Estão em curso esforços atuais para prevenir uma
maior inclinação e terminar com o colapso da torre.
❏ Fonte de Descrição [ligação]:
Touring Club Italiano: Toscana (1984); Página: 117 ff.
Soprintendenza ai Beni Ambientali Architettonici Artistici e Storici per le provincie di Pisa Livorno Lucca Massa Carrara
online http://www.ambientepi.arti.beniculturali.it/ (consultado a 4 de fevereiro, 2005).
❏ Obra relacionada:
Tipo de relação [controlado]: parte de
[ligação para a Obra Relacionada]: Cathedral of Pisa; cathedral; unknown Italian; 1063-1350; Piazza del Duomo (Siena,
Italy)
CRÉDITOS: Leaning Tower of Pisa, Pisa, Italy © 2005 Patricia Harpring. All rights
reserved.
NOTAS
Capítulo 8– Descrição 16
Capítulo9 - Visualização de Informação
9.1.1 Debate/Discussão
É importante fazer a distinção entre uma Vista de Data e outras datas da gestão das coleções.
Por exemplo, considere uma imagem mostrando O Taj Mahal tirada em 1969 num formato de
slide de 35mm e que foi copiado para um formato digital em 2003. A data da imagem digital é
2003, mas a data da vista é 1969. Tais distinções/diferenças devem ficar claras no Registo de
Imagem. A criação de data para a cópia é geralmente gravada com outra data administrativa e
não deve ser confundida com a Vista de Data.
Elementos recomendados
A lista de elementos discutidos neste capítulo aparece abaixo. Elementos obrigatórios são
anotados. A exibição/visualização pode ser em texto livre ou concatenada por campos
controlados.
9.1.2 Terminologia
A Vista de Descrição é um campo de texto livre que descreve a vista com tanto detalhe quanto
É recomendado o uso de um vocabulário controlado, ligado a um ficheiro de autoridades.
Alguns exemplos incluem o seguinte:
Library of Congress. Thesaurus for Graphic Materials 2, Genre and
Physical Characteristics. Washington, DC: Library of Crongress.
http://lcweb.loc.gov/rr/print/tgm2/.
A terminologia de assunto pode ser controlada usando um ficheiro de autoridade ou uma lista
controlada. Ver sugestões para terminologia no Capítulo 6: Assunto.
Informações de data devem ser formatadas com uniformidade para permitir uma procura
eficaz na recuperação de dados. As regras locais devem estar no devido lugar. Os formatos
sugeridos estão disponíveis na norma ISO e no esquema W3C XML Parte 2. Ver orientações
adicionais sobre datas no Capítulo 4.
ISO 8601:2004 Numeric representation of Dates and Time. Data elements and interchange
formats. Information interchange. Representation of dates and times. Geneva, Switzerland:
International Organization for Standardization, 2004. XML Schema Part 2: Datatypes, 2001.
http://www.w3.org.
9.1.2.2.1 Uniformidade/Coerência
Se possível, os termos devem ser armazenados numa autoridade ou numa lista controlada, que
está ligada a um Registo de Imagem. Para preencher o ficheiro de autoridade ou a lista, usar
fontes padrão combinadas com a terminologia local conforme necessário.
9.2.1 Regras para a Vista de Descrição e Vista Tipo
Exemplos
Sintaxe
Escrever a descrição na língua do registo do catálogo (Inglês nos Estados Unidos da América).
Exemplos
Use termos na linguagem do registo do catálogo (Inglês nos Estados unidos da América).
Exemplos
Se a vista inclui uma parte da obra completa, indique-o (por exemplo, vista parcial). Descreva a
parte que foi capturada na vista) (ver também campos controlados ou Vista de Assuntos
abaixo).
Exemplos
Se a vista é tirada de uma determinada distância ou posição, indique-o.
Exemplos
Se a vista for tirada de um ângulo particular ou perspetiva, indique-o.
Para arquitetura e outras obras que contenham espaços interiores, indique a vista relativa ao
espaço interior ou exterior da obra quando pertinente
Exemplos
Obras tridimensionais
Para obras tridimensionais, usar termos controlados que indiquem atributos de posição em
relação a toda a obra.
Exemplos
Para vistas que incluam múltiplos objetos, localizá-los dentro do contexto de um ponto de vista
particular.
Exemplo
Para vistas que incluam a obra dentro de um cenário ambiental ou sob condições de iluminação
dignos de nota, indicar as condições.
Exemplo
Se a recuperação de/da informação sobre a iluminação (por exemplo, o ajustamento da luz ou
condições ambientais sejam necessários, essa informação deve ser indexada no Vista tipo e na
Vista de assuntos
Exemplo
Pontos cardeais
Para vistas de arquitetura e outros de obras específicas, usam-se termos que indiquem a
direção da vista em relação aos pontos cardeais.
Exemplo
Se a recuperação da informação sobre os pontos cardeais(por exemplo, norte, sul, este, oeste,
sudoeste) forem necessários, esta informação deve ser indexada na Vista Tipo.
Exemplo
Exemplo
Grave o assunto como representado na vista diferente da informação do assunto geral gravado
para a obra.
Geralmente use o singular, incluindo os nomes próprios dos temas iconográficos, eventos
mitológicos, pessoas, lugares, e assim por diante. Quando o singular for inapropriado, use o
plural, conforme garantido pelo assunto que foi catalogado. Ver a discussão no Capítulo 6:
Assunto.
Exemplo
Exemplo
Usar os termos na língua do catálogo de registo (inglês nos Estados Unidos da América), exceto
em casos onde não existe equivalente à língua inglesa. Usar diacríticos conforme apropriado.
Exemplo
Os assuntos gravados para a Vista de Imagem irão variar dependendo do modo de exibição do
conteúdo da imagem. Os exemplos seguintes ilustram uma maneira possível de visualizar vários
campos de informação para a imagem e para os campos de assunto de uma obra para que
possam ser visualizados em conjunto.
Se a vista inclui uma parcela de toda a obra, descreve o assunto ou a parte que é capturada na
Exemplos
Se a vista de imagem contém pessoas ou objetos que não fazem parte da obra, tais como
postes de iluminação como no exemplo abaixo, mas são uma parte significativa da imagem,
Exemplos
Se a sua instituição desejar, para descrever melhor a visualização do assunto numa nota
especificamente reservada para a Vista de Assunto (ver nota de visualização do assunto no
exemplo abaixo) ou nas notas gerais no Registo de Imagem.
Exemplo
Exemplo
Para obter informações acerca o registo de datas, siga as recomendações no Capítulo 4.
Grave o dia, o mês, e o ano da imagem. Se o dia e o mês forem desconhecidos, grave o ano.
Exemplo
Grave as horas e os minutos, se for significativo e se for conhecido.
Exemplo
Indicar a incerteza ou as datas aproximadas no modo de visualização da data. Fazer uma
estimativa entre as datas mais recentes e as mais antigas para facilitar a recuperação da
informação. Ver Capítulo 4 pra recomendações gerais sobre datas aproximadas.
Exemplo
Registe uma data aproximada para a vista de imagem, conforme descrito abaixo:
Exemplo
[para o edifício leste, National Gallery of Art, Washington, DC]
Vista de Descrição (visualização):
Vista interior, Mezzanine (piso da entrada mostrando o lado leste)
Visualização da data:
Durante a construção final, Primavera 1977
Campos de Data controlados:
Recente: 1977-03-11 ; Antigo: 1977-06-30
Exemplo
Arte conceptual
Incluir a data ou intervalo de datas para de vistas de obras conceptuais, particularmente
quando o conceito envolve a impermanência/ inconstância/ instabilidade.
Exemplo
9.3.1.2 Campos no Ficheiro de Autoridade e na Ficha de Inventário
Informação em texto-livre na Vista de Descrição deve ser indexada para recuperação dos
campos controlados. Se não for possível incluir um texto-livre na Vista de Descrição, deverá ser
construída uma visualização rudimentar concatenando os dados dos campos controlados. A
Vista de Descrição pode repetir o Tipo de Visualização, integrando-o no campo de texto-livre
para melhor compreensão pelo utilizador. Também pode omitir a Vista Tipo, no caso da Vista
Tipo poder ser concatenada com o modo de visualização da Vista de Descrição.
A Vista de Assuntos deve ser visualizada de uma forma que garanta que o utilizador possa ver
O elemento na Vista de Assunto é um campo controlado repetível e tem como objetivo permitir
a recuperação e deve idealmente estar ligado a um campo de autoridade ou a uma lista
controlada. Pode estar ligado à mesma autoridade que controla a terminologia para o assunto
da obra. Ver Capítulo 6: Assunto para uma discussão/debate mais aprofundado de como gravar
o registo de assunto.
A Vista de Data é idealmente um conjunto de três campos: campo de exibição para expressar
aspetos da data para o utilizador, e dois campos representando as datas implícitas a mais
recente e a mais antiga na visualização da data. Os campos de data para recuperação devem
conter datas formatadas corretamente para permitir a recuperação. Para obter informações
sobre as datas de gravação, siga as recomendações no Capítulo 4.
9.3.2 Exemplos
Exemplos da obra e ligações de registos de imagem estão abaixo incluídos. Para exemplos
adicionais/complementares, ver o final da Parte 1, o final de cada capítulo, e o sítio web do
CCO. Nos exemplos, controlado refere-se a valores controlados por um ficheiro de autoridade,
lista controlada, ou outras regras (por exemplo, regras opara gravação de datas). O ligação/a
ligação refere-se à ligação entre a Ficha de Inventário e o Registo de Autoridade ou entre a obra
e os registos/gravações de imagem. Todos ao ligaçãos/ligações são campos controlados. No
exemplo que se segue os registos de obras relacionadas são abreviadas por causa da brevidade.
Todas as Fichas de inventário devem ser as mais completas possíveis. Ver os vários capítulos
para discussões sobre elementos de metadados individuais, se eles forem controlados, e as
respetivas vantagens de um ficheiro de autoridade ou de uma lista controlada. Em todos os
exemplos deste manual, tanto dentro e no final deste capítulo, os valores de dados de campos
repetíveis são separados por asterisco.
▪ *Termo:
Vista interior
▪ *Nota: refere-se a fotografias ou outras representações
do interior do edifício ou outra estrutura ou objeto que
possui o espaço interior e exterior
▪ *Fonte [ligação para o registo da fonte]: Art &
Architecture Thesaurus (1988-).
Material [ligação]: granito . bronze I Técnica [ligação]: liga de aço
▪ Descrição: O Instituto Johnson ilustra a apreciação do Mies van der Rohe’s nas estruturas de extensão simples. É
um cubo de granito folheado e suportado por vigas monumentais de bronze. O nível do solo é embutido, vidrado, e
escondido num fosso circundante. O átrio central é o foco para o interior.
▪ Descrição da Fonte: [ligação para a autoridade]: Philip Johnson – Alan Ritchie, Arquitetos. [em linha]
http://www.pjar.com (acedido 14 julho, 2004).
▪ Imagens Relacionadas [ligação para o Registo de Imagem]: 200347
O Registo de Imagem ligado à obra e aos Registos de Autoridade: Monumento egípcio requere
e recomenda que os elementos sejam marcados com um asterisco.
▪ *Termos:
Vista oblíqua (preferencial)
Vista diagonal
▪ *Nota: refere-se a representações sob o ponto de vista
vantajoso num ângulo para os perpendiculares do
assunto.
▪ *Fonte [ligação para o registo da fonte]: Art &
Architecture Thesaurus (1988-).
Material [ligação]: pedra calcária I Técnica [ligação]: arquitetura no corte da pedra
▪ Descrição: A esfinge é uma personificação da realeza, situada ao sul da Grande Pirâmide de Gizé. Provavelmente
destina-se a representar o Rei Khafre, embora as gerações posteriores acreditavam que era o Rei Sol.
▪ Descrição da Fonte: [ligação para a autoridade]: Janson, H. W., History of art. 3rd ed. New York: Harry N. Abrams,
Inc., 1986; Páginas : 60
▪ Imagens Relacionadas [ligação para o Registo de Imagem]: 1234
O Registo de Imagem ligado à obra e aos Registos de Autoridade: Mesa alemã requere e
recomenda que os elementos sejam marcados com um asterisco.
▪ *Termo:
Vista detalhada (preferencial)
▪ *Nota: refer-se a representações que contém uma
exibição parcial que está focada nim detalhe particular
em toda a parede
▪ Fonte [ligação para o registo da fonte]: Art & Architecture
Thesaurus (1988-).
[controlado]: R
ecente: 1755; Antigo: 1765
▪ *Assunto [ligação para a autoridade]: estudo . leitura . escrita . brasões embutidos . Johann Phillip von
Walderdorff
▪ *Localização Atual [ligação para a autoridade] : J. Paul Getty Museum; Los Angeles, California, Estados Unidos) I
85.DA.216
▪ *Medidas: 77.47 x 71.75 x 48.19 cm (30 ½ x 28 ¼ x 19 ¼ pés)
▪ [controlado]: Valor: 77.47; Unidade: cm; Tipo: altura I V
alor: 71.75 ; Unidade: cm; Tipo: comprimento I V alor:
48.19 ; Unidade: cm; Tipo: profundidade
▪ *Materiais e Técnicas: carvalho folheado com palisander, amieiro, jacarandá, marfim e madrepérola, decoração de
parquete
▪ * Material [ligação]: carvalho . amieiro . jacarandá . marfim . m
adrepérola I Técnica [ligação]: marcenaria .
parquete . revestimento
▪ Descrição: quando fechado, essa escrivaninha aparece na forma de mesa, no entanto, ela estende-se e abre numa
forma complexa para servir várias funções.. No centro da superfície da escrita está o brasão de armas de Johann
Philipp von Walderdorff, eleitor e arcebispo de Trier.
▪ Descrição da Fonte: [ligação para a autoridade]: J. Paul Getty Museum. Handbook of collections. Los Angeles: J. Paul
Getty Museum, 1991; pag: 102.
Imagens Relacionadas [ligação para o Registo de Imagem]: 98077
1
moderno gabinete de arquitetura, como uma organização sem constituição legal; por exemplo, o
atelier de escultores do séc. XVI ou uma família de artistas poderão ser registadas como
coletividades. Coletividades deverão ser organizadas, grupos de indivíduos que trabalharam juntos
num determinado período de tempo identificados. Uma oficina pode ser registada no ficheiro de
autoridade de Pessoas e Coletividade se, por si só, for composto por um grupo distinto de
indivíduos, responsáveis coletivamente por promover a criação da obra de arte (por exemplo, o
grupo de franceses iluministas, Soissons Atelier). Alguns eventos, como as conferências, são
tipicamente registados como coletividades no ficheiro de autoridade (para eventos históricos, ver
A4: Autoridade de Assunto)1.
Pessoas e Coletividades que não são autores
No presente capítulo o debate foca-se nos criadores e repositórios. Todavia, as instituições podem
usar um único ficheiro de autoridade para registar todas as pessoas e coletividades não fictícias
associadas à obra; por exemplo, o Nome de Autoridade da Pessoa e da Coletividade deverão incluir
registos para as academias de arte, comerciantes/mercadores, governantes, fabricantes, mecenas, e
qualquer pessoa descrita na obra.
Criadores desconhecidos
Efetivamente, verifica-se que a designação como a da oficina de Raphael encontra-se fora do
âmbito deste tipo de ficheiro de autoridade. Neste exemplo, o conceito de oficina é considerado um
qualificador a atribuir ao Raphael (registado no ficheiro de autoridade). Este qualificador constará
no registo da obra. Os qualificadores poderão ser usados nos registos das obras quando não se
conhece a identidade do criador mas sabe-se que trabalhou próximo do criador conhecido; nestes
casos, é comum associar a obra com o nome do criador conhecido cujo estilo das obras são
semelhantes ou de alguma forma relacionadas com a obra em questão. Nesses casos, deve-se ligar o
registo da obra com o registo de autoridade do criador conhecido, mas o nome do criador conhecido
tem de incluir a qualificação no registo da obra com uma frase, como se poderão verificar nos
seguintes exemplos: “oficina de”, “discípulo de”, “atribuído a” ou “atelier de”. Para obter as
definições desses qualificadores e obter mais informações sobre esta matéria, veja o Capítulo 2:
Informação sobre o Criador: Sugestão de Terminologia para Qualificação e Extensão.
Outros exemplos de criadores desconhecidos incluem personalidades artísticas não identificadas
com obras indeterminadas, referidos por designações como Florentino ou Florentino séc. XVI
desconhecido, e podem ser incluídos na autoridade.
Nesta abordagem, os registos de autoridade Pessoa e Coletividade são mantidos pelas culturas e
pelos grupos étnicos e podem ser ligados a todos os registos de obras em que o cabeçalho se aplica
(ilustrado na figura 46). Nestes casos, o identificador genérico não se refere a um identificador, pois
indica um indivíduo anónimo, uma personalidade artística não identificada, que liga a vários
registos de obras. O cabeçalho pode ou não incluir a palavra “desconhecido”, desde que seja feita de
forma sistemática.
2
Outra abordagem para os casos em que não se conhece a identidade do criador e a obra ainda não
foi determinada é aconselhável descrever uma identidade genérica a representar no Registo da Obra
através da conjugação da forma dos termos do elemento cultura (veja Capítulo 4: Informação
Estilística, Cultural e Cronológica), com ou sem a palavra desconhecido (mas seja coerente). No
exemplo da Figura 45, a palavra desconhecido foi adicionado ao elemento do termo cultura para
criar o cabeçalho do Criador.
Figura 45
Denominação de um artista desconhecido construído para os utilizadores finais
Registo da Obra
Classe: escultura
*Tipo de Obra: estátua
*Título: A Dança Devadasis | Tipo de Título: preferido
*Apresentar Criador: Indiano desconhecido
*Função: escultor
*Data de criação: séc. XII
Cultura: Indiana
*Assunto: Devadasis • movimento • dança
*Localização atual: Metropolitan Museum (New York, New York, United
States)
Local de Criação: Uttar Pradesh (Índia)
*Medidas: altura: 85.1 cm (33 1/3 polegadas)
*Materiais e Técnicas: pedra
Descrição: Esta figura celestial a dançar apresenta contornos sinuosos e ornamentos ricos
que exemplificam uma mudança no estilo....
Figura 46
Denominação de um artista desconhecido registado no ficheiro de autoridade
3
*Localização atual: Metropolitan Museum
(New York, New York, United States)
Local de Criação: Uttar Pradesh (Índia)
*Medidas: altura: 85.1 cm (33 1/3 polegadas)
*Materiais e Técnicas: pedra
Descrição: Esta figura celestial a dançar
apresenta contornos sinuosos e ornamentos
ricos que exemplificam uma mudança no
estilo....
Sobre os repositórios
A localização de uma obra (registada no Registo da Obra) pode ser um repositório. Repositórios
administrativos (por exemplo, museus e outras instituições) deverão ser controladas através do
ficheiro de autoridade para coletividades; o registo do museu deverá conter a localização geográfica
do repositório, preferencialmente através de uma ligação ao Registo de Autoridade de Local. Outras
localizações da obra poderão incluir os edifícios (repositórios não administrativos) e localizações
geográficas; veja Capítulo 5: Localização e Geografia, A2: Local Geográfico, e A4: Assunto.
Algumas instituições catalogadoras, para o ficheiro de autoridade de repositórios e outras
coletividades, podem também ter a necessidade de registar os próprios edifícios, como obras
arquitectónicas. Tanto a coletividade e o edificado como a obra podem apresentar o mesmo nome,
mas são entidades independentes. Os registos desses edificados deverão ser registados
separadamente com outros Registos de Obras, mesmo correndo o risco de alguma redundância. Por
exemplo, a National Gallery of Art em Washington é uma coletividade com um conselho de
diretores entre outras pessoas ligadas à galeria; adquire e cuida das obras de arte que fazem parte da
instituição. Num modelo de dados hierárquico a National Gallery of Art será composto por partes,
como o Department of Prints, Drawings, and Photographs, Index of American Design, e assim
sucessivamente. Com certeza que a coletividade continuaria a existir se a coleção de arte fosse
transferida para um outro edifício. Os edifícios que alojam presentemente essa coletividade e as
suas obras de arte são também conhecidas por National Gallery of Art, mas esse edificado tem
características diferentes da coletividade e é registada na base dados, em campos diferentes, se
considerado pertinente para a instituição catalogadora. Como uma obra arquitectónica, a National
Gallery tem materiais de construção, datas de concepção e construção, estilos e criadores (os
arquitectos John Russell Pope e I. M. Pei). Num modelo de dados hierárquico, as partes seriam a
ala ocidental e a ala este. Naturalmente, nesta estrutura de dados, o registo da instituição National
Gallery of Art interliga com o edificado da National Gallery of Art.
Ambiguidade e Imprecisão
Se a informação sobre a pessoa ou coletividade é ambígua ou imprecisa, na criação do ficheiro de
autoridade, o catalogador deverá expor apenas o que conhece. A informação imprecisa pode ser
registada desde que seja feita a indicação de incerteza/dúvida ou aproximação – como ca. ou
provavelmente – nos campos de nota ou na Apresentação da Biografia. A informação descrita nestes
4
campos de texto livre deverão ser indexados em campos controlados. Para assegurar a consistência
dos dados imprecisos as regras deverão fazer parte do registo. Se as informações biográficas são
imprecisas ou ambíguas deverão constar na Apresentação da Biografia. Tais imprecisões podem
exigir a indexação de múltiplas possibilidades nos campos controlados. Por exemplo, se não se tiver
a certeza se a nacionalidade do criador é flamenga ou francesa esta deve ser indicada na
Apresentação da Biografia (por exemplo, pinto Flamengo ou Francês, séc. XIV), e ambas as
nacionalidades deverão ser indexadas nos campos controlados ,para recuperação posterior. Se o
catalogador não tiver a certeza se um determinado artista é mesma pessoa que apresenta um nome
similar, em vez de os fundir e até efectuar uma investigação suplementar, deverá criar dois
cabeçalhos.
Organização dos Dados/Metainformação
Nomes, nacionalidade, funções desempenhadas ao longo da vida, e datas do criador são pontos de
acesso cruciais e são obrigatórios.
Alguns campos, no ficheiro de autoridade, são intencionalmente para serem expostos. Outros
deverão ser formatados e usados para a indexação e recuperação da informação (ver em baixo
Apresentação e Indexação). Para o criador, o único campo de texto livre obrigatório é a
Apresentação da Biografia. Para permitir a recuperação da informação, presume-se que os dados
essenciais são formados e ligados a vocabulários controlados, comummente referido por indexação.
Idealmente, este tipo de ficheiro de autoridade deveria apresentar-se sob a forma de tesauro para
permitir relações de equivalência, de associação, e ocasionalmente de todo-parte (ver Vocabulário
Controlado: tesauros).
Embora os nomes e a informação biográfica sobre os criadores estarem registados no ficheiro de
autoridade separados dos Registos das Obras, na altura da recuperação dessa informação, deverá
estar acessível em conjunto com os campos do Registo da Obra. Por exemplo, um utilizador pode
solicitar tapeçarias (tipo de obra no Registo da Obra) de artistas italianos (nacionalidade do artista
no Registo de Autoridade Pessoa e Coletividade). As relações entre o Registo da Obra e o ficheiro
de autoridade também devem permitir o nome eleito para o criador e a Apresentação da Biografia –
normalmente a nacionalidade, funções desempenhadas ao longo da vida, e datas – devem figurar
através da ligação a um Registo de Autoridade, quando se refere a um criador num Registo de Obra.
Os elementos Apresentação da Biografia, Data de Nascimento, Data de Morte, Nota, e Gênero não
são repetíveis. Todos os outros elementos são repetíveis. Um dos nomes deve ser indicado como
eleito, preferencial. Nesta secção é apresentado um breve debate sobre os elementos ou campos
recomendados a usar na construção do ficheiro de autoridade. Para mais informações sobre as
relações entre o ficheiro de autoridade e o Registo da Obra, ver Capítulo 2 Informação sobre o
Criador. Para mais informação dobre o ficheiro de autoridade e campos adicionais, ver Categories
for the Description of Works of Art: Creator Identification. Para um conjunto mais completo de
regras editoriais para nomes de pessoa e coletividade, ver a Union List of Artist Names Editorial
Guidelines.2
5
Elementos recomendados/obrigatórios
A lista dos elementos abordados neste capítulo encontram-se descritos abaixo. Os elementos
recomendados/obrigatórios estão assinalados. A exposição pode ser num campo de texto livre ou
ligado a campos controlados.
De notar que os mesmos elementos são usados para pessoas e coletividades.
A.1.1.2 Terminologia
6
Grove Dictionary of Art Online. New York: Grove’s Dictionaries, 2003.
http://www.groveart.com/.
7
incluído nomes culturais).
Getty Vocabulary Program. Getty Thesaurus of Geographic Names. Los
Angeles: J. Paul Getty Trust, 1988-.
http://www.getty.edu/research/conducting_research/vocabularies/tgn/. (Inclui
as formas do nome substantivo de nomes geográficos assim como as formas
adjetivas, indicadas nas nacionalidades).
Getty Vocabulary Program. Union List of Artist Names: Editorial Guide-lines:
Appendix G: Nationality and Places. 2000-.
http://www.getty.edu/research/conducting_research/vocabularies/guidelines/ul
an_4_7_appendix_g_nationality_place.html. (Os termos na lista são derivados
do TGN e AAT).
Library of Congress Authorities. Library of Congress Subject Headings.
Washington, DC: Library of Congress, http://authorities.loc.gov/.
8
A.1.2 Regras editoriais
A.1.2.1 Regras para os nomes
Exemplos
Nome: Warhol, Andy
Nome: López, José Antonio
Nome: Sullivan, Louis H.
Nome: Boyle, Richard, 3rd Earl of Burlington
Nome: El Greco
Nome: Gobelins Tapestry Manufactory
Nome: Richard Meier & Partners
Para o caso do nome preferencial/eleito, se incluir um artigo ou preposição usada como prefixo
(como de, des, le, la, l', della, van, von, von der), por norma, escrever em minúsculas (por exemplo
Loo, Abraham Louis van). Todavia, se a forma invertida do nome for indexada com o prefixo, como
primeira palavra, por norma, a primeira letra deve ser maiúscula (por exemplo, Le Gross, Jean).
Idioma dos nomes
A forma de nome preferencial/eleita, para pessoas e coletividades, deve ser no idioma da agência
catalogadora: por exemplo, Raphael em inglês, Raffaelo em italiano; National Museum, em inglês,
Národní Muzeum, em checo. Usar diacríticos sempre que necessário.
Em resumo, para o registo da forma preferencial/eleita do nome usar a língua da agência
catalogadora com o recurso às fontes de autoridade. Se não existir tradução usar a língua vernácula
dos nomes.
Nomes de Pessoas
A maioria dos nomes de pessoas não tem equivalência na língua da agência catalogadora. Assim,
devem usar as fontes de autoridade e não devem ser traduzidos os nomes que não constarem nas
9
mesmas.
Nomes das Coletividades
À semelhança da forma dos Nomes de Pessoas, também os Nomes das Coletividades devem ser
apresentada na língua da agência catalogadora. Todavia, a maior parte dos nomes das coletividades
têm como alternativa o seu nome em língua inglesa. Se esse constar nas fontes oficiais, incluindo
catálogos ou páginas web geridas pelas organizações devem ser usados como alternativas ao nome,
privilegiando a forma vernácula do mesmo para a construção do nome preferencial/eleito.
Formas vernáculas como variantes do nome
Quando a agência catalogadora é inglesa e, apesar de se tratar de um nome de pessoa/coletividade
em língua vernácula, existir equivalência em língua inglesa usar o nome inglês como
preferencial/eleito.
Exemplos
[no caso de um museu em Praga, República Checa, se o nome em inglês
constar na página web oficial do museu]
Nome: National Museum (preferencial/eleito) • Národní Muzeum
[no caso de um museu na Cidade do México, cuja tradução correspondeu a
fontes de língua Inglesa]
Nome: National Museum of Anthropology (preferencial/eleito) • Museo
Nacional de Antropología
[no caso de um atelier de arquitectura francesa, o nome preferencial/eleito é o
que é usado nas fontes de língua inglesa, o nome em francês]
Nome: Atelier Le Corbusier (preferencial/eleito) • Le Corbusier Studio
Exemplo
[no caso de um museu em Bolonha, Itália, o termo preferencial/eleito é em
italiano porque é o nome que aparece nas fontes de língua inglesa, incluindo
os catálogos traduzidos pelo museu para inglês; o nome em inglês aparece
ocasionalmente em fontes secundárias e antigas]
Nome: Pinacoteca Nazionale (preferencial/eleito) • National Picture
Gallery
10
A.1.2.1.2 Recomendações adicionais à forma dos nomes
Se não existir concordância nas fontes, seleccionar das fontes preferenciais o primeiro nome
indicado. Se as autoridades ou cabeçalhos de assuntos disponíveis na ULAN e Biblioteca do
Congresso não estiverem concordantes sob a forma do nome de uma determinada Pessoa ou
Coletividade, escolher um deles e indicar o outro como variante. A agência catalogadora deve
definir a fonte principal a seguir para a seleção do nome preferencial/eleito.
Para os nomes que não constam nas fontes tradicionais, consultar artigos de revistas ou outras
fontes publicadas; poderá ainda consultar a assinatura da obra. Por último, quando um nome não é
encontrado das fontes indicadas pode.-se estabelecer uma forma tendo em conta as regras de
catalogação anglo-americanas, Anglo-American Cataloguing Rules: 22 (Cabeçalho para Pessoas),
24 (Coletividades), ou estilo Chicago, Chicago Manual of Style (Nomes de Pessoas), (Nomes de
Coletividades).4
11
Exemplos:
Nome: Šiškin, Ivan Ivanoviè (preferencial/eleito) • Schischkin, Iwan
Iwanowitsch • Chichkin, Ivan Ivanovitch
Nome: Zinkeisen, Anna Katrina (preferencial/eleito) • Heseltine, Anna
Katrina, Mrs.
Sintaxe
Para registar a forma de nome invertida, o formulário deverá ter a seguinte ordem: sobrenome,
vírgula, primeiro nome, vírgula, seguido dos nomes do meio ou iniciais e, se houver, o título.
A forma natural deve ser registada da seguinte maneira: primeiro nome, nome do meio ou iniciais
(se existirem), e último nome. Se existir um título, separar do nome com uma vírgula. Para o Elder
ou Younger, não usar a vírgula. Todavia, usar em Jr. ou Sr.
Usar períodos com iniciais; se existirem várias iniciais, incluir um espaço entre elas. As excepções
são para as iniciais que fazem parte do nome oficial de uma colectividade (por exemplo, a sigla
MoMA, é o nome preferencial/eleito e não a variante).
Exemplos:
Nome: Harpignies, Henri-Joseph (preferencial/eleito) • Henri-Joseph
Harpignies (nome de visualização)
Nome: Lücke, Carl August, the Younger (preferencial/eleito) • Carl
August Lücke the Younger (nome de visualização)
Nome: Alexander, R. M. (preferencial/eleito) • R. M. Alexander (nome
de visualização)
Sem apelido
Se não se souber o apelido de uma Pessoa, quer se trate de artistas antigos ou colectividades, indicar
a ordem natural como a forma preferencial/eleita do nome.
Exemplos:
Nome: Bartolo di Fredi (preferencial/eleito) • Bartolo di Fredi Cini •
Bartholus Magistri Fredis de Senis
12
A.1.2.1.2.4 Vários tipos de nomes
Estão incluídos os nomes abaixo descritos.
Nomes completos
Incluir as diferenças significativas das formas do nome. O nome preferencial/eleito não deve ser
necessariamente o mais completo, mas deve ser o mais conhecido e usado nas fontes de autoridade
e nas de literatura academia e científica.
Exemplo:
Nome: Meier, Richard (preferencial/eleito) • Meier, Richard Alan
Abreviaturas
Entre os nomes alternativos, incluir as abreviaturas mais usadas e iniciais. Apresentar a abreviatura
e a sua correspondência completa em campos diferentes, no registo de autoridade, como exemplo
abaixo; Não acrescentar entre parênteses o nome abreviado após o nome preferencial/eleito.5 Por
norma, evite usar as abreviaturas na selecção da forma preferencial/eleita do nome, com excepção
para nomes oficiais ou se a forma com as iniciais ou abreviaturas é a mais usada/conhecida.
Exemplo:
Nome: Skidmore, Owings and Merrill (preferencial/eleito) • SOM
Pseudónimos e Apelidos
Os pseudónimos e apelidos que constarem nas fontes tradicionais devem ser incluídos. Se um
pseudónimo ou apelido é o nome preferencial/eleito, não o dispor sob a forma inversa se tal não for
indicado nas fontes autorizadas.
Exemplos:
Nomes: Man Ray (preferencial/eleito) • Radnitzky, Emmanuel •
Rudnitsky, Emmanuel
Nomes: El Greco (preferencial/eleito) • Theotokopolous, Domenikos
Nomes: Pontormo (preferencial/eleito) • Carrucci, Jacopo • Giacomo da
Pontormo
Exemplos:
Nomes: Breughel, Pieter, the Elder (preferencial/eleito) • Pieter Bruegel the
Elder • Brueghel, Pieter, I
Nomes: Hartray, John F., Jr. (preferencial/eleito) • John F. Hartray, Jr. •
Hartray, J. F., Jr.
Títulos
13
Conforme apropriado, incluir os graus e os títulos. Para a selecção da forma de nome
preferencial/eleita, usar o nome mais frequentemente aparece nas fontes tradicionais (onde poderá
omitir o título).
Exemplos:
Nomes: Rubens, Peter Paul (preferencial/eleito) • Peter Paul Rubens
(visualização)Rubens, Sir Peter Paul • Sir Peter Paul Rubens
Nomes: Leo X, Pope (preferencial/eleito) • Pope Leo X (visualização) •
Medici, Giovanni de'
Exemplos:
[nome em língua inglesa e em língua nativa]
Nomes: Kicking Bear (preferencial/eleito) • Mato Wanartaka
[nomes em língua italiana e francesa]
Nomes: Giambologna (preferencial/eleito) • Bologna, Giovanni • Bologna,
Giovanni da • Bologne, Jean de • Boulogne, Jean de
Criadores/autores antigos
Os nomes dos criadores datados antes do sec. XVI não devem ser invertidos se tal não constar nas
fontes tradicionais autorizadas. Esses nomes são muitas vezes a combinação do nome com o de
família, nome do local ou outra frase descritiva, e, desta forma, não deveram ser invertidos.
Todavia, essa forma invertida pode ser incluída como variante ao nome. Este padrão também pode
ser aplicado, ocasionalmente, a criadores nascidos após o sec. XVI.
Exemplo:
Nomes: Leonardo da Vinci (preferencial/eleito) • Vinci, Leonardo da
A apresentação dos nomes preferenciais, dos criadores não-ocidentais, não deverá ser de forma
invertida se tal não constar, nas fontes de autoridade. Efetivamente, a apresentação do nome poderá
já ser apresentada na ordem inversa e, assim, inapropriada a sua inversão.
Exemplo:
Nomes: Zhang Xu (preferencial/eleito) • Chang Hsü • Zhang Chengshi
Coletividades
O nome preferencial/eleito das colectividades deve ser apresentado de forma direta. Quando
indicado das fontes de autoridade usar abreviaturas (por exemplo o e comercial ou iniciais).
Exemplo:
14
Nome: Adler and Sullivan (preferencial/eleito)
Nomes: Eero Saarinen & Associates (preferencial/eleito) • Saarinen &
Associates, Eero
PARA AS PESSOAS
As denominações precedentes devem ser incluídos sempre que o nome é alterado ao longo do
tempo. Tais como, mudanças de nome (por exemplo, um nome de casada) e qualquer outra
mudança de apelidos. A seleção do nome preferencial deve ter em conta a sua frequência, bem
como a sua apresentação em fontes de autoridade.
Exemplo
[para nomes de casada e solteira]
Nomes: Alma-Tadema, Laura Theresa (preferencial/eleito) • Laura Theresa
Alma-Tadema • Alma-Tadema, Laura Theresa Epps • Alma-
Tadema, Mrs. Laurence • Epps, Laura Theresa
Exemplo
[genericamente aceite como Robert Campin era anteriormente apelidado
de Master of Flémalle]
Nomes: Campin, Robert (preferencial/eleito) • Robert Campin • Master of
Flémalle
Os nomes adicionais não devem ser registados no mesmo registo quando a identidade do
criador/autor é incerta. Os nomes deverão ser registados separadamente e ligados entre si se a
opinião da comunidade científica e académica está dividida sobre a autoridade do criador anónimo,
nomeadamente se é /ou não a mesma pessoa indicada como criador (ver abaixo Pessoas e
colectividades relacionadas).
PARA COLETIVIDADES
Geralmente, no caso da colectividade ser um atelier histórico ou instituição, bem como se se
mantiverem os principais parceiros numa empresa moderna incluem-se os nomes anteriores como
nomes históricos no mesmos registo em vez de se realizar dois ficheiros de autoridade (por exemplo
Manufacture Royale des Gobelins e Manufacture Nationale des Gobelins são dois nomes no mesmo
registo de autoridade). Todavia, se uma coletividade histórica mudar de função ou localização, com
a alteração de nome, ou no caso de uma empresa moderna mudar os parceiros principais e preferir,
aparentemente, diferenciar-se das suas origens, dever-se-é registar os dois nomes em ficheiros de
autoridade separados e posterior ligá-los entre si (ver abaixo Pessoas e colectividades
relacionadas).
15
Criadores anónimos
O apelido dos criadores anónimos deverá ser oriundo de fontes de autoridade ou indicado por
investigadores. No contexto do presente manual entende-se por um criador anónimo, o criador a
partir do qual é reconhecido o seu trabalho e obra, mas cujo nome não é reconhecido (por exemplo,
Master of the Morgan Leaf). Este tipo de autor é diferente do desconhecido, discutido abaixo. Os
nomes devem ser apresentados na forma direta.
Exemplos
Nome: Monogrammist A. D. L.
Nome: Borden Limner
Criadores desconhecidos
Algumas instituições podem adotar por criar denominações para grupos desconhecidos cujo
trabalhos com atribuições desconhecidas possam estar ligadas. 6 Para tal, usar uma denominação
que inclua a palavra desconhecido seguido da cultura ou nacionalidade (por exemplo, Koreano
desconhecido). Alternativamente, pode-se incluir datas aproximadas (por exemplo, Koreano
desconhecido do séc. XVIII). Independentemente do método usado, este deve ser consistente. Ver
também Capítulo 2: Informação sobre o Criador).
Exemplos
Nome: Italiano desconhecido do séc. XVI
Nome: Sioux desconhecido
Nome: desconhecido
Nome: Francês do séc. XVIII
Nome: Anasazi
Nome: anónimo
Nome: Alemão anónimo
16
Exemplos
Apresentação biográfica: Pintor russo, 1893-1936
Apresentação biográfica: Miniaturista americano, activo em 1860
Apresentação biográfica: Fábrica de porcelana francesa, proliferou em ca.
1731-1794
Apresentação biográfica: Escultor romano, séc. I AC
Sintaxe
Para a Pessoa, listar a informação da seguinte forma: nacionalidade, espaço, função ou funções
desempenhadas ao longo da vida, vírgula, datas de nascimento e morte.7 De forma análoga, para a
Coletividade, a informação deverá ser apresentada da seguinte forma: filiação nacional, função sob
a forma de um termo, e datas de estabelecimento e dissolução. Num intervalo de datas , apresentar a
data de nascimento (data de início), traço, data de morte (data final), bem como todos os quatro
dígitos (por exemplo, 1831-1890, não 1831-90). Se, num intervalo de datas, se aplicar a função ca.
para ambos os anos indicá-la em ambos, para uma maior clareza (por exemplo, ca. 1720-ca. 1785).
Exemplos
Apresentação biográfica: Escultor indiano, 1932-1982
Apresentação biográfica: Gabinete de arquitectura britânica, 1900-1944
Apresentação biográfica: Escultor e arquitecto flamengo, ca. 1529-1608,
ativo em Itália
Apresentação biográfica: Artesão queniano, ca. 1865-ca. 1905
Apresentação biográfica: Estúdio de fotografia americano, proliferou na
década de 1850
Apresentação biográfica: Pintor do vaso maia, séc. X
Sempre que necessário, e para uma maior clareza, alterar a ordem ou sintaxe se a palavra
provavelmente ou outro tipo de indicação de incerteza for incluída.
Exemplos
Apresentação biográfica: Escultor, provavelmente da Polinésia, séc. XIX
Apresentação biográfica: Estúdio de fotografia inglês, provavelmente
estabelecido antes de 1888
Se a nacionalidade é desconhecida ou se o local de atividade é diferente do local da nacionalidade
deve-se incluir o local de atividade. Usar a ordem natural.
Exemplos
Apresentação biográfica: Mosaicista mexicano, ativo ca. 1820-ca. 1840
Apresentação biográfica: Escultor e arquitecto flamengo, 1529-1608, ativo
em Itália
Apresentação biográfica: Arquitecto grego, ativo no séc. IV no sul de Itália
Apresentação biográfica: Editora inglesa, séc. XIX, ativa inicialmente na
Índia
Calendário Gregoriano
No Calendário Gregoriano proléptico listar as datas como anos, incluindo as datas antes da
17
introdução oficial do calendário. Ainda que seja referenciado outro tipo de calendário, incluir
sempre a data do Calendário Gregoriano. Usar A.C. (Antes de Cristo) e D.C. (Depois de Cristo) se a
indicação do ano, por si só, causar confusão ou ambiguidade ao utilizador final.
Exemplos
Apresentação biográfica: Workshop italiano pietra dura, ativo desde 1588
até ao presente
Apresentação biográfica: Imperador e padroeiro romano, 63 A.C.-14 D.C.
Apresentação biográfica: Tecelão persa, morreu em 946 do Ano da Hégira
(1540 B.C.)
Apresentação biográfica: Pintor sienense, ativo por volta de 1353, morreu
em 1409 (1409 do Calendário Sienense)
Exemplos
Apresentação biográfica: Pintor neerlandês, ca. 1564-depois de 1612
Apresentação biográfica: Desenhador francês ou flamengo, ativo por volta
de 1423, morreu em 1464
Apresentação biográfica: Iluminador (executa iluminuras) e designer russo,
provavelmente em 1862-antes de 1910
Apresentação biográfica: Pintores de vasos atenienses, ativo em ca. 585-ca.
570 A.C.
Exemplos
Apresentação biográfica: Escultor africano, morreu em 1978
Apresentação biográfica: Fotógrafo japonês, nasceu em 1963
Apresentação biográfica: Gabinete de arquitectura canadiano, fundado em
1931
Alternativamente, algumas práticas apontam para que sejam indicada a data de nascimento/início da
atividade seguido de traço (por exemplo, Escultor japonês, 1963-, ou Gabinete de arquitectura
canadiano, 1931-). Independentemente do método adotado, o uso deve ser consistente.
Na apresentação biográfica, para as pessoas, usar as datas de atividade quando as datas de vida
(nascimento/morte) não são conhecidas; para as colectividades, usar as datas de crescimento quando
as datas de fundação e dissolução não são conhecidas. Todavia, para a recuperação da informação e
18
sempre que necessário, usar as datas de nascimento/morte no ficheiro de autoridade; ver Regras
para as Datas de nascimento/início e datas de morte/cessação.
Exemplos
Apresentação biográfica: Escultor italiano, ca. 1230-ca. 1275
Apresentação biográfica: Tecelão Persa, ativo em meados do séc. XVIII
Apresentação biográfica: Calígrafo chinês, ativo na década de 1730
Apresentação biográfica: Oficina de impressão alemã, proliferou na década
de 1930
Exemplos
Apresentação biográfica: Pintor italiano, com actividade nas décadas 1330-
1340
Apresentação biográfica: Escultor, provavelmente espanhol, com actividade
no séc. XVIII na Califórnia
Apresentação biográfica: Grupo de pintores de vasos, provavelmente
gregos, com actividade em meados do séc. IV A.C. na Campânia
Exemplos
Apresentação biográfica: Arquitecto e designer francês, 1871-1922
Campos controlados:
Nacionalidade: Francês;
Funções ao longo da vida: Arquitecto • designer
Data de Nascimento: 1871
Data de Morte: 1922
19
Exemplos
Nacionalidade: Inglês
Nacionalidade: Nigeriano
Nacionalidade: Vietnamita
Nacionalidade: Italiano
Nacionalidade: Sienense
Nacionalidade: Berbere
Nacionalidade: Celta
Nacionalidade: Nativo Americano
Nacionalidade: antigo Romano
Especificidade
A designação é registada ao nível do país (por exemplo, Italiano) ou num contexto cultural mais
amplo (por exemplo, Nativo Americano). No caso do contexto cultural, se possível, incluir uma
designação mais específica (por exemplo, Sioux ou Lakota a Nativo Americano, e Florentino a
Italiano).
Nacionalidades Históricas
Sempre que conhecido, incluir a nacionalidade histórica (por exemplo, como a Bélgica apenas foi
constituída como nação no séc. XIX, um artista de Bruxelas do séc. XIV é mencionado como
Flamengo e não como Belga, como é prática comum na disciplina de história de arte medial). Para
completar p actual país, se apropriado para uma disciplina específica, incluir uma designação mais
específica (por exemplo, para um artista do séc. XIV incluir ambas as nacionalidades, Sienense e
Italiano).
Múltiplas Nacionalidades
É possível incluir duas nacionalidades se uma pessoa foi activa nesses países, ou se a nacionalidade
é incerta.
Exemplos
[nacionalidade incerta]
Apresentação biográfica: Impressor holandês ou alemão, séc. XVI
Nacionalidades: Holandês • Alemão
20
Numa pessoa, registar o ano de nascimento e ano de morte; numa colectividade o ano de início de
actividade o ano de cessação.
Exemplos
Sintaxe
O ano de nascimento e morte (ou de fundação e dissolução) devem ser registados de acordo com o
Calendário Gregoriano. Para se efectuar a indexação , as datas A.C. representam-se em números
negativos. Para a maioria dos anos usar os quatro dígitos. Para os anos que não forem compostos
pelos quatro dígitos recorrer às normas ISO e do W3C para a sua representação (por exemplo,
0350).
Exemplo
Se for prática institucional registar o mês e o dia usar a seguinte sintaxe: AAAA-MM-DD (ano,
mês, dia, separados por traço). Alternativamente, usar outra sintaxe permitida pelas normas
indicadas acima.
Exemplo
Para a recuperação das datas de nascimento e morte estimar os anos adicionado ou subtraindo anos
21
e recorrendo a expressões como a de ca. ou provavelmente. Se apenas houver conhecimento das
datas de actividade, ou se se as datas de nascimento ou morte são incertas ou aproximadas, registar
as datas de nascimento e morte mais recentes e mais longínquas possíveis do espaço temporal de
actividade para uma pessoa ou de existência para uma colectividade, respectivamente. As datas
estimadas têm como objectivo o controlo na pesquisa e recuperação da informação, não devendo ser
apresentadas ao utilizador final.
Exemplos
Tendo por base a informação disponível, para o uso da expressão ca., a estimativa das datas de
nascimento ou morte faz-se adicionando-se ou subtraindo-se dez anos, respectivamente. Por
exemplo, se a apresentação biográfica indicar o nascimento ou fundação ca. 1620 a data usada para
a recuperação da informação é estimada através da subtracção de dez anos, correspondendo a 1610.
Se não existir informação disponível, estimar a datas de uma pessoa tendo em conta o tempo de
esperança de vida em 100 ou 120, ou as datas de início e final de séculos.
Exemplos
As datas de nascimento e morte para uma pessoa, ou datas de início e cessação para uma
colectividade são obrigatórias. No espaço temporal de vida e actividade, para os artistas vivos ou
para as colectividades existentes, não se deve deixar a data de morte e de cessação em branco. De
modo a permitir uma eficiente recuperação da informação, deve-se preencher esse campo com o
valore estimado. Note-se que esses elementos são usados na recuperação da informação e não para
serem usados na Apresentação Biográfica; assim, não visíveis ao utilizador final. Na dúvida, estimar
as datas de modo mais abrangente. Os exemplos incluem a data de morte calculada com a adição de
100 anos ao tempo de vida de uma pessoa e a indicação de 9999 para as colectividades. Como a
22
construção do ficheiro de autoridade é um processo contínuo os valores estimados, com base em
fontes fidedignas ou vocabulários como os da ULAN, devem ser actualizados com as datas reais da
morte/cessação.
Exemplos
Sempre que necessário, estimar as datas para outras situações. Por exemplo, se apenas se souber a
data da morte, para calcular a data de nascimento, subtrair 100 a 120 anos. Para mais informações
genéricas sobre as datas, ver Capítulo 4: Informação Estilística, Cultural e Cronológica.
Exemplo
Exemplos
[para as colectividades]
Funções ao longo da vida: gabinete de arquitectura
Funções ao longo da vida: galeria de arte
23
Funções ao longo da vida: ordem religiosa
Funções ao longo da vida: museu
Funções ao longo da vida: arquivo
Especificidade
Múltiplas Funções
Exemplo
24
ver Categories for the Description of Works of Art: Person/Corporate Body Authority.
A.1.2.2.6.3 Género
O género de uma pessoa, correspondente ao sexo de um indivíduo, deve ser registado. É um campo
controlado cuja terminologia compreende os termos masculino, feminino, e desconhecido. Com a
excepção para os grupos de artistas modernos compreendidos por elementos femininos ou
masculinos, por norma, o género não se aplica às colectividades.
Exemplo
A.1.2.2.6.5 Local/Localização
A forma de nome do local de nascimento e morte ou de actividade de um indivíduo, ou a
localização de uma colectividade deve ser registada. O nome deverá ser acompanhado por um
contexto mais amplo, nomeadamente pelo país, Siena (Toscânia, Itália).
Exemplos
25
Local de nascimento: Zadar (Dalmácia)
Local de morte: Veneza (Itália)
Exemplo
26
todo-parte). Idealmente a relação será do tipo hierárquica. Um exemplo é a fábrica francesa
Gobelins, estruturada com diferentes divisões de produção como a de tapeçarias (Gobelins Tapestry
Manufactory), mobília (Gobelins Furniture Manufactory), e outros tipos de produtos.
Exemplo
[para Gobelins]
Apresentação biográfica: Oficina de artesãos franceses, estabelecida em 1662
em Paris
Relações hierárquicas:
Gobelins
..... Gobelins Furniture Manufactory
.......... Gobelins Marquetry Studio
.......... Gobelins Pietra Dura Studio
..... Gobelins Metalwork Studio
.......... Gobelins Engraving Studio
.......... Gobelins Silversmiths' Studio
..... Gobelins Painting Studio
..... Gobelins Sculpture Studio
..... Gobelins Tapestry Manufactory
.......... Gobelins Dye Works
Para organizar um grande ficheiro de autoridade as relações hierárquicas podem ser usadas para
dividir registos em facetas, por exemplo, para pessoas-artistas, colectividades-artistas, designações
de criadores desconhecidos, e não artistas.
A.1.2.2.6.7 Nota
Para explicar a informação biográfica registar em texto livre uma nota descritiva, como a descoberta
de uma data de nascimento pela comunidade científica e académica, ou a possível identificação de
um artista anónimo, ou para descrever aspectos importantes da carreira de um artista, ou as
actividades de uma colectividade.
Exemplos
27
dimensionalidade, linhas fluídas e detalhes decorativos de Simone Martini.
Inicialmente ele trabalhou na Toscânia, onde pintou extensivamente em várias
igrejas Sienenses, incluindo os cinco painéis de Santa Maria della Scala, onde
ele e a sua esposa eram membros leigos da Sociedade Beneficente.
A.1.2.2.6.8 Eventos
Os eventos, incluindo a actividade, baptizado (por exemplo, quando a data de nascimento é
desconhecida), ou participação em competições, devem ser registadas.
28
Exemplo
Nomes:
Le Corbusier (preferencial/eleito)
Jeanneret, Charles Édouard
Charles Édouard Jeanneret
Jeanneret-Gris, Charles Édouard
Algumas instituições podem desejar registar a nacionalidade, cultura, e raça/etnia em três campos
separados em vez de o efectuarem num único campo. Todavia, esta divisão é muitas vezes difícil de
realizar e, para o utilizador, irrelevantes na altura da recuperação da informação. Desta forma, a
maioria da instituições entendem ser mais conveniente registá-los em conjunto, optimizando o
tempo e a mão-de-obra e evitando os erros. Em todo o caso, todos os elementos devem estar
acessíveis para pesquisa e recuperação.
Datas
As datas de nascimento e morte são campos controlados com o objectivo de permitir a consistência
no formato a usar na recuperação. As datas representadas na Apresentação biográfica são indexadas.
As datas de nascimento e morte devem ser apresentadas de acordo com as normas ISO e W3C (ver
29
Capítulo 4: Informação Estilística, Cultural e Cronológica). Todavia, considerações práticas, como
as limitações de um sistema informático, poderão exigir um afastamento das normas. Por exemplo,
alguns sistemas não permitem registar zeros à esquerda.
Funções e papeis ao longo da vida
O campo para as funções e papeis ao longo da vida é controlado e repetível. Para permitir uma
recuperação mais eficaz, se neste campo controlado não for possível uma estrutura hierárquica, os
catalogadores podem necessitar registar ambos os termos, o mais genérico e o mais específico (ou
seja, artista e pintor).
Fontes
Se possível, usar listas controladas ou um ficheiro de autoridade separado para fontes, para
controlar a terminologia das citações.
30
Exemplos
Exemplos
31
A.1.3.2 Exemplos
32
A.2 – Autoridade de Localização Geográfica
A.2.1.1 Debate
A Autoridade de Localização Geográfica inclui informações sobre as localizações geográficas
importantes para as obras culturais e criadores. Os locais referidos nesta autoridade incluem tanto as
características físicas como as administrativas.
Características Físicas
As características físicas incluem as entidades que fazem parte do condição física natural do
planeta, como os continentes, rios, e montanhas. Se necessário, tanto as características da superfície
como do subsolo e submarinas podem ser incluídas.
Locais no planeta Terra, outros planetas, e outros corpos celestes podem ser incluídos. Locais
mitológicos, lendários, e imaginários (por exemplo, Atlântida, Jardim do Eden, País das
maravilhas) devem ser registados na Autoridade de Assunto.
Administrativas
A componente administrativa inclui o âmbito cultural ou artificial definido pelas fronteiras
administrativas e políticas, como os impérios, nações, estados, distritos, municípios e cidades.
Sempre que necessário incluir órgãos governamentais, eclesiásticos ou tribais. Também podem ser
incluídos os locais históricos e actuais, como povoações no deserto ou antigas nações. A maioria
dos registos, nesta autoridade, serão provavelmente representados por nações e respectivas
subdivisões administrativas, bem como as suas povoações.
A Autoridade de Localização Geográfica pode incluir o nome de estações arqueológicas (por
exemplo, trench A66 (Flag Fen, Essex, Inglaterra)) e moradas. Esta autoridade pode incluir também
o que se designa por regiões gerais, ou seja, áreas reconhecidas mas com fronteiras indefinidas,
controversas ou ambíguas. Um exemplo é o Médio Oriente, composto por áreas no sudoeste da Ásia
e no nordeste de África, com fronteiras indefinidas e com diferentes interpretações pelos vários
povos que a compõem.
A terminologia para os grupos culturais e políticos genéricos encontra-se fora do objectivo desta
autoridade que deve ser registada na Autoridade de Conceito. Todavia, o estatuto político ou
cultural e o território do grupo político ou cultural encontra-se dentro do objectivo da presente
autoridade. Por exemplo, o grupo de turcos Otomanos não se encontra dentro do âmbito desta
autoridade mas o Império Otomano já faz parte do seu objectivo.
Por norma, as obras construídas encontram-se fora deste âmbito e devem ser registas como Obras
ou, dependendo da prática local, na Autoridade de Assunto (ver A4: Assunto).
Localizações Geográficas
Os termos Lugares Geográficos são usados, principalmente, na descrição das localizações das
Obras. O ficheiro de autoridade controla, obras construídas (como o Arco de Constantino), escultura
monumental, e outro tipo de obras que podem incluir cidades, com a de Roma (Itália), ou outra
localização geográfica. Para outras obras, como a da pintura, a localização está relacionada com o
seu depósito/repositório, como são os casos dos museus, e devem ser controlados através do
ficheiro de autoridade do Nome de Pessoa e Colectividade que, por sua vez, deverá ter um campo
de localização com ligação para a autoridade (ver Capítulo 5: Localização e Geografia e A 1. Nome
de Pessoa e Colectividade).
O tratamento de uma obra localizada num edifício como uma igreja, por exemplo Santa Croce
(Florença, Itália) que o tradicional museu, de uma forma geral, o nome do edifício deverá ser
registado no ficheiro de Autoridade de Assunto. Se necessário, estes registos podem ser ligados aos
campos de localização das obras (ver A4: Assuntos e Capítulo 5: Localização e Geografia).1
Alternativamente, os edifícios podem ser tratados como obras, registada no Registo de Obras e,
sempre que necessário, relacioná-los com outros Registos de Obras. 2
Ambiguidade e incerteza/dúvida
Ao criar um registo de autoridade, o catalogador só deve registar o que conhece da localização
geográfica. Quando não tem a certeza deve indica-lo no campo de notas, com o recurso às
expressões ca. ou provavelmente. Informação importante, registada no campo de notas, deve ser
indexada em campos controlados. As regras apontam para a consistência desses dados. Por
exemplo, se não existir certezas de correspondência do nome de uma cidade antiga com o nome da
cidade actual então não devem ser vinculadas no mesmo registo. Até nova investigação, as regras
indicam a realização de dois registos separados.
Organização dos dados
Os diversos nomes que um local pode ter são pontos de acesso críticos e, desta forma, obrigatórios.
O tipo de lugar correspondente à sua caracterização (nação, cidade, ou montanha, por exemplo) é
também obrigatório.
Idealmente, e de modo a permitir as relações de equivalência, associativa e de todo-parte, a
estrutura desta autoridade deveria ser sob a forma de um tesauro (ver Parte 1: Ficheiros de
Autoridade e Vocabulário Controlado: Tesauros). A indicação do termo genérico do lugar também é
obrigatório (por exemplo, o termo mais abrangente de Etiópia é África). Efectivamente, é
recomendável dispor de uma estrutura hierárquica. Assim, é possível visualizar os dados, tanto
verticalmente (sob a forma de parágrafos e recuos) como horizontalmente (encadeados em série).
Alguns campos, nesta autoridade, podem ser usados na visualização. Os outros são destinados à
recuperação. Se a estrutura horizontal é realizada manualmente (na ausência de um sistema que
permita a hierarquia) o termo genérico deve constar da visualização (por exemplo Dunhuang,
Gansu, China). Se se incluir campos de data, então podem-se incluir campos destinados à
visualização e outros destinados à indexação e recuperação.
As coordenadas devem ser registas nos campos apropriados (como são os casos da latitude e da
longitude) e são não repetíveis. Todavia, o campo de notas e todos os outros elementos são
repetíveis. A estrutura hierarquia deverá permitir múltiplas relações (por exemplo, um lugar pode ter
dois termos mais amplos). Um dos nomes deve ser eleito como preferencial. Nesta secção é
apresentado um breve debate sobre esses elementos ou os campos recomendados para este ficheiro
de autoridade. Para mais informações sobre esta autoridade o campos adicionais, ver o Categories
for the Description of Works of Art: Place/Location Identification authority. Para aceder a mais
dados sobre os nomes geográficos, ver o Getty Thesaurus of Geographic Names Editorial
Guidelines. 3 Para mais informações sobre as relações entre esta autoridade e o Registo de Obra,
ver Capítulo 5: Localização e Geografia.
Elementos recomendados/obrigatórios
De seguida é descriminada a lista de elementos abordados neste capítulo. Os elementos obrigatórios
estão indicados. A visualização pode ser sob a forma de texto livre ou construída através de campos
controlados.
Sobre os exemplos
Os exemplos apresentados ao longo deste capítulo são meramente ilustrativos. A prática local pode
ser diferente. Os exemplos tendem a ser os mais completos possíveis e usados para os campos de
visualização e de indexação.
A.2.1.2 Terminologia
A.2.1.2.1 Nomes
De seguida, apresentam-se algumas fontes de informação geográfica publicadas:
A.2.1.2.3 Coordenadas
A informação das coordenadas deve ser consistente de forma a permitir a sua recuperação. As regras
locais devem estar definidas. O formato é descrito na norma ISO. As outras fontes disponibilizam
os valores das coordenadas.
As normas ISO para a informação geográfica ainda estão em versão draft. No entanto, muitas das
questões apontadas nas ISO têm como base o trabalho desenvolvido por Wolfgang Kresse e Kian
Fadaie (Berlin: Springer, 2004).
A.2.1.2.4 Datas
A informação das datas deve ser consistente de forma a permitir a sua recuperação. As regras locais
devem estar definidas; podem ser encontrados sugestões de formatos na norma ISO e na segunda
parte do W3C XML Schema.
Exemplos
Nome: Siena
Nome: Pequim
Nome: Flandres
Nome: Rio Nilo
Nome: Espórades
De um modo geral, se o nome preferencial/eleito incluir um artigo ou preposição (como los, il, la, l'
, de, des, della) escrever em minúsculas. Todavia, se fizerem parte do primeiro elemento do nome,
então, deve-se capitalizar. Para uma maior ajuda sobre a capitalização dos artigos e preposições,
para cada nome, consultar as fontes de referência. (ver Terminologia acima).
Exemplos
[para a designação de estação arqueológica Olmeca, los é minúsculo]]
Nome: Laguna de los Cerros
Exemplos
Nome: Grécia (preferencial/eleito)
Nome: Itália (preferencial/eleito)
Nome: Mongólia (preferencial/eleito)
Nome: Cidade do México (preferencial/eleito)
Para cada registo seleccionar um nome como preferencial/eleito. Esta deverá ser de acordo com as
fontes de referência. Para os nomes que não constam nas fontes tradicionais, consultar mapas ou
outras fontes publicadas. Se as fontes forem ambíguas seleccionar o primeiro nome indicado nas
fontes. Por último, quando um nome não é encontrado nas fontes consultas pode-se estabelecer uma
forma tendo em conta as regras de catalogação anglo-americanas, Anglo-American Cataloguing
Rules: 23 (Nomes Geográficos) ou o estilo Chicago, Chicago Manual of Style (Nomes de Lugares).
Exemplos
Nomes: Lisboa (preferencial/eleito)• Lisbon • Lisbonne • Felicitas
Julia (histórico)
Nomes: Tóquio (preferencial/eleito) • Tokyo • Tokio • Edo •
Yeddo
Nomes: Filadélfia (preferencial/eleito) • City of Brotherly Love
A.2.2.1.2.3 Ordem natural ou inversa
Na maior parte dos casos, registar os nomes preferenciais/eleitos, como cidades e nações, na ordem
natural (por exemplo, Los Angeles e não Angeles, Los). Nas fontes podem ser encontradas raras
excepções (por exemplo, Hague, The). A forma inversa do nome deve ser usada para os lugares
caracterizados pelas suas especificidades físicas (por exemplo, usar a forma McLaughlin, Mount
para a indexação e a alfabetização) mas usar a ordem natural como variante do nome (por exemplo,
na visualização usar Mount McLaughlin). Para definir a ordem a usar consultar as fontes de
referência.
Na ordem natural, registar a forma completa do nome (por exemplo, Estados Unidos da América).
Para a ordem inversa, registar a forma de nome do ponto principal ou crucial primeiro, vírgula, e a
descrição do tipo de lugar (no mesmo idioma do nome).
Exemplos
[lago]
Nomes: La-Croix, Lago (preferencial/eleito, invertido)• Lago La-
Croix (visualização)
Exemplos:
[antigo Zaire]
Nomes: Congo (preferencial/eleito) • República Democrática do Congo •
Zaire (histórico)
Exemplo:
Nomes: Saint Vincent (preferencial/eleito) • St. Vincent
Nomes: Reino Unido (preferencial/eleito) • UK • GBR (ISO)
Nomes: Califórnia (preferencial/eleito) • CA (código postal)
Exemplos:
Nomes: Estrasburgo (preferencial/eleito)• Strassburg • Estrasburgo
Nomes: Egipto (preferencial/eleito)• Misr • Jumhuriyah Misr al-'Arabiyah •
República Árabe do Egipto• Égypte • Agypten
Exemplos:
Tipo de Lugar: nação
Tipo de Lugar: província
Tipo de Lugar: estação arqueológica
Tipo de Lugar:vale
Especificidade
Sempre que possível, e se conhecido, especificar o Tipo de Lugar (ou seja, estação arqueológica em
vez de estação).
As capitais e as abreviaturas
Com a excepção para os nomes próprios de períodos, culturas, etc usar minúsculas no campo Tipo
de Lugar.
Exemplo:
[Cissbury Ring, West Sussex, Inglaterra]
Tipo de Lugar: centro da Idade do Ferro
Exemplo:
África (continente)
....... Benin (nação)
............ Atakora (província)
.................. Bassila (lugar habitado)
Níveis
O uso de níveis de subdivisões, a usar para cada nação, deve ser consistente. Se possível, usar um
nível de subdivisão para todas as nações. Nas nações mais complexas usar o primeiro e segundo
nível de subdivisão (por exemplo, Corinth, Knox County, Tennessee, Estados Unidos são usados
ambos os níveis, a primeira e segunda subdivisão).
Múltiplas origens
Sempre que possível, usar a hierarquia múltipla para ligar diversas origens. Os exemplos incluem
tanto os territórios disputados entre as diversas nações como as cidades correntes e históricas. No
exemplo as povoações que se encontram interligadas com a cidade histórica Etruria também o são
com a região administrativa na moderna Itália (na Toscana e noutras regiões).
Exemplos:
[antiga confederação da Etruria]
Europa (continente)
..... Península Italiana (peninsula)
.......... Etruria (antigo grupo de nações, estados, cidades)
............... Arezzo (lugar habitado)
............... Bologna (lugar habitado)
............... Cerveteri (lugar habitado)
............... Chianciano Terme (lugar habitado)
............... Chiusi (lugar habitado)
............... Cortona (lugar habitado)
............... Fiesole (lugar habitado)
............... [e assim sucessivamente]
A.2.2.2.4.3 Coordenadas
A localização física de um lugar, que corresponde a um conjunto de números definidos por pontos
na superfície terrestre, é registada. A determinação das coordenadas deve ser feita em fontes de
autoridade. A latitude é a distância angular medida ao longo do meridiano, a norte ou a sul do
equador. A longitude é a distância angular a este ou oeste do meridiano em Greenwich, Inglaterra.
Nos Atlas e em muitas outras fontes, latitude e longitude são expressas em graus, minutos e
segundos com a indicação da direcção (este, oeste, norte ou sul). Algumas fontes expressam os
valores da latitude e da longitude em graus decimais (usado nos GIS e noutros sistemas). Na medida
grau decimal, os minutos são convertidos em graus de fracções decimais; as coordenadas a sul do
equador e a oeste do meridiano são expressas com números negativos. Nos exemplos abaixo, ambos
os graus, minutos – segundos e decimais são apresentados para cada ponto.5
Nas coordenadas, o requisito mínimo seria a representação de cada lugar num único ponto,
correspondente ao ponto exacto ou próximo de um lugar habitado, entidade política ou
característica física. O ponto cujas características sejam lineares, como rios, registar as coordenadas
que representam a sua origem.
Exemplo
[Ruínas do Grande Zimbabué]
Coordenadas:
Lat: 20 16 00 S Graus, Minutos, Segundos
Long: 030 54 00 E Graus, Minutos, Segundos
(Lat: --20.2667 Graus Decimais)
(Long: 30.9000 Graus Decimais)
Para além das coordenadas que representam o ponto central, pode-se delimitar uma área, com uma
determinada característica geográfica ou domínio político, com um conjunto de quatro coordenadas.
Exemplo
[Região dos Grandes Lagos]
Coordenadas:
Lat: 45 00 00 N Graus, Minutos, Segundos
Long: 085 00 00 W Graus, Minutos, Segundos
(Lat: 45.0000 Graus Decimais)
(Long: -85.0000 Graus Decimais)
Coordenadas Fronteiriças
Fronteira Sul Lat: 43 09 25 N Graus, Minutos, Segundos
Fronteira Norte Lat: 48 48 46 N Graus, Minutos, Segundos
Fronteira Este Long: 082 29 53 W Graus, Minutos, Segundos
Fronteira Oeste Long: 092 01 17 W Graus, Minutos, Segundos
(Fronteira Sul Lat: 43.1560 Graus Decimais)
(Fronteira Norte Lat: 48.8120 Graus Decimais)
(Fronteira Este Long: -82.4910 Graus Decimais)
(Fronteira Oeste Long: -92.0160 Graus Decimais)
Exemplos
[South Sea Islands, muitas vezes confundidas com a Oceania]
Lugar relacionado:
Tipo de relação: diferente de
Lugar Relacionado: Oceania
A.2.2.2.4.5 Nota
No campo Nota registar em texto livre informações pertinentes sobre o lugar, como uma breve
história, a importância da história de arte ou a distinção entre diferentes lugares com o mesmo nome
ou nome semelhante.
Exemplo
[Luxor (cidade no sul do Egipto, Egipto)]
Nota: Em conjunto com a aldeia Karnak, Luxor fica na ancestral Tebas
(capital do Novo Reino). Observa-se a existência de ruínas de muitos templos
e cemitérios. Com a queda de Tebas, Luxor continuou a ter a grande
densidade populacional da cidade ancestral, crescendo e transformando-se
numa cidade moderna.
A.2.2.2.4.6 Datas
No registo de autoridade registar os vários elementos das datas, como as datas das povoações, data
de uso de um determinado nome ou a data quando a relação entre dois lugares existiu.
Exemplo
Exemplo
[vila em Balmaceda (Aisén, Chile)]
Termo genérico: Aisén, Chile
Relações hierárquicas:
América do Sul (continente)
..... Chile (nação)
.......... Aisén (região)
............... Balmaceda (lugar habitado)
Sintaxe
De modo a que a identificação seja feita de forma inequívoca a forma preferencial/eleita do nome
deve ser natural e contextualizada com termos genéricos. O tipo de lugar pode ser adicionado para
clarificar o tipo de lugar no Registo de Obra ou Imagem. Nos exemplos abaixo, e para clarificação,
os termos genéricos foram colocados entre parênteses. Todavia, e desde que efectuado de forma
consistente, é aceitável o uso de parênteses ou de outro tipo de pontuação.
Exemplos
[nome preferencial/eleito e contexto]
Machupicchu (Cuzco department, Peru)
Luxor (cidade no sul do Egipto, Egipto)
Durham (Inglaterra, Reino Unido)
Basai Darapur (Deli, Índia)
Fan Si Pan (Vietname)
Apresentação hierárquica
A indicação de um termo genérico/específico é efectuado através da indentação do texto. Como
referido deverá ser possível apresentar o nome do lugar e a sua estrutura em árvore.
A.2.3.2 Exemplos
Os exemplos deste tipo de autoridade encontram-se descritos abaixo. Para outros
exemplos consultar o final da Parte 1, os finais de cada capítulo da parte 2 e os exemplos
disponibilizados no portal do CCO. Os valores controlados, nos exemplos, entendem-se
todos os apresentados no ficheiro de autoridade, listas ou noutro tipo de regras (por
exemplo, normalização do formato das datas). Ligação refere-se à relação entre dois
ficheiros de autoridade. Todas as ligações são campos controlados. Em todos os
exemplos, deste manual, os valores dos campos repetíveis estão assinalados com um
caractere.
Figura 50
Ficheiro de autoridade de uma cidade (Lugar Administrativo)
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
■ *Nomes:
Alexandria (preferencial/eleito, Português)
Al-Iskandariyah ( preferencial/eleito, língua vernácula)
Alexandria (variante)
Alexandrie (variante)
Alejandría (variante)
Alessandria (variante)
Alexandria Aegypti (variante)
Rhakotis (variante, histórica)
■ Contexto geográfico: Região urgana, Egipto
■ *Posição hierárquica [link]:
África (continente)
........ Egipto (nação)
............ Urbana (região)
.................... Alexandria (lugar povoado)
■ *Tipo de Lugar [controlado]:
lugar povoado
cidade
Capital regional
porto
■ Coordenadas [controlado]:
Lat: 31 12 00 N graus minutos
Long: 029 54 00 E graus minutos
(Lat: 31.2000 graus decimais)
(Long: 29.9000 graus decimais)
■ Nota: A cidade está localizada numa faixa de terra estreita entre o mar Mediterrâneo e
o lago Mariut; actualmente encontra-se parcialmente submersa. Alexandria foi construída
pelo arquitecto grego Dinocrates a mando de Alexandre o Grande e capital ilustra dos
Ptolomeus, quando governaram o Egipto. Alexandria é reconhecida pela sua biblioteca e
pelo grandioso farol da ilha de Pharos. A cidade foi conquistada por César em 48 A.C.,
tomada pelos árabes em 640 e pelos turcos em 1517. A cidade era famosa por ser o lugar
de convergência e reflexão dos ideais gregos, árabes e judaicos. Foi ocupada pelos
franceses entre 1798-1801 e pelos britânicos em 1892; saíram em 1946.
■ *Fontes [link a outras fontes]:
Getty Thesaurus of Geographic Names (1988-).
Princeton Encyclopedia (1979); Page: 36.
NIMA, GEOnet Names Server (2000-) (accessed April 18, 2003).
Figura 51
Ficheiro de autoridade para uma característica física
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
■ *Nomes:
Alpes de Venoste (preferencial/eleito, Português)
Ötztaler Alps ( preferencial/eleito, língua vernácula)
Ötztal Alps (variante)
Oetztaler Alps (variante)
Venoste, Alpi (variante)
Ötztaler Alpen (variante)
■ Contexto geográfico: Alpes, Europa
■ *Posição hierárquica [link]:
Europa (continente)
........ Alpes (maciço montanhoso)
............ Alpes de Venoste (montanha)
■ *Tipo de Lugar [controlado]:montanha
■ Coordenadas [controlado]:
Lat: 46 45 00 N graus minutos
Long: 010 55 00 E graus minutos
(Lat: 46.7500 graus decimais)
(Long: 10.9167 graus decimais)
■ Nota:Localizada entre as regiões d'Titol, Áustria e a província autónoma de Bolzano,
Itália.
■ *Fontes [link a outras fontes]:
Getty Thesaurus of Geographic Names (1988-).
Webster's Geographical Dictionary (1988); Page: 906.
NIMA, GEOnet Names Server (2000-) (accessed April 18, 2003).
Figura 52
Ficheiro de autoridade para uma região histórica (Lugar Administrativo)
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
■ *Nomes:
Borgonha (preferencial/eleito, Português)
Bourgogne ( preferencial/eleito, língua vernácula)
Burgundy (variante)
Burgund (variante)
Bourgogne, duché de (variante)
Burgundy, duchy of (variante)
Duchy of Burgundy (variante)
■ Contexto geográfico: Europa
■ *Posição hierárquica [link]:
Europa (continente)
........ França (nação)
............ Borgonha (região histórica)
■ *Tipo de Lugar [controlado]:
região histórica
reino
ducado
■ Coordenadas [controlado]:
Lat: 47 00 00 N graus minutos
Long: 004 30 00 E graus minutos
(Lat: 47.0000 graus decimais)
(Long: 4.5000 graus decimais)
■ Nota: Esta região história teve o seu reino fundado por vários povos Germânicos, no
séc. V. Foi conquistada pelos merovíngios e anexada ao império Franco no séc. VI. No
séc. IX foi dividida e reunida como Reino de Borgonha ou Arles em 933. A área cultural
evoluiu nos séc. XIV e XV.
■ *Fontes [link a outras fontes]:
Getty Thesaurus of Geographic Names (1988-).
Cambridge World Gazetteer (1990); Page: 211.
Webster's Geographical Dictionary (1988); Page: 191.
Notas
A.2 – Autoridade de Conceito
Autoridade de Conceito
A.2.1.1 Debate
A Autoridade de Conceito, à excepção dos nomes próprios, abrange a maior parte da terminologia
necessária para os Registos de Obra ou Imagem; neste sentido, pode ser descrita como a autoridade
que contém informações sobre os conceitos gerais. O ficheiro de autoridade pode incluir
informações sobre o tipo de obra (por exemplo, escultura), o seu material (por exemplo, bronze),
atividades relacionadas com a obra (por exemplo, fundição), o seu estilo (por exemplo, Art
Nouveau), as funções, tanto do seu criador como de outras pessoas (por exemplo, escultor, médico)
e outros atributos ou vários conceitos abstratos (por exemplo, simetria). Pode, ainda, incluir nomes
genéricos de plantas e animais ((por exemplo, cão ou Canis familiaris, mas não o nome Lassie).
Não são incluídos os nomes de pessoas, coletividades, lugares geográficos, nomes de assuntos ou
nomes de eventos.
O âmbito da Autoridade de Conceito pode variar de acordo com as práticas locais; a estrutura do
ficheiro de automática de refletir as necessidades da instituição. Ver também parte 1: Ficheiros de
Autoridade e Vocabulário Controlado. Algumas instituições optam pela criação de autoridades
separadas por vários elementos, como Tipo de Obra e Materiais. No entanto, pela sobreposição de
terminologias, na descrição dos diferentes elementos é, efetivamente mais eficiente a elaboração de
um único ficheiro de autoridade. Desta forma, evitam-se as redundâncias provocadas pelas
múltiplas entradas do mesmo termo. De seguida, apresentam-se algumas considerações sobre a
Autoridade de Conceito, mas sob o ponto de vista de um único ficheiro de autoridade, assente num
sistema de informação que suporte tanto esta autoridade como as autoridades para o nome de
Pessoa e Colectividade (A1), Localização Geográfica (A2), Assunto (A4) e fontes (ver parte 1:
Ficheiros de Autoridade e Vocabulário Controlado: Fontes de autoridade).
As divisões da Autoridade
De modo a permitir tornar o ficheiro de Autoridade de Conceito mais eficiente e de fácil
manutenção, a estrutura apresentada deve ser lógica e divida por categorias (denominadas por
facetas no tesauro de Jordan). Assim, e com base nas facetas do Art & Architecture Thesaurus,
pedem-se apresentar nas categorias seguintes.
OBJETOS
A faceta Objetos inclui todas as coisas tangíveis ou visíveis, que são inanimadas e produzidas pelo
homem; ou seja, fabricadas ou fruto da atividade humana. Incluem-se as obras construídas, os
vários tipos de objetos, as mobílias, as imagens e os documentos escritos. De acordo com a
finalidade o objeto a abrangência pode ir do utilitário ao estético (por exemplo, fachadas, Catedral,
jardim, pintura, escultura, impressão em papel albuminado, Ânfora, chaises longues, Battenberg
lace Renda). Nesta categoria também podem ser incluídos alguns objetos naturais ou inanimados,
como o relevo e as plantas (por exemplo, montanhas, penhasco, flores, Narciso, Narciso
pseudonarcissus). A terminologia desta categoria é usada nos elementos do Registo de Obra ou
Imagem, no Nome do Objeto (capítulo 1), Assunto (capítulo 6), Classificação (capítulo 7) e no da
Visualizar as Informações (capítulo 9).
MATERIAIS
Na categoria Materiais incluem-se as substâncias físicas, derivados naturais ou sintéticos, materiais
específicos e tipos de materiais. Tanto se pode tratar de matérias-primas como de produzidos para
um dado objectivo (por exemplo, pintura de óleo, têmpera, arenito, ferro, argila, adesivo,
emulsificante, madeira serrada, faia japonesa). A terminologia desta categoria é usada nos
elementos do Registo de Obra ou Imagem, nas Características Físicas (capítulo 3), Assunto
(capítulo 6) e no da Visualizar as Informações (capítulo 9).
ATIVIDADES
A categoria Atividades pode incluir as áreas do empreendedorismo, acções físicas e mentais,
ocorrências discretas, sequência de ações sistemáticas, métodos usados com uma dada finalidade e
processos ocorridos com materiais ou objetos. O âmbito desta categoria é amplo e pode passar de
grandes áreas/disciplinas de ensino e áreas profissionais a eventos sociais específicos, de tarefas
intelectualmente exigentes a tarefas simples e mecanizadas, de ações físicas simples a jogos
complexos (por exemplo, Arqueologia, Engenharia, análise, concursos, exposições, desenho,
sinterização, corrosão). A terminologia desta categoria é usada nos elementos do Registo de Obra ou
Imagem, nas Características Físicas (capítulo 3), Assunto (capítulo 6) e no da Visualizar as
Informações (capítulo 9).
AGENTES
Na categoria Agentes podem-se incluir as designações genéricas de pessoas, grupos de pessoas e
colectividades, identificadas pelas ocupações ou actividades, caraterísticas físicas ou mentais,
papeis/condições sociais (por exemplo, impressor, arquiteto, arquiteto paisagista, dador, médico,
Corporação, ordem religiosa). Também estão incluídos os nomes genéricos dos animais (por
exemplo, lobo ou Canis lupus). A terminologia desta categoria é usada nos elementos do Registo de
Obra ou Imagem, nas Características Físicas (capítulo 3), Assunto (capítulo 6) e no da Visualizar as
Informações (capítulo 9).
ESTILOS, PÉRIODOS E CULTURAS
Nesta categoria incluem-se os estilos e grupos de designers, períodos cronológicos distintos,
culturas, pessoas e nacionalidades relevantes para as obras culturais (por exemplo, Francês, Luís
XIV, Xia, cerâmica de figuras negras, Expressionismo abstrato, Renascença, Chumash). A
terminologia desta categoria é usada nos elementos do Registo de Obra ou Imagem, na Informação
Estilística, Cultural e Cronológica (capítulo 4), Assunto (capítulo 6) e no da Visualizar as
Informações (capítulo 9).
ATRIBUTOS FÍSICOS
Na categoria Atributos Físicos podem ser incluídas as características dos materiais e dos artefactos
tantos as perceptíveis (ou as medidas) como as que não podem ser separadas em componentes.
Incluindo as referentes ao tamanho e forma, propriedades químicas, de textura e dureza, bem como
as usadas nas superfícies ornamentações e cores (por exemplo, Strapwork, limites, redondo,
impregnada de água, fragilidade, azul intenso). A terminologia desta categoria é usada nos
elementos do Registo de Obra ou Imagem, nas Características Físicas (capítulo 3), Assunto
(capítulo 6) e no da Visualizar as Informações (capítulo 9).
CONCEITOS ASSOCIADOS
Nesta categoria podem ser incluídos os conceitos abstratos e os fenómenos que se relacionam com o
estudo e execução de uma ampla gama de pensamentos e atividades humanas. Também podem ser
incluídas, nesta categoria, considerações teóricas, ideologias, atitudes e movimentos culturais (por
exemplo, beleza, equilíbrio, conhecedor, metáfora, liberdade, socialismo). A terminologia desta
categoria é usada nos elementos do Registo de Obra ou Imagem, no Assunto (capítulo 6) e no da
Visualizar as Informações (capítulo 9).
Conceito
No contexto deste ficheiro de autoridade, o conceito é entendido como uma ideia ou uma entidade
discreta. Por norma, nesta autoridade não devem ser registados os cabeçalhos de assuntos mas os
termos simples. Efectivamente, os cabeçalhos de assuntos são compostos por um conjunto de
termos ou conceitos, na mesma linha, contrariamente aos termos simples que são formados por um
único conceito. Por exemplo, esculturas Pré-colombianas é um cabeçalho composto por dois
conceitos: Pré-colombiana (estilo e período) e escultura (tipo de obra). Pré-colombiano é um termo
que indica o estilo e período, em pode ser combinado com outros termos e manter o seu significado;
o termo escultura pode, também, ser combinado com outros estilos ou períodos e, ainda assim,
manter o seu significado. Para mais informações, ver parte 1: Ficheiros de Autoridade e Vocabulário
Controlado.
No entanto, um termo não é necessariamente constituído por uma única palavra; é muitas vezes
composto por uma frase, como Livro de horas, Alta Renascença e Lanterna mágica. Em oposição
aos cabeçalhos ou aos termos compostos, o uso de termos simples torna a estrutura do ficheiro de
autoridade mais versátil na catalogação e torna-se mais poderoso na recuperação da informação.
Termos compostos
No processo de tratamento é muitas vezes necessário combinar os termos simples em compostos. É
recomendável, na representação do Registo de Obra ou Imagem, a apresentação dos ternos
compostos num campos de texto livre. No exemplo a baixo, seda vermelha, o tipo de material é
apresentado num campo de texto livre e, simultaneamente, indexado em campos controlados. A
matéria e a cor são indexados em campos separados que são controlados pela Autoridade de
Conceito.
Figura 53
Termos compostos: uso de campos separados
e específicos para Indexar a Cor
Registo de Obra
Campo Materiais, em texto livre: seda vermelha com bordado
Campos controlados:
Matéria:seda
Cor: vermelha
Faltam as setas
Algumas instituições podem não dispor de sistemas que permitam o uso de campos em texto livre,
para a combinação dos termos provenientes da autoridade de conceito. Neste caso, cada termo deve
manter a ligação ao ficheiro de autoridade de conceito.
Figura 54
Termos compostos: uso de subcampos
Registo de Obra
Campo controlado:
Material:seda (subcampo) vermelha (subcampo)
Faltam as setas
Uma outra forma de acrescentar termos compostos ao Registo de Obra é a adição, sob essa forma,
no ficheiro de autoridade. Efectivamente, é a opção mais apropriada ou necessária para todas as
instituições que desejem construir autoridades específicas para o uso local. No exemplo, cada cada
cor é listada em separado, como termo composto, no ficheiro de Autoridade de Conceito local. No
caso das instituições adotarem este método devem ter o cuidado de identificar os termos que, após
adição, não estão representados nas fontes de referência, como é o caso do AAT.
Figura 55
Termos compostos: Uso Local
Termos precoordenados
Registo de Obra
Campo controlado:
Material:seda vermelha
Falta a seta
Autoridade de Conceito
Faceta de Materiais (AAT)
<formas dos materiais> (AAT)
<materiais têxteis>(AAT)
…......seda (AAT)
…........seda amarela (local)
seda preta (local)
seda vermelha (local)
seda branca (local)
Ambiguidade e incerteza
Ao criar um registo de autoridade, o catalogador só deve registar o que conhece sobre o conceito.
Quando não tem a certeza deve indica-lo com o recurso às expressões ca. (para as datas) ou
provavelmente, no campo de notas. Para garantir a consistência dos dados, as instituições devem
definir regras/instruções técnicas para registarem os dados incertos. Por exemplo, se o profissional
encontra um termo de material, num artigo científico, e está com dúvida se se trata (ou não) do
mesmo material,, é preferível registá-los separadamente, até que a questão seja resolvida com
pesquisas adicionais.
Organização dos dados
À semelhança do que acontece com a terminologia das outras autoridades cada termo pode ter
vários sinónimos. Estes são pontos de acesso críticos e, desta forma, recomendáveis. A Nota (muitas
vezes designada por Scope Note/nota explicativa) descreve o âmbito e significado do conceito no
ficheiro de autoridade é um campo recomendável.
Idealmente, e com o objectivo de permitir relações de equivalência, de associação e de todo-parte, a
estrutura desta autoridade deverá ser apresentada sob a forma de um tesauro (ver Parte 1: Ficheiros
de Autoridade e Vocabulário Controlado: Tesauros). Sempre que for apropriado, é recomendável a
indicação de um contexto mais genérico na apresentação de assuntos num Registo de Obra ou
Imagem. Efectivamente, é recomendável dispor de uma estrutura hierárquica. Assim, é possível
visualizar os dados, tanto verticalmente (sob a forma de parágrafos e recuos) como horizontalmente
(encadeados em série).
Nesta autoridade, alguns campos são usados na visualização e os outros na recuperação. Se a
estrutura horizontal é realizada manualmente (na ausência de um sistema que permita a hierarquia)
o termo genérico deve constar da visualização e podem ser incluídos campos destinados à
visualização e outros destinados à indexação e recuperação.
Nesta secção apresenta-se uma breve discussão/debate sobre os elementos ou campos
recomendáveis aos termos de autoridade de conceito. Para mais informações sobre este ficheiro de
autoridade e campos adicionais, ver Categorias na Descrição de Obras de Arte Categories for the
Description of Works of Art: identificação de conceitos genéricos. Para aceder a mais informações
sobre a terminologia a usar na adoção dos termos, ver Art & Architecture Thesaurus Editorial
Guidelines.1 Para mais informações sobre as relações entre esta autoridade e o Registo de Obra, ver
Capítulos da segunda parte deste manual, nomeadamente os Capítulo 1: Nome do Objeto e Capítulo
3: Características Físicas.
Elementos recomendados/obrigatórios
De seguida é descriminada a lista de elementos abordados neste capítulo. Os elementos obrigatórios
são indicados.
Sobre os exemplos
Os exemplos apresentados ao longo deste capítulo são meramente ilustrativos. A prática local pode
ser diferente. Os exemplos são os mais completos possíveis e usados para os campos de
visualização e de indexação.
A.3.1.2 Terminologia
A.3.1.2.1 Fontes para a Terminologia
A.3.1.2.1.1 Termos
De seguida, apresentam-se algumas fontes de informação para os conceitos:
Exemplos
Termo: pintura a têmpera
Termo: vitral
Termo: artes decorativas
Termo: pintor
Termo: aguarelista
Termo: Gótico Angevino
Termo: Fome-Cor™
Termo: lago de Bruxelas
Termo: rosa de Tudor
Idioma
A forma de termo preferencial/eleita deve ser construída no idioma da agência catalogadora, inglês
americano nos Estados Unidos (ou português, em Portugal). Devem ser registados os sinónimos e
variantes linguísticas, tanto no idioma da agência catalogadora como noutros idiomas. Registar os
termos que não tenham equivalência, no idioma da agência catalogadora, ou sempre que o
estrangeirismo seja o termo mais conhecido. Sempre que necessário usar diacríticos.
Exemplo
Termo: antiteatro (preferencial/eleito)• amphitheater (inglês
americano)• amphiteatre (inglês britânico) • anfiteatro (Italian)
Termo: santos
Para cada registo seleccionar um assunto como preferencial/eleito. Esta deverá ser de acordo com as
fontes de referência. Se as fontes forem ambíguas seleccionar o primeiro nome indicado nas fontes.
Exemplo
Termo: cadeiras (preferencial/eleito, plural • cadeira (preferencial/eleito, singular)
No caso do termo selecionado for derivado de uma língua estrangeira a forma preferencial deverá
ser o plural, concretamente o plural que maioritariamente aparece nas fontes de referência, na língua
da agência catalogadora (por exemplo, no inglês americano, o termo preferencial é gymnasiums e
não gymnasiums; é preferencial violoncellos e não violoncelli; no entanto o termo preferencial é
rhyta e não rhytons). Todavia, se for usado termo aportuguesado, no plural, como preferencial, a
forma do plural, na língua vernácula, dever ser registada como variante (ou seja, gymnasia e
violoncelli devem constar como termos variantes).
Exemplo
Termo: violoncelos (preferencial/eleito, plural) • violoncelo (preferencial/eleito,
singular) • violoncelli
Materiais
Nos materiais, a forma preferencial deve ser a singular.
Exemplos
Termo: bronze
Termo: couro
Termo: madre pérola
Termo: verga
Processos
Nos processos, técnicas e funções usar como termos preferenciais as formas de nome/substantivo ou
gerúndio.
Exemplos
Termo: decoração
Termo: urbanização
Termo: lacagem
Termo: esboço
Exemplos
Termos:
arcobotantes (preferencial/eleito, plural)
arcobotante (preferencial/eleito, singular)
arco de arcobante
arcos de arcobante
Temos:
frescos (preferencial/eleito, plural)
fresco (preferencial/eleito, singular)
afresco (português brasileiro)
Sinónimos
Adicionar apenas os termos alternativos que sejam verdadeiramente sinónimos ou que tenham um
significado idêntico aos termos do registo (por exemplo, ponto de bordar e ponto de costura são
termos usados na encadernação).
Os termos quasi-sinónimos não devem ser incluídos (por exemplo, Viking e Nórdico), à excepção
dos elementos da estrutura frásica (a forma do nome e do adjectivo pode ser a mesma e devem ser
incluídas no registo de conceito).
Termos em diferentes idiomas
Sempre que necessário devem-se incluir os vários idiomas. A identificação do idioma deve ser
realizada. Ver também o idioma dos termos acima.
Exemplos
Termos:
naturezas-mortas (preferencial/eleito, plural, Português)
natureza-morta (preferencial/eleito, singular, Português)
still-lifes (English)
still lives (English)
nature morte (French)
natura morta (Italian)
naturaleza muerta (Spanish)
stilleven (Dutch)
Stilleben (German)
Exemplos
Termos:
cúpulas em forma de bolbos (preferencial/eleito, plural)
cúpula em forma de bolbo (preferencial/eleito, singular)
cúpulas Turcas
cúpulas, bolbos
Exemplo
Termo: tambor (paredes)
Nota: Paredes verticais, redondas ou poligonais, que inclui uma cúpula.
Exemplos
Faceta Objetos
..... Obras Visuais
.......... escultura funerária
.............placa funerária (memoriais)
….........efígie
…............efígie (estátua jacente)
….........haniwa
….........mintadi
…...........bitumba
….........mma
….........niombo
….........sepulcro
….........shabti
Sempre que apropriado e possível, nos casos em que o termo pertence a dois ou mais secções do
ficheiro de autoridade, ligar o conceito aos múltiplos termos genéricos. No exemplo, o conceito
capelas pode indicar tanto o edifício, uma obra isolada, como parte de uma construção e, desta
forma, fazer parte de dois termos genéricos.
Example
Exemplos
[ríton (recipiente para servir e consumir alimentos )]
Nota: Recipiente da Grécia Antiga, Europa de Leste ou Médio Oriente,
de forma fechada com duas aberturas, uma na parte superior, para
encher, e outra na parte inferior que impedia a saída dos
alimentos/líquidos. Na maior parte das vezes, o recipiente apresenta a
forma de uma corneta ou cabeça de animal e era usado
maioritariamente para beber para verter o vinho noutro recipiente.
Exemplos
[frescos (pinturas)]
Conceito Relacionado:
Tipo de relação: materiais usados
Conceito Relacionado: arriciatto (gesso)
[aguarela (pintura)]
Conceito Relacionado:
Tipo de relação: objetos usados
Conceito Relacionado: aguarelas (pinturas)
A.3.2.2.4.4 Datas
As datas dos vários elementos do registo, como a data ou intervalo de datas a partir do qual o
conceito é/foi relevante ou quando entrou em vigor, devem ser registadas.
Exemplo
Termos:
basílicas (preferencial, plural)
basílica (preferencial, singular)
Apresentação do termo genérico: Construções Individuais
Posição hierárquica:
Faceta dos objetos
...Ambiente de construção
…..Construções Individuais
…...basílicas
Nota: Referência a edifícios religiosos ou seculares
caracterizados por um plano rectangular dividido numa nave com
dois ou mais corredores laterais.
Conceitos Relacionados:
relacionado com: plano de uma basílica (<atributos do plano
de construção>, Atributos Físicos)
Fonte: Art & Architecture Thesaurus (1988-).
Sintaxe
Os termos preferenciais são apresentados na ordem natural com os termos genéricos entre
parênteses. Todavia, e desde que efectuado de forma consistente, é aceitável o uso de parênteses ou
de outro tipo de pontuação.
Apresentação hierárquica
A indicação de um termo genérico/específico é efectuado através da indentação do texto. Como
referido deverá ser possível apresentar o nome do assunto e a sua estrutura em árvore.
A.3.3.2 Exemplos
Os exemplos deste tipo de autoridade encontram-se descritos abaixo. Para outros
exemplos consultar o final da Parte 1, os finais de cada capítulo da parte 2 e os exemplos
disponibilizados no portal do CCO. Os valores controlados, nos exemplos, entendem-se
todos os apresentados no ficheiro de autoridade, listas ou noutro tipo de regras (por
exemplo, normalização do formato das datas). Ligação refere-se à relação entre dois
ficheiros de autoridade. Todas as ligações são campos controlados. Em todos os
exemplos, deste manual, os valores dos campos repetíveis estão assinalados com um
asterisco.
Figura 56
Ficheiro de autoridade para Material
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
■ *Nomes:
travertino (preferencial/eleito)
travertine
lapis tiburtinus
mármore travertino
■ Apresentação do Contexto genérico: sínter, calcário
■ *Posição hierárquica [link]:
Materiais
........ rocha
............ rocha sedimentar
…...........calcário
….............sínter
…..............travertino
■ *Nota: Rocha calcária, densa, cristalina ou micro-cristalina formada pela evaporação das águas do
rio ou da chuva. O seu nome tem origem italiana Tivoli (Tibur em Latim), local onde foi encontrado
grandes depósitos desta rocha, que se caracteriza pela cor brilhante, a capacidade de poder ser polida
e por, frequentemente, apresentar marcas de ramos e folhas. É usada como pedra ornamental na
arquitetura, no seu estado natural ou polida, tanto no interior como no exterior. Distingue-se da tufa
por ser mais dura e forte.
■ Conceitos relacionados:
Tipo de relação [controlada]: distinta de
[link ao conceito relacionado]: tufa (sínter, calcário)
■ *Fontes [link a outras fontes]:
Art & Architecture Thesaurus (1988-).
Figura 57
Ficheiro de autoridade para o Tipo de Obra
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
■ *Nomes:
retábulos (preferencial/eleito, plural)
retábulo (preferencial/eleito, singular)
retablos (reredos)
■ Apresentação do Contexto genérico: peça-de-altar
■ *Posição hierárquica [link]:
Objetos
........ Obras Visuais
............ <obras visuais religiosas>
….............peças-de altar
…..............retábulos
■ *Nota: Estrutura ornamentada relativamente larga localizada por cima ou atrás do maior altar de
uma igreja cristã. O termo, de origem anglo-francêsa que significa atrás, vulgarizou-se no séc. XV.
Nas igrejas espanholas os retábulos eram tão grandes quanto a parede por de trás do altar, chegando a
ir para além do telhado. É distinto do retable; enquanto que o retábulo, por norma, cobre desde o chão
até ao tecto toda a parede por de trás do altar, o retable é mais pequeno e fica ou atrás do altar ou num
pedestal. Muitos altares apresentam estes dois objetos.
■ Assuntos relacionados:
Tipo de relação [controlada]: distinto de
[link ao assunto relacionado]: telas corais
Tipo de relação [controlada]: distinto de
[link ao assunto relacionado]: retables (peças-de-altar)
Tipo de relação [controlada]: distinto de
[link ao assunto relacionado]: retablo (pintura sobre painel)
■ *Fontes [link a outras fontes]:
Art & Architecture Thesaurus (1988-).
Figura 58
Ficheiro de autoridade para o Estilo
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
■ *Nomes:
Maneirismo (preferencial/eleito, português)
Mannerist (Inglês)
Maniera (Italiano)
■ Apresentação do Contexto genérico: estilo barroco-renascentista
■ *Posição hierárquica [link]:
Períodos e Estilos
........ <períodos e estilos por região>
............ Europeu
….............<períodos e estilos barroco-renascentista>
…...............Maneirismo
■ Nota: O período e estilo em destaque teve a sua origem em Roma e espalhou-se pela Europa ente
1520 e 1590. Este estilo é caracterizado por um afastamento do ideal Clássico do Renascimento e por
criar um sentido de fantasia, pela experimentação de cores e materiais, bem como projecção de uma
nova forma humana, alongada, pálida e de extrema elegância.
■ Assuntos relacionados:
Tipo de relação [controlada]: é relacionado com
[link ao conceito relacionado]: Final do Renascimento
■ *Fontes [link a outras fontes]:
Art & Architecture Thesaurus (1988-).
Figura 59
Ficheiro de autoridade para um Animal
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
■ *Nomes:
Canis lupus (preferencial/eleito, nome da espécie)
lobo (preferencial/eleito, nome comum)
lobo cinzento americano
lobo cinzento
■ *Posição hierárquica [link]:
Reino Animal
.........Vertebrados (subfilo)
............ Mammalia (classe)
…...........Carnívoros (ordem)
….............Canidae (família)
…................Canis lupus
■ *Nota: O Canis lupus é a espécie mais conhecida das três espécies selvagens de carnívoros,
conhecido por lobo e habita nas vastas áreas do hemisfério norte. Foi visto em toda a América do
Norte, desde o Alasca e Árctico até ao centro do México, por toda a Europa e Ásia (acima dos 20
graus de latitude). Existe, pelo menos, cinco subespécies do lobo cinzento. Provavelmente, a maioria
dos cães domésticos descendem do lobo cinzento. Está presente na mitologia humana, folclore,
lendas, literatura e arte.
■ *Fontes [link a outras fontes]:
"Wolf." Encyclopaedia Britannica online (accessed May 25, 2005).
Animal Diversity Web. University of Michigan Museum of Zoology, 1995-2002.
http://animaldiversity.ummz.umich.edu/ (accessed May 25, 2005).
Notas
1. As diretrizes editoriais do Art & Architecture MARC21 Concise Format for Authority Data,
Thesaurus estão disponíveis em em
http://www.getty.edu/research/conducting_resear http://www.loc.gov/marc/authority/ecadhome.ht
ch/vocabularies/editorial_guidelines.html. ml; MADS: Metadata Authority Description
Schema, em http://www.loc.gov/standards/mads/
2. As diretrizes editoriais do Art & Architecture mads-outline.html.
Thesaurus estão disponíveis em
http://www.getty.edu/research/conducting_resear
ch/vocabularies/editorial_guidelines.html;
A.2 – Autoridade de Assunto
Autoridade de Assunto
A.2.1.1 Debate
A Autoridade de Assunto contém terminologias relacionadas com os assuntos retratados numa obra
ou imagem (ver Capítulo 6: Assunto e Capítulo 9: Visualizar as Informações: Assunto). A
autoridade destina-se à terminologia iconográfica, incluindo nomes próprios de personagens
literárias, mitológicas ou religiosas/temáticas, eventos ou tópicos históricos e qualquer outro tipo de
terminologia de assunto que não esteja dentro do âmbito das outras três autoridades.
Dado o vasto leque de assuntos de uma obra, a Autoridade de Assunto deve ser construída e mantida
tendo em conta as exigências da colecção a ser tratada. Contrariamente às Autoridades do Nome de
Pessoa e Colectividade ou Localização Geográfica, não existe uma única fonte que contemple todas
as áreas e possa servir de modelo na construção do ficheiro de autoridade de assunto. As instituições
devem analisar as características das suas colecções e necessidades dos seus utilizadores,
organizando os assuntos da forma mais adequada para a sua situação por categorias (ou facetas) e
subcategorias (por exemplo, Iconografia Cristã, Iconografia Hindu, Acontecimentos Históricos,
Literatura e afins)
Designações de Assuntos Iconográficos, literários e Eventos
O conteúdo narrativo de uma obra figurativa, descrita em termos de personagens, situações e
imagens relacionadas com o contexto religioso, social ou histórico, designa-se por iconografia. A
autoridade de assunto deve conter nomes próprios ou assuntos de títulos iconográficos. Temas
religiosos, como Ganesha ou Vida de Cristo, e mitológicos, como Héracles ou Quetzalcóatl
(divindade Maya), são iconográficos. Temas literários, como Jane Eyre ou Lohengrin e eventos
históricos, como a Coroação de Carlos Magno ou a Expansão dos Estados Unidos para oeste, estão
igualmente incluídos.1
Edifícios e outras Obras como Assuntos
No Registo de Obra, os nomes próprios dos edifícios podem ser usados nos campos de Assunto e
Localização. Por exemplo,ao tratar uma aguarela do Partenon (ou Partenão), do séc. XIX, este
deverá figurar também como assunto, no Registo de Obra. Efectivamente, existem duas abordagens
na manutenção de um ficheiro de autoridade para os nomes dos edifícios: os nomes podem ser
registados como termos de assuntos no Autoridade de Assuntos; ou, e dependendo da informação
que pretendem disponibilizar, algumas instituições podem decidir por tratar a obra em si, num
Registo de Obra, onde são registados os nomes dos arquitectos, datas, materiais de construção e
outros elementos identificativos do edifício. O Registo de Obra é ligado a outros registos onde o
edifício é retratado, nomeadamente aos desenhos, fotografias, pinturas, entre outras obras. O
procedimento deve ser semelhante e consistente para pinturas, esculturas e outras obras retratadas.
Para mais informações ver Parte 1: Obras Relacionadas e Capítulo 6: Assunto.
A outras Autoridades como assuntos
No processo de catalogação de uma obra ou imagem, os termos de assunto podem ser oriundos dos
ficheiros de autoridade Pessoa e Colectividade, Localização Geográfica e Conceito, assim como do
próprio ficheiro de Autoridade de Assunto (ver Capítulo 6: Assunto). Assim, é mais eficiente usar a
autoridade existente do que criar registos duplicados.
PESSOAS E COLECTIVIDADES COMO ASSUNTOS
No caso das pessoas e colectividades serem assuntos de obras ou imagens os nomes devem ser
registados na Autoridade de Pessoas e Colectividades. Efectivamente, o CCO recomenda a
manutenção de todos os registos de pessoas na Autoridade de Pessoas e Colectividades; quando
uma instituição adopta pelo uso de outras práticas deve, em primeiro lugar, estabelecer critérios
claros para registar as pessoas e colectividades como assuntos na Autoridade de Assuntos e, em
segundo lugar, quando devem registar os nomes na Autoridade de Pessoas e Colectividades. Às
vezes, a fronteira entre pessoas da história actual e personagens mitológicas, religiosas ou lendárias
é ténue. Por exemplo, Napoleão Bonaparte é reconhecido universalmente como uma pessoa
histórica, mas a colocação na Autoridade de Assuntos ou na da Pessoas e Colectividades do Saint
John the Baptis pode variar de instituição para instituição. Note-se que alguns eventos, como
conferências, são normalmente tratados como colectividades e, desta feita, registados na Autoridade
de Pessoas e Colectividades.2
LOCALIZAÇÕES GEOGRÁFICAS COMO ASSUNTOS
O CCO recomenda o registo de locais geográficos, como assuntos, na Autoridade de Localização
Geográfica. Cabe às instituições decidir sobre a inclusão de locais mitológicos e lendárias na
Autoridade de Assuntos ou na de Localização Geográfica pois nem sempre é fácil determinar a
distinção entre o real e o lendário.
TERMOS GENÉRICOS COMO ASSUNTOS
O presente manual recomenda o registo de termos genéricos, como natureza morta ou paisagem
sejam geridos na Autoridade de Conceitos. Esta Autoridade poderá conter também termos de certos
objectos e conceitos gerais: objectos retratados como assuntos (flores, vaso, tabela, toalha de mesa,
castro, catedral, árvores), materiais como assuntos (cetim, água, pão), actividades (casamento,
baptismo, funeral, batalha, coroação, Natal), agentes (rei, bispo, camponeses, corporação, mulher,
dona de casa, prostituta, gatos domésticos, cavalos), atributos físicos (amarelo, signos do Zodíaco,
cruz de Malta, sunburst), conceitos associados (pastoral, erotismo, propaganda, grandeza,
fealdade, luterano) e estilos, bem como períodos descritos como assuntos (ruínas romanas,
africano, punk).
Ambiguidade e incerteza/dúvida
Ao criar um registo de autoridade, o catalogador só deve registar o que conhece sobre o assunto.
Quando não tem a certeza deve indica-lo no campo de notas, com o recurso às expressões ca. ou
provavelmente. Se não se conhece o assunto mais específico, optar pelo termo mais genérico. Por
exemplo, na travessia dos Alpes por Hannibal, o catalogador pode não ter a certeza sobre qual a
cadeia Alpina onde o Hannibal fez a travessia; assim, será mais assertivo registar o termo mais
genérico Alpes em vez de indicar um troço de itinerário incorrecto. Informação importante,
registada no campo de notas, deve ser indexada em campos controlados. As regras apontam para a
consistência desses dados.
Organização dos dados
À semelhança do que acontece com a terminologia das outras autoridades cada assunto pode ter
vários sinónimos. Estes são pontos de acesso críticos e, desta forma, recomendáveis. As palavras-
chave relacionadas são recomendáveis e irão ser descritas de seguida.
Idealmente, e com o objectivo de permitir relações de equivalência, de associação e de todo-parte
ou género-espécie, a estrutura desta autoridade deverá ser apresentada sob a forma de um tesauro
(ver Parte 1: Ficheiros de Autoridade e Vocabulário Controlado: Tesauros). Sempre que for
apropriado, é recomendável a indicação de um contexto mais genérico na apresentação de assuntos
num Registo de Obra ou Imagem. Efectivamente, é recomendável dispor de uma estrutura
hierárquica. Assim, é possível visualizar os dados, tanto verticalmente (sob a forma de parágrafos e
recuos) como horizontalmente (encadeados em série). Os exemplos incluem a travessia dos Alpes
por Hannibal (Guerras Púnicas), Bastet (deusa egípcia) e Fábulas de Esopo (Fábulas, Literatura).
Na ausência de uma estrutura hierárquica a indicação do contexto genérico pode ser realizado
manualmente.
Nesta autoridade, alguns campos são usados na visualização e os outros na recuperação. Se a
estrutura horizontal é realizada manualmente (na ausência de um sistema que permita a hierarquia)
o termo genérico deve constar da visualização (por exemplo, Guerra Civil Espanhola (1936-1939))
e podem ser incluídos campos destinados à visualização e outros destinados à indexação e
recuperação.
Algumas instituições realizam a ligação deste ficheiro de autoridade com as outras três autoridades.
Por exemplo, para efectuar um registo completo de um evento na Autoridade de Assunto será
necessário associar os registo de pessoas ou localização geográfica nas outras autoridades.
À excepção do campo Notas todos os outros elementos devem ser repetíveis. De entre os vários
nomes disponíveis, um nome preferencial/eleito deve ser definido e indicado. Nesta secção é
apresentado um breve debate sobre esses elementos ou os campos recomendados para este ficheiro
de autoridade. Para mais informações sobre esta autoridade o campos adicionais, ver o Categories
for the Description of Works of Art: identificação de assuntos. Para aceder a mais dados sobre o
ficheiro de autoridade e o Registo de Obra, ver Capítulo 6: Assunto.
Elementos recomendados/obrigatórios
De seguida é descriminada a lista de elementos abordados neste capítulo. Os elementos obrigatórios
são indicados.
Sobre os exemplos
Os exemplos apresentados ao longo deste capítulo são meramente ilustrativos. A prática local pode
ser diferente. Os exemplos são os mais completos possíveis e usados para os campos de
visualização e de indexação.
A.4.1.2 Terminologia
A.4.1.2.1 Fontes para a Terminologia
Personagens ficcionais
Nomes de edifícios
Eventos
Na construção da terminologia local, tendo em conta o vasto leque de potenciais assuntos, poderá
haver a necessidade de recorrer a enciclopédias, dicionários e a outras fontes de informação.
Terminologia adicional de assunto poderá ser incluída nas Autoridades de Pessoa e Colectividade,
Localização Geográfica e Conceito, bem como na definida para esta matéria, a de Assunto. Para
consultar a lista mais completa de fontes de terminologia de assunto , ver Capítulo 6: Assunto.
A.4.1.2.1.2 Palavras-chave relacionadas
As palavras-chave de assuntos relacionadas devem ser provenientes de listas controladas.
A.4.1.2.1.3 Datas
A informação da data deve ser formada de modo consistente para permitir a sua recuperação. As
diretrizes, da agência catalogadora local, para a formação da data devem ser indicadas; sugestões
para a realização dos formatos poderão ser consultados na norma ISO e na parte 2 do esquema
XML do W3C.
Exemplos
Nome: Coroação da Rainha Isabel II
Nome: Vénus (Deusa romana)
Nome: Catedral de São João Batista
Na seleção do nome preferencial/eleito evitar abreviaturas. Estas devem ser registadas como nomes
alternativos para providenciar pontos de acesso (por exemplo, Catedral de S. João Batista).
Idioma
A forma de nome preferencial/eleita deve ser construída no idioma da agência catalogadora (Por
exemplo, em Inglaterra use Adoration of the Magi e não o nome italiano Adorazione dei Magi).
Sempre que os assuntos que não tenham tradução, na a língua da agência catalogadora, usar os
nomes na língua vernácula e que constam das fontes de referência. Sempre que apropriado usar
diacríticos.
Exemplos
Nome: Adoração dos Magos (Vida de Jesus)
Nome: Noli me tangere (Vida de Jesus)
Nome: Quetzalcóatl (Deus maia)
Exemplos
Nome: Coroação de Napoleão Bonaparte (preferencial/eleito)
Nome: Guerra Civil Americana (preferencial/eleito)
Nome: Hércules (preferencial/eleito)
Nome: Olouaipipilele (preferencial/eleito)
Nome: Virgin Hodegetria (preferencial/eleito)
Nome: Morte do Avarento (preferencial/eleito)
Nome: Branca de Neve e os Sete Anões (preferencial/eleito)
Para cada registo seleccionar um assunto como preferencial/eleito. Esta deverá ser de acordo com as
fontes de referência. Se as fontes forem ambíguas seleccionar o primeiro nome indicado nas fontes.
Por último, quando um nome não é encontrado nas fontes consultas pode-se estabelecer uma forma
tendo em conta as regras de catalogação anglo-americanas, Anglo-American Cataloguing Rules ou
o estilo Chicago, Chicago Manual of Style.
Exemplos
[nomes derivados do Latin e Grego e Italianos]
Nomes: Hércules (preferencial/eleito) • Hercules • Herakles •
Heracles • Ercole
Nomes: Guerra Civil Americana (preferencial/eleito) • Guerra
entre Estados
Exemplos
[estrutura hierárquica de tema iconográficos]
Iconografia cristã
..... Vida de Jesus
.......... Nascimento
.......... Adoração dos Pastores
.......... Adoração dos Magos
.......... Apresentação no Templo
.......... Milagre em Caná
.......... Paixão de Cristo
Nos casos em que o mesmo termo pertence a duas ou mais secções no ficheiro de autoridade, se
possível e apropriado, ligá-lo aos múltiplos termos genéricos. Às múltiplas ligações, aos termos
genéricos, dá-se o nome de poli-hierarquia. Por exemplo, através das relações poli-hierárquicas
podem-se ligar o evento travessia dos Alpes por Hannibal a um contexto mais genérico, as Guerras
Púnicas, bem como à vida de Hannibal.
A.4.2.2.3 Regras para Palavras-chave relacionadas
Os atributos são nomes próprios e termos que caracterizam aspectos significativos de um assunto
genérico. Por outras palavras, são palavras-chave ou termos de indexação adicionais relacionados
com um assunto e usadas na optimização da pesquisa e recuperação da informação. Efectivamente,
estas não representam uma característica particular mas características gerais com o objectivo de
ajudar a recuperação da informação de todas as obras com um determinado assunto. Lista de
funções, personagens significativas, eventos e outras características do assunto.
Exemplos
[Jaguar bebé]
Palavras-chave relacionadas: divindade • jaguar (Pantera onca)
[Cloelia]
Palavras-chave relacionadas: donzela • refém
Exemplos
[[Virgem Hodegétria (tipo de Virgem Maria)]
Nota: É uma representação iconográfica da Teótoco (Virgem
Maria) segurando o Menino Jesus num dos braços (normalmente o
esquerdo) enquanto aponta para Ele como a fonte da salvação da
humanidade.]
Tipo de relação:filho de
Assunto relacionado: Odin (deus nórdico)
Exemplos
Exemplo
Nomes de Assuntos:
Magos (preferencial/eleito)
Reis Magos
Trés Sábios
Termo genérico: Personagens bíblicas
Posição hierárquica:
Iconografia cristã
........ Personagens bíblicas
............ Magos
Palavras-chave relacionadas: reis • astrónomos • viajantes
Assuntos relacionados:
A Jornada dos Magos (Vida de Jesus)
A Adoração dos Magos (Vida de Jesus)
Os Magos tornam-se bispos (Actos de Tomé)
Fonte:
Catholic University of America. New Catholic Encyclopedia. New
York: Publishers
Guild in association with McGraw-Hill Book Co., 1967-1979.
ICONCLASS. http://www.iconclass.nl/.
Exemplos
Nos exemplos acima, e para uma maior clarificação, os termos genéricos foram colocados entre
parênteses. Todavia, e desde que efectuado de forma consistente, é aceitável o uso de parênteses ou
de outro tipo de pontuação.
Apresentação hierárquica
A indicação de um termo genérico/específico é efectuado através da indentação do texto. Como
referido deverá ser possível apresentar o nome do assunto e a sua estrutura em árvore.
A.4.3.2 Exemplos
Os exemplos deste tipo de autoridade encontram-se descritos abaixo. Para outros
exemplos consultar o final da Parte 1, os finais de cada capítulo da parte 2 e os exemplos
disponibilizados no portal do CCO. Os valores controlados, nos exemplos, entendem-se
todos os apresentados no ficheiro de autoridade, listas ou noutro tipo de regras (por
exemplo, normalização do formato das datas). Ligação refere-se à relação entre dois
ficheiros de autoridade. Todas as ligações são campos controlados. Em todos os
exemplos, deste manual, os valores dos campos repetíveis estão assinalados com um
asterisco.
Figura 60
Ficheiro de autoridade de uma figura religiosa
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
Registo de Autoridade de Assunto
■ *Nomes:
Shiva (preferencial/eleito)
Siva
Siwa
Sambhu
Sankara
Pasupati
Mahesa
Mahadeva
Auspicious One
■ Apresentação do Contexto genérico: Deus hindu
■ *Posição hierárquica [link]:
Iconografia hindu
........ Deuses hindus
............ Shiva
■ *Palavras-chave relacionadas [link]: andrógino • dançarino • mendicante • yogin • pastos (herdsman) • destruidor
• transformador • ascético • sensual • vingativo
■ Nota: Uma das principais divindades hindus. Na Índia, ele é o deus supremo de uma das duas principais linhas
gerais do hinduísmo, o xivaísmo. Shiva significa auspicioso. É um dos deuses mais complexo da Índia que inclui
qualidades contraditórias: é simultaneamente destruidor e transformador, ascético e símbolo de sensualidade, um
pastor benevolente de almas e um irado vingador. Geralmente, é descrito como um homem gracioso. Na pintura, é
usual ser representado com as cores branco ou cinza e de pescoço azul, adornado com a lua, na fase crescente e com o
rio Ganges. Ele poderá, ainda, ser representado com três olhos e uma grinalda de caveiras. Pode ter dois ou quatros
braços com caveiras nas mãos, uma serpente, com pele de tigre, um tridente, um tambor pequeno (Damaru) ou com
uma caveira sobre ele. Na arte, é apresentado em várias manifestações, associado aos seus pares.
■ Assuntos relacionados:
Tipo de relação [controlada]: foco de | [link ao assunto relacionado]: Saivism
Tipo de relação [controlada]: é manifestação | [link ao assunto relacionado]: Ardhanarisvara
Tipo de relação [controlada]: é manifestação | [link ao assunto relacionado]: Nataraja
Tipo de relação [controlada]: é manifestação | [link ao assunto relacionado]: lingus
Tipo de relação [controlada]: é associado| [link ao assunto relacionado]: Parvat
Tipo de relação [controlada]: é associado | [link ao assunto relacionado]: Uma
Tipo de relação [controlada]: é associado | [link ao assunto relacionado]: Sati
Tipo de relação [controlada]: é associado | [link ao assunto relacionado]: Durga
Tipo de relação [controlada]: é associado | [link ao assunto relacionado]: Kali
Tipo de relação [controlada]: é associado | [link ao assunto relacionado]: Shákti
Tipo de relação [controlada]: origem de | [link ao assunto relacionado]: Ganexa
Tipo de relação [controlada]: origem de | [link ao assunto relacionado]: Skanda
Tipo de relação [controlada]: é imagem animal | [link ao assunto relacionado]: Nandi (boi)
■ Localização Geográfica relacionada:
Tipo de relação [controlada]: desenvolvido na | [link à localização geográfica relacionada]: Índia (Ásia)
■ *Fontes [link a outras fontes]:Besset, L. Divine Shiva. New York: Edmonds, 1997;"Siva," Encyclopaedia Britannica
online (accessed February 4, 2004); Toffy, M., ed. Gods and Myths: Hinduism. New Delhi: Garnier,1976.
Figura 61
Ficheiro de autoridade de um acontecimento
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
■ *Nomes:
Primeira Batalha de Bull Run (preferencial/eleito)
Primeira Batalha de Manassas
■ Apresentação do Contexto genérico: Guerra Civil
■ *Posição hierárquica [link]:
Acontecimentos históricos
........ Guerra Civil Americana
............ Batalhas
….............Primeira Batalha de Bull Run
■ *Palavras-chave relacionadas [link]: batalha • invasão • baixas
■ Nota: Esta foi uma das duas batalhas travadas a poucos quilómetros a norte de Manassas Junction,
Virgínia, junto do caminho de ferro (ponto importante e estratégico). A Primeira Batalha de Bull Run
(também conhecida como Primeira Batalha de Manassas) foi travada em 21 de julho de 1861. Ela foi
a primeira grande batalha da Guerra Civil Americana. As tropas inexperientes do exército da União
sob o comando do General de Brigada Irvin McDowell cederam à pressão política e avançaram
através de Bull Run (rio Occoquan) contra o igualmente inexperiente exército da confederação sob o
comando do General de Brigada P.G.T. Beauregard perto de Manassas Junction.
■ Assuntos relacionados:
Tipo de relação [controlada]: foi procedido por
[link ao assunto relacionado]: Primeira Companhia do Vale Shenandoah
■ Pessoas ou colectividades relacionadas:
Tipo de relação [controlada]: participante
[link à pessoa relacionado]: General Irvin McDowell (General dos Estados Unidos, 1818-1885)
Tipo de relação [controlada]: participante
[link à pessoa relacionado]: General P.G.T. Beauregard (General da Confederação Americana,
1818-1893)
■ Localização Geográfica relacionada:
Tipo de relação [controlada]: localização
[link à localização geográfica relacionada]: Manassas (Virgínia, Estados Unidos)
■ Data: 12 julho de 1861
[controlada] Inicial: 1861; Final: 1861
■ *Fontes [link a outras fontes]:
Antietam National Battlefield [online]. Washington, DC: National Park Service.
http://www.nps.gov/anti/home.htm (accessed February 5, 2004).
Kohn,George Childs. Dictionary of Wars. Rev. ed. Facts on File, 2000.
Figura 62
Ficheiro de autoridade de um episódio iconográfico
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
■ *Nomes:
Casamento da Virgem (preferencial/eleito)
O noivado da virgem
Casamento de Maria e José
■ Apresentação do Contexto genérico: Vida da Virgem Maria
■ *Posição hierárquica [link]:
Iconografia Cristã
........ Novo Testamento
............ Vida da Virgem Maria
….............Casamento da Virgem
■ *Palavras-chave relacionadas [link]: noivado • sumo sacerdote • casamento • templo
■ Nota: Maria e José são casados pelo sumo sacerdote (ICONCLASS). A história não se encontra na
bíblia canónica; é originária do Livro Apócrifo de Tiago (Proto-Evangelho de Tiago, Infancy Gospel
8-9) e a lenda Aurea de Jacobus de Voragine. A cena do “casamento” é tecnicamente um noivado.
Geralmente, é realizado fora do templo. Maria e José estão lado a lado, junto do sacerdote que lhes
une as mãos. José pode ser visto como um homem mais velho. O sumo sacerdote pediu a um grupo
de pretendentes que trouxessem consigo uma haste (um ramo ou um galho) ao altar; do conjunto de
homens o seleccionado foi José, cujo ramo floriu, pela interversão miraculosa do Espírito Santo;
assim, foi designado por Deus para ser esposo de Maria.
■ Assuntos relacionados:
Tipo de relação [controlada]: é atriz de
[link ao assunto relacionado]: Maria
Tipo de relação [controlada]: é ator de
[link ao assunto relacionado]: José
■ *Fontes [link a outras fontes]:
ICONCLASS http://www.iconclass.nl/. Notation: 73A42: Bible--New Testament--(scenes from the
life of) John the Baptist and Mary--Mary and Joseph--marriage of Mary and Joseph, 'Sposalizio'
Jacobus de Voragine. Golden Legend of Jacobus de Voragine. Translated and adapted from the Latin
by Granger Ryan and Helmut Ripperger. New York: Arno Press, 1969.
Osborne, Harold, ed. Oxford Companion to Art. 17th impression. Oxford: Clarendon Press, 1996;
Page: 1195 ff.
Testuz, Michel. Protoevangelium Jacobi: Apocryphal books. Facsimile of the Papyrus Bodmer V
Manuscript. Cologne and Geneva: Bibliotheca Bodmeriana, 1958.
Figura 63
Ficheiro de autoridade para um lugar de ficção
Os elementos obrigatórios e recomendáveis estão assinalados com um asterisco
■ *Nomes:
Niflheim (preferencial/eleito)
Niflheimr
■ Apresentação do Contexto genérico: Mitologia nórdica
■ *Posição hierárquica [link]:
Mitologia nórdica
........ História da origem
............ Niflheim
■ *Palavras-chave relacionadas [link]: submundo • criação • morte • névoa • frio • escuridão
■ Nota: De acordo com a mitologia nórdica, na origem do mundo, Niflheim era a região mítica, sob
o nevoeiro, a norte do vazio (Ginnungagap). O mundo era frio, escuro, místico, dos mortos e
governado pela deusa Hel. Alguns relatos apontam para que fosse o último dos nove mundos, o local
onde os homens maus vão após a morte (Hel). Fica situado sob uma das raízes da árvore do mundo
(Yggdrasill). Niflheim continha um poço (Hvergelmir) onde fluíam inúmeros rios.
■ Assuntos relacionados:
Tipo de relação [controlada]: governado por
[link ao assunto relacionado]: Hel (Deusa nórdica)
■ *Fontes [link a outras fontes]:
"Niflheim." Encyclopaedia Britannica online (accessed June 13, 2005)
Notas
1. Nomes de eventos com periodicidade de 3. No ICONCLASS a sequência de cabeçalhos
realização, como conferências, são registados de assuntos, com estrutura hierárquica, para
nos Nomes de Autoridade de Pessoas e 94L322, seria a seguinte:
Colectividades. Ver A1: nota 1. Mitologia Clássica e História da Antiguidade –
2. Os nomes dos eventos organizados de forma Lendas heróicas da Grécia (I) – (história de)
formal, com um objectivo comum, com nomes Hércules (Heracles) – os feitos mais
formais, e com datas, locais e durações pré- importantes de Hércules: os doze trabalhos –
estabelecidas são incluídos na Autoridade de Os doze trabalhos: primeira série – morte de
Pessoas e Colectividades. Consultar o nome no Hidra de Lerna, por Hércules.
ficheiro de autoridade, na Biblioteca do
Congresso, e as regras AACR para o
estabelecimento dos nomes para estes eventos.