Radioatividade-Ensino Médio PDF

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radioatividade

A fé
é a certeza
das coisas
que você espera
e a prova de tudo aquilo
que você ainda não vê.

Bíblia
Departamento de
Química
Fundamental

]
Fenômenos Radioativos – Parte I
01 – Introdução
1.A – Radioatividade
A radioatividade é um fenômeno relacionado exclusivamente com o núcleo dos átomos (é um fenômeno
nuclear).
Radioatividade é a atividade que certos átomos possuem de emitir radiações eletromagnéticas e partículas
de seus núcleos instáveis para adquirir estabilidade. Essas emissões fazem com que os átomos radioativos de certo
elemento químico se transformem em átomos de outro elemento químico.

1.B – Estrutura Atômica Simplificada

Prótons Elétron
Núcleo
Átomo Nêutrons Nêutron
Próton
Eletrosfera Elétrons

1.C – Reação Nuclear


Também chamada transmutação, é aquela que altera os núcleos dos átomos.

Reação química: ocorre na eletrosfera dos átomos.

Reação nuclear: ocorre no núcleo dos átomos.

Reações nucleares ocorrem quando núcleos pesados e instáveis transformam-se em núcleos estáveis e mais
leves através da liberação de emissões radioativas, desintegrações ou decaimentos.
Pelo fato de alterar o núcleo dos átomos, envolvem uma quantidade de energia muito maior que as reações
químicas comuns.

1.D – Partículas Subatômicas ou NÚCLEONS


Partícula Carga elétrica Massa relativa Carga elétrica Massa real
Partícula
(núcleon) relativa (aproximada) Real (Coulomb) (gramas)
Próton +1 1 Próton 1,60210 . 10
–19
1,67252 . 10–24
–24
Nêutron 0 1 Nêutron 0 1,67483 . 10
–19 –28
Elétron –1 1/1840 Elétron 1,60210 . 10 9,1091 . 10

Observe que os nêutrons são um pouco mais


pesados que os prótons.
Fenômenos Radioativos – Parte I 1
1.E – Número Atômico (Z)
Também chamado de carga nucleônica, ou carga nuclear, é o número de prótons que o átomo de um
determinado elemento possui em seu núcleo.

O número atômico é o fator que define a natureza da matéria.

1.F – Número de Massa (A)


Também chamado de número nucleônico, é a soma dos números de prótons e nêutrons contidos no núcleo
do átomo de um elemento químico.

A=P + N A massa do átomo está praticamente concentrada no seu núcleo.

1.G – Nuclídeo
É cada um dos átomos diferentes, caracterizados por um número atômico (Z) e um número de massa (A).
Os nuclídeos serão representados dessa forma: .

Número de massa (A) = 23 A espécie química cloro é


Exemplo1: Exemplo2: e
Número de prótons (Z) = 11 encontrada na natureza na
Número de elétrons = 11 forma de dois nuclídeos
Número de nêutrons = 13 diferentes.

Observação: O conjunto de todos os nuclídeos existentes no universo que apresentam mesmo número de prótons é
denominado de Elemento químico.

1.H – Átomos Isótopos ou Nuclídeos Isótopos


Átomos com mesmo número atômico (Z) e diferentes números de massa (A). Portanto, átomos do mesmo
elemento químico.
Exemplo: (prótio), (deutério), (trítio) = Isótopos do elemento hidrogênio.

Os isótopos de um elemento químico apresentam mesmas propriedades químicas, ou seja, realizam as


mesmas ligações químicas e participam das mesmas reações químicas com mesmo comportamento químico.
Os isótopos de um elemento químico apresentam propriedades físicas diferentes, ou seja, as densidades,
pontos de fusão e ebulição são diferentes.

02 – Breve Histórico
1875 – William Crookes fez experiências com descargas elétricas, em gases a baixíssimas pressões, e descobriu os
chamados raios catódicos, que levaram Joseph John Thomson à descoberta dos elétrons em 1897.
1886 – O físico Eugen Goldstein, atentou-se para um feixe luminoso no sentido contrário ao dos elétrons. Deduziu que
a composição desse feixe, denominado raios canais, deveria indicar carga elétrica positiva, que em 1904 foi
nomeado de próton por Ernest Rutherford.
1895 – Wihlelm Konrad Roentgen introduziu modificações na ampola de Croockes e conseguiu produzir os raios X (assim
chamados porque eram de natureza desconhecida). Roentgen observou também que os raios X tornavam
fluorescentes ou fosforescentes certas substâncias.

2 Fenômenos Radioativos – Parte I


1896 – Henry Becquerel, conhecido como pai da radioatividade, tentando saber se as substâncias fluorescentes ou
fosforescentes eram capazes de emitir, por si próprias, os raios X, observa que o sulfato duplo de potássio e
uranila, K2(UO2)(SO4)2, provoca o aparecimento de manchas em chapa fotográfica que estava envolta em papel
preto. Concluiu que alguma emissão vinda daquele material estava atravessando o papel e chegando à placa.
Essas emissões foram chamadas Raios de Becquerel e posteriormente emissões radioativas.

1898/1900 – Marie Curie e Pierre Curie descobrem que todos os sais de urânio apresentavam propriedade de
impressionar chapas fotográficas; concluindo, então, que o responsável pelas emissões era o próprio urânio.
Extraindo e purificando o urânio, descobriu que as impurezas eram mais radioativas que o próprio urânio. Dessas
impurezas separaram o polônio e o rádio, 400 e 900 vezes, respectivamente, mais radioativos que o urânio.
Independente e quase simultaneamente o químico francês Pierre Curie e o físico neozelandês Ernest Rutherford
identificaram dois tipos de radiações que foram denominadas de alfa ( α ) e beta ( β).
Ainda em 1900, o físico francês Paul Ulrich Villard identificou uma espécie de radiação eletromagnética, que
também era emitida por esses elementos, a qual denominou radiação gama ( γ).
1932 – O nêutron foi descoberto, pelo físico James Chadwick, durante experiências com material radioativo.

Exercícios de Fixação da Aprendizagem

01 – (Olimpíada Brasileira de Química Júnior – 1ª Fase/2011) Na década de 1920, independentemente Ernest Rutherford
(1871–1937), na Inglaterra, William Draper Harkins (1873–1951), nos EUA, e Orme Masson (1858–1937), na Austrália,
propuseram a possível existência de uma partícula atômica sem carga. Porém, apenas em 1932, na Inglaterra, James
Chadwick (1891–1974) comprovou a existência do ___(I)___. Esse processo exemplifica que a ciência é uma atividade
______(II)________.
As lacunas (I) e (II) no texto acima podem ser completadas de forma CORRETA e na mesma sequência pela opção

a) I – elétron; II – própria do sexo masculino. b) I – nêutron; II – individual.


c) I – próton; II – extensiva a pesquisadores de vários países. d) I – nêutron; II – humana.

02 – (UFPE – 1a fase/2003) Isótopos radiativos são empregados no diagnóstico e tratamento de inúmeras doenças. Qual é
a principal propriedade que caracteriza um elemento químico?
a) número de massa c) número de nêutrons e) diferença entre o número de prótons e de nêutrons
b) número de prótons d) energia de ionização

03 – (UFPE – 1a fase/2002) Isótopos radiativos de iodo são utilizados no diagnóstico e tratamento de problemas da
tireóide, e são, em geral, ministrados na forma de sais de iodeto. O número de prótons, nêutrons e elétrons no isótopo

131 do iodeto são, respectivamente:

a) 53, 78 e 52 b) 53, 78 e 54 c) 53, 131 e 53 d) 131, 53 e 131 e) 52, 78 e 53

04 – (COVEST – 1a fase/2001) A água contendo isótopos 2H é denomin d “águ pes d ’’, porque mo écu 2
H216O
quando comparada com a molécula 1H216O possui:

a) Maior número de nêutrons. c) Maior número de elétrons. e) Menor número de prótons.


b) Maior número de prótons. d) Menor número de elétrons.

05 – (Uece) Escolha a alternativa na qual é apresentada uma correta associação entre o nome do cientista e a contribuição
que deu para a ciência no campo de estudos da radioatividade.
a) Becquerel /descoberta da radioatividade natural.
b) Marie Curie /descoberta do nêutron.
c) Chadwick/descoberta dos raios X.
d) Roentgen/descoberta do polônio.

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Fenômenos Radioativos – Parte I
03 – Experiência de Rutherford e natureza das Emissões
Em meados de 1898/1900 Ernest Rutherford realiza experiências que caracterizam a natureza das emissões
radioativas.

 As emissões atraídas pelo pólo


 As emissões atraídas pelo pólo  As emissões que não sofreram negativo deveriam apresentar carga
positivo deveriam ser negativas e desvio deveriam ser eletricamente positiva e foram denominadas de
for m denomin d s de bet (β). neutr s e for m ch m d s de g m (γ). f (α).

Exercícios de Fixação da Aprendizagem

06 – (UPE – Tradicional/2014) Entre 13,2oC e 161oC, o estanho é estável e possui uma configuração conhecida como
estanho branco ou Sn–β, que é um só ido bri h nte br nco-prateado, maleável, moderadamente dúctil e bom
condutor. Essa é a forma conhecida pela maioria das pessoas e tem uma variedade de aplicações domésticas e
tecnológicas, como em ligas (bronze e soldas) e em revestimento de aço (folhas de flandres). O Sn–β pode sofrer um
transição para uma estrutura conhecida como estanho cinzento, o Sn-α, um só ido cinz -escuro, não metálico e na
forma de pó. O Sn–α é semicondutor, não dúctil e sem aplicabilidade. Essas duas espécies podem reagir de modo
diferente. Por exemplo, as reações realizadas a –17 ± 2oC do Sn–β e do Sn–α com so ução de ácido c orídrico
concentrado, livre de oxigênio dissolvido, produzem SnCℓ2.2H2O e SnCℓ4.5H2O, respectivamente.
(Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_3/04-AQ-45-11.pdf. Adaptado.)
As informações apresentadas indicam
a) as aplicações dos átomos de um elemento químico radioativo.
b) a participação da radiação α n s c r cterístic s físicas do estanho.
c) a influência da temperatura sobre as propriedades de isótonos do estanho.
d) a transformação do estanho em outro elemento químico por meio de aquecimento.
e) as propriedades físicas e químicas distintas de duas formas alotrópicas de um elemento químico.

Comentários:

4 Fenômenos Radioativos – Parte I


04 – Principais Emissões Radioativas
4.A – Emissões Alfa ( )
Ernest Rutherford observou que as emissões alfa são partículas formadas por dois prótons e dois
nêutrons emitidos pelo núcleo do átomo.
Emissões Alfa

α
 α +
Observação: Não confunda átomo de hélio com emissões alfa...

O átomo de hélio
As partículas alfa As partículas alfa
apresentam apenas o
apresenta núcleo e
núcleo, não possuem são núcleos do
eletrosfera.
eletrosfera. átomo de Hélio.
α
e
Primeira Lei de Soddy
Também conhecida como Primeira Lei Radioativa, diz que quando o núcleo do átomo emite uma partícula
 seu número atômico diminui de duas unidades e seu número de massa diminui de quatro unidades.
Observe que a soma dos números de massa dos reagentes é
igual à soma dos números de massa dos produtos:

 + –
A = 4 + A – 4.
Também há conservação da carga nuclear:
Z = 2 + Z – 2.
Nas equações dos fenômenos nucleares constata-se a conservação dos números de massa
e das cargas nucleares

Exercícios de Fixação da Aprendizagem

07 – (UFPE – 2a fase/93) 92U235 sofre fissão de acordo com a equação:


+ n Sr + + 3 n
Qual o número de nêutrons do nuclídeo ?

a
08 – (UFPE – 2 fase/95) A primeira transmutação artificial de um elemento em outro, conseguida por Rutherford em
1919, baseou-se na reação
+ e X +
É correto afirmar que:
I II
0 0 O núcleo X tem 17 nêutrons.
1 1 O átomo neutro do elemento X tem 8 elétrons.
2 2 O núcleo é forma do de um próton e um nêutron.
3 3 O número atômico do elemento X é 8.
4 4 O número de massa do elemento X é 17.

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Fenômenos Radioativos – Parte I
4.B – Emissões Beta ( ) – Hipótese de Fermi

O físico italiano Enrico Fermi, que participou do Projeto Manhattan para construção da bomba atômica,
lançou a seguinte hipótese...

...As emissões de partículas do tipo beta são, na realidade, elétrons “ tir dos” em tíssim
velocidade, para fora de núcleos instáveis. Como se sabe, o elétron não existe no núcleo, ele se forma a partir da reação
de desintegração de um nêutron.
Emissão Beta

 + +

 + –

n + + – +

Neutrino...
NÊUTRON Forma-se um PRÓTON… ELÉTRON... É atirado para fora do núcleo com
contido em um que permanece preso no núcleo, (partícula beta) baixa velocidade. Sendo
núcleo instável sofre fazendo o número atômico lançado para fora do eletricamente neutro e de massa
decomposição... aumentar em 1 unidade núcleo com altíssima desprezível, não é observado na
velocidade experiência de Rutherford.
Segunda Lei da Radioatividade
Enunciada por Soddy, Fajjans e Russel afirma que quando um núcleo emite uma partícula beta (), seu
número atômico aumenta de uma unidade e seu número de massa não se altera.
Novamente observe a conservação dos números de
massa e também a conservação das cargas nucleares:
 – + A = 0 + A
Z = –1 + Z+ 1

Exercícios de Fixação da Aprendizagem

09 – (CFO – PM/2007) A imprensa tem atualmente registrado o impasse gerado pela insistência do governo iraniano em
seguir com seu programa nuclear. Abaixo, assinale a afirmação incorreta no que diz respeito ao núcleo atômico.

a) Em um processo de decaimento alfa, o átomo se transforma no átomo h.


b) O passa por uma série de desintegrações que envolvem 8 decaimentos alfa e 6 beta até se transformar em
b.
c) Se um átomo “ ” sofre pen s dec imentos do tipo bet , então necess ri mente os átomos “ ” e os resultantes
dos sucessivos decaimentos beta são isóbaros.
d) Se um átomo emitir 2 partículas alfa e 4 beta, então os átomos inicial e final são isótopos.
e) Em um decaimento alfa, ocorre a conservação da carga, mas não há conservação da massa, pois há liberação de
energia.

6 Fenômenos Radioativos – Parte I


4.C – Emissões Gama (  )
As emissões gama não são partículas, são ondas eletromagnéticas emitidas por núcleos instáveis logo após
as emissões de uma partícula alfa ou beta.
São semelhantes aos raios X. Apresentam alta freqüência (1020 a 1021 Hz) e pequeno comprimento de onda
( = 0,01 a 0,001 ângstron), portanto com alta energia, o que as torna mais penetrantes que os raios X e menos
energéticas que a luz visível.
As emissões gama, por parte de núcleos instáveis, diminuem sua carga energética, tornando-os mais
estáveis. Dessa forma entendemos que quando um átomo emite radiação gama não há modificação da massa ou número
atômico, apenas há uma diminuição do nível de energia e aumento da estabilidade nuclear (isômeros nucleares).

  +
A emissão gama é encontrada sempre acompanhando emissões alfa e/ou beta, pois a emissão gama ajuda
um núcleo instável a se estabilizar.

Exemplo:  – + e em seguida  +
Estável Metaestável Metaestável Estável

4.D – Notação das demais partículas Subatômicas


Para interpretar as diversas reações nucleares faz-se necessário conhecer as principais partículas atômicas
envolvidas...
Partícula Notação
Próton
Nêutron =
Dêuteron O dêuteron assemelha-se ao núcleo do deutério.

Pósitron Com massa semelhante ao elétron, o pósitron possui carga oposta a do elétron.
Neutrino 
Elétron –

4.E – Interpretação das equações dos fenômenos nucleares

Assim como os fenômenos químicos (reações químicas) podem ser descritos por equações, os fenômenos
nucleares também podem ser expressos por equações.
Nas equações dos fenômenos nucleares é fundamental observar a ocorrência de absorção de
partículas ou emissão de partículas conforme analisado a seguir:

Quando a partícula em questão está escrita nos reagentes da equação nuclear entendemos que, essa
partícula sofreu colisão, foi absorvida ou, em outras palavras, interagiu com as demais partículas reagentes.
Quando a partícula em questão está escrita nos produtos da equação nuclear entendemos que, essa partícula
foi liberada, emitida, produzida na reação ou, em outras palavras, é o resultado de um decaimento nuclear.

Exemplo1: Bombardeando o átomo de alumínio (A = 27; Z = 13) com partícula alfa origina o átomo de silício (A = 30; Z =
14) mais liberação de um próton.
+ α  Si + p
Exemplo2: A colisão entre o átomo de berílio (A = 9; Z = 4) e um próton resulta no átomo de lítio (A = 6; Z = 3) e emissão
de uma partícula alfa.
e + p  i + α

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Fenômenos Radioativos – Parte I
Testes de
Vestibulares

01 – (UFPE – 2a fase/2004) O núcleo atômico de alguns elementos é bastante instável e sofre processos radioativos para
remover sua instabilidade. Sobre os três tipos de radiação ,  e , podemos dizer que:
I II
0 0 Ao emitir radiação , um núcleo tem seu número de massa aumentado.
1 1 Ao emitir radiação , um núcleo tem seu número de massa inalterado.
2 2 A radiação  é constituída por núcleos de átomos de hélio.
3 3 Ao emitir radiação , um núcleo não sofre alteração em sua massa.
4 4 Ao emitir radiação , um núcleo tem seu número atômico aumentado em uma unidade.

02 – (UFPE – 2ª Fase/2007) A Coréia do Norte realizou, recentemente, um teste nuclear subterrâneo, que foi condenado
pelo Conselho de Segurança da ONU. Sabe-se que as armas em desenvolvimento por aquele país estão baseadas em
plutônio. O plutônio, entretanto, não é capaz de iniciar por si próprio uma reação em cadeia e, por isso, é utilizado
juntamente com berílio e polônio. Considerando que o berílio tem Z = 4 e A = 9; o polônio tem Z = 84 e A = 209 ou 210
e o plutônio tem Z = 94 e A = 238, 239, 240, 241, 242 ou 244, analise as proposições a seguir.
I II
0 0 O decaimento de Po–210 a b resulta na emissão de partículas alfa.
1 1 Se ocorrer um choque entre uma partícula alfa e o Be, ocorrerá formação de carbono–14 (radioativo) e
emissão de 1 nêutron.
2 2 O plutônio possui 6 isótopos.
3 3 Sabendo que o Pu–244 decai com emissão de partículas alfa e formação de U–240, com tempo de meia-vida
de 82.000.000 anos, conclui-se que um átomo de urânio tem 92 prótons.
4 4 Uma vez que o Pu-238 pode ser formado a partir da emissão de uma partícula beta pelo netúnio (Np),
concluímos que este elemento deve ter um isótopo com Z=95 e A=238.

03 – (UPE – Quí. I/2005) Para ajustar as seguintes equações nucleares


I. + n  g + ............

II. u + n  m + ............

III. + d  g + ............
Deve-se acrescentar respectivamente
a) Próton, partícula alfa, partícula beta. c) Partícula beta, raios gama, nêutron. e) Partícula alfa, próton, nêutron.
b) Próton, partícula beta, nêutron. d) Nêutron, próton, partícula alfa.

04 – (UNICAP – Quí. II/90) Sobre as transmutações abaixo, podemos afirmar:


I) 83Bi
213
 84Po
213
+ ..........

227 223
II) 89Ac 87Fr + ..........

238 234
III) 92U 90Th + ..........
I II
0 0 Todas emitem partículas  (alfa).
1 1 A equação I envolve emissão de partícula  (beta).
2 2 A equação II envolve emissão de uma partícula alfa e outra de beta.
3 3 A equação III mostra a emissão de uma partícula  (alfa).
4 4 Quando um nuclídeo emite uma partícula  (beta), o elemento que resulta da transmutação tem o seu número
atômico diminuído em duas unidades.

8 Fenômenos Radioativos – Parte I


05 – (FESP – UPE/86) Sejam as equações abaixo:
 
9 1 6 209 2 210
4Be + 1p 3Li + X 83Bi + 1D 83Bi + Z
13A
27
+ Y  12Mg
27
+ 1p
1
92U
239
 93Np
239
+ W
Qu d s tern tiv s b ixo est be ece re ção corret entre s etr s “ ”, “ ”, “ ” e “W” e, s p rtícu s
participantes das reações de transmutação.
X Y Z W
a) 2 4
1p
1
1D 2
-1
0

2 -1
4 1 1 0
b) 0n 1p
2 -1
4 1 1 0
c) 1p 0n
-1 2
0 1 2 4
d) 0n 1D
-1 2
2 0 1 4
e) 1D 0n

06 – (UFPE – 2a fase/98) Uma das famosas reações nucleares é a fissão do urânio usada na bomba atômica:

+ n + + 3 n

Qual o valor do número atômico do elemento X, nesta reação?

07 – (Covest – Asces/2009) A utilização da radiação gama no tratamento de algumas doenças tem crescido muito
ultimamente. Com relação à radiação gama, podemos afirmar que são:
a) partículas constituídas por elétrons, como conseqüência da desintegração de nêutrons.
b) partículas constituídas por núcleos do elemento hélio.
c) partículas formadas por dois prótons e dois nêutrons.
d) partículas com massa igual à do elétron, porém sem carga.
e) ondas eletromagnéticas emitidas pelo núcleo como conseqüência de emissão de partículas alfa e beta.

08 – (UFPE – 2a fase/2010) Em 1934, Enrico Fermi propôs uma teoria que explicava as formas de decaimento beta através
da
missão de e étron (β–): n  p + –
e

Captura de elétron: p + –
e  n


+
missão de pósitron (β ): p n + e
Potássio–40 ( ) é um nuclídeo incomum pelo fato de simultaneamente decair segundo estas três formas,
decorrendo daí aumento ou diminuição do número de carga (carga nuclear) do nuclídeo. A respeito deste
comportamento do , podemos afirmar que:
I II
0 0 A emissão de elétron conduz à formação de um nuclídeo com o menor número de carga.
1 1 A emissão de pósitron resulta na formação de nuclídeo com maior número de carga.
2 2 O mesmo tipo de nuclídeo é formado tanto por emissão quanto por captura de elétron.
3 3 Espécies nuclídicas diferentes são formadas por emissão de elétron ou de pósitron.
4 4 Emissão de pósitron ou captura de elétron conduzem à formação de nuclídeos iguais.

09 – (UFPE – 2a fase/2012) Uma série de processos de decaimento radioativo natural tem início com o isótopo 238 de
urânio (Z = 92). Após um processo de emissão de partículas alfa, seguido de duas emissões sucessivas de radiação beta,
uma nova emissão de partícula alfa ocorre. Com base nessas informações analise as proposições a seguir.
I II
0 0 O isótopo 238 do urânio possui 148 nêutrons.
1 1 O elemento que emite a segunda partícula alfa, na série, possui número de massa 230, e não é um isótopo do
urânio.
2 2 O elemento que resulta da emissão alfa do urânio 238 é o isótopo 234 do elemento de número atômico 90.
3 3 O elemento que resulta da última emissão de partícula alfa, descrita acima, possui 90 prótons e 140 nêutrons.
4 4 O elemento resultante da segunda emissão beta é isóbaro do elemento resultante da primeira emissão alfa.

9
Fenômenos Radioativos – Parte I
a
10 – (UFPE – 2 fase/2011) Em 1934, Irene Curie e seu marido, Frederic Joliot, anunciaram a primeira síntese de um
nuc ídeo r dio tivo rtifici . omb rde r m um fin âmin de umínio com p rtícu s α, obtendo o nuc ídeo , de
acordo com a equação:
+  + n
Nos 50 anos que se seguiram, mais de 2000 outros nuclídeos radioativos artificiais foram sintetizados.
Uma notação simplificada tem sido usada para reações nucleares deste tipo, o que nos permite escrever:
(α, n)
Analise as reações nucleares a seguir, para identificar a natureza verdadeira ou falsa dos produtos sugeridos.
I II
0 0 (p, γ)
1 1 (n, α)
2 2 n (p, n) e
3 3 r (α, n) u
4 4 p (α, n) m

11 – (UFPE – Vitória/2006) O processo de decaimento radioativo do átomo de n produz o o. O número de


p rtícu s α e β emitid s nesse processo é, respectiv mente:
a) 2 e 4. b) 3 e 4. c) 3 e 2. d) 2 e 6. e) 4 e 6.

12 – (Covest – Asces/2009: Prova de Biologia) Toda e qualquer alteração provocada no ambiente que causa desequilíbrio
e prejudica a vida constitui poluição ambiental. Com relação a esse assunto, analise as proposições a seguir.
1) O dióxido de enxofre é um gás produzido, principalmente, na queima de combustíveis, como gasolina e madeira, e
está relacionado com o fenômeno das chuvas ácidas; chuvas capazes de provocar acidentes ecológicos.
2) O aumento da temperatura em certos lagos e mares está relacionado diretamente com o fenômeno da inversão
térmica e pode desencadear no ambiente um processo de sucessão ecológica secundária.
3) O petróleo derramado no mar traz conseqüências negativas ao ambiente; por exemplo, causa a morte de animais
aquáticos e afeta a fotossíntese.
4) A poluição radioativa é extremamente grave por interferir no material genético dos organismos, podendo levá-los à
morte. Igualmente nocivo e digno de preocupação é o lixo radioativo de usinas nucleares.
Estão corretas:
a) 1, 2, 3 e 4 b) 3 e 4 apenas c) 1 e 3 apenas d) 1, 3 e 4 apenas e) 2 e 4 apenas

Resoluções de Testes
Comentários Adicionais

10 Fenômenos Radioativos – Parte I


4.F – Séries ou famílias radioativas
Série ou família radioativas é o conjunto de átomos que estão relacionados entre si por sucessivas
desintegrações.
emissões emissões emissões
A B C X
átomo pai Instável átomo filhos átomo filho átomo final estável

Existem três séries ou famílias radioativas naturais importantes e uma série radioativa artificial:
Série do... Inicia com  termina com
238 206
Urânio 92U (8 e 6) 82Pb
235 207
Actínio 92U (7 e 4) 82Pb Séries naturais
232 208
Tório 90Th (6 e 4) 82Pb
Neptúnio 94Pu
241
(9 e 6) 83Bi
209 Série artificial

Para determinar a que família radioativa pertence um certo elemento químico, basta dividir o seu número
de massa por 4. Se o resto da divisão for...

Resto 0 1 2 3
Família Tório Neptúnio Urânio Actínio

Exemplo: A que série radioativa pertence o isótopo – 210 do polônio, o?


210 4
– 208 52 Resto 2 = Série do urânio
2

 Os gráficos abaixo apresentam as séries radioativas do Tório e do Urânio para uma melhor compreensão teórica:

Exercícios de Fixação da Aprendizagem

01 – (FESP – UPE/91) Um átomo radioativo de número atômico 90, contendo no núcleo 144 nêutrons, emite duas
partículas alfa e duas partículas betas consecutivamente. O átomo final obtido após essas emissões:

a) contém no núcleo 120 nêutrons.


b) é isóbaro do urânio de número de massa 238.
c) pertence à série do urânio.
d) pertence à série do actínio.
e) pertence à série do tório.

11
Fenômenos Radioativos – Parte I
05 – Dados Comparativos Entre as Principais Emissões Radioativas
Os dados apresentados a seguir são consequência da massa, velocidade e conseqüente nível de energia
apresentada por cada emissão radioativa em análise.

Emissões Massa Carga Poder de penetração Poder ionizante Velocidade Efeito fisiológico
Alfa () Alta + Arrancam e– das 3.103 a 3.104 Praticamente
2 a 8cm no ar
moléculas do ar Km/seg inexistente
Beta Baixa – Até 1cm A ou Menor que das 7.104 a quase Maior que nas
5
( ) 1mm no Pb emissões alfa 3.10 Km/s emissões alfa
Gama Nula Nula 15cm no aço ou Baixo por não possuir 3.105 Km/s Bastante
() 5cm no chumbo carga Vel. da Luz elevado

5.A – Poder de penetração

5.B – Poder ionizante / Efeitos elétricos

As emissões radioativas ionizam o ar e também todos os gases, aumentando suas condutividades elétricas.
Uma aplicação importante da ionização dos gases pelas emissões radioativas são os chamados contadores
de radioatividade, aparelhos utilizados na contagem do número de emissões radioativas. Atualmente, o mais comum é o
contador Geiger-Müller, cujo esquema é apresentado a seguir.

Contador Gaiger

5.C – Efeitos Térmicos

Fenômenos nucleares ocorrem de forma exotérmica (com liberação de calor) como ocorre na fissão ou na
fusão nuclear. Esse calor pode ser aproveitado de forma pacífica, como ocorre nas usinas nucleares ou de maneira
devastadora, haja vista as bombas atômicas.

12 Fenômenos Radioativos – Parte I


5.D – Efeitos luminosos (Luminescências)

A fluorescência e a fosforescência são tipos de luminescência, ou seja, de emissões de radiações, que


podem ser visíveis ou não e que ocorrem sem a necessidade de temperaturas elevadas, podendo ser, por exemplo,
resultado da absorção de energia da luz.

Fluorescência

Ocorre quando a substância absorve energia da luz fornecida por determinada fonte e emite radiação
visível, porém, quando o fornecimento de energia acaba, a emissão da radiação para imediatamente. O nome desse
fenômeno veio do fato de que ele foi observado em um mineral denominado fluorita.

São exemplos de fluorescência no cotidiano:


 Placas de trânsito quando recebem a luz dos faróis dos automóveis;
 Faixas nos uniformes de motoboys, de garis e de outros trabalhadores;
 Lâmpada fluorescente: ela é revestida internamente por um material fluorescente à base de fósforo, assim,
quando ocorre a descarga elétrica, essa substância é excitada com a radiação ultravioleta (invisível ao olho
humano), produzindo luz visível. No momento em que a lâmpada é desligada, a emissão de energia para.

Fosforecência:

Da mesma forma que ocorre na fluorescência, na fosforescência, uma substância emite radiação visível
porque absorve energia da luz fornecida por determinada fonte. Entretanto, nesse caso, mesmo depois que o
fornecimento de energia parou, a substância fosforescente continua por algum tempo emitindo luz visível. Esse tempo
pode variar desde frações de segundos até dias.
Esse fenômeno recebeu esse nome porque o elemento fósforo e outros materiais são usados em objetos
feitos para brilharem no escuro.

São exemplos de fosforescência no cotidiano:


 Algumas tomadas elétricas e interruptores são feitos de um plástico que recebe a adição de substâncias
fosforescentes;
 Ponteiros do relógio de pulso;
 Pulseirinhas coloridas usadas em festas;
 Objetos autocolantes colocados para decoração nas paredes, principalmente em quartos de crianças, como
estrelinhas e planetas feitos de sulfeto de zinco.

Quimioluminescência:

Na quimiluminescência ocorre uma reação química em que a energia química é transformada em energia
luminosa. Quando isso ocorre em um organismo vivo temos, então, a bioluminescência. Sendo assim entendemos que a
quimiluminescência e a bioluminescência são fenômenos químicos (pois, se envolvem reações químicas, alteram a
natureza da matéria) enquanto que a fluorescência e fosforencência são fenômenos físicos (pois não provocam
alterações na natureza da matéria)
É importante frisar que na bioluminescência ocorre uma reação química em que a energia química é
transformada em energia luminosa e o organismo vivo produz e emite luz fria (ao contrário das lâmpadas incandescentes
que produzem calor). No caso dos vaga-lumes e águas-vivas noctilucas, a produção de luz está principalmente na reação
em que uma enzima denominada luciferase oxida o substrato da proteína luciferina, consumindo uma molécula de ATP. A
molécula de luciferina, agora excitada energeticamente, libera essa energia química na forma de energia luminosa.
Nos três casos (fluorescência, fosforescência e bioluminescência), a luz é fria, produzindo muito pouco calor.
No entanto, enquanto na fluorescência e na fosforescência a energia luminosa é absorvida de outra fonte e depois
liberada; na bioluminescência a luz é produzida por um processo químico independentemente de outra fonte de luz.
A fluorescência, fosforescência podem ser estimuladas por emissões radioativas (gama, por exemplo), mas
a quimioluminescência não.
Por Jennifer Fogaça (Graduada em Química)

13
Fenômenos Radioativos – Parte I
5.E – Efeitos Químicos

No desenvolvimento histórico das explicações sobre a estrutura atômica, é importante destacar que, em
1875, o químico e físico inglês William Crookes (1832-1919) fez experiências com descargas elétricas em gases, a pressões
baixíssimas, e descobriu os chamados raios catódicos, que levaram à descoberta dos elétrons. Em 1895, o físico alemão
Wilhelm Konrad Roentgen (1845-1923) introduziu modificações na ampola de Crookes e conseguiu produzir os raios X
(assim chamados porque eram de natureza desconhecida).
Roentgen verificou também que os raios X tornavam fluorescentes ou fosforescentes certas substâncias.
Por suas descobertas, Roentgen foi agraciado, em 1901, com o primeiro Prêmio Nobel de Física.

Um forte feixe de elétrons (A) sai do catodo e choca-se contra o


anodo, produzindo um feixe de raios X (B). Os raios X são
radiações eletromagnéticas ou seja uma forma de energia.

Os raios X podem provocar reações químicas, como por


exemplo, a decomposição dos sais de prata, existentes nas
chapas fotográficas

Ag2S  2 Ag(s) + S(s).


Escuro claro

As imagens reveladas nas chapas de raio X podem ser entendidas em termos de maior ou
menor intensidade da reações de decomposição do sulfeto de prata, ou seja:
A parte mais clara da imagem corresponde aos locais da chapa fotográfica onde ocorreram
maiores incidências de radiação, ou seja, onde maior quantidade de sais de prata sofreram
decomposição.
A parte mais escura corresponde aos ossos que, por absorver (reter) mais radiação não
permitiu a decomposição dos sais de prata.
A tonalidade intermediária na chapa fotográfica (entre claro e escuro) corresponde a região
da mão composta pelos tecidos onde ocorreu uma suave passagem de radiação que permite
um pequeno nível de decomposição dos sais de prata gerando essestons de cinza.
A imagem ao lado corresponde à radiografia da mão da esposa de Roentgen.

5.F – Efeitos Fisiológicos

Os efeitos da radiação podem ser em longo prazo, curto prazo ou apresentar problemas aos descendentes
da pessoa infectada (filhos, netos).
A radiação pode provocar basicamente dois tipos de danos ao corpo, um deles é a destruição das células
com o calor, e o outro consiste numa ionização e fragmentação (divisão) das células.
O calor emitido pela radiação é tão forte que pode queimar bem mais do que a exposição prolongada ao sol.
Portanto, um contato com partículas radioativas pode deixar a pele do indivíduo totalmente danificada, uma vez que as
células não resistem ao calor emitido pela reação.
A ionização e fragmentação celular implicam em problemas de mutação genética durante a gestação de
fetos, que nascem prematuramente ou, quando dentro do período de nove meses, nascem com graves problemas de má
formação.
Quimicamente falando, as partículas radioativas têm alta energia cinética, ou seja, se movimentam
rapidamente. Quando tais partículas atingem as células dentro do corpo, elas provocam a ionização celular. Células
transformadas em íons podem remover elétrons. Portanto a ionização enfraquece as ligações originando células
modificadas e, consequentemente, mutações genéticas.

Comentários Teóricos Adicionais

14 Fenômenos Radioativos – Parte I


06 – Irradiação
A irradiação consiste na exposição à radiação de determinado material com fins específicos.

6.A – Irradiação de Alimentos

hor de f zer “feir ”, p rênci de frut s, verdur s e egumes é que determin compr . Se s
mesmas estiverem com aspecto murcho, escurecido e sem viço, fica difícil saírem das prateleiras. Mas com as tecnologias
da modernidade, esse já não é um problema, graças às técnicas de irradiação podemos consumir alimentos fresquinhos
em qualquer estação.
Sabemos que os alimentos se degradam naturalmente em virtude de processos fisiológicos, como
brotamento, maturação e envelhecimento. Mas fatores externos como o ataque de microrganismos (parasitas, pragas,
bactérias, fungos etc.) também contribuem na degradação.
O uso da radiação é um método eficiente usado por Indústrias alimentícias, onde os alimentos são
submetidos a uma quantidade controlada de radiação ionizante, por um período predeterminado. As radiações ionizantes
usadas em alimentos são os raios X, raios gama ou feixe de elétrons.
O principal objetivo do método por irradiação é inibir a maturação de
algumas frutas e legumes através de alterações no processo fisiológico dos tecidos vegetais
presentes. A irradiação ainda impede a multiplicação de microrganismos que causam
a deterioração do alimento, pela alteração de sua estrutura molecular, o que
permite prolongar a validade de alguns produtos.
Importante: o método de irradiação não torna o alimento
radioativo. O período de exposição à radiação é breve, desta forma, não causa qualquer
prejuízo ao produto, pelo contrário, torna-o mais seguro ao consumidor. Para saber se o
alimento foi irradiado procure o selo ao lado:

6.B – Irradiação de Outros Materiais

A irradiação com raios gama, além de ser aplicada em alimentos, é uma importante forma de esterilização
de outros materiais como médico-hospitalares, cosméticos, fármacos e medicamentos, fitoterápicos e turfas.
O processo utilizado nesse tipo de esterilização é o mesmo utilizado na irradiação de alimentos, ou seja, se utiliza uma
fonte de cobalto-60 (isótopo radioativo do cobalto-59). É importante mencionar que por seu poder de penetração o
processo de esterilização com raios gama pode ser feito com os materiais já embalados e esses podem ser
utilizados logo após o processo.
Esse processo é realizado a frio, o que o torna viável e vantajoso para materiais termossensíveis. Além disso,
temos que ressaltar a confiabilidade do processo, o fácil monitoramento (uma vez que a única variável a ser controlada é o
tempo), a possibilidade de validação do processo segundo normas internacionais ISSO 11137 e EN 552, não há resíduos
(não necessita de quarentena). A radiação penetra em qualquer tipo de material, não há manuseio dos produtos no
processo, o volume de produto não interfere no processo e não há necessidade de testes microbiológicos pós-
esterilização.
No Brasil já existem empresas que possuem irradiador próprio para esterilizar seus produtos, como a
Jhonson & Jhonson, e outras que prestam serviços, como a Empresa Brasileira de Radiação - Embrarad e a Companhia
Brasileira de Esterilização - CBE.
O processo de esterilização de materiais na medicina tem várias utilidades, como por exemplo:
 Irradiação de produtos destinados a transplantes e implantes, prevenindo assim rejeições em potencial;
 Esterilização de preservativos masculinos e contraceptivos intra-uterinos;
 Esterilização de materiais descartáveis, como luvas, seringas, agulhas, gaze, mascaras cirúrgicas, etc.

Não esqueça que o processo de irradiação não torna o material irradiado um emissor de
radiação.

15
Fenômenos Radioativos – Parte I
Testes de
Vestibulares

01 – (ENEM–2009) Considere um equipamento capaz de emitir radiação


eletromagnética com comprimento de onda bem menor que a da radiação
ultravioleta. Suponha que a radiação emitida por esse equipamento foi
apontada para um tipo específico de filme fotográfico e entre o
equipamento e o filme foi posicionado o pescoço de um indivíduo. Quanto
mais exposto à radiação, mais escuro se torna o filme após a revelação. Após
acionar o equipamento e revelar o filme, evidenciou-se a imagem mostrada
na figura abaixo.
Dentre os fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e os átomos
do indivíduo que permitem a obtenção desta imagem inclui-se a

a) absorção da radiação eletromagnética e a consequente ionização dos


átomos de cálcio, que se transformam em átomos de fósforo.
b) maior absorção da radiação eletromagnética pelos átomos de cálcio que
por outros tipos de átomos.
c) maior absorção da radiação eletromagnética pelos átomos de carbono
que por átomos de cálcio.
d) maior refração ao atravessar os átomos de carbono que os átomos de
cálcio.
e) maior ionização de moléculas de água que de átomos de carbono.

02 – (ENEM 2012) A falta de conhecimento em relação ao que vem a ser um material radioativo e quais os efeitos,
consequências e usos da irradiação pode gerar o medo e a tomada de decisões equivocadas, como a apresentada no
exemplo a seguir.
“ m comp nhi ére negou-se a transportar material médico por este portar um certificado de esterilização por
irr di ção.”
Fisica na Escola, v.8,n.2. 2007 (adaptado).
A decisão tomada pela companhia é equivocada, pois
a) o material é incapaz de acumular radiação, não se tornando radioativo por ter sido irradiado.
b) a utilização de uma embalagem é suficiente para bloquear a radiação emitida pelo material.
c) a contaminação radioativa do material não se prolifera da mesma forma que as infecções por microorganismos.
d) o material irradiado emite radiação de intensidade abaixo daquela que ofereceria risco à saúde.
e) o intervalo de tempo após a esterilização é suficiente para que o material não emita mais radiação.

03 – (UPE – Tradicional/2014) Alguns radioisótopos são utilizados como traçadores na agricultura nuclear. O isótopo P-32
é um dos mais utilizados na agropesquisa, introduzido em fertilizantes na forma de fosfatos (PO 43–), o que permite o
estudo da absorção e do metabolismo das plantas. A meia-vida desse radioisótopo é igual a 14 dias e ele sofre
dec imento β, produzindo um isótopo do enxofre.
Sobre esse processo, é CORRETO afirmar que
a) o dec imento β produz um núc eo isótopo do núcleo emissor.
b) o núc eo form do pós o dec imento β tem o mesmo número de m ss do isótopo -32.
c) um solo que foi tratado com 250 g de um fertilizante marcado com P-32 terá 62,5 g desse isótopo após 28 dias.
d) passado um período de semidesintegração, a massa de enxofre produzida é igual à massa de P-32 contida
inicialmente no fertilizante utilizado.
e) o uso de r dioisótopos que emitem r di ção β c us prejuízo o so o e o produto gríco , uma vez que eles
passam a ser fonte de emissão radioativa.

16 Fenômenos Radioativos – Parte I


04 – (UPE – SSA 3º Ano/2013) O símbolo mostrado na figura
ao lado é a “ dur ”. su presenç é obrig tóri n s
embalagens de produtos expostos à radiação ionizante
(raios-X, radiação α, β ou γ), que visam retardar a
maturação natural e eliminar microrganismos que os
decompõem. A seguir, são feitas três afirmações sobre a
irradiação de alimentos destinados ao consumo humano.
I. O consumo de alimentos irradiados com radiação
deve ser feito de forma moderada, pois esses
alimentos passam a emitir essa radiação e podem
causar prejuízos à saúde do consumidor.
II. A irradiação é um método, que, quando utilizado de
acordo com as normas internacionais de biossegurança, não deixa resíduos tóxicos no alimento.
III. r di ção α tem um poder de penetr ção maior que a radiação , por isso é mais utilizada na irradiação de
alimentos.
É CORRETO o que se afirma em
a) I. b) II. c) I e II. d) II e III. e) I, II e III.

05 – (ENEM/2001) Considere os seguintes acontecimentos ocorridos no Brasil:


• Goiás, 1987: um equipamento contendo césio radioativo, utilizado em medicina nuclear, foi encontrado em um
depósito de sucatas e aberto por pessoa que desconhecia o seu conteúdo. Resultado: mortes e consequências
ambientais sentidas até hoje.
• Distrito Federal, 1999: cilindros contendo cloro, gás bactericida utilizado em tratamento de água, encontrados em
um depósito de sucatas, foram abertos por pessoa que desconhecia o seu conteúdo. Resultado: mortes,
intoxicações e consequências ambientais sentidas por várias horas.
Para evitar que novos acontecimentos dessa natureza venham a ocorrer, foram feitas as seguintes propostas para a
atuação do Estado:
I — Proibir o uso de materiais radioativos e gases tóxicos.
II — Controlar rigorosamente a compra, uso e destino de materiais radioativos e de recipientes contendo gases
tóxicos.
III — Instruir usuários sobre a utilização e descarte destes materiais.
IV — Realizar campanhas de esclarecimentos à população sobre os riscos da radiação e da toxicidade de determinadas
substâncias.
Dessas propostas, são adequadas apenas:
a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, III e IV. e) II, III e IV.

06 – (UFPE – 2a fase/2009) Entre as seguintes espécies nucleares


(I) (II) (III) (IV) (V) (VI)

com representações caracterizadas pelo número de carga (número atômico) e número de massa,
I II
0 0 (IV) e (VI) possuem o mesmo número de massa e são isóbaros.
1 1 (III) e (IV) possuem o mesmo número de nêutrons e são isótonos.
2 2 (I), (II) e (V) possuem o mesmo número de prótons + nêutrons e são isótopos.
3 3 (II) e (V) possuem o mesmo número de massa e são alótropos.
4 4 os constituintes dos pares [(II) e (III)] ou [(V) e (VI)] possuem a mesma carga e são isômeros nucleares.

07 – (UNICAP – Quí. II/98) O isótopo de 90Th sofre desintegração, transformando-se em 82Pb com emissão de partículas
alfa e beta. Na transformação radioativa, ocorre perda de 20 nêutrons. Qual a soma dos números de partículas alfa e
beta envolvidas no processo?

17
Fenômenos Radioativos – Parte I
a 235
08 – (UFPE – 2 fase/90) Quando um átomo de U é bombardeado por um nêutron lento, seu núcleo o absorve e se
divide em duas partes aproximadamente iguais e mais alguns nêutrons isolados, conforme representação abaixo:

235 Y 139
U + n Sr + X + 2n
Assinale os itens verdadeiros na coluna I e os falsos na coluna II.
I II
0 0 O elemento X é o xenônio.
1 1 O elemento X é o criptônio.
2 2 A reação representa uma fusão nuclear.
3 3 O número de massa do elemento estrôncio é 95.
4 4 O número de nêutrons do elemento estrôncio é 95.
(Dados os números atômicos: Kr = 36; Sr = 38, Xe = 54, U = 92)

09 – (UNICAP – Quí. I/90) Sobre radioatividade:


I II
0 0 Os raios beta são atraídos pelo polo negativo do campo magnético.
1 1 Quando um átomo radioativo emite uma partícula alfa, há uma diminuição de duas unidades no seu número
atômico e de quatro unidades no seu número de massa.
2 2 A partícula beta, quando emitida, altera o número de massa do elemento.
3 3 As partículas alfa são núcleos do átomo de hélio.
4 4 A 2a ei d dio tivid de diz: “qu ndo um átomo r dio tivo emite um p rtícu bet , há um umento de
uma unidade no seu número atômico, permanecendo constante o número de massa.

10 – (UNICAP – Quí. I/91) Os raios gama


I II
0 0 não são defletidos pelos campos magnéticos.
1 1 são uma forma de radiação eletromagnética.
2 2 são capazes de ionizar certos gases.
3 3 são resultantes da desintegração nuclear.
4 4 são resultantes do rearranjo dos elétrons extranucleares.

11 – (UNICAP – Quí. II/96)


I II
0 0 Das radiações, a partícula alfa é a mais penetrante.
1 1 A radiação gama apresenta grande poder ionizante.
2 2 A carga da partícula beta é –1.
3 3 Das três radiações (alfa, beta e gama), quando submetidas a um mesmo campo elétrico, a que maior deflexão
sofre é a beta.
4 4 A notação das partículas e radiação alfa, beta e gama é: –

12 – (UNICAP – Quí. II/95)


I II
0 0 Um elemento radioativo, quando emite radiação gama, transforma-se num elemento diferente apenas quanto
à sua energia.
1 1 Das três partículas fundamentais, o próton é a mais pesada.
2 2 Quando um elemento radioativo emite uma partícula beta, o átomo formado é seu isótopo.
3 3 Para que o isótopo se transforme em , será necessária a emissão de 2 partículas alfa e uma partícula
beta.
4 4 Se um isótopo do carbono emitir uma partícula beta, transformar-se-á em um isótopo de nitrogênio.
(dados: C = 6 e N = 7)

18 Fenômenos Radioativos – Parte I


07 – Estabilidade do Núcleo
Admite-se que a estabilidade do núcleo de um átomo esteja ligada à relação entre o número de nêutrons (n)
e o número de prótons (p). Quanto maior a razão n/p, maior a estabilidade do núcleo.

Relação  Estabilidade nuclear


O isótopo prótio do hidrogênio é o único que possui estabilidade nuclear mesmo não possuindo nêutrons,
pois tem apenas 1 próton.
Do átomo de hélio, e, até o átomo de cálcio, , os isótopos mais abundantes possuem a relação
n/p = 1, ou seja, são muito estáveis.
À medida em que o número de prótons do núcleo atômico aumenta, o valor da relação n/p vai se tornando
cada vez maior. Aparentemente, o aumento do número de nêutrons em relação ao de prótons é necessário para impedir a
autodestruição do núcleo, devido à repulsão elétrica dos prótons. No caso do mercúrio g, por exemplo, a relação
n/p = 1,5, ou seja, 120/80 = 1,5 que significa dizer que o núcleo do mercúrio é estável.
Quando, entretanto, há mais que 83 prótons num núcleo, nenhum número de nêutrons é capaz de torna-lo
estável. O bismuto, z = 83, é o último elemento da tabela periódica que possui isótopo estável, . A partir do polônio,
84Po, os elemenmtos químicos não possuem isótopos natuirais ou artificiais estáveis.
O número de isótopos radioativos artificiais conhecidos ultrapassa 800.

7.A – Observações Importantes


Todos os elementos apresentam isótopos radioativos (naturais e/ou artificiais), porém um elemento só é
considerado radioativo se o seu isótopo mais abundante for radioativo . Os isótopos radioativos de
qualquer elemento são denominados comumente de radioisótopos.

A intensidade de radioatividade emanada por um radioisótopo, bem como seu tempo de meia vida (periódo
de tempo necessário para sua massa ser reduzida pela metade) são propriedades do núcleo do átomo, logo,
independem de qualquer fator externo químico ou físico a que o isótopo seja submetido, como, por
exemplo:
O tipo de substância em que o isótopo está presente (metal, mineral, óxido, base, sal, etc).
O meio em que o isótopo esteja dissolvido (ácido, básico, aquoso, etc).
A fase de agregação em que se encontra (gasosa, líquida ou sólida).
O estado de divisão (em fatia, em pó, em barra, etc).
As condições ambientes (temperatura ou pressão).

08 – Transmutações Nucleares
São todas as transformações em que um nuclídeo é obtido a partir de outro,
através de bombardeamento com uma partícula. O primeiro caso relatado de transmutação nuclear
ocorreu em 1914 quando Ernest Rutherford percebeu que, deixando o nitrogênio na presença de um alfa-emissor, ele se
transformava em oxigênio segundo a equação
+  +

Em 1932, ocorreu um outro evento marcante na história da ciência ligado às transmutações nucleares. O
inglês James Chadwick descobriu o nêutron ao bombardear o berílio-9 com partículas alfa provenientes do
polônio...
o  b + ...em seguida... +  +
A transmutação nuclear é, atualmente, uma importante ferramenta na produção de nuclídeos artificiais, isto
é nuclídeos que não existem na natureza. O primeiro desses nuclídeos artificiais foi descoberto pelo casal Fréderic Joliot e
Irène Curie (filha de Pierre e Marie), em 1934, por meio da seguinte equação...
+  +
Radionuclídeo  + p
artificial
19
Fenômenos Radioativos – Parte I
8.A – Elementos Artificiais
Transurânicos: Elementos químicos que possuem números atômicos maiores que o urânio (Z > 92). Também
chamados de sintéticos ou artificiais, esses elementos não existem na natureza, sendo obtidos pelos cientistas por
meio de reações nucleares (principalmente de transmutação) realizadas nos aceleradores de partículas, dispositivos
nos quais partícu s e etric mente c rreg d s (α, β, próton, íons) dquirem ve ocid des tíssim s e se choc m
contr “átomos– vo”.

Cisurânicos: Elementos químicos artificiais que possuem números atômicos menores que o urânio (Z < 92). Na
verdade são apenas quatro elementos: o tecnécio (43Tc), o promécio (61Pm), o ástato (85At) e o frâncio
(87Fr).

Testes de
Vestibulares

01 – (UPE – EAD/2011) Pierre e Marie Curie verificaram que a pechblenda, um minério contendo óxido de urânio, era bem
mais radioativa que o urânio metálico. A partir dessa fonte natural, eles isolaram dois elementos químicos radioativos,
o polônio e o rádio. Após três décadas da divulgação desses resultados, a filha e o genro desse casal, Irène Curie e
Frédéric Joliot, foram os primeiros a criarem um radioisótopo, o fósforo-30, após o bombardeamento de uma folha de
alumínio– com p rtícu s α.
Dados – Aℓ (Z = 13): [Ne] 3s2 3p1 ; P (Z = 15): [Ne] 3s2 3p3 ; Co (Z = 27): [Ar] 4s2 3d7 ; Po (Z = 84): [Xe] 4f14 5d10 6s2 6p4;
Ra (Z = 88): [Rn] 7s2 ; U (Z = 92): [Rn] 5f3 6d1 7s2

Sobre esses acontecimentos históricos da Química, qual das alternativas a seguir é a CORRETA?

a) Pierre e Marie Curie isolaram dois radioelementos isotópicos do urânio.


b) A radioatividade é um fenômeno natural e pode ser produzida artificialmente.
c) O material bombardeado com p rtícu s α por rène urie e rédéric Jo iot é um isótopo do cob to.
d) O isótopo radioativo produzido por Irène Curie e Frédéric Joliot possuía número atômico igual a 30.
e) O polônio e o rádio são considerados elementos químicos transurânicos artificiais, porque foram descobertos após
o urânio.

02 – (UFPE – 1a fase/98) O isótopo de massa 14 do carbono sofre decaimento segundo a reação abaixo:
 + 
Acerca de sua meia-vida, é correto afirmar que:
a) aumenta com o aumento da pressão. d) aumenta com a concentração de .
b) não varia com o aumento da temperatura. e) aumenta com a concentração de .
c) diminui com o abaixamento da temperatura.

03 – (ITA–SP) Em relação ao tempo de meia-vida do césio-137, livre ou combinado, são feitas as afirmações seguintes.
Ia. Ele decresce com o aumento da temperatura.
Ib. Ele independe da temperatura.
Ic. Ele cresce com o aumento da temperatura.
IIa. Ele decresce com o aumento da pressão.
IIb. Ele independe da pressão.
IIc. Ele cresce com o aumento da pressão.
IIIa. Ele é o mesmo tanto no césio elementar como em todos os compostos de césio.
IIIb. Ele varia se são mudados os outros átomos ligados ao átomo de césio.
Dessas afirmações, quais são corretas?
a) Ib; IIc; IIIa b) Ic; IIa; IIIa c) Ia; IIb; IIIb d) Ic; IIc; IIIb e) Ib; IIb; IIIa

20 Fenômenos Radioativos – Parte I


04 – (Enem 2009) Os núcleos dos átomos são
constituídos de prótons e nêutrons, sendo ambos os
principais responsáveis pela sua massa. Nota-se que,
na maioria dos núcleos, essas partículas não estão
presentes na mesma proporção. O gráfico mostra a
quantidade de nêutrons (N) em função da
quantidade de prótons (Z) para os núcleos estáveis
conhecidos.
KAPLAN, I. Física Nuclear. Rio de Janeiro: Guanabara
Dois, 1978 (adaptado)

O antimônio é um elemento químico que possui 50


prótons e possui vários isótopos ― átomos que só
se diferem pelo número de nêutrons.
De acordo com o gráfico, os isótopos estáveis do
antimônio possuem

a) entre 12 e 24 nêutrons a menos que o número


de prótons.
b) exatamente o mesmo número de prótons e
nêutrons.
c) entre 0 e 12 nêutrons a mais que o número de
prótons.
d) entre 12 e 24 nêutrons a mais que o número de
prótons.
e) entre 0 e 12 nêutrons a menos que o número de
prótons.

05 – (PUC–RJ) Elementos transurânicos podem ser sintetizados pelo bombardeamento de núcleos mais leves com
partículas pesadas. Em 1958, Miller e outros produziram o isótopo 254No (nobélio) a partir do 238U. A reação que
ocorreu produziu, além do novo elemento (No), ainda seis (6) nêutrons. Com qual partícula o alvo ( 238U) foi
bombardeado?
10 22 12 22 16
a) B b) Na c) C d) Ne e) O

06 – (UNICAP – Quí. I/93) Esta questão se refere à radioatividade.

I II
0 0 A radiação gama é desviada por campos elétricos.
1 1 Das principais partículas radioativas, a beta é a mais ionizante.
2 2 A massa da partícula alfa é, aproximadamente, 7360 vezes maior que a massa do elétron.
3 3 Quando um radioisótopo emite uma partícula beta, seu número de massa diminui de quatro unidades.
4 4 Se uma amostra de um radionuclídeo se desintegra pela metade, ocorreu um período de meia-vida.

Resoluções de Testes
Comentários Adicionais

21
Fenômenos Radioativos – Parte I
09 – Fissão Nuclear
É o nome que se dá ao processo em que um núcleo grande, pesado e instável é bombardeado com
partículas aceleradas, dividindo-se em núcleos menores (mais leves) e mais estáveis, libertando uma grande quantidade
de energia (energia nuclear).

+  + +

Um nêutron é atirado contra um Originando dois Liberando nêutrons que bombardearão outros
núcleo pesado. núcleos menores núcleos, quebando-os, dando continuidade ao
processo e originando uma reação em cadeia.
Exemplo: Fissão do urânio – ou bomba atômica (Enrico Fermi – 1935): Empregado na bomba que explodiu em
Hiroxima, em 6 de agosto de 1945.

+  + + 3 + 4,6 . 109 Kcal


O primeiro elemento químico a ser submetido a fissão nuclear, segundo anunciou Niels Bohr, foi o urânio.
Porém estudos mostraram que dos dois isótopos naturais do urânio ( – 99,3% , – 0,7% ) o que sofre fissão é
apenas o isótopo 235. Percebe-se então a necessidade de se obter o urânio , constituído apenas do isótopo 235U, para
ocorrer reação em cadeia, já que o outro isótopo do urânio ( 238U) é não–fissionável. O chamado enriquecimento do
urânio é justamente o aumento do percentual do urânio–235 em relação ao urânio–238 presente na
amostra. Esse processo, por ser extremamente oneroso, limita o número de países a possuírem a Bomba Atômica.
É bom lembrar que outros elementos, como o plutônio–239, também podem ser embregados na fissão
nuclear. Foi o que ocorreu na bomba que explodiu em Nagasáqui no dia 9 de agosto de 1945.

9.A – Bomba Atômica


Para o funcionamento da bomba atômica, o urânio natural (que tem apenas 0,7% de 235U) deve ser
enriquecido de modo a elevar a porcentagem de 235U até valores da ordem de 90%. Além disso, para produzir a reação
em cadeia, deve-se reunir certa quantidade de urânio enriquecido, denominada massa crítica.
Massa crítica é a menor massa de material físsil necessária para que um nêutron possa iniciar a reação em
cadeia. Abaixo da massa crítica os neutros não conseguem desencadear a reação em cadeia (fissão nuclear auto-
sustentável).

Em princípio, a bomba
atômica (bomba A)
possui duas ou mais
porções de urânio
enriquecido com massas
ligeiramente subcríticas.
Por meio de uma carga
explosiva comum, essas
massas são reunidas;
sendo ultrapassada a
massa crítica, ocorre a
explosão.

Uma variante da bomba atômica é a bomba de nêutrons. Trata-se de uma bomba atômica menor e mais
fraca do que a comum, mas, devido à sua construção, provoca uma emissão muito grande de radiações, especialmente de
nêutrons, que matam facilmente os seres vivos. Ao final da explosão, r di ção residu é muito pequen (“bomb
imp ”), o que possibi it um rápid ocup ção do território bombardeado.

22 Fenômenos Radioativos – Parte I


9.B – Usinas Nucleares
Consumidor final

Sala de controle
Varas de
combustível e
varas de
controle
Gerador
de vapor
vapor de
Linhas de
alta
transmissão
pressão

Turbina geradora

Turbina

Laço de água
pressurizada
Condutor de
núcleo de líquido
reator refrigerante de
Invólucro água oceânica.
do reator

ombe dor d’águ


Estrutura de
refreamento
Em princípio a produção da energia elétrica pelos reatores nucleares é interessante, pois, comparando,
podemos dizer que:
• 1 g de carvão produz energia suficiente para manter acesa uma lâmpada de 200W durante 1 min;
• 1 g de urânio produz energia para iluminar uma cidade de 500.000 habitantes, durante 1 h.
As usinas nucleares utilizam o princípio da fissão nuclear para gerar calor. Dentro do Reator Nuclear,
centenas de varetas contendo material radioativo são fissionadas, liberando muito calor. Este calor irá aquecer a água
(totalmente pura) que fica dentro do reator. Ela pode chegar á incríveis 1500°C a uma pressão de 157atm. Essa água
quente irá seguir por tubos, até o vaporizador, depois volta ao reator, completando o circuito primário.
No vaporizador, outra quantidade de água será fervida, pelo calor de tubos onde passam a água
extremamente quente do reator. O vapor gerado sairá por canos, até onde ficam localizadas as turbinas e o gerador
elétrico. O v por d’águ pode girar as pás das turbinas a uma velocidade de 1800rpm. Depois que o vapor executar sua
função, ele segue para o condensador, onde vai virar água novamente e retornar ao vaporizador. Este é o
chamado circuito secundário.
Para que o condensador transforme o vapor do circuito secundário em água, é necessário que ele seja
abastecido de água fria. Essa água fria pode vir de rios e lagos próximos. Ao passar pelo condensador, esta água fica
quente, necessitando ser resfriada nas torres de resfriamento (a maior parte de uma usina nuclear). Este é o circuito
terciário (ou sistema de água de refrigeração).
http://www.infoescola.com/fisica/principios-da-usina-nuclear/

23
Fenômenos Radioativos – Parte I
Questões de Segurança

Uma usina nuclear é munido de vários sistemas de segurança que entram em ação automaticamente em
casos de emergência. O principal deles é o sistema que neutraliza a fissão nuclear dentro do reator. São centenas de
barras, feitas de materiais não fissionáveis (isto é, mesmo absorvendo nêutrons livres, não se dividem),
como boro e cádmio, que são injetadas no meio reacionário.
O reator fica envolvido por uma cápsula de 3 cm de espessura, feita de aço. O edifício é protegido com
paredes de 70 cm, feitas de concreto e estrutura de ferro e aço, e podem aguentar ataques terroristas (mísseis e aviões,
por exemplo). Existem também órgãos internacionais, que vistoriam periodicamente as usinas nucleares, em busca de
irregularidades, falhas, etc.

Vantagens

As principais vantagens da energia nuclear são: o combustível é barato e pouco (em comparação com
outras fontes de energia), é independente de condições ambientais/climáticas (não depende do sol, como usinas solares,
ou da vazão de um rio, no caso das hidroelétricas), a poluição gerada (diretamente) é quase inexistente. Não ocupa
grandes áreas. A quantidade de lixo produzido é bem reduzida. O custo da energia gerada fica em torno de 40 dólares
por MW, de forma que a energia nuclear é mais cara que a energia das hidroelétricas, porém mais barata que a energia
das termoelétricas, usinas solares, eólica, etc.

Desvantagens

Alto custo de construção, em razão da tecnologia e segurança empregadas; Mesmo com todos os sistemas
de segurança, há sempre o risco de o reator vazar ou explodir, liberando radioatividade na atmosfera e nas terras
próximas, num raio de quilômetros. Não existem soluções eficientes para tratamento do lixo radioativo, que atualmente é
depositado em desertos, fundo de oceanos ou dentro de montanhas (existem projetos para enviar o lixo para o Sol, o que
poderia ser a solução definitiva).
A fissão nuclear resulta na produção de outros elementos químicos, como plutônio. Este é usado na
produção de bombas atômicas. Por isso, órgãos controladores internacionais (e americanos), tentam impedir que certos
países (atualmente, o Iraque e Coréia do Norte), dominem a tecnologia nuclear.

Lixo Radioativo

Os principais componentes que compõem o lixo radioativo produzido nas usinas nucleares são os produtos
da fissão nuclear que ocorre no reator. Após anos de uso de certa quantidade de Urânio, o combustível inicial vai se
transformando em outros produtos químicos, como criptônio, bário, césio, etc, que não tem utilidade na usina.
Ferramentas, roupas, sapatilhas, luvas e tudo o que esteve em contato direto com esses produtos, é classificado como lixo
radioativo.
Nos Estados Unidos, os restos são colocados em tambores lacrados, e enterrados bem fundo em desertos. O
custo para armazenar os tambores são tão grandes quanto a manutenção da usina. Existem projetos para levar o lixo
radioativo em cápsulas em direção ao sol, o que poderia ser uma solução definitiva para o problema, já que por 100.000
anos a radiação estará sendo emitida por esses materiais, porém é muito cara e também perigosa, uma vez que há o risco
de uma das cápsulas que armazenam o lixo explodir na atmosfera da Terra.
Os reatores desativados também são incluídos nessa classificação. Nenhum reator nuclear usado foi aberto
no mundo todo. Geralmente são cobertos de concreto e levados para outro lugar.
Para os ambientalistas, o destino do lixo radioativo é o principal motivo de eles serem contra a energia
nuclear, já que ainda não se tem uma solução definitiva, e pouco se sabe das consequências da radiação para o meio
ambiente.

Comentários Teóricos Adicionais

24 Fenômenos Radioativos – Parte I


Testes de
Vestibulares
Texto para as questões 01 e 02

O hexafluoreto de urânio é um sólido cristalino branco, à temperatura ambiente. Como todos os


hexafluoretos (exceto o hexafluoreto de xenônio), ele possui estrutura octaédrica, com fortes ligações covalentes dentro
da molécula, mas com forças fracas de Van der Waals entre moléculas vizinhas. Essa substância é extremamente volátil, e
uma das suas principais aplicações está no uso desse gás para o enriquecimento de urânio, ou seja, para o aumento da
concentração de átomos do U–235 num dado material. No Brasil, o urânio é enriquecido por um método, que consiste em
girar um cilindro com hexafluoreto de urânio a altas velocidades (2500 – 3333 voltas por segundo). Nessas condições, as
moléculas de hexafluoreto de urânio com U– , um pouco m is pes d s, cumu m‐se n periferi do cilindro, enquanto
as moléculas de hexafluoreto de urânio com U– , um pouco m is eves, cumu m‐se n região centr do ci indro.

Disponível em: http://qnint.sbq.org.br/qni. Adaptado.

01 – (UPE – SSA 1º Ano/2013) De acordo com o texto, o método utilizado para o enriquecimento de urânio no Brasil
utiliza um tipo de

a) centrifugação. b) decantação. c) filtração. d) evaporação. e) gaseificação.

02 – (UPE – SSA 1º Ano/2013) A partir das informações contidas no texto, é CORRETO afirmar que

a) o processo de enriquecimento de urânio no Brasil se baseia na reatividade do UF 6.


b) o uso do UF6 no enriquecimento de urânio está associado aos seus baixos pontos de ebulição e de fusão.
c) o U–238 e o U–235 possuem o mesmo número de nêutrons, característica que lhes permite esse tipo de separação.
d) o U–238 e o U–235 não poderiam ser separados nesse processo de enriquecimento do urânio, se eles fossem
isótopos.
e) o UF6 é um sólido cristalino iônico e pouco radioativo, por isso ele auxilia no aumento da concentração de átomos
do U–235 num dado material.

03 – (Enem–MEC/2003) músic “ ye, bye, r si ”, de hico Buarque de Holanda e Roberto Menescal, os versos
“puser m um usin no m r t vez fique ruim pr pesc r” poderiam estar se referindo à usina nuclear de Angra dos
Reis, no litoral do Estado do Rio de Janeiro.
No caso de tratar-se dessa usina, em funcionamento normal, dificuldades para a pesca nas proximidades poderiam ser
causadas pelo quê?
a) Pelo aquecimento das águas, utilizadas pela refrigeração da usina, que alteraria a fauna marinha.
b) Pela oxidação de equipamentos pesados e por detonações, que espantariam os peixes.
c) Pelos rejeitos radioativos lançados continuamente no mar, que provocariam a morte dos peixes.
d) Pela contaminação por metais pesados dos processos de enriquecimento do urânio.
e) Pelo vazamento de lixo atômico colocado em tonéis e lançado ao mar nas vizinhanças da usina.

03 – (ENEN/2006) Para se obter 1,5 kg do dióxido de urânio puro, matéria-prima para a produção de combustível nuclear,
é necessário extrair-se e tratar-se 1,0 tonelada de minério. Assim, o rendimento (dado em % em massa) do tratamento
do minério ate chegar ao dióxido de urânio puro é de
a) 0,10%. b) 0,15%. c) 0,20%. d) 1,5%. e) 2,0%.

a
04 – (UFPE – 1 fase/2004) A fissão nuclear é um processo pelo qual núcleos atômicos:
a) de elementos mais leves são convertidos a núcleos atômicos de elementos mais pesados.
b) emitem radiação beta e estabilizam.
c) de elementos mais pesados são convertidos a núcleos atômicos de elementos mais leves.
d) absorvem radiação gama e passam a emitir partículas alfa.
e) absorvem nêutrons e têm sua massa atômica aumentada em uma unidade.

25
Fenômenos Radioativos – Parte I
05 – (Enem–MEC/2002) O diagrama mostra a utilização das diferentes fontes
de energia no cenário mundial. Embora aproximadamente um terço de
toda a energia primária seja orientada à produção de eletricidade, apenas
10% do total são obtidos em forma de energia útil.

A pouca eficiência no processo de produção de eletricidade se deve,


sobretudo, a quê?

a) Ao fato de as usinas nucleares utilizarem processos de aquecimento,


nos quais as temperaturas atingem milhões de graus Celsius,
favorecendo perdas por fissão nuclear.
b) Ao fato de as usinas termelétricas utilizarem processos de aquecimento
a baixas temperaturas, apenas da ordem de centenas de graus Celsius, o
que impede a queima total dos combustíveis fósseis.
c) Ao fato de as usinas hidrelétricas terem o aproveitamento energético
baixo, uma vez que parte da água em queda não atinge as pás das
turbinas que acionam os geradores elétricos.
d) Ao fato de as usinas nucleares e termelétricas utilizarem processos de transformação de calor em trabalho útil, no
qual as perdas de calor são sempre bastante elevadas.
e) Ao fato de as usinas termelétricas e hidrelétricas serem capazes de utilizar diretamente o calor obtido do
combustível para aquecer a água, sem perda para o meio.

06 – (UPE – SSA 3º ano/2011 - Biologia) O nível de substâncias radioativas registrou forte alta no mar a 15 quilômetros da
área da central nuclear de Fukushima, afetada pelo terremoto e tsunami de 11 de março, informou a operadora da
usina, Tokyo Electric Power Company (Tepco). Amostras coletadas apresentaram um resultado 600 vezes superior ao
nível máximo que havia sido encontrado até agora no entorno da usina.
A empresa diz que é difícil avaliar os resultados das amostras, porque não existem limites legais quanto à presença
dessas substâncias no oceano. Também não soube informar se os padrões atuais são considerados perigosos e disse
que ainda avalia o impacto desses níveis na vida marinha.
Trecho adaptado da Revista Veja on line http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/nivel-de-radioatividade-
aumenta-no-mar-nasproximidades- de-fukushima
Sobre isso, analise as afirmativas a seguir:
I. A energia nuclear é utilizada como alternativa energética em vários países, inclusive no Brasil, e tem como um de
seus aspectos positivos o lixo nuclear, resultado do processo de geração de energia das usinas que é acumulado, de
forma eficiente, em todo o mundo.
II. A contaminação do ar e dos oceanos é motivo de preocupação, pois a radiação pode ser causa de mutações
genéticas nos seres expostos, mas, apenas, na geração já existente, sem qualquer efeito teratogênico nas futuras
gerações.
III. Energias limpas, como eólica ou solar, têm sido uma alternativa utilizada no mundo, em particular, em áreas que
favoreçam sua utilização, como regiões de alta incidência solar, a exemplo da região do nordeste brasileiro.
Somente está CORRETO o que se afirma em
a) I. b) I I. c) I II. d) I e II. e) II e III.

Comentários sobre as resoluções das questões:

26 Fenômenos Radioativos – Parte I


07 – (Enem–MEC/2007) Um poeta habitante da cidade de Poços de Caldas – MG assim externou o que estava
acontecendo em sua cidade:
Hoje, o planalto de Poços de Caldas não
serve mais. Minério acabou.
Só m nch , “nunc em is”.
s estão “t p ndo os bur cos”, tr zendo p r
cá “ ort ”1,
aquele lixo do vizinho que você não gostaria
de ver jogado no quintal da sua casa.
Sentimentos mil: do povo, do poeta e do Brasil.
Hugo Pontes. In: M.E.M. Helene.
A radioatividade e o lixo nuclear. São Paulo: Scipione, 2002, p. 4.
1
Torta II – lixo radioativo de aspecto pastoso.
indign ção que o poet express no verso “Sentimentos mi : do povo, do poet e do r si ” está re cion d com
a) a extinção do minério decorrente das medidas adotadas pela metrópole portuguesa para explorar as riquezas
minerais, especialmente em Minas Gerais.
b) a decisão tomada pelo governo brasileiro de receber o lixo tóxico oriundo de países do Cone Sul, o que caracteriza
o chamado comércio internacional do lixo.
c) a atitude de moradores que residem em casas próximas umas das outras, quando um deles joga lixo no quintal do
vizinho.
d) as chamadas operações tapa-buracos, desencadeadas com o objetivo de resolver problemas de manutenção das
estradas que ligam as cidades mineiras.
e) os problemas ambientais que podem ser causados quando se escolhe um local para enterrar ou depositar lixo
tóxico.

08 – (ENEN/2006) O funcionamento de uma usina nucleoelétrica típica baseia-se na liberação de energia resultante da
divisão do núcleo de urânio em núcleos de menor massa, processo conhecido como fissão nuclear. Nesse processo,
utiliza-se uma mistura de diferentes átomos de urânio, de forma a proporcionar uma concentração de apenas 4% de
material físsil. Em bombas atômicas, são utilizadas concentrações acima de 20% de urânio físsil, cuja obtenção e
trabalhosa, pois, na natureza, predomina o urânio não-físsil. Em grande parte do armamento nuclear hoje existente,
utiliza-se, então, como alternativa, o plutônio, material físsil produzido por reações nucleares no interior do reator das
usinas nucleoelétricas. Considerando-se essas informações, e correto afirmar que
a) a disponibilidade do urânio na natureza esta ameaçada devido a sua utilização em armas nucleares.
b) a proibição de se instalarem novas usinas nucleoelétricas não causará impacto na oferta mundial de energia.
c) a existência de usinas nucleoelétricas possibilita que um de seus subprodutos seja utilizado como material bélico.
d) a obtenção de grandes concentrações de urânio físsil e viabilizada em usinas nucleoéletricas.
e) a baixa concentração de urânio físsil em usinas nucleoelétricas impossibilita o desenvolvimento energético.

09 – (ENEN/2005) Um problema ainda não resolvido da geração nuclear de eletricidade é a destinação dos rejeitos
radiativos, o ch m do “ ixo tômico”. s rejeitos m is tivos fic m por um período em piscin s de ço inoxidáve n s
próprias usinas antes de ser, como os demais rejeitos, acondicionados em tambores que são dispostos em áreas
cercadas ou encerrados em depósitos subterrâneos secos, como antigas minas de sal. A complexidade do problema do
lixo atômico, comparativamente a outros lixos com substâncias tóxicas, se deve ao fato de
a) emitir radiações nocivas, por milhares de anos, em um processo que não tem como ser interrompido
artificialmente.
b) acumular-se em quantidades bem maiores do que o lixo industrial convencional, faltando assim locais para reunir
tanto material.
c) ser constituído de materiais orgânicos que podem contaminar muitas espécies vivas, incluindo os próprios seres
humanos.
d) exalar continuamente gases venenosos, que tornariam o ar irrespirável por milhares de anos.
e) emitir radiações e gases que podem destruir a camada de ozônio e agravar o efeito estufa.

27
Fenômenos Radioativos – Parte I
10 – (Enem–MEC/2008) A energia geotérmica tem sua origem no núcleo derretido da Terra, onde as temperaturas
atingem 4.000 oC. Essa energia é primeiramente produzida pela decomposição de materiais radiativos dentro do
planeta. Em fontes geotérmicas, a água, aprisionada em um reservatório subterrâneo, é aquecida pelas rochas ao
redor e fica submetida a altas pressões, podendo atingir temperaturas de até 370 oC sem entrar em ebulição. Ao ser
liberada na superfície, à pressão ambiente, ela se vaporiza e se resfria, formando fontes ou gêiseres. O vapor de poços
geotérmicos é separado da água e é utilizado no funcionamento de turbinas para gerar eletricidade. A água quente
pode ser utilizada para aquecimento direto ou em usinas de dessalinização.
Roger A. Hinrichs e Merlin Kleinbach. Energia e
meio ambiente. Ed. ABDR (com adaptações).
Depreende-se das informações acima que as usinas geotérmicas

a) utilizam a mesma fonte primária de energia que as usinas nucleares, sendo, portanto, semelhantes os riscos
decorrentes de ambas.
b) funcionam com base na conversão de energia potencial gravitacional em energia térmica.
c) podem aproveitar a energia química transformada em térmica no processo de dessalinização.
d) assemelham-se às usinas nucleares no que diz respeito à conversão de energia térmica em cinética e, depois, em
elétrica.
e) transformam inicialmente a energia solar em energia cinética e, depois, em energia térmica.

11 – (Enem–MEC/2009 – 1ª Versão) A energia geotérmica tem sua origem no núcleo derretido da Terra, onde as
temperaturas atingem 4.000ºC. Essa energia é primeiramente produzida pela decomposição de materiais radiativos
dentro do planeta. Em fontes geotérmicas, a água, aprisionada em um reservatório subterrâneo, é aquecida pelas
rochas ao redor e fica submetida a altas pressões, podendo atingir temperaturas de até 370°C sem entrar em ebulição.
Ao ser liberada na superfície, à pressão ambiente, ela se vaporiza e se resfria, formando fontes ou gêiseres. O vapor de
poços geotérmicos é separado da água e é utilizado no funcionamento de turbinas para gerar eletricidade. A água
quente pode ser utilizada para aquecimento direto ou em usinas de dessalinização.
HINRICHS, Roger A. Energia e Meio Ambiente. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003 (adaptado).

Sob o aspecto da conversão de energia, as usinas geotérmicas

a) funcionam com base na conversão de energia potencial gravitacional em energia térmica.


b) transformam inicialmente a energia solar em energia cinética e, depois, em energia térmica.
c) podem aproveitar a energia química transformada em térmica no processo de dessalinização.
d) assemelham-se às usinas nucleares no que diz respeito à conversão de energia térmica em cinética e, depois, em
elétrica.
e) utilizam a mesma fonte primária de energia que as usinas nucleares, sendo, portanto, semelhantes os riscos
decorrentes de ambas.

12 – (EMEM/2010) Deseja-se instalar uma estação de geração de energia elétrica em um município localizado no interior
de um pequeno vale cercado de altas montanhas de difícil acesso. A cidade é cruzada por um rio, que é fonte de água
para consumo, irrigação das lavouras de subsistência e pesca. Na região, que possui pequena extensão territorial, a
incidência solar é alta o ano todo. A estação em questão irá abastecer apenas o município apresentado.
Qual forma de obtenção de energia, entre as apresentadas, é a mais indicada para ser implantada nesse município de
modo a causar o menor impacto ambiental?

a) Termelétrica, pois é possível utilizar a água do rio no sistema de refrigeração.


b) Eólica pois a geografia do local é própria para a captação desse tipo de energia.
c) Nuclear, pois o modo de resfriamento de seus sistemas não afetaria a população.
d) Fotovoltaica, pois é possível aproveitar a energia solar que chega à superfície do local.
e) Hidrelétrica, pois o rio que corta o município é Suficiente para abastecer a usina construída.
Comentários:

28 Fenômenos Radioativos – Parte I


13 – (EMEM/2012) Suponha que você seja um consultor e foi contratado para assessorar a implantação de uma matriz
energética em um pequeno país com as seguintes características: região plana, chuvosa e com ventos constantes,
dispondo de poucos recursos hídricos e sem reservatórios de combustíveis fósseis. De acordo com as características
desse país, a matriz energética de menor impacto e riscos ambientais é a baseada na energia
a) dos biocombustíveis, pois tem menos impacto ambiental e maior disponibilidade.
b) solar, pelo seu baixo custo e pelas características do país favoráveis à sua implantação.
c) nuclear, por ter menos risco ambiental a ser adequadeada a locais com menor extensão territorial.
d) hidráulica, devido ao relevo, à extensão territorial do país e aos recursos naturais disponíveis.
e) eólica, pelas características do país e por não gerar gases do efeito estufa nem resíduos de operação.

14 – (Enem–MEC/2013) Química Verde pode ser definida como a criação, o desenvolvimento e a aplicação de produtos e
processos quí micos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente.
Sabe-se que algumas fontes energéticas desenvolvidas pelo homem exercem, ou tem potencial para exercer, em
algum nível, impactos ambientais negativos.
CORREA. A. G.; ZUIN, V. G. (Orgs.). Quimica Verde:fundamentos e aplicações. São Carlos. EduFSCar, 2009.
À luz da Química Verde, métodos devem ser desenvolvidos para eliminar ou reduzir a poluição do ar causada
especialmente pelas
a) hidrelétricas. c) usinas geotérmicas. e) fontes de energia eólica.
b) termelétricas. d) fontes de energia solar.

15 – (Enem–MEC/2010)

ZIEGLER, M.F. Energia Sustentável. Revista IstoÉ. 28 abr. 2010.

A fonte de energia representada na figura, considerada uma das mais limpas e sustentáveis do mundo, é extraída do
calor gerado

a) pela circulação do magma no subsolo. d) pela queima do carvão e combustíveis fósseis.


b) pelas erupções constantes dos vulcões. e) pelos detritos e cinzas vulcânicas.
c) pelo sol que aquece as águas com radiação ultravioleta.
Comentários:

29
Fenômenos Radioativos – Parte I
10 – Fusão Nuclear
O processo de fusão nuclear consiste na união de núcleos de átomos pequenos e leves dando origem a um
núcleo maior e mais pesado, com liberação de grande quantidade de energia (maior que na fissão nuclear).
Essas reações liberam, por unidade de massa, muito mais energia do que as reações de fissão. São reações
desse tipo que ocorrem no Sol e nas estrelas, o que explica a quantidade imensa de energia que é liberada por esses
astros.
Na Terra, as reações de fusão nuclear só foram conseguidas nas bombas de hidrogênio (bombas H).
o
2 3 milhares C 4 1
Exemplo: Bomba de hidrogênio: 1H + 1H 2He + 0n + ENERGIA
o
milhares C
+ + + 10n Kcal
8
A reação nuclear correspondente à bomba de hidrogênio libera 5 . 10 kcal para cada 4 g de hidrogênio que
reagem. Essa quantidade de calor permite elevar, de 20 para 100 °C, a temperatura de 6.250 toneladas de água (o que
equivale a 52 piscinas de 12 m de comprimento por 5 m de largura e 2 m de profundidade).
Apenas a nível de comparação, a reação química correspondente à queima do carvão, C + O2  CO2, libera
94 kcal para cada 12 g de carbono que são queimados. Essa quantidade de calor permite elevar, de 20 para 100 °C, a
temperatura de 1.175 g de água (que equivalem a pouco mais de 1 litro de água).

A primeira bomba de hidrogênio foi construída sob orientação do físico húngaro Edward Teller (1908-2003)
e explodiu em 1952. O esquema simplificado dessa bomba é:

Dentro da bomba de hidrogênio, explode uma bomba atômica que produz a temperatura necessária para a
fusão nuclear (superior a 1.000.000 OC); É bom lembrar que temperaturas como essa nunca haviam sido atingidas na terra
até a explosão da primeira bomba atômica, em outras palavras, a bomba atômica funciona como espoleta da bomba de
hidrogênio. Desse modo, consegue-se produzir explosões de até 500 megatons (o que corresponde a 500.000.000 de
toneladas de TNT). A bomba de fusão tem sua potencia medida em megatons: 1 megaton = carga explosiva de 1.000.000
de toneladas de TNT.

A energia produzida na fusão é muito maior que da fissão nuclear.

O estudo das reações nucleares extrapola o campo da Química. Para estudá-las, foi necessário criar um novo
ramo da ciência, denominado Física Nuclear.

Comentários Teóricos Adicionais

30 Fenômenos Radioativos – Parte I


Testes de
Vestibulares

01 – (UFPE – CTG/2012.2) Uma possível sequência de reações que ocorrem em um reator nuclear é:

+ n   + + 3 n
em que E, G e X são os símbolos hipotéticos dos elementos produzidos na sequência, A e Z são o número de massa e o
número atômico do elemento X, respectivamente. Avalie as seguintes afirmativas sobre esta sequência.
I II
0 0 Esta sequência é conhecida por fusão nuclear.
1 1 O valor de A é 143.
2 2 O elemento X possui 56 prótons.
3 3 Os elementos U e E são isóbaros.
4 4 elemento G possui 128 nêutrons.

02 – (UPE – Seriado 3º Ano / 2010 – 2º dia) Em relação à radioatividade, analise as afirmativas e conclua.
I II
0 0 Na fusão nuclear, a conversão de núcleos leves em núcleos pesados ocasiona um aumento na energia de ligação
por núcleon, o que possibilita a grande liberação de energia.
1 1 Uma dificuldade experimental nas reações de fusão consiste em iniciá-las, pois é necessário submeter os
núcleos a temperaturas muito baixas, próximas de zero grau absoluto.
2 2 No processo de fissão nuclear, verifica-se que há perda de massa, isto é, a massa total dos reagentes é
significativamente menor que a massa dos produtos da reação.
3 3 Quando os nuclídeos de urânio-235 sofrem fissões nucleares, não necessariamente se formam os mesmos
elementos químicos como produtos da reação.
4 4 Reação em cadeia nuclear é uma sequência de fissões nucleares autossustentadas, produzidas pela absorção de
nêutrons liberados em fissões anteriores.

a
03 – (UFPE – 1 fase/2006) Os elementos químicos conhecidos foram, em sua maioria, sintetizados através de processos
nucleares que ocorrem em estrelas. Um exemplo está mostrado na seqüência de reações abaixo:
4
He + 4
He  8Be 8
Be + 3
He  12
C + 
Destas reações, podemos afirmar que:
1) São reações de fissão nuclear.
4 3
2) Na reação (II), deveria estar escrito He no lugar de He.
3 4
3) He e He são isótopos.
Está(ão) correta(s):
a) 1, 2 e 3 b) 1 apenas c) 3 apenas d) 1 e 2 apenas e) 2 e 3 apenas

Resoluções de Testes
Comentários Adicionais

31
Fenômenos Radioativos – Parte I
11 – Cinética Radioativa
11.A – Meia-vida ou Período de Semi-desintegração (P ou T½)
A meia-vida (P ou t½) é o tempo necessário para desintegrar a metade dos átomos radioativos de uma
amostra. É o tempo necessário para que a massa de uma amostra radioativa seja reduzida à metade.

1o P 2o P 3o P

m0 m0 m0 m0
2 1 4 2 8 2
3
2 2

Conclusão:
m0 Ttotal Onde: mF = massa final ou atividade radioativa* final
mF = x= m0 = massa inicial ou atividade radioativa inicial
2X p x = quantidade de meias–vidas que se passaram

Graficamente: Massa Análise percentual:


m0 Nº de % de amostra ainda % de amostra
meias-vidas (X) em atividade desintegrada
m0/2 1 50% 50%
2 25% 75%
3 12,5% 87,5%
Tempo 4 6,25% 93,75%
P 5 3,125% 96,875%
Período de
semidesintegração

Importante: Por ser uma propriedade do núcleo, a meia-vida do isótopo radioativo depende exclusivamente da natureza
desse isótopo, não dependendo, assim, de nenhum fator externo seja químico ou físico como, por exemplos,
o tipo de substância em que o isótopo está presente (metal, mineral, óxido, base, sal, etc), o meio em que o
isótopo esteja dissolvido (ácido, básico, aquoso, etc), a fase de agregação em que se encontra (gasosa,
líquida ou sólida), o estado de divisão (em fatia, em pó, em barra, etc), as condições ambientes (temperatura
ou pressão), nível de diluição (em solução concentrada ou diluída) e grau de pureza do isótopo radioativo
contido em determinada amostra.

7.A – Revisão de Logarítimo


Definição de logarítmo: Para Logb 10a = x teremos bx = a
Propriedades: Log 10a = a log ab = b . log a log a . b = log a + log b

Exemplo: dados log 2 = 0,3 e log 3 = 0,47, determine...


3 –4 –5
a) log 10 = 3 b) log 10 = –4 c) – log 10 = 5

d) log 8 e) log 6 f) log 48


3
log 2 = 3 . log 2 log 2 . 3 = log 2 + log 3 log 6 . 8 = log 6 . 23 = log 3 . 2 . 23
= 3 . 0,3 = 0,9 = 0,3 + 0,47 = 0,77 log 3 . 24 = log 3 + log 24 = log 3 + 4 . log 2
= 0,47 + 4 . 0,3
–5 –3 –6 = 1,67
g) log 2 . 10 h) – log 8 . 10 i) log 1,2 . 10
log 2 + log 10–5 – ( log 23 + log 10–3 )
log 2 + ( –5 ) . log 10 – ( 3 . log 2 + log 10–3 )
0,3 – 5 . 1 = – 4,7 – ( 3 . 0,3 – 3 ) = – ( –2,1 ) = 2,1
32 Fenômenos Radioativos – Parte I
Testes de
Vestibulares

a
01 – (UFPE – 2 fase/2013) Elementos radioativos são muito utilizados em medicina para procedimentos de radioterapia,
para realização de diagnósticos por imagens e para rastreamento de fármacos. Um dos mais importantes
radionuclídeos para geração de imagens é o . Na radioterapia, podemos citar o uso de (emissor β com mei -
vida de 8 dias) no tratamento de câncer da tireoide. Para realização de imagens da tireoide, por outro lado, o é
frequentemente empregado. Com base nessas informações, analise as proposições a seguir.
I II
0 0 Uma amostra contendo 10 g de , após 16 dias conterá 5 g de .
1 1 Uma amostra contendo 10 g de , após 8 dias, conterá 5 g de um nuclídeo com número atômico 54 e número
de massa 131.
2 2 e são isótopos do iodo.
3 3 possui 43 nêutrons e 56 prótons.
4 4 A camada de valência do tecnécio neutro deve apresentar uma distribuição eletrônica semelhante à do
manganês (Z = 25).

02 – (UFPE – CTG/2013.2) O carbono-14 é um isótopo radioativo natural, recebendo esta numeração porque apresenta 6
prótons e 8 nêutrons. Apresenta meia-vida de aproximadamente 5.730 anos, e é bastante utilizado em datações
arqueológicas. Com relação ao carbono-14 e suas propriedades, analise as afirmações seguintes.

I II
0 0 A meia-vida do carbono-14 pode variar, dependendo das condições de pressão e temperatura às quais a
amostra sujeita à datação foi submetida.
1 1 A meia-vida do carbono-14 proveniente de uma fonte orgânica é diferente da meia-vida do carbono-14
proveniente de uma fonte inorgânica.
2 2 Em uma amostra de madeira cuja idade é 11.460 anos, a atividade de carbono-14 é equivalente a 25% da
atividade observada num ser atualmente vivo.
3 3 Num artefato arqueológico de madeira, a atividade de carbono-14 em função do tempo pode ser representada
pelo gráfico:
número de
decaimento
s

tempo
4 4 O carbono- pode ser convertido em tr vés d emissão de um p rtícu β.

03 – (UFPE – 2a fase/2014) Atualmente, o Japão enfrenta um grave problema ambiental, decorrente do vazamento de
substâncias radioativas provenientes de uma usina nuclear em Fukushima. A empresa responsável pela usina informou
que água contaminada com césio-137 vem sendo despejada no mar, e que cada litro da água contaminada possui uma
atividade radioativa de 16.000 decaimentos por segundo, que é uma atividade 128 vezes maior que o máximo
permitido pela legislação ambiental do Japão. Sabendo que a meia-vida do césio-137 é igual a 30 anos, analise as
proposições abaixo.
I II
0 0 A atividade radioativa máxima permitida pela legislação ambiental do Japão é de 125 decaimentos por segundo
para cada litro de água.
1 1 210 anos é o tempo necessário para que o nível de atividade radioativa da água contaminada caia para níveis
permitidos.
2 2 Ao se misturar 0,5L de água contaminada com 0,5L de água pura, a atividade radioativa de 1L da mistura será de
4.000 decaimentos por segundo.
3 3 O césio-137 pode ser convertido em bário-137 através da emissão de um p rtícu α.
4 4 O césio-137 possui o mesmo número de nêutrons que o césio-134. Resposta:VVFFF

33
Fenômenos Radioativos – Parte I
a
04 – (UFPE – 2 fase/2006) A energia nuclear não apresenta os transtornos mencionados para os combustíveis fósseis;
porém a manipulação de materiais radioativos e os riscos de vazamento de radiação tornam esta fonte de energia
potencialmente perigosa. As usinas atuais se baseiam no processo de fissão nuclear do urânio (Z=92) para produzir
energia e empregam o 235U como combustível nuclear. No entanto, este átomo é pouco abundante na natureza, sendo
o mais comum o 238U. Um dos produtos da fissão do urânio é o 141B, com meia vida de 18 meses.
I II
0 0 Mesmo após 4 anos, a radioatividade resultante de uma amostra que contém 141Ba será superior a 10% do
seu valor inicial.
1 1 Os átomos de e diferem entre si em 3 prótons.
2 2 Na fissão nuclear, núcleos mais leves são obtidos a partir de núcleos mais pesados.
3 3 Partículas  são idênticas ao núcleo de 4He.
4 4 Nêutrons são utilizados como partículas para provocar a fissão do urânio.

05 – (UFPE – CTG/2011.2) Há 100 anos, a cientista polonesa Marie Curie recebeu o prêmio Nobel de Química pela
descoberta dos elementos Rádio (Z = 88) e Polônio (Z = 84). O Rádio 226 emite partículas alfa, beta e gama. Já o
isótopo do Polônio, de massa 210, é um emissor de partículas alfa com um tempo de meia vida de pouco mais de 138
dias. Sobre este assunto, analise as afirmativas abaixo.
I II
0 0 O Rádio apresenta em seu estado fundamental um elétron na camada de valência e, portanto, é um elemento
que pertence ao grupo dos metais alcalinos terrosos.
1 1 Após a emissão de uma partícula alfa, o núcleo do Polônio 210 se transforma no núcleo do elemento com
número atômico 82 e número de massa 206.
2 2 Pela emissão de uma partícula beta, o núcleo do Rádio 226 transforma-se em um núcleo de número atômico 89
e número de massa 225.
3 3 Uma amostra contendo 10 g de Polônio 210 conterá cerca de 2,5 g deste elemento após 276 dias.
4 4 O isótopo 226 do Rádio contém 138 nêutrons.

06 – (UFPE – 1a fase/2005) Em um material radioativo emissor de partículas , foi observado que, após 36 horas, a
intensidade da emissão  estava reduzida a 50% do valor inicial, e a temperatura do material havia passado de 20 para
35 graus centígrados. Sabendo-se que o elemento emissor possui número de massa par, podemos afirmar que:
a) O tempo de meia vida do elemento radioativo é de 36/2, ou seja, 18 horas.
b) O tempo de meia vida é indeterminado, uma vez que a temperatura variou durante a medição.
c) O elemento emissor deve possuir número atômico par, uma vez que tanto o número de massa quanto o número
atômico das partículas α são pares.
d) O elemento emissor deve possuir número atômico elevado; esta é uma característica dos elementos emissores de
radiação α.
e) A emissão de partícula α muito provavelmente, deve estar acompanhada de emissão β, uma vez que o tempo de
meia vida é de somente algumas horas.

07 – (FBV – Faculdade Pernambucana de Saúde/2008.1) Na medicina nuclear, são usados isótopos radioativos de meia-
99
vida curta, como Tc (t1/2 = 6h), que serve como traçador em exames de fígado e coração, por sua capacidade de se
fixar em tecidos afetados por distúrbios.
Sobre esse nuclídeo, analise os itens a seguir.
V F
1 1 – Após 24h, o Tc99 perde 93,75% de sua atividade radioativa.
2 2 – Para se administrar uma dose de 1mg, a ser preparada 18 horas antes de ser ministrada, deve-se produzir 8mg
de amostra do referido radioisótopo.
99
3 3 – A meia-vida do Tc é menor na forma de fluoreto que na forma isolada, por causa da reatividade do flúor.
99 235
4 4 – O Tc e o U pertencem à mesma série radioativa.
99
5 5 – A radioatividade do Tc se deve à elevada densidade eletrônica em sua camada de valência.

34 Fenômenos Radioativos – Parte I


08 – (UFPE – 1ª Fase/2007) O programa nuclear do Irã tem chamado a atenção internacional em função das possíveis
aplicações militares decorrentes do enriquecimento de urânio. Na natureza, o urânio ocorre em duas formas
isotópicas, o U–235 e o U–238, cujas abundâncias são, respectivamente, 0,7% e 99,3%. O U–238 é radioativo, com
tempo de meia-vida de 4,5 x 109 anos. Independentemente do tipo de aplicação desejada. Sobre o uso do urânio,
considere a equação abaixo e analise as afirmativas a seguir.

+ n  + r + 3 n

1) O U–238 possui três prótons a mais que o U–235.


2) Os três nêutrons liberados podem iniciar um processo de reação em cadeia.
3) O criptônio formado tem número atômico igual a 36 e número de massa igual a 96.
4) A equação acima representa a fissão nuclear do urânio.
5) Devido ao tempo de meia-vida extremamente longo, o U–238 não pode, de forma alguma, ser descartado no meio
ambiente.
Estão corretas apenas:
a) 1, 3 e 4 b) 2, 4 e 5 c) 3, 4 e 5 d) 1, 2 e 5 e) 2, 3, 4 e 5

09 – (FESP – UPE/1999) Entre as alternativas abaixo relativas à radioatividade, assinale a verdadeira.


a) Quando um núcleo radioativo emite uma partícula beta, seu número de massa aumenta de uma unidade, e eu
número atômico permanece constante.
b) Na transmutação do U (Z = 92, A = 238) em Pb ( Z = 82, A = 206), são emitidas 6 partículas beta e 8 partículas alfa.
c) O polônio Po (Z = 84, A = 210) pertence à série do actínio.
d) Depois de 100 dias, 64,0g de um isótopo radioativo decai a 2,0g. Isso ocorre porque a meia-vida desse isótopo é
igual a 20 dias.
e) Bombardeando-se o Be (Z = 4, A = 9) com um próton, obtém-se Be (Z = 4, A = 8) acompanhado de um nêutron e
uma partícula beta.

10 – (FESP – UPE/85) Uma amostra radioativa tem um período de semidesintegração de 20 dias. O tempo necessário para
que 36 g da amostra fiquem reduzidas a 3 g é:
(Dados: log 2 = 0,30; log 3 = 0,48)
a) 3,6 dias b) 36 dias c) 7,2 dias d) 72 dias e) 720 dias

11 – (FESP – UPE/88) Bomba de cobalto é um aparelho muito usado em radioterapia para tratamento de pacientes,
especialmente portadores de câncer. O material radioativo usado nesse aparelho é o 60Co, com um período de meia-
vida de aproximadamente 5 anos. Admita que a bomba de cobalto foi danificada e o material radioativo exposto à
população. Após 25 anos a atividade deste elemento ainda se faz sentir um percentual, em relação a massa inicial de:
a) 3,125% b) 6% c) 0,31% d) 60% e) 31,25%

12 – (FESP – UPE/92) A meia-vida de um elemento é igual a 480 horas. O tempo necessário para que 1,0 g desse
elemento se reduza a 0,1 mg é igual a:
(Dado: log 2 = 0,3)
a) 1920 horas b) 6400 horas c) 64000 horas d) 19,20 horas e) 640 horas

13 – (UFPE – 1a fase/99) Em determinado hospital, uma pessoa necessita fazer um tratamento médico com um isótopo
radioativo, cuja meia vida é de 20 minutos, e com atividade de X decaimentos por segundo. Se o transporte deste
isótopo, do local de produção até o hospital requer 60 minutos, a atividade do mesmo, no início do transporte, deve
ser:
a) (60/20).X b) 32.X c) X/(60/20) d) 60.X e) 2(60/20).X

35
Fenômenos Radioativos – Parte I
14 – (FESP – UPE/96) A meia-vida do isótopo é igual a 2310 anos. Depois de quanto tempo, a atividade de uma
amostra desse isótopo radioativo se reduz de 75% da atividade radioativa inicial?
a) 2310 anos b) 4620 anos c) 9200 anos d) 6930 anos e) 231 anos

a
15 – (COVEST – 2 fase/2001) O trítio é um elemento formado por dois nêutrons, um próton e um elétron. O trítio sofre
desintegração radioativa com tempo de meia vida de 12 anos. Sobre o trítio, julgue os itens abaixo.
I II
0 0 O trítio é representado por 3H e é isótopo do hidrogênio 1H.
1 1 O trítio é representado por 3H e é isótopo do hélio 3He.
1
2 2 A água contendo trítio forma três vezes mais ligações de hidrogênio que a água com H.
3 3 Uma amostra contendo 100 g de trítio terá somente 50 g de trítio após 12 anos.
2
4 4 O trítio e o deutério H não são isótopos.

16 – (UPE – Quí. II/2010) A cafeína é um alcalóide do grupo das xantinas, com fórmula molecular C8H10N4O2 e com tempo
de meia-vida de 6h. Sabe-se, ainda, que uma xícara de café comum contém 150,0mg de cafeína e que a dose letal para
um indivíduo de 80kg corresponde à ingestão de 21,0g. Um estudante de 80kg, para se manter desperto, tomou
aproximadamente uma quantidade equivalente a 20 xícaras de café comum às 22h. Às 10h da manhã seguinte, ainda
resta no corpo do estudante uma quantidade de cafeína correspondente a
a) 1/5 da dose letal. c) ½ da dose letal. e) 1/7 da dose letal
b) 1/28 da dose letal. d) ¼ da dose letal.

17 – (UPE – SSA 3º Ano/2011) Os impactos de um terremoto e de um tsunami sobre a costa norte do Japão, em 2011
danificaram um reator nuclear da cidade de Fukushima. Esse reator produz energia por meio de um processo,
envolvendo uma reação em cadeia, em que um nêutron com alta energia colide com o núcleo de U-235.
Com isso, transforma-o em U-236, bastante instável, que leva à formação de Ba-142, de Kr-92 e de outros nêutrons.
Embora o reator tenha sido desligado após o terremoto, o seu sistema de resfriamento deixou de funcionar, e as
reações nucleares continuaram acontecendo. A temperatura subiu muito, e o núcleo do reator, onde se encontra o
urânio, começou a fundir. O calor do reator decompôs a água em hidrogênio e oxigênio, provocando a explosão do
hidrogênio que derrubou parte do edifício. Uma nuvem de materiais radioativos, contendo Cs–137 (meia-vida de cerca
de 30 anos) e I–131 (meia-vida de cerca de 8 dias), que emitem radiações gama, escapou do prédio, contaminando o ar
e a água do mar.
A seguir, são feitas algumas considerações envolvendo a recente tragédia que acometeu o Japão:

I. O urânio natural existente no núcleo do reator fundiu, vaporizou-se e liberou elementos radioativos na atmosfera,
decorrentes do processo de fusão nuclear.
II. A fusão nuclear, constatada em Fukushima, foi resultante dos impactos de eventos naturais que atingiram a costa
norte do País.
III. O uso do processo de fissão nuclear em usinas nucleares pode causar contaminação ambiental, conforme
observado em Fukushima.
IV. O acidente nuclear em Fukushima liberou espécies radioativas danosas aos seres humanos, como o I–131 que
permanece no meio ambiente, por até 30 anos.
V. O Cs–137 e o I–131, liberados pela explosão no edifício do reator, emitem radiação gama e são capazes de provocar
mutações genéticas e câncer nos seres humanos.
Estão CORRETAS
a) I e II. b) II e V. c) I e IV. d) III e V. e) III, IV e V.

18 – (UFPE – 2a fase/97) Um isótopo radioativo do iodo (t½ = 8,1 dias) foi utilizado em um teste para se determinar a
absorção de íons iodeto por plantas aquáticas. As plantas foram colocadas em um aquário com água contendo esse
isótopo na forma de íon iodeto. A atividade radioativa inicial de uma amostra de 1,00 L de água foi de 80 cpm
(contagens por minuto). Após 16,2 dias a atividade de uma amostra de mesmo volume foi medida obtendo-se o valor
de 11 cpm. Assumindo-se que os únicos processos responsáveis pela queda na atividade sejam a absorção de iodeto
pelas plantas e o decaimento radioativo, qual a porcentagem de iodo absorvido pelas plantas nesse período?

36 Fenômenos Radioativos – Parte I


19 – (UPE – SSA 3º ano/2012) O governo da Bolívia encontrou cerca de duas toneladas de um minério contendo urânio
em um prédio a poucos metros das embaixadas do Brasil e dos Estados Unidos, em La Paz. Segundo o vice-ministro
boliviano do Interior, uma informação preliminar apontava para um alto nível de radioatividade no local.
Disponível em: http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/internacional/ (Adaptado)
Sabe-se que o urânio natural é constituído principalmente pelos isótopos U–235 e U-238 e, após o seu
enriquecimento, pode ser utilizado para produção de artefatos bélicos. A tabela a seguir apresenta algumas
informações acerca desses isótopos do urânio e das séries radioativas iniciadas com U–235 e U–238.

Isótopo Período de meia–vida Abundância relativa Fim da série radioativa


235 8 207
92U 7,1 x 10 anos 0,72% 82Pb
235 9 206
2U 4,5 x 10 anos 99,27% 82Pb

Diante do exposto e considerando o conhecimento sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que

a) o enriquecimento do urânio a partir do minério apreendido pode ser feito para minimizar o teor de U–235,
obtendo U–238 acima de 97% de pureza.
b) a associação do minério de urânio, encontrado no local, ao elevado nível de radioatividade apontado é indevida por
causa do alto tempo de meia-vida do U–238.
c) o material encontrado pelo governo boliviano apresenta um teor de U–235 muito menor que o do outro isótopo
porque a meia-vida do U–235 é menor que a do U–238.
d) a série radioativa que inicia com o 92U238 e termina com o isótopo 82Pb206 emite sete partículas alfa e seis partículas
beta que são responsáveis pela radiação detectada no local.
e) o urânio encontrado próximo às embaixadas do Brasil e dos EUA poderia sofrer fissão nuclear a qualquer momento,
ocasionando uma explosão nuclear semelhante às ocorridas na II Guerra Mundial.

20 – (UPE – SSA 3º ano/2012) A tomografia por emissão de pósitron (do inglês, PET) é uma técnica utilizada na medicina
nuclear, que tem contribuído significativamente para a obtenção de diagnósticos mais específicos e para o tratamento
mais adequado de algumas doenças, sobretudo de alguns cânceres. Para a obtenção de imagens por PET, é muito
comum o uso de compostos marcados com flúor- , um espécie emissor de pósitrons ( β ) produzida
artificialmente, que tem meia-vida de 100 min.
Um hospital do polo médico de Recife utilizou-se dessa técnica em um exame, tendo sido administrada em um
paciente a dose de um fármaco contendo 1,20 x 1018 núcleos de flúor–18.
Analise as três sentenças a seguir:
I. A desvantagem da PET é a grande quantidade de lixo atômico produzida.
II. A emissão de um pósitron (1β0) por um núcleo de flúor-18, um radioisótopo do flúor (Z = 9), origina um núcleo de
18
8O
III. O número de núcleos de F–18 que emitiram pósitrons após 5 h da administração do fármaco é aproximadamente
igual a 1,05 x 1018
Está CORRETO o que se afirma em
a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.

21 – (ENEM/2013) Glicose marcada com nuclídeos de carbono – 11 é utilizada na medicina para se obter imagens
tridimensionais do cérebro, por meio de tomografia por emissão de pósitrons. A desintegração do carbono – 11 gera
um pósitron. A desintegração do carbono – 11 gera um pósitron com tempo de meia – vida de 20,4 min, de acordo
com a equação da reação nuclear:

 + e
(pósitron)
A partir da injeção de glicose marcada com esse nuclídeo, o tempo de aquisição de uma imagem de tomografia é de
cinco meias–vidas .
Considerando que o medicamento contém 1,00 g do carbono – 11, a massa, em miligramas, do nuclídeo restante, após
a aquisição da imagem, é mais próxima de
a) 0,200. b) 0,969. c) 9,80. d) 31,3. e) 200.

37
Fenômenos Radioativos – Parte I
22 – (ENEM/2009 – 1ª Versão) O lixo radioativo ou nuclear é resultado da manipulação de materiais radioativos, utilizados
hoje na agricultura, na indústria, na medicina, em pesquisas científicas, na produção de energia etc. Embora a
radioatividade se reduza com o tempo, o processo de decaimento radioativo de alguns materiais pode levar milhões de
anos. Por isso, existe a necessidade de se fazer um descarte adequado e controlado de resíduos dessa natureza. A taxa
de decaimento radioativo é medida em termos de um tempo característico, chamado meia-vida, que é o tempo
necessário para que uma amostra perca metade de sua radioatividade original. O gráfico seguinte representa a taxa de
decaimento radioativo do rádio-226, elemento químico pertencente à família dos metais alcalinos terrosos e que foi
utilizado durante muito tempo na medicina.

1 Kg

1/2 Kg

1/4 Kg
1/8 Kg

1620 3240 4680 anos


As informações fornecidas mostram que
a) quanto maior é a meia-vida de uma substância, mais rápido ela se desintegra.
b) apenas 1/8 de uma amostra de rádio-226 terá decaído ao final de 4.860 anos.
c) metade da quantidade original de rádio-226, ao final de 3.240 anos, ainda estará por decair.
d) restará menos de 1% de rádio-226 em qualquer amostra dessa substância após decorridas 3 meias-vidas.
e) a amostra de rádio-226 diminui a sua quantidade pela metade a cada intervalo de 1.620 anos devido à
desintegração radioativa.

23 – (ENEN/2007) A duração do efeito de alguns fármacos está relacionada


à sua meia-vida, tempo necessário para que a quantidade original do
fármaco no organismo se reduza à metade. A cada intervalo de tempo
correspondente a uma meia-vida, a quantidade de fármaco existente no
organismo no final do intervalo é igual a 50% da quantidade no início
desse intervalo.
O gráfico ao lado representa, de forma genérica, o que acontece com a
quantidade de fármaco no organismo humano ao longo do tempo.
F. D. Fuchs e Cher l. Wannma. Farmacologia Clínica.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,1992, p. 40.
A meia-vida do antibiótico amoxicilina é de 1 hora. Assim, se uma dose
desse antibiótico for injetada às 12 h em um paciente, o percentual
dessa dose que restará em seu organismo às 13 h 30 min será
aproximadamente de
a) 10%. b) 15%. c) 25%. d) 35%. e) 50%.

24 – (UPE – Seriado 3º Ano / 2010 – 1º dia) Em relação às propriedades radioativas, são feitas as seguintes proposições:
I. A existência de núcleos estáveis, constituídos de dois ou mais prótons, é justificada pela ação da força nuclear, que
só se manifesta a grandes distâncias entre os núcleons.
II. É fato constatado experimentalmente que a massa de um núcleo é sempre inferior à soma das massas de nêutrons
e prótons constituintes.
III. Nas reações de desintegração radioativa, há uma igualdade no número total de partículas nucleares (núcleons)
envolvidas na reação.
IV. A meia-vida do decaimento radioativo está relacionada, apenas, com a quantidade inicial da amostra radioativa a
ser desintegrada.
São VERDADEIRAS
a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV. e) II e III.

38 Fenômenos Radioativos – Parte I


25 – (FBV / FPS – Medicina/2010) A Medicina nuclear é a área da medicina em que são utilizados os radioisótopos, tanto
em diagnóstico como em terapias. Radioisótopos administrados a pacientes passam a emitir suas radiações no órgão
onde têm preferência de ficar.
131
Um exemplo prático bem conhecido é o uso do I , que emite partícula beta, radiação gama e tem meia-vida de oito
dias. O elemento iodo, radioativo ou não, é absorvido pelo organismo, preferencialmente pela glândula tireóide, onde
se concentra.
Com base nas informações acima, caracterize as afirmativas em verdadeiras (V) ou falsas (F).
V F
1 1– emissão β provoc no iodo um umento n re ção Z/N em que Z é o número atômico e N é o número de
nêutrons.
2 2 – O iodo pertence à série radioativa do .
3 3 – Ao emitir uma partícula beta, o iodo transforma-se em outro elemento, que é isóbaro seu.
131
4 4 – Após 24 dias, o I perde 87,5% de sua atividade radioativa.
5 5 – Para se administrar uma dose de 2mg, a ser preparada 32 dias antes de ser ministrada, deve-se utilizar 32mg de
amostra do referido nuclídeo.

a
26 – (UFPE – 2 fase/2011) O dano causado por alguns poluentes pode ser discutido em termos da cinética de
decomposição de um dado poluente. Por exemplo, podemos dizer que o tempo de meia vida de um determinado
plástico é de 100 anos, e que sua decomposição segue uma cinética de primeira ordem. Considerando esses aspectos,
analise os dois cenários abaixo.
• Uma ilha deserta onde foram despejados 200 Kg de plástico no final de 1910, e 100 Kg de plástico no final de 2010.
• Uma praia deserta onde foram despejados 200 Kg de plástico no final de 2010.
I II
0 0 No final de 2010, a ilha deserta deverá conter uma quantidade de plástico não decomposto equivalente a 1/4
do plástico despejado na praia deserta.
1 1 No final de 2010, a ilha deserta conterá plástico não decomposto equivalente a metade do plástico despejado
na praia deserta em 2010.
2 2 No final de 2110, o total de plástico não decomposto na ilha e na praia será igual a 200Kg.
3 3 No final de 2210, o total de plástico não decomposto na ilha e na praia será igual a 100Kg.
4 4 O aquecimento glogal deverá aumentar o tempo de meia vida deste plástico, agravando sua permanência no
ambiente.

a
27 – (UFPE – 2 fase/94) Uma amostra mineral forneceu para a idade da terra o valor de 4,0 bilhões de anos. O elemento
radioativo presente nesta amostra tem um tempo de meia-vida de 800 milhões de ano e a fração do elemento ainda
–n
em atividade é 2 da quantidade original. Qual o valor de n ?
(Fórmula: n (C0/C)m = Kt, onde n significa o logaritmo natural)

28 – (UNICAP – Quí. I/94)


I II
0 0 Os reatores do futuro utilizarão o processo de fusão nuclear, que é mais energético que a fissão nuclear.
1 1 Um átomo só poderá ser considerado radioativo se emitir as três radiações alfa, beta e gama.
2 2 Assim como o raio X, as radiações gama são radiações eletromagnéticas. A diferença está na energia que, em
gama, é maior.
3 3 A meia–vida do 14C é de 5600 anos. Isto significa que uma amostra desse material ficará inativa depois de
5600 anos.
4 4 A fissão nuclear, processo utilizado nas usinas nucleares para produção de energia, é uma transmutação
artificial.

29 – (Unicap – Quí. II/2004) 20 g de um elemento radioativo são reduzidos a 1 mg após 143 dias. Qual a meia vida do
elemento radioativo, em dias?
(Dados: og 2 = 0,3 e og 3 = 0,4)

39
Fenômenos Radioativos – Parte I
30 – (UNICAP – Quí. I/95)
I II
0 0 Alfa e beta são partículas e gama é radiação eletromagnética.
1 1 O poder de penetração das partículas e radiação é: alfa > beta > gama.
2 2 O poder de ionização das partículas e radiação é alfa > beta > gama.
3 3 O chumbo é um bom isolante radioativo.
4 4 A idade da terra é de aproximadamente cinco bilhões de anos. Sabendo-se que a meia-vida do urânio é de
mesma ordem, podemos afirmar que hoje, na terra, existe a metade da massa de urânio.

31 – (Unicap – Quí.II/2001) Um isótopo radioativo apresenta uma massa de 40g. Após, aproximadamente, quantas horas
de desintegração teremos 8g desse isótopo radioativo, sabendo-se que sua meia vida é de 5 horas e 9 minutos?
(Dados: log 2 = 0,3 e log 5 = 0,7)

32 – (UPE – Seriado 2º Ano/2012) Um atleta ingeriu uma dose única de 40,0 mg de um medicamento à base de um
corticoide sem o conhecimento dos médicos do seu clube. O processo de desintegração desse corticoide é de primeira
ordem, e su “mei -vid ” é igu horas. Essa substância é classificada como doping quando a sua quantidade
estim d no org nismo é superior μg. eceoso, o c ube decidiu di r estréia desse atleta em um campeonato
de futebol que seria iniciado a exatamente 120 horas após o uso do medicamento pelo atleta.
onsider ndo pen s o f tor “mei -vid ” e de cordo com m ss de corticoide ind presente no corpo do atleta, é
CORRETO afirmar que o clube agiu de maneira
a) certa, pois a quantidade de corticoide era superior à permitida.
b) errada, pois a quantidade de corticoide era tão pequena que inviabilizava a sua detecção.
c) errada, pois puniu um atleta que estava isento da presença do princípio ativo do medicamento.
d) certa, pois, mesmo a quantidade de corticoide sendo inferior, ela era muito próxima ao limite permitido.
e) errada, pois impediu um trabalhador de exercer a sua profissão, mesmo sem apresentar a presença da substância
depois de dois dias de uso do medicamento.

Resoluções de Testes
Comentários Adicionais

40 Fenômenos Radioativos – Parte I


11.C – Processo de Datação por Carbono–14
No ano de 1947, o químico Willard Libby fez uma descoberta que mudaria a história da Arqueologia, a
partir de seus estudos seria possível decifrar a idade de fósseis antigos. Para entender sobre a descoberta de Libby,
primeiro é preciso saber a diferença entre Carbono–14 (14C) e Carbono–12 (12C).
 Carbono 12 é aquele encontrado na composição do diamante, da grafite, do aço, ou seja, de substâncias inorgânicas.
 Carbono 14 está presente em tecidos vivos (de animais, plantas, e do homem). É um isótopo radioativo instável, que
decai a um ritmo lento a partir da morte de um organismo vivo.
As pesquisas de Libby revelaram que a quantidade de carbono 14 dos tecidos orgânicos mortos diminui a
um ritmo constante com o passar do tempo. Assim, a medição dos valores do isótopo radioativo em um objeto fóssil nos
dá pistas muito exatas dos anos decorridos desde sua morte.
A técnica do carbono–14 para a datação de cadáveres antigos só se aplica às amostras que tenham no
máximo 70 mil anos de idade, como já vimos, a quantidade de C–14 diminui com o passar do tempo, ficando difícil
detectá-lo após este período.
A partir da morte de um ser vivo, a quantidade de C–14 existente no tecido orgânico se dividirá pela metade
a cada 5.730 anos, é o que se chama de meia vida do carbono.
Esta técnica é aplicável à madeira, sedimentos orgânicos, ossos, conchas marinhas, etc.
http://www.brasilescola.com/quimica/carbono-14.htm

Exercícios de Fixação da Aprendizagem

01 – (Uninassau – Medicina/2012.2) O isótopo radioativo trítio, 1H3, tem uma meia-vida de 12,3anos. Estime a
quantidade de anos de uma amostra de certo whisky escocês que contém trítio em uma quantidade que é 0,4 vezes da
quantidade inicial (no momento que se fabrica o whisky).
DADOS: log 5 = 0,7; log 2 = 0,3
a) 18,2 anos b) 20,2 anos c) 12,8 anos d) 16,4 anos e) 15,2 anos

02 – (Fatec–SP) Em uma caverna foram encontrados restos de um esqueleto humano, tendo-se determinado nos ossos
uma taxa de C-14 igual a 6,25% da taxa existente nos organismos vivos e na atmosfera.
Sabendo-se que a meia-vida do C-14 é de 5.600 anos, pode-se afirmar que a morte do indivíduo ocorreu há quanto
tempo?
a) Há 22.400 anos. b) Há 16.800 anos. c) Há 11.200 anos. d) Há 5.600 anos. e) Há 350 anos.

03 – (UGF–RJ) Uma arqueóloga britânica exibiu, recentemente, um crânio de 3.750 anos com um buraco cirúrgico. O
crânio foi descoberto junto ao rio Tâmisa, em Londres, e é uma prova de que os homens da idade do Bronze no Reino
Unido praticavam trepanação, processo cirúrgico primitivo no qual uma parte do crânio era removida de um paciente
vivo e consciente, já que não havia anestésicos.
(O Globo, 16 set. 2002.)
A determinação da arqueóloga só foi possível graças a qual técnica?
a) Fissão nuclear. c) Período da semidesintegração. e) Raios X.
b) Fusão nuclear. d) Bomba de cobalto.

04 – (Fuvest–SP) Considere os seguintes materiais:


I. artefato de bronze (confeccionado pela civilização inca);
II. mangueira centenária (que ainda produz frutos nas ruas de Belém do Pará);
III. corpo humano mumificado (encontrado em tumbas do Egito antigo).
O processo de datação, por carbono-14, é adequado para estimular a idade de qual(is) material(is)?
a) Do material I. c) Do material III. e) Do material II e do III.
b) Do material II. d) Do material I e do II.

41
Fenômenos Radioativos – Parte I
Exercícios de Revisão

05 – (UPE – Seriado 3º Ano / 2010 – 1º dia) Um fragmento de tecido encontrado em uma escavação arqueológica
apresentou atividade radioativa do carbono–14 de 3,5 desintegrações/min.g. Admita que a taxa de desintegração atual
do carbono-14 na matéria viva é de 14 desintegrações/min.g. A idade, em anos, aproximada, para esse fragmento de
tecido é (meia-vida do carbono–14 = 5.730 anos.)
a) 8.595 b) 11.460 c) 17.190 d) 5.730 e) 22.920

06 – (FESP-96) Assinale na coluna I as afirmativas verdadeiras e, na coluna II as falsas.


I II
0 0 As emissões gama são fortemente atraídas em direção à placa positiva.
1 1 A constante radioativa indica a fração de átomos que se desintegram na unidade de tempo.
2 2 Quanto maior a constante radioativa de um dado isótopo menos radioativo ele será.
216 226
3 3 O astato 85At pertence à série do tório e o 88Ra à série do urânio.
234
4 4 O protactínio 91Pa é um isótopo que pertence à série do urânio.

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Comentários Adicionais

42 Fenômenos Radioativos – Parte I


Resoluções de Testes
Comentários Adicionais

Gabarito do Capítulo
Fenômenos Radioativos (94 questões)

Páginas 03, 04, 05 e 06:

No Resposta No Resposta No Resposta No Resposta


01 D 04 A 07 85
02 B 05 A 08 FVFVV
03 B 06 E 09 E

Páginas 08, 09 e 10:

No Resposta No Resposta No Resposta No Resposta


01 FVVVV 04 FVFVF 07 E 10 FVFVV
02 VFVVF 05 B 08 FFFVV 11 B
03 B 06 36 09 FFVVV 12 D

Páginas 11:

No Resposta No Resposta No Resposta No Resposta


01 C

43
Fenômenos Radioativos – Parte I
Páginas 16, 17 e 18:
o o o o
N Resposta N Resposta N Resposta N Resposta
01 B 04 B 07 13 10 VVVVF
02 A 05 E 08 VFFVV 11 FFVVV
03 B 06 VVFFF 09 FVFVV 12 VFFFV
Páginas 20 e 21:

No Resposta No Resposta No Resposta No Resposta


01 B 03 E 05 D
02 B 04 D 06 FFVFV

Páginas 25, 26, 27, 28 e 29:

No Resposta No Resposta No Resposta No Resposta


01 A 04 C 08 C 12 D
02 B 05 D 09 A 13 E
03 A 06 C 10 D 14 B
03 B 07 E 11 D 15 A

Páginas 31:

No Resposta No Resposta No Resposta No Resposta


01 FFVFF 02 VFFVV 03 E

Páginas 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39 e 40:

No Resposta No Resposta No Resposta No Resposta


01 FVVFV 09 B ou D 17 D 25 VFVVV
02 FFVFV 10 D 18 45 26 FFVVF
03 VVFFF 11 A 19 C 27 05
04 VFVVV 12 B 20 D 28 VFVFV
05 FVFVV 13 E 21 D 29 10
06 D 14 B 22 E 30 VFVVV
07 VVFVF 15 VFFVF 23 D 31 12
08 B 16 B 24 E 32 A

Páginas 40, 41 e 42:

No Resposta No Resposta No Resposta No Resposta


01 D 03 C 05 B
02 B 04 E 06 FVFVV

Comunique-se com seu professor: [email protected]

44 Fenômenos Radioativos – Parte I


_
Eber Barbosa

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