Radioatividade-Ensino Médio PDF
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A fé
é a certeza
das coisas
que você espera
e a prova de tudo aquilo
que você ainda não vê.
Bíblia
Departamento de
Química
Fundamental
]
Fenômenos Radioativos – Parte I
01 – Introdução
1.A – Radioatividade
A radioatividade é um fenômeno relacionado exclusivamente com o núcleo dos átomos (é um fenômeno
nuclear).
Radioatividade é a atividade que certos átomos possuem de emitir radiações eletromagnéticas e partículas
de seus núcleos instáveis para adquirir estabilidade. Essas emissões fazem com que os átomos radioativos de certo
elemento químico se transformem em átomos de outro elemento químico.
Prótons Elétron
Núcleo
Átomo Nêutrons Nêutron
Próton
Eletrosfera Elétrons
Reações nucleares ocorrem quando núcleos pesados e instáveis transformam-se em núcleos estáveis e mais
leves através da liberação de emissões radioativas, desintegrações ou decaimentos.
Pelo fato de alterar o núcleo dos átomos, envolvem uma quantidade de energia muito maior que as reações
químicas comuns.
1.G – Nuclídeo
É cada um dos átomos diferentes, caracterizados por um número atômico (Z) e um número de massa (A).
Os nuclídeos serão representados dessa forma: .
Observação: O conjunto de todos os nuclídeos existentes no universo que apresentam mesmo número de prótons é
denominado de Elemento químico.
02 – Breve Histórico
1875 – William Crookes fez experiências com descargas elétricas, em gases a baixíssimas pressões, e descobriu os
chamados raios catódicos, que levaram Joseph John Thomson à descoberta dos elétrons em 1897.
1886 – O físico Eugen Goldstein, atentou-se para um feixe luminoso no sentido contrário ao dos elétrons. Deduziu que
a composição desse feixe, denominado raios canais, deveria indicar carga elétrica positiva, que em 1904 foi
nomeado de próton por Ernest Rutherford.
1895 – Wihlelm Konrad Roentgen introduziu modificações na ampola de Croockes e conseguiu produzir os raios X (assim
chamados porque eram de natureza desconhecida). Roentgen observou também que os raios X tornavam
fluorescentes ou fosforescentes certas substâncias.
1898/1900 – Marie Curie e Pierre Curie descobrem que todos os sais de urânio apresentavam propriedade de
impressionar chapas fotográficas; concluindo, então, que o responsável pelas emissões era o próprio urânio.
Extraindo e purificando o urânio, descobriu que as impurezas eram mais radioativas que o próprio urânio. Dessas
impurezas separaram o polônio e o rádio, 400 e 900 vezes, respectivamente, mais radioativos que o urânio.
Independente e quase simultaneamente o químico francês Pierre Curie e o físico neozelandês Ernest Rutherford
identificaram dois tipos de radiações que foram denominadas de alfa ( α ) e beta ( β).
Ainda em 1900, o físico francês Paul Ulrich Villard identificou uma espécie de radiação eletromagnética, que
também era emitida por esses elementos, a qual denominou radiação gama ( γ).
1932 – O nêutron foi descoberto, pelo físico James Chadwick, durante experiências com material radioativo.
01 – (Olimpíada Brasileira de Química Júnior – 1ª Fase/2011) Na década de 1920, independentemente Ernest Rutherford
(1871–1937), na Inglaterra, William Draper Harkins (1873–1951), nos EUA, e Orme Masson (1858–1937), na Austrália,
propuseram a possível existência de uma partícula atômica sem carga. Porém, apenas em 1932, na Inglaterra, James
Chadwick (1891–1974) comprovou a existência do ___(I)___. Esse processo exemplifica que a ciência é uma atividade
______(II)________.
As lacunas (I) e (II) no texto acima podem ser completadas de forma CORRETA e na mesma sequência pela opção
02 – (UFPE – 1a fase/2003) Isótopos radiativos são empregados no diagnóstico e tratamento de inúmeras doenças. Qual é
a principal propriedade que caracteriza um elemento químico?
a) número de massa c) número de nêutrons e) diferença entre o número de prótons e de nêutrons
b) número de prótons d) energia de ionização
03 – (UFPE – 1a fase/2002) Isótopos radiativos de iodo são utilizados no diagnóstico e tratamento de problemas da
tireóide, e são, em geral, ministrados na forma de sais de iodeto. O número de prótons, nêutrons e elétrons no isótopo
–
131 do iodeto são, respectivamente:
04 – (COVEST – 1a fase/2001) A água contendo isótopos 2H é denomin d “águ pes d ’’, porque mo écu 2
H216O
quando comparada com a molécula 1H216O possui:
05 – (Uece) Escolha a alternativa na qual é apresentada uma correta associação entre o nome do cientista e a contribuição
que deu para a ciência no campo de estudos da radioatividade.
a) Becquerel /descoberta da radioatividade natural.
b) Marie Curie /descoberta do nêutron.
c) Chadwick/descoberta dos raios X.
d) Roentgen/descoberta do polônio.
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Fenômenos Radioativos – Parte I
03 – Experiência de Rutherford e natureza das Emissões
Em meados de 1898/1900 Ernest Rutherford realiza experiências que caracterizam a natureza das emissões
radioativas.
06 – (UPE – Tradicional/2014) Entre 13,2oC e 161oC, o estanho é estável e possui uma configuração conhecida como
estanho branco ou Sn–β, que é um só ido bri h nte br nco-prateado, maleável, moderadamente dúctil e bom
condutor. Essa é a forma conhecida pela maioria das pessoas e tem uma variedade de aplicações domésticas e
tecnológicas, como em ligas (bronze e soldas) e em revestimento de aço (folhas de flandres). O Sn–β pode sofrer um
transição para uma estrutura conhecida como estanho cinzento, o Sn-α, um só ido cinz -escuro, não metálico e na
forma de pó. O Sn–α é semicondutor, não dúctil e sem aplicabilidade. Essas duas espécies podem reagir de modo
diferente. Por exemplo, as reações realizadas a –17 ± 2oC do Sn–β e do Sn–α com so ução de ácido c orídrico
concentrado, livre de oxigênio dissolvido, produzem SnCℓ2.2H2O e SnCℓ4.5H2O, respectivamente.
(Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_3/04-AQ-45-11.pdf. Adaptado.)
As informações apresentadas indicam
a) as aplicações dos átomos de um elemento químico radioativo.
b) a participação da radiação α n s c r cterístic s físicas do estanho.
c) a influência da temperatura sobre as propriedades de isótonos do estanho.
d) a transformação do estanho em outro elemento químico por meio de aquecimento.
e) as propriedades físicas e químicas distintas de duas formas alotrópicas de um elemento químico.
Comentários:
α
α +
Observação: Não confunda átomo de hélio com emissões alfa...
O átomo de hélio
As partículas alfa As partículas alfa
apresentam apenas o
apresenta núcleo e
núcleo, não possuem são núcleos do
eletrosfera.
eletrosfera. átomo de Hélio.
α
e
Primeira Lei de Soddy
Também conhecida como Primeira Lei Radioativa, diz que quando o núcleo do átomo emite uma partícula
seu número atômico diminui de duas unidades e seu número de massa diminui de quatro unidades.
Observe que a soma dos números de massa dos reagentes é
igual à soma dos números de massa dos produtos:
–
+ –
A = 4 + A – 4.
Também há conservação da carga nuclear:
Z = 2 + Z – 2.
Nas equações dos fenômenos nucleares constata-se a conservação dos números de massa
e das cargas nucleares
a
08 – (UFPE – 2 fase/95) A primeira transmutação artificial de um elemento em outro, conseguida por Rutherford em
1919, baseou-se na reação
+ e X +
É correto afirmar que:
I II
0 0 O núcleo X tem 17 nêutrons.
1 1 O átomo neutro do elemento X tem 8 elétrons.
2 2 O núcleo é forma do de um próton e um nêutron.
3 3 O número atômico do elemento X é 8.
4 4 O número de massa do elemento X é 17.
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Fenômenos Radioativos – Parte I
4.B – Emissões Beta ( ) – Hipótese de Fermi
O físico italiano Enrico Fermi, que participou do Projeto Manhattan para construção da bomba atômica,
lançou a seguinte hipótese...
...As emissões de partículas do tipo beta são, na realidade, elétrons “ tir dos” em tíssim
velocidade, para fora de núcleos instáveis. Como se sabe, o elétron não existe no núcleo, ele se forma a partir da reação
de desintegração de um nêutron.
Emissão Beta
+ +
–
+ –
n + + – +
Neutrino...
NÊUTRON Forma-se um PRÓTON… ELÉTRON... É atirado para fora do núcleo com
contido em um que permanece preso no núcleo, (partícula beta) baixa velocidade. Sendo
núcleo instável sofre fazendo o número atômico lançado para fora do eletricamente neutro e de massa
decomposição... aumentar em 1 unidade núcleo com altíssima desprezível, não é observado na
velocidade experiência de Rutherford.
Segunda Lei da Radioatividade
Enunciada por Soddy, Fajjans e Russel afirma que quando um núcleo emite uma partícula beta (), seu
número atômico aumenta de uma unidade e seu número de massa não se altera.
Novamente observe a conservação dos números de
massa e também a conservação das cargas nucleares:
– + A = 0 + A
Z = –1 + Z+ 1
09 – (CFO – PM/2007) A imprensa tem atualmente registrado o impasse gerado pela insistência do governo iraniano em
seguir com seu programa nuclear. Abaixo, assinale a afirmação incorreta no que diz respeito ao núcleo atômico.
+
A emissão gama é encontrada sempre acompanhando emissões alfa e/ou beta, pois a emissão gama ajuda
um núcleo instável a se estabilizar.
Exemplo: – + e em seguida +
Estável Metaestável Metaestável Estável
Pósitron Com massa semelhante ao elétron, o pósitron possui carga oposta a do elétron.
Neutrino
Elétron –
Assim como os fenômenos químicos (reações químicas) podem ser descritos por equações, os fenômenos
nucleares também podem ser expressos por equações.
Nas equações dos fenômenos nucleares é fundamental observar a ocorrência de absorção de
partículas ou emissão de partículas conforme analisado a seguir:
Quando a partícula em questão está escrita nos reagentes da equação nuclear entendemos que, essa
partícula sofreu colisão, foi absorvida ou, em outras palavras, interagiu com as demais partículas reagentes.
Quando a partícula em questão está escrita nos produtos da equação nuclear entendemos que, essa partícula
foi liberada, emitida, produzida na reação ou, em outras palavras, é o resultado de um decaimento nuclear.
Exemplo1: Bombardeando o átomo de alumínio (A = 27; Z = 13) com partícula alfa origina o átomo de silício (A = 30; Z =
14) mais liberação de um próton.
+ α Si + p
Exemplo2: A colisão entre o átomo de berílio (A = 9; Z = 4) e um próton resulta no átomo de lítio (A = 6; Z = 3) e emissão
de uma partícula alfa.
e + p i + α
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Fenômenos Radioativos – Parte I
Testes de
Vestibulares
01 – (UFPE – 2a fase/2004) O núcleo atômico de alguns elementos é bastante instável e sofre processos radioativos para
remover sua instabilidade. Sobre os três tipos de radiação , e , podemos dizer que:
I II
0 0 Ao emitir radiação , um núcleo tem seu número de massa aumentado.
1 1 Ao emitir radiação , um núcleo tem seu número de massa inalterado.
2 2 A radiação é constituída por núcleos de átomos de hélio.
3 3 Ao emitir radiação , um núcleo não sofre alteração em sua massa.
4 4 Ao emitir radiação , um núcleo tem seu número atômico aumentado em uma unidade.
02 – (UFPE – 2ª Fase/2007) A Coréia do Norte realizou, recentemente, um teste nuclear subterrâneo, que foi condenado
pelo Conselho de Segurança da ONU. Sabe-se que as armas em desenvolvimento por aquele país estão baseadas em
plutônio. O plutônio, entretanto, não é capaz de iniciar por si próprio uma reação em cadeia e, por isso, é utilizado
juntamente com berílio e polônio. Considerando que o berílio tem Z = 4 e A = 9; o polônio tem Z = 84 e A = 209 ou 210
e o plutônio tem Z = 94 e A = 238, 239, 240, 241, 242 ou 244, analise as proposições a seguir.
I II
0 0 O decaimento de Po–210 a b resulta na emissão de partículas alfa.
1 1 Se ocorrer um choque entre uma partícula alfa e o Be, ocorrerá formação de carbono–14 (radioativo) e
emissão de 1 nêutron.
2 2 O plutônio possui 6 isótopos.
3 3 Sabendo que o Pu–244 decai com emissão de partículas alfa e formação de U–240, com tempo de meia-vida
de 82.000.000 anos, conclui-se que um átomo de urânio tem 92 prótons.
4 4 Uma vez que o Pu-238 pode ser formado a partir da emissão de uma partícula beta pelo netúnio (Np),
concluímos que este elemento deve ter um isótopo com Z=95 e A=238.
II. u + n m + ............
III. + d g + ............
Deve-se acrescentar respectivamente
a) Próton, partícula alfa, partícula beta. c) Partícula beta, raios gama, nêutron. e) Partícula alfa, próton, nêutron.
b) Próton, partícula beta, nêutron. d) Nêutron, próton, partícula alfa.
2 -1
4 1 1 0
b) 0n 1p
2 -1
4 1 1 0
c) 1p 0n
-1 2
0 1 2 4
d) 0n 1D
-1 2
2 0 1 4
e) 1D 0n
06 – (UFPE – 2a fase/98) Uma das famosas reações nucleares é a fissão do urânio usada na bomba atômica:
+ n + + 3 n
07 – (Covest – Asces/2009) A utilização da radiação gama no tratamento de algumas doenças tem crescido muito
ultimamente. Com relação à radiação gama, podemos afirmar que são:
a) partículas constituídas por elétrons, como conseqüência da desintegração de nêutrons.
b) partículas constituídas por núcleos do elemento hélio.
c) partículas formadas por dois prótons e dois nêutrons.
d) partículas com massa igual à do elétron, porém sem carga.
e) ondas eletromagnéticas emitidas pelo núcleo como conseqüência de emissão de partículas alfa e beta.
08 – (UFPE – 2a fase/2010) Em 1934, Enrico Fermi propôs uma teoria que explicava as formas de decaimento beta através
da
missão de e étron (β–): n p + –
e
Captura de elétron: p + –
e n
+
missão de pósitron (β ): p n + e
Potássio–40 ( ) é um nuclídeo incomum pelo fato de simultaneamente decair segundo estas três formas,
decorrendo daí aumento ou diminuição do número de carga (carga nuclear) do nuclídeo. A respeito deste
comportamento do , podemos afirmar que:
I II
0 0 A emissão de elétron conduz à formação de um nuclídeo com o menor número de carga.
1 1 A emissão de pósitron resulta na formação de nuclídeo com maior número de carga.
2 2 O mesmo tipo de nuclídeo é formado tanto por emissão quanto por captura de elétron.
3 3 Espécies nuclídicas diferentes são formadas por emissão de elétron ou de pósitron.
4 4 Emissão de pósitron ou captura de elétron conduzem à formação de nuclídeos iguais.
09 – (UFPE – 2a fase/2012) Uma série de processos de decaimento radioativo natural tem início com o isótopo 238 de
urânio (Z = 92). Após um processo de emissão de partículas alfa, seguido de duas emissões sucessivas de radiação beta,
uma nova emissão de partícula alfa ocorre. Com base nessas informações analise as proposições a seguir.
I II
0 0 O isótopo 238 do urânio possui 148 nêutrons.
1 1 O elemento que emite a segunda partícula alfa, na série, possui número de massa 230, e não é um isótopo do
urânio.
2 2 O elemento que resulta da emissão alfa do urânio 238 é o isótopo 234 do elemento de número atômico 90.
3 3 O elemento que resulta da última emissão de partícula alfa, descrita acima, possui 90 prótons e 140 nêutrons.
4 4 O elemento resultante da segunda emissão beta é isóbaro do elemento resultante da primeira emissão alfa.
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Fenômenos Radioativos – Parte I
a
10 – (UFPE – 2 fase/2011) Em 1934, Irene Curie e seu marido, Frederic Joliot, anunciaram a primeira síntese de um
nuc ídeo r dio tivo rtifici . omb rde r m um fin âmin de umínio com p rtícu s α, obtendo o nuc ídeo , de
acordo com a equação:
+ + n
Nos 50 anos que se seguiram, mais de 2000 outros nuclídeos radioativos artificiais foram sintetizados.
Uma notação simplificada tem sido usada para reações nucleares deste tipo, o que nos permite escrever:
(α, n)
Analise as reações nucleares a seguir, para identificar a natureza verdadeira ou falsa dos produtos sugeridos.
I II
0 0 (p, γ)
1 1 (n, α)
2 2 n (p, n) e
3 3 r (α, n) u
4 4 p (α, n) m
12 – (Covest – Asces/2009: Prova de Biologia) Toda e qualquer alteração provocada no ambiente que causa desequilíbrio
e prejudica a vida constitui poluição ambiental. Com relação a esse assunto, analise as proposições a seguir.
1) O dióxido de enxofre é um gás produzido, principalmente, na queima de combustíveis, como gasolina e madeira, e
está relacionado com o fenômeno das chuvas ácidas; chuvas capazes de provocar acidentes ecológicos.
2) O aumento da temperatura em certos lagos e mares está relacionado diretamente com o fenômeno da inversão
térmica e pode desencadear no ambiente um processo de sucessão ecológica secundária.
3) O petróleo derramado no mar traz conseqüências negativas ao ambiente; por exemplo, causa a morte de animais
aquáticos e afeta a fotossíntese.
4) A poluição radioativa é extremamente grave por interferir no material genético dos organismos, podendo levá-los à
morte. Igualmente nocivo e digno de preocupação é o lixo radioativo de usinas nucleares.
Estão corretas:
a) 1, 2, 3 e 4 b) 3 e 4 apenas c) 1 e 3 apenas d) 1, 3 e 4 apenas e) 2 e 4 apenas
Resoluções de Testes
Comentários Adicionais
Existem três séries ou famílias radioativas naturais importantes e uma série radioativa artificial:
Série do... Inicia com termina com
238 206
Urânio 92U (8 e 6) 82Pb
235 207
Actínio 92U (7 e 4) 82Pb Séries naturais
232 208
Tório 90Th (6 e 4) 82Pb
Neptúnio 94Pu
241
(9 e 6) 83Bi
209 Série artificial
Para determinar a que família radioativa pertence um certo elemento químico, basta dividir o seu número
de massa por 4. Se o resto da divisão for...
Resto 0 1 2 3
Família Tório Neptúnio Urânio Actínio
Os gráficos abaixo apresentam as séries radioativas do Tório e do Urânio para uma melhor compreensão teórica:
01 – (FESP – UPE/91) Um átomo radioativo de número atômico 90, contendo no núcleo 144 nêutrons, emite duas
partículas alfa e duas partículas betas consecutivamente. O átomo final obtido após essas emissões:
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Fenômenos Radioativos – Parte I
05 – Dados Comparativos Entre as Principais Emissões Radioativas
Os dados apresentados a seguir são consequência da massa, velocidade e conseqüente nível de energia
apresentada por cada emissão radioativa em análise.
Emissões Massa Carga Poder de penetração Poder ionizante Velocidade Efeito fisiológico
Alfa () Alta + Arrancam e– das 3.103 a 3.104 Praticamente
2 a 8cm no ar
moléculas do ar Km/seg inexistente
Beta Baixa – Até 1cm A ou Menor que das 7.104 a quase Maior que nas
5
( ) 1mm no Pb emissões alfa 3.10 Km/s emissões alfa
Gama Nula Nula 15cm no aço ou Baixo por não possuir 3.105 Km/s Bastante
() 5cm no chumbo carga Vel. da Luz elevado
As emissões radioativas ionizam o ar e também todos os gases, aumentando suas condutividades elétricas.
Uma aplicação importante da ionização dos gases pelas emissões radioativas são os chamados contadores
de radioatividade, aparelhos utilizados na contagem do número de emissões radioativas. Atualmente, o mais comum é o
contador Geiger-Müller, cujo esquema é apresentado a seguir.
Contador Gaiger
Fenômenos nucleares ocorrem de forma exotérmica (com liberação de calor) como ocorre na fissão ou na
fusão nuclear. Esse calor pode ser aproveitado de forma pacífica, como ocorre nas usinas nucleares ou de maneira
devastadora, haja vista as bombas atômicas.
Fluorescência
Ocorre quando a substância absorve energia da luz fornecida por determinada fonte e emite radiação
visível, porém, quando o fornecimento de energia acaba, a emissão da radiação para imediatamente. O nome desse
fenômeno veio do fato de que ele foi observado em um mineral denominado fluorita.
Fosforecência:
Da mesma forma que ocorre na fluorescência, na fosforescência, uma substância emite radiação visível
porque absorve energia da luz fornecida por determinada fonte. Entretanto, nesse caso, mesmo depois que o
fornecimento de energia parou, a substância fosforescente continua por algum tempo emitindo luz visível. Esse tempo
pode variar desde frações de segundos até dias.
Esse fenômeno recebeu esse nome porque o elemento fósforo e outros materiais são usados em objetos
feitos para brilharem no escuro.
Quimioluminescência:
Na quimiluminescência ocorre uma reação química em que a energia química é transformada em energia
luminosa. Quando isso ocorre em um organismo vivo temos, então, a bioluminescência. Sendo assim entendemos que a
quimiluminescência e a bioluminescência são fenômenos químicos (pois, se envolvem reações químicas, alteram a
natureza da matéria) enquanto que a fluorescência e fosforencência são fenômenos físicos (pois não provocam
alterações na natureza da matéria)
É importante frisar que na bioluminescência ocorre uma reação química em que a energia química é
transformada em energia luminosa e o organismo vivo produz e emite luz fria (ao contrário das lâmpadas incandescentes
que produzem calor). No caso dos vaga-lumes e águas-vivas noctilucas, a produção de luz está principalmente na reação
em que uma enzima denominada luciferase oxida o substrato da proteína luciferina, consumindo uma molécula de ATP. A
molécula de luciferina, agora excitada energeticamente, libera essa energia química na forma de energia luminosa.
Nos três casos (fluorescência, fosforescência e bioluminescência), a luz é fria, produzindo muito pouco calor.
No entanto, enquanto na fluorescência e na fosforescência a energia luminosa é absorvida de outra fonte e depois
liberada; na bioluminescência a luz é produzida por um processo químico independentemente de outra fonte de luz.
A fluorescência, fosforescência podem ser estimuladas por emissões radioativas (gama, por exemplo), mas
a quimioluminescência não.
Por Jennifer Fogaça (Graduada em Química)
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Fenômenos Radioativos – Parte I
5.E – Efeitos Químicos
No desenvolvimento histórico das explicações sobre a estrutura atômica, é importante destacar que, em
1875, o químico e físico inglês William Crookes (1832-1919) fez experiências com descargas elétricas em gases, a pressões
baixíssimas, e descobriu os chamados raios catódicos, que levaram à descoberta dos elétrons. Em 1895, o físico alemão
Wilhelm Konrad Roentgen (1845-1923) introduziu modificações na ampola de Crookes e conseguiu produzir os raios X
(assim chamados porque eram de natureza desconhecida).
Roentgen verificou também que os raios X tornavam fluorescentes ou fosforescentes certas substâncias.
Por suas descobertas, Roentgen foi agraciado, em 1901, com o primeiro Prêmio Nobel de Física.
As imagens reveladas nas chapas de raio X podem ser entendidas em termos de maior ou
menor intensidade da reações de decomposição do sulfeto de prata, ou seja:
A parte mais clara da imagem corresponde aos locais da chapa fotográfica onde ocorreram
maiores incidências de radiação, ou seja, onde maior quantidade de sais de prata sofreram
decomposição.
A parte mais escura corresponde aos ossos que, por absorver (reter) mais radiação não
permitiu a decomposição dos sais de prata.
A tonalidade intermediária na chapa fotográfica (entre claro e escuro) corresponde a região
da mão composta pelos tecidos onde ocorreu uma suave passagem de radiação que permite
um pequeno nível de decomposição dos sais de prata gerando essestons de cinza.
A imagem ao lado corresponde à radiografia da mão da esposa de Roentgen.
Os efeitos da radiação podem ser em longo prazo, curto prazo ou apresentar problemas aos descendentes
da pessoa infectada (filhos, netos).
A radiação pode provocar basicamente dois tipos de danos ao corpo, um deles é a destruição das células
com o calor, e o outro consiste numa ionização e fragmentação (divisão) das células.
O calor emitido pela radiação é tão forte que pode queimar bem mais do que a exposição prolongada ao sol.
Portanto, um contato com partículas radioativas pode deixar a pele do indivíduo totalmente danificada, uma vez que as
células não resistem ao calor emitido pela reação.
A ionização e fragmentação celular implicam em problemas de mutação genética durante a gestação de
fetos, que nascem prematuramente ou, quando dentro do período de nove meses, nascem com graves problemas de má
formação.
Quimicamente falando, as partículas radioativas têm alta energia cinética, ou seja, se movimentam
rapidamente. Quando tais partículas atingem as células dentro do corpo, elas provocam a ionização celular. Células
transformadas em íons podem remover elétrons. Portanto a ionização enfraquece as ligações originando células
modificadas e, consequentemente, mutações genéticas.
hor de f zer “feir ”, p rênci de frut s, verdur s e egumes é que determin compr . Se s
mesmas estiverem com aspecto murcho, escurecido e sem viço, fica difícil saírem das prateleiras. Mas com as tecnologias
da modernidade, esse já não é um problema, graças às técnicas de irradiação podemos consumir alimentos fresquinhos
em qualquer estação.
Sabemos que os alimentos se degradam naturalmente em virtude de processos fisiológicos, como
brotamento, maturação e envelhecimento. Mas fatores externos como o ataque de microrganismos (parasitas, pragas,
bactérias, fungos etc.) também contribuem na degradação.
O uso da radiação é um método eficiente usado por Indústrias alimentícias, onde os alimentos são
submetidos a uma quantidade controlada de radiação ionizante, por um período predeterminado. As radiações ionizantes
usadas em alimentos são os raios X, raios gama ou feixe de elétrons.
O principal objetivo do método por irradiação é inibir a maturação de
algumas frutas e legumes através de alterações no processo fisiológico dos tecidos vegetais
presentes. A irradiação ainda impede a multiplicação de microrganismos que causam
a deterioração do alimento, pela alteração de sua estrutura molecular, o que
permite prolongar a validade de alguns produtos.
Importante: o método de irradiação não torna o alimento
radioativo. O período de exposição à radiação é breve, desta forma, não causa qualquer
prejuízo ao produto, pelo contrário, torna-o mais seguro ao consumidor. Para saber se o
alimento foi irradiado procure o selo ao lado:
A irradiação com raios gama, além de ser aplicada em alimentos, é uma importante forma de esterilização
de outros materiais como médico-hospitalares, cosméticos, fármacos e medicamentos, fitoterápicos e turfas.
O processo utilizado nesse tipo de esterilização é o mesmo utilizado na irradiação de alimentos, ou seja, se utiliza uma
fonte de cobalto-60 (isótopo radioativo do cobalto-59). É importante mencionar que por seu poder de penetração o
processo de esterilização com raios gama pode ser feito com os materiais já embalados e esses podem ser
utilizados logo após o processo.
Esse processo é realizado a frio, o que o torna viável e vantajoso para materiais termossensíveis. Além disso,
temos que ressaltar a confiabilidade do processo, o fácil monitoramento (uma vez que a única variável a ser controlada é o
tempo), a possibilidade de validação do processo segundo normas internacionais ISSO 11137 e EN 552, não há resíduos
(não necessita de quarentena). A radiação penetra em qualquer tipo de material, não há manuseio dos produtos no
processo, o volume de produto não interfere no processo e não há necessidade de testes microbiológicos pós-
esterilização.
No Brasil já existem empresas que possuem irradiador próprio para esterilizar seus produtos, como a
Jhonson & Jhonson, e outras que prestam serviços, como a Empresa Brasileira de Radiação - Embrarad e a Companhia
Brasileira de Esterilização - CBE.
O processo de esterilização de materiais na medicina tem várias utilidades, como por exemplo:
Irradiação de produtos destinados a transplantes e implantes, prevenindo assim rejeições em potencial;
Esterilização de preservativos masculinos e contraceptivos intra-uterinos;
Esterilização de materiais descartáveis, como luvas, seringas, agulhas, gaze, mascaras cirúrgicas, etc.
Não esqueça que o processo de irradiação não torna o material irradiado um emissor de
radiação.
15
Fenômenos Radioativos – Parte I
Testes de
Vestibulares
02 – (ENEM 2012) A falta de conhecimento em relação ao que vem a ser um material radioativo e quais os efeitos,
consequências e usos da irradiação pode gerar o medo e a tomada de decisões equivocadas, como a apresentada no
exemplo a seguir.
“ m comp nhi ére negou-se a transportar material médico por este portar um certificado de esterilização por
irr di ção.”
Fisica na Escola, v.8,n.2. 2007 (adaptado).
A decisão tomada pela companhia é equivocada, pois
a) o material é incapaz de acumular radiação, não se tornando radioativo por ter sido irradiado.
b) a utilização de uma embalagem é suficiente para bloquear a radiação emitida pelo material.
c) a contaminação radioativa do material não se prolifera da mesma forma que as infecções por microorganismos.
d) o material irradiado emite radiação de intensidade abaixo daquela que ofereceria risco à saúde.
e) o intervalo de tempo após a esterilização é suficiente para que o material não emita mais radiação.
03 – (UPE – Tradicional/2014) Alguns radioisótopos são utilizados como traçadores na agricultura nuclear. O isótopo P-32
é um dos mais utilizados na agropesquisa, introduzido em fertilizantes na forma de fosfatos (PO 43–), o que permite o
estudo da absorção e do metabolismo das plantas. A meia-vida desse radioisótopo é igual a 14 dias e ele sofre
dec imento β, produzindo um isótopo do enxofre.
Sobre esse processo, é CORRETO afirmar que
a) o dec imento β produz um núc eo isótopo do núcleo emissor.
b) o núc eo form do pós o dec imento β tem o mesmo número de m ss do isótopo -32.
c) um solo que foi tratado com 250 g de um fertilizante marcado com P-32 terá 62,5 g desse isótopo após 28 dias.
d) passado um período de semidesintegração, a massa de enxofre produzida é igual à massa de P-32 contida
inicialmente no fertilizante utilizado.
e) o uso de r dioisótopos que emitem r di ção β c us prejuízo o so o e o produto gríco , uma vez que eles
passam a ser fonte de emissão radioativa.
com representações caracterizadas pelo número de carga (número atômico) e número de massa,
I II
0 0 (IV) e (VI) possuem o mesmo número de massa e são isóbaros.
1 1 (III) e (IV) possuem o mesmo número de nêutrons e são isótonos.
2 2 (I), (II) e (V) possuem o mesmo número de prótons + nêutrons e são isótopos.
3 3 (II) e (V) possuem o mesmo número de massa e são alótropos.
4 4 os constituintes dos pares [(II) e (III)] ou [(V) e (VI)] possuem a mesma carga e são isômeros nucleares.
07 – (UNICAP – Quí. II/98) O isótopo de 90Th sofre desintegração, transformando-se em 82Pb com emissão de partículas
alfa e beta. Na transformação radioativa, ocorre perda de 20 nêutrons. Qual a soma dos números de partículas alfa e
beta envolvidas no processo?
17
Fenômenos Radioativos – Parte I
a 235
08 – (UFPE – 2 fase/90) Quando um átomo de U é bombardeado por um nêutron lento, seu núcleo o absorve e se
divide em duas partes aproximadamente iguais e mais alguns nêutrons isolados, conforme representação abaixo:
235 Y 139
U + n Sr + X + 2n
Assinale os itens verdadeiros na coluna I e os falsos na coluna II.
I II
0 0 O elemento X é o xenônio.
1 1 O elemento X é o criptônio.
2 2 A reação representa uma fusão nuclear.
3 3 O número de massa do elemento estrôncio é 95.
4 4 O número de nêutrons do elemento estrôncio é 95.
(Dados os números atômicos: Kr = 36; Sr = 38, Xe = 54, U = 92)
A intensidade de radioatividade emanada por um radioisótopo, bem como seu tempo de meia vida (periódo
de tempo necessário para sua massa ser reduzida pela metade) são propriedades do núcleo do átomo, logo,
independem de qualquer fator externo químico ou físico a que o isótopo seja submetido, como, por
exemplo:
O tipo de substância em que o isótopo está presente (metal, mineral, óxido, base, sal, etc).
O meio em que o isótopo esteja dissolvido (ácido, básico, aquoso, etc).
A fase de agregação em que se encontra (gasosa, líquida ou sólida).
O estado de divisão (em fatia, em pó, em barra, etc).
As condições ambientes (temperatura ou pressão).
08 – Transmutações Nucleares
São todas as transformações em que um nuclídeo é obtido a partir de outro,
através de bombardeamento com uma partícula. O primeiro caso relatado de transmutação nuclear
ocorreu em 1914 quando Ernest Rutherford percebeu que, deixando o nitrogênio na presença de um alfa-emissor, ele se
transformava em oxigênio segundo a equação
+ +
Em 1932, ocorreu um outro evento marcante na história da ciência ligado às transmutações nucleares. O
inglês James Chadwick descobriu o nêutron ao bombardear o berílio-9 com partículas alfa provenientes do
polônio...
o b + ...em seguida... + +
A transmutação nuclear é, atualmente, uma importante ferramenta na produção de nuclídeos artificiais, isto
é nuclídeos que não existem na natureza. O primeiro desses nuclídeos artificiais foi descoberto pelo casal Fréderic Joliot e
Irène Curie (filha de Pierre e Marie), em 1934, por meio da seguinte equação...
+ +
Radionuclídeo + p
artificial
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Fenômenos Radioativos – Parte I
8.A – Elementos Artificiais
Transurânicos: Elementos químicos que possuem números atômicos maiores que o urânio (Z > 92). Também
chamados de sintéticos ou artificiais, esses elementos não existem na natureza, sendo obtidos pelos cientistas por
meio de reações nucleares (principalmente de transmutação) realizadas nos aceleradores de partículas, dispositivos
nos quais partícu s e etric mente c rreg d s (α, β, próton, íons) dquirem ve ocid des tíssim s e se choc m
contr “átomos– vo”.
Cisurânicos: Elementos químicos artificiais que possuem números atômicos menores que o urânio (Z < 92). Na
verdade são apenas quatro elementos: o tecnécio (43Tc), o promécio (61Pm), o ástato (85At) e o frâncio
(87Fr).
Testes de
Vestibulares
01 – (UPE – EAD/2011) Pierre e Marie Curie verificaram que a pechblenda, um minério contendo óxido de urânio, era bem
mais radioativa que o urânio metálico. A partir dessa fonte natural, eles isolaram dois elementos químicos radioativos,
o polônio e o rádio. Após três décadas da divulgação desses resultados, a filha e o genro desse casal, Irène Curie e
Frédéric Joliot, foram os primeiros a criarem um radioisótopo, o fósforo-30, após o bombardeamento de uma folha de
alumínio– com p rtícu s α.
Dados – Aℓ (Z = 13): [Ne] 3s2 3p1 ; P (Z = 15): [Ne] 3s2 3p3 ; Co (Z = 27): [Ar] 4s2 3d7 ; Po (Z = 84): [Xe] 4f14 5d10 6s2 6p4;
Ra (Z = 88): [Rn] 7s2 ; U (Z = 92): [Rn] 5f3 6d1 7s2
Sobre esses acontecimentos históricos da Química, qual das alternativas a seguir é a CORRETA?
02 – (UFPE – 1a fase/98) O isótopo de massa 14 do carbono sofre decaimento segundo a reação abaixo:
+
Acerca de sua meia-vida, é correto afirmar que:
a) aumenta com o aumento da pressão. d) aumenta com a concentração de .
b) não varia com o aumento da temperatura. e) aumenta com a concentração de .
c) diminui com o abaixamento da temperatura.
03 – (ITA–SP) Em relação ao tempo de meia-vida do césio-137, livre ou combinado, são feitas as afirmações seguintes.
Ia. Ele decresce com o aumento da temperatura.
Ib. Ele independe da temperatura.
Ic. Ele cresce com o aumento da temperatura.
IIa. Ele decresce com o aumento da pressão.
IIb. Ele independe da pressão.
IIc. Ele cresce com o aumento da pressão.
IIIa. Ele é o mesmo tanto no césio elementar como em todos os compostos de césio.
IIIb. Ele varia se são mudados os outros átomos ligados ao átomo de césio.
Dessas afirmações, quais são corretas?
a) Ib; IIc; IIIa b) Ic; IIa; IIIa c) Ia; IIb; IIIb d) Ic; IIc; IIIb e) Ib; IIb; IIIa
05 – (PUC–RJ) Elementos transurânicos podem ser sintetizados pelo bombardeamento de núcleos mais leves com
partículas pesadas. Em 1958, Miller e outros produziram o isótopo 254No (nobélio) a partir do 238U. A reação que
ocorreu produziu, além do novo elemento (No), ainda seis (6) nêutrons. Com qual partícula o alvo ( 238U) foi
bombardeado?
10 22 12 22 16
a) B b) Na c) C d) Ne e) O
I II
0 0 A radiação gama é desviada por campos elétricos.
1 1 Das principais partículas radioativas, a beta é a mais ionizante.
2 2 A massa da partícula alfa é, aproximadamente, 7360 vezes maior que a massa do elétron.
3 3 Quando um radioisótopo emite uma partícula beta, seu número de massa diminui de quatro unidades.
4 4 Se uma amostra de um radionuclídeo se desintegra pela metade, ocorreu um período de meia-vida.
Resoluções de Testes
Comentários Adicionais
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Fenômenos Radioativos – Parte I
09 – Fissão Nuclear
É o nome que se dá ao processo em que um núcleo grande, pesado e instável é bombardeado com
partículas aceleradas, dividindo-se em núcleos menores (mais leves) e mais estáveis, libertando uma grande quantidade
de energia (energia nuclear).
+ + +
Um nêutron é atirado contra um Originando dois Liberando nêutrons que bombardearão outros
núcleo pesado. núcleos menores núcleos, quebando-os, dando continuidade ao
processo e originando uma reação em cadeia.
Exemplo: Fissão do urânio – ou bomba atômica (Enrico Fermi – 1935): Empregado na bomba que explodiu em
Hiroxima, em 6 de agosto de 1945.
Em princípio, a bomba
atômica (bomba A)
possui duas ou mais
porções de urânio
enriquecido com massas
ligeiramente subcríticas.
Por meio de uma carga
explosiva comum, essas
massas são reunidas;
sendo ultrapassada a
massa crítica, ocorre a
explosão.
Uma variante da bomba atômica é a bomba de nêutrons. Trata-se de uma bomba atômica menor e mais
fraca do que a comum, mas, devido à sua construção, provoca uma emissão muito grande de radiações, especialmente de
nêutrons, que matam facilmente os seres vivos. Ao final da explosão, r di ção residu é muito pequen (“bomb
imp ”), o que possibi it um rápid ocup ção do território bombardeado.
Sala de controle
Varas de
combustível e
varas de
controle
Gerador
de vapor
vapor de
Linhas de
alta
transmissão
pressão
Turbina geradora
Turbina
Laço de água
pressurizada
Condutor de
núcleo de líquido
reator refrigerante de
Invólucro água oceânica.
do reator
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Fenômenos Radioativos – Parte I
Questões de Segurança
Uma usina nuclear é munido de vários sistemas de segurança que entram em ação automaticamente em
casos de emergência. O principal deles é o sistema que neutraliza a fissão nuclear dentro do reator. São centenas de
barras, feitas de materiais não fissionáveis (isto é, mesmo absorvendo nêutrons livres, não se dividem),
como boro e cádmio, que são injetadas no meio reacionário.
O reator fica envolvido por uma cápsula de 3 cm de espessura, feita de aço. O edifício é protegido com
paredes de 70 cm, feitas de concreto e estrutura de ferro e aço, e podem aguentar ataques terroristas (mísseis e aviões,
por exemplo). Existem também órgãos internacionais, que vistoriam periodicamente as usinas nucleares, em busca de
irregularidades, falhas, etc.
Vantagens
As principais vantagens da energia nuclear são: o combustível é barato e pouco (em comparação com
outras fontes de energia), é independente de condições ambientais/climáticas (não depende do sol, como usinas solares,
ou da vazão de um rio, no caso das hidroelétricas), a poluição gerada (diretamente) é quase inexistente. Não ocupa
grandes áreas. A quantidade de lixo produzido é bem reduzida. O custo da energia gerada fica em torno de 40 dólares
por MW, de forma que a energia nuclear é mais cara que a energia das hidroelétricas, porém mais barata que a energia
das termoelétricas, usinas solares, eólica, etc.
Desvantagens
Alto custo de construção, em razão da tecnologia e segurança empregadas; Mesmo com todos os sistemas
de segurança, há sempre o risco de o reator vazar ou explodir, liberando radioatividade na atmosfera e nas terras
próximas, num raio de quilômetros. Não existem soluções eficientes para tratamento do lixo radioativo, que atualmente é
depositado em desertos, fundo de oceanos ou dentro de montanhas (existem projetos para enviar o lixo para o Sol, o que
poderia ser a solução definitiva).
A fissão nuclear resulta na produção de outros elementos químicos, como plutônio. Este é usado na
produção de bombas atômicas. Por isso, órgãos controladores internacionais (e americanos), tentam impedir que certos
países (atualmente, o Iraque e Coréia do Norte), dominem a tecnologia nuclear.
Lixo Radioativo
Os principais componentes que compõem o lixo radioativo produzido nas usinas nucleares são os produtos
da fissão nuclear que ocorre no reator. Após anos de uso de certa quantidade de Urânio, o combustível inicial vai se
transformando em outros produtos químicos, como criptônio, bário, césio, etc, que não tem utilidade na usina.
Ferramentas, roupas, sapatilhas, luvas e tudo o que esteve em contato direto com esses produtos, é classificado como lixo
radioativo.
Nos Estados Unidos, os restos são colocados em tambores lacrados, e enterrados bem fundo em desertos. O
custo para armazenar os tambores são tão grandes quanto a manutenção da usina. Existem projetos para levar o lixo
radioativo em cápsulas em direção ao sol, o que poderia ser uma solução definitiva para o problema, já que por 100.000
anos a radiação estará sendo emitida por esses materiais, porém é muito cara e também perigosa, uma vez que há o risco
de uma das cápsulas que armazenam o lixo explodir na atmosfera da Terra.
Os reatores desativados também são incluídos nessa classificação. Nenhum reator nuclear usado foi aberto
no mundo todo. Geralmente são cobertos de concreto e levados para outro lugar.
Para os ambientalistas, o destino do lixo radioativo é o principal motivo de eles serem contra a energia
nuclear, já que ainda não se tem uma solução definitiva, e pouco se sabe das consequências da radiação para o meio
ambiente.
01 – (UPE – SSA 1º Ano/2013) De acordo com o texto, o método utilizado para o enriquecimento de urânio no Brasil
utiliza um tipo de
02 – (UPE – SSA 1º Ano/2013) A partir das informações contidas no texto, é CORRETO afirmar que
03 – (Enem–MEC/2003) músic “ ye, bye, r si ”, de hico Buarque de Holanda e Roberto Menescal, os versos
“puser m um usin no m r t vez fique ruim pr pesc r” poderiam estar se referindo à usina nuclear de Angra dos
Reis, no litoral do Estado do Rio de Janeiro.
No caso de tratar-se dessa usina, em funcionamento normal, dificuldades para a pesca nas proximidades poderiam ser
causadas pelo quê?
a) Pelo aquecimento das águas, utilizadas pela refrigeração da usina, que alteraria a fauna marinha.
b) Pela oxidação de equipamentos pesados e por detonações, que espantariam os peixes.
c) Pelos rejeitos radioativos lançados continuamente no mar, que provocariam a morte dos peixes.
d) Pela contaminação por metais pesados dos processos de enriquecimento do urânio.
e) Pelo vazamento de lixo atômico colocado em tonéis e lançado ao mar nas vizinhanças da usina.
03 – (ENEN/2006) Para se obter 1,5 kg do dióxido de urânio puro, matéria-prima para a produção de combustível nuclear,
é necessário extrair-se e tratar-se 1,0 tonelada de minério. Assim, o rendimento (dado em % em massa) do tratamento
do minério ate chegar ao dióxido de urânio puro é de
a) 0,10%. b) 0,15%. c) 0,20%. d) 1,5%. e) 2,0%.
a
04 – (UFPE – 1 fase/2004) A fissão nuclear é um processo pelo qual núcleos atômicos:
a) de elementos mais leves são convertidos a núcleos atômicos de elementos mais pesados.
b) emitem radiação beta e estabilizam.
c) de elementos mais pesados são convertidos a núcleos atômicos de elementos mais leves.
d) absorvem radiação gama e passam a emitir partículas alfa.
e) absorvem nêutrons e têm sua massa atômica aumentada em uma unidade.
25
Fenômenos Radioativos – Parte I
05 – (Enem–MEC/2002) O diagrama mostra a utilização das diferentes fontes
de energia no cenário mundial. Embora aproximadamente um terço de
toda a energia primária seja orientada à produção de eletricidade, apenas
10% do total são obtidos em forma de energia útil.
06 – (UPE – SSA 3º ano/2011 - Biologia) O nível de substâncias radioativas registrou forte alta no mar a 15 quilômetros da
área da central nuclear de Fukushima, afetada pelo terremoto e tsunami de 11 de março, informou a operadora da
usina, Tokyo Electric Power Company (Tepco). Amostras coletadas apresentaram um resultado 600 vezes superior ao
nível máximo que havia sido encontrado até agora no entorno da usina.
A empresa diz que é difícil avaliar os resultados das amostras, porque não existem limites legais quanto à presença
dessas substâncias no oceano. Também não soube informar se os padrões atuais são considerados perigosos e disse
que ainda avalia o impacto desses níveis na vida marinha.
Trecho adaptado da Revista Veja on line http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/nivel-de-radioatividade-
aumenta-no-mar-nasproximidades- de-fukushima
Sobre isso, analise as afirmativas a seguir:
I. A energia nuclear é utilizada como alternativa energética em vários países, inclusive no Brasil, e tem como um de
seus aspectos positivos o lixo nuclear, resultado do processo de geração de energia das usinas que é acumulado, de
forma eficiente, em todo o mundo.
II. A contaminação do ar e dos oceanos é motivo de preocupação, pois a radiação pode ser causa de mutações
genéticas nos seres expostos, mas, apenas, na geração já existente, sem qualquer efeito teratogênico nas futuras
gerações.
III. Energias limpas, como eólica ou solar, têm sido uma alternativa utilizada no mundo, em particular, em áreas que
favoreçam sua utilização, como regiões de alta incidência solar, a exemplo da região do nordeste brasileiro.
Somente está CORRETO o que se afirma em
a) I. b) I I. c) I II. d) I e II. e) II e III.
08 – (ENEN/2006) O funcionamento de uma usina nucleoelétrica típica baseia-se na liberação de energia resultante da
divisão do núcleo de urânio em núcleos de menor massa, processo conhecido como fissão nuclear. Nesse processo,
utiliza-se uma mistura de diferentes átomos de urânio, de forma a proporcionar uma concentração de apenas 4% de
material físsil. Em bombas atômicas, são utilizadas concentrações acima de 20% de urânio físsil, cuja obtenção e
trabalhosa, pois, na natureza, predomina o urânio não-físsil. Em grande parte do armamento nuclear hoje existente,
utiliza-se, então, como alternativa, o plutônio, material físsil produzido por reações nucleares no interior do reator das
usinas nucleoelétricas. Considerando-se essas informações, e correto afirmar que
a) a disponibilidade do urânio na natureza esta ameaçada devido a sua utilização em armas nucleares.
b) a proibição de se instalarem novas usinas nucleoelétricas não causará impacto na oferta mundial de energia.
c) a existência de usinas nucleoelétricas possibilita que um de seus subprodutos seja utilizado como material bélico.
d) a obtenção de grandes concentrações de urânio físsil e viabilizada em usinas nucleoéletricas.
e) a baixa concentração de urânio físsil em usinas nucleoelétricas impossibilita o desenvolvimento energético.
09 – (ENEN/2005) Um problema ainda não resolvido da geração nuclear de eletricidade é a destinação dos rejeitos
radiativos, o ch m do “ ixo tômico”. s rejeitos m is tivos fic m por um período em piscin s de ço inoxidáve n s
próprias usinas antes de ser, como os demais rejeitos, acondicionados em tambores que são dispostos em áreas
cercadas ou encerrados em depósitos subterrâneos secos, como antigas minas de sal. A complexidade do problema do
lixo atômico, comparativamente a outros lixos com substâncias tóxicas, se deve ao fato de
a) emitir radiações nocivas, por milhares de anos, em um processo que não tem como ser interrompido
artificialmente.
b) acumular-se em quantidades bem maiores do que o lixo industrial convencional, faltando assim locais para reunir
tanto material.
c) ser constituído de materiais orgânicos que podem contaminar muitas espécies vivas, incluindo os próprios seres
humanos.
d) exalar continuamente gases venenosos, que tornariam o ar irrespirável por milhares de anos.
e) emitir radiações e gases que podem destruir a camada de ozônio e agravar o efeito estufa.
27
Fenômenos Radioativos – Parte I
10 – (Enem–MEC/2008) A energia geotérmica tem sua origem no núcleo derretido da Terra, onde as temperaturas
atingem 4.000 oC. Essa energia é primeiramente produzida pela decomposição de materiais radiativos dentro do
planeta. Em fontes geotérmicas, a água, aprisionada em um reservatório subterrâneo, é aquecida pelas rochas ao
redor e fica submetida a altas pressões, podendo atingir temperaturas de até 370 oC sem entrar em ebulição. Ao ser
liberada na superfície, à pressão ambiente, ela se vaporiza e se resfria, formando fontes ou gêiseres. O vapor de poços
geotérmicos é separado da água e é utilizado no funcionamento de turbinas para gerar eletricidade. A água quente
pode ser utilizada para aquecimento direto ou em usinas de dessalinização.
Roger A. Hinrichs e Merlin Kleinbach. Energia e
meio ambiente. Ed. ABDR (com adaptações).
Depreende-se das informações acima que as usinas geotérmicas
a) utilizam a mesma fonte primária de energia que as usinas nucleares, sendo, portanto, semelhantes os riscos
decorrentes de ambas.
b) funcionam com base na conversão de energia potencial gravitacional em energia térmica.
c) podem aproveitar a energia química transformada em térmica no processo de dessalinização.
d) assemelham-se às usinas nucleares no que diz respeito à conversão de energia térmica em cinética e, depois, em
elétrica.
e) transformam inicialmente a energia solar em energia cinética e, depois, em energia térmica.
11 – (Enem–MEC/2009 – 1ª Versão) A energia geotérmica tem sua origem no núcleo derretido da Terra, onde as
temperaturas atingem 4.000ºC. Essa energia é primeiramente produzida pela decomposição de materiais radiativos
dentro do planeta. Em fontes geotérmicas, a água, aprisionada em um reservatório subterrâneo, é aquecida pelas
rochas ao redor e fica submetida a altas pressões, podendo atingir temperaturas de até 370°C sem entrar em ebulição.
Ao ser liberada na superfície, à pressão ambiente, ela se vaporiza e se resfria, formando fontes ou gêiseres. O vapor de
poços geotérmicos é separado da água e é utilizado no funcionamento de turbinas para gerar eletricidade. A água
quente pode ser utilizada para aquecimento direto ou em usinas de dessalinização.
HINRICHS, Roger A. Energia e Meio Ambiente. São Paulo: Pioneira
Thomson Learning, 2003 (adaptado).
12 – (EMEM/2010) Deseja-se instalar uma estação de geração de energia elétrica em um município localizado no interior
de um pequeno vale cercado de altas montanhas de difícil acesso. A cidade é cruzada por um rio, que é fonte de água
para consumo, irrigação das lavouras de subsistência e pesca. Na região, que possui pequena extensão territorial, a
incidência solar é alta o ano todo. A estação em questão irá abastecer apenas o município apresentado.
Qual forma de obtenção de energia, entre as apresentadas, é a mais indicada para ser implantada nesse município de
modo a causar o menor impacto ambiental?
14 – (Enem–MEC/2013) Química Verde pode ser definida como a criação, o desenvolvimento e a aplicação de produtos e
processos quí micos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente.
Sabe-se que algumas fontes energéticas desenvolvidas pelo homem exercem, ou tem potencial para exercer, em
algum nível, impactos ambientais negativos.
CORREA. A. G.; ZUIN, V. G. (Orgs.). Quimica Verde:fundamentos e aplicações. São Carlos. EduFSCar, 2009.
À luz da Química Verde, métodos devem ser desenvolvidos para eliminar ou reduzir a poluição do ar causada
especialmente pelas
a) hidrelétricas. c) usinas geotérmicas. e) fontes de energia eólica.
b) termelétricas. d) fontes de energia solar.
15 – (Enem–MEC/2010)
A fonte de energia representada na figura, considerada uma das mais limpas e sustentáveis do mundo, é extraída do
calor gerado
29
Fenômenos Radioativos – Parte I
10 – Fusão Nuclear
O processo de fusão nuclear consiste na união de núcleos de átomos pequenos e leves dando origem a um
núcleo maior e mais pesado, com liberação de grande quantidade de energia (maior que na fissão nuclear).
Essas reações liberam, por unidade de massa, muito mais energia do que as reações de fissão. São reações
desse tipo que ocorrem no Sol e nas estrelas, o que explica a quantidade imensa de energia que é liberada por esses
astros.
Na Terra, as reações de fusão nuclear só foram conseguidas nas bombas de hidrogênio (bombas H).
o
2 3 milhares C 4 1
Exemplo: Bomba de hidrogênio: 1H + 1H 2He + 0n + ENERGIA
o
milhares C
+ + + 10n Kcal
8
A reação nuclear correspondente à bomba de hidrogênio libera 5 . 10 kcal para cada 4 g de hidrogênio que
reagem. Essa quantidade de calor permite elevar, de 20 para 100 °C, a temperatura de 6.250 toneladas de água (o que
equivale a 52 piscinas de 12 m de comprimento por 5 m de largura e 2 m de profundidade).
Apenas a nível de comparação, a reação química correspondente à queima do carvão, C + O2 CO2, libera
94 kcal para cada 12 g de carbono que são queimados. Essa quantidade de calor permite elevar, de 20 para 100 °C, a
temperatura de 1.175 g de água (que equivalem a pouco mais de 1 litro de água).
A primeira bomba de hidrogênio foi construída sob orientação do físico húngaro Edward Teller (1908-2003)
e explodiu em 1952. O esquema simplificado dessa bomba é:
Dentro da bomba de hidrogênio, explode uma bomba atômica que produz a temperatura necessária para a
fusão nuclear (superior a 1.000.000 OC); É bom lembrar que temperaturas como essa nunca haviam sido atingidas na terra
até a explosão da primeira bomba atômica, em outras palavras, a bomba atômica funciona como espoleta da bomba de
hidrogênio. Desse modo, consegue-se produzir explosões de até 500 megatons (o que corresponde a 500.000.000 de
toneladas de TNT). A bomba de fusão tem sua potencia medida em megatons: 1 megaton = carga explosiva de 1.000.000
de toneladas de TNT.
O estudo das reações nucleares extrapola o campo da Química. Para estudá-las, foi necessário criar um novo
ramo da ciência, denominado Física Nuclear.
01 – (UFPE – CTG/2012.2) Uma possível sequência de reações que ocorrem em um reator nuclear é:
+ n + + 3 n
em que E, G e X são os símbolos hipotéticos dos elementos produzidos na sequência, A e Z são o número de massa e o
número atômico do elemento X, respectivamente. Avalie as seguintes afirmativas sobre esta sequência.
I II
0 0 Esta sequência é conhecida por fusão nuclear.
1 1 O valor de A é 143.
2 2 O elemento X possui 56 prótons.
3 3 Os elementos U e E são isóbaros.
4 4 elemento G possui 128 nêutrons.
02 – (UPE – Seriado 3º Ano / 2010 – 2º dia) Em relação à radioatividade, analise as afirmativas e conclua.
I II
0 0 Na fusão nuclear, a conversão de núcleos leves em núcleos pesados ocasiona um aumento na energia de ligação
por núcleon, o que possibilita a grande liberação de energia.
1 1 Uma dificuldade experimental nas reações de fusão consiste em iniciá-las, pois é necessário submeter os
núcleos a temperaturas muito baixas, próximas de zero grau absoluto.
2 2 No processo de fissão nuclear, verifica-se que há perda de massa, isto é, a massa total dos reagentes é
significativamente menor que a massa dos produtos da reação.
3 3 Quando os nuclídeos de urânio-235 sofrem fissões nucleares, não necessariamente se formam os mesmos
elementos químicos como produtos da reação.
4 4 Reação em cadeia nuclear é uma sequência de fissões nucleares autossustentadas, produzidas pela absorção de
nêutrons liberados em fissões anteriores.
a
03 – (UFPE – 1 fase/2006) Os elementos químicos conhecidos foram, em sua maioria, sintetizados através de processos
nucleares que ocorrem em estrelas. Um exemplo está mostrado na seqüência de reações abaixo:
4
He + 4
He 8Be 8
Be + 3
He 12
C +
Destas reações, podemos afirmar que:
1) São reações de fissão nuclear.
4 3
2) Na reação (II), deveria estar escrito He no lugar de He.
3 4
3) He e He são isótopos.
Está(ão) correta(s):
a) 1, 2 e 3 b) 1 apenas c) 3 apenas d) 1 e 2 apenas e) 2 e 3 apenas
Resoluções de Testes
Comentários Adicionais
31
Fenômenos Radioativos – Parte I
11 – Cinética Radioativa
11.A – Meia-vida ou Período de Semi-desintegração (P ou T½)
A meia-vida (P ou t½) é o tempo necessário para desintegrar a metade dos átomos radioativos de uma
amostra. É o tempo necessário para que a massa de uma amostra radioativa seja reduzida à metade.
1o P 2o P 3o P
m0 m0 m0 m0
2 1 4 2 8 2
3
2 2
Conclusão:
m0 Ttotal Onde: mF = massa final ou atividade radioativa* final
mF = x= m0 = massa inicial ou atividade radioativa inicial
2X p x = quantidade de meias–vidas que se passaram
Importante: Por ser uma propriedade do núcleo, a meia-vida do isótopo radioativo depende exclusivamente da natureza
desse isótopo, não dependendo, assim, de nenhum fator externo seja químico ou físico como, por exemplos,
o tipo de substância em que o isótopo está presente (metal, mineral, óxido, base, sal, etc), o meio em que o
isótopo esteja dissolvido (ácido, básico, aquoso, etc), a fase de agregação em que se encontra (gasosa,
líquida ou sólida), o estado de divisão (em fatia, em pó, em barra, etc), as condições ambientes (temperatura
ou pressão), nível de diluição (em solução concentrada ou diluída) e grau de pureza do isótopo radioativo
contido em determinada amostra.
a
01 – (UFPE – 2 fase/2013) Elementos radioativos são muito utilizados em medicina para procedimentos de radioterapia,
para realização de diagnósticos por imagens e para rastreamento de fármacos. Um dos mais importantes
radionuclídeos para geração de imagens é o . Na radioterapia, podemos citar o uso de (emissor β com mei -
vida de 8 dias) no tratamento de câncer da tireoide. Para realização de imagens da tireoide, por outro lado, o é
frequentemente empregado. Com base nessas informações, analise as proposições a seguir.
I II
0 0 Uma amostra contendo 10 g de , após 16 dias conterá 5 g de .
1 1 Uma amostra contendo 10 g de , após 8 dias, conterá 5 g de um nuclídeo com número atômico 54 e número
de massa 131.
2 2 e são isótopos do iodo.
3 3 possui 43 nêutrons e 56 prótons.
4 4 A camada de valência do tecnécio neutro deve apresentar uma distribuição eletrônica semelhante à do
manganês (Z = 25).
02 – (UFPE – CTG/2013.2) O carbono-14 é um isótopo radioativo natural, recebendo esta numeração porque apresenta 6
prótons e 8 nêutrons. Apresenta meia-vida de aproximadamente 5.730 anos, e é bastante utilizado em datações
arqueológicas. Com relação ao carbono-14 e suas propriedades, analise as afirmações seguintes.
I II
0 0 A meia-vida do carbono-14 pode variar, dependendo das condições de pressão e temperatura às quais a
amostra sujeita à datação foi submetida.
1 1 A meia-vida do carbono-14 proveniente de uma fonte orgânica é diferente da meia-vida do carbono-14
proveniente de uma fonte inorgânica.
2 2 Em uma amostra de madeira cuja idade é 11.460 anos, a atividade de carbono-14 é equivalente a 25% da
atividade observada num ser atualmente vivo.
3 3 Num artefato arqueológico de madeira, a atividade de carbono-14 em função do tempo pode ser representada
pelo gráfico:
número de
decaimento
s
tempo
4 4 O carbono- pode ser convertido em tr vés d emissão de um p rtícu β.
03 – (UFPE – 2a fase/2014) Atualmente, o Japão enfrenta um grave problema ambiental, decorrente do vazamento de
substâncias radioativas provenientes de uma usina nuclear em Fukushima. A empresa responsável pela usina informou
que água contaminada com césio-137 vem sendo despejada no mar, e que cada litro da água contaminada possui uma
atividade radioativa de 16.000 decaimentos por segundo, que é uma atividade 128 vezes maior que o máximo
permitido pela legislação ambiental do Japão. Sabendo que a meia-vida do césio-137 é igual a 30 anos, analise as
proposições abaixo.
I II
0 0 A atividade radioativa máxima permitida pela legislação ambiental do Japão é de 125 decaimentos por segundo
para cada litro de água.
1 1 210 anos é o tempo necessário para que o nível de atividade radioativa da água contaminada caia para níveis
permitidos.
2 2 Ao se misturar 0,5L de água contaminada com 0,5L de água pura, a atividade radioativa de 1L da mistura será de
4.000 decaimentos por segundo.
3 3 O césio-137 pode ser convertido em bário-137 através da emissão de um p rtícu α.
4 4 O césio-137 possui o mesmo número de nêutrons que o césio-134. Resposta:VVFFF
33
Fenômenos Radioativos – Parte I
a
04 – (UFPE – 2 fase/2006) A energia nuclear não apresenta os transtornos mencionados para os combustíveis fósseis;
porém a manipulação de materiais radioativos e os riscos de vazamento de radiação tornam esta fonte de energia
potencialmente perigosa. As usinas atuais se baseiam no processo de fissão nuclear do urânio (Z=92) para produzir
energia e empregam o 235U como combustível nuclear. No entanto, este átomo é pouco abundante na natureza, sendo
o mais comum o 238U. Um dos produtos da fissão do urânio é o 141B, com meia vida de 18 meses.
I II
0 0 Mesmo após 4 anos, a radioatividade resultante de uma amostra que contém 141Ba será superior a 10% do
seu valor inicial.
1 1 Os átomos de e diferem entre si em 3 prótons.
2 2 Na fissão nuclear, núcleos mais leves são obtidos a partir de núcleos mais pesados.
3 3 Partículas são idênticas ao núcleo de 4He.
4 4 Nêutrons são utilizados como partículas para provocar a fissão do urânio.
05 – (UFPE – CTG/2011.2) Há 100 anos, a cientista polonesa Marie Curie recebeu o prêmio Nobel de Química pela
descoberta dos elementos Rádio (Z = 88) e Polônio (Z = 84). O Rádio 226 emite partículas alfa, beta e gama. Já o
isótopo do Polônio, de massa 210, é um emissor de partículas alfa com um tempo de meia vida de pouco mais de 138
dias. Sobre este assunto, analise as afirmativas abaixo.
I II
0 0 O Rádio apresenta em seu estado fundamental um elétron na camada de valência e, portanto, é um elemento
que pertence ao grupo dos metais alcalinos terrosos.
1 1 Após a emissão de uma partícula alfa, o núcleo do Polônio 210 se transforma no núcleo do elemento com
número atômico 82 e número de massa 206.
2 2 Pela emissão de uma partícula beta, o núcleo do Rádio 226 transforma-se em um núcleo de número atômico 89
e número de massa 225.
3 3 Uma amostra contendo 10 g de Polônio 210 conterá cerca de 2,5 g deste elemento após 276 dias.
4 4 O isótopo 226 do Rádio contém 138 nêutrons.
06 – (UFPE – 1a fase/2005) Em um material radioativo emissor de partículas , foi observado que, após 36 horas, a
intensidade da emissão estava reduzida a 50% do valor inicial, e a temperatura do material havia passado de 20 para
35 graus centígrados. Sabendo-se que o elemento emissor possui número de massa par, podemos afirmar que:
a) O tempo de meia vida do elemento radioativo é de 36/2, ou seja, 18 horas.
b) O tempo de meia vida é indeterminado, uma vez que a temperatura variou durante a medição.
c) O elemento emissor deve possuir número atômico par, uma vez que tanto o número de massa quanto o número
atômico das partículas α são pares.
d) O elemento emissor deve possuir número atômico elevado; esta é uma característica dos elementos emissores de
radiação α.
e) A emissão de partícula α muito provavelmente, deve estar acompanhada de emissão β, uma vez que o tempo de
meia vida é de somente algumas horas.
07 – (FBV – Faculdade Pernambucana de Saúde/2008.1) Na medicina nuclear, são usados isótopos radioativos de meia-
99
vida curta, como Tc (t1/2 = 6h), que serve como traçador em exames de fígado e coração, por sua capacidade de se
fixar em tecidos afetados por distúrbios.
Sobre esse nuclídeo, analise os itens a seguir.
V F
1 1 – Após 24h, o Tc99 perde 93,75% de sua atividade radioativa.
2 2 – Para se administrar uma dose de 1mg, a ser preparada 18 horas antes de ser ministrada, deve-se produzir 8mg
de amostra do referido radioisótopo.
99
3 3 – A meia-vida do Tc é menor na forma de fluoreto que na forma isolada, por causa da reatividade do flúor.
99 235
4 4 – O Tc e o U pertencem à mesma série radioativa.
99
5 5 – A radioatividade do Tc se deve à elevada densidade eletrônica em sua camada de valência.
+ n + r + 3 n
10 – (FESP – UPE/85) Uma amostra radioativa tem um período de semidesintegração de 20 dias. O tempo necessário para
que 36 g da amostra fiquem reduzidas a 3 g é:
(Dados: log 2 = 0,30; log 3 = 0,48)
a) 3,6 dias b) 36 dias c) 7,2 dias d) 72 dias e) 720 dias
11 – (FESP – UPE/88) Bomba de cobalto é um aparelho muito usado em radioterapia para tratamento de pacientes,
especialmente portadores de câncer. O material radioativo usado nesse aparelho é o 60Co, com um período de meia-
vida de aproximadamente 5 anos. Admita que a bomba de cobalto foi danificada e o material radioativo exposto à
população. Após 25 anos a atividade deste elemento ainda se faz sentir um percentual, em relação a massa inicial de:
a) 3,125% b) 6% c) 0,31% d) 60% e) 31,25%
12 – (FESP – UPE/92) A meia-vida de um elemento é igual a 480 horas. O tempo necessário para que 1,0 g desse
elemento se reduza a 0,1 mg é igual a:
(Dado: log 2 = 0,3)
a) 1920 horas b) 6400 horas c) 64000 horas d) 19,20 horas e) 640 horas
13 – (UFPE – 1a fase/99) Em determinado hospital, uma pessoa necessita fazer um tratamento médico com um isótopo
radioativo, cuja meia vida é de 20 minutos, e com atividade de X decaimentos por segundo. Se o transporte deste
isótopo, do local de produção até o hospital requer 60 minutos, a atividade do mesmo, no início do transporte, deve
ser:
a) (60/20).X b) 32.X c) X/(60/20) d) 60.X e) 2(60/20).X
35
Fenômenos Radioativos – Parte I
14 – (FESP – UPE/96) A meia-vida do isótopo é igual a 2310 anos. Depois de quanto tempo, a atividade de uma
amostra desse isótopo radioativo se reduz de 75% da atividade radioativa inicial?
a) 2310 anos b) 4620 anos c) 9200 anos d) 6930 anos e) 231 anos
a
15 – (COVEST – 2 fase/2001) O trítio é um elemento formado por dois nêutrons, um próton e um elétron. O trítio sofre
desintegração radioativa com tempo de meia vida de 12 anos. Sobre o trítio, julgue os itens abaixo.
I II
0 0 O trítio é representado por 3H e é isótopo do hidrogênio 1H.
1 1 O trítio é representado por 3H e é isótopo do hélio 3He.
1
2 2 A água contendo trítio forma três vezes mais ligações de hidrogênio que a água com H.
3 3 Uma amostra contendo 100 g de trítio terá somente 50 g de trítio após 12 anos.
2
4 4 O trítio e o deutério H não são isótopos.
16 – (UPE – Quí. II/2010) A cafeína é um alcalóide do grupo das xantinas, com fórmula molecular C8H10N4O2 e com tempo
de meia-vida de 6h. Sabe-se, ainda, que uma xícara de café comum contém 150,0mg de cafeína e que a dose letal para
um indivíduo de 80kg corresponde à ingestão de 21,0g. Um estudante de 80kg, para se manter desperto, tomou
aproximadamente uma quantidade equivalente a 20 xícaras de café comum às 22h. Às 10h da manhã seguinte, ainda
resta no corpo do estudante uma quantidade de cafeína correspondente a
a) 1/5 da dose letal. c) ½ da dose letal. e) 1/7 da dose letal
b) 1/28 da dose letal. d) ¼ da dose letal.
17 – (UPE – SSA 3º Ano/2011) Os impactos de um terremoto e de um tsunami sobre a costa norte do Japão, em 2011
danificaram um reator nuclear da cidade de Fukushima. Esse reator produz energia por meio de um processo,
envolvendo uma reação em cadeia, em que um nêutron com alta energia colide com o núcleo de U-235.
Com isso, transforma-o em U-236, bastante instável, que leva à formação de Ba-142, de Kr-92 e de outros nêutrons.
Embora o reator tenha sido desligado após o terremoto, o seu sistema de resfriamento deixou de funcionar, e as
reações nucleares continuaram acontecendo. A temperatura subiu muito, e o núcleo do reator, onde se encontra o
urânio, começou a fundir. O calor do reator decompôs a água em hidrogênio e oxigênio, provocando a explosão do
hidrogênio que derrubou parte do edifício. Uma nuvem de materiais radioativos, contendo Cs–137 (meia-vida de cerca
de 30 anos) e I–131 (meia-vida de cerca de 8 dias), que emitem radiações gama, escapou do prédio, contaminando o ar
e a água do mar.
A seguir, são feitas algumas considerações envolvendo a recente tragédia que acometeu o Japão:
I. O urânio natural existente no núcleo do reator fundiu, vaporizou-se e liberou elementos radioativos na atmosfera,
decorrentes do processo de fusão nuclear.
II. A fusão nuclear, constatada em Fukushima, foi resultante dos impactos de eventos naturais que atingiram a costa
norte do País.
III. O uso do processo de fissão nuclear em usinas nucleares pode causar contaminação ambiental, conforme
observado em Fukushima.
IV. O acidente nuclear em Fukushima liberou espécies radioativas danosas aos seres humanos, como o I–131 que
permanece no meio ambiente, por até 30 anos.
V. O Cs–137 e o I–131, liberados pela explosão no edifício do reator, emitem radiação gama e são capazes de provocar
mutações genéticas e câncer nos seres humanos.
Estão CORRETAS
a) I e II. b) II e V. c) I e IV. d) III e V. e) III, IV e V.
18 – (UFPE – 2a fase/97) Um isótopo radioativo do iodo (t½ = 8,1 dias) foi utilizado em um teste para se determinar a
absorção de íons iodeto por plantas aquáticas. As plantas foram colocadas em um aquário com água contendo esse
isótopo na forma de íon iodeto. A atividade radioativa inicial de uma amostra de 1,00 L de água foi de 80 cpm
(contagens por minuto). Após 16,2 dias a atividade de uma amostra de mesmo volume foi medida obtendo-se o valor
de 11 cpm. Assumindo-se que os únicos processos responsáveis pela queda na atividade sejam a absorção de iodeto
pelas plantas e o decaimento radioativo, qual a porcentagem de iodo absorvido pelas plantas nesse período?
Diante do exposto e considerando o conhecimento sobre esse assunto, é CORRETO afirmar que
a) o enriquecimento do urânio a partir do minério apreendido pode ser feito para minimizar o teor de U–235,
obtendo U–238 acima de 97% de pureza.
b) a associação do minério de urânio, encontrado no local, ao elevado nível de radioatividade apontado é indevida por
causa do alto tempo de meia-vida do U–238.
c) o material encontrado pelo governo boliviano apresenta um teor de U–235 muito menor que o do outro isótopo
porque a meia-vida do U–235 é menor que a do U–238.
d) a série radioativa que inicia com o 92U238 e termina com o isótopo 82Pb206 emite sete partículas alfa e seis partículas
beta que são responsáveis pela radiação detectada no local.
e) o urânio encontrado próximo às embaixadas do Brasil e dos EUA poderia sofrer fissão nuclear a qualquer momento,
ocasionando uma explosão nuclear semelhante às ocorridas na II Guerra Mundial.
20 – (UPE – SSA 3º ano/2012) A tomografia por emissão de pósitron (do inglês, PET) é uma técnica utilizada na medicina
nuclear, que tem contribuído significativamente para a obtenção de diagnósticos mais específicos e para o tratamento
mais adequado de algumas doenças, sobretudo de alguns cânceres. Para a obtenção de imagens por PET, é muito
comum o uso de compostos marcados com flúor- , um espécie emissor de pósitrons ( β ) produzida
artificialmente, que tem meia-vida de 100 min.
Um hospital do polo médico de Recife utilizou-se dessa técnica em um exame, tendo sido administrada em um
paciente a dose de um fármaco contendo 1,20 x 1018 núcleos de flúor–18.
Analise as três sentenças a seguir:
I. A desvantagem da PET é a grande quantidade de lixo atômico produzida.
II. A emissão de um pósitron (1β0) por um núcleo de flúor-18, um radioisótopo do flúor (Z = 9), origina um núcleo de
18
8O
III. O número de núcleos de F–18 que emitiram pósitrons após 5 h da administração do fármaco é aproximadamente
igual a 1,05 x 1018
Está CORRETO o que se afirma em
a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.
21 – (ENEM/2013) Glicose marcada com nuclídeos de carbono – 11 é utilizada na medicina para se obter imagens
tridimensionais do cérebro, por meio de tomografia por emissão de pósitrons. A desintegração do carbono – 11 gera
um pósitron. A desintegração do carbono – 11 gera um pósitron com tempo de meia – vida de 20,4 min, de acordo
com a equação da reação nuclear:
+ e
(pósitron)
A partir da injeção de glicose marcada com esse nuclídeo, o tempo de aquisição de uma imagem de tomografia é de
cinco meias–vidas .
Considerando que o medicamento contém 1,00 g do carbono – 11, a massa, em miligramas, do nuclídeo restante, após
a aquisição da imagem, é mais próxima de
a) 0,200. b) 0,969. c) 9,80. d) 31,3. e) 200.
37
Fenômenos Radioativos – Parte I
22 – (ENEM/2009 – 1ª Versão) O lixo radioativo ou nuclear é resultado da manipulação de materiais radioativos, utilizados
hoje na agricultura, na indústria, na medicina, em pesquisas científicas, na produção de energia etc. Embora a
radioatividade se reduza com o tempo, o processo de decaimento radioativo de alguns materiais pode levar milhões de
anos. Por isso, existe a necessidade de se fazer um descarte adequado e controlado de resíduos dessa natureza. A taxa
de decaimento radioativo é medida em termos de um tempo característico, chamado meia-vida, que é o tempo
necessário para que uma amostra perca metade de sua radioatividade original. O gráfico seguinte representa a taxa de
decaimento radioativo do rádio-226, elemento químico pertencente à família dos metais alcalinos terrosos e que foi
utilizado durante muito tempo na medicina.
1 Kg
1/2 Kg
1/4 Kg
1/8 Kg
24 – (UPE – Seriado 3º Ano / 2010 – 1º dia) Em relação às propriedades radioativas, são feitas as seguintes proposições:
I. A existência de núcleos estáveis, constituídos de dois ou mais prótons, é justificada pela ação da força nuclear, que
só se manifesta a grandes distâncias entre os núcleons.
II. É fato constatado experimentalmente que a massa de um núcleo é sempre inferior à soma das massas de nêutrons
e prótons constituintes.
III. Nas reações de desintegração radioativa, há uma igualdade no número total de partículas nucleares (núcleons)
envolvidas na reação.
IV. A meia-vida do decaimento radioativo está relacionada, apenas, com a quantidade inicial da amostra radioativa a
ser desintegrada.
São VERDADEIRAS
a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV. e) II e III.
a
26 – (UFPE – 2 fase/2011) O dano causado por alguns poluentes pode ser discutido em termos da cinética de
decomposição de um dado poluente. Por exemplo, podemos dizer que o tempo de meia vida de um determinado
plástico é de 100 anos, e que sua decomposição segue uma cinética de primeira ordem. Considerando esses aspectos,
analise os dois cenários abaixo.
• Uma ilha deserta onde foram despejados 200 Kg de plástico no final de 1910, e 100 Kg de plástico no final de 2010.
• Uma praia deserta onde foram despejados 200 Kg de plástico no final de 2010.
I II
0 0 No final de 2010, a ilha deserta deverá conter uma quantidade de plástico não decomposto equivalente a 1/4
do plástico despejado na praia deserta.
1 1 No final de 2010, a ilha deserta conterá plástico não decomposto equivalente a metade do plástico despejado
na praia deserta em 2010.
2 2 No final de 2110, o total de plástico não decomposto na ilha e na praia será igual a 200Kg.
3 3 No final de 2210, o total de plástico não decomposto na ilha e na praia será igual a 100Kg.
4 4 O aquecimento glogal deverá aumentar o tempo de meia vida deste plástico, agravando sua permanência no
ambiente.
a
27 – (UFPE – 2 fase/94) Uma amostra mineral forneceu para a idade da terra o valor de 4,0 bilhões de anos. O elemento
radioativo presente nesta amostra tem um tempo de meia-vida de 800 milhões de ano e a fração do elemento ainda
–n
em atividade é 2 da quantidade original. Qual o valor de n ?
(Fórmula: n (C0/C)m = Kt, onde n significa o logaritmo natural)
29 – (Unicap – Quí. II/2004) 20 g de um elemento radioativo são reduzidos a 1 mg após 143 dias. Qual a meia vida do
elemento radioativo, em dias?
(Dados: og 2 = 0,3 e og 3 = 0,4)
39
Fenômenos Radioativos – Parte I
30 – (UNICAP – Quí. I/95)
I II
0 0 Alfa e beta são partículas e gama é radiação eletromagnética.
1 1 O poder de penetração das partículas e radiação é: alfa > beta > gama.
2 2 O poder de ionização das partículas e radiação é alfa > beta > gama.
3 3 O chumbo é um bom isolante radioativo.
4 4 A idade da terra é de aproximadamente cinco bilhões de anos. Sabendo-se que a meia-vida do urânio é de
mesma ordem, podemos afirmar que hoje, na terra, existe a metade da massa de urânio.
31 – (Unicap – Quí.II/2001) Um isótopo radioativo apresenta uma massa de 40g. Após, aproximadamente, quantas horas
de desintegração teremos 8g desse isótopo radioativo, sabendo-se que sua meia vida é de 5 horas e 9 minutos?
(Dados: log 2 = 0,3 e log 5 = 0,7)
32 – (UPE – Seriado 2º Ano/2012) Um atleta ingeriu uma dose única de 40,0 mg de um medicamento à base de um
corticoide sem o conhecimento dos médicos do seu clube. O processo de desintegração desse corticoide é de primeira
ordem, e su “mei -vid ” é igu horas. Essa substância é classificada como doping quando a sua quantidade
estim d no org nismo é superior μg. eceoso, o c ube decidiu di r estréia desse atleta em um campeonato
de futebol que seria iniciado a exatamente 120 horas após o uso do medicamento pelo atleta.
onsider ndo pen s o f tor “mei -vid ” e de cordo com m ss de corticoide ind presente no corpo do atleta, é
CORRETO afirmar que o clube agiu de maneira
a) certa, pois a quantidade de corticoide era superior à permitida.
b) errada, pois a quantidade de corticoide era tão pequena que inviabilizava a sua detecção.
c) errada, pois puniu um atleta que estava isento da presença do princípio ativo do medicamento.
d) certa, pois, mesmo a quantidade de corticoide sendo inferior, ela era muito próxima ao limite permitido.
e) errada, pois impediu um trabalhador de exercer a sua profissão, mesmo sem apresentar a presença da substância
depois de dois dias de uso do medicamento.
Resoluções de Testes
Comentários Adicionais
01 – (Uninassau – Medicina/2012.2) O isótopo radioativo trítio, 1H3, tem uma meia-vida de 12,3anos. Estime a
quantidade de anos de uma amostra de certo whisky escocês que contém trítio em uma quantidade que é 0,4 vezes da
quantidade inicial (no momento que se fabrica o whisky).
DADOS: log 5 = 0,7; log 2 = 0,3
a) 18,2 anos b) 20,2 anos c) 12,8 anos d) 16,4 anos e) 15,2 anos
02 – (Fatec–SP) Em uma caverna foram encontrados restos de um esqueleto humano, tendo-se determinado nos ossos
uma taxa de C-14 igual a 6,25% da taxa existente nos organismos vivos e na atmosfera.
Sabendo-se que a meia-vida do C-14 é de 5.600 anos, pode-se afirmar que a morte do indivíduo ocorreu há quanto
tempo?
a) Há 22.400 anos. b) Há 16.800 anos. c) Há 11.200 anos. d) Há 5.600 anos. e) Há 350 anos.
03 – (UGF–RJ) Uma arqueóloga britânica exibiu, recentemente, um crânio de 3.750 anos com um buraco cirúrgico. O
crânio foi descoberto junto ao rio Tâmisa, em Londres, e é uma prova de que os homens da idade do Bronze no Reino
Unido praticavam trepanação, processo cirúrgico primitivo no qual uma parte do crânio era removida de um paciente
vivo e consciente, já que não havia anestésicos.
(O Globo, 16 set. 2002.)
A determinação da arqueóloga só foi possível graças a qual técnica?
a) Fissão nuclear. c) Período da semidesintegração. e) Raios X.
b) Fusão nuclear. d) Bomba de cobalto.
41
Fenômenos Radioativos – Parte I
Exercícios de Revisão
05 – (UPE – Seriado 3º Ano / 2010 – 1º dia) Um fragmento de tecido encontrado em uma escavação arqueológica
apresentou atividade radioativa do carbono–14 de 3,5 desintegrações/min.g. Admita que a taxa de desintegração atual
do carbono-14 na matéria viva é de 14 desintegrações/min.g. A idade, em anos, aproximada, para esse fragmento de
tecido é (meia-vida do carbono–14 = 5.730 anos.)
a) 8.595 b) 11.460 c) 17.190 d) 5.730 e) 22.920
Resoluções de Testes
Comentários Adicionais
Gabarito do Capítulo
Fenômenos Radioativos (94 questões)
Páginas 11:
43
Fenômenos Radioativos – Parte I
Páginas 16, 17 e 18:
o o o o
N Resposta N Resposta N Resposta N Resposta
01 B 04 B 07 13 10 VVVVF
02 A 05 E 08 VFFVV 11 FFVVV
03 B 06 VVFFF 09 FVFVV 12 VFFFV
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