Partilha Da Africa
Partilha Da Africa
Partilha Da Africa
descolonização da África
África: no período das Grandes Navegações
Para os países europeus, inicialmente, a África era percebida como um espaço importante de
passagem para o comércio com a Ásia. Depois, o continente africano passou a interessar pela
possibilidade de conseguir mão de obra escrava, tão necessária para a colonização da América.
“Desde os tempos mais antigos, alguns homens escravizaram outros homens, que não eram vistos
como seus semelhantes, mas sim como inimigos e inferiores. A maior fonte de escravos sempre
foram as guerras, com os prisioneiros sendo postos a trabalhar ou sendo vendidos pelos vencedores.
Mas um homem podia perder seus direitos de membro da sociedade por outros motivos, como a
condenação por transgressão e crimes cometidos, impossibilidade de pagar dívidas, ou mesmo de
sobreviver independentemente por falta de recursos “ (Camargo, 2010).
ÁFRICA: MARCAS DA COLONIZAÇÃO
O processo de migração forçada que foi imposto
aos povos africanos não tem paralelo nenhum
na história da humanidade. Nada comparável
aconteceu a nenhum outro povo. Os europeus,
para realizar tamanha atrocidade, tiveram que
vencer as intempéries marítimas, construir
portos, dividir os povos africanos, promovendo
durante três séculos o maior genocídio que a
história conheceu. Isto sem contar a destruição
de impérios, culturas, famílias – que, juntamente
com racismo e o imperialismo, são os
responsáveis pelo estado de miséria atual da
África. Estima-se que dez a cem milhões de
africanos foram vitimados (Benedicto, 2015).
Imperialismo e
Neocolonialismo
África, Ásia e Oceania na mira da
Europa industrial
Angola
Moçambique Congo
Cabo Verde
Líbia,
Argélia, Egito, Camarões, Eritreia,
Guiné Bissau
Tunísia, sudeste do Rio do Ouro, parte
parte do
parte da continente, Guiné, Somália
Sudão, parte da Marrocos
A Partilha da África, Jean-Pierre Joblin. Gravuras Coloridas extraídas de Au coeur de l'Afrique, Toulouse,
Édition Milan, 2004. (detalhe).
• A divisão ao lado foi
feita sem considerar os
aspectos naturais,
culturais e étnicos dos
povos que habitavam o
continente. Essa
divisão “artificial”
contribui para a
eclosão de muitos
conflitos na região.
www.anovademocracia.com.br
/10/24.htm
Divisão étnica da África Divisão política da África
www.socialesweb.com/mapas/africapolitico
Fonte: almanaque abril 2004
Os diferentes povos e culturas
As justificativas racistas do imperialismo:
Darwinismo Social;
Missão Civilizatória;
O “Destino Manifesto”.
Sendo assim, dentro da lógica dessa teoria, para a África e a Ásia conseguirem evoluir suas
sociedades para a etapa civilizatória, seria imprescindível ter o contato com as potências
imperialistas.
Todo esse discurso legitimou a exploração política e econômica imperialista nos continentes
africanos e asiáticos até a década de 1960, período marcado pela descolonização da África e
Ásia e fator responsável pela atual miséria e fome existentes em diversos países africanos.
Missão Civilizadora – Fardo do Homem Branco
Justificativa das Invasões Imperialistas
A “ missão civilizatória” significava que era uma obrigação do europeu levar a
civilização e a evolução aos povos atrasados. Essa seria o “fardo do homem branco” ,
que deveria ser carregado filantropicamente.
Pan-africanismo
Nela, representantes de 29
países se reunião para criar um
plano de ação comum.
Conferência de Bandung
No plano econômico, a Conferência de Bandung proclamou a necessidade de uma política conjunta de
valorização dos recursos naturais dos participantes no mercado mundial, além da promoção de acordos
regionais de cooperação econômica.
No plano político, definiu uma plataforma para a atuação desses países na comunidade internacional:
eles iriam lutar de todas as maneiras possíveis pela emancipação dos povos ainda colonizados, pelo
respeito à soberania e a à integridade territorial das nações recém-libertas e pelo reconhecimento da
igualdade entre os países do mundo, independentemente de seu tamanho ou poderio militar.
Os dez princípios
•Respeito aos direitos fundamentais;
•Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações;
•Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas;
•Não intervenção e não ingerência nos assuntos internos de outros países (autodeterminação dos povos);
•Respeito pelo direito de cada nação defender-se individual e coletivamente;
•Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada para servir aos interesses
particulares das superpotências;
•Abstenção de todo ato ou ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a integridade territorial
ou a independência política de outro país;
•Solução de todos os conflitos internacionais por meios pacíficos (negociações e conciliações, arbitradas
por tribunais internacionais);
•Estímulo aos interesses mútuos de cooperação;
•Respeito pela justiça e obrigações internacionais.