Natura
Natura
Natura
Foz do Iguaçu - PR
2008
ARTUR RICARDO A DE MAIA AREIAS
JOÃO RAUL GHIROTTI
MARLON RODRIGO SARTURI
Foz do Iguaçu - PR
2008
TERMO DE APROVAÇÃO
TÍTULO DO TRABALHO
________________________________________
Orientador: Profº Sinvales Roberto de Souza.
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________
Profº.
________________________________________
Profº.
A Deus,
pois acredito que ele tenha uma
participação importante.
À minha família,
pois contribuíram para a
realização deste trabalho.
Aos meus amigos,
poucos em números, mas
incomensuráveis na qualidade.
Ao orientador,
pela sabedoria na orientação
e por sua amizade dispensada.
EPÍGRAFE
The theme of this work is the importance of strategic planning for internationalization
of companies. It has been intended to demonstrate a strategic planning for
companies wishing to enter and remain in the international market, where we tried to
identify the methodologies and models to this end. We used the method of case
study, research and bibliographic exploratory as elements of methodology. It is
presented notions and concepts on the subject, such as definitions, importance and
goals. This text aims to highlight the importance of strategic planning in the
management of organizations. Outlines the main steps for the deployment of
strategic process management and seeks to clarify the fundamental aspects of the
relationship of the concepts of strategic vision and management in the deployment of
strategic planning.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13
2.3 PLANEJAMENTO............................................................................................... 34
2.3.1 Conceito ........................................................................................................... 34
2.3.1 Tipos de planejamento ..................................................................................... 35
2.3.1.1 Planejamento Estratégico (Nível estratégico)................................................ 36
2.3.1.2 Planejamento tático (Nível Tático)................................................................. 37
2.3.1.3 Planejamento Operacional (Nível Operacional) ............................................ 37
10
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 71
4.2 Histórico............................................................................................................. 77
4.6 Mercado.............................................................................................................. 85
4.6.1 Fornecedores ................................................................................................... 86
4.6.3 Sociedade ........................................................................................................ 87
4.6.3.1 Programa Natura Campus............................................................................. 87
4.6.4 Concorrência e ambiente competitivo .............................................................. 88
4.6.5 Desafios estratégicos ....................................................................................... 90
REFERÊNCIAS.......................................................................................................105
13
1. INTRODUÇÃO
necessário a definição dos objetivos e quais ações que serão desenvolvidas para a
realizar e atingir estes objetivos. O início do trabalho apresenta como primeira etapa
a utilização de conceitos e suas aplicações, onde percebe-se é de suma importância
para os lideres de empresas que precisam ter uma certa fundamentação teórica
para a elaboração de suas estratégias, porque é nessa fundamentação que buscam
encontrar suas dúvidas para a realização de um planejamento adequado de acordo
com a necessidade de cada empresa.
A elaboração de um planejamento dentro do que a empresa necessita, se
torna como uma vantagem competitiva, pois através da realização destes estudos a
empresa consegue identificar quais são seus pontos fortes e quais são seus pontos
fracos e que necessitam melhorias, analisando também as oportunidades que o
meio em que atua lhe é oferecida, evitando os riscos apresentados por este
ambiente onde atuará futuramente.
1.2 OBJETIVOS
2 REVISÃO DA LITERATURA
2.1.1 Conceito
a) Estratégias corporativas:
c) Estratégias Funcionais
2.2 ESTRATÉGIA
processo deve ser feita através do confronto entre os pontos fortes, fracos e neutros
da empresa, de um lado, a das suas oportunidades e ameaças perante o seu
ambiente, de outro lado.
Com esta avaliação resulta a missão, os objetivos e a postura estratégica,
que passa a ser o ponto inicial para formar o caminho que a empresa determinará,
voltado para futuros objetivos e desafios, determinado entre as opções estratégicas
que a empresa consegue identificar como principais ou as mais adequadas no exato
momento.
Para Oliveira (1993, p. 164) o significado de estratégia:
representa os meios para se atingir esses fins. Uma estratégia válida dentro de um
conjunto de objetivos pode perder sua validade quando os objetivos da organização
são modificados.
Pode-se definir como um conjunto integrado de escolhas bem definidas e
implantadas, que estabelecem as diretrizes fundamentais para a gestão de negócio
e as principais transformações que a empresa deverá empreender para criar as
condições de realização dos sonhos, a visão de futuro e a missão de cada empresa.
A estratégia nunca foi tão importante quanto nos dias de hoje. Sobreviver e
crescer dentro de um mercado exigente, de maneira competitiva, têm exigido das
empresas a elaboração de estratégias bem estruturadas. No atual cenário de uma
concorrência acirrada, que vem sendo impulsionada com os avanços da tecnologia,
a capacidade de atuação e seu tempo que ela permanece no mercado, o ciclo de
vida da empresa, são apresentadas e determinadas pela sua capacidade de
mudanças de acordo com a evolução e o mundo globalizado.
Para Pina (1994, p. 49) refere-se que “a estratégia escolhida por uma
organização é específica. O ajuste ao ambiente atual e aos possíveis cenários
futuros ocorre nas particularidades de cada estratégia, que se adapta às
características ambientais que têm relação com o negocio”.
A opção por uma estratégia, por vezes, implica a escolha de uma direção
que tem um custo elevado para reverter ou optar por outro caminho. Por essa razão,
a estratégia é questionada, amadurecida e freqüentemente revista para assegurar o
acerto da escolha.
Segundo Oliveira (1993): “este tipo de estratégia deve ser adotado pela
empresa quando não existir alternativa para a mesma, ou seja, apenas quando o
ambiente e a empresa estão em situação inadequada com muitas dificuldades ou
quando apresentam péssimas perspectivas (alto índice de pontos fracos internos e
ameaças externas)”. Em qualquer outra situação, quando a empresa adota esta
estratégia como precaução, as conseqüências podem ser desastrosas, pois numa
postura de sobrevivência, normalmente a primeira decisão do executivo é parar os
investimentos e reduzir, ao máximo, as despesas.
27
2.3 PLANEJAMENTO
2.3.1 Conceito
Nível Estratégico
Nível Tático
Nível Operacional
É ele quem especifica, com a precisão praticável, que recursos devem estar
disponíveis para cada produto e serviços e fornece cronogramas mais ou menos
precisos.
Para a inserção de um planejamento operacional, os pontos de eficiência,
fazer bem-feito aquilo que está sendo feito, e produtividade, relação entre os
38
futuras, pois isto não existe; decisões são sempre tomadas no presente. Ele é
executado no presente: seus resultados é que se projetam no futuro”.
“Todo plano requer um prazo para sua implantação. Se não planejar no
presente, não terá condições de implantar o que foi desejado no futuro”,
complementa LACOMBE (2003, p. 161).
A importância para as empresas de realizar um planejamento é que terá um
futuro com bases para construção promissora e a geração de um mercado mais
profissional e preparado para as constantes mudanças que ocorrem no mercado.
Para Lacombe (2003, p. 161) deve-se “começar a planejar no presente o que se
deseja no futuro”, acrescenta-se que faz parte da sabedoria ser capaz de
compreender as relações da causa e efeito das tomadas de decisões e suas
conseqüências. O administrador tem como responsabilidade obter o equilíbrio entre
as vantagens e desvantagens do curto e longo prazo.
2.4.1 Conceito:
AMBIENTE ORGANIZAÇÃO
PONTOS PONTOS
AMEAÇAS OPORTUNIDADES
FORTES FRACOS
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Figura 4: Planos estratégicos
Fonte: Maximiano (2000, p. 399)
AJUDA ATRAPALHA
INTERNA
Forças Fraquezas
EXTERNA
Oportunidades Ameaças
Após a realização da análise SWOT cada empresa deve por sua vez
desenvolver metas especificas para cada período de planejamento, onde se
denomina este processo como formulação de metas. Na visão de Kotler (2000, p.
101) quando a empresa realiza a transformação dos objetivos em metas
mensuráveis facilita o planejamento, a implementação e o controle.
Toda empresa por sua vez deve elaborar um plano de estratégia para atingir
as metas que deseja alcançar, cada empresa deve preparar estratégias: estratégias
de marketing, de tecnologia e estratégias de busca de recursos, comenta KOTLER
(2000, p. 101).
Segundo Kotler (2000, p. 102), apud Porter, “embora haja muitos tipos de
estratégias de marketing, condensou em três tipos genéricos, que fornece um bom
ponto de partida para o pensamento estratégico: liderança total em custos,
diferenciação ou foco”.
A formulação de programas deve ser elaborada se a empresa tiver decidido
obter liderança tecnológica, pois o programa ira ajudar no desenvolvimento de seu
planejamento. Já com uma estratégia clara e um programa de apoio bem
arquitetado pode ser inútil se a empresa não conseguir implementá-los, onde à
medida de sua implantação de suas estratégias, a empresa acompanhará os
resultados e monitorar os novos acontecimentos nos ambientes internos e externos,
tendo assim um feedback e controle de sua administração.
Considerando que planejamento estratégico é um esforço para conseguir
decisões que orientarão as ações da organização; e que logística é o processo de
gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de
materiais, produtos acabados através da organização, visando maximizar a
lucratividade através do atendimento dos pedidos a baixo custo, observa-se que o
planejamento estratégico é de extrema importância para a logística, pois ambas
estão intimamente ligados. É fundamental aliar a estratégia competitiva à logística,
pois, uma completa a outra de forma a minimizar as possibilidades de erro na
tomada de decisão.
Um método utilizado para reduzir custos no processo logístico é sistema just
in time que trata-se de suprir o produto apenas quando for necessário. Quando a
confiabilidade das informações sobre a previsibilidade das necessidades dos
46
Mercantilismo
(1500 - 1800)
O fator mais importante para a saúde de uma nação é a quantidade de metais preciosos que ela
detêm. O comércio internacional é a melhor forma de obter metais preciosos e, portanto, riquezas e
saúde econômica.
Cada país deve se especializar na produção e na exportação de bens cuja produção for mais
eficiente, ou seja, aqueles que consomem o menor número de horas trabalhadas.
Teoria das vantagens comparativas
David Ricardo (1817)
Se um país é mais suficiente na produção de dois bens, e pode ser que ele seja relativamente mais
eficiente na produção de um deles. Esse país deve se especializar na produção e exportação da
mercadoria que produz com maior eficiência.
O país que possui vantagem comparativa na A mudança nos fluxos de comércio, inclusive
produção e exportação de um produto inovador comércio intra-indústria, sustenta-se nas
altera seu fluxo de comércio na medida em que a imperfeições do comércio de produtos e dos
tecnologia de produção da mercadoria amadurece. mercados.
Vantagem competitiva das nações
Michael Porter (1990)
A competitividade das nações depende da capacidade da sua indústria inovar e reagir às mudanças.
As empresas ganham vantagem competitiva por causa dessas mudanças e ameaças e, nesse
sentido, se beneficiam com a competição no mercado doméstico, com a demanda dos
consumidores locais e com a agressividade comerciados fornecedores locais.
Quadro 3: Evolução das teorias do comércio internacional
Fonte: Soares (2004, p. 62).
A barreira comercial imposta por muitos países, sendo que esta não possui
uma definição precisa, em geral, pode ser entendida como qualquer lei,
regulamento, prática ou política governamental que proteja os produtores de um país
contra a competição externa, que imponha obstáculos ao fluxo normal de
importações ou estimule artificialmente as exportações de um produto específico ou
dependendo da interpretação poderiam ser também manipulações na clássica lei da
oferta e da demanda.
Segundo Maia (2001, p. 144) demonstra que “existe uma preocupação muito
grande em proteger a produção nacional, onde defensores do imposto único
admitem haver uma necessidade de ser mantido com o fim exclusivo de proteção a
produção nacional”.
Na visão de Maia (2001, p. 144) pode-se analisar o significado de proteção a
53
c) trustes: para Maia (2001, p. 152) explica que “ consiste na fusão de várias
empresas de forma a atender para o monopólio. Assim, o mercado passaria a ser
manipulado pelo trust, impondo preços e condições. Os países combatem o trust por
meio de legislação adequada.
a) Subsídios:
Quando o subsídio é destinado à exportação, ele poderá constituir-se num
dumping, sobre o qual já falamos em item anterior. Outras vezes o subsídio é para a
produção de mercadorias destinadas ao consumo interno, porque, sem esse auxílio,
a produção nacional não poderia competir com a produção estrangeira. Isso onera o
bolso do consumidor nacional que paga os subsídios por meio de impostos.
“Em face disso, o governo cria duas ou mais taxas de câmbio para controlar
a importação. As mercadorias consideradas essenciais são beneficiadas com taxas
favorecidas e as não essenciais com taxas elevadas”, complementa MAIA (2001, p.
155).
e) Quotas de importação:
Para Maia (2001, p. 158) “as quotas de importação são barreiras não
alfandegárias que afetam bastante as exportações dos países em desenvolvimento.
O sistema de quotas obriga o país importador a criar um controle; geralmente ele é
feito por meio de emissão de licença de importação”.
A quota serve também para não encarecer o custo da mercadoria que será
importada, o que não ocorre com as barreiras alfandegárias. Pode-se dizer então
que, o sistema serve para suprir o mercado da quantidade de mercadoria onde a
produção interna torna-se impossibilitada para atender o consumo do mercado
interno.
A OMC (Organização Mundial de Comércio) condena a utilização de quotas;
com isso o Brasil estabeleceu quotas de importação e teve que justificar como
necessária para a sobrevivência da indústria brasileira.
57
Segundo Maia (2001, p. 159) apud Délio Urpia de Seixas, “tem havido uma
redução das barreiras alfandegárias, o que tem sido muito útil ao comércio
internacional”. Entretanto, são citadas novas barreiras que surgem, tais como:
a) Barreiras técnicas:
Pode-se descrever como um processo atual de liberalização dos mercados
pauta-se pela eliminação gradativa das barreiras tarifárias. Isto faz com que as
considerações sobre barreias não tarifárias e, dentre elas, aquelas sobre barreias
técnicas, ganhem cada vez mais importância nas análises sobre as vantagens de
promover o comércio internacional.
Segundo a OMC (Organização Mundial do Comércio) são barreiras
comerciais derivadas da utilização de normas ou regulamentos técnicos não
transparentes ou não embaçados em normas internacionalmente aceitas ou, ainda,
decorrentes da adoção de procedimentos de avaliação da conformidade não
transparente e/ou demasiadamente dispendiosos.
b) Barreiras ecológicas:
Maia (2001, p. 160) apud Délio Urpia de Seixas, com relação às barreiras
ecológicas cita:
c) Dumping Social:
Na visão de Maia (2001, p. 161) “as barreias econômicas vêm sendo
58
diminuídas por força de uma luta muito grande do GATT e da OMC. Entretanto
novas barreiras foram criadas. Assim, países desenvolvidos acusam os menos
desenvolvidos de vender produtos mais baratos devidos aos baixos salários, o que
para as nações ricas constitui um dumping social”.
2.5.2 Exportação
2.5.2.1 Drawback
b) Isenção:
A exportação foi feita sem o benefício da suspensão. Em outras palavras, o
exportador usou matéria-prima tributada de seu estoque. Posteriormente, solicita,
com isenção do imposto aduaneiro, a importação da mesma quantidade da matéria-
prima usada na exportação já efetuada, para repor seu estoque.
c) Restituição:
O exportador adquire matéria-prima já tributada. Não deseja, no momento,
importá-la (seria isenção); neste caso, solicita a restituição do imposto aduaneiro.
60
2.6.1 Conceito
Na visão Nosé Júnior (2005, p. 55), apud Kotler, ressalta que uma das
funções principais do marketing é:
Na visão de Kotler (2000, p. 326) para dizer que um produto possui um ciclo
de vida, deve-se afirmar quatro pontos:
• Os produtos têm uma vida limitada;
65
Essa visão estratégica entretanto não pode ficar restrita à equipe ligada à
área de negócios internacionais da empresa, uma vez que todos
indistintamente deverão estar voltados ao escopo básico para que a
produção de bens e serviços venha ao encontro das necessidades do
mercado internacional.
3 METODOLOGIA
A forma que nos leva a identificar a forma pela qual se alcança determinado
fim ou objetivo, pode ser considerado como método, que deriva da metodologia,
onde trata de um conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecer uma
determinada realidade, produzir determinado objetivo ou desenvolver certos
procedimentos ou comportamentos.
4.2 HISTÓRICO
A empresa foi criada em 1969, quando Antônio Luiz da Cunha Seabra, abriu
uma loja e um laboratório em São Paulo. No ano de 1974 foi feita a escolha pelo
modelo de vendas diretas. Em 1989, as quatro empresas que compunham o sistema
Natura, originárias de parcerias com outros empreendedores, foram incorporadas à
Natura Cosméticos. Em 1983, a Natura tornou-se uma das primeiras fábricas de
bens de consumo contínuo a comercializar produtos com recargas ou refil. No
período de 1990 a 1992 a empresa ganhou competitividade para enfrentar o
mercado global com a integração de veteranos de multinacionais na diretoria.
A expansão na América Latina se iniciou em 1994 através do Chile, Peru e
Argentina. Em 1999, a Natura comprou o fabricante de produtos fitoterápicos Flora
Medicinal para aquisição de tecnologia na produção de produtos à base de plantas,
seguindo sua estratégia de desenvolvimento de produtos baseados na
biodiversidade brasileira. A aquisição também visava o ganho de conhecimento dos
canais de venda de varejo – considerável potencial de distribuição de cosméticos a
médio e longo prazo.
A empresa passou a década de noventa reorientando a carteira de produtos
para linhas com base nos conceitos de biodiversidade. Em 2001, inaugurou o
complexo industrial de Cajamar no estado de São Paulo para pesquisa,
desenvolvimento, treinamento e logística de suas operações. A conclusão da fábrica
permitiu a fabricação de produtos de alta qualidade, proporcionou flexibilidade e
eficiência produtiva, além de baixas necessidades de investimento para futuras
expansões.
O ano de 2005 marca o início das operações no México, apesar de há dois
anos já vender seus produtos nos free shops do país e ter a pouco iniciado as
vendas em free shops de Cancun e Aruba. Seguindo a estratégia de
internacionalização, abre sua primeira loja na Europa, em Paris, com investimentos
previstos de US$ 21 milhões. Para mercados fora da América Latina, a empresa tem
em andamento o projeto chamado Ekos International, com a estratégia de vender
78
S.A.
4.4.1Remuneração e Reconhecimento
d) Desenvolvimento Organizacional
b) Treinamento e Desenvolvimento
c) Recrutamento e Seleção
Todos os cargos devem ter um perfil definido pela empresa, para que sejam
ressaltadas as competências essenciais e funcionais. O recrutamento interno ou
externo deve respeitar esse perfil, principalmente no que refere às competências
essenciais da Natura.
d) Desenvolvimento Organizacional
4.6 MERCADO
4.6.1 Fornecedores
4.6.3 Sociedade
desenvolvimento sustentável.
A meta será a inovação radical, de modo que sua pesquisa gere novas
possibilidades e coloque cada vez mais à frente na geração de inovação.
Intensificam projetos de pesquisa próprios e desenvolvidos em Instituições de
Ciência e Tecnologia, a partir do estabelecimento de redes de pesquisa no Brasil e
no exterior. Investem em infra-estrutura laboratorial, em aquisição de novas
tecnologias e em projetos de pesquisa desenvolvidos parcialmente na Natura por
alunos de mestrado e doutorado.
Todo esse investimento em parcerias será feito por meio do Programa
Natura Campus de Inovação Tecnológica, conforme apresentado no próprio site,
voltado para a geração colaborativa de inovação tecnológica, unindo a Natura ao
meio acadêmico e órgãos de apoio à pesquisa.
O programa é destinado a todos os pesquisadores e estudantes ligados a
Instituições de Ciência e Tecnologia reconhecidas pelo governo brasileiro.
estoques com o qual o varejo trabalha, implica em trabalhar apenas com os itens de
maior rotatividade, deixando o restante da linha de produtos fora do mercado, o que
não ocorre quando há utilização dos consultores como representantes de vendas.
Segundo a ABIHPEC, a participação da Natura no mercado de cosméticos,
fragrâncias e produtos de higiene pessoal no canal de venda direta foi de 48% em
2003.
Além da competição com a Avon no mercado de vendas diretas, a Natura
também encontra concorrência nas empresas com sistemas de vendas varejistas e
franqueadas como L´Oréal, Nívea, Johnson & Johnson, Unilever, Colgate, Palmolive
e O Boticário. As empresas deste setor vendem seus produtos através das cadeias
de distribuição de supermercados, lojas de departamento e farmácias, com exceção
do O Boticário, que trabalha com lojas de franquia, sendo normalmente produtos
oriundos de produções em massa, com preços mais acessíveis e altas quantidades
vendidas.
As Figuras 12 e 13 mostram alguns dos principais concorrentes da empresa.
4.7.2 Forças
4.7.3 Fraquezas
4.7.4 Oportunidades
4.7.5 Riscos
5. ANÁLISE DA PESQUISA
México.
Desse modo, pode-se considerar que o caso da França representa um
avanço no comprometimento da Natura com o mercado externo, em primeiro lugar,
porque a empresa se arriscou a realizar a entrada no mercado diretamente com
escritório e loja em um mercado diferente em relação aqueles em que já atuava, o
que demonstra uma maior maturidade gerencial.
Além disso, a Natura percebeu que deveria comercializar seus produtos de
uma maneira diferente dos demais países em que operava, na medida em que
pesquisava mercados distintos.
Perceberam que os europeus ocidentais, de um modo geral, não são
receptivos às vendas diretas como os latino-americanos. De fato que essas
desigualdades de comportamento entre os povos e a diferenças culturais,
observando, por exemplo, que os latino-americanos tendem a ser mais personalistas
e os europeus ocidentais, mais formais. Tendo esses dados, a Natura optou, na
França, pelas vendas online, já praticadas no Brasil, e pela abertura de uma loja,
investimento inexistente até mesmo no Brasil. Para a empresa, tal adaptação no seu
comportamento é inédita, visto que, na América Latina, sempre conseguiu atuar por
meio das vendas diretas.
outros países da Europa Ocidental; caso não seja, não se investirá mais na região.
Contudo, para sua marca ter sucesso, a Natura precisa levar um diferencial
para a França, um mercado que já dispõe de tudo em termos de cosméticos e
perfumaria, inclusive produtos feitos com ingredientes naturais. Porém, nenhuma
empresa oferece no disputado mercado francês elementos da cultura brasileira e
produtos feitos com ingredientes extraídos da biodiversidade brasileira. Diante de
pesquisas de mercado, a Natura constatou que essas duas características poderiam
ser um diferencial de sucesso e decidiu investir na comunicação desse
posicionamento através, sobretudo, dos seus produtos, da sua loja e do seu site.
Para atender a este mercado exigente a Natura teve que realizar mudanças
no produto, como a própria embalagem se adaptando ao mercado francês. Todavia,
o que particularmente chama a atenção no empreendimento francês é o modo como
a Natura tem usado a sua loja como veículo de comunicação do seu
posicionamento.
98
A Natura pode ser classificada como uma empresa de grande porte e médio
risco. Sua política ambiental (PA) contém importantes compromissos que uma
empresa deve ter com o meio ambiente.
Os planos de expansão Natura são focados e visam exportar muito mais que
seus produtos. Onde for, quer levar seus valores e crenças e, principalmente,
evidenciar a cultura e a riqueza brasileiras. No Brasil, são mais de 4.500 municípios
alcançados. Na América do Sul, começou pelo Chile, na década de 80 e expandiu
sua atuação para Argentina, Peru e Bolívia, e planeja grande expansão nesse
continente para os próximos anos. Em 2002, entrou para os free shops de
aeroportos brasileiros e em 2005 estreou na Europa com uma loja em Paris, a
capital mundial dos cosméticos, dando origem à expansão da marca em outras
partes do mundo.
Em sua primeira década de vida, a Natura tinha foco nos negócios nacionais
e só em 1982 chega ao Chile, por meio de distribuidor terceirizado. Em 1983, chega
ao mercado americano, para uma curta experiência em Miami com a marca Numina.
Cinco anos depois, desenvolve parceria com distribuidor da Bolívia.
Em 1996, atinge a marca de 9.500 consultoras na Argentina, Chile, Peru e
Bolívia, chegando ao faturamento US$ 100 milhões em 2000. Em 2003, a Natura
Argentina cresce 100% e a Natura Peru começa a gerar lucros consideráveis.
Podemos citar como planos de Negócios internacionais da Natura os
seguintes:
• Expansão sustentável no exterior em paralelo a grande crescimento no
Brasil
• Replicação do negócio em novos mercados com culturas, demandas e,
em alguns casos, modelos distintos
100
6. PROPOSTA
qualidade que os seus concorrentes, pode-se utilizar deste recurso para deixar a
marca mais competitiva, apresentando um produto de melhor qualidade se
adequando a um produto mais acessível ao publico ao qual pretende atingir, te
tornando uma marca forte no mercado.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 5ª ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2002.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 4º ed. São
Paulo: MAKRON Books, 1996.
PINA, Vítor Manuel Dias Castro. Inteligência estratégica nos negócios. São
Paulo: Atlas, 1994.
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos.
4ª ed. São Paulo : Atlas, 1996.