Aula 06 - Contratos Administrativos PDF
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Aula 06
Olá meus amigos e minhas amigas. Nesta aula, vamos estudar o seguinte tema:
Contratos Administrativos
Não esqueçam também que as questões do meio da aula são apenas para ilustração do assunto,
mas logo após a teoria teremos várias questões comentadas.
É isso aí, bons estudos!
1 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1.1 CONCEITO
O conceito apresentado pela Lei 8.666/1993 é encontrado no artigo 2º nos seguintes termos:
Art. 2º [...] Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos
ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação
de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
Dessa forma, o contrato é um acordo de vontades realizado entre a Administração Pública e outra
pessoa, seja ela física ou jurídica, pública ou privada, com o objetivo de atender a determinado
interesse público, como a prestação de um serviço, realização de uma obra ou fornecimento de um
produto.
Em regra, o contrato é a consequência da licitação, estando, portanto, vinculado aos termos do
instrumento convocatório (edital ou convite) e da legislação aplicável, principalmente a Lei
8.666/19932 (Lei de Licitações e Contratos).
Para finalizar, é importante diferenciar os contratos administrativos dos contratos da
administração:
• contratos da administração: são os ajustes firmados pela Administração Pública e os
particulares, nos quais a Administração não figura na qualidade de poder público. Esses
contratos são regidos predominantemente pelo direito privado. Dessa forma, o Poder Público
não age com supremacia sobre o privado. Também são conhecidos como contratos atípicos,
semipúblicos ou horizontais;
• contratos administrativos: são os ajustes que a Administração, nessa qualidade, celebra com
pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para consecução de fins públicos, segundo o
regime jurídico de direito público. Nesse caso, a Administração age com supremacia sobre o
particular. Também são conhecidos como contratos típicos ou verticais.
A diferença fundamental dos contratos da administração e dos contratos administrativos é que, no
primeiro caso, a Administração age como se particular fosse, utilizando predominantemente o
regime jurídico de direito privado. São exemplos desse tipo de ajuste os contratos de locação,
quando a Administração age como locatária; e os contratos de compra e venda de bens de uma
sociedade de economia mista (SEM) relacionados com a atividade fim da entidade (por exemplo,
1
Meirelles, 2013, p. 223.
2
Ao longo desta aula, quando não mencionarmos a qual lei estamos nos referindo, considere que se trata da Lei 8.666/1993.
Além disso, vamos utilizar os termos Lei de Licitações e Contratos, LLC, Lei de Licitações, Estatuto geral das licitações ou somente
Estatuto para nos referir à Lei 8.666/1993.
uma SEM que produza minério, quando firmar um contrato de venda de minério, utilizará
predominantemente as normas de direito privado).
Como exemplos de contratos administrativos, podemos mencionar as contratações de obras,
serviços e/ou compras realizados pelos órgãos da Administração direta, buscando satisfazer o
interesse público.
Vamos ver como isso pode constar em provas.
1.2 FORMALIDADE
Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o
ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da
inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas da Lei de Licitações e Contratos e também às
próprias cláusulas contratuais (art. 61).
Além dessas exigências, é necessária a publicação resumida do instrumento de contrato ou de
seus aditamentos na imprensa oficial como condição indispensável para sua eficácia. Essa
publicação deve ocorrer independentemente do valor do contrato, inclusive se ele for sem ônus. A
eficácia representa a produção dos efeitos do contrato.
De acordo com a Lei 8.666/1993,
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem
como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas
modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros
instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou
ordem de execução de serviço.
Entenda como instrumento de contrato o termo formal, que é assinado pelas partes pactuantes.
De acordo com o TCU, a contratação deve ser formalizada obrigatoriamente por meio de termo
de contrato nas seguintes situações:3
• licitações realizadas nas modalidades tomada de preços, concorrência e pregão;4
• dispensa ou inexigibilidade de licitação, cujo valor esteja compreendido nos limites das
modalidades tomada de preços e concorrência; e
• contratações de qualquer valor das quais resultem obrigações futuras, por exemplo: entrega
futura ou parcelada do objeto e assistência técnica.
3
Brasil. Tribunal de Contas da União, 2011, p. 652.
4
Percebam que o TCU inclui também a modalidade pregão, sem prejuízo da ressalva prevista no Art. 62, §4º.
Veja que a jurisprudência do TCU inclui o pregão no rol das modalidades de licitação que exigirão,
posteriormente, a celebração de termo de contrato. Contudo, a Lei 8.666/1993 só inclui a tomada
de preços e a concorrência. Assim, se o enunciado tomar por base somente a Lei 8.666/1993, as
modalidades são apenas concorrência e tomada de preços.
Nas demais situações, o termo de contrato é facultativo, podendo ser substituído pelos
instrumentos hábeis a seguir:
• carta-contrato;
• nota de empenho de despesa;
• autorização de compra; ou
• ordem de execução de serviço.
Ademais, é dispensável o termo de contrato nas compras com entrega imediata e integral dos bens
adquiridos, das quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica,
independentemente do valor e da modalidade realizada (Art. 62, §4º). Nesse caso, é facultada a
substituição pelos instrumentos apresentados acima. Ou seja, se a Administração realizar um
pregão ou uma tomada de preços para compra de um milhão de unidades de lápis de escrever
para entrega imediata e integral, sem obrigações futuras, poderá dispensar o termo de contrato.
Mas o que vem a ser carta-contrato, nota de empenho etc? Segundo o TCU,
Carta-contrato, nota de empenho, autorização de compra ou ordem de execução de serviços são documentos mais
simples utilizados para formalização da compra, obra ou serviço, que devem ser precedidos de nota de empenho. A esses
instrumentos se aplicam, no que couber, as exigências do termo de contrato. Exemplo: descrição do objeto, preço, prazos
de entrega do bem ou da execução da obra ou da prestação do serviço, o crédito pelo qual correrá a despesa, entre outras
exigências.
Assim, eles são instrumentos mais simples, sem tanta burocracia, mas que não dispensam algumas
exigências, como descrição do objeto, preço, prazos de entrega do bem ou da execução da obra ou
da prestação do serviço, o crédito pelo qual correrá a despesa, etc.
Os contratos e seus aditamentos devem ser numerados e arquivados em ordem cronológica, na
sequência das datas de assinaturas e registro sistemático dos respectivos extratos em meio
eletrônico ou em livro próprio. Para os contratos que tiverem por objeto direitos reais sobre
imóveis, ou seja, compra, venda ou doação de bens imóveis, devem ser formalizados por
instrumento lavrado em cartório de notas, juntando-se cópia de tudo no processo que lhe deu
origem.
Em geral, os contratos são formais e escritos. Porém, a Lei permite a utilização de contrato verbal
para pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a
R$ 8.800,00, feitas em regime de adiantamento. Para os demais casos, o contrato verbal será nulo
e de nenhum efeito.
• convites;
• dispensas e inexigibilidades não englobadas nos
limites para tomada de preços e concorrência;
• compras com entrega imediata/integral, das quais
não resultem obrigações futuras, independentemente
Termo de contrato facultativo do valor e da modalidade realizada; e
• poderá ser substituído por:
→ carta-contrato;
→ nota de empenho;
→ autorização de compra;
→ ordem de execução de serviço.
Enquanto no direito privado os particulares são livres para estipularem a maioria das cláusulas do
contrato, como consequência da autonomia da vontade que impera para os administrados
(sociedade em geral); nos contratos administrativos existem algumas cláusulas necessárias,
impostas pelo artigo 55 da Lei de Licitações e que, sempre que for o caso, devem constar nos
termos do ajuste, sob pena de nulidade. São elas:
I. o objeto e seus elementos característicos;
II. o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III. o preço, as condições de pagamento, os critérios de reajuste;
IV. os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de recebimento;
V. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional
programática e da categoria econômica;
VI. as garantias, quando exigidas;
VII. os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades e os valores das multas (obs.:
o TCU entende que não se pode incluir cláusula prevendo a aplicação de multa ou
indenização contra a Administração em caso de rescisão);
VIII. os casos de rescisão;
IX. o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa pela
inexecução total ou parcial do contrato;
X. as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
XI. a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à
proposta do licitante vencedor;
XII. a legislação aplicável à execução do contrato;
XIII. a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, todas as
condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação; e
XIV. deverá constar necessariamente cláusula que declare competente o foro da sede da
Administração para dirimir qualquer questão contratual.
Percebam, contudo, que algumas dessas cláusulas nem sempre estarão presentes. Por exemplo, se
o objeto do contrato não exigir garantia, não será o caso incluir algum dispositivo para isso. Ou
seja, boa parte dessas cláusulas não é obrigatória, mas apenas facultativa ou desejável.
Vamos resolver algumas questões!
Em regra, a duração dos contratos é limitada à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
exceto quanto aos relativos (art. 57):
a) aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde
que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
b) à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua
duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses. Em caráter
excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, este
prazo poderá ser prorrogado por mais doze meses.
c) ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração
estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do
contrato.
d) às hipóteses de licitação dispensável previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 245,
cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse
da administração.
5
Apenas para ilustrar, vamos apresentar o conteúdo dos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI da Lei 8.666/1993. Ressalto, contudo, que
não há necessidade de decorar esses incisos. Lembrem-se apenas que eles estão relacionados com segurança e defesa nacional
e tecnologia.
Art. 24. É dispensável a licitação:
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do
Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; [...]
Ou seja, em regra os contratos estão adstritos à vigência dos respectivos créditos orçamentários, a
exceção das hipóteses apresentadas acima, nas quais admitir-se-ão prorrogações dentro dos
limites apresentados.
A Lei apresenta os motivos que justificam as prorrogações dos prazos de início de etapas de
execução, de conclusão e de entrega dos contratos administrativos. Nessas situações, deverão ser
mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio
econômico-financeiro. Vejamos quais são esses motivos:
Art. 57. [...] §1º Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação,
mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro,
desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:
I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere
fundamentalmente as condições de execução do contrato;
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da
Administração;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em
documento contemporâneo à sua ocorrência;
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos
de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das
sanções legais aplicáveis aos responsáveis. (grifos nossos)
Por fim, nos termos do §2º, Art. 57, toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e
previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
Vamos dar uma olhada numa questãozinha.
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em
documento contemporâneo à sua ocorrência;
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos
de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das
sanções legais aplicáveis aos responsáveis.
§ 2o Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade
competente para celebrar o contrato.
Portanto, as prorrogações de prazo devem ser justificadas por escrito e autorizadas
previamente pela autoridade competente.
Gabarito: correto.
Ou seja, o particular só estará livre de suas obrigações após um atraso superior a 90 (noventa) dias,
existindo ainda ressalvas nos casos de calamidade pública e grave perturbação da ordem.
6
Justen Filho, 2012, p. 886.
7
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2014, p. 295), álea econômica é todo acontecimento externo ao contrato, estranho à
vontade das partes, imprevisível e inevitável, que causa desequilíbrio muito grande, tornando a execução do contrato
excessivamente oneroso para o contratado
8
Carvalho Filho, 2014, p. 213.
Éà à à à à à à à à à à à à à à eventos
da natureza ou de atos de terceiros, de caráter extraordinário, imprevisível e inevitável, estranhos
à vontade das partes, que acarretem onerosidade excessiva, retardamento ou impossibilidade de
execução do objeto do contrato.
A doutrina administrativista9 costuma utilizar o caso fortuito para indicar os eventos da natureza
p. ex. tufão em uma região não sujeita a esse tipo de fenômeno, inundação imprevisível que cause
estragos onerosos no local de execução, etc. , enquanto a força maior resulta de um fato
decorrente da ação ou vontade humana p. ex. greve que paralise o transporte da matéria prima.
No entanto, o Código Civil, ao tratar do tema, no parágrafo único do art. 393, não apresenta tal
à à O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos
não era possível evitar ou impedir à C à à àL à à à à à à à
dois eventos, motivo pelo qual não é necessário fazer tal distinção.
Nos termos do art. 78, inc. XVII, a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente
comprovada, impeditiva da execução do contrato é considerada motivo para a rescisão do
contrato. Nesse caso, se não existir culpa do contratado, a Administração deve indenizá-lo pelos
prejuízos decorrentes do desfazimento do acordo.
Esses eventos também são causas para a alteração do contrato, mediante acordo das partes, com
o objetivo de obter a revisão para recompor o equilíbrio econômico-financeiro inicial (art. 65, II,
Como já dito, a situação deve caracterizar-se como imprevisível, inevitável e com impossibilidade
total do cumprimento das obrigações nos termos iniciais. Fora disso, os fatos serão considerados
álea normal inerente aos riscos de qualquer contrato 10. Com efeito, o contratado só pode invocar o
caso fortuito e a força maior como eventos justificadores da inexecução do contrato se provar que
não contribuiu para colocar-se em situação prejudicada pelo evento. Por exemplo, imagine que
uma tempestade imprevisível causou sérios danos a uma obra contratada. Porém, o cronograma
estava atrasado injustificadamente e por culpa do contratado. Se restar comprovado que os danos
só ocorreram em virtude do atraso, o contratado não poderá utilizar o evento como causa
justificadora para a inexecução de suas obrigações. Vale dizer, se a obra estivesse em dia, a
tempestade não teria gerado os danos e, portanto, isso não será justificativa para a inexecução da
avença.
O fato do príncipe é uma determinação estatal geral, imprevisível ou inevitável, que atinge
reflexamente o contrato, ocasionando oneração excessiva ao particular, independentemente da
vontade deste. Por conseguinte, o fato do príncipe autorizará a revisão ou a rescisão do contrato,
neste último caso quando tornar impossível o cumprimento das obrigações.
9
Nesse sentido podemos citar: Meirelles (2013, p. 251); Carvalho Filho (2014, p. 214); e Justen Filho (2014, p. 552).
10
Nesse sentido podemos citar: Meirelles (2013, p. 251); Carvalho Filho (2014, p. 214); e Justen Filho (2014, p. 552).
Segundo Marçal Justen Filho, a teoria do fato do príncipe consagra o direito de indenização a um
particular em vista da prática de ato lícito e regular imputável ao Estado. Ademais, a
determinação estatal deve ser geral, influenciando no contrato apenas de forma reflexa ou
indireta. Por exemplo, a elevação da carga tributária incidente sobre a execução da prestação
devida pelo particular.
O fato do príncipe difere do fato da Administração porque este corresponde a uma ação ou
omissão do Poder Público que reflete diretamente na execução do contrato, ou seja, direcionado
especificamente ao contrato; enquanto os efeitos daquele surgem de forma indireta. Por
exemplo, o aumento da carga tributário não se direciona especificamente ao contrato, mas pode
atingi-lo de maneira reflexa. Agora se a Administração Pública não liberar um bem que estava
previsto no contrato para viabilizar a sua execução, teremos um ato da Administração, uma vez
que se vocacionou especificamente ao contrato.
O fato do príncipe está previsto no ar à àII à à à à à à àbilateral, ou seja,
por acordo das partes, buscando garantir o reequilíbrio econômico-financeiro.
Além disso, a Lei dispõe no §5º do art. 65, que quaisquer tributos ou encargos legais criados,
alterados ou extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a
data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados,
implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo consideram que essa hipótese do art. 65, §5º, é a mesma que
embasa a revisão do fato do príncipe. Contudo, os autores dispõem que esse caso não é
exatamente um fato do príncipe, uma vez que a Lei não exige que a alteração torne o contrato
extraordinariamente oneroso. Assim, o dispositivo é ainda mais benéfico do que a teoria da
imprevisão tradicionalmente descrita.
Por outro lado, o dispositivo exige a alteração tanto para mais como para menos, resguardando,
assim, também os interesses da Administração. Isso ocorreria, por exemplo, no caso de extinção
ou redução de um tributo que incide sob o objeto do contrato.
Por fim, vale destacar que a maior parte dos administrativistas 11 considera o fato do príncipe como
um ato estatal geral; porém, Maria Sylvia Di Pietro, apresenta um posicionamento divergente.
Segundo a autora, só é fato do príncipe os atos gerais oriundos da mesma esfera de governo em
que se celebrou o contrato (União, estados e municípios).
Todavia, conforme já destacado, esse não é o posicionamento majoritário, motivo pelo qual
concluímos que o fato do príncipe alcança todos os atos estatais gerais do Poder Público,
independentemente da esfera de governo.
O fato da Administração é toda ação ou omissão do Poder Público, que incide direta e
especificamente sobre o contrato, retardando ou impedindo a sua execução.
11
e.g. Carvalho Filho. 2014, p.213-214; e Justen Filho, 2014, 548-549.
Ocorre, por exemplo, quando a Administração deixa de entregar o local da obra ou serviço, não
providencia as desapropriações necessárias, atrasa os pagamentos, ou pratica qualquer ato
impeditivo dos trabalhos a serem desenvolvidos pela outra parte12. Nessa esteira, podemos
mencionar como hipóteses de fato da Administração as situações previstas no art. 78, incs. XIV a
XVI da Lei 8.666/1993, vejamos:
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
[...]
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e
vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por
repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de
indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras
previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das
obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras,
serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade
pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela
suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou
fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;
Nesse contexto, o fato da Administração é uma ação ou omissão do Poder Público na qualidade de
parte contratante. Representa, portanto, descumprimento das obrigações contratuais por parte da
Administração, o que permite que o contratado busque o reparo, seja por acordo com a própria
Administração, seja por meio judicial.
12
Meirelles, 2013, p. 254.
prazos. Justamente por isso que esse tipo de situação enquadra-se nas hipóteses de alteração por
à à à à à à à àII à à àL à
Vejamos como isso pode ser cobrado.
O art. 66-A da Lei 8.666/1993, incluído pela Lei 13.146/2015, determina que as empresas
enquadradas no critério de desempate previsto no inciso V do § 2º e no inciso II do § 5º do art. 3º
da Lei de Licitações (ou seja, as empresas que se beneficiarem do critério de desempate ou da
margem de preferência por reserva de vagas para pessoa com deficiência ou para reabilitado da
Previdência Social) deverão cumprir, durante todo o período de execução do contrato, a reserva de
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social, bem
como as regras de acessibilidade previstas na legislação. Nesse caso, caberá à administração
fiscalizar o cumprimento dos requisitos de acessibilidade nos serviços e nos ambientes de trabalho.
O artigo 67 da Lei 8.666/1993 estabelece que a execução do contrato deverá ser acompanhada e
fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas
com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou
defeitos observados (Art. 67, § 1º). Além disso, as decisões e providências que ultrapassarem a
competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a
adoção das medidas convenientes (Art. 67, §2º).
O Anexo I da Instrução Normativa SLTI/MPOG nº 02 de 30 de abril de 2008 define o fiscal ou o
gestor do contrato como o representante da Administração, especialmente designado para
exercer o acompanhamento e a fiscalização da execução contratual, devendo informar a
Administração sobre eventuais vícios, irregularidades ou baixa qualidade dos serviços prestados
pela contratada, propor as soluções e as sanções que entender cabíveis para regularização das
faltas e defeitos observados.
13
Paludo, 2013, p. 366-367.
É importante destacar, também, que a autoridade competente poderá designar mais de um fiscal
de contrato. Além disso, faculta-se, de modo expresso, que a Administração contrate terceiros
para acompanhamento da atividade de fiscalização. Isso ocorreria nos casos em que a
especialidade ou a complexidade superam os limites de atuação dos agentes administrativos. 15
Vamos resolver questões.
14
Justen Filho, 2012, p. 934.
15
Justen Filho, 2012, p. 936.
Segundo Hely Lopes Meirelles, a entrega e recebimento do objeto do contrato constitui a etapa
final da execução de todo o ajuste administrativo para liberação do contratado. Dessa forma, o
à à à ateste à à à à à à à à à àá à
nos termos estabelecidos no ajuste.
Em regra, deverá ocorrer um recebimento provisório e, depois, um recebimento definitivo.
Contudo, é somente no recebimento definitivo que a Administração confirma efetivamente que o
contrato foi realizado dentro de suas especificações. Porém, o recebimento provisório ou definitivo
não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-
profissional pela perfeita execução do contrato (art. 73, §2º).
Ademais, o recebimento também não exclui a obrigação do contratado de reparar, corrigir,
remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato
em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais
empregados (Art. 69).
Os procedimentos para recebimento do objeto podem ser esquematizados da seguinte forma:
1.12 SUBCONTRATAÇÃO
A subcontratação ocorre quando o contratado firma um ajuste com uma terceira pessoa para que
ela realize parte do objeto do contrato. Para exemplificar, imagine que você contratou uma
empresa para realizar o seu casamento. A empresa contratada pode realizar, com seus próprios
meios, todo o evento ou, então, subcontratar parte dos serviços, como fotografia, filmagem e
preparação dos doces. Isso é uma subcontratação.
A Lei 8.666/1993 dispõe que o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das
responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou
fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração (art. 72). Dessa forma, não
se admite a subcontratação total, pois os contratos administrativos têm natureza intuitu
personae16. Somente se admite a subcontratação em casos específicos, devidamente justificados e
autorizados.
16
Os contratos administrativos, em regra, são contratos pessoais (intuitu personae), isto é, devem ser realizados pela pessoa que
se obrigou perante à Administração. Assim, somente em casos restritos os serviços podem ser subcontratados.
Gabarito: correto.
(Cespe - Funasa/2013) Caso ocorra a morte de uma pessoa que tenha pactuado um contrato
administrativo, seus herdeiros deverão ser chamados para dar cumprimento à parte restante
das obrigações assumidas.
Comentário: os contratos apresentam natureza intuitu personae, ou seja, as obrigações
devem ser cumpridas pela mesma pessoa que assumiu a obrigação junto à Administração.
Assim, o dever de cumprir os termos pactuados não alcança os herdeiros da pessoa que
celebrou o contrato.
Gabarito: errado.
(Cespe Agente Administrativo/MTE/2014) Todos os contratos para os quais a lei exige
licitação são firmados intuitu personae, ou seja, em razão de condições pessoais do
contratado, apuradas no procedimento da licitação.
Comentário: os contratos possuem natureza intuitu personae. Agora, vamos aprofundar o
assunto com um pequeno trecho da lavra de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo:
Os contratos administrativos, em regra, são contratos pessoais, celebrados intuiutu personae, ou seja, a
execução do contrato deve ser levada a termo pela mesma pessoa (física ou jurídica) que se obrigou perante a
administração. A natureza dos contratos administrativos decorre principalmente do fato de serem eles
celebrados após a realização de um procedimento licitatório em que se visa, não apenas a selecionar a
proposta mais vantajosa para a administração, mas também a selecionar uma pessoa, física ou jurídica, que
ofereça condições de assegurar a adequada execução do que foi contratado.
Dessa forma, podemos considerar o item correto, uma vez que os contratos possuem
natureza intuitu personae, decorrentes das condições pessoais, apuradas durante o
procedimento licitatório.
Gabarito: correto.
(Cespe - AA/PREVIC/2011) O contrato celebrado pela administração pública possui natureza
personalíssima.
Comentário: lembrem-se os contratos administrativos possuem natureza personalíssima
(intuitu personae).
Gabarito: correto.
De acordo com a Constituição Federal de 1988, o Poder Público poderá prestar os serviços
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação. Dessa forma,
a concessão e a permissão são formas de delegação de serviços públicos, ou seja, representam a
descentralização de serviços por colaboração ou delegação.
Durante algum tempo, houve muita discussão sobre a natureza da permissão de serviços públicos,
se consistia ato ou contrato administrativo. Não nos cabe, neste momento, aprofundar tal debate.
Apenas afirmamos que a Lei 8.987/1995 expressamente dispõe que a permissão é formalizada por
contrato de adesão. Dessa forma, para fins de concurso, a permissão de serviço público é
formalizada por contrato, conforme expressamente dispõe o art. 40 da Lei 8.987/1995.
De qualquer forma, quando abordam as espécies de cont à à à à à à à
à àá à à à à à à à à à à à à à
tópico, traremos rapidamente o conceito de permissão de serviço público.
A concessão é uma forma de delegação de serviços públicos, realizada por meio de contrato
administrativo precedido de licitação pública. Assim, por meio da concessão, a Administração
transfere determinados poderes a particulares para que prestem determinado serviço público. Por
exemplo, é concessão a delegação dos serviços de telefonia para a Oi, Vivo, Tim, Claro, etc.;
também é concessão a delegação da manutenção e operacionalização de rodovias; é concessão a
delegação da realização de investimentos, manutenção e exploração dos aeroportos; etc.
De acordo com a Prof. Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a concessão, em sentido amplo, é definida
como o:
[...] contrato administrativo pelo qual a Administração confere ao particular a execução remunerada de serviço público,
de obra pública ou de serviço de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ou lhe cede o uso de bem
público, para que o explore pelo prazo e nas condições regulamentares e contratuais.
Nessa definição, a jurista apresenta várias modalidades de concessão, sujeitas cada uma a regime
jurídico parcialmente diferenciado:17
a) concessão de serviço público ordinária, comum ou tradicional: na qual a remuneração básica
decorre de tarifa paga pelo usuário ou outra forma de remuneração decorrente da própria
exploração do serviço (receitas alternativa); é a categoria básica prevista na Lei 8.987/95 e
legislação esparsa sobre os serviços públicos específicos;
Na mesma linha, a Lei 8.987/1995 define a concessão de serviço público (na conhecida categoria
à à à àdelegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação,
na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
à à à à à à à à à à à à àL à à
art. 2º, II).
Além da forma comum, a Lei 11.079/2004 Lei das Parcerias Público-Privadas criou duas novas
formas de concessão, vejamos:
b) concessão patrocinada: em que se conjugam a tarifa paga pelos usuários e a contraprestação
pecuniária do concedente (parceiro público) ao concessionário (parceiro privado); ou seja, o
concessionário (a empresa que explora a atividade) recebe a tarifa do usuário e um
complemento pago pela Administração; essa modalidade está prevista na Lei 11.079/2004;
Na Lei das Parcerias Público-Privadas PPP à à à à à à à à à
de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995,
quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do
à à à à àL à à à à
17
Di Pietro, 2009, p. 64.
18
. Complementa a autora dispondo que a concessão de uso possui natureza de
contrato de direito público, sinalagmático19, oneroso ou gratuito, comutativo20 e realizado intuitu
personae.
Portanto, na concessão de uso a Administração concede a utilização de determinado bem público
ao particular, podendo ou não exigir remuneração em troca. Um exemplo de concessão de uso
ocorre quando a Administração concede a utilização de uma loja dentro de uma instituição pública
para que o particular explore comercialmente o lugar.
Ressalta-se, por fim, que a concessão de uso deve ser precedida de licitação, nos termos do art. 2º
da Lei 8.666/1993.
Antes de finalizarmos, cumpre observar que, ao lado da concessão de serviços públicos, temos a
permissão de serviços públicos. A permissão de serviço público é definida pela Lei 8.987/1995
à a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita
pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho,
por sua conta e risco à à à IV à C à à à à à A permissão de serviço
público será formalizada mediante contrato de adesão à à à à à à àL à
à à à à à à à à à à inclusive quanto à
precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente
Consoante o art. 6º, I, da Lei 8.666/1993, a obra é toda construção, reforma, fabricação,
recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta. Por conseguinte, o contrato
administrativo de obra será o ajuste entre a Administração e um particular, tendo por objeto
pactuado a construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação de determinado bem
público.
Assim, são exemplos de contratos de obras públicas aqueles que tenham por objeto a construção
de um edifício para funcionar uma câmara municipal, a reforma de uma escola pública, a
construção de um viaduto, etc.
P àM àá à àV àP à à traço distintivo entre o contrato de obra e de serviço
é a predominância, no primeiro, do material sobre a atividade operativa 21. Portanto, na obra,
predomina o emprego dos materiais.
Devemos acrescentar ainda os ensinamentos de José dos Santos Carvalho Filho, que apresenta a
definição de cada um dos tipos de atividades que integram o conceito de obra presente na Lei
8.666/1993:22
a) construção à resulta de atividades e materiais destinados à criação do bem
18
Di Pietro, 2014, p. 771.
19
O contrato sinalagmático é o contrato bilateral em que as duas partes se obrigam reciprocamente, ou seja, as duas partes
possuem as duas obrigações que devem ser cumpridas.
20
O contrato comutativo é aquele em que cada as obrigações de cada uma das partes são conhecidas e certas.
21
Alexandrino e Paulo, 2015, p. 609.
22
Carvalho Filho, 2014, p. 182.
b) reforma à é o conjunto de alterações que esse bem pode sofrer, sem que seja ampliado
c) ampliação à pressupõe também que o bem já exista, mas que pelo contrato vai receber
acréscimo em suas dimensões
d) fabricação à à à à à à à
e) recuperação: -se para o fim especial de
restauração do bem
Além disso, as obras podem ser executadas de forma direta ou indireta. Direta é a execução pelos
próprios órgãos administrativos, enquanto a execução indireta é aquela que decorre da
contratação de terceiros. Nessa linha, a Lei 8.666/1993 apresenta os seguintes regimes de
execução indireta: (i) empreitada por preço global; (ii) empreitada por preço unitário; (iii) tarefa;
(iv) empreitada integral. Vamos detalhar cada um desses regimes de execução:
1) empreitada por preço global ocorre quando se contrata a execução da obra ou do serviço
por preço certo e total à à VIII à àP à à à à à à à à à à
previamente definido, em que pese possa sofrer os reajustes previstos na Lei de Licitações;
2) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por
preço certo de unidades determinadas à àVIII à T - à à à à uado
a obras que constem de partes distintas ou que se determinem por medida (como metro
quadrado de muro levantado, metros cúbicos de concreto etc.) e o pagamento é devido após
à à à à à à 23
3) tarefa é o tipo de regime que ocorre quando se ajusta mão-de-obra para pequenos
trabalhos por preço certo à à à à à à à à àVIII à
4) empreitada integral ocorre quando se contrata um empreendimento em sua
integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias,
sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de
entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em
condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às
finalidades para que foi contratada. Assim, a empreitada integral é utilizada na realização de
empreendimentos de grande vulto e alta complexidade.
Para a Lei 8.666/1993, serviço à toda atividade destinada a obter determinada utilidade de
interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação,
conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro
ou trabalhos técnico-profissionais à à àII
Em primeiro lugar, devemos notar que esses serviços são prestados à própria Administração
Pública, portanto não podem ser confundidos com a prestação dos serviços públicos. Estes últimos
são prestados à sociedade, diretamente pelo Poder Público ou indiretamente, por meio de
concessão ou permissão de serviços públicos (CF, art. 175). Assim, os serviços que tratamos aqui
23
Alexandrino e Paulo, 2015, p. 611.
são serviços privados prestados à Administração, como a limpeza de uma repartição pública, o
conserto de algum equipamento utilizado em um órgão público, etc.
Com efeito, também não podemos confundir serviço com obra público. Vimos acima um critério
utilizado na doutrina que refere-se ao emprego de material, considerando que, na obra, a
utilização de material prevalece sobre a atividade operativa. Contudo, há muita discussão
doutrinária e nem sempre é possível verificar, na prática, se um contrato seria de obra ou de
serviço.
D à à àJ à à“ àC àF à no fundo a obra não deixa de ser um serviço com
resultado àC à à à Parece-nos que, apesar das dificuldades, pode entender-se que
na obra há sempre um acréscimo ou modificação significativa no bem imóvel, enquanto que nos
serviços gerais predomina a atividade, a execução, o facere, enfim 24
Para fins de concurso, é recomendado conhecer cada um dos substantivos utilizados na definição
de obra ou serviço. Assim, a obra à à construção, reforma, fabricação, recuperação ou
ampliação à à à serviço é toda atividade destinada a obter determinada utilidade de
à à àá à à demolição, conserto, instalação, montagem, operação,
conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade,
seguro ou trabalhos técnico-profissionais
Os contratos de fornecimento são aqueles destinados à aquisição de bens móveis tais como
material de escritório, gêneros alimentícios, material de limpeza, equipamentos, etc. necessários
à manutenção das atividades administrativas, à prestação de serviços públicos ou à realização de
obras.
Segundo José dos Santos Carvalho Filho àL à à à à à à à à
à àP à à à à à à à à à à à à à à à à
venda, tal como existente no campo do direito privado e, por isso, é regido por algumas regras
básicas de direito privado, sem prejuízo da incidência de regras próprias dos contratos
administrativos.
P à à àL à àL à àC à à à à à à à à à
à à à à à à à à à àIII .
Os recursos administrativos, na Lei de Licitações e Contratos, estão disciplinados no art. 109. A Lei
apresenta três tipos de recursos administrativos:
24
Carvalho Filho, 2014, p. 185.
25
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado
as seguintes sanções: [...]
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que
será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da
sanção aplicada com base no inciso anterior. [...]
§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual
ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura
de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação.
administrativo
Recurso Até cinco dias úteis (a) habilitação ou inabilitação do licitante; (b)
(dois dias úteis se for julgamento das propostas; (c) anulação ou
convite) revogação da licitação; (d) indeferimento do pedido
de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou
cancelamento; (e) rescisão unilateral do contrato por
parte da Administração; (f) aplicação das penas de
advertência, suspensão temporária ou de multa.
Representação Até cinco dias úteis Casos em que não caiba o recurso hierárquico
(dois dias úteis se for
convite)
Pedido de Até dez dias úteis Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar
reconsideração com a Administração Pública aplicada pelo Ministro
de Estado ou Secretario estadual ou municipal
A intimação dos atos de (a) habilitação ou inabilitação do licitante; (b) julgamento das propostas;
(c) anulação ou revogação da licitação; e (d) rescisão unilateral do contrato por parte da
Administração, excluídos os relativos a advertência e multa de mora, e de declaração de
inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública deverá ser feita mediante
publicação na imprensa oficial. Todavia, a Lei excepciona esta regra de publicação para os casos de
(a) habilitação ou inabilitação do licitante e (b) julgamento das propostas, desde que estejam
presentes os prepostos dos licitantes no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser feita
por comunicação direta aos interessados e lavrada em ata.
A Lei determina ainda que, se for interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que
poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
Ademais, o recurso deverá ser dirigido à autoridade superior, por intermédio de que praticou o ato
recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de cinco dias úteis. Caso não
reconsidere sua decisão, a autoridade que praticou o ato recorrido deverá, no mesmo prazo de
cinco dias úteis, fazer o recurso subir para apreciação da autoridade superior, devidamente
informado, devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo de cinco dias úteis,
contado do recebimento do recurso, sob pena de responsabilidade.
Por fim, nenhum prazo de recurso, representação ou pedido de reconsideração se inicia ou corre
sem que os autos do processo estejam com vista franqueada ao interessado.
Ensina José dos Santos Carvalho Filho26 à Consideram-se convênios administrativos os ajustes
firmados por pessoas administrativas entre si, ou entre estas e entidades particulares, com vistas a
ser alcançado determinado objetivo de interesse público
Na mesma linha, Hely Lopes Meirelles27 dispõe que,
Convênio é acordo, mas não é contrato. No contrato as partes têm interesses diversos e opostos; no convênio os
particípes têm interesses comuns e coincidentes. Por outras palavras: no contrato há sempre duas partes (podendo ter
mais de dois signatários), uma que pretende o objeto do ajuste (a obra, o serviço etc.), outra que pretende a
contraprestação correspondente (o preço, ou qualquer outra vantagem), diversamente do que ocorre no convênio, em que
não há partes, mas unicamente particípes com as mesmas pretensões. Por essa razão, no convênio a posição jurídica dos
signatários é uma só, idêntica para todos, podendo haver apenas diversificação na cooperação de cada um, segundo suas
possibilidades, para a consecução do objetivo comum por todos. (grifos nossos)
IMPORTANTE:
A diferença mais marcante entre convênio e contrato é que, no primeiro, os interesses são
comuns e coincidentes; enquanto, no contrato, os interesses são diversos e opostos.
Vamos exemplificar. Quando um órgão contrata uma empresa para construir uma escola, ele
deseja obter a obra, pagando o menor valor possível. Por outro lado, o contratado deseja receber
o dinheiro e que seja o maior possível. Perceberam? São interesses opostos.
Agora pense em um convênio celebrado entre o governo e a uma organização social que atende
crianças especiais. As duas partes desejam fornecer o melhor serviço para as crianças e com o
menor custo possível. Viram só? Os dois lados querem a mesma coisa: atendimento das
necessidades das crianças com qualidade e economicidade.
A Lei 8.666/1993 apresenta algumas regras sobre convênios, em particular no artigo 116, vejamos:
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros
instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.
§ 1o A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da Administração Pública depende
de prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela organização interessada, o qual
deverá conter, no mínimo, as seguintes informações:
I - identificação do objeto a ser executado;
II - metas a serem atingidas;
III - etapas ou fases de execução;
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
26
Carvalho Filho, 2013, p. 224.
27
Meirelles, 2013, p. 464.
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou fases programadas;
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de que os recursos próprios para
complementar a execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total do
empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador.
A Lei destaca, ainda, que, assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador do recurso dará
ciência do mesmo à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva (§2º).
As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação
aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o saneamento das
impropriedades ocorrentes (§3º):
a) quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente
recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de fiscalização
local, realizados periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou
pelo órgão competente do sistema de controle interno da Administração Pública;
b) quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos não justificados
no cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios
fundamentais de Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na
execução do convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas
conveniais básicas;
c) quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe
repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno.
Essa medidas são importantes e buscam resguardar os recursos públicos de eventuais entidades
que não cumprem com os termos pactuados e com a legislação aplicável. Assim, caso uma
organização social não comprove a boa e regular aplicação dos recursos, atesta através do
respectivo processo de prestação de contas, as parcelas subsequentes deverão ficar retidas, até
saneamento das impropriedades.
A Lei 8.666/93 determina que os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão
obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a
previsão de seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto
prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização
dos mesmos verificar-se em prazos menores que um mês (§4º). As receitas obtidas dessas
aplicações serão consideradas como crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de
sua finalidade (§5º).
Ao término do convênio (conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, acordo ou ajuste)
os saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicações
financeiras realizadas, serão devolvidos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo
improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de
contas especial do responsável, providenciada pela autoridade competente do órgão ou entidade
titular dos recursos.
A tomada de contas especial é um procedimento administrativo que tem por objetivo apurar
danos, identificar responsáveis e obter eventuais ressarcimentos. Caso o titular não tome as
medidas cabíveis, nem instaure a tomada de contas, poderá ser responsabilizado solidariamente
pelo dano decorrente do repasse dos recursos.
Vamos ver como isso cai em prova.
2 RESUMO
Dessa forma, o contrato é um acordo de vontades realizado entre a Administração Pública e outra
pessoa, seja ela física ou jurídica, pública ou privada, com o objetivo de atender a determinado
interesse público, como a prestação de um serviço, realização de uma obra ou fornecimento de
um produto.
Contratos da administração x contratos administrativos
Contratos da administração: são os ajustes firmados pela Administração Pública e os particulares,
nos quais a Administração não figura na qualidade de poder público. Esses contratos são regidos
predominantemente pelo direito privado. Dessa forma, o Poder Público não age com supremacia
sobre o privado. Também são conhecidos como contratos atípicos, semipúblicos ou horizontais;
Contratos administrativos: são os ajustes que a Administração, nessa qualidade, celebra com
pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para consecução de fins públicos, segundo o
regime jurídico de direito público. Nesse caso, a Administração age com supremacia sobre o
particular. Também são conhecidos como contratos típicos ou verticais.
Cláusulas necessárias
Enquanto no direito privado os particulares são livres para estipularem a maioria das cláusulas do
contrato, como consequência da autonomia da vontade que impera para os administrados
(sociedade em geral); nos contratos administrativos existem algumas cláusulas necessárias,
impostas pelo artigo 55 da Lei de Licitações e que, sempre que for o caso, devem constar nos
28
Meirelles, 2013, p. 223.
X. as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
XI. a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e
à proposta do licitante vencedor;
XII. a legislação aplicável à execução do contrato;
XIII. a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, todas as
condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação; e
XIV. deverá constar necessariamente cláusula que declare competente o foro da sede da
Administração para dirimir qualquer questão contratual.
Exigência de garantia
À Administração é facultada a exigência de garantia a fim de assegurar a execução do contrato.
Neste caso, porém, a garantia só poderá ser exigida do licitante vencedor e deverá estar prevista
no instrumento convocatório. Ademais, uma vez exigida a garantia, caberá ao contratado optar
por uma das modalidades previstas na Lei. Ou seja, cabe à autoridade competente decidir se é o
caso ou não de exigir garantia; contudo, a escolha cabe ao vencedor da licitação, dentre uma das
seguintes modalidades de garantia (Art. 56, §1º), caução em dinheiro ou em títulos da dívida
pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema
centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos
seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda; seguro-garantia; ou
fiança bancária.
Vigência contratual
Em regra, a duração dos contratos é limitada à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
exceto quanto aos relativos (art. 57):
a) aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde
que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
b) à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua
duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses. Em caráter
excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, este
prazo poderá ser prorrogado por mais doze meses.
c) ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração
estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do
contrato.
d) às hipóteses de licitação dispensável previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24 29,
cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse
da administração.
Cláusulas exorbitantes
O regime jurídico de direito público dá à Administração algumas prerrogativas que a colocam em
29
Art. 24. É dispensável a licitação:
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto
do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; [...]
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos
meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto; [...]
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente,
alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente designada pela
autoridade máxima do órgão. [...]
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2
de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes.
Obs.: a Lei 10.973/2004 dispõe sobre “incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente
produtivo e dá outras providências”.
equipamento, o limite é de até 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
Em contrapartida, as hipóteses de alteração em virtude de acordo das partes, ou alteração
bilateral do contrato, são as seguintes (Art. 65, II):
Espécies de contratos
Contratos de concessão de serviços públicos: o Poder Público poderá prestar os serviços
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação. Dessa forma,
a concessão e a permissão são formas de delegação de serviços públicos, ou seja, representam a
descentralização de serviços por colaboração ou delegação.
Contratos de obras: Consoante o art. 6º, I, da Lei 8.666/1993, a obra é toda construção, reforma,
fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta. Por
conseguinte, o contrato administrativo de obra será o ajuste entre a Administração e um
particular, tendo por objeto pactuado a construção, reforma, fabricação, recuperação ou
ampliação de determinado bem público.
Contratos de serviço: para a Lei 8.666/1993, serviço à toda atividade destinada a obter
determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto,
instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte,
locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais à à àII àC à à
que os serviços que tratamos aqui são serviços privados prestados à Administração e não podem
ser confundidos com a prestação dos serviços públicos.
Contratos de fornecimento (ou compras): Os contratos de fornecimento são aqueles destinados à
aquisição de bens móveis tais como material de escritório, gêneros alimentícios, material de
limpeza, equipamentos, etc. necessários à manutenção das atividades administrativas, à
prestação de serviços públicos ou à realização de obras.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos
ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a
formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação
utilizada.
Gabarito: alternativa D.
2. (IBFC Especialista/AGERBA/2017)
Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo
e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
II. O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências
relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização
das faltas ou defeitos observados.
III. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas
expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos
ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.
IV. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a
terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, excluindo essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.
V. O contratado não é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais resultantes da execução do contrato.
Assinale a alternativa correta sobre os itens apresentados acima considerando as normas da
lei federal nº 8.666, de 21/06/1993.
a) Apenas os itens I e III estão corretos
b) Apenas os itens II e IV estão corretos
c) Apenas os itens I e II estão corretos
d) Apenas os itens IV e V estão incorretos
e) Apenas os itens III e V estão incorretos
Comentário: todas as afirmativas correspondem a artigos da lei 8.666/93 relativos à execução dos
contratos. Vamos transcreve-los para sua fixação:
I - Art. 67: áà à à à à à à à à à à à à
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa a à CORRETA;
II Art. 67, §1º à Oà à àá à à à à à à à
ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à
à à à à à à CORRETA;
3. (IBFC Especialista/AGERBA/2017)
Analise os itens a seguir e considere as disposições da lei federal nº 8.666, de 21/06/1993,
que regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências para assinalar a
alternativa correta.
a) A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar ou retirar o
instrumento equivalente, dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o
descumprimento parcial da obrigação assumida, sujeitando-o apenas às penalidades
estabelecidas no edital.
b) Os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos da
referida lei ou visando frustrar os objetivos da licitação, sujeitam-se às sanções previstas na
mesma lei e nos regulamentos próprios, excluindo-se as responsabilidades civil e criminal que
seus atos ensejarem.
c) Os crimes definidos na referida lei, desde que consumados, sujeitam os seus autores,
quando servidores públicos, além das sanções penais, à perda do cargo, emprego, função ou
mandato eletivo.
d) Considera-se servidor público, para os fins da referida lei, aquele que exerce, de forma não
transitória, cargo, função ou emprego público.
e) As infrações penais previstas na referida lei pertinem às licitações e aos contratos
celebrados pela União, Estados, Distrito Federal, Municípios, e respectivas autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, e quaisquer outras
entidades sob seu controle direto ou indireto.
Comentário:
a) a recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento
equivalente, dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o descumprimento total
da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades legalmente estabelecidas (e não só as
previstas no edital, na forma do art. 81) ERRADA;
b) os agentes administrativos que praticarem atos em desacordo com os preceitos da Lei 8.666/93
ou visando a frustrar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previstas nesta Lei e nos
regulamentos próprios, sem prejuízo das responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar
ERRADA;
c) os crimes definidos na referida lei, desde que consumados ainda que simplesmente tentados,
sujeitam os seus autores, quando servidores públicos, além das sanções penais, à perda do cargo,
emprego, função ou mandato eletivo (art. 83) ERRADA;
d) considera-se servidor público, para os fins da referida lei, aquele que exerce, de forma não
transitória mesmo que transitoriamente ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público
(art. 84) ERRADA;
e) isso mesmo. Essa é a previsão literal do art. 85 da lei 8.666/93 CORRETA.
Gabarito: alternativa E.
4. (IBFC Técnico/AGERBA/2017)
Considerando as disposições da lei federal nº 8.666, de 21/06/1993, assinale a alternativa
correta sobre a liberação dos licitantes quanto aos compromissos assumidos.
a) Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a
contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos
b) Decorridos 30 (trinta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a
contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos
c) Decorridos 90 (noventa) dias da data da abertura das propostas, sem convocação para a
contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos
d) Decorridos 60 (sessenta) dias da data da abertura das propostas, sem convocação para a
contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos
e) Decorridos 45 (quarenta e cinco) dias da data da abertura das propostas, sem convocação
para a contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos
Comentário: a lei prevê, em seu art. 64, que a Administração convocará regularmente o
interessado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro
do prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo das
sanções previstas na lei. Nesse sentido, prevê, ainda, que decorridos 60 (sessenta) dias da data da
entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados dos
compromissos assumidos (§3º).
Gabarito: alternativa A.
5. (IBFC Técnico/AGERBA/2017)
Considerando as disposições da lei federal nº 8.666, de 21/06/1993, assinale a alternativa
correta sobre as sanções administrativas.
a) O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, na
forma prevista, exclusivamente, no contrato.
6. (IBFC Advogado/EBSERH/2013)
A Lei 8.666 de 21 de junho de 1993, especifica, expressamente, os motivos para rescisão
contratual. Analise os itens abaixo e selecione a alternativa CORRETA.
I. Subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a
cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não
admitidas no edital e no contrato.
II. Razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e
determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o
contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato.
III. A suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a
150 (cento e cinquenta) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo,
independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado
ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das
obrigações assumidas até que seja normalizada a situação.
IV. O atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração
decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou
executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou
guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela interrupção do cumprimento de
suas obrigações.
a) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
b) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Somente as afirmativas I e II estão corretas.
e) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
Comentário: o art. 77 da Lei trata sobre a inexecução total ou parcial dos contratos.
O art. 78, por sua vez, elenca os motivos que podem levar à rescisão contratual. Vamos trazer os
incisos correspondentes às afirmativas da questão:
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a
cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas
no edital e no contrato; [afirmativa I – CORRETA]
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e
determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o
contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contrato; [afirmativa II –
CORRETA]
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior
a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem
interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo,
independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao
contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações
assumidas até que seja normalizada a situação; [afirmativa III – ERRADA]
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração
decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados,
salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado
ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja
normalizada a situação; [afirmativa IV – ERRADA]
Portanto, afirmativas I e II estão corretas, enquanto as afirmativas III (o prazo é de 120 dias, e não
150) e IV (a lei fala em suspensão, e não interrupção do cumprimento) estão erradas.
Gabarito: alternativa D.
7. (IBFC Assistente/EBSERH/2016)
Noções de Direito Administrativo e Administração Pública p/ IDAM (Assistente Técnico) Pós-Edital 49
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Aula 06
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna: Os contratos regidos pela Lei
8.666/93 poderão ser alterados, com as devidas justificativas,
_____________________________________.
a) Apenas unilateralmente quando realizado na modalidade tomada de preços.
b) Apenas por acordo das partes.
c) Nos seguintes casos: I - unilateralmente pela Administração, II - por acordo das partes.
d) Quando realizados na modalidade pregão.
e) Apenas unilateralmente pela Administração.
Comentário: as alterações dos contratos administrativos podem ser feitas tanto unilateralmente
pela administração quanto por acordo entre as partes, nas hipóteses previstas na lei.
Gabarito: alternativa C.
8. (IBFC Analista/EBSERH/2016)
De acordo com a lei da licitação, analise as afirmativas a seguir e, em seguida, assinale a
alternativa correta.
I. Os contratos administrativos de que trata a Lei nº 8.666/93 regulam-se pelas suas cláusulas
e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria
geral dos contratos e as disposições de direito privado.
II. Os contratos administrativos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para
sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a
que se vinculam.
III. Os contratos decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação devem atender aos
termos do ato que os autorizou e da respectiva proposta.
IV. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente, impedindo
os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já
produzidos.
V. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este
houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente
comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de
quem lhe deu causa.
VI. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais
manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato,
salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado
em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.
VII. Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a
finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da
dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas da Lei nº 8.666/9 e às
cláusulas contratuais.
9. (IBFC -Técnico/SES-PR/2016)
Assinale a alternativa incorreta.
a) Para os fins da Lei n° 8.666/93, os órgãos e entidades da Administração Pública que
realizem frequentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habilitação,
na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. O registro cadastral deverá ser
amplamente divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos interessados,
obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, através da
imprensa oficial e de jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros
existentes e para o ingresso de novos interessados. É facultado às unidades administrativas
utilizarem-se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administração Pública.
b) Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas,
exceto aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula que
declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão
contratual, salvo o disposto no § 6º do art. 32 da Lei n° 8.666/93.
c) Para os fins da Lei n° 8.666/93, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos
ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades
b) Os contratos administrativos de que trata a referida lei regulam-se pelas suas cláusulas e
pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria
geral dos contratos e as disposições de direito privado.
c) A duração dos contratos regidos pela referida lei ficará adstrita à vigência dos respectivos
créditos orçamentários, sem exceções.
d) A declaração de nulidade do contrato administrativo não se dá retroativamente,
permanecendo válidos os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir.
Comentário:
a) na verdade, é possível a celebração de contratos com pessoas jurídicas domiciliadas no
à à à à à à à àL à à à à à à à à
Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no
estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula que declare competente o foro da sede da
Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no § 6o do art. 32 desta
Lei ERRADA;
b) exatamente. As disposições previstas em relação aos princípios da teoria geral dos contratos e
as disposições de direito privado poderão ser aplicadas aos contratos regidos pela lei de licitações,
de forma supletiva, como autoriza o art. 54 CORRETA;
c) a duração dos contratos regidos pela referida lei ficará adstrita à vigência dos respectivos
créditos orçamentários, sem exceções. O art. 57 traz sim exceções à essa disposição, quando os
créditos forem relativos: aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas
estabelecidas no Plano Plurianual; à prestação de serviços a serem executados de forma contínua;
ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática e às hipóteses previstas
nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24 ERRADA;
d) a declaração de nulidade do contrato administrativo não se dá OPERA retroativamente,
permanecendo válidos os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir (art. 59)
ERRADA.
Gabarito: alternativa B.
entendidas aquelas de valor não superior a 10% (dez por cento) do limite estabelecido para a
tomada de preços nas compras e serviços não referentes a obras e serviços de engenharia.
d) É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas
compras, feitas em regime de adiantamento, assim entendidas aquelas de valor não superior
a 1% (um por cento) do limite estabelecido para o convite nos serviços de engenharia.
e) É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas
compras de pronto pagamento, feitas em regime de adiantamento, assim entendidas aquelas
de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido para o convite nas
compras e serviços não referentes a obras e serviços de engenharia.
Comentário: sobre a formalização dos contratos, assim dispõe o art. 60 da Lei 8.666/93:
Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais
manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os
relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de
notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.
Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de
pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5%
(cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime
de adiantamento.
Portanto, a previsão de indicação de servidor não consta com cláusula obrigatória, sendo o nosso
gabarito.
Gabarito: alternativa C.
projeto, para melhor adequação técnica aos seus objetivos. Considerando as disposições
aplicáveis da Lei nº 8.666/1993, o Estado
a) não poderá efetuar qualquer alteração quantitativa ou qualitativa no contrato, sob pena
de ofensa ao princípio da vinculação ao edital.
b) poderá alterar o objeto do contrato, independentemente da anuência do contratado,
observado o limite de 50% do valor original atualizado.
c) poderá aditar o contrato celebrado, promovendo o reequilíbrio econômico-financeiro a
favor do contratado se aumentados os seus encargos originais.
d) deverá celebrar outro contrato específico, com o mesmo contratado, com dispensa de
procedimento licitatório, para inclusão dos eventuais acréscimos necessários.
e) deverá proceder à rescisão do contrato, em razão de fato superveniente, com a
correspondente indenização do contratado, por custos incorridos e lucros cessantes.
Comentário: os contratos regidos pela Lei 8.666/93 podem ser alterados, com as devidas
justificativas, de forma unilateral pela Administração, quando houver modificação do projeto ou
à à à à à à à à à à àI à àá à à
podem ser qualitativas ou quantitativas. Podem ser também efetuadas por acordo entre as partes,
nas hipóteses legais. Veremos melhor nas alternativas abaixo sobre essas alterações.
a) como destacado, as alterações unilaterais podem ser qualitativas, quando necessária
modificação do projeto ou das especificações; ou quantitativas, quando há modificação do valor
contratual ERRADA;
b) o objeto do contrato, em si, não pode ser modificado. Por exemplo: não pode licitar um carro e
pedir um ônibus. O que é possível é alterar são algumas características do conteúdo do objeto, seja
de forma qualitativa ou quantitativa. Além disso, as alterações permitidas unilateralmente
correspondem a acréscimos ou supressões até 25% do valor inicial atualizado, e no caso particular
de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus
acréscimos (art. 65, § 1º) ERRADA;
c) os contratos podem ser alterados por acordo entre as partes ou unilateralmente pela
Administração. Havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado,
a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial
(art. 65, § 6º) CORRETA;
d) não é necessário firmar outro contrato para realizar alterações naqueles em curso ERRADA;
e) não é necessário rescindir o contrato para realizar as alterações narradas no enunciado. Além
disso, o entendimento majoritário é que a indenização, no caso de rescisão, não envolve os lucros
cessantes ERRADA.
Gabarito: alternativa C.
tivesse sido formalizado. Caso um termo aditivo seja elaborado e assinado após o fim da
duração contratual, o ciclo da despesa
a) terá sido respeitado, desde que seja redigido com data retroativa, em cumprimento à
legislação em vigor.
b) terá sido respeitado, uma vez que foi realizado no mês subsequente ao encerramento do
contrato original.
c) não terá sido respeitado, pois a aquisição na situação descrita necessita de licitação.
d) não terá sido respeitado, pois antes da assinatura de termos contratuais deve haver a
etapa conhecida como liquidação.
e) não terá sido respeitado, uma vez que assinado por ordenador de despesas diverso.
Comentário: o termo aditivo do contrato deve ser elaborado antes da extinção do contrato. O TCU
entende (Pré-julgado 1084) que a prorrogação de contrato, nas hipóteses admitidas em lei, deve
ser promovida antes do término da vigência da avença original, através de termo aditivo, sob pena
de nulidade do ato. Os contratos extintos em decorrência do decurso do prazo neles estabelecidos
não podem, em hipótese alguma, ser objeto de prorrogação. Dessa forma, após o termino do
prazo contratual não é possível a prorrogação, devendo ser realizada nova licitação.
Gabarito: alternativa C.
eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua
assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda
que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.
Por esses dois dispositivos, conseguimos eliminar as alternativas A, C, D e E e chegar ao nosso
gabarito, alternativa B.
O prazo previsto na alternativa B, no entanto, está incorreto. A Lei de Licitações não fixa prazo a
contar da assinatura do contrato, mas sim a contar do começo do mês subsequente. Só isso já
tornaria o quesito incorreto. Ademais, na melhor das hipóteses, o prazo seria concluído no dia 25,
isso sem contar os dias não úteis. Enfim, não dá para chegar ao prazo oferecido pela banca. Ainda
assim, este foi o gabarito da avaliadora.
Gabarito: alternativa B.
b) pela inexecução total ou parcial dos contratos, pode ser imposta a pena de multa, na forma
prevista no instrumento convocatório ou no contrato (art. 87, II). Assim, a multa deve vir prevista
no edital ou no contrato ERRADA;
c) no caso narrado no enunciado, em que o serviço não está sendo prestado como previsto, a
Administração pode rescindir o contrato e aplicar as sanções nele previstas, como a pena de multa
e demais sanções previstas no art. 87 CORRETA;
d) a inexecução contratual enseja a rescisão unilateral da avença, podendo a administração, com a
rescisão, assumir imediatamente o objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por
ato próprio da Administração (art. 80) ERRADA;
e) não há esse limitador temporal na lei para que possa ser efetuada a rescisão unilateral
ERRADA.
Gabarito: alternativa C.
informou que não poderia concluir a execução das obras com base nos preços contratados,
haja vista a majoração dos encargos em relação ao momento em que apresentou a sua oferta
no correspondente procedimento licitatório. Considerando a disciplina constitucional e legal
sobre a matéria,
a) a contratada poderá paralisar as obras, por onerosidade excessiva, afastando a aplicação
de multa contratual.
b) deverá ser rescindido o contrato, por condição superveniente, e instaurada nova licitação.
c) caberá reequilíbrio do contrato, mediante aditivo, para reestabelecer a equação
econômico-financeira original.
d) a contratada somente terá direito ao reequilíbrio contratual se a majoração de imposto for
imputável ao ente contratante.
e) o Estado poderá revogar a licitação que precedeu o contrato, como forma de evitar o
aumento dos encargos contratuais.
Comentário: quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a
superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta,
de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou
para menos, conforme o caso (art. 65, § 5º).
Nesse caso, o contrato poderá ser alterado, por acordo entre as partes, para restabelecer a
relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da
administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento. Trata-se da aplicação
da teoria da imprevisão, como um fato do princípio, ou seja, um fato decorrente de uma ação
estatal geral, que implicou indiretamente no contrato.
Tal situação não justifica a paralisação das obras, nem exige que seja realizada a rescisão. Ademais,
a majoração do imposto pode ser de qualquer ente, não importa se é do contratante (o que
importa é que implicou no contrato). Por fim, não existe revogação de contrato.
Gabarito: alternativa C.
e) está sujeita à aplicação de multa de mora, na forma prevista no contrato, que poderá ser
descontada diretamente da garantia contratual.
Comentário: no caso, temos um descumprimento parcial do contrato. Para essas hipóteses, o art.
87 prevê as seguintes sanções, que são aplicadas isolada ou cumulativamente, e
independentemente de constatação de fraude ou má-fé:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a
Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto
perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação
perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o
contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da
sanção aplicada com base no inciso anterior.
Comentário:
a) o fato da administração decorre da teoria da imprevisão e se caracteriza por ações ou omissões
do Estado que atingem o contrato de forma direta e específica, o que não foi o caso. O caso trata,
na verdade, do fato do príncipe, que atinge o contrato de forma reflexa. Vale explicar, por
oportuno, que a Prof. Maria Di Pietro considera que fato do príncipe ocorre somente quando a
alteração do tributo for do próprio ente contratante. Por outro lado, se a alteração do imposto for
à à à à à à à àE à à à à à à
tem nenhum efeito prático, sendo uma mera discussão doutrinária. De qualquer forma, a situação
não é de fato da administração, mas de fato do príncipe ERRADA;
b) em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, como
ocorreu no caso, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-
financeiro inicial (art. 65, § 6º) CORRETA;
c) o reequilíbrio é possível, como explicado nas alternativas anteriores ERRADA;
d) a alternativa é meio confusa. Porém, sabemos que o reequilíbrio do contrato, decorrente da
teoria da imprevisão, pode se dar tanto por fatores imputáveis ao poder público, como por
eventos da natureza (caso fortuito/força maior) ou por interferências imprevisíveis. Além disso,
à à à à à à à à à à à à à à à à à
(não há como adivinhar se um imposto será majorado ou não) ERRADA;
e) nem sempre a alteração dos preços dos insumos representará uma álea econômica
extraordinária, configurando, na maioria das vezes, uma situação normal presente nos negócios
em decorrência de alterações usuais do mercado ERRADA.
Gabarito: alternativa B.
b) a pena de multa pode ser aplicada em conjunto com as demais sanções previstas na lei, como a
advertência, suspensão temporária e declaração de inidoneidade ERRADA;
c) pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa,
aplicar ao contratado a sanção de declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será
concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após
decorrido o prazo de dois anos (art. 87, IV) CORRETA;
d) quanto à penalidade de suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de
contratar com a Administração, a lei prevê um prazo não superior a dois anos (art. 87, III)
ERRADA;
e) não há previsão de sanção de suspensão de direitos civis pelo descumprimento dos contratos
administrativos ERRADA.
Gabarito: alternativa C.
d) as penalidades podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente (art. 87, § 2º). Além disso, a
rescisão não impede a aplicação de sanção ERRADA;
e) pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa,
aplicar ao contratado as seguintes sanções: advertência, multa, suspensão temporária de
participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração e declaração de
inido à à àL à à à à à à à à à à à à à à
também serão cabíveis ERRADA.
Gabarito: alternativa C.
c) podem ser feitas unilateralmente pelas partes, para redução ou majoração até o limite de
25% sem a necessária alteração do valor do contrato.
d) podem ser feitas pelo poder público como prerrogativa unilateral, não sendo necessária
concordância da contratada na hipótese, por exemplo, de supressão ou majoração até o
limite de 25%.
e) podem facultar às partes a denúncia do contrato, para rescindi-lo unilateralmente, caso o
equilíbrio da equação econômico-financeira não seja restabelecido.
Comentário:
a) a lei autoriza que o limite seja extrapolado somente para supressões, mas não para os
acréscimos ERRADA;
b) no caso em que as alterações unilaterais causem aumento dos encargos para o contratado é que
falamos em reequilíbrio econômico-financeiro ERRADA;
c) somente a Administração pode promover alterações unilaterais nos contratos ERRADA;
d) a lei admite que a Administração promova a alteração unilateral dos contratos em algumas
situações. Nesse sentido, dispõe que o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25%
(vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de
edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos, na
forma do art. 65, §1º - CORRETA;
e) somente a Administração pode rescindir o contrato unilateralmente, e não ambas as partes,
como diz a alternativa ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
Nesse sentido, na forma do art. 65, §1º, o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas
condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras,
até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus
acréscimos.
Gabarito: alternativa C.
Comentário: na forma do art. 49, §1º, a anulação do procedimento licitatório por motivo de
ilegalidade não gera, para a Administração, a obrigação de indenizar, EXCETO pelo que a empresa
contratada já tiver executado (quando a anulação da licitação ocorre após a contratação) e por
outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que a anulação não tenha ocorrido por
culpa da própria empresa (se a empresa for culpada, não precisa indenizar).
Assim, quando houver má-fé ou quando o próprio contratado der causa à invalidação, não há que
se falar em indenização, a não ser por aquilo que já tiver executado, sob pena de enriquecimento
ilícito da Administração.
Gabarito: alternativa D.
c) não há que se falar em alteração do objeto contratual. O projeto e suas especificações, por
exemplo, podem ser alterados para assegurar a manutenção do equilíbrio, mas o objeto não
ERRADA;
d) a lei autoriza alterações quantitativas, que envolvem acréscimo ou diminuição do valor
contratual em razão de alterações na dimensão ou quantidade do objeto ERRADA;
e) como consequência da rescisão unilateral por inadimplência do contratado, com ou sem culpa
(não cumprimento das obrigações, morosidade na execução, atrasos injustificados etc.); por razões
de interesse público e por força maior ou caso fortuito, a lei autoriza, no art. 80, IV, a retenção dos
créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração CORRETA.
Gabarito: alternativa E.
Essa previsão decorre da chamada teoria da imprevisão, que se aplica quando, no curso do
contrato, ocorrerem eventos excepcionais e imprevisíveis, ou previsíveis, porém de consequências
incalculáveis, que provocam desequilíbrio da equação econômico-financeira do ajuste.
Tais eventos ensejam a possibilidade de alteração (revisão) do contrato, quando for possível
reestabelecer a sua equação econômico-financeira inicial ou, caso contrário, a rescisão do ajuste,
sem penalidades para as partes.
Assim, nosso gabarito é a alternativa E.
Em relação aos percentuais trazidos nas alternativas C e D, se referem à situação em que o
contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do
valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de
equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
Gabarito: alternativa E.
multa não impede que a Administração rescinda unilateralmente o contrato e aplique as outras
sanções previstas nesta Lei, conforme alternativa B.
Nesse sentido, a pena de multa pode ser aplicada cumulativamente com qualquer uma das outras.
Por outro lado, é vedada a acumulação das demais sanções entre si.
Gabarito: alternativa B.
c) não se trata de contrato de prestação de serviços públicos, mas sim de contrato de obra público.
Os contratos de serviços públicos estão disciplinados na Lei 8.987/1995, sendo que exigem a
prestação de uma comodidade fruível imediatamente pela população, que não se resume à
conclusão da obra em si ERRADA;
d) conforme vimos, a empresa tem que aturar os atrasos até o limite de 90 dias, após isso pode
interromper os serviços. Somente não poderia interromper se fosse um contrato de serviços
públicos, no caso só admite a interrupção mediante decisão judicial transitada em julgado
ERRADA.
Gabarito: alternativa E.
aceitar a imposição nos casos de contrato de obras de reforma até o limite de 50% do valor
contratado.
e) da Administração pública, nos casos legalmente previstos de rescisão de contratos cujo
objeto seja a prestação de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens imóveis e móveis
do contratado, bem como utilizar o pessoal empregado na execução do contrato, para
garantir a continuidade do serviço, cabendo ao contratado a remuneração pelos serviços
prestados, de cujo montante pode ser descontado o valor correspondente aos prejuízos
causados pela inexecução adequada do contrato.
Comentário: nos contratos administrativos, a Administração Pública está investida de um conjunto
de prerrogativas conhecidas como cláusulas exorbitantes. As principais delas constam no art. 58 da
Lei 8.666/1993, que dispõe que a Administração possui, nos contratos administrativos, as
seguintes prerrogativas:
(i) modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;
(ii) rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
(iii)fiscalizar-lhes a execução;
(iv) aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
(v) nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar
apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de
rescisão do contrato administrativo.
Agora, vamos julgar os itens:
a) a Administração realmente possui a prerrogativa de alterar unilateralmente os contratos
administrativos, dentro dos limites previstos em Lei. Isso, no entanto, não gera dever de indenizar.
Vale dizer, as alterações, quando permitidas, não geram direito à indenização, mas tão somente o
direito de receber proporcionalmente ao que foi aumentado ou diminuído, em respeito ao
equilíbrio econômico-financeiro do contrato ERRADA;
b) de fato, apenas a Administração pode rescindir o contrato unilateralmente. Ao contratado, cabe
apenas pleitear a rescisão de forma judicial ou administrativa. O erro da alternativa, no entanto, é
que o contratado pode receber pelo custo de desmobilização, quando não der causa a rescisão
contratual (art. 79, § 2º, III) ERRADA;
c) mesmo quando a rescisão decorrer de culpa do contratado, este deverá receber por aquilo que
prestou, descontados os valores de multas e de ressarcimento de prejuízos causados à
Administração. O Poder Público não pode simplesmente deixar de pagar o que foi executado, sob
pena de violar o princípio da vedação do enriquecimento sem causa da Administração ERRADA;
d) em primeiro lugar, a rescisão unilateral não poderá ensejar a supressão do objeto, tendo em
vista que o limite para supressão unilateral é de até 25%. Para alterar mais que isso, deverá ocorrer
acordo entre as partes. Além disso, para os acréscimos, o limite, em regra, é de 25% para as
alterações unilaterais, aplicando-se o limite de 50% apenas para os casos de reforma de edifício ou
àP à à à à à à à à à à ERRADA;
e) isso é exatamente o que consta no art. 58, V, da Lei 8.666/1993, que permite a ocupação
provisória no caso de serviços essenciais. Ademais, o contratado deve receber, no caso de rescisão,
os valores decorrentes dos serviços já prestados, aplicando-se o desconto de multas ou de
prejuízos causados quando a rescisão for por culpa do contratado CORRETA.
Gabarito: alternativa E.
O erro na alternativa B é um pouco mais sútil. Em relação à qualificação técnica, a Lei 8.666/1993
permite, entre outras coisas, que se exija a comprovação de aptidão para desempenho de
atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da
licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico adequados e
disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da qualificação de cada um dos
membros da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos (art. 30, II).
Contudo, não é possível exigir que a comprovação seja para uma obra de igual natureza, valor e
dimensão, por se mostrar medida desproporcional à comprovação da capacidade da empresa,
restringindo a competitividade do certame.
Por exemplo, no Acórdão 3663/2016 - Primeira Câmara, o TCU entendeu que
exigência de atestado de capacidade técnica com quantitativo mínimo superior a 50% do
quantitativo de bens e serviços que se pretende contratar, exceto nos casos em que a especificidade
do objeto recomende e não haja comprometimento à competitividade do certame, circunstância
que deve ser devidamente justificada no processo licitatório
Portanto, as exigências devem se tratar de quantitativos mínimos, relacionados com as parcelas
mais relevantes, mas não de uma obra igual à que será licitada;
Por fim, sobrou a opção E. Essa exigência se coaduna com as decisões do TCU e do STJ. A ideia é
exigir da empresa a comprovação de que tem experiência no ramo do objeto que será licitado. No
caso, dada a pertinência, é possível exigir que a licitante demonstre experiência na execução de
obras civis hospitalares com dimensão mínima (e não total).30
Não se preocupe tanto com uma questão tão aprofundada, pois estas são exceções!
Gabarito: alternativa E.
30
Um exemplo dessa validade dessa exigência ocorreu no RMS 39.883-MT, no âmbito do STJ:
Não fere a igualdade entre os licitantes, nem tampouco a ampla competitividade entre eles, o condicionamento editalício
referente à experiência prévia dos concorrentes no âmbito do objeto licitado, a pretexto de demonstração de qualificação
técnica, nos te II L Tem-se aí exigência plenamente proporcional pois
(i) adequada (a prévia experiência em atividades congêneres ou similares ao objeto licitado é medida que faz presumir, como
meio, a qualificação técnica - o fim visado),
(ii) necessária (a prévia experiência em atividades congêneres ou similares ao objeto licitado é medida de fácil demonstração,
autorizando a sumarização das exigências legais) e
(iii) proporcional em sentido estrito (facilita a escolha da Administração Pública, porque nivela os competidores uma vez que
parte de uma qualificação mínima, permitindo, inclusive, o destaque objetivo das melhores propostas com base no
background dos licitantes).
d) o controle dos contratos firmados pela Administração indireta pode ser exercido pelo ente
central, porém com limites previstos em lei. Além disso, não há consenso se o controle que o ente
central exerce sobre as entidades da administração indireta é um controle interno ou externo
ERRADA;
e) o Tribunal de Contas, de fato, exerce o controle externo, auxiliando o Poder Legislativo.
Contudo, não compete ao Tribunal de Contas fazer o registro prévio dos contratos administrativos,
isto é, o Poder Executivo não depende de autorização do Tribunal de Contas, ou mesmo do Poder
Legislativo ERRADA.
Gabarito: alternativa C.
Está errado apenas o item I, que apresentou o conceito de projeto executivo. As demais
afirmativas estão todas corretas.
Gabarito: alternativa C.
A alternativa C trocou o plano plurianual pela lei de diretrizes orçamentárias, estando, portanto,
errada.
Gabarito: alternativa C.
Dessa forma, a única alternativa que não corresponde a uma cláusula exorbitante é a C.
No direito privado, as partes são obrigadas a cumprir as obrigações assumidas desde que a outra
parte seja adimplente também. Ou seja, enquanto uma parte cumpre com as suas obrigações, a
outra também deve cumpri-las. Todavia, se uma parte se tornar inadimplente, a outra poderá
deixar de cumprir os seus compromissos. A isso dá-se o nome de oposição da exceção do contrato
não cumprido (exceptio non adimpleti contractus).
Nos contratos administrativos, contudo, há exceções:
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: [...]
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração
decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou
executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna
ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento
de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
Vejam que o contratado não poderá opor-se diretamente, pois deverá esperar 90 dias para, só
então, desobrigar-se dos compromissos assumidos.
Nessa linha, nos contratos administrativos existem restrições à oposição da exceção do contrato
não cumprido, ou seja, o contratado não poderá opor-se diretamente ao não cumprimento
contratual diretamente, pois deverá esperar o prazo de inadimplência de 90 dias.
Gabarito: alternativa C.
Portanto, das alternativas apresentadas, a única que não apresenta motivo cabível para a rescisão
do contrato é a alternativa E, uma vez que o atraso deve ser injustificado.
Aproveitando para acrescentar um pouco mais, as hipóteses de rescisão unilateral são as que
constam nos incisos I a XII e XVII demonstrados acima.
Gabarito: alternativa E.
Gabarito: alternativa E.
objeto não pode ser alterado, uma vez que a Administração e o particular encontram-se vinculados
ao instrumento convocatório da licitação. Dessa forma, não pode ser licitada a construção de uma
ponte e, depois, alterar o objeto para construir um edifício. Da mesma forma, não poderia ser feita
a licitação para aquisição de cadernos e, depois, alterar o objeto para livros.
Assim, as alterações ocorrem nos quantitativos e nas especificações, mas o objeto do contrato
permanece o mesmo (construção de um prédio, construção de uma ponte, fornecimento de
cadernos, etc.) ERRADA;
b) as cláusulas exorbitantes são prerrogativas concedidas pelo regime jurídico de direito público à
Administração que a colocam em situação de superioridade perante o particular, e representam a
principal diferença entre os contratos de direito público (contratos administrativos) e os contratos
de direito privado CORRETA;
c) nos casos de álea econômica extraordinária e extracontratual, a modificação do contrato se dará
por acordo entre as partes para restabelecer a relação pactuada inicialmente entre os encargos do
contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou
fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato
à àII à à ERRADA;
d) a doutrina costuma mencionar que as alterações unilaterais alcançam apenas as cláusulas
regulamentares, também conhecidas como cláusulas de serviço ou de execução. Porém, a
alteração unilateral não alcança as cláusulas econômico-financeiras (relação entre remuneração e
encargos do contratado) ERRADA;
e) as cláusulas exorbitantes asseguram à Administração a possibilidade de alteração unilateral.
Todavia, sempre que alteração do contrato concorrer para o aumento de encargos do
contratado, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-
financeiro inicial – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.
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Comentário: os chamados contratos de adesão são aqueles em que a Administração dispõe sobre
todos os termos. Na formalização desse contrato com o interessado, cabe ao segundo apenas
aceitar, ou não, o que foi disposto no documento. Em caso de aceitação, temos a adesão do
contratado.
Vejamos agora as alternativas:
a) perfeito! Um contrato de adesão é aquele em que uma das partes estabelece todas as cláusulas
do contrato, cabendo à outra apenas concordar com os termos contratuais. Por exemplo, o
contrato que as pessoas físicas firmam com empresas de telefonia ou de internet são contratos de
adesão, uma vez que as empresas estabelecem todas as cláusula, enquanto o particular apenas
deve concordar, caso deseje receber o serviço.
Nos contratos administrativos, a Administração Pública estabelece todas as cláusulas contratuais,
enquanto os particulares apenas devem aderir aos termos estabelecidos pelo Poder Público.
Portanto, os contratos administrativos são contratos de adesão CORRETA;
b) como acabamos de ver, é a Administração que estabelece previamente todas as cláusulas
contratuais ERRADA;
c) em regra, o contrato é a consequência da licitação. Entretanto, existem casos de dispensa ou
inexigibilidade de licitação, nos quais o contrato será firmado sem prévio procedimento licitatório
ERRADA;
d) a administração pública sempre estará vinculada ao ordenamento jurídico ERRADA;
e) os contratos administrativos podem ser entendidos como contratos de adesão ERRADA.
Gabarito: alternativa A.
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Concluímos por hoje. Em nossa próxima aula, vamos estudar o controle da administração.
Espero por vocês!
Bons estudos.
HERBERT ALMEIDA.
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a) convênio.
b) acordo.
c) formado.
d) contrato.
e) distrato.
2. (IBFC Especialista/AGERBA/2017)
Analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo
e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
II. O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências
relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização
das faltas ou defeitos observados.
III. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas
expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos
ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.
IV. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a
terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, excluindo essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.
V. O contratado não é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais resultantes da execução do contrato.
Assinale a alternativa correta sobre os itens apresentados acima considerando as normas da
lei federal nº 8.666, de 21/06/1993.
a) Apenas os itens I e III estão corretos
b) Apenas os itens II e IV estão corretos
c) Apenas os itens I e II estão corretos
d) Apenas os itens IV e V estão incorretos
e) Apenas os itens III e V estão incorretos
3. (IBFC Especialista/AGERBA/2017)
Analise os itens a seguir e considere as disposições da lei federal nº 8.666, de 21/06/1993,
que regulamenta o artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências para assinalar a
alternativa correta.
a) A recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato, aceitar ou retirar o
instrumento equivalente, dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o
descumprimento parcial da obrigação assumida, sujeitando-o apenas às penalidades
estabelecidas no edital.
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9. (IBFC -Técnico/SES-PR/2016)
Assinale a alternativa incorreta.
a) Para os fins da Lei n° 8.666/93, os órgãos e entidades da Administração Pública que
realizem frequentemente licitações manterão registros cadastrais para efeito de habilitação,
na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. O registro cadastral deverá ser
amplamente divulgado e deverá estar permanentemente aberto aos interessados,
obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo anualmente, através da
imprensa oficial e de jornal diário, a chamamento público para a atualização dos registros
existentes e para o ingresso de novos interessados. É facultado às unidades administrativas
utilizarem-se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da Administração Pública.
b) Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas,
exceto aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula que
declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão
contratual, salvo o disposto no § 6º do art. 32 da Lei n° 8.666/93.
c) Para os fins da Lei n° 8.666/93, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos
ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades
para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a
denominação utilizada.
d) As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e
locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão
necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei n°
8.666/93.
10. (IBFC Advogado/EBSERH/2013)
Considere as disposições da Lei Federal n° 8.666, de 21/06/1993 que Regulamenta o art. 37,
inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública e dá outras providências e assinale a alternativa correta sobre a
definição dada no caso em que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob regime de
empreitada por preço global.
a) Execução indireta.
b) Execução direta.
c) Execução garantida.
d) Compra.
e) Compra direta.
11. (IBFC EMBASA/Enfermeiro/2015)
Assinale a alternativa correta considerando as disposições da lei federal n° 8.666, de
21/06/1983, que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas
para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
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entendidas aquelas de valor não superior a 10% (dez por cento) do limite estabelecido para a
tomada de preços nas compras e serviços não referentes a obras e serviços de engenharia.
d) É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas
compras, feitas em regime de adiantamento, assim entendidas aquelas de valor não superior
a 1% (um por cento) do limite estabelecido para o convite nos serviços de engenharia.
e) É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas
compras de pronto pagamento, feitas em regime de adiantamento, assim entendidas aquelas
de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido para o convite nas
compras e serviços não referentes a obras e serviços de engenharia.
14. (IBFC Direito/SEPLAG-MG/2013)
NÃO é cláusula necessária em todo contrato administrativo:
a) Direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas.
b) Regime de execução ou a forma de fornecimento.
c) Indicação do servidor responsável pela fiscalização do contrato.
d) A obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em
compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e
qualificação exigidas na licitação.
15. (IBFC Notário/TJ-PR/2014)
Relativamente aos contratos administrativos, é correto afirmar:
a) Não há possibilidade de invocação da exceção do contrato não cumprido pelo contratado.
b) É vedada em qualquer hipótese a contratação verbal.
c) É obrigatória a prestação de garantia de execução do contrato pelo contratado.
d) É possível a rescisão amigável.
16. (FCC Técnico Judiciário/TRT SP/2018)
A contratação de serviços de vigilância ou de limpeza possui em comum a
a) possibilidade de prorrogação dos contratos por prazos iguais e sucessivos, independente
de limites, desde que demonstrado que os valores praticados são compatíveis com os
praticados no mercado.
b) possibilidade de contratação mediante realização de pregão, dada sua natureza comum e
possibilidade de descrição objetiva das atividades necessárias.
c) obrigatoriedade do prazo de contratação não exceder um exercício financeiro, salvo se
houver comprovação, por ocasião da licitação, da efetiva existência de recursos para fazer
frente às despesas de todos os anos de vigência.
d) impossibilidade de contratação mediante dispensa de licitação, admitida apenas a
inexigibilidade do certame nos casos de singularidade dos serviços a serem contratados.
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c) utilizando a prerrogativa que lhe permite suprimir unilateralmente parte do objeto, desde
que observado o limite legalmente estabelecido para tanto.
d) infringindo a prerrogativa concedida pelas cláusulas exorbitantes, tendo em vista que
somente existe a possibilidade de majoração, observado o limite de 25% do valor do objeto.
e) obrigada a justificar a razão da supressão, bem como colher anuência do privado, diante da
frustração da expectativa da realização da obra, sob pena de cobrança de lucros cessantes.
25. (FCC Técnico Judiciário/TRT SP/2018)
De acordo com as disposições pertinentes da Lei n° 8.666/1993, a garantia exigível daqueles
que contratam com a Administração para assegurar a execução do contrato
a) somente pode ser prestada por caução em dinheiro ou fiança bancária.
b) limita-se ao valor do contrato e pode ser prestada mediante seguro garantia.
c) pode ser dispensada, justificadamente, pela autoridade contratante.
d) é obrigatória para o contratado e facultativa em relação às obrigações da Administração
contratante.
e) somente é exigível para obras e serviços de engenharia, limitada a 10% do valor do
contrato.
26. (FCC Analista Judiciário/TRT SP/2018)
Considere que, firmado pelo Estado contrato administrativo para a construção de uma
rodovia, tenha sobrevindo aumento da carga tributária incidente sobre a mão de obra
empregada na execução do objeto contratual. Diante de tal cenário, a empreiteira contratada
informou que não poderia concluir a execução das obras com base nos preços contratados,
haja vista a majoração dos encargos em relação ao momento em que apresentou a sua oferta
no correspondente procedimento licitatório. Considerando a disciplina constitucional e legal
sobre a matéria,
a) a contratada poderá paralisar as obras, por onerosidade excessiva, afastando a aplicação
de multa contratual.
b) deverá ser rescindido o contrato, por condição superveniente, e instaurada nova licitação.
c) caberá reequilíbrio do contrato, mediante aditivo, para reestabelecer a equação
econômico-financeira original.
d) a contratada somente terá direito ao reequilíbrio contratual se a majoração de imposto for
imputável ao ente contratante.
e) o Estado poderá revogar a licitação que precedeu o contrato, como forma de evitar o
aumento dos encargos contratuais.
27. (FCC Assistente Técnico de Defensoria/DPE AM/2018)
Suponha que uma empreiteira que celebrou contrato de obras com entidade integrante da
Administração pública tenha atrasado, por diversas vezes, a entrega de etapas do
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b) multa, que pode ser descontada dos pagamentos devidos e que não pode ser aplicada
conjuntamente com outras sanções.
c) declaração de inidoneidade para licitar e contratar com a Administração, não cabendo
reabilitação antes de 2 anos de sua aplicação.
d) suspensão do direito de licitar e contratar com a Administração, que, por ser a sanção mais
grave, não pode ultrapassar o limite de 1 ano.
e) suspensão dos direitos civis, quando comprovada fraude ou dolo ensejando grave prejuízo
à Administração.
30. (FCC Analista de Gestão/SABESP/2018)
Em um contrato de prestação de serviços regido pela Lei nº 8.666/1993, a exigência de
garantia contratual
a) somente pode ser cumprida mediante caução em dinheiro ou títulos públicos, vedadas
outras modalidades.
b) é incabível, somente sendo admissível em contratos de obras, dado o potencial de prejuízo
que a inexecução ou atraso enseja à Administração.
c) será obrigatória se o contrato em questão tiver por objeto serviços de engenharia,
limitando-se a 10% do valor correspondente.
d) limita-se a 5% do valor do contrato, podendo chegar a 10% se o serviço for de grande
vulto, envolvendo complexidades técnicas e financeiras consideráveis.
e) constitui condição de habilitação dos licitantes, devendo ser depositada antes do
oferecimento da proposta, limitada a 1% do seu montante, e liberada apenas após entrega
total do objeto.
31. (FCC Assistente Técnico de Defensoria/DPE AM/2018)
Durante a execução de contrato de prestação de serviço de limpeza, regido pela Lei n°
8.666/1993, a Administração constatou que a contratada não vinha disponibilizando o
número avençado de empregados por metro quadrado, como, de igual maneira, não vinha
disponibilizando os equipamentos e produtos de limpeza especificados no Projeto Básico. A
Administração notificou a empresa para que regularizasse a prestação dos serviços, o que
não se deu, mesmo após o prazo fixado para tanto. Em razão destes fatos, a Administração
a) poderá aplicar à contratada as penas de advertência e multa, sanções que por serem
menos gravosas independem de previsão no instrumento convocatório ou no contrato e de
garantia de defesa prévia.
b) poderá, após defesa prévia da contratada, aplicar a pena de suspensão temporária de
participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo
superior a dois anos, desde que haja justificativa para tanto.
c) poderá, em razão dos prejuízos causados, após defesa prévia da contratada, aplicar a
sanção de declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração pública,
que pode ser cumulada com a aplicação de multa, na forma prevista no contrato.
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d) deverá rescindir o contrato por inexecução total ou aplicar uma das penalidades previstas
em lei, escolha de caráter discricionário, mas obrigatoriamente alternativa.
e) poderá rescindir o contrato por inexecução parcial, cabendo, nesta hipótese, somente a
aplicação da pena de multa, em grau máximo.
32. (FCC Agente de Fiscalização Administração/TCE-SP/2017)
Assinale a alternativa correta a respeito dos contratos administrativos.
a) A escolha da garantia contratual, quando houver várias modalidades possíveis, caberá à
Administração Pública.
b) Em face do princípio constitucional da impessoalidade, é vedada a celebração de contratos
de natureza intuitu personae.
c) Todas as cláusulas contratuais são fixadas unilateralmente pela Administração Pública
contratante.
d) A lei proíbe, expressamente, a presença de cláusulas contratuais leoninas e exorbitantes.
e) Os contratos por prazo indeterminado devem ficar atrelados aos créditos orçamentários
do respectivo ente contratante, devendo estes ser renovados anualmente.
33. (FCC Técnico Judiciário - Área Judiciária/TRT - 21ª Região (RN)/2017)
As cláusulas exorbitantes presentes nos contratos administrativos não retiram sua
característica de comutatividade, porque
a) são regidas pelo direito privado no que concerne às alterações, razão pela qual são
admitidas somente de modo consensual.
b) a possibilidade de alteração unilateral dos referidos contratos pela Administração pública
também garante ao contratado a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro da avença,
de forma a não haver enriquecimento ilícito em desfavor do mesmo.
c) somente podem ser invocadas diante da comprovação de que as intervenções promovidas
no contrato ensejarão modificação do seu objeto econômico financeiro.
d) são previstas de forma isonômica para a Administração pública contratante, bem como
para os contratados, a exemplo da prerrogativa de rescisão unilateral.
e) são aplicáveis diante da ocorrência de determinados eventos que já tenham
desequilibrado o contrato, de forma que a finalidade daquelas cláusulas é restabelecer a
equação econômico-financeira original.
34. (FCC Técnico Judiciário - Área Administrativa/TRF - 5ª REGIÃO/2017)
As alterações passíveis de serem implementadas nos contratos administrativos regidos pela
Lei n°8.666/1993
a) dependem do consenso entre as partes para viabilizar majorações que superem 25% do
valor inicial.
b) implicam o reequilíbrio econômico-financeiro sempre que causarem alteração de objeto.
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c) podem ser feitas unilateralmente pelas partes, para redução ou majoração até o limite de
25% sem a necessária alteração do valor do contrato.
d) podem ser feitas pelo poder público como prerrogativa unilateral, não sendo necessária
concordância da contratada na hipótese, por exemplo, de supressão ou majoração até o
limite de 25%.
e) podem facultar às partes a denúncia do contrato, para rescindi-lo unilateralmente, caso o
equilíbrio da equação econômico-financeira não seja restabelecido.
35. (FCC Técnico Judiciário - Área Administrativa/TRF - 5ª REGIÃO/2017)
Um contrato de fornecimento de alimentação (mais conhecido como fornecimento de
quentinhas) para unidades escolares e unidades prisionais, celebrado com dispensa de
licitação e com base na Lei n° 8.666/1993, será extinto quando
a) houver decorrido o prazo contratualmente previsto para tanto, sendo vedada a rescisão
antecipada, salvo se por vontade das partes.
b) a Administração pública não reputar mais conveniente ou oportuno que os serviços sejam
prestados da forma em que originalmente contratados, não cabendo indenização em favor
do contratado.
c) qualquer das partes, na vigência do referido contrato, entender por denunciar a avença,
concedendo à outra parte o prazo de 30 dias para se manifestar sobre o interesse na
continuidade do instrumento.
d) restar comprovado que os preços praticados para o fornecimento estão acima dos então
cobrados pelo mercado privado e desde que a conduta do fornecedor seja dolosa.
e) advier o termo final de vigência do contrato, sem prejuízo da necessidade de alterações ou
rescisão por parte da contratante, no regular exercício das cláusulas exorbitantes presentes
nos contratos administrativos.
36. (FCC Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador/TRF - 5ª REGIÃO/2017)
A Administração pública necessita, para atendimento do interesse público, reduzir
quantitativamente contrato de prestação de serviço de limpeza e conservação, regido pela
Lei nº 8.666/1993, cujo objeto contratual é a área a ser limpa. A Administração está
autorizada a
a) realizar supressão dos serviços até o limite de 50% do valor inicial atualizado do contrato,
independentemente da concordância do contratado.
b) realizar supressão dos serviços de até 25% do valor inicial atualizado do contrato, desde
que haja concordância do contratado, quer dizer, desde que a alteração seja consensual.
c) realizar supressão dos serviços de até 25% do valor inicial atualizado do contrato,
independentemente da concordância do contratado, que, na hipótese, fica obrigado a aceitá-
la.
d) realizar supressão dos serviços, que não está sujeita à limites, podendo ser feita de forma
consensual ou unilateral.
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b) I, II e III, apenas.
c) II, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
46. (FCC Auxiliar Administrativo/Copergás/2016)
O Estado de Pernambuco, ao final de determinado procedimento licitatório, convocou o
licitante vencedor para assinar o respectivo termo de contrato, no prazo assinalado pela lei.
Tendo em vista que o vencedor convocado não assinou o termo de contrato,
a) ao Estado só é permitido revogar o certame, podendo assim o fazer com efeitos ex nunc.
b) faculta-se ao Estado convocar o licitante remanescente, na ordem de classificação, para
assinar o contrato no mesmo prazo e nas mesmas condições propostas ao primeiro
classificado ou revogar o certame.
c) não pode o Estado revogar o certame, devendo, necessariamente, convocar o licitante
remanescente, na ordem de classificação, para assinar o contrato no mesmo prazo e nas
mesmas condições propostas ao primeiro classificado.
d) faculta-se ao Estado convocar o licitante remanescente, na ordem de classificação, para
assinar o contrato ou revogar o certame. No primeiro caso, deve convocar no mesmo prazo
previsto para o primeiro classificado, no entanto, algumas condições podem ser diversas das
propostas ao primeiro classificado.
e) ao Estado só é permitido revogar o certame, devendo necessariamente assim o fazer com
efeitos ex tunc.
47. (FCC Analista Judiciário/TRF-3/2016)
A qualificação de um contrato firmado com a Administração pública como administrativo traz
implicações para dotar a contratante de prerrogativas que, quando utilizadas, garantem ao
contratado determinadas e proporcionais contrapartidas ou direitos, como no caso
a) da Administração pública alterar unilateralmente o contrato administrativo, impondo ao
contratado a concordância com as novas disposições e obrigações, seja para aumento, seja
para supressão de objeto, desde que com fundamento de interesse público e mediante
indenização preestabelecida em favor do privado.
b) da rescisão unilateral, faculdade atribuída exclusivamente à Administração pública nos
casos arrolados na lei, garantido ao contratado a remuneração pelos serviços prestados até a
data da extinção do contrato, para evitar enriquecimento ilícito, vedado agregar ao montante
a ser pago o custo da desmobilização.
c) da aplicação de sanções pela Administração pública em face do contratado diante dos
casos de inexecução parcial, requisitos que permitem, no caso de reincidência, a rescisão
unilateral do ajuste, vedada qualquer remuneração em favor do contratado,
independentemente dos serviços prestados, em razão da culpa pela extinção do ajuste.
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e) I e III.
54. (FCC - AJ/TST/2012)
A duração dos contratos regidos pela Lei no 8.666/93, em regra, ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários. Essa regra comporta exceções, dentre as quais NÃO se
inclui o caso de
a) aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática, podendo a duração
estender-se pelo prazo de até 48 meses após o início da vigência do contrato.
b) prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua
duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses.
c) projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas na Lei de Diretrizes
Orçamentárias, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e
desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório.
d) fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam,
cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de
comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão, cujos contratos
poderão ter vigência por até 120 meses, caso haja interesse da Administração.
e) contratação em situação de possibilidade de comprometimento da segurança nacional,
nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa
Nacional, situação em que os contratos poderão ter vigência por até 120 meses, caso haja
interesse da Administração.
55. (FCC - Proc/AL PB/2013)
A Lei Federal no 8.666/93 agasalha a presença de diversas cláusulas exorbitantes que
caracterizam o regime jurídico dos contratos administrativos e excepcionam o regime
contratual comum. NÃO merece a qualificação de cláusula exorbitante
a) o poder de rescisão unilateral do contrato, nos casos especificados na lei.
b) o poder de modificação do contrato, independente da vontade do contratado, para melhor
adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado e os
limites estabelecidos na lei.
c) a chamada exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido).
d) a possibilidade de aplicar sanções ao contratado, de forma unilateral, pela inexecução
parcial ou total do ajuste.
e) a prerrogativa de, nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis,
imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de
acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na
hipótese de rescisão do contrato administrativo.
56. (FCC ACE/TCE AP/2012)
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Poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras
celebradas pela Administração Pública. NÃO se trata de uma modalidade de garantia que o
contratado poderá optar:
a) caução em dinheiro.
b) caução em títulos da dívida pública.
c) fiança bancária.
d) seguro-garantia.
e) fiador com imóvel registrado.
57. (FCC Adm/SERGAS/2013)
Em contratos administrativos regidos pela Lei no 8.666/1993, a garantia de execução do
objeto pelo contratado é
a) obrigatória, quando se tratar de contrato de obras, podendo ser prestada mediante caução
em dinheiro ou títulos da dívida pública, seguro-garantia ou fiança bancária.
b) admitida, nos termos do edital e do contrato, apenas quando se tratar de compras ou
fornecimento para entrega futura, limitada a 5% do valor estimado da contratação.
c) obrigatória, em contratos de obras e fornecimento de equipamentos de grande vulto,
limitada a 10% do valor estimado da contratação.
d) admitida, nos termos do edital e do contrato, para obras e serviços de grande vulto,
limitada a 15% do valor estimado da contratação.
e) admitida, nas contratações de obras, serviços e compras, a critério da autoridade
competente e desde que prevista no edital, podendo ser prestada mediante caução em
dinheiro ou títulos da dívida pública, seguro-garantia ou fiança bancária.
58. (FCC - AJ/TRT 6/2012)
No curso da execução de contrato administrativo regido pela Lei no 8.666/1993 para a
construção de uma rodovia, identificou-se a necessidade de alteração do projeto inicial para
melhor adequação técnica. A alteração importou majoração dos encargos do contratado, em
relação àqueles tomados por base para o oferecimento de sua proposta na fase de licitação.
Diante dessa situação, a Administração contratante
a) poderá alterar unilateralmente o contrato, desde que a alteração do projeto não importe
acréscimo de mais de 50% do objeto.
b) poderá alterar o contrato de forma consensual com o contratado, assegurado o
reequilíbrio econômico-financeiro, que não poderá superar 25% do valor do contrato.
c) poderá alterar unilateralmente o contrato, sem necessidade de recomposição do equilíbrio
econômico-financeiro, que somente é devido nas hipóteses de álea econômica
extraordinária.
d) poderá alterar unilateralmente o contrato, reestabelecendo o seu equilíbrio econômico-
financeiro por aditamento contratual.
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b) não está correta, porque a Administração pública não estabelece previamente todas as
cláusulas contratuais.
c) não está correta, porque inexiste contrato que não seja precedido de licitação.
d) está correta, porque embora a Administração pública nem sempre esteja vinculada ao
ordenamento jurídico, é ela quem dita todas as cláusulas contratuais.
e) não está correta, porque, embora a Administração pública estabeleça previamente todas
as cláusulas contratuais, os contratos administrativos não são tidos como contratos de
adesão.
65. (FCC - AJ/TRT 19/2014)
Uma das características dos contratos administrativos decorre justamente das denominadas
cláusulas exorbitantes, que conferem à Administração pública o poder de, unilateralmente,
alterar cláusulas contratuais ou rescindir o contrato, por motivo de interesse público e é
chamada de
a) onerosidade.
b) comutatividade.
c) intuitu personae.
d) mutabilidade.
e) formalidade.
66. (FCC - TJ/TRE SP/2012)
Os contratos administrativos, de acordo com a Lei no 8.666/1993, possuem vigência adstrita
aos respectivos créditos orçamentários, constituindo EXCEÇÃO
a) os contratos de obras, que poderão ser prorrogados por até 24 meses, caso comprovada a
ocorrência de condições supervenientes que determinem a alteração do projeto.
b) os contratos para entrega futura e parcelada de bens, que poderão ser prorrogados até o
limite de 24 meses, para atender necessidade contínua da Administração.
c) os contratos de prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão
ser prorrogados, por iguais e sucessivos períodos, até o limite de 60 meses.
d) os contratos por escopo, até limite de 12 meses, e desde que o objeto esteja contido nas
metas estabelecidas no Plano Plurianual.
e) o aluguel de equipamentos e a utilização de programas de informática, até o limite de 60
meses e por mais 12 meses, em caráter excepcional.
67. (FCC - AFF/TCE-SP/2012)
Determinado órgão da Administração estadual celebrou, após regular procedimento
licitatório, contrato de prestação de serviços de vigilância. Aproximando-se do prazo final do
contrato, com base na Lei no 8.666/93, o órgão
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5 GABARITO
6 REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Método,
2011.
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
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MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2013.
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