A Evolução Dos Sistemas de Partida Dos Mit PDF
A Evolução Dos Sistemas de Partida Dos Mit PDF
A Evolução Dos Sistemas de Partida Dos Mit PDF
Itatiba
2011
MARCOS FERNANDO PRAXEDES – R.A. 002200800264
Itatiba
2011
MARCOS FERNANDO PRAXEDES
Data de aprovação:_____/_____/______.
Banca Examinadora:
_______________________________________
Prof. D.r Geraldo Peres Caixeta (Orientador)
Universidade São Francisco
_______________________________________
Prof. André Renato Bakalereskis (Examinador)
Universidade São Francisco
_______________________________________
Elton Soares de Souza (Convidado Externo)
Engenheiro Eletricista CREA 5062273797
Ao meu querido avô Anézio,
que hoje me acompanha ao lado de Deus...
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 14
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...................................................................................... 15
2.1 O SURGIMENTO...................................................................................................... 15
2.2 DEFINIÇÃO............................................................................................................... 16
2.3 MOTOR ELÉTRICO DE INDUÇÃO TRIFÁSICO ..................................................... 16
2.3.1 Componentes do Motor ......................................................................................... 17
2.3.2 Princípio de Funcionamento ................................................................................. 19
2.3.3 Principais Características ..................................................................................... 21
2.3.3.1 Rotação Síncrona .............................................................................................. 21
2.3.3.2 Rotação Assíncrona ........................................................................................... 23
2.3.3.3 Escorregamento ................................................................................................. 24
2.3.4 Identificação das Bobinas ..................................................................................... 24
2.3.4.1 Formação de um pólo ........................................................................................ 25
2.3.4.2 Polarização ........................................................................................................ 26
2.3.4.3 Pólos ativos e conseqüentes ............................................................................. 26
2.3.5 Conexões dos Enrolamentos ................................................................................ 27
3 SISTEMAS DE PARTIDA ........................................................................................... 30
3.1 DIAGRAMAS ELÉTRICOS ...................................................................................... 30
3.2 DEFINIÇÕES IMPORTANTES ................................................................................ 37
3.3 NORMALIZAÇÃO .................................................................................................... 40
3.3.1 Comparação entre Sistemas de Partida Convencionais........................................ 42
3.4 DIAGRAMAS DOS SISTEMAS CONVENCIONAIS................................................. 49
3.5 DIAGRAMAS DOS SISTEMAS ELETRÔNICOS ..................................................... 55
3.5.1 Acionamento via chave Soft-Starter....................................................................... 56
3.5.2 Acionamento via Inversor de Frequência............................................................... 59
3.5.3 Acionamento via Inversor de Frequência com CLP
62
incorporado.....................................................................................................................
3.5.4 Variação de velocidade de motores de indução.................................................... 70
3.5.5 Modos de controle ................................................................................................ 71
3.6 FATORES POSITIVOS E NEGATIVOS................................................................... 72
4 METODOLOGIA ......................................................................................................... 75
5 RESULTADOS............................................................................................................ 76
5.1 CASO 01: Atividade Moveleira ................................................................................ 76
5.2 CASO 02: Atividade Metalúrgica ............................................................................. 77
5.3 CASO 03: Atividade Alimentícia .............................................................................. 78
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 79
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 81
APÊNDICE...................................................................................................................... 82
ANEXOS......................................................................................................................... 83
14
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O SURGIMENTO
2.2 DEFINIÇÃO
_________________
Notas:
1. 120° elétricos: geralmente podem ser coincidentes com graus radianos. Para maiores esclarecimentos,
consultar bibliografias específicas sobre Máquinas Elétricas Trifásicas.
2. pólos: Geralmente são formados pela própria bobina (ligação ativa), porém, há casos em que são formados
parcialmente por interação de campos magnéticos existentes entre dois lados de bobinas diferentes (ligação
conseqüente).
20
Ao analisar a FIGURA 05c, percebe-se que a tensão V atinge seu valor máximo na
bobina VI, depois na bobina VII e finalmente na bobina VIII, de modo a gerar um campo
magnético rotativo, pois as bobinas estão defasadas entre si em 120º. Vale lembrar que a
corrente trifásica tem igual defasagem, ou seja, 120°.
_________________
Nota:
3. força eletromotriz: Originada pela interação dos campos eletromagnéticos produzidos em decorrência da
existência de RPM no MIT.
22
60 . F
N= (01)
PP
Onde:
N = rpm
F = frequência em Hz
PP = pares de pólos
Se o motor tiver dois pólos, sendo um norte e um sul, o campo magnético completará
uma volta para cada ciclo de frequência. Por outro lado, existindo 4 pólos, sendo dois pólos
norte e dois sul, o campo magnético completará meia volta para cada ciclo de frequência.
Para cada ciclo de frequência, o campo magnético percorre um caminho que vai de
um pólo norte até outro pólo norte, conforme a figura 06.
60 . 60
N= = 3600rpm
1
60 . 60
N= = 1800rpm
2
Percebe-se com isso, que o número de pólos influencia inversamente nas Rotações
por Minuto - RPM do motor.
Para facilitar os trabalhos, foi desenvolvida uma tabela com as velocidades mais
utilizadas em motores elétricos na indústria em geral, que é apresentada na TABELA 01.
2.3.3.3 Escorregamento
rpm s - rpm pc
E(%) = . 100 (02)
rpm s
Onde:
E = escorregamento em porcentagem;
rpms = rotação por minuto síncrona;
rpmpc = rotação por minuto nominal ou plena carga.
Portanto:
3600 - 3520
E= . 100 = 2,2%
3600
Um pólo pode ser formado por uma ou mais bobinas ligadas em série ou em
paralelo, de modo que a corrente circule sempre no mesmo sentido entre tais bobinas e
assim, propiciar a somatória dos campos magnéticos produzidos por cada bobina
constituinte.
Como ilustração do exposto acima, é apresentada na sequência, a situação em que
o pólo é formado por duas bobinas ligadas em série, de forma concêntrica.
2.3.4.2 Polarização
Os pólos ativos são aqueles criados nas ligações dos grupos de bobinas, de modo
que as ligações entre os grupos são feitas uma ao contrário da outra. Assim, havendo dois
grupos de bobinas, haverá dois pólos ativos, sendo mais bem representados pela FIGURA
10.
Por outro lado, os pólos conseqüentes são pólos criados por consequência, como o
próprio nome diz e nesta ligação, a metade do número de pólos é formada por pólos ativos e
a outra metade aparece em consequência da primeira. A corrente circula nos grupos em um
único sentido, que geralmente é o sentido horário, fato convencionado pelos diversos
fabricantes de motores consultados durante as etapas de pesquisa para elaboração deste
trabalho.
No exemplo da FIGURA 11, existem dois grupos de bobinas cuja ligação apresenta
dois pólos ativos e dois pólos que aparecem por consequência. Isso propicia uma
polarização de quatro pólos, influenciando diretamente na diminuição da rotação do MIT.
As bobinas de todo motor trifásico são ligadas de modo a formar três enrolamentos
separados, chamados fases. As três fases têm o mesmo número de bobinas e isso significa
que o número de bobinas por fase será igual à terceira parte do número total de bobinas
existentes nas ranhuras da parte fixa do motor.
O esquema da FIGURA 12 corresponde ao motor com 24 ranhuras, 4 pólos, com
bobinado meio imbricado4, ligação ativa e 4 bobinas por fase, localizadas nas ranhuras do
estator.
_________________
Nota:
4. Meio Imbricado: Tipo específico de enrolamento trifásico onde cada lado de bobina ocupa uma ranhura do
estator.
28
3 SISTEMAS DE PARTIDA
Atualmente, existem diversas formas de acionamento dos MIT, sendo que algumas
são bem simples e apresentam baixo custo de instalação, porém, são altamente limitadas
quando se considera o fator “controle de velocidade”, por exemplo.
Por outro lado, existem os sistemas de acionamento mais sofisticados, com um custo
de instalação mais elevado, porém, com uma alta capacidade de regulagem da rotação
durante a partida, regime de serviço e parada do MIT.
Alguns dos diversos sistemas de acionamentos existentes na atualidade são
apresentados através de diagramas elétricos em dois momentos, aqui chamados de
Convencionais e Eletrônicos.
Para exemplificar sistemas Básicos ou Convencionais, citam-se três tipos
específicos, de baixa complexidade e fácil compreensão:
• Partida Direta;
• Partida Estrela-Triângulo;
• Partida com Auto-trafo Compensador.
Seja qual for o tipo de projeto da área eletroeletrônica que se queira realizar, seja
instalação, montagem ou reparo, a maneira adequada de representar a disposição dos
componentes e o modo como eles se relacionam entre si é por meio do diagrama elétrico.
O diagrama elétrico é um desenho que mostra a maneira como as várias partes de
um dispositivo, rede, instalação, grupo de aparelhos ou itens de um aparelho são inter-
relacionados e/ou interconectados. É a representação de uma instalação elétrica ou parte
dela por meio de símbolos gráficos, definidos pelas normas NBR 5259, NBR 5280, NBR
5444, NBR 12519, NBR 12520 e NBR 12523.
O diagrama de comando faz a representação esquemática dos circuitos elétricos e
demonstra de forma clara os seguintes aspectos:
• Funcionamento seqüencial dos circuitos;
31
• Símbolos literais
Relés, contatores.
K
Indutores.
L
35
Motores
M
Por fim, especificamente nos contatores e relés, os contatos são identificados por
números que indicam:
• Função - contatos abridores e fechadores do circuito de força ou de comando;
contatos de relés temporizados ou relés térmicos;
• Posição - entrada ou saída e a posição física dos contatores. Nos diagramas
funcionais, essa indicação é acompanhada da indicação do contator ou elemento
correspondente.
P( w )
M = 9,55 ⋅ (em newton/ metro) (03)
n
Onde:
M= momento de conjugado
P= potência do motor
n= rotação em rpm
Para a carga, é valido considerar que o conjugado resistente (CCR) varia de acordo
com cada tipo específico de carga, sendo assim, na sequência são apresentadas as
principais curvas do conjugado resistente.
Pela FIGURA 19, apresenta-se o caso em que o conjugado resistente diminui com o
aumento da velocidade.
3.3 NORMALIZAÇÃO
Os sistemas de partida dos MIT podem ocorrer de diversas maneiras, nos quais
podemos citar as chaves de partida direta, estrela-triângulo ou com auto-trafo compensador,
entre outras.
A instalação desses sistemas deve sempre obedecer aos critérios técnicos e legais,
de acordo com as normas da ABNT para Instalações Elétricas de Baixa Tensão, que no
Brasil são obtidos através da NBR 5410/2004.
A NBR 5410/2004 refere-se aos dispositivos de partida sob os seguintes aspectos:
A. Deve ser levada em consideração, em cada região do país, a potência máxima
dos MIT que podem ser ligados diretamente à rede. Tal potência é fixada pela
concessionária de energia elétrica, levando em conta também o tipo e motor.
B. Os dispositivos de partida devem ser capazes de fazer partir e parar os motores
aos quais estão ligados. No caso particular de um motor de corrente alternada, o dispositivo
deve ser capaz de interromper a corrente do motor com rotor travado.
C. Para os casos em que os motores possuírem potência igual ou inferior à 1/8cv, os
sistemas de partidas estão dispensados.
D. Quanto à instalação, normaliza-se que os dispositivos de partida deverão ficar
encerrados em caixas metálicas e, dependendo do caso, à vista dos motores que
comandam.
E. Estabelece ainda, que dispositivos de partida pela tensão reduzida deverão ter os
seguintes recursos mínimos:
• Mecanismo que evite que o dispositivo se mantenha fechado por si na posição de
partida;
• Mecanismo que exclua a necessidade de manobra rápida entre a partida e o regime
nominal5;
• Que sejam dotados de relé de subtensão;
• Que tenham mecanismo que trave os contatos móveis após um desligamento em
condição anormal, para evitar sua religação nessas condições.
_________________
Nota:
5. Regime Nominal é a situação em que o MIT está com sua rotação máxima na ponta do eixo.
41
1. Potência do Motor
2. Tipo de Carga
Este avanço tecnológico será tratado com mais detalhes nos próximos capítulos
deste trabalho.
• Partida Direta
Na partida direta a plena tensão, o MIT pode partir a plena carga e com a corrente
elevando-se até 5 a 6 vezes a nominal, conforme o tipo e número de pólos.
A FIGURA 23 mostra a relação entre a rotação, o conjugado e a corrente. A curva de
corrente mostra que a corrente de partida é 06 vezes o valor da corrente nominal5. A curva
de conjugado mostra que o conjugado na partida atinge aproximadamente 1,5 vezes o valor
do conjugado nominal6.
_________________
Nota:
6. Corrente Nominal e Conjugado Nominal são valores estabelecidos pelos fabricantes e geralmente são
expressos na placa de dados do MIT.
43
Se uma situação dessas ocorrer, o MIT terá o rotor travado e poderá ser danificado
se as altas correntes que circulam em seu enrolamento não forem eliminadas rapidamente.
Quando não é possível o emprego da partida direta, deve-se usar a partida indireta,
cuja finalidade é reduzir o pico de corrente na partida do MIT.
A redução do pico de corrente somente é possível se a tensão de alimentação do
motor for reduzida, ou se for alterada a característica do motor, mudando as ligações dos
seus terminais de conexão.
A queda de corrente de partida é diretamente proporcional à queda de tensão e a
queda do conjugado é diretamente proporcional ao quadrado da relação entre a tensão
aplicada e a tensão nominal.
• Partida Estrela-Triângulo
LEGENDA:
M /Mn = Relação, em porcentagem, entre conjugado nominal e conjugado do motor
I/In = Relação, em porcentagem, entre corrente nominal e corrente durante a partida
M∆ = Curva do conjugado motor em Triângulo
MY = Curva do conjugado motor em Estrela
MR = Curva do conjugado resistente
IY = Curva da corrente em Estrela
I∆ = Curva da corrente em Triângulo
_________________
Nota:
7. A definição técnica do dispositivo “contator” poderá ser facilmente encontrada em catálogos e informativos
técnicos, dos seus respectivos fabricantes.
48
Uma opção para acionamento dos MIT sob carga é a partida com Auto-trafo
Compensador, comumente chamada de Compensadora. Ela reduz a corrente de partida,
evitando uma sobrecarga na rede de alimentação, deixando, porém, o MIT com um
conjugado suficiente para a partida e aceleração.
porque o auto-trafo, por um curto período de tempo, se torna uma reatância ligada em série
com o MIT.
Ao utilizar um auto-trafo para um motor ligado a uma rede 220 V e que absorva a
corrente de 100 A, observa-se que:
• Se o auto-trafo for ligado no tap de 65%, a tensão aplicada nos bornes do
motor será de: 0,65 x 220 = 143 V;
• Com a tensão reduzida em 65%, a corrente nos bornes do motor também
será reduzida de 65%, ou seja: 0,65 x 100 = 65 A;
• Como o produto da tensão pela corrente na entrada do auto-trafo é igual
ao produto da tensão pela corrente na saída, a corrente na rede será de
42,25 A, conforme o demonstrado a seguir:
220 x Ie = 143 x 65
Ie = (143 x 65) / 220 = 42,25 A
• O conjugado ou momento de partida será proporcional ao quadrado da
tensão aplicada aos bornes do motor, que no caso acima, é 0,65 x 0,65 =
0,42, ou seja, aproximadamente metade do conjugado nominal. A mesma
regra é válida para o tap de 80%, onde 0,80 x 0,80 = 0,64, ou seja, dois
terços do conjugado nominal.
• Partida Direta
50
_________________
Nota:
8. Maiores informações dos dispositivos elétricos citados acima poderão ser facilmente encontrados em
catálogos e informativos técnicos, dos seus respectivos fabricantes.
52
• Partida Estrela-Triângulo
• Decorrido o tempo para o qual o relé temporizado foi ajustado, este atua fazendo
com que o contato K6 (15-16) se desligue e assim, desenergizando a bobina de K2 e
abrindo seus contatos principais;
• Assim, o contato K2 (31-32) permite o acionamento da bobina de K3, que por sua
vez acionará o MIT em Triângulo;
• Para interromper o funcionamento do MIT, aciona-se o botão S0, que interrompe a
energização da bobina K1 e assim, abre-se o contato K1 (13-14) e K1 (23-24), que
interrompe também a bobina de K3.
• Assim, o contato K3 (21-22) permite o acionamento da bobina de K1, que por sua
vez, desenergizará K2 e acionará o MIT em tensão plena;
• O MIT é então alimentado pela tensão nominal da rede elétrica;
• Para interromper o funcionamento do MIT, aciona-se o botão S0, que interrompe a
energização da bobina K1 e assim, abre-se o contato K1 (13-14);
• Com isso, o MIT ficará desenergizado.
rápida comutação e grande integração com a modulação PWM. Por esses e outros motivos
(maior número de variáveis configuráveis, mais opções de controle e de programação física
de seus contatos), os inversores são mais “ricos” do que as chaves Soft-Starters e assim,
fica bem claro a existência de várias vantagens quando se utiliza o Inversor de Frequência
ao invés da Soft-Starter para o acionamento do MIT.
O acionamento de motores elétricos de indução por conversores estáticos de
frequência (comercialmente denominados também simplesmente inversores de frequência)
é uma solução relativamente nova, porém, já amplamente utilizada na indústria. Assim
sendo, muito ainda há por ser feito/estudado/compreendido em tais aplicações e percebe-
se, com o avanço na área, a necessidade de se disponibilizar orientação técnica específica
ao assunto por parte dos fabricantes de motores e conversores, para que tais aplicações
sejam efetivamente vantajosas em termos de eficiência energética e atrativa em termos de
custo.
A FIGURA 33 apresenta de forma resumida, uma visão geral do controle eletrônico
utilizado atualmente, que reúne diversas opções de comunicação, propiciando assim, a
realização do controle tanto pelo método local (via IHM frontal), quanto pelo método remoto,
onde se utilizam as opções de redes industriais específicas, do tipo CANopen, Ethernet,
Profibus, DeviceNet e outras.
portas seriais para acesso ao drive via PC, comunicação em rede entre drivers (mestre e
escravo), existentes no mesmo processo e redes industriais como RS-485, Ethernet e
outras.
Segundo informações fornecidas pelo fabricante deste equipamento, dentre as
inúmeras aplicações possíveis para o mesmo, destacam-se os casos de posicionamento em
alta precisão da máquina, onde se exige controle contínuo do produto final desejado. Para
isso, se faz necessário utilizar um gerador de pulsos do tipo resolver, que informa a exata
posição do MIT em relação ao realizar do processo.
Exemplificando o posicionamento preciso, é válido citar a aplicação em perfiladeiras,
onde a máquina recebe uma bobina de chapa metálica que deverá ser transformada em
perfis com dobras e tamanho pré-determinados, sendo inseridas suas medidas via IHM ou
via software diretamente conectado ao PC. Nesse caso, a utilização de um resolver
informará o drive da correta posição da peça a ser cortada, mediante combinações
matemáticas realizadas na memória interna integrada com a CPU própria do drive, o que
proporciona erro de posicionamento praticamente desprezível.
O MIT é submetido à aceleração e desaceleração a cada peça produzida, sendo
controlado exclusivamente pelo “inversor inteligente” aqui chamado de Movidrive.
A FIGURA 38 apresenta uma configuração comumente encontrada para a placa de
expansão citada anteriormente, composta por entradas e saídas digitais (tipo P ou N) e
analógicas (0 – 10V e/ou 4 – 20 mA), sendo alimentadas com tensão de 24Vcc.
_________________
Notas:
9. slots são espaços disponíveis no bastidor (espécie de placa mãe) dos CLPs e inversores inteligentes.
10. encoder é um sensor de posicionamento, do tipo gerador de pulsos, que geralmente está acoplado
mecanicamente no eixo do MIT a ser monitorado.
11. resolver é um sensor de posicionamento também gerador de pulsos em alta frequência, porém, com
altíssima resolução, destinado ao controle de alta precisão.
66
Como exemplo de conexão via porta serial ou USB do PC, visando o acesso e
manipulação de informações em tempo real via software, é apresentada na FIGURA 39, a
conexão sugerida pelo fabricante do equipamento.
Seja qual for a configuração necessária para a aplicação a ser executada, o terminal
de conexão local (IHM) será sempre possível de ser inserido no sistema, possibilitando
ajustes diversos que sejam necessários ao melhor desempenho do processo. Para melhor
ilustração do modelo específico de IHM a ser utilizada, a FIGURA 41 apresenta o modelo
padrão e suas teclas principais.
68
Onde:
n: velocidade (rotação mecânica) por minuto (rpm);
f1: frequência fundamental da tensão de alimentação (Hz);
p: número de pólos;
s: escorregamento.
Quando o motor está em vazio ou com cargas leves, a tensão no link DC tende a
estabilizar no valor de 1,41 Vrede. Quando, porém, o motor está com cargas mais elevadas
(por exemplo, plena carga), a tensão no link DC tende ao valor:
Não é por acaso que tem crescido significativamente o número de aplicações em que
a variação de velocidade de motores de indução é feita por meio de conversores eletrônicos
estáticos de frequência, pois muitos benefícios são propiciados por essas aplicações:
4 METODOLOGIA
O método utilizado para levantar dados sobre o avanço tecnológico das técnicas de
acionamento do MIT consiste de uma breve entrevista (Apêndice) envolvendo técnicos da
área, que atuam em empresas desenvolvedoras de equipamentos e/ou máquinas
operatrizes, que por sua vez, são acionadas pelos MIT.
Tal entrevista tem por objetivo, a obtenção de informações sobre o histórico do
equipamento, partindo de suas versões iniciais até os atualmente fabricados e
comercializados, relatando os fatores positivos e negativos de cada caso.
Para evidenciar que os avanços tecnológicos contribuem positivamente para o
aumento significativo do rendimento dos processos produtivos que envolvem diretamente o
uso dos MIT, foram previstas três entrevistas, envolvendo em cada uma delas, empresas de
diferentes áreas de atuação.
76
5 RESULTADOS
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA
ANEXOS
84