1) O documento discute a teoria da evolução versus a crença em um planejamento inteligente na origem da vida. Vários cientistas acreditam que as evidências a favor da evolução são fracas demais.
2) A paleontologia fornece evidências contra a teoria da evolução, como a falta de fósseis demonstrando espécies de transição e a descontinuidade no registro fóssil.
3) Alguns organismos, como o celacanto, permaneceram praticamente inalterados por centenas de milhões de anos, contrari
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2) A paleontologia fornece evidências contra a teoria da evolução, como a falta de fósseis demonstrando espécies de transição e a descontinuidade no registro fóssil.
3) Alguns organismos, como o celacanto, permaneceram praticamente inalterados por centenas de milhões de anos, contrari
1) O documento discute a teoria da evolução versus a crença em um planejamento inteligente na origem da vida. Vários cientistas acreditam que as evidências a favor da evolução são fracas demais.
2) A paleontologia fornece evidências contra a teoria da evolução, como a falta de fósseis demonstrando espécies de transição e a descontinuidade no registro fóssil.
3) Alguns organismos, como o celacanto, permaneceram praticamente inalterados por centenas de milhões de anos, contrari
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1) O documento discute a teoria da evolução versus a crença em um planejamento inteligente na origem da vida. Vários cientistas acreditam que as evidências a favor da evolução são fracas demais.
2) A paleontologia fornece evidências contra a teoria da evolução, como a falta de fósseis demonstrando espécies de transição e a descontinuidade no registro fóssil.
3) Alguns organismos, como o celacanto, permaneceram praticamente inalterados por centenas de milhões de anos, contrari
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1º Deus não existe.
“Diz o insensato em seu coração:
“Deus não existe!” Suas ações são corrompidas e abomináveis: não há um que faça o bem (Sl 14,11). O ateísta, materialista e marxista alemão Ludwig Feuerback (1804-1872), disse: “Não foi Deus que criou o homem; ao contrário, foi o homem que criou Deus”. O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), autor da teoria da evolução, disse: que tudo que existe é obra de um processo evolutivo. Falando sobre cientistas que acreditam que o Universo e a vida nele resultam dum planejamento inteligente, uma resenha no mais importante jornal do mundo o The New York Time comentou: “Eles têm doutorado e ocupam cargos importantes em algumas das universidades de maior prestígio. Seus argumentos contra o darwinismo não se baseiam na autoridade das Escrituras Sagradas; antes, baseiam-se em argumentos científicos”. Vários cientistas concluíram que as evidências a favor da evolução são demasiadamente fracas e contraditórias. O engenheiro aeroespacial Luther D. Sutherland escreveu em seu livro Darwin’s Enigma (O Enigma de Darwin): “A evidência cientifica indica que sempre que qualquer espécie básica de vida surgia na Terra; desde protozoários monocelulares até o homem, cada forma de vida era completa, e seus órgãos e estruturas, inteiramente funcionais. A conclusão inevitável a ser tirada desse fato é que havia algum tipo de inteligência antes de surgir à vida na terra”. Depois de uma longa vida de pesquisas e trabalhos científicos bem-sucedidos, o astrônomo Allan Sandage declarou: “Foi o estudo da ciência que me fez chegar à conclusão de que o mundo é muito mais complexo do que a própria ciência pode explicar. É somente por meio do sobrenatural que consigo entender o mistério de tudo que existe”. O biólogo americano Francis Collins é um dos cientistas mais notáveis da atualidade. Diretor do Projeto Genoma, foi um dos responsáveis por um feito espetacular da ciência moderna: o mapeamento do DNA humano, em 2001. Autor do livro de grande sucesso internacional “A Linguagem de Deus”. Nas 300 páginas da obra, o renomado cientista conta como deixou de ser ateu para se tornar um fervoroso cristão. Afirma Collins: “As sociedades precisam da ciência como da religião. Elas não são incompatíveis, mas complementares”. Afirma mais: “O ateísmo é a mais irracional das escolhas” (1). Nossas escolas insistem em ensinar o Evolucionismo como um fato indiscutível Desde as primeiras séries de nossos estudos vimos sendo familiarizados com uma explicação – no mínimo estranha – sobre a origem da vida: a teoria da evolução de Charles Darwin, soberana nos manuais de colégio. No entanto, um grande número de escolas norte- americanas está excluindo de seus currículos o ensino do darwinismo. O motivo? Um fato certamente de pouca importância – e talvez por isso nunca seja mencionado no Brasil – : a evolução das espécies jamais foi provada cientificamente. Paleontologia: faltam evidências São extraordinárias as falhas e incongruências da teoria darwiniana. Há muito, ela deixou de ser unânime entre os pesquisadores, pois carece de métodos científicos e vem sendo desmentida por vários ramos da ciência. A paleontologia é atualmente o principal argumento contra tal teoria. Observando o documento fóssil, fica claro a existência de uma sucessão hierárquica das formas de vida ao longo do tempo. Quanto mais antigos os estratos fósseis, mais inferiores são as espécies da escala biológica. Esse aumento da complexidade das formas de vida no decorrer da história é bastante utilizado pelos evolucionístas como uma argumento a favor de suas hipóteses. Coloca-se esses animais em seqüência e tem-se a impressão de que uns descendem dos outros, como se constituíssem um filão genealógico, desde as formas de vida mais simples, até as atuais. Mas há um problema que não pode ser ignorado: se a evolução de uma ameba, ao longo da história, deu-se de modo a resultar em seres mais complexos até chegarmos à vastidão infindável de organismos que temos hoje, então seria imprescindível que tenham existido milhares de formas de transição dos seres, passando de uma espécie até se tornarem outra, sucessivamente. No que dependesse de Darwin seria assim. Entretanto, nunca foram encontrados esses animais de transição ¾ os elos perdidos ¾ entre as espécies. Essa descontinuidade no registro fóssil é tão contundente para o evolucionismo, que o próprio Darwin afirmou que “talvez fosse a objeção mais óbvia e mais séria” à sua teoria. A confirmação da hipótese evolucionista ficou condicionada ao encontro dos elos perdidos. Mas passaram-se dois séculos e ainda continuam perdidos. Quando vemos o aparecimento de novidades evolutivas, ou seja, o aparecimento de novos grupos de plantas e animais, isso ocorre como um estrondo, isto é abruptamente. Não há evidências de que haja ligações entre esses novos grupos e seus antecessores. Até porque, em alguns casos, esses animais estão separados por grandes intervalos de até mais de 100 milhões de anos. O Dr. G. Sermont, especialista em genética dos microorganismos, diretor da Escola Internacional de Genética Geral e professor da Universidade de Peruggia e R. Fondi, professor de paleontologia da Universidade de Siena, no livro Dopo Darwin. Critica all’ evoluzionismo, afirmam nesse sentido que: “é se constrangido a reconhecer que os fósseis não dão mostras de fenômeno evolutivo nenhum... Cada vez que se estuda uma categoria qualquer de organismos e se acompanha sua história paleontológica... acaba- se sempre, mais cedo ou mais tarde, por encontrar uma repentina interrupção exatamente no ponto onde ¾ segundo a hipótese evolucionista ¾ deveríamos ter a conexão genealógica com uma cepa progenitora mais primitiva. A partir do momento em que isso acontece, sempre e sistematicamente, este fato não pode ser interpretado como algo secundário, antes deve ser considerado como um fenômeno primordial da natureza.” O exemplo mais gritante de descontinuidade no registro fóssil é o que encontramos na passagem do Pré-Cambriano (primeira era geológica), para o Cambriano. No primeiro encontramos uma certa variedade de microorganismos: bactérias, algas azuis etc. Já no Cambriano, repentinamente, o que surge é uma infinidade de invertebrados, muito complexos: ouriços-do-mar, crustáceos, medusas, moluscos... Esse fenômeno é tão extraordinário que ficou conhecido como “explosão cambriana”. Ora, se a evolução fosse uma realidade, o surgimento dessa vasta gama de espécies do Cambriano deveria imprescindivelmente estar precedida de uma série de formas de transição entre os seres unicelulares do Pré-Cambriano e os invertebrados do Cambriano. Nunca foi encontrado nada no registro fóssil. Esse é, aliás, um ponto que nenhum evolucionista ignora. Outro fato é que os organismos sempre permanecem os mesmos, desde quando surgem, até a sua extinção e quando muito, apresentam variações dentro da própria espécie. Ainda mesmo que um animal apresentasse características de dois grupos diferentes, não poderia ser tratado como um elo real enquanto os demais estágios intermediários não fossem descobertos. A riqueza das informações fósseis vem servindo contra os postulados evolucionístas. Várias hipóteses de seqüências evolutivas foram descartadas ou modificadas, por se tratarem de alterações no registro fóssil (tal como a evolução do cavalo na América do Norte). O próprio pai da paleontologia, o Barão de Couvier, vislumbrou, nessa sucessão hierárquica do dos seres vivos, ao invés de uma evolução, uma confirmação da idéia bíblica da criação sucessiva. As grandes durações da história geológica, que à primeira vista parecem favorecer as especulações dos evolucionístas, fornecem, muito pelo contrário, objeções. Cabe lembrar que Santo Agostinho, analisando a criação em seis dias no Gênesis, tem o cuidado de não interpretar dia como intervalo de 24 horas. O Santo Doutor interpreta dia como sendo luz, e luz dos anjos testemunhando a criação de Deus. Os seis dias falam de uma ordem na criação, e não propriamente de uma medida de tempo. O mistério dos fósseis vivos. Outra objeção à filogênese (evolução genealógica) é apresentada pelos fósseis vivos. Qual a razão que levou várias espécies, gêneros e famílias a atravessarem muitos “milhões de anos” (nas contas dos evolucionistas, é claro), sem sofrer o processo evolutivo que os evolucionístas gostariam de encontrar? O celacanto é um peixe que aparece em estratos de 300 milhões de anos atrás. Conhecem-se fósseis desse peixe até em estratos do começo da era cenozóica, isto é, até 60 milhões de anos atrás. Pensava-se que o celacanto tivesse existido durante esse intervalo de tempo de 240 milhões de anos. Acontece que de 1938 para cá, vários espécimes, vivos e saudáveis, foram pescados no Oceano Índico. Quer dizer: esse peixe atravessou 300 milhões de anos até nossos dias, enquanto que, de acordo com os evolucionístas, ao longo dessa duração houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos. (Obs: para o presente estudo, utilizamos a contagem de tempo hipotética dos evolucionistas. Sem que isso signifique uma adesão a esses números que buscam justificar a evolução). Os foraminíferos e radiolários são seres unicelulares, cujas carapaças são responsáveis por grandes espessuras nas rochas sedimentárias. Os foraminíferos constituem uma das ordens biológicas que aparecem no Pré-Cambriano e que existe até hoje. Vários organismos se extinguiram ao longo do tempo que vai da era paleozóica superior a nossos dias. Também fato científico estranho à Teoria. Porque esta faz remontar a origem dos animais pluricelulares aos animais unicelulares. Como explicar, então, que os foraminíferos e radiolários não se transformaram em animais pluricelulares, ao longo de tão dilatada história biológica? Grande mistério... Seleção Natural: mecanismo anti-evolução Alguém poderia perguntar: e a seleção natural, ocorre? Sim, ocorre. Mas não como Darwin a concebeu. Vejamos o famoso exemplo das mariposas da Inglaterra. Inicialmente elas tinham coloração clara. Acontece que a Revolução Industrial trouxe grande emissão de poluentes e os troncos das árvores ficaram mais escuros. Decorrido algum tempo, as mariposas teriam “evoluído”, tornando-se escuras. Durante muito tempo, insistia-se que esse fosse um nítido caso de evolução. Mas o advento da genética mendeliana encarregou-se de negá-lo. Sabe-se hoje que, qualquer mudança nas características de uma espécie só ocorre por estar “contida” no seu material genético e a variação dar-se-á nos limites da carga genética dessa espécie, não passando disso. É o que aconteceu com as mariposas inglesas. Elas eram claras e tornaram-se escuras porque em seu conjunto genético havia uma variação genética para a cor escura. As mariposas continuavam e continuam sendo mariposas. Assim como continuam a nascer mariposas claras. Não houve, portanto, evolução. Na verdade, a seleção natural ocorre para que os seres permaneçam vivos em um meio ambiente cambiante. E à medida que possibilita a predominância das características mais vantajosas ou superiores em um determinado meio, torna os indivíduos mais parecidos e não mais diferentes. Portanto, não opera, uma diversificação. Ela trabalha como uma força conservadora. Ademais, se a evolução existisse realmente, a seleção natural se encarregaria de barrar o seu processo, pois os seus mecanismos de atuação são antagônicos. Um ser vivo que desenvolvesse uma característica nova (patas, asas, olhos...) não se beneficiaria enquanto ela não estivesse absolutamente desenvolvida. Ao contrário, seria prejudicial. Por que a seleção natural iria favorecer um animal com um órgão em formação? Essa característica nova, além de não cumprir as funções da estrutura que a deu origem, ainda não desempenha a sua própria função porque ainda está em desenvolvimento. Assim, pela teoria da evolução houve evoluções de peixes em anfíbios, anfíbios em répteis, e répteis em mamíferos e aves. Ora, um peixe que estivesse desenvolvendo características de anfíbios, patas por exemplo, nem nadaria e nem se locomoveria com destreza porque suas nadadeiras estariam se convertendo em patas. Pois bem, a seleção natural se encarregaria de eliminá-lo, por sua debilidade. Golpe derradeiro: a genética Quando ficou patente que a seleção natural por si só era incapaz de explicar o processo evolutivo as mutações foram escolhidas como uma tentativa de salvar a teoria evolucionista. As mutações constituem a única hipótese potencialmente capaz de gerar uma característica nova. Entretanto, elas não ocorrem para adaptar o organismo ao ambiente e nem há condições de se saber o gene a sofrer mutações. É um processo absolutamente fortuito. Erros de leitura do DNA – o que é realmente raríssimo – causam as mutações. A mutação só acontece se a alteração no DNA modificar o organismo. Em geral, esses erros não provocam nenhum resultado porque o código genético está engendrado de modo tão formidável, que torna neutras as mutações nocivas. Mas quando geram efeitos, eles são sempre negativos. Com efeito, não há registro de mutações benéficas e a possibilidade delas existirem é tão reduzida que pode ser descartada. Em seres humanos, existem mais de 6 mil doenças genéticas catalogadas, por exemplo, melanoma maligno, hemofilia, alzheimer, anemia falciforme. Essas doenças – e grande parte das catalogadas – foram localizadas nos genes correspondentes. Assim se todas as mutações que as causaram fossem corrigidas, teríamos uma espécie de homem perfeito. Esse é, aliás, um indício de que esse homem perfeito tenha existido, como é ensinado no Gênesis. A genética, ao invés de corroborar a hipótese evolucionista, desacreditou-a ainda mais. Atestou a impossibilidade de que um organismo deixe de ser ele mesmo. As famosas experiências do biólogo T. Morgam com a mosca da fruta (geralmente citadas em manuais escolares) elucidam muito bem essa questão: As mutações, em geral, mostram deterioração, desgaste ou desaparecimento geral de certos órgãos; nunca desenvolvem um órgão ou função nova; a maioria provoca alterações em caracteres secundários tais como cor dos olhos e pelos, sendo que, quando provocavam maiores modificações, eram sempre letais; os mutantes que se equiparam à mosca normal, no que diz respeito ao vigor, são uma minoria e, mutantes que tenham sofrido um desenvolvimento realmente valioso na organização normal, em ambientes normais, são desconhecidos. Darwin fraudou E se a realidade não colabora, pior para ela, diria Darwin. Os escândalos sobre falsificações foram uma constante na história do evolucionismo. O próprio pai da teoria fraudou. No seu livro “As expressões das emoções no homem e nos animais” foi utilizada uma série de fotografias forjadas a fim de comprovar suas hipóteses. E ainda recentemente foi descoberto mais um embuste: o archeoraptor. Com uma imaginação bem apurada, muitos aclamavam esse achado como sendo a ligação entre as atuais aves e os dinossauros. Não passava de uma mistura mal-ajambrada de peças de diversos fósseis. O evolucionismo não é científico! Estamos diante de um fato insólito na história da ciência. A teoria da evolução, de Darwin a nossos dias, não só não se confirmou, mas se tornou cada vez mais insustentável. Entretanto, ela continua sendo defendida e propalada como verdadeiro dogma. É uma vaca sagrada contra a qual ninguém tem o direito de discordar, apesar de seu inteiro despropósito. Porque tanta insistência? Haverá por detrás disso uma segunda intenção de seus propugnadores (ou pelo menos de uma parte deles)? Engels dá-nos uma pista numa de suas cartas a Marx: “o Darwin que estou lendo agora é magnífico. A teologia não estava destruída em algumas de suas partes, e agora isso acaba de acontecer”. Reside nisso toda a questão. Aceita-se o evolucionismo para não se aceitar a Deus. Desde a sua origem, essa teoria esteve impulsionada mais pelo desejo de prover o ateísmo de fundamento científico, do que em encontrar a origem das espécies. Atribuir ao acaso toda a ordem perfeita e harmônica do universo é um inteiro disparate. O cientista que toma essa atitude joga para trás todos os parâmetros científicos (em nome dos quais ele fala)e lança mão de argumentos filosóficos que a própria ciência já desmentiu. É impossível admitir o acaso como resposta para um fenômeno tão manifestamente racional como é o finalismo presente na organização do mundo. Mesmo Darwin sabia o quanto eram absurdas as suas formulações, e admitiu a que fins elas serviam: “estou consciente de que me encontro num atoleiro sem a menor esperança de saída. Não posso crer que o mundo, tal como vemos, seja resultado do acaso, e, no entanto, não posso considerar cada coisa separada como desígnio divino.” Por tudo isso é que a teoria da evolução não pode reclamar para si a denominação de científica. A obstinação e a atitude de seus adeptos demonstram que o evolucionismo consiste em um movimento filosófico e religioso. É uma concepção do universo para a qual nada mais é estável, tudo está sujeito a um eterno fluir. E mais ainda, tudo quanto há na vida social, desde o direito até a religião, foi fruto da evolução, inclusive a idéia de Deus. Essa teoria se espalhou para todos os campos do conhecimento, sobretudo nas ciências humanas. E seus resultados foram funestos, não só para a pesquisa, mas também no campo prático, basta lembrar que ela serviu de fundamento para as mais mortais concepções de Estado que já existiram: o comunismo e o nazismo. O evolucionismo funciona como fundamento do relativismo contemporâneo. Fato esse , aliás, o único capaz de explicar o porque de se defendê-lo com tanta contumácia, pois, uma vez derrubado este bastião, não há nada que justifique a ideologia relativista, nem na ciência e nem no senso comum das pessoas. Enfim, encerramos mencionando a Quinta Via de Santo Tomás de Aquino, em que o Doutor Angélico lembra que a teleologia (fim inteligente) presente em todo o universo reclama a necessidade de Deus. “Vemos que algumas coisas, como os corpos naturais, carentes de conhecimento, operam em vista de um fim; o que se conclui de operarem sempre ou freqüentemente do mesmo modo, para conseguirem o que é ótimo; donde resulta que chegam ao fim, não pelo acaso, mas pela intenção. Mas, assim como a seta é dirigida pelo arqueiro, os seres sem conhecimento não tendem ao fim sem serem dirigidos por um ente conhecedor e inteligente. Logo, há um ser inteligente, pelo qual todas a coisas naturais se ordenam ao fim, e a que chamamos Deus.” O leitor me perdoe começar com este fato aberrante: a Ginemedex, clínica de aborto de Barcelona, utiliza liquidificadores para “sumir” com os restos de bebês abortados com mais de sete meses de gestação!(1) O pretexto para essas “moedoras de bebês” é o fato de a lei obrigar as clínicas a enterrar os despojos das crianças sacrificadas com 11 ou 12 semanas de gestação. E tais clínicas não querem arcar com as despesas do enterro... Como é possível que tal fato não suscite uma onda de compaixão pelas criancinhas que acabam assim os seus dias? E, convém ressaltar, elas não foram batizadas! Pensava eu nisto quando lia escritos de John Holdren –– o novo “czar” das ciências do presidente Obama ––, que me lembraram os sofismas da pregação progressista, ecologista e da “cultura da morte”. E ia refazendo na minha cabeça as discussões que tinha com colegas progressistas, aos quais eu apresentava a contra-argumentação. — “É a evolução... o homem multiplicou-se mais do que o meio ambiente pode suportar. Com sua civilização, ele ameaça o clima da Terra. É preciso reduzir seu número até com métodos drásticos e compulsivos”. — E a moral? –– reagi como que instintivamente. — “Moral? Não há moral. Darwin mostrou que nada é definitivo, que o homem é apenas um estado passageiro da evolução. Ontem ele se assemelhava a um simióide que andava de quatro pelas galharias das árvores. Anteontem estava contido numa espécie de ameba no fundo dos mares. Amanhã será outra coisa. A natureza muda... e a moral se altera junto. Os mais fortes prevalecem. No futuro, virá talvez um ‘homem novo’ que substituirá nossa orgulhosa humanidade. É a lei da evolução”. — Mas o homem não é filho de Deus, saído de suas próprias mãos, feito à sua imagem e semelhança, destinado à bem-aventurança eterna? — “Ora essa! Darwin mostrou que nada disso tem base científica. Isso é coisa de espírito retrógrado, fundamentalista, inimigo da ciência e do progresso humano”. — Mas se nada é fixo, imutável, eu não posso ter segurança de nada? — “Nada... nada..., nada é imutável. Veja a Religião católica, teólogos que aceitam a evolução, como Teilhard de Chardin. Eles criaram uma nova teologia, viraram a Igreja Católica pelo avesso. A única segurança é que tudo ficou inseguro, incerto. É a evolução, meu caro, é preciso adaptar-se ou desaparecer!” Enquanto afastava estas ameaçadoras idéias, fui me informar sobre o que Darwin, cujo bi-centenário do nascimento comemora-se neste ano, afirmava de fato a respeito da evolução. A viagem em volta da Terra e “A Origem das Espécies” Charles Darwin (1809-1882) nasceu numa abastada família inglesa. Estudou ciências naturais nas universidades de Edimburgo e Cambridge. Ainda jovem, empreendeu uma viagem de quase cinco anos em volta da Terra (1831- 1836). Nela acumulou observações e amostras do reino animal. De retorno Diário de à Inglaterra, guardou as anotações Darwin embaixo de uma escada. As crianças da casa arrancavam as folhas para brincar. Mais de vinte anos depois, o naturalista Alfred Russel Wallace (1823-1913) mostrou a Darwin o livro que ia publicar, com idéias próximas às dele. Darwin recuperou então as velhas anotações, ordenou-as e publicou-as. Surgiu assim, há 150 anos, A Origem das Espécies. Contrariamente à saga corrente, a viagem não mudou a atitude de Darwin em face de Deus. Por exemplo, após entrar numa floresta brasileira, escreveu: “Não era possível formar-se uma idéia dos sentimentos de maravilhamento, de admiração e de devoção que enchem e encantam o espírito. Lembro-me bem de ter ficado convencido de que no homem há mais do que o simples influxo do corpo”. (2) Crise religiosa: Darwin torna-se anticristão Mas o Charles Darwin de A Origem das Espécies mudara completamente em relação ao naturalista expedicionário. Ele fora criado no protestantismo, tendo depois perdido qualquer vestígio de fé entre 1836 e 1839. Tornou-se agnóstico e visceralmente contrário ao cristianismo. Em sua Iguana das ilhas Autobiografia, narra como Galápagos voltou-se contra o Deus da Bíblia. Tal confissão de apostasia é tão chocante, que seus descendentes impediram a divulgação. Ela só veio a lume numa edição de 1958, onde afirma num trecho censurado: “De fato, dificilmente posso admitir que alguém pretenda que o cristianismo seja verdadeiro; pois, se assim fosse, as Escrituras indicam claramente que os homens que não crêem –– isto é, meu pai, meu irmão e quase todos os meus melhores amigos –– serão punidos eternamente. E isto é uma doutrina condenável”. Ele optou por um sentimentalismo relativista e vago, que levou até as últimas conseqüências; implicou com a lógica ordenada da moral evangélica, que tem na Igreja Católica sua autêntica realização; repeliu os movimentos de alma ordenados que lhe inspiravam as cenas grandiosas da natureza; pois percebeu “que estavam intimamente ligados à crença em Deus”. Rompendo com sua admiração pela floresta brasileira, explicou: “Hoje, as cenas mais grandiosas não produziriam em mim nenhuma convicção nem sentimento daquele gênero”. Darwin estava bem Anticristianismo e evolucionismo ciente de que explicitados simultaneamente tirava o Darwin passou a confessar-se homem do agnóstico e a menosprezar centro, acintosamente a Religião. Lê-se em aproximava-o sua Autobiografia: “O Antigo do animal, e Testamento é manifestamente falso, entrava em conflito com a imagem de si próprio a Torre de Babel, o arco-íris como sinal, etc. Dado que ele atribui a Deus os sentimentos de um tirano vingativo, não é mais digno de confiança que os livros sagrados dos hindus ou as crenças de outros bárbaros. [...] Deixei de acreditar no cristianismo enquanto revelação divina”. Ele foi abandonando a idéia de um Deus pessoal, e mesmo da existência de uma causa final na natureza: “O velho argumento de uma finalidade na natureza, que outrora me parecia tão concludente, caiu depois da descoberta da seleção natural. [...] Não acredito que haja muito mais finalidade na variabilidade dos seres orgânicos e na ação da seleção natural do que na direção em que sopra o vento”. Homem e natureza se lhe afiguravam então como meros subprodutos de uma cega fatalidade, que progride rumo ao ignoto. O motor desse progresso seriam transformações devidas a acidentes fortuitos e à necessidade. As espécies resultantes, ou mais evoluídas, exterminariam fatalmente as menos evoluídas, mais fracas e inferiores. Darwin percebeu que, sem um princípio e um fim, o homem ficaria escravo, como um bicho, ao capricho de sua fantasia e de seus instintos: “Um homem que não tem uma crença bem sólida na existência de um Deus pessoal, ou numa existência futura com retribuição e recompensa, não pode ter outra regra de vida, segundo me parece, senão seguir seus impulsos e seus instintos mais prementes, ou que ele acha os melhores”. Esta conclusão, ele a enfeitou com sentimentos típicos do romantismo vitoriano do século XIX. Sua crise religiosa, que descambou para a apostasia e para o anticristianismo, correu lado a lado com a explicitação do evolucionismo. Então, não é de espantar que o anticristianismo se encontre entranhado no pensamento darwinista e de seus sucessores “neo-darwinistas”, embora pretendam que se trate de meras doutrinas científicas. Bombardeou o conceito que o homem tem de si próprio Diz um dos corifeus darwinistas hodiernos, o Prof. Dominique Lecourt, da Universidade da Sorbonne- Paris VII: “Darwin estava bem ciente de que tirava o homem do centro, aproximava-o do animal, e entrava em conflito com a imagem de si próprio. [...] Darwin [...] confessou à sua mulher, muito piedosa, que sua teoria não concordava com o dogma cristão. Ele sabia que tinha fabricado uma bomba”.(3) De fato, suas teorias serviram para dinamitar a visão racional da ordem do universo e sua procedência da criação. Darwin também é tido como um dos fundadores do ecologismo, que exalta a vida tribal animalesca “integrada” numa natureza em perpétua evolução. Interpretou o conhecido pelo desconhecido Alfred Russel Wallace e Darwin foram co-inventores da teoria da seleção natural das espécies, peça-chave do evolucionismo. Porém, Wallace manteve a crença A polêmica numa inteligência diretora criacionismo x que presidiria a luta evolutiva. darwinismo A partir de 1862, descambou repercute na grande para o espiritismo e o imprensa ocultismo. Porém, Darwin permaneceu no agnosticismo naturalista materialista. Entretanto, sua linguagem recende a uma análoga procura de explicação do conhecido pelo desconhecido, pelo oculto. No livro A filiação do homem, ele imagina que o homem descende de algum tipo de símio há tempos desaparecido; este, “provavelmente de um marsupial arcaico”; e este último, de uma ignota “criatura de tipo anfíbio”, por sua vez derivada de um ainda mais inidentificável “animal que se assemelha a um peixe”. Quanto mais se aprofunda nas suposições de fenômenos inverificáveis, tanto mais Darwin adota uma linguagem próxima à de um adivinhador lendo numa bola de cristal. “Na obscuridade confusa do passado, podemos ver que o primeiro ancestral de todos os vertebrados deve ter sido um animal aquático dotado de brânquias, que possuía os dois sexos reunidos no mesmo indivíduo, tendo os mais importantes órgãos do corpo (como o cérebro e o coração) imperfeita ou nulamente desenvolvidos. Esse animal parece ter-se assemelhado às larvas dos ascidiáceos marinhos atuais”.(4) Cascata de conjeturas inverificáveis Os discípulos de Darwin tentaram dar embasamento científico a essa acumulação de “obscuridades confusas do passado”, onde Darwin dizia ler com tanta facilidade. Eles até acrescentaram que, na origem, houve uma célula que teria aparecido há quatro bilhões de anos, batizada de LUCA (Last universal common ancestor, ou derradeiro ancestral comum universal).(5) Mas de onde saiu LUCA? De uma “competição darwiniana” entre células que se eliminaram umas às outras, diz Patrick Forterre, da Sorbonne-Paris XI. E acrescenta que LUCA ter-se-ia dotado de DNA ao ser fecundada por um vírus. De onde saíram esse vírus, a pré-LUCA e outras células engajadas na “competição darwiniana”? Aqui entram mais duas conjeturas dos discípulos. Segundo uma, um meteorito teria trazido as primeiras moléculas vivas à Terra. De acordo com outra, teriam aparecido há bilhões de anos em um “oásis de vida”, perto de fontes hidrotermais, em profundezas oceânicas de milhares de metros. Lá existem escapamentos de lava vulcânica que provocam altas temperaturas e concentrações salinas. As tentativas de reproduzir em laboratório esses hipotéticos caldos de cultura deram em nada. Precavenha-se o leigo em achar que isso parece um “conto da carochinha”! A confraria darwiniana logo o condenará em coro, como execrável “criacionista”, “fundamentalista cristão”, “retardatário” e outros qualificativos, tão depreciativos quanto gratuitos. Recusa do sério debate científico Muitos cientistas, porém, apontam incongruências e impossibilidades científicas na montagem evolucionista. Apóiam-se em numerosos estudos nos mais variados campos das ciências naturais, e sustentam que o estudo sério e metódico dos seres vivos e da estrutura do universo Richard postula a existência de um “plano Dawkins... inteligente” (“intelligent design”, em inglês), que preside a aparição dos seres vivos e a ordenação dos seres. Nas ciências, é freqüente haver correntes que desafiam o consenso dominante. As oposições que assim nascem são tidas como estímulo para testar as teses geralmente aceitas e depurá-las. Porém, o establishment evolucionista move implacável campanha de desqualificação, banindo de congressos e publicações científicas os cientistas que defendem o intelligent design. Exemplo paradigmático disso foi a Conferência Internacional Biological Evolution, Facts and Theories, promovida neste ano pela Universidade Gregoriana de Roma, um dos máximos centros de ensino católico na capital da Cristandade. ...e Participaram na sua campanha dos Conferência — que não ônibus-ateus, com a engajava a autoridade da mensagem: “Prova- Santa Sé — eminências do velmente Deus não evolucionismo, das mais existe. Deixe de se militantemente atéias e preocupar e goze sua anticristãs, como Richard vida”. Dawkins. Mas nenhum defensor do “intelligent design” foi admitido, embora essa corrente aceite certo evolucionismo.(6) O evolucionismo não responde aos argumentos científicos do “intelligent design”, apenas os menospreza como “forma mais moderna de criacionismo”. Contudo, o “intelligent design”, que não se identifica com o criacionismo católico, parece prestar-se a um entendimento com o conjunto das ciências, e talvez com a boa teologia. Evolucionismo perde base na opinião pública, por isso radicaliza A cada dia o evolucionismo perde adeptos. O otimismo do século XIX pelo progresso indefinido feneceu, e a medula anticristã do darwinismo tornou- se cada vez mais aparente. “Muitos só queriam ver na teoria de Darwin o braço armado do ateísmo”, explica o filósofo das ciências Thomas Lepelthier, da Universidade de Oxford. “Esta dimensão anti- religiosa fez do darwinismo um assunto de polêmica perpétua”.(7) Nesta polêmica, largos setores da opinião pública engrossaram as fileiras do criacionismo. Nos EUA houve históricos processos judiciais que acabaram na Suprema Corte de Justiça. Versavam sobre o ensino nas escolas do criacionismo, nas suas várias formas bíblicas e científicas. Em geral, o criacionismo foi defendido numa ótica protestante, sem a sabedoria da Igreja Católica para interpretar o relato bíblico da criação e delimitar os campos específicos das ciências naturais e da teologia. Isto facilitou a tarefa dos advogados do evolucionismo. Porém, ao longo dessa polêmica patenteou-se que o darwinismo não exibia argumentos persuasivos, e cresceu a idéia de que, não podendo convencer, recorria a instâncias judiciárias para impor o ensino de suas teorizações. As aulas em que se ensinava o evolucionismo viraram um pesadelo para os professores, satirizados pelos alunos e criticados pelos pais de família. Perdendo a batalha da opinião pública, os acólitos do evolucionismo partiram para maior agressividade. O berreiro anticriacionista — com o apoio quase unânime do macro-capitalismo publicitário — atingiu um clímax neste ano de 2009, em que comemoram simultaneamente o segundo centenário do nascimento de Darwin e o 150º aniversário da publicação de sua obra fundamental, A Origem das Espécies. Um exemplo de “cruzada sem cruz” no Brasil O apologista mais rumoroso do darwinismo, o biólogo Richard Dawkins, promoveu uma coleta de fundos para pagar anúncios colados em ônibus urbanos de cidades como Londres e Madri — os chamados ônibus-ateus —, com a mensagem: “Provavelmente Deus não existe. Deixe de se preocupar e goze sua vida”. Em sua “cruzada sem cruz” contra Deus e o Criador, Dawkins esteve no Brasil. Falou sobre o tema “Fé e ciência não vivem juntas”, na 7ª Festa Literária Internacional de Paraty (RJ). Segundo ele, “a religião não oferece coisas boas, obrigando as pessoas a viverem entre a escolha do bem ou do mal. Também não oferece uma explicação convincente para a evolução do homem. Acho que acreditar em algo de que não tenha provas é muito perigoso”. Seu último livro leva o significativo título: Deus, um delírio.(8) O evolucionismo religioso modernista ou progressista O evolucionismo científico foi avidamente assimilado por uma corrente interna do catolicismo denominada modernismo, funestíssima doutrina que o Papa São Pio X condenou como herética. Na encíclica Pascendi,(9) ele verbera o modernismo porque, “em sua doutrina, a evolução é quase o São Pio X: o capital. […] O dogma, a Igreja, o evolucionismo culto sagrado, os livros que é um “cúmulo reverenciamos como santos, e até infinito de a própria fé, […] devem se sujeitar sofismas, com às leis da evolução” (nº 25). os quais se “Segundo a doutrina e as racha e se maquinações dos modernistas, destrói toda a nada há estável, nada há imutável religião” na Igreja” (nº 27). Sobre esse erro, o santo pontífice aplicou qualificativos como “a síntese de todas as heresias” e “cúmulo infinito de sofismas, com os quais se racha e se destrói toda a religião”. Após o falecimento de São Pio X, os modernistas voltaram à tona, recebendo o nome de progressistas. Entre seus teólogos destacou-se o Pe. Teilhard de Chardin S.J., adepto ferrenho das teorias de Darwin, e que se envolveu numa grosseira fraude para fazer passar o esqueleto de um macaco pelo de um homem primitivo, o denominado homem de Piltdown. O Pe. Teilhard de Chardin desenvolveu sofismas teológicos para encaixar o evolucionismo na doutrina católica. Recorreu a fórmulas não menos confusas que as darwinistas, embebidas de panteísmo. Para ele, Deus seria a força que procura realizar-se através da evolução do universo. Esse “deus” incubado na natureza extraiu o homem do macaco e o impulsiona rumo a uma divinização futura.(10) Em virtude disso, para os progressistas a religião deve se colocar a serviço do homem, não tendo mais sentido cultuar um Deus transcendente e pessoal, invenção de uma etapa medieval ou inferior da evolução. Na prática, tais doutrinas desfechavam numa “luta de classes” dos leigos contra a Hierarquia eclesiástica, na abolição das formas tradicionais de piedade e na adoção de cultos e templos que refletissem essa religiosidade cósmica. A moral, a ascese, a ortodoxia doutrinária perderiam sentido. A “nova moral” era a do sorriso, filho da consciência dessa presença do Cristo evoluindo, incubado no mundo. No profético livro Em Defesa da Ação Católica, Plinio Corrêa de Oliveira denunciou em forma magistral e exaustiva para onde levavam tais erros morais. O evolucionismo social: Marx e a “luta de classes” O evolucionismo dito científico de Darwin favoreceu o evolucionismo social. Uma das figuras de proa desse evolucionismo foi Karl Marx. O marxismo desenvolveu teorias muito análogas às darwinistas para justificar as teses mais inumanas. A “seleção natural” das espécies Na URSS de ofereceu uma aparência de Stalin... cientificismo à “luta de classes” do marxismo-leninismo. Na obra A Origem das Espécies, discorrendo sobre a “seleção natural”, Darwin afirma: “Como resultado direto desta guerra da natureza, que se traduz por fome e morte, o fato mais admirável que possamos conceber é a produção de animais superiores”. Marx raciocinou de modo semelhante em matéria de “luta de classes” e evolução histórica, como escreveu no diário “New York Daily Tribune”: “As classes e as raças fracas demais para enfrentar as novas condições de vida devem sair do caminho”. (11) E acrescentou depois que as raças mais fortes (as revolucionárias) deveriam realizar sua tarefa, enquanto “a principal tarefa de todas as outras raças e povos, grandes e pequenos, é perecer no holocausto revolucionário”.(12) Nessa luta, gerar-se- ia o “homem novo” comunista, estágio mais avançado da evolução da matéria. O resultado disso foi o mais espantoso genocídio da História, levado a cabo por razões ideológicas e pretensamente científicas. A cifra de 100 milhões de vítimas, denunciada no Livro Negro do Comunismo, é tida hoje como aquém da realidade. Na URSS de Stalin, o formulador oficial do evolucionismo marxista- leninista foi Trofim Danissovich Lyssenko, que se dizia seguidor de Darwin e aplicava à doutrina comunista o princípio ...o darwiniano da “luta de todos formulador oficial contra todos na natureza”.(13) do evolucionismo Não só expurgos e chacinas, marxista-leninista mas extermínios de classe e foi Trofim minorias étnicas “mais fracas” Danissovich foram assim coonestados. Lyssenko, que se Lyssenko empreendeu dizia seguidor de experiências para modificar Darwin e aplicava vegetais e animais, mudando à doutrina seu meio ambiente. Assim comunista o deveria acontecer em virtude princípio dos postulados evolucionistas. darwiniano da “luta Mas a teoria não podia dar de todos contra certo, e “os camponeses todos na natureza” soviéticos jamais puderam se recuperar do desastre provocado por essas inovações”, observou o já citado Prof. Lecourt. Os cientistas russos que contestaram as fraudes de Lyssenko foram deportados para a Sibéria... Uma prefigura, aliás, do exílio moral e propagandístico a que os evolucionistas condenam hoje aqueles que não aceitam o “dogma” darwinista. Darwin e o eugenismo adotado pelo evolucionismo O termo eugenismo — de origem grega, significando melhoramento genético — foi cunhado por um primo-irmão de Charles Darwin e adepto da teoria da evolução, o matemático Francis Galton (1822- 1911). Ele tentou criar uma “ciência para o melhoramento das linhagens” humanas, inspirada na criação dos animais. As doenças, os problemas sanitários, sócio-econômicos ou sociais, como os ligados às classes pobres, eram interpretados como fruto de “taras congênitas” próprias a espécimes “inferiores”. A utopia eugenista foi adotada pelo evolucionismo social. Diversos métodos foram concebidos para detectar os indivíduos, categorias ou raças “decadentes” ou “inferiores”, que deveriam ser segregados, eliminados ou impedidos de se reproduzir para não servir de obstáculo ao progresso da evolução social. À testa dessa tarefa anti-humana figuravam as nações protestantes. Em 1907, nos Estados Unidos, o estado de Indiana prescreveu a esterilização dos doentes mentais. Dois anos depois, foi a vez dos estados da Califórnia, Connecticut e Washington. Em 1917, 15 estados tinham adotado essa lei, e em 1950 já eram 33. A Suíça seguiu essa tendência eugenista em 1928; a Dinamarca (incluindo a esterilização para criminosos), em 1933; a Finlândia e a Suécia em 1935, e a Estônia em 1937. Influência evolucionista no nazismo O movimento nazista adotou freneticamente o evolucionismo e o eugenismo, e foi mais fidedigno à cartilha darwinista do que o marxismo. Em 1933, ordenou a esterilização de nove tipos de “doentes”, entre os quais os cegos, os alcoólatras e os esquizofrênicos! Calcula-se que 400.000 esterilizações foram praticadas pelo III Reich, na Alemanha e territórios ocupados. Um decreto secreto de 1940 obrigava as mulheres “inferiores” a abortar. O extermínio das “raças inferiores” e os esforços para produzir o “ariano puro” — a “raça superior” — são bem conhecidos. Por certo, os atuais sequazes de Darwin deblateram contra as monstruosas conseqüências que o nazismo tirou do evolucionismo. Contudo, não é certo que manteriam essa linguagem caso o nazismo tivesse ganho a II Guerra Mundial... De fato, após a conflagração, o eugenismo escorado no evolucionismo prosseguiu, e está no cerne das campanhas contra a vida. Os pretextos continuam os mesmos: impedir que nasçam crianças com defeitos graves, economicamente insustentáveis ou simplesmente “indesejadas”. O “assassinato” da moral, confessado por Darwin Aos 35 anos, Darwin escreveu a um amigo, afirmando estar “quase inteiramente convencido de que as espécies (e isto é como se confessasse um assassinato) não são imutáveis”. O prof. Jean- Claude Ameisen, da Universidade Sorbonne-Paris VII, comenta essa “confissão”: “Um assassinato. [...] O assassinato da benevolência divina que vela sobre a natureza? O assassinato da idéia de um fundamento divino que alicerça a moral humana? Talvez Darwin pressentisse não só o abalo que produziria sua teoria em nossa visão da vida, mas também os desastres morais aos quais conduziria a tentação de aplicar aos seres humanos essa ‘lei da natureza’ cuja existência ele descobriu no coração da evolução cega”.(14) Esse “assassinato intelectual” ficou como um “crime fundador” da “cultura da morte”, que surgiu alimentada por suas teorias relativistas e anticristãs. Do “bebê perfeito” à criança fabricada em laboratório Na trilha da utopia eugenista, a engenharia genética promete produzir um “bebê perfeito”, sem defeitos nem doenças. Mais ainda, ela tenta fabricar uma criança com coeficiente de inteligência, olhos e qualidades ideais. Segundo o Dr. Jacques O novo homem Testart, pioneiro dos métodos de poderia ser fecundação in vitro e defensor do chamado “homo evolucionismo, essa tendência geneticus”... prepara a gestação em laboratório de uma “nova humanidade”, e esse novo homem poderia ser chamado “homo geneticus”, que acabaria substituindo o “homo sapiens”, fase atual e provisória do homem na cosmovisão evolucionista. O sonho da “criança perfeita” a todo custo, segundo observa o jornalista científico Michel Alberganti, leva a tentar produzir uma “vida inventada de cabo a rabo”. Então a procriação será uma tarefa de laboratórios, e não mais de pais e mães. Nesse dia a família sofrerá um golpe mortal, pois lhe terá sido tirada sua finalidade primordial. A maternidade não existirá mais, e a Encarnação do Verbo parecerá um procedimento de uma espécie superada. O que será do homem rompido tão radicalmente com a Lei de Deus? A quem ele apelará na hora da angústia ou da necessidade? As perspectivas são “aterrorizantes para alguns” e “fascinantes para outros”, diz Alberganti. O filósofo das ciências Jean-Pierre Dupuy, apoiando- se no pesquisador australiano Damien Broderick, da Universidade de Melbourne, aponta para o dia em que “o acaso que preside a evolução será substituído por uma pilotagem exercida pelo homem”.(15) Contradição suma: com base na “evolução”, recusa-se Deus, mas na ponta do evolucionismo o homem se ergue sobre a tão alardeada evolução e se instala no lugar de Deus. O pesadelo da confusão das espécies Para os evolucionistas mais desinibidos, a “vida inventada de cabo a rabo” mergulhar-nos- ia no “paraíso da ...que biodiversidade”. Este acabaria substituindo o consistiria numa utopia “homo sapiens” igualitária onde as fronteiras entre o homem e os demais seres vivos seriam violadas, para aparecer toda sorte de híbridos: macacos- homens ou animais-vegetais. Richard Dawkins, o mais renomado porta-voz hodierno do evolucionismo, deplora que “nossa moral e nossa política pressupõem [...] que a separação entre o homem e o animal é absoluta”. Ele deblatera contra os “pró-vida”, que se opõem ao aborto e à eutanásia com base em critérios éticos, como sendo seguidores especialmente condenáveis desse “erro”. Dawkins também vitupera os católicos porque acreditam que o homem tem uma essência imutável: “Um tal ‘essencialismo’ é profundamente contrário à evolução”. Dawkins imagina um perverso “paraíso” em que todos os animais tivessem relações sexuais entre si, e em que um homem pudesse “se reproduzir com um chimpanzé”. Reconhece que tal “paraíso” — nós o chamaríamos de pandemônio — não existe, mas de futuro as ciências biológicas poderão forjar “cadeias de inter-fecundidade, a continuidade lógica da evolução”.(16) Ele prevê um primeiro passo: a criação em laboratório de “uma quimera composta de um número aproximadamente igual de células de homem e chimpanzé”. A revelação dessa “quimera” visaria provocar um escândalo e uma polêmica na qual os homens seriam habituados à idéia de conviver com entes estranhos à ordem natural. “Eu admito sentir um calafrio de prazer, pensando no momento em que vamos questionar aquilo que até então parecia indiscutível” –– completa este moderno Dom Quixote do darwinismo. Justificação evolucionista para a extinção do ser humano Aceitas essas perspectivas, os arraiais do evolucionismo se interrogam se está próxima a “extinção da humanidade” como nós a conhecemos. O ecólogo americano Jared Diamond justifica tal suprema maluquice, apelando para os “dogmas” básicos do evolucionismo. Estes estabelecem — sempre arbitrariamente — que ao longo das fases históricas diversas espécies de humanóides foram extintas pelas espécies mais “evoluídas”. Agora teria chegado a vez do “homo sapiens”, ou sexta extinção. “Todos os indicadores da biodiversidade mostram que o trem rumo à sexta extinção já se lançou a toda velocidade”, diz o prof. Philippe Bouchet, do Museu Nacional de História Natural de Paris.(17) O darwinismo avançou na base de hipóteses inverossímeis, mas prenhes de otimismo quanto ao progresso evolutivo. No fim do seu desenvolvimento, desemboca num horizonte exterminador, mórbido e blasfemo. Não contêm essas perspectivas uma loucura ímpia, um supremo crime que visa suprimir da Terra o homem que Deus Nosso Senhor criou à sua imagem e semelhança? Delírio final: o “pós-humano” e o fim do homem Imaginam esses neo-darwinistas que o homem extinguir-se-ia pelas suas próprias mãos. Não seria um suicídio coletivo impensável, como dizem os retardatários na evolução, mas sim um salto qualitativo. O que isso quer dizer?
Humano Para os evolucionistas mais
carrega peso atualizados, os avanços das com biotecnologias teriam colocado sobre aparelho a Terra o “pós-humano”, antes da robótico extinção coletiva. (International O filósofo Jean-Michel Besnier, Robot professor da Sorbonne-Paris IV, Exhibition, explica que o “pós-humano” Tokio) “começou com a idéia de acabar com o determinismo dos nascimentos, pela aparição da pílula e do bebê de proveta”, e acrescenta nessa linha a procriação assistida, a gestação em laboratório e a clonagem humana: “A utopia pós- humana imagina o fim da história natural da humanidade, tal como foi elaborada pela evolução. No fundo, essa utopia pretende [...] assumir a função da natureza”. Besnier acrescenta ainda que “o protótipo [do “pós-humano”] é o cyborg aparecido nos anos 60, [...] organismos biomecânicos dotados de próteses, vivendo em condições não-terrestres, dotados de faculdades novas que superam os limites humanos. Cyborgs, novos seres, que não evoluirão mais segundo as leis dos seres vivos”. Escritores saídos de laboratórios de nanotecnologias, inteligência artificial e cibernética “se perguntam quais criaturas inumanas vão nos suceder, e imaginam formas de vida radicalmente inéditas”.(18) Essa multidão de robôs semi-biológicos cessará, sem dúvida, quando não haja mais humanos para consertá-los. A menos que se suponha que alguma espécie de espírito virá a se incubar neles, alegando ser uma inteligência artificial... Ao contrário de uma hipótese realizável, essas elucubrações parecem um sonho concebido nos abismos infernais, visando frustrar o plano do Criador de todas as coisas para os homens. “Abyssus abyssum invocat” (“Um abismo atrai outro abismo”, salmo 41, 8), diz a Escritura. A falácia desse “pós-humano”, supremo produto do evolucionismo, disfarça o horror resultante do aniquilamento do gênero humano como auge da recusa de Deus, que é o desfecho lógico da “cultura da morte”.