Feng Shui

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E-Revista de Estudos Interculturais do CEI – ISCAP

N.º 6, maio de 2018

Uma Perspetiva Ocidental de Alguns Princípios Milenares do Feng Shui

Isabel Correia Pinto


CEI – Centro de Estudos Interculturais
[email protected]

Resumo
Presume-se que tenham mais de 3500 anos as bases em que se fundamenta uma corrente
de pensamento analítico de origem chinesa designada por Feng Shui. Os seus princípios
foram aprofundados ao longo do tempo, tendo adquirido uma abrangência capaz de
interligar todos os aspetos da vida do homem e assentam na ideia de que cada individuo,
local e objeto têm uma energia e uma vibração próprias, que se entrecruzam e
influenciam permanentemente. Otimizar essa conjugação de forças e conduzir a uma "
vivência harmoniosa com a energia da terra e as leis da natureza" é o objetivo do Feng
Shui. Esta corrente de pensamento, que faz parte da cultura do povo chinês, tem
influenciado pessoas de outros países asiáticos e também ocidentais, tendo as normas
que preconiza sido aplicadas em diversos espaços incluindo grandes empresas, onde são
consideradas um meio de melhorar o ambiente de trabalho. O interesse crescente pelo
Feng Shui, talvez se deva ao facto de o homem da era tecnológica sentir necessidade de
encontrar uma ligação à natureza e ao universo e descobrir que, ao seguir algumas
regras que aquela corrente de pensamento propõe, se sente melhor consigo próprio e
com aqueles que o rodeiam.
Palavras-chave: feng shui, yang/yin, taoísmo, confucionismo, chi, luo pan, energia.
harmonia

Através de ciências como a história e a arqueologia sabemos que na antiguidade


as forças da natureza tinham um papel muito importante na vida dos homens e que esse
facto deu origem a muitas crenças e rituais.
Com o tempo, a humanidade adquiriu novos saberes e os diferentes grupos
populacionais foram delineando os seus próprios percursos histórico-culturais. Na
Europa, a descoberta e a exploração de novos territórios e os avanços no campo técnico
e científico, verificados principalmente a partir do século XV, levaram a que os
europeus sentissem maior confiança nas suas capacidades e contribuíram para que a sua
forma de pensar e atuar passasse a basear-se mais na lógica, na ciência e no
racionalismo. Essa realidade, associada a um crescente domínio do homem sobre a
natureza e à crença num Deus único, conduziu a um distanciamento de muito do
simbolismo por vezes místico que, anteriormente, era atribuído aos elementos naturais
fazendo cair no esquecimento divindades e cultos ancestrais.
No Oriente, um percurso religioso e civilizacional diferente, assim como uma
outra forma de analisar e compreender a vida, levou a que os homens conservassem
técnicas milenares e mantivessem convicções e antigos rituais ligados com a natureza.
Nesse conjunto de crenças insere-se o Feng Shui1, que se pode definir como sendo uma

1
Neste texto, todos os termos chineses estão escritos segundo a forma de pronunciação que no
Ocidente é mais conhecida para os designar.

1
corrente de pensamento analítica de origem chinesa que significa vento - Feng e água -
Shui, dois elementos que através da ação contrária que exercem (o vento dispersa e a
agua capta), modelam continuamente a paisagem. Presume-se que as bases em que se
fundamenta o Feng Shui, tenham pelo menos 3500 anos, tendo a sua análise e a sua
prática sido aprofundadas desde então e incorporado vários aspetos da cultura chinesa e
da vivência humana diária.2 O estudo do Feng Shui é complexo e minucioso, por esse
motivo aqueles que dominam corretamente os seus princípios e a sua aplicação são
olhados com respeito e considerados mestres em Feng Shui.3
Embora as bases do Feng Shui sejam conhecidas em vários países asiáticos
desde a antiguidade, foi só no final do século XIX que as suas ideias básicas chegaram à
Europa, onde foi então mencionado pela primeira vez na literatura local.4 Porém, o
desconhecimento relativamente aos conceitos em que se fundamentava limitaram a sua
aplicação, levando a que tenha sido associado principalmente à decoração de interiores
e à disposição de móveis e objetos. Essa interpretação do Feng Shui fica muito aquém
da importância e abrangência que os chineses lhe atribuem ao considerá-lo "uma
vivência harmoniosa com a energia da terra e as leis da natureza"5. O Feng Shui parte da
ideia de que cada ser vivo, objeto e local tem uma energia e uma vibração próprias, que
se entrecruzam e influenciam permanentemente. Essa conjugação de influências pode
ter uma ação benéfica ou prejudicial, dependendo de múltiplos fatores, onde se incluem
as características das energias associadas, a sua localização, ou os elementos naturais
circundantes, entre outros aspetos.6 Presume-se que através de uma série de princípios e
regras seja possível aos mestres em Feng Shui detetarem esses fluxos energéticos e
utilizando determinadas práticas, preservar e fortalecer as influências positivas
existentes e anular ou reduzir as forças nocivas. O objetivo final é conseguir que o
conjunto de energias e vibrações presentes num determinado local, seja salutar para as
pessoas que nele habitam ou trabalham e contribua para um ambiente harmonioso entre
as forças envolvidas. Acredita-se que dessa forma as pessoas se sentirão mais felizes e
motivadas e serão mais saudáveis e produtivas.7
Compreender o Feng Shui, implica perceber algumas das principais noções em
que se baseia e que estão intrinsecamente ligados à cultura chinesa e à sua interação
com a vida e o universo.
Entre estas, estão a conceção de Tao, de Yang e de Yin

TAO, YANG, YIN

Segundo a tradição chinesa, antes da criação do universo existia uma quantidade


imensa de energia estática que, em determinada altura, iniciou movimentos de contração
e de expansão, o que fez surgir as galáxias, as estrelas, os planetas e todo o cosmos.
Esse estado ativo da energia, que deu origem à vida, criou também duas forças opostas,
mas que se complementam e circulam permanentemente: uma tem polaridade positiva e
a outra, polaridade negativa.

2
SCHEEPMAKER, Maria Forbes, Afinal o Que é o Feng Shui?, pp. 29-30.
3
TOO, Lillian, A Enciclopédia Ilustrada do Feng Shui, p. 112.
4
MARTINS, Miriam, Feng Shui Viver em Harmonia, p. 8.
5
LIP, Evelyn, Feng Shui For the Home, p. 4.
6
SCHEEPMAKER, Maria Forbes, Afinal o que é o Feng Shui?, pp. 23-24.
7
WEBSTER, Richard, Feng Shui para principiantes, p. 25.

2
Os chineses designaram essa energia primordial por Tao, que significa “O
Caminho” e que é simultaneamente o início de onde tudo parte e o fim, ao qual tudo
regressará. Relativamente às duas forças opostas, denominaram de Yang, a força com
polaridade positiva e Yin, a força com polaridade negativa, acreditando que são essas
energias que ao circular ininterruptamente, transmitem o seu princípio e o seu
dinamismo a tudo o que existe.8 Segundo esta ideia, o Yang e o Yin comunicam a sua
polaridade positiva ou negativa ao que nos rodeia, considerando-se que a energia Yang
por ser uma energia positiva, se encontra em tudo o que é exterior, claro, quente, seco e
que gera movimento e ação. Yang representa também o princípio masculino.
O Yin, por oposição, está relacionado com o interior, a humidade, o frio, o
escuro, a calma e a quietude, representando o princípio feminino. Sucede, porém, que
nem todas as coisas são exclusivamente Yang ou Yin. Os organismos mais complexos
são constituídos por partes Yang e partes Yin, de que é exemplo o corpo humano que,
para além de se dividir numa parte externa (Yang) e noutra interna (Yin), possui órgãos
Yang, como o coração, considerado um órgão forte e quente, e órgãos Yin, como os rins
cuja natureza é fria e húmida.
Acredita-se que a interligação contínua entre as forças Yang e Yin tende para
uma espécie de harmonia natural que é designada por energia Chi, considerada uma
energia benéfica, completa e equilibrada, na qual as forças Yang e Yin estão presentes
em igual proporção. Quando este equilíbrio Yang/Yin se perde, surge uma situação de
instabilidade o que nos seres vivos pode originar mal-estar ou doença.
O símbolo chinês que representa as duas forças em equilíbrio é designado por
Tai Chi que se traduz por energia suprema (Tai significa grande, Chi significa energia) e
representa-se da seguinte forma:

Símbolo do Tai Chi

A cor branca simboliza a força Yang e a cor negra a força Yin, tendo cada uma
das duas metades um ponto que representa a energia oposta concentrada e que
dependendo das circunstâncias, se pode manifestar, demonstrando assim a interligação
permanente entre as duas partes.9

8
S/ Autor, Explanations of the Answers to the Truth, pp. 2 e 3.

9
CRAZE, Richard, A Arte Milenar Chinesa da Organização do Espaço, pp. 9-11.

3
O Feng Shui, incorporou a simbologia das forças Yang e Yin, já que Feng
significa "vento", que é associado à força yang e à polaridade positiva, e “Shui”
significa “água” estando associado à força yin e à polaridade negativa. Feng Shui
representa a associação das duas forças, simbolizando uma situação equilibrada e ideal
em qualquer ambiente, aquela que se procura sempre alcançar e que se acredita
representar a união do céu com a terra, através do sentido ascendente do vento e
descendente da água.10
Relativamente à energia Chi, que traduz o equilíbrio entre as forças Yang e Yin,
embora se acredite que pode circular por toda a parte, considera-se que atinge uma
maior concentração em regiões onde o clima e o ambiente são amenos e agradáveis, o
que as torna nos melhores locais para se viver e aos quais se atribui o Feng Shui ideal.
Segundo essa teoria, em situações em que o equilíbrio da energia Chi é alterado,
passando a haver preponderância de uma das forças Yang ou Yin sobre a outra, a vida
torna-se difícil para o homem. Como exemplo, temos os desertos (demasiado Yang) ou
as zonas polares (demasiado Yin) lugares onde a vida humana decorre em condições
extremas.11
Presume-se que a energia Chi se manifesta em três grandes domínios: o Chi
cósmico, o Chi humano e o Chi da terra ou do meio ambiente, estando incluída na
prática dos mestres em Feng Shui a análise do Chi nesses três domínios ao estudar um
determinado local.
O Chi cósmico é a energia dos planetas e das estrelas, responsável pelo calor
solar, pelas marés e por outros fenómenos ligados ao cosmos.
O Chi, humano é considerado a força vital, a energia interior, que se pode
manifestar na criatividade de um artista, num golpe de mestre de artes marciais ou na
meditação de um monge. O Chi, subtil umas vezes, outras vezes forte, é único em cada
pessoa, afeta a sua personalidade e a sua interação com os outros. Segundo o ponto de
vista chinês, quando uma coisa é bem executada gera Chi. Considera-se também que as
pessoas entusiastas e enérgicas têm muito Chi, o que representa uma saudável vitalidade
interna. Pelo contrário, as pessoas letárgicas e que desanimam ao primeiro obstáculo
têm falta de Chi. Acredita-se que o Chi pode ser aumentado e revitalizado através da
meditação, das artes marciais ou de um estilo de vida saudável. Também o altruísmo e a
permanência num local com um bom Feng Shui, fortalecem e ampliam o Chi.12
O Chi da terra influencia a forma como o meio ambiente nos afeta. A natureza
dos rios, o formato das montanhas e vales, bem como o declive do terreno, deveriam
numa situação ideal ser analisados segundo as regras do Feng Shui, antes de se proceder
a uma construção. Também a arquitetura da casa e a disposição dos móveis e objetos
não deve, segundo esta perspetiva, ser feita ao acaso, existindo ainda uma regra
importante qualquer que seja o espaço em análise, que é a de deixar livres determinados
pontos (denominados canais), para que o Chi cósmico, ambiental e humano e se possam
entrecruzar e circular livremente.13
Segundo o princípio que interrelaciona as várias energias, todas as coisas são
criadas por Tao e formadas por Chi. Tao é considerado o caminho e a lei da natureza e
se estivermos em desarmonia com ele o nosso corpo atuará de forma estranha ao seu
verdadeiro eu e nada parece correr bem. No Feng Shui, as energias Yang, Yin e Chi, são
utilizadas com o objetivo de ajudar o homem a viver de acordo com as leis naturais e ao

10
MARTINS, Miriam, Feng Shui Viver em Harmonia, pp. 27-29.
11
TOO, Lillian, A Enciclopédia Ilustrada do Feng Shui, pp. 46-47.
12
WEBSTER, Richard, Feng Shui para principiantes, pp. 28-29.
13
TOO, Lillian, Enciclopédia Ilustrada do Feng Shui, pp. 16-33.

4
mesmo tempo, conseguir tirar o melhor partido de si próprio e do ambiente que o
rodeia.14
A influência do Tao e das forças Yang/ Yin, além de estarem presentes no Feng
Shui e em múltiplos aspetos do dia a dia do povo chinês, estão também na base de uma
importante corrente filosófica Chinesa: o Taoísmo, cujo símbolo é o Tai Chi. O conceito
taoista tem como base literária uma compilação de textos denominada "Tao Te Ching",
que se traduz como " O Livro do Caminho e da Virtude". Muitos dos seus temas são
atribuídos a Lao-Tse,15 presumindo-se que tenha sido escrito entre 350 e 250 a.C., sendo
o seu conteúdo composto por várias matérias, onde se abordam aspetos políticos, éticos,
cosmológicos e metafísicos que, segundo se julga, tinham o objetivo de orientar a
educação dos príncipes.
Pela influência que o taoísmo tem no Feng Shui e no pensamento chinês merece
aqui uma breve referência:
Segundo o pensamento taoista, o homem virtuoso é incorruptível, não conhece a
vingança, a luta pelo poder ou a ambição. É maleável, aceitando as circunstâncias da
vida e adaptando-se a elas sem se perturbar. Aparentemente pode parecer fraco por não
retaliar, por não se revoltar, mas é aí que reside a sua força, que se assemelha à das
canas de bambu, cuja aparência é mais frágil que a de qualquer árvore, mas que se
mantêm de pé após um ciclone, porque a sua flexibilidade as tornou resistentes ao
vento, enquanto que as árvores, devido à rigidez do seu tronco, são derrubadas.
No taoismo, não há conceito de bom ou mau, de recompensa ou punição,
considerando-se que as características boas ou más só possuem significado pela
existência dos seus opostos, já que uma coisa só pode ser classificada de grande se
existir uma pequena para comparação. Assim sendo, no mundo o bem existirá enquanto
o mal também existir.
Existe uma ordem natural que faz as coisas acontecerem como consequência
umas das outras, sem a nossa intervenção, basta apenas esperar.
Devido aos princípios que defende o taoísmo nunca deixou de ter adeptos e
simpatizantes já que, por não ser considerado uma religião, está ao alcance de pessoas
de todos os credos, bem como de agnósticos e ateus. Pode ser considerado um caminho
na busca de princípios de conduta universal através dos quais se procura atingir a
perfeição.16
Analisando o que foi referido e confrontando as ideias que sobre a mesma
matéria regem a sociedade ocidental, verifica-se que aí, segundo as leis de Newton, o
espaço é considerado isótropo (onde as propriedades físicas são as mesmas em qualquer
direção),17 homogéneo (todas as suas partes são iguais),18 contínuo, infinito e
representando um vazio, que qualquer matéria poderá ocupar. Verifica-se pois que os
Chineses classificam o espaço de forma diferente, uma vez que acreditam existirem nele
as energias Yang e Yin em correspondência com os pontos magnéticos da terra, o que
lhe dá um carácter qualitativo e lhe tira a noção de vazio. No Ocidente a distribuição de

14
SCHEEPMAKER, Maria Forbes, Afinal o que é o Feng Shui?, pp. 29-31.
15
Não há certezas relativamente à sua existência, considerando alguns investigadores que Lao-Tsé foi
uma personagem criada pelos fundadores do taoísmo. Lendário ou real, a verdade é que a mensagem
transmitida pelo livro que em grande parte lhe é atribuído, há muito que ultrapassou as fronteiras
chinesas, sendo em conjunto com a Bíblia, um dos livros mais traduzidos no mundo.
https://www.pensador.com/autor/lao_tse/biografia/
16
KRAMERS, Paul Robert, Lao-Tse, pp. 203-215.
17
http://www.priberam.pt/dlpo/definir_aspx
18
FIGUEIREDO, Cândido, Dicionário de Língua Portuguesa, 2.º Vol, p. 52.

5
móveis e objetos dentro de casa é em grande parte ditada pela preferência e
sensibilidade dos seus habitantes, ao passo que no Oriente a noção de espacialização
diferente influencia a decoração da casa e o significado dos diversos espaços dentro e
fora desta.
Existem igualmente discrepâncias no que toca ao conceito de energia que, no
Ocidente, Einstein comprovou matematicamente através da fórmula de E= mc2 (energia
= massa x velocidade da luz ao quadrado).19 Esta é a energia física cuja existência pode
ser demonstrada, ao contrário do que sucede no Oriente em que se acredita na existência
de outros tipos de energia, uma das quais é a energia Chi, a qual não foi confirmada pela
ciência. Esse facto leva a que no Ocidente onde tudo tem de ser medido, demonstrado e
categorizado para ser aceite como verdadeiro, a conceção de Chi seja dificilmente
compreendida e encarada com seriedade, ao contrário do que sucede no Oriente onde a
existência desta energia é uma noção milenar profundamente enraizada em várias
culturas. Na China, no Japão ou na Coreia, o conceito de Chi, é inerente à prática das
artes marciais, sendo denominado de " Prana" na India, entre os praticantes de yoga.20
No entanto, não obstante o facto de na Europa a existência da energia Chi não
ser aceite cientificamente, os seus princípios influenciaram algumas pessoas, uma das
quais foi o médico alemão Friedrich Mesmer que, no Século XVIII, aplicou métodos de
tratamento direcionados para a energia que acreditava existir no corpo humano e a que
chamou “magnetismo animal”21. Atualmente, a crença noutra forma de energia mantem-
se na Europa onde é designada por biorritmo.22 Contudo, uma vez que não pode ser
demonstrada, acreditar na sua existência torna-se numa questão de fé. Para aqueles que
creem, ela revela-se como sendo a força que leva os homens a pensar e a agir, que faz a
terra mover-se e a água dos rios correr e que atua sobre todas as coisas, fazendo com
que cada uma se manifeste de acordo com a sua natureza.23
Analisemos ainda outros conceitos ligados ao Feng Shui: são eles, os Cinco
Elementos, o Quadrado Mágico, os Oito Trigramas e o I Ching.
OS CINCO ELEMENTOS

Para os chineses, tudo o que existe pode ser incluído em cinco categorias ou
elementos.

19
LANA, Carlos Roberto de, E=mc²: Einstein e a equivalência entre matéria e energia
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/emcsup2sup-einstein-e-a-equivalencia-entre-materia-e-
energia.htm
20
TOO, Lillian, A Enciclopédia Ilustrada do Feng Shui, pp. 32-33.
21
http://www.encyclopedia.com/people/medicine/medicine-biographies/friedrich-anton-mesmer
22
Acredita-se que as bases em que se fundamenta o estudo do biorritmo surgiram na China há mais de
4000 anos, a par com o desenvolvimento e a prática da acupuntura. Biorritmo é a análise dos três ciclos
biológicos básicos (físico, emocional e intelectual) de cada pessoa. Embora diferentes, estes ciclos estão
interligados, acreditando-se que a sua análise pode revelar os períodos favoráveis e desfavoráveis que
se manifestam ao longo da vida de cada individuo.
ALMADA, Luiz, Biorritmo, os Ciclos Biológicos. http://www.estudodamente.com/bioC.htm.
23
S/ Autor, Explanations of the Answers to the Truth, pp. 1-2.

6
Os cincos elementos e os seus ciclos24

Não se sabe ao certo a origem desta classificação. Presume-se que a inclusão


num mesmo grupo, de tudo aquilo que o homem considerava ter a mesma natureza, teria
facilitado a linguagem oral, numa altura em que esta estaria ainda pouco desenvolvida e
não abrangia todas as coisas que o homem conhecia, algumas das quais não tinham
ainda designação própria. Desta forma, incluiu-se no elemento fogo tudo o que se
supunha ter a mesma essência, como secura, calor, luz, energia e tudo aquilo que se
considerou pertencer àquela categoria. O elemento água abrangeu o que se pensou ter
uma natureza húmida e fria, sendo que no elemento madeira se incluiu o que se viu ter
relação com o mundo vegetal e a cor verde. Um procedimento idêntico relativamente
aos outros dois elementos levou a que os chineses fossem capazes de incluir nas cinco
categorias tudo aquilo que conheciam, incluindo animais, natureza e objetos. 25
Posteriormente, embora a linguagem se tivesse desenvolvido e aparentemente
deixasse de ser necessária esta categorização, ela permaneceu pois tinha-se tornado num
aspeto cultural identificativo da forma como os chineses qualificavam aquilo que os
rodeava. O estudo dessa classificação, levou a que se concluísse que cada um destes
cinco elementos exerce a sua ação de três formas distintas, porém interligadas, que
incluem um ciclo produtivo onde cada elemento dá origem a outro; um ciclo redutivo,
onde cada elemento reduz a ação de outro e ainda um ciclo destrutivo, onde os
elementos se destroem entre si, para voltarem a surgir no ciclo produtivo. Estes cinco
elementos e os três ciclos a que estão sujeitos interligam-se permanente, produzindo,
nesses processos, diferentes tipos de energia que, dependendo da sua inter-relação, pode
ser benéfica ou prejudicial. Um dos domínios do Feng Shui consiste em equilibrar essas

24
Imagem adaptada de TOO, Lillian, Feng Shui Planear a Vida, p. 21
25
WINDRIDGE, Charles, Tong Sing, the Chinese Book of Wisdom, pp 67-68.

7
energias através de métodos específicos e adaptados aos vários locais e ambientes,
evitando que haja preponderância de um elemento sobre os restantes, o que traria
desarmonia, prejudicando quem aí vivesse ou trabalhasse.26
Numa primeira análise estes conceitos podem parecer fruto de superstição, no
entanto eles são o resultado de séculos de vivência, são as normas que o bom senso fez
surgir, muitas das quais são praticadas de igual forma mesmo por quem nada sabe de
Feng Shui, como o facto de no Inverno se procurar ter em casa fontes de calor (Yang –
elemento fogo) para compensar o frio que o Inverno traz (Yin – elemento água). Embora
o objetivo de aquecer possa ser o mesmo, aqueles que acreditam no Feng Shui,
encontram um simbolismo neste gesto de equilibrar as forças Yang/Yin presentes nos
elementos fogo e água, que os leva a sentir que dessa forma estão em sintonia com as
energias e os elementos do ambiente onde se encontram.

O QUADRADO MÁGICO, OS OITO TRIGRAMAS E O I CHING.

Conta-se que no terceiro milénio a.C. um imperador chinês, viu numa das
margens do rio Amarelo uma tartaruga em cuja carapaça parecia estar desenhado um
quadrado dividido em nove quadrados menores. Crê-se que nesses quadrados ele viu
conjuntos diferentes de pontos unidos entre si, cuja soma perfazia sempre quinze, quer a
adição se efetuasse no sentido vertical ou horizontal. Esse quadrado, foi denominado
Quadrado Mágico ou Lo Shu, tendo influenciado o estudo da astrologia e da
numerologia na China.27

O quadrado mágico

Presume-se que o imperador se inspirou nos traços que faziam a união entre os
pontos para desenhar duas linhas: uma contínua, que associou ao símbolo Yang e outra
linha quebrada que associou ao símbolo Yin. A partir daí, as associações e combinações
dessas duas linhas continuaram ao longo do tempo. Primeiro foram combinadas em
pares, aos quais posteriormente se acrescentou uma terceira linha, sendo possível
formar-se oito conjuntos de três linhas, ou trigramas, todos diferentes entre si.
Considerou-se que em cada trigrama a linha superior representava o céu, a do meio a
humanidade e a parte inferior, a terra.28

26
Idem. Ibidem, pp. 37-43.
27
WEBSTER, Richard, Feng Shui para Principiantes, pp. 93-95.
28
TOO, Lillian, A Enciclopédia Ilustrada do Feng Shui, pp. 34-38.

8
Os oito trigramas

Através do tempo, o interesse pelos trigramas manteve-se, tendo sido associadas


personagens a cada um deles, representando cada uma, um dos elementos de uma
família constituída por oito pessoas (pai, mãe três filhos e três filhas), a cada uma das
quais foram atribuídas caraterísticas próprias. A esse grupo de trigramas e respetivas
personagens, foram sendo associados pequenos comentários, textos e versos.
Posteriormente, adicionou-se verticalmente cada trigrama a outro, construindo-se dessa
forma 64 hexagramas distintos (8x8 trigramas).
Com o tempo, foi aumentando o número de anotações, textos e versos ligados
aos trigramas, tendo todo esse conjunto sido compilado, o que deu origem a um livro
denominado I Ching, ou Livro das Mutações. A esse manuscrito, continuaram a ser
acrescentados mais comentários, versos, pequenos textos e provérbios nomeadamente
por Confúcio (551-479 a.C.) que, inspirando-se nele, criou um conjunto de regras éticas
e sociais de justiça e conduta moral em sociedade, que estão na base do importante
movimento filosófico por ele fundado: o Confucionismo, pelo qual se rege ainda hoje a
sociedade chinesa. 29
O I Ching foi também usado como oráculo (situação que se tem mantido até à
atualidade), associando-se a linha continua ao significado positivo e a linha quebrada ao
significado negativo. Por volta do ano 226, os trigramas e todos os textos que lhe
estavam associados passaram a ser vistos não só como oráculos, mas também como
uma fonte de sabedoria, tendo o I Ching ou Livro das Mutações, sido considerado um
manual de ciência política e filosófica durante a dinastia Sung (960-1279). Atualmente,
é classificado como um clássico, sendo o mais antigo livro chinês.30
Chegados a este ponto, talvez nos questionemos de que forma os conceitos
abordados, se interligam no Feng Shui. Para o compreender, é necessário recuar no
tempo, a uma altura em que os estudiosos desses assuntos, desenharam no centro de um
octógono o símbolo do Tai Chi e os quatro pontos cardeais e lateralmente os oito
trigramas, agrupados com as personagens a que tinham sido associados. Através dessa
disposição, relacionaram-se energias, pessoas e espaços (estes últimos representados
pelos trigramas e suas personagens), num conjunto a que foi dado o nome de Baguá,

29
WINDRIDGE, Charles, Tong Sing, the Chinese Book of Wisdom, p. 71.
30
TOO, Lillian, A Enciclopédia Ilustrada do Feng Shui, pp. 34-36.

9
presumindo--se que este tenha sido o primeiro protótipo da bússola usada no Feng
Shui.31 Posteriormente, o Baguá tornou-se circular e adquiriu a forma atual, que é
semelhante à de uma bússola, mas cujo centro dispõe de um eixo central fixo a uma
base plana quadrada, o que permite que, além da rotação da agulha magnética, todo o
corpo da bússola possa rodar circularmente. O estudo do Feng Shui e de todos os
elementos que lhe foram sendo agregados foi-se aprofundando, o que se veio a refletir
na informação que presentemente contém, tendo a sua designação sido alterada para
Luo Pan (também conhecido por compasso) e que passou a ser um instrumento
fundamental para os mestres em Feng Shui e que por esse motivo é também designada
por "Bússola dos Mestres"32.

Luo Pan 33

O Luo Pan é usado diretamente no sitio que se pretende estudar, utilizando-se


também a sobreposição da planta desse espaço, sendo essa análise, que em conjunto
com o estudo das energias e do ambiente, permite aos mestres em Feng Shui aconselhar
quem os procura relativamente à melhor forma de ocupação de cada local.

31
Este octógono manteve a sua designação e importância através do tempo. O símbolo do Tai Chi e os
quatro pontos cardeais que ocupavam o centro foram substituídos por um espelho e o Baguá passou a
ser considerado um poderoso símbolo protetor, quando colocado sobre a zona exterior da porta
principal.
TOO, Lillian, Guia prático do Feng Shui, p. 5.
32
As bússolas na China incluindo o Lou Pan, indicam o Sul na parte superior (sendo nessa direção que
aponta a agulha magnética), o Norte na parte inferior, o Ocidente do lado direito e o Oriente do lado
esquerdo. O motivo para esta ordenação, deve-se ao facto de o Sul ser considerado o ponto cardeal
mais importante, pois é do Sul que chega o ar quente que derrete a neve do inverno, fazendo renascer a
natureza. No entanto, desde que o utilizador da bússola esteja ciente dessa inversão, ela não interfere
numa leitura correta. Não obstante o Lou Pan ser a bússola ideal para utilizar num estudo de Feng Shui,
na falta desta, pode usar-se uma bússola normal em conjunto com técnicas apropriadas para o estudo
dos espaços e ambientes.
WEBSTER, Richard, Feng Shui Para Principiantes, pp. 105-109.
33
Fotografia pertencente à autora.

10
A aplicação do Feng Shui é complexa, exigindo estudo e conhecimento das
matérias que constituem as suas principais bases, que são o Taoismo, o I Ching, o Luo
Pan, a Rosa dos Ventos, o Yin e Yang, os Cinco Elementos, a Astrologia Chinesa, a
Numerologia e as Cores. No entanto, embora complexo, o Feng Shui pode ser usado
onde quer que exista um espaço ou um local suscetível de ser trabalhado e melhorado,
desde uma secretária a um quarto, uma cidade ou um país. Acredita-se que esse
equilíbrio entre as forças e energias envolvidas seja conseguido pelos mestres em Feng
Shui que, através dos seus conhecimentos, sabem como tirar o melhor partido de cada
espaço, harmonizando-o com as pessoas que o utilizam e encontrar para cada item,
móvel ou objeto o local que mais se adequa à sua essência e função.
Um campo tão vasto de estudo levou a que surgissem várias correntes de
pensamento que originaram diferentes escolas que, embora partindo dos mesmos
princípios, particularizam com mais ênfase diferentes aspetos do Feng Shui na sua
abordagem. No entanto, o objetivo final de todas elas é conseguir que o homem
encontre o seu lugar na natureza e no ambiente que o rodeia e equilibre a mente, o
espírito, a saúde e as relações interpessoais.
Sabe-se que a cidade proibida de Beijing, os famosos túmulos Ming bem como o
chamado Palácio de Verão, na China, foram construídos seguindo as regras do Feng
Shui. Mas não foi só na antiguidade que o Feng Shui foi encarado com seriedade.
Atualmente também varias instituições contratam mestres de Feng Shui para melhorar o
ambiente de trabalho, aumentar a produtividade e o bem estar dos trabalhadores. Entre
estas, estão várias organizações internacionais, como a “British Airways”, a “Body
Shop”, a “Shell”, o “Banco de Inglaterra” e também a “Organização das Nações
Unidas”.34
Porém, não obstante haver uma individualidade em cada espaço e o seu estudo e
abordagem serem únicos, existem princípios simples que, através do tempo foram sendo
associados ao Feng Shui e que se podem considerar gerais e relacionadas com o
denominado "bom senso", aplicando-se a qualquer ambiente como comprovam os
exemplos que a seguir se apresentam:
Referimos anteriormente a importância do Chi na vida das pessoas, o que leva a
que existam inúmeras regras com o objetivo de otimizar esse tipo de energia. Segundo o
Feng Shui, é através do ar que ela é transportada, entrando geralmente nos vários
espaços com o ato de abrir as janelas, o que deve ser feito diariamente, (pois o Chi que
não é renovado acaba por estagnar, tornando-se numa energia prejudicial). Porém, para
que o Chi entre num espaço, circule e se retenha, a sua entrada não deve ser feita através
de "correntes de ar", já que dessa forma esse fluxo de energia entra bruscamente, sendo
impelido para o exterior da mesma forma, sem permanecer nem substituir a energia
antiga.35 Considera-se que além da renovação de ar através do exterior, existem formas
de ativar beneficamente a energia de um ambiente, sendo a presença de crianças uma
delas já que, através das suas brincadeiras e alegria, são portadoras de Chi novo e
revigorante. Também os animais domésticos e as plantas, estão associados a uma
energia benéfica, assim como a música clássica, cujas vibrações harmonizam o
ambiente.36
Por outro lado, deve evitar-se que numa habitação, ou local de permanência haja
grande acumulação de móveis, objetos e outros artigos, situação essa que com
frequência transmite a sensação de "ar pesado", o que se justifica por se acreditar que

34
MARTINS, Miriam, Feng Shui, Viver em Harmonia, p. 25.
35
TOO, Lillian, Feng Shui Planear a Vida, pp. 14-15.
36
Idem, A Enciclopédia Ilustrada do Feng Shui, pp.28-29.

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em locais amontoados dificilmente existirá espaço para o Chi. As áreas livres numa
habitação ou local de trabalho são espaços importantes, constituindo canais, através dos
quais o Chi pode circular e ser renovado, o que torna o ambiente "mais leve", acolhedor
e saudável. A mesma linha de pensamento pode ser transposta para tudo aquilo que nos
cerca, adquirindo especial importância em relação ao vestuário, calçado e outros artigos
pessoais que, se não forem utilizados, devem ser arejados com alguma frequência, para
que não acumulem Chi estagnado.
O facto de se acreditar que tudo tem uma energia própria, que pode ser boa ou
prejudicial, leva a que, segundo o Feng Shui, os móveis, objetos ou quaisquer outros
itens adquiridos "em segunda mão" não sejam aconselhados, exceto quando se conhecer
a sua proveniência, uma vez que se desconhece o tipo de energia que transportam.
Outra questão que pelo aspeto figurativo, se acredita interferir com o ambiente
de um espaço, são os quadros, pinturas ou desenhos expostos, os quais nunca devem
representar cenas tristes ou violentas, já que estas são portadoras de Chi negativo.
Também as flores usadas como decoração devem preferencialmente ser naturais ou
como alternativa, artificiais. Nunca se devem utilizar flores secas, por serem flores
mortas, trazendo associada essa condição. 37
O simbolismo abrange outras situações relacionadas com a localização de
móveis e objetos. Segundo as regras do Feng Shui, tanto as secretárias como as mesas
de trabalho, devem estar localizadas de forma a possibilitar que quem as utilize, fique
posicionado defronte da porta de entrada para o espaço em questão, a fim de que possa
ver quem entra nesse local. Simbolicamente, esse facto trás segurança e proteção,
levando a que, pela mesma ordem de ideias, qualquer pessoa ao sentar-se, deve evitar
que a sua região dorsal fique defronte de uma janela, ou de uma porta.38
Também os espelhos constituem objetos que se acredita devem ser usados com
cautela, pelo seu poder refletor e multiplicador. Segundo o Feng Shui, nunca se deve
colocar no quarto de um casal um espelho numa posição que projete o reflexo dos
cônjuges deitados, já que se admite que essa duplicação de corpos simboliza
infidelidade.39
Muito mais se poderia acrescentar relativamente a gestos e crenças que o tempo
carregou de simbologia e que foram sendo associados à técnica milenar e complexa do
Feng Shui, sendo seguidos por pessoas em todo o mundo. Talvez questionemos o que
leva a que o interesse pelo Feng Shui se mantenha na era da informática e da alta
tecnologia, possivelmente a circunstância de o homem tecnológico continuar a precisar
de se sentir ligado ao universo e à natureza. A comprová-lo está o facto de que, apesar
de todo os avanços científicos, o Feng Shui continuar a despertar interesse e a ser
aplicado por pessoas de todos os continentes e crenças, que talvez achem lógicas as suas
explicações e princípios e se sintam melhor consigo próprias e com os outros ao
seguirem as normas que o Feng Shui preconiza.

BIBLIOGRAFIA

Fontes impressas

37
CHEN, Chao-Hsiu, Feng Shui da Casa e do Jardim, pp 113-127.
38
Idem, Ibidem, pp 95.
39
TOO, Lillian, A Enciclopédia Ilustrada do Feng Shui, pp. 164-165.

12
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(Portugal), 3.ª reimpressão, 2007, 219 p., ISBN 978-972-711-319-4.
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0239-0.
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Guia prático do Feng Shu. Didática Editora, Lisboa, 2001, 168 p., ISBN
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Feng Shui Planear a Vida. Didática Editora, Lisboa, 2005, 192 p., ISBN
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177 p., ISBN 972-33-1316-2
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Material recolhido via informática


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