Marcha Analítica Cátions I

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ANA CAROLINA COSTA TOME

GUSTAVO MACCARI
JESSICA SUMARIVA

MARCHA ANALÍTICA DOS CÁTIONS DO GRUPO I

Tubarão, 2015
1

ANA CAROLINA COSTATOME


GUSTAVO MACCARI
JESSICA SUMARIVA

MARCHA ANALÍTICA DOS CÁTIONS DO GRUPO I

Relatório apresentado à disciplina de


Química Analítica Qualitativa, Componente
da grade curricular do curso de Engenharia
Química/Química Industrial.

Professor: Jonathan Alexsander Bork

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

Tubarão, 2015
2

Sumário
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 4
2.1.Íons, Cátions E Ânions ..................................................................................... 4
2.2.Marcha Analítica ............................................................................................... 4
2.3.Propriedades Analíticas Dos Cátions Do Grupo I: Ag+, Pb2+, Hg2+................... 5
2.3.1. Prata ........................................................................................................ 5
2.3.2. Chumbo ................................................................................................... 6
2.3.3. Mercúrio ................................................................................................... 8
3. Materiais e Regentes ......................................................................................... 10
4. Metodologia........................................................................................................ 11
4.1.Ensaios preliminares dos cátions do grupo I. Os cátions do grupo I são: Ag+,
Pb+2, Hg2+2..................................................................................................................11
4.1.1. Ag+ ......................................................................................................... 11
4.1.2. Pb+2 ....................................................................................................... 11
4.1.3. Hg2+2 ...................................................................................................... 11
4.2.Marcha analítica dos cátions do grupo I. ........................................................ 12
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 12
5.1.Ensaios preliminares dos cátions do grupo I. ................................................. 13
5.1.1. Ag+ ......................................................................................................... 13
5.1.2. Pb+2 ....................................................................................................... 14
5.1.3. Hg2+2 ...................................................................................................... 15
5.2.Marcha analítica dos cátions do grupo I. ........................................................ 16
6. CONCLUSÃO .................................................................................................... 17
7. BIBLIOGRAFIA .................................................................................................. 18
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1. INTRODUÇÃO

O presente relatório terá por objetivo analisar e discutir os resultados obtidos nos
experimentos práticos realizados no laboratório do CENTEC da Universidade do Sul
de Santa Catarina – Campus Tubarão, onde foram realizados ensaios preliminares e
marcha analítica dos cátions do grupo I.
Primeiramente será apresentada a revisão bibliográfica, onde serão
apresentados conceitos básicos dos materiais e técnicas utilizados no experimento.
Por fim serão discutidos os resultados obtidos com os experimentos e as
conclusões que foram obtidas após o término do experimento.
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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Íons, Cátions E Ânions

Antes de conceituarmos a Marcha Analítica, devemos explicar os tipos de


moléculas constituem o processo - os íons, cátions e ânions -, como eles se
comportam, e que características são apresentadas no processo denominado Marcha
Analítica.
Um íon é um átomo que possui déficit ou excesso de elétrons.
Para o primeiro caso, quando possui menos elétrons que o habitual, o átomo
adquire carga positiva, e é denominado cátion. Os metais, metais alcalinos e alcalinos
terrosos (famílias 1A e 2A), entre outros, são exemplos de cátions.
Para o segundo, quando o átomo possui mais elétrons que sua forma natural,
e adquire carga negativa, é chamado de ânion. Ex.: Fluoretos (F -), hidretos (H-),
nitretos (N-), sulfetos (S2-), entre outros.
Tudo isso determinando que a carga do elétron seja negativa. Ou seja, o ganho
ou perda de elétrons de um átomo elimina-o da neutralidade e lhe confere carga
elétrica.
Apesar de carregados eletricamente, os íons podem apresentar maior
estabilidade do que os átomos neutros: o íon fluoreto (F-), por exemplo, é derivado de
um átomo de flúor que recebeu 1 elétron e adquiriu, assim, carga negativa. Mas, como
a adição desse faz com que sua camada de valência possua 8 elétrons, de acordo
com a regra do octeto, adquire estabilidade elétrica.
Ou seja, o fato desse íon possivelmente se ligar a um cátion não é visando
estabilidade elétrica, pois a mesma já foi atingida, mas por atração eletrostática.
Assim, numa possível separação, tanto o F- quanto o cátion continuariam
estabilizados.

2.2. Marcha Analítica

A marcha analítica consiste num método de análise química qualitativa para o


reconhecimento de íons por via úmida, que se baseia na formação de compostos
insolúveis mediante a adição sucessiva de diversos reagentes a uma amostra em
solução, uma vez filtrado o precipitado que se obtém em cada caso. Cada precipitado,
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contendo um número reduzido de íons, torna a dissolver-se em reagentes adequados,


juntando-lhe novos reagentes para formar novos precipitados com um número cada
vez menor de íons, até se obter um líquido no qual se podem identificar os diferentes
íons por meio de reações específicas.
Para a separação de cátions (íons positivos) existem diversos métodos que se
distinguem por diferirem em algum dos reagentes que se juntam à solução a analisar
para precipitar os diferentes grupos de compostos insolúveis. A maior parte destes
utiliza o sulfureto de hidrogênio para precipitar determinado número de cátions na
forma de sulfuretos insolúveis. Os cátions precipitam seletivamente como sais
insolúveis, divididos em cinco grupos.
A separação dos ânions (íons negativos) é mais complexa e requer certo
número de ensaios prévios. Baseia-se na solubilidade ou insolubilidade dos sais de
bário e de prata.

2.3. Propriedades Analíticas Dos Cátions Do Grupo I: Ag+, Pb2+, Hg2+

O cátion Pb2+ inclui-se no 1° e 2° grupo da marcha analítica, porque sua


precipitação como PbCl2 no 1° grupo é incompleta, passando então ao grupo 2, onde
precipita como sulfeto.
Quanto às duas espécies iônicas formadas pelo mercúrio, Hg 22 + e Hg2+, apenas

o primeiro pertence a este grupo.

2.3.1. Prata

A prata é um metal nobre de cor branca brilhante, relativamente mole, e é o


melhor condutor do calor e da eletricidade. A prata sterling, usada em talheres, é uma
liga com 7,5 % de cobre para aumentar sua dureza. Moedas de prata datam de 3000
AC. Devido a sua elevada resistência à oxidação (E° = - 0,80 V), o metal é utilizado
em contatos elétricos de alta qualidade. Na natureza, a prata ocorre em forma
elementar e na forma de AgCl e AgS.
Pertence ao grupo IB da Tabela Periódica, sua camada eletrônica externa
possui uma estrutura 3d10, 4s1 e pode atuar em seus compostos com estados de
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oxidação (I), (II), e (III), embora em meio aquoso, praticamente só encontra-se como
monovalente.
O íon Ag+ é facilmente reduzido para metal:
Ag+ (aq) + e → Ag(s) E° = + 0,80 V
Esta semi-reação é responsável pelas manchas pretas que aparecem na pele
quando ela entra em contato com AgNO3, seja sólido ou em solução.
A maioria dos compostos de Ag é insolúvel em água, exceto o AgNO 3 e AgF,
que são muito solúveis, e Ag2SO4, que é ligeiramente solúvel. A maior parte dos sais
insolúveis da Ag dissolvem-se em HNO3 6M a frio, as principais exceções são os
haletos de Ag, AgSCN e Ag2S.
A maioria dos compostos de Ag é branca; o composto colorido de Ag que são
prováveis de serem achados na análise qualitativa inclui:

Ag2S preto Ag3PO4 amarelo


Ag2O marrom escuro AgI amarelo
Ag2CrO4 vermelho escuro AgBr amarelo claro

AgBr e AgI, ambos sensíveis à luz, são largamente utilizados em filmes


fotográficos.
O íon prata forma muitos complexos estáveis nos quais o número de
coordenação da Ag é 2, AgL2. Dentre estes, o mais conhecido é o íon Ag(NH3)2+.

2.3.2. Chumbo

O chumbo é um dos metais conhecidos e usados desde os tempos mais


antigos; os egípcios o utilizaram há uns 5.000 anos. Nas tumbas de alguns reis do
antigo Egito tem-se achado tijolos do metal. Mesmo que ele não se encontre nativo, a
facilidade com a que se pode obter de seus minérios, por simples redução com carvão,
explica o uso tão antigo do chumbo.
É um metal de cor branco-azulado e brilho metálico (o brilho desaparece
quando exposto ao ar, tornando-se cinza por se recobrir de uma camada de óxido),
muito denso (d = 11,3 g cm-3) e baixo ponto de fusão, funde a 328 °C. É dúctil e
maleável e tão mole que se pode riscar com a unha, e cortar facilmente com uma faca.
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No estado sólido não é tóxico, mas seus vapores possuem uma grande toxicidade. É
muito resistente ao ataque pelo ar e água.
Um dos principais usos do chumbo é nos acumuladores ou baterias. Outro uso
é na fabricação de chumbo-tetraetila, um aditivo antidetonante usado na gasolina (no
Brasil, substituído pelo álcool). Esta aplicação tem diminuído consideravelmente
devido a duas razões principais; primeira, porque é uma substância tóxica e
contaminante, e, segundo, porque os carros mais modernos utilizam gasolina sem
chumbo para evitar envenenamento de seus conversores catalíticos. Chumbo é
também usado como luvas para proteger, por exemplo, cabos telefônicos submersos
no solo. Chumbo é também um componente importante das soldas e outras ligas de
baixo ponto de fusão.
Pertence ao Grupo IVB da Tabela Periódica e por ser o último de grupo, tem
um caráter metálico, mais pronunciado que o germânio e estanho. Sua estrutura
eletrônica externa é do tipo 5d10 6s2 6p2.
Os estados de oxidação do chumbo são +2 e +4. Ordinariamente o Pb tem
número de oxidação +2 em seus compostos. Este é sempre o caso em análise
qualitativa. Porém, Pb pode também existir no estado +4. O único composto comum
de Pb(IV) é PbO2, um sólido marrom-escuro. PbO2 obtém-se por oxidação de Pb2+ em
meio básico. Hipoclorito de Sódio, NaOCl, é utilizado como agente oxidante:
Pb2+ + ClO- + 2OH- → PbO2(s) +Cl- + H2O
O principal uso do PbO2 é nos acumuladores de chumbo, onde é reduzido para
Pb2+. É um agente oxidante forte em meio ácido:
PbO2(s) + 4H+ + 2e → Pb2+ + 2H2O E° = + 1,46 V
Vários compostos de Pb, além de PbO2, são coloridos. Isto inclui:
PbCrO4 amarelo-cromo Pb3O4 vermelho-chumbo
PbO amarelo-laranja PbS preto

Amarelo-cromo e vermelho-chumbo em uma época foram largamente usados


como pigmentos de tintas, assim como o foi o ”branco-chumbo” ou albaialde,
Pb(OH)2·2PbCO3. O vermelho-chumbo pode-se considerar como uma mistura de PbO
e PbO2 na razão molar 2:1; é utilizado no recobrimento de superfícies para prevenir a
corrosão do ferro e aço. Litargírio, PbO, pode ter cor vermelha, laranja ou amarela
dependendo do método de preparação. Sua principal aplicação é para fazer vidro-
chumbo e para envidraçar cerâmica. Devido ao chumbo ser tóxico, seu uso é
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atualmente severamente restrito. Pb2+ inibe a síntese de proteínas e desativa muitas


enzimas. Os efeitos do envenenamento por Pb incluem dano aos rins, cérebro, e
sistema nervoso central. O tratamento envolve complexação com agentes quelantes
como EDTA. Dentre os escassos compostos solúveis de Pb estão o nitrato, Pb(NO 3)2,
e o acetato, Pb(CH3COO)2.

2.3.3. Mercúrio

O mercúrio é um dos elementos mais antigos que se conhece, possivelmente


porque se encontra nativo e porque é fácil de obtê-lo (aquecendo-o ao ar) a partir do
cinábrio, HgS, seu mineral mais importante. Os alquimistas consideraram o Hg como
uma qualidade inerente a todos os metais, aos que lhes conferiria o caráter metálico
e a volatilidade.
É o único metal líquido à temperatura ambiente (a uns 30°C também o gálio, o
césio e o frâncio são líquidos). É de cor branca, com brilho de prata, inalterável ao ar,
inclusive em ambientes úmidos.
Devido a sua elevada tensão superficial, tende a se dividir em pequenas gotas
quando espalhado em uma superfície plana.
Possui elevada densidade (13,6) e não molha os recipientes que o contém
porque seu menisco, contrariamente à maioria dos líquidos, é convexo. À temperatura
ambiente conduz mal a corrente elétrica, mas transforma-se em um excelente
condutor nas proximidades do zero absoluto (supercondutor). Também a elevada
temperatura, no estado de vapor, conduz a eletricidade (lâmpada de vapor de Hg, rica
em raios ultravioleta). Seu coeficiente de dilatação térmica é praticamente uniforme
entre 0 e 300 °C, pelo que se utiliza para fabricar termômetros. Por sua elevada
densidade e baixa pressão de vapor emprega-se também em barômetros e bombas
de vácuo. Liga-se facilmente com um grande número de metais (amálgamas); porém,
apenas o faz com o ferro; por isso conserva-se e comercializa-se em frascos deste
metal.
O Hg líquido ingerido por via oral não é tóxico: no entanto seus vapores sim o
são quando inalados. Mesmo pequenas quantidades de vapor de Hg na atmosfera
dos laboratórios pode produzir, com o tempo, intoxicações graves, caracterizadas por
cansaço, depressão, perda de memória e da capacidade de concentração, chagas na
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boca, inflamação das gengivas e amídalas, fraqueza de ouvido, etc. Por isto, deve-se
manipular o Hg com as devidas precauções, visto que emite vapores à temperatura
ambiente. Pequenas quantidades espalhadas no laboratório podem originar sério
risco à saúde.
Pertence ao grupo II b da tabela periódica e sua estrutura eletrônica externa é
5d10 6s2. Apesar da semelhança eletrônica com os elementos de seu grupo (Zn e Cd),
as analogias de tipo analítico são escassas.
Funciona com os estados de oxidação (I) e (II), originando compostos
mercuriosos e mercúricos, respectivamente. O estado de oxidação (I) é só aparente,
já que na realidade é um dímero formado por dois íons Hg(I) covalentemente ligados,
+Hg - Hg+.
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3. Materiais e Regentes

Tabela I. Reagentes utilizados no experimento de marcha analítica.

REAGENTE QUANTIDADE
AgNO3 20 mL
Pb (NO3)2 20 mL
Hg+22 20 mL
HCl Algumas gotas
NH3OH Algumas gotas
HNO3 Algumas gotas
K2CrO4 Algumas gotas
Fonte: Alunos

Tabela II. Materiais utilizados no experimento de marcha analítica.


MATERIAL QUANTIDADE (unid.)
Tubo de ensaio 12
Béquer (50 mL) 2
Pipeta graduada 1
Funil 1
Suporte universal 1
Pipetador 1
Fonte: Alunos
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4. Metodologia

4.1. Ensaios preliminares dos cátions do grupo I. Os cátions do grupo


I são: Ag+, Pb+2, Hg2+2.

Foi usado inicialmente 4 tubos de ensaio contendo 2 mL de solução de AgNO3


0,1M.

4.1.1. Ag+

Ao primeiro tubo foi adicionado gotas de HCl diluído para observar a formação
de precipitado. Em seguida aqueceu-se o tubo em banho maria para testar a
solubilidade do precipitado.
Ao segundo tubo foi adicionado gotas de HCl adicionou-se também solução de
NH4OH e observou-se. Ao mesmo tubo foi adicionado gotas de solução de HNO 3 até
ficar ácido. Observou-se o comportamento com as mudanças de pH.
Ao terceiro tubo adicionaram-se gotas de K2CrO4 e observou-se a formação ou
não de precipitado.
Ao quarto tubo foi adicionado gotas de HCl, observou-se o resultado e logo em
seguida foi adicionado ao mesmo tubo gotas de NaOH.

4.1.2. Pb+2

Repetiu-se o procedimento realizado em 2.1.1 substituindo a solução de AgNO3


por uma solução de Pb(NO3)2 0,1M. Observou e anotou-se o comportamento das
reações em cada tubo.

4.1.3. Hg2+2

Repetiu-se o procedimento realizado em 2.1.1 substituindo a solução de AgNO 3


por uma solução de Hg2+2. Observou e anotou-se o comportamento das reações em
cada tubo.
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4.2. Marcha analítica dos cátions do grupo I.

Em posse das observações anotadas nos ensaios preliminares, identificou-se os


cátions separados na marcha analítica.
Inicialmente preparou-se uma amostra de 60 mL (20 mL de cada solução)
contendo os íons Ag+, Pb+2, Hg2+2.
Adicionou-se a essa amostra 5 mL de HCl. Logo após filtrou-se a amostra
gerando um filtrado e um precipitado. Desprezou-se o filtrado.
Lavou-se o precipitado com água quente destilada, obtendo novamente um
filtrado (a) e um precipitado (b).

(a) Filtrado – Dividiu-se o precipitado em dois tubos de ensaio, ao primeiro adicionou-


se K2CrO4, precipitado amarelo indicou presença de Pb, PbCrO4. Ao segundo tubo
adicionou-se NaOH, turvação leitosa indicou presença de Pb, Pb(OH)2.
(b) Precipitado – Ao precipitado adicionou-se 10 mL de NH4OH à quente e obteve-
se um novo precipitado e um filtrado.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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5.1. Ensaios preliminares dos cátions do grupo I.

A realização dos ensaios preliminares nos permitiu conhecer os efeitos


causados nos cátions do grupo I pelos diversos reagentes utilizados no processo da
marcha analítica e também comprovar a veracidade das informações colhidas nas
referências bibliográficas.

5.1.1. Ag+

Ao adicionarmos ácido clorídrico (HCl) no primeiro tubo de ensaio contendo 2


mL de solução de AgNO3 0,1M obtivemos como produtos o precipitado cloreto de
prata (AgCl) sólido e branco e ácido nítrico (HNO3) totalmente dissolvido, como mostra
a reação I. Ao aquecer a solução em banho maria o sal precipitado não se solubilizou.

Reação I
𝐴𝑔𝑁𝑂3(𝑎𝑞) + 𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) ⇌ 𝐴𝑔𝐶𝑙(𝑆) ↓ + 𝐻𝑁𝑂3(𝑎𝑞)

Ao segundo tubo de ensaio também contendo 2 mL de solução de nitrato de


prata (AgNO3) 0,1M, adicionamos ácido clorídrico (HCl) e ocorreu novamente a
reação I. Em seguida adicionamos hidróxido de amônia (NH3OH) ocorrendo à reação
II, obtivemos como produto o complexo cloro diamino argentato [Ag(NH3)2]Cl. Após a
adição de acido nítrico (HNO3) ocorreu à reação III, a solução ficou ácida e
continuamos tendo como produto cloreto de prata (AgCl) na forma de precipitado
branco sólido.

Reação II.
𝐴𝑔𝐶𝑙(𝑆) + NH3 OH(aq) ⇌ [Ag(NH3 )2 ]Cl(S) ↓ +𝐻2 𝑂(𝑎𝑞)

Reação III.
[𝐴𝑔(𝑁𝐻3 )2 ]𝐶𝑙(𝑆) + 2𝐻𝑁𝑂3(𝑎𝑞) ⇌ 𝐴𝑔𝐶𝑙(𝑆) ↓ + 2𝑁𝐻4 𝑁𝑂3(𝑎𝑞)
Ao terceiro tubo contendo 2 mL de solução de nitrato de prata (AgNO3) 0,1M
adicionamos gotas de cromato de potássio (K2CrO4), ocorreu a reação IV, obtivemos
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como produtos cromato de prata (Ag2CrO4), na forma de precipitado granulado


marrom, e nitrato de potássio (KNO3) diluído.

Reação IV.
2𝐴𝑔𝑁𝑂3(𝑎𝑞) + 𝐾2 𝐶𝑟𝑂4(𝑎𝑞) ⇌ 𝐴𝑔2 𝐶𝑟𝑂4(𝑆) ↓ +2𝐾𝑁𝑂3(𝑎𝑞)

Ao quarto tubo contendo 2 mL de solução de nitrato de prata (AgNO3) 0,1M


adicionamos gotas de acido clorídrico (HCl), ocorrendo novamente a reação I, logo
em seguida adicionamos gotas de hidróxido de sódio (NaOH) ocorrendo a Reação V,
obtivemos como produtos hidróxido de prata (AgOH), na forma de precipitado branco
granulado, e cloreto de sódio (NaCl) diluído, o que deixou a solução branca.

Reação V.
𝐴𝑔𝐶𝑙(𝑆) + 𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝐴𝑔𝑂𝐻(𝑆) ↓ + 𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑎𝑞)

5.1.2. Pb+2

Adicionamos ácido clorídrico (HCl) no primeiro tubo de ensaio contendo 2 mL


de solução de nitrato de chumbo Pb(NO3)2 0,1M obtivemos como produto cloreto de
chumbo (PbCl2) precipitado sólido e branco e ácido nítrico (HNO3) totalmente
dissolvido, como mostra a reação VI. Ao aquecer a solução em banho maria o sal
precipitado se solubilizou tornando a solução homogênea e totalmente incolor.

Reação VI.
𝑃𝑏(𝑁𝑂3 )2(𝑎𝑞) + 2𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) ⇌ 𝑃𝑏𝐶𝑙2(𝑆) ↓ + 2𝐻𝑁𝑂3(𝑎𝑞)

Ao segundo tubo de ensaio também contendo 2 mL de solução de nitrato de


chumbo Pb(NO3)2 0,1M adicionamos acido clorídrico (HCl) e ocorreu novamente a
reação VI. Em seguida adicionamos hidróxido de amônia (NH3OH) ocorrendo à
reação VII, obtivemos como produto o hidróxido de chumbo Pb(OH)2 na forma de
precipitado branco granulado e cloreto de amônia (NH3Cl) totalmente diluído.

Reação VII.
𝑃𝑏𝐶𝑙2(𝑆) + 2𝑁𝐻3 𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝑃𝑏(𝑂𝐻)2(𝑆) ↓ + 2𝑁𝐻3 𝐶𝑙(𝑎𝑞)
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Ao terceiro tubo contendo 2 mL de solução de nitrato de chumbo Pb(NO 3)2 0,1M,


adicionamos gotas de cromato de potássio (K2CrO4), ocorreu a reação VIII, obtivemos
como produtos cromato de chumbo (PbCrO4) na forma de precipitado sólido amarelo
e nitrato de potássio diluído na solução que ficou amarelada.

Reação VIII.
𝑃𝑏(𝑁𝑂3 )2(𝑎𝑞) + 𝐾2 𝐶𝑟𝑂4(𝑎𝑞) ⇌ 𝑃𝑏𝐶𝑟𝑂4(𝑆) ↓ + 2𝐾𝑁𝑂3(𝑎𝑞)

Ao quarto tubo contendo 2 mL de solução de nitrato de chumbo Pb(NO 3)2 0,1M


adicionamos gotas de acido clorídrico (HCl), ocorrendo novamente a reação VI, logo
em seguida adicionamos gotas de hidróxido de sódio (NaOH) ocorrendo a Reação IX,
obtivemos como produtos hidróxido de Chumbo (Pb(OH)2), na forma de precipitado
branco sólido, e cloreto de sódio (NaCl) diluído.

Reação IX.
𝑃𝑏𝐶𝑙2(𝑆) + 2𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝑃𝑏(𝑂𝐻)2(𝑆) + 2𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑎𝑞)

5.1.3. Hg2+2

Adicionamos ácido clorídrico (HCl) no primeiro tubo de ensaio contendo 2 mL


de solução de mercúrio(I) (Hg2+2) 0,1M obtivemos como produto cloreto de mercúrio(I)
(Hg2Cl2) como precipitado sólido branco e íons H+ totalmente dissolvidos, como
mostra a reação X. Ao aquecer a solução em banho maria o sal precipitado não se
solubilizou.

Reação X.
+2 +
𝐻𝑔2(𝑎𝑞) + 2𝐻𝐶𝑙(𝑎𝑞) ⇌ 𝐻𝑔2 𝐶𝑙2(𝑆) ↓ +2𝐻(𝑎𝑞)

Ao segundo tubo de ensaio também contendo 2 mL de solução de mercúrio(I)


(Hg2+2) 0,1M adicionamos acido clorídrico (HCl) ocorrendo novamente a reação X. Em
seguida adicionamos hidróxido de amônia (NH3OH) ocorrendo à reação XI, obtivemos
como produto o amido cloreto de mercúrio II [Hg+Hg(NH2)Cl], na forma de precipitado
branco sólido, e cloreto de amônia (NH4Cl) totalmente diluído.
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Reação XI.

𝐻𝑔2 𝐶𝑙2(𝑆) + 2𝑁𝐻3 𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝐻𝑔 + 𝐻𝑔( 𝑁𝐻2 )𝐶𝑙(𝑆) ↓ + 𝑁𝐻4 𝐶𝑙(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞)

Ao terceiro tubo contendo 2 mL de solução de mercúrio(I) (Hg2+2) 0,1M,


adicionamos gotas de cromato de potássio (K2CrO4), ocorreu a reação XII, obtivemos
como produtos cromato de mercúrio(I) (Hg2CrO4) na forma de precipitado pó cor de
cobre e íons potássio diluído na solução que ficou alaranjada.

Reação XII.
+2 +
𝐻𝑔2(𝑎𝑞) + 𝐾2 𝐶𝑟𝑂4(𝑎𝑞) ⇌ 𝐻𝑔2 𝐶𝑟𝑂4(𝑆) ↓ + 2𝐾(𝑎𝑞)

Ao quarto tubo contendo 2 mL de solução de mercúrio(I) (Hg2+2) 0,1M


adicionamos gotas de acido clorídrico (HCl), ocorrendo novamente a reação X, logo
em seguida adicionamos gotas de hidróxido de sódio (NaOH) ocorrendo a Reação
XIII, obtivemos como produtos óxido de mercúrio(I) (Hg2O), na forma de precipitado
branco sólido, cloreto de sódio (NaCl) diluído e água líquida (H2O).

Reação XIII.
𝐻𝑔2 𝐶𝑙2(𝑆) + 2𝑁𝑎𝑂𝐻(𝑎𝑞) ⇌ 𝐻𝑔2 𝑂(𝑆) ↓ + 2𝑁𝑎𝐶𝑙(𝑎𝑞) + 𝐻2 𝑂(𝑎𝑞)

5.2. Marcha analítica dos cátions do grupo I.

Ao adicionarmos 5 mL de ácido clorídrico (HCl) ocorreram as reações I, VI e X,


já demonstradas nos ensaios preliminares, filtramos a solução e obtivemos um filtrado
que, após feitos os devidos testes, verificamos não haver mais vestígios dos cátions
do grupo I, podemos desprezá-lo e um resíduo branco sólido contendo cloreto de
chumbo (PbCl2), cloreto de prata (AgCl) e cloreto de mercúrio(I) Hg2Cl2.
Este resíduo foi lavado com água destilada quente. Como foi demonstrado nos
ensaios preliminares o cloreto de chumbo (PbCl2) é o único solúvel em água quente,
então obtivemos no filtrado solução contendo cloreto de chumbo (PbCl2) e no resíduo
um precipitado contendo cloreto de mercúrio(I) (Hg2Cl2) e cloreto de prata (AgCl).
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O filtrado foi dividido em dois tubos, ao primeiro adicionamos cromato de


potássio (K2CrO4) onde ocorreu a reação XIV gerando um precipitado amarelo assim
como o encontrado na reação VIII preparada nos ensaios preliminares, o que indicou
a presença de chumbo na forma de cromato de chumbo (PbCrO 4). Ao segundo tubo
adicionamos hidróxido de sódio (NaOH) ocorrendo novamente a reação IX, a solução
apresentou uma turvação leitosa indicando a presença de chumbo (Pb +2) na forma de
hidróxido de chumbo (Pb(OH)2).

Reação XIV.
𝑃𝑏𝐶𝑙2(𝑎𝑞) + 𝐾2 𝐶𝑟𝑂4(𝑎𝑞) ⇌ 𝑃𝑏𝐶𝑟𝑂4(𝑆) + 2𝐾𝐶𝑙(𝑎𝑞)

Ao precipitado contendo cloreto de mercúrio(I) (Hg2Cl2) e cloreto de prata


(AgCl) adicionamos 10 mL de hidróxido de amônia NH3OH à quente, ocorreu a reação
II e a reação XI já preparadas nos ensaios preliminares. Obtivemos como resíduo um
precipitado negro indicando a presença de mercúrio na forma de amido cloreto de
mercúrio II [Hg+Hg(NH2)Cl]. Como filtrado obtivemos uma solução contendo cloro
diamino argentato [Ag(NH3)2]Cl.
Ao filtrado adicionamos ácido nítrico (HNO3) ocorrendo novamente à reação III
preparada nos ensaios preliminares, obtivemos um precipitado branco indicando a
presença de prata na forma de cloreto de prata (AgCl).

6. CONCLUSÃO
18

Com o trabalho foi possível verificar a importância da marcha analítica na


separação de cátions e ânions através de derivados, visto que a maioria dos produtos
artificiais e naturais são misturas contendo cátions ou ânions.
Com essa sequência de experimentos também foi possível comprovar a
veracidade e a viabilidade do uso da marcha analítica na identificação dos cátions do
grupo I.
Também foi possível ao grupo uma agregação de conceitos referentes à
solubilidade das substâncias e formação de precipitado nas misturas.

7. BIBLIOGRAFIA
19

LIRA, Júlio César Lima. Íon. Disponível em:


<http://www.infoescola.com/quimica/ion/>. Acesso em: 20 março. 2015.

IN INFOPEDIA. Editora Porto. Marcha analítica. Disponível em:


<http://www.infopedia.pt/$marcha-analitica>. Acesso em: 20 março. 2015.

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