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25/03/2014

UNIVERSIDADE PAULISTA
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL

PROCESSOS CONSTRUTIVOS
AULA #6

Professor: Erwin Ulises Lopez Palechor

BRASÍLIA – MARÇO DE 2013

A obra deverá ser locada com rigor, observando-se o projeto quanto à


planimetria e à altimetria. A locação será executada após observação da
planta de fundação e utilizando-se quadros com piquetes e tábuas
niveladas (“tabela”, “curral”) e fixados para resistirem a tensão dos fios
sem oscilação e sem sair da posição correta. A locação será por eixos.

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1.1 Locação de Estacas


1. Locação da Obra

1.2 Locação de Paredes

Devemos possuir uma planta de locação, cotada com aproximação de


milímetros, elaborada pelo calculista. Devemos lembrar que para
transportar o bate-estacas, uma máquina extremamente pesada, deve-
se arrastá-Io no terreno de um lugar para outro, o que iria desmanchar
qualquer locação prévia das paredes.

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A tábua deverá ser colocada inteiramente nivelada.


Quando o terreno tiver caimento elevado, a tabela passará a ser em
degraus.

A estaca X tem seu local fixado pela interseção de duas linhas


esticadas: uma dos pregos 1-2 e outra dos pregos 3-4.

Ao marcarmos as posições das paredes, devemos inicialmente fazê-Io


pelo eixo e, em seguida, medir o tijolo que vai ser empregado na obra e
marcarmos, a partir do eixo, as duas extremidades ou faces do tijolo
que definem a espessura da parede. Geralmente nas plantas as
espessuras das paredes não conferem com a realidade.

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DEFINIÇÃO:

Fundações são os elementos estruturais com função de transmitir as


cargas da estrutura ao terreno onde ela se apoia. Para isso é
necessário que haja resistência adequada para suportar às tensões
causadas pelos esforços solicitantes. Além disso, o solo necessita de
resistência e rigidez apropriadas para não sofrer ruptura e não
apresentar deformações exageradas ou diferenciais. Um dos critérios
adotados para classificar os vários tipos de fundação é dividi-los em
dois grandes grupos:

fundações diretas ou rasas.


fundações indiretas ou profundas.

Fundações diretas ou rasas:

São aquelas em que a carga da estrutura é transmitida ao solo de


suporte diretamente pela fundação. O dimensionamento da área
necessária para o elemento da fundação deve satisfazer as condições
essenciais a seguir:

1) O centro de gravidade da fundação deve coincidir com o centro de


gravidade do elemento transmissor de carga.

2) Tendo P a carga a transmitir e p a pressão admissível do terreno, a


área necessária será dada por S(m2) = P/p.

3) Solução mais econômica.

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Processo Construtivo das Sapatas:

1. PREPARAÇÃO DO TERRENO
2. ESCAVAÇÃO GERAL
3. IMPLANTAÇÃO DA FUNDAÇÃO
4. ESCAVAÇÃO LOCAL
5. BETÃO DE LIMPEZA
6. MONTAGEM DE COFRAGEM
7. COLOCAÇÃO DE ARMADURAS
8. BETONAGEM
9. CURA
10.DESCOFRAGEM
11.ATERRO

Processo Construtivo das Sapatas:

1. PREPARAÇÃO DO TERRENO:
limpeza do terreno e terra vegetal (decapagem), retirar eventuais
materiais depositados e remover ou transplantar vegetação
existente;
eventual desvio de instalações tais como condutas de esgotos,
água ou gás, cabos eléctricos, etc..

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Processo Construtivo das Sapatas:

1. PREPARAÇÃO DO TERRENO:
caso exista nível freático elevado, deverão ser executados
sistemas que possibilitem a execução da futura escavação
(ensecadeiras de estacas-prancha, rebaixamento do nível freático
ou congelamento da água do solo (pouco frequente);
caso o solo não apresente características satisfatórias para
fundação ou circulação do equipamento pesado, realizar técnicas
de melhoramento de solos (adição de materiais, compactação).

Processo Construtivo das Sapatas:

2. ESCAVAÇÃO GERAL:
Execução de escavação geral em conformidade com::
cotas de projeto (cota de piso térreo descontada de espessura de
revestimentos, isolamentos);
necessidades de acesso dos equipamentos para operações de
movimentos de terras;
equipamento: retro-escavadoras

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Processo Construtivo das Sapatas:

2. ESCAVAÇÃO GERAL:
Pequenos acertos ou escavação localizada manual, com
acessórios específicos (pá para solos moles e martelo pneumático
para solos duros) ou equipamento de pequeno porte de maior
precisão.

Processo Construtivo das Sapatas:

2. ESCAVAÇÃO GERAL:
Deve recorrer-se a taludes para a execução da escavação para
profundidades superiores a 1.25 m;
o ângulo dos taludes com a horizontal deverá variar com a
natureza dos solos, entre 45º e 90º (rocha rija e sã);
para profundidades superiores a 2 m, é aconselhável a execução
de patamares intermédios com largura superior a 1 m e berma
protegida para evitar desmoronamentos.

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Processo Construtivo das Sapatas:

2. ESCAVAÇÃO GERAL:
Na impossibilidade de realizar taludes (existência de arruamentos,
edifícios vizinhos ou pelo volume de terras a remover muito
elevado) as paredes da escavação deverão ser parcial ou
totalmente entivadas e escoradas provisoriamente, deixando um
espaço livre de trabalho com 50 cm.

Processo Construtivo das Sapatas:

2. ESCAVAÇÃO GERAL:

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Processo Construtivo das Sapatas:

3. IMPLANTAÇÃO DA FUNDAÇÃO:

Processo Construtivo das Sapatas:

3. IMPLANTAÇÃO DA FUNDAÇÃO:
De acordo com planimetria e altimetria definidas em projeto - recorrer em
geral a apoio topográfico (teodolitos, níveis)

Colocar referencial a 1.0 - 2.0 m do perímetro exterior. Este referencial


designa-se “cangalho periférico” e é constituído por:
vigas ou tábuas de madeira, dispostas horizontalmente e niveladas,
fixadas a estacas curtas também de madeira previamente cravadas no
terreno, distanciadas entre si de cerca de 1.5 m;
varões metálicos e tábuas ou barrotes fixos ao terreno;
simplesmente, argamassa no terreno ou elementos já executados.

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Processo Construtivo das Sapatas:

3. IMPLANTAÇÃO DA FUNDAÇÃO:
Marcação das faces dos elementos estruturais das sapatas:
Definição de alinhamentos com fios de nylon tensionados e
amarrados a pregos, cravados no cangalho.
A esquadria dos alinhamentos é garantida com teodolito, estação
total.

Processo Construtivo das Sapatas:

3. IMPLANTAÇÃO DA FUNDAÇÃO:
A localização no terreno é efetuada por intermédio de um fio de-
prumo, colocado na intersecção dos fios.

Alternativa ao “cangalho” – cavaletes


(tábua fixa a duas estacas de madeira
cravadas no terreno (mais erros).

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Processo Construtivo das Sapatas:

4. ESCAVAÇÃO LOCAL:
confirmar características do terreno à cota de projecto (exame visual e
ensaios normalizados);
escavação até cota de projeto mais 5 cm para concreto de limpeza;
em função do tipo de solo:
escavação vertical com dimensões exatas (dispensa cofragem: rec,min =
70 mm; rec,med = 100 mm);
escavação em talude deixando folga de 0.5 m (exige cofragem).

Processo Construtivo das Sapatas:

5. CONCRETO DE LIMPEZA:

Funções concreto de limpeza:


regularizar superfície do solo;
evitar contato direto do concreto da sapata com o solo;
criar base horizontal e limpa para colocação das armaduras e
montagem das formas;
primeira barreira à humidade do solo.

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Processo Construtivo das Sapatas:

6. MONTAGEM DAS FORMAS (COFRAGEM):


Cofragem perdida (alvenaria ou situações particulares em que não
seja possível ou viável recuperar o material)

Cofragem recuperável (nota: raramente se utiliza cofragem nova em


sapatas correntes devido à inexistência de exigências estéticas)

Processo Construtivo das Sapatas:

6. MONTAGEM DAS FORMAS (COFRAGEM):


Cofragem corrente em sapatas: MADEIRA (pinho, abeto, eucalipto)

EXIGÊNCIAS:

elementos limpos e de geometria correta, desempenados, e sem fendas


ou rasgos;
juntas suficientemente fechadas para evitar perda de material fino (a
molhagem de tábuas de madeira provoca o inchamento e a redução da
dimensão das juntas);
resistentes / rígidas para manter a forma do elemento até ao
endurecimento do concreto;
molhagem da superfície para evitar absorção de água;
caso se deseje a recuperação do material para reutilização deve ser
aplicado óleo.

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Processo Construtivo das Sapatas:

6. MONTAGEM DAS FORMAS (COFRAGEM):


aproveitamento das peças de madeira;
união das peças de madeira com pregos, que
deverão poder arrancar-se facilmente na
desmontagem;
montagem dos taipais (armação), geralmente,
efetuada no local de aplicação;
escoras rigidamente ligadas entre si por
travessas, de forma a trabalharem em
conjunto e não como elementos isolados;

Processo Construtivo das Sapatas:

6. MONTAGEM DAS FORMAS (COFRAGEM):


os trabalhos de cofragem devem contemplar todos os acessórios
de apoio às operações de concretagem e de garantia da
integridade das armaduras.

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Processo Construtivo das Sapatas:

6. MONTAGEM DAS FORMAS (COFRAGEM):


Elementos de entivação não deve apoiar diretamente no solo, mas
sim em elementos horizontais de maior dimensão (melhora a
distribuição e diminui tensões no terreno e garante a imobilidade
destes apoios).

Processo Construtivo das Sapatas:

6. MONTAGEM DAS FORMAS (COFRAGEM):

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Processo Construtivo das Sapatas:

6. MONTAGEM DAS FORMAS (COFRAGEM):

Processo Construtivo das Sapatas:

7. COLOCAÇÃO DE ARMADURAS

Execução de acordo com projeto (mapa de armaduras) respeitando:


espaçamentos e sobreposição de ferros;

comprimentos de amarração;
espaçamento;
recobrimento;
diâmetros interiores de dobragem mínimos.

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Processo Construtivo das Sapatas:

7. COLOCAÇÃO DE ARMADURAS

Processo Construtivo das Sapatas:

7. COLOCAÇÃO DE ARMADURAS
O transporte e armazenamento deverão ser realizados de modo
que não afetem a geometria e posicionamento dos ferros;
as armaduras deverão estar isentas de depósitos superficiais que
prejudiquem a aderência (óleo, gelo, pinturas, ferrugem solta e
outros elementos);
para garantir o recobrimento, deverão ser previstos espaçadores
nas armaduras.

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Processo Construtivo das Sapatas:

7. COLOCAÇÃO DE ARMADURAS

Antes da colocação das armaduras, dever-se-á limpar o


concreto de limpeza de eventuais detritos;
colocação de todas as armaduras de elementos contíguos ou
respectivas armaduras de espera (vigas de fundação, pilares);
a ligação dos ferros pode ser executada com arame de atar ou
pontos de solda.

Processo Construtivo das Sapatas:

7. COLOCAÇÃO DE ARMADURAS
Os varões dos pilares poderão ser montados no local de aplicação
ou na oficina do estaleiro (transportados por grua);
é mais simples e rápido “empalmar” o troço do pilar nas armaduras
de espera colocadas antes da concretagem da sapata; a
verticalidade do pilar deve ser garantida através de cangalho de
fixação (4 elementos que confinam as 4 faces do pilar).

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Processo Construtivo das Sapatas:

7. COLOCAÇÃO DE ARMADURAS
a verticalidade do pilar deve ser garantida através de cangalho de
fixação (4 elementos que confinam as 4 faces do pilar).

Processo Construtivo das Sapatas:

7. COLOCAÇÃO DE ARMADURAS

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Processo Construtivo das Sapatas:


8. CONCRETAGEM

Produção:

Concreto pronto;
Concreto fabricado em obra.

Transporte do Concreto em obra:

carros de mão - pequenas obras, distâncias pequenas;


carros motorizados (dumpers) - distâncias maiores, solo compacto;
balde (geralmente até 1 m3) transportado por grua ou outro
equipamento de elevação;
camiões (5 a 8 m3);
bombas de concreto (300 m na horizontal e 35 m na vertical).

Processo Construtivo das Sapatas:

8. CONCRETAGEM

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Processo Construtivo das Sapatas:

8. CONCRETAGEM
Colocação do concreto:

precauções para não afetar posicionamento das armaduras;


evitar contaminação do concreto com solo;
evitar aplicação em queda livre para alturas elevadas
(segregação);
colocação uniformemente distribuída (não amontoar material) em
camadas sucessivas (h < 30 cm);
concretagem simultânea de sapatas e vigas de fundação, e de
forma
geral, do maior número de elementos possível para evitar juntas
(as juntas, quando existam, devem existir em locais com esforços
reduzidos);

Processo Construtivo das Sapatas:

8. CONCRETAGEM

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Processo Construtivo das Sapatas:

8. CONCRETAGEM

Compactação por vibração:


tem como objetivo retirar o ar contido na matriz, tornando o concreto
mais compacto;
os vibradores devem ser introduzidos na vertical e a velocidade
constante;
a “área de influência” considerada deve rondar os 0.5 m a 1 m;
evitar vibrar espessuras superiores à do comprimento da agulha;
respeitar a aproximação máxima da agulha à forma de cerca de 15
cm;
tempos de vibração entre 5 a 30 s (pouco tempo introduz uma
fraca compactação e tempo excessivo provoca segregação).

Processo Construtivo das Sapatas:

8. CONCRETAGEM

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Processo Construtivo das Sapatas:

9. CURA
Cura do concreto: evita uma secagem excessivamente rápida e
eventual fissuração por retração da camada superficial de concreto

técnicas:
rega do concreto (o mais corrente) ou utilização de compostos de
cura;
proteção do concreto com membranas impermeáveis.

Processo Construtivo das Sapatas:

9. DESCOFRAGEM

Tempos de descofragem dependem de:


dimensões do elementos;
tipo de cimento utilizado;
condições ambientais.

2 a 3 dias após concretagem é aceitável para que:

• se evitem danos na superfície do concreto durante a descofragem;


• os elementos suportem as ações a que estão sujeitos;
• não ocorram deformações excessivas.

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Processo Construtivo das Sapatas:


9. DESCOFRAGEM
Principais regras de descofragem:

• elementos de apoio e de aperto deverão ser aliviados ou retirados


sem ações bruscas;
• para destacar painéis utilizar cunhas de madeira (e não um pé de
cabra);
• as arestas das peças concretadas deverão ser protegidas para não
serem danificadas;
• depois da descofragem, os elementos de cofragem e os elementos
de fixação deverão ser limpos de resíduos de concreto.

Essas estruturas de fundações são indicadas para solos argilosos e


representadas pelas estacas e tubulões. Para a cravação das
estacas o processo mais usado emprega bate-estacas, os quais
podem ser divididos de acordo com o martelo, nos seguintes grupos:
bate-estacas de gravidade, de simples efeito e de duplo efeito.

A energia para cravação da estaca é


transmitida pela queda livre de um peso a
uma altura pré-determinada. A cabeça das
estacas deve ser protegida por um cabeçote
de ferro ou madeira, cuja finalidade é permitir
uma distribuição uniforme das tensões
dinâmicas, transmitidas pelo martelo.

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Bate-estacas de simples efeito – Nesse tipo


o martelo desloca-se ao longo de um embolo
fixo à estrutura do bate-estaca sendo
levantado pela ação dos gases sob pressão e
caindo pelo próprio peso. A altura de queda
depende da quantidade de gases da câmara,
obtendo um ritmo de 40 a 50 pancadas por
minuto.

Bate-estacas de duplo efeito – É uma variante


aperfeiçoada do tipo anterior. Os gases sob
pressão são injetados no cilindro, tanto para a
operação de levantamento como para a
operação de queda (250 a 300 pancadas por
minuto).

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