Apostila Projeto Instalações Elétricas - Parte III - v7 PDF
Apostila Projeto Instalações Elétricas - Parte III - v7 PDF
Apostila Projeto Instalações Elétricas - Parte III - v7 PDF
Brasília
2012
2
Introdução à Eletricidade
3
4
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga
Presidente
Conselho Nacional
Tânia Cosentino
Presidente
Sergio Lima
Vice-Presidente
5
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional
Introdução à Eletricidade
Brasília
2012
6
© 20xx. SENAI – Departamento Nacional
Todos os direitos são reservados à Schneider Electric Brasil Reprodução total ou parcial
proibida pela lei dos direitos autorais. São Paulo – 2009
SENAI/DN
Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC
FICHA CATALOGRÁFICA
S491i
ISBN
CDU 537
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte
Aprendizagem Industrial Quadra 1 – Bloco C
Departamento Nacional Edifício Roberto Simonsen
70040-903 – Brasília – DF
Tel.: (0xx61) 3317-9001
Fax: (0xx61) 3317-9190
http://www.senai.br
7
SUMÁRIO (Provisório Finalizar após Revisão Final)
Apresentação
Quem somos?
1 Módulo I - Energia segura
1.1 Segurança nas instalações
1.2 Noções básicas de segurança em instalações e serviços em eletricidade – NR10
1.2.1 Norma regulamentadora Nº 10 segurança em instalações e serviços em
eletricidade
1.2.2 Técnicas de análise de riscos elétricos
1.2.3 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC
1.2.4 Equipamentos de proteção individual – EPI
8
2.13.3.1 Circuito de iluminação (FN)
2.13.3.2 Circuito de iluminação externa (FN)
2.13.3.3 Circuito de Pontos de tomadas (FN)
2.13.3.4 Circuito de Pontos de tomadas dedicadas (FN)
2.13.3.5 Circuito de Pontos de tomadas dedicadas (FF)
2.13.4 Simbologia
2.13.5 Condutor de proteção – PE (fio terra)
2.13.5.1 Como instalar o condutor terra
2.13.6 Cálculo da corrente dos circuitos terminais
2.13.7 Cálculo da potência do circuito de distribuição
2.13.7.1 Iluminação e Pontos de Tomadas:
2.13.7.2 Tomadas Dedicadas:
2.13.7.3 Potência do Circuito de Distribuição
2.14 Dimensionamento dos condutores e dos disjuntores dos circuitos
2.14.1 Capacidades de condução de corrente, em ampères, em relação aos métodos
de referência B1, B2 e D.
2.14.2 Dimensionamento do disjuntor aplicado no quadro do medidor
2.14.3 Dimensionamento dos dispositivos DR
2.14.4 Condutores de neutro e de proteção
2.14.5 Coloração dos condutores
2.15 Dimensionamento dos eletrodutos
2.16 Levantamento de material
2.17 Emendas de Condutores Elétricos
2.17.1 Emendas ou conexões em instalações elétricas
2.17.2 Emenda de condutores em prosseguimento
2.17.3 Emenda de condutores em derivação
2.17.4 Emenda de condutores em “rabo-de-rato”
2.17.5 Solda de emendas
2.17.6 Isolação de emendas
2.17.7 Emendas com conectores de torção
2.17.8 Emendas com conectores elétricos de derivação
9
4.2.2 Sinaleiras
4.2.3 Botões sinalizadores
4.2.4 Contator
4.2.5 Relé Térmico ou de Sobrecarga
4.3 Conceitos de Partida Direta:
4.3.1 Objetivo de uma partida de motores
4.3.2 Funções e composição dos dispositivos de partida
4.4 Motobomba
4.4.1 Partida direta de uma motobomba monofásica
6 Módulo VI – Normalização
6.1 Normas Técnicas - Introdução
6.2 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
6.2.1 ABNT NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão
6.2.2 Aspectos relevantes da norma de instalações elétricas de BT – ABNT NBR 5410
6.3 ABNT NBR 5410 – Uso obrigatório do Dispositivo de proteção contra surtos – DPS
6.4 Aterramento e eqüipotencialização.
6.5 ABNT NBR 14136 – Norma de Plugues e Tomadas para uso Doméstico e Análogo até 20 A/250
V em corrente alternada – Padronização
6. 6 ABNT NBR NM 61008-1 Interruptores a corrente diferencial-residual para usos doméstico e
análogos sem dispositivo de proteção contra sobrecorrentes (RCCB) (IEC 61008-1:1996,MOD)
6.7 ABNT NBR NM 61008-2-1 :2005 Interruptores a corrente diferencial-residual para usos
doméstico e análogos sem dispositivo de proteção contra sobrecorrentes (RCCB) Parte 2-1:
aplicabilidade das regras gerais aos RCCB funcionalmente independentes da tensão de alimentação
(IEC 61008-2-1 :1990, MOD)
6.8 ABNT NBR NM 60454-3-1 Fitas Isolantes de PVC
1
Mais informações, site: www.myenergyuniversity.com
2
Site SEBRAE, www.sebrae.com.br/ consultado em 26/07/2009
10
7.4.7 A Propaganda é a alma do negócio
7.4.8 Preparação de Orçamento: materiais e quantitativos
Exercícios
Apêndices
Apêndice I – Certificação INMETRO / Sistema Internacional de Unidades – SI
Apêndice II - Disjuntores – Certificação INMETRO
Referências
Apresentação
3
Livro: Linguagem Corporal no Trabalho – David Givens – RJ- Vozes 2011
11
O acesso à energia é considerado um elemento indispensável para o desenvolvimento, conforto e
sobrevivência humana. A energia está em todos os lugares, mas segundo o Banco Mundial, ainda
existem 1.6 bilhões de pessoas sem acesso à eletricidade. No Brasil, de acordo com o Programa Luz
para Todos do Governo Federal ainda restam 6 milhões de pessoas nessas condições.
O conhecimento sobre a eletricidade faz com que possamos conviver com ela sem trazer riscos à
nossa vida, gerando mais igualdade social à medida que oferece a todos o acesso a informação.
Pensando nisto, a Schneider Electric, presente em mais de 100 países pelo mundo, mobilizou sua
Fundação para cumprir seu papel social, isto é, fazer a diferença nas comunidades onde está
presente.
A Schneider Electric acredita que esta é a forma mais justa de criar negócios sustentáveis,
fornecendo uma energia, limpa, segura, confiável e produtiva de forma eficiente e ecologicamente
correta para ajudar as pessoas a fazerem o máximo de sua energia. Essa é a missão da Schneider
Electric e de seu projeto social chamado BipBop.
Este projeto mundialmente implementado, tem no Brasil seu maior número de pessoas treinadas
graças ao apoio do SENAI, instituição que cobre todo o território nacional e cuja missão é promover
a educação profissional e tecnológica há 70 anos.
Esta apostila é então parte integrante desse projeto que visa atender milhares de brasileiros,
proporcionando a eles oportunidades para transformar uma das comunidades em que a Schneider
Electric está presente em sua própria vida de forma que possam usar a eletricidade de forma
consciente, sustentável e segura.
A 3M tem por objetivo contribuir com a melhoria da qualidade das instalações elétricas por meio da
difusão de informações relevantes, tecnologia e inovação.
O Procobre que busca inserir profissionais de eletricidade cada vez mais conscientes e preparados,
por meio de Programas como o Casa Segura e o SOS Aqui.
12
Quem somos?
A Schneider Electric é líder mundial em gestão de energia, com atuação
em cinco mercados: Industrial, Energia e Infra-estrutura, Data Centers &
Redes, Predial e Residencial. Oferece soluções integradas para aumentar a
produtividade e garantir a continuidade dos serviços com segurança e
eficiência energética, proporcionando os mais elevados níveis tecnológicos,
de acordo com as principais normas de qualidade e segurança nacionais e
internacionais.
Para o sucesso do programa é fundamental o entusiasmo dos colaboradores. A ideia é que a participação
não seja apenas financeira, mas que os colaboradores da Schneider Electric destinem tempo e
dedicação, envolvendo-se com os jovens e os projetos.
Bom trabalho!
Schneider Electric Brasil
13
1 Módulo I - Energia segura
14
1.1 Segurança nas instalações
A eletricidade que trouxe tantos benefícios para a humanidade nos últimos séculos também causou
graves acidentes, algumas vezes graves deixando vítimas em todo o mundo.
Na maioria das vezes esses acidentes acontecem por imprudência, falta de informação ou de
habilidade para o trabalho com eletricidade. Entretanto, eles poderiam ser evitados se alguns
pequenos cuidados fossem tomados. Abaixo, preparamos um resumo de algumas providências
muito úteis para os profissionais da área elétrica. Procure tê-las em mente sempre que necessitar
ter contato com a eletricidade.
• Leia sempre as instruções das embalagens dos produtos que serão instalados.
• Utilize sempre ferramentas com cabo de material isolante (borracha, plástico, madeira
etc.). Dessa maneira, se a ferramenta que você estiver utilizando encostar
acidentalmente em uma parte energizada, será menor o risco de choque elétrico.
• Não use jóias ou objetos metálicos, tais como relógios, pulseiras e correntes, durante a
execução de um trabalho de manutenção ou instalação elétrica.
• Use sempre sapatos com solado de borracha. Nunca use chinelos ou calçados do
gênero – eles aumentam o risco de contato do corpo com a terra e,
conseqüentemente, o risco de choques elétricos.
• Utilize capacete de proteção sempre que for executar serviços em obras onde houver
andaimes ou escadas.
Instalação de chuveiros elétricos
• Chuveiros e torneiras elétricas devem ser aterrados.
• Instale o fio terra corretamente, de acordo com a orientação do
fabricante.
• Pequenos choques, fios derretidos e cheiro de queimado são sinais
de problemas que precisam ser corrigidos imediatamente.
• Não mude a chave verão-inverno com o chuveiro ligado
• Nunca diminua o tamanho da resistência para aquecer mais a água.
Troque o chuveiro por outro mais potente, desde que adequado à
fiação existente. Não reaproveite resistências queimadas.
Instalação de antenas
• Instale a antena de TV longe da rede elétrica. Se a antena tocar nos
fios durante a instalação, há risco de choque elétrico.
15
Troca de lâmpadas
• Desligue o interruptor e o disjuntor do circuito antes de trocar a
lâmpada.
• Não toque na parte metálica do bocal nem na rosca enquanto estiver
fazendo a troca.
• Segure a lâmpada pelo vidro (bulbo). Não exagere na força ao
rosqueá-la.
• Use escadas adequadas.
• Não use bocais de lâmpadas como tomadas e não sobrecarregue
tomadas com vários aparelhos, com o uso de adaptadores
"benjamins" ou "T".
Tomadas e equipamentos
• Coloque protetores nas tomadas.
• Evite colocar campainhas e luminárias perto da cortina.
• Não trabalhe com os pés descalços ao trocar fusíveis elétricos.
• Não passe fios elétricos por baixo de tapetes. Isso pode causar incêndios.
Instalações elétricas
• Faça periodicamente um exame completo na instalação elétrica, verificando o estado
de conservação e limpeza de todos os componentes. Substitua peças defeituosas ou
em más condições e verifique o funcionamento dos circuitos.
• Utilize sempre materiais de boa qualidade.
• Acréscimos de carga (instalação de novos equipamentos elétricos) podem causar
aquecimento excessivo dos fios condutores e maior consumo de energia, resultando
em curtos-circuitos e incêndios. Certifique-se de que os cabos e todos os componentes
do circuito suportem a nova carga.
• Incêndios em aparelhos elétricos energizados ou em líquidos inflamáveis (óleos,
graxas, vernizes, gases) devem ser combatidos com extintores de CO2 (gás
carbônico) ou pó químico.
• Incêndios em materiais de fácil combustão, como madeira, pano, papel, lixo, devem
ser combatidos com extintores de água.
• Em ligações bifásicas, o desequilíbrio de fase pode causar queima de fusíveis,
aquecimento de fios ou mau funcionamento dos equipamentos. Corrija o desequilíbrio
transferindo alguns aparelhos da fase mais carregada para a menos carregada (item
4.2.5.6 da norma ABNT NBT NBR5410 – “4.2.5.6 As cargas devem ser distribuídas
entre as fases, de modo a obter-se o maior equilíbrio possível”).
• As emendas de fios devem ser bem feitas, para evitar que se aqueçam ou se soltem.
Depois de emendá-los, proteja-os com fita isolante certificadas conforme norma ABNT
NBR NM 60454- 3 Tipos : A B ou C, própria para fios.
• Evite fios condutores de má qualidade, pois eles prejudicam a passagem da corrente
elétrica, superaquecem e provocam o envelhecimento acelerado da isolação.
• Na passagem dos fios pelos eletrodutos evite utilizar silicone, detergente, vaselina pois
estes agridem o material isolante reduzindo a vida útil da isolação. Use lubrificantes de
preferência a base de água que não prejudique os fios e cabos
• Confira na placa de identificação do aparelho ou no manual de instrução a tensão e a
potência dos eletrodomésticos a serem instalados. Quanto maior a potência do
eletrodoméstico, maior o consumo de energia.
• É recomendada a troca de fusíveis por disjuntores termomagnéticos, que são mais
seguros e não precisam de substituição em caso de anormalidade no circuito.
• Não instale interruptor, fusível ou qualquer outro dispositivo no fio neutro.
• A fuga de corrente é semelhante a um vazamento de água: paga-se por uma energia
desperdiçada. Ela pode acontecer por causa de emendas malfeitas, fios desencapados
ou devido à isolação desgastada, aparelhos defeituosos e consertos improvisados.
Utilize interruptores diferenciais residuais (DR) para evitar este tipo de problema.
16
1.2 Noções básicas de segurança em instalações e
serviços em eletricidade – NR10
Normas regulamentadoras são um conjunto de regras e medidas que devem ser seguidas por um
determinado grupo de pessoas na execução de alguns procedimentos, de forma segura. Isto é, uma
norma estabelece padrões que garantem a segurança das pessoas.
A seguir, vamos estudar um pouco mais sobre a NR10 que estabelece regras para a segurança dos
trabalhadores que exercem atividades relacionadas à energia elétrica. Os itens 10.1.1 e 10.1.2 foram
extraídos da normal original.
No capítulo 10.6, segurança em instalações elétricas energizadas, no item 10.6.4, é estipulado que
“sempre que inovações tecnológicas forem implementadas ou para a entrada em operações de
novas instalações ou equipamentos elétricos, devem ser elaboradas análises de risco, desenvolvidas
com circuitos desenergizados, e respectivos procedimentos de trabalho”.
Tabela resumo dos riscos elétricos e adicionais com suas principais medidas de controle:
Tabela 1- Resumo dos riscos elétricos e adicionais com suas principais medidas de controle
4
Trecho Retirado da Norma NR 10
17
Instalação elétrica em ambiente Projeto e materiais certificados
explosivo
Sobretensões transitórias Dispositivos contra surtos (DPS)
Descargas atmosféricas SPDA e interrupção dos trabalhos a céu aberto
Eletricidade estática Eliminação a partir do uso de ionizadores, aterradores e mantas
dissipadoras
Umidade Desumidificação
Flora Remoção, considerando os critérios de preservação do meio
ambiente
Fauna Impedimento da circulação ou entrada nas instalações elétricas e
controle de pragas
Conjunto de aterramento
Fita de sinalização
Características: fita plástica colorida em poliestileno, com listras
5
Coletado em http://pt.wikipedia.org/wiki/Equipotencialização
18
laranja e preta intercaladas.
Utilizada interna e externamente na sinalização, interdição,
balizamento ou demarcação em geral por indústrias, construtoras,
transportes, órgãos públicos ou empresas que realizam trabalhos
externos.
Leve, resistente, dobrável e de fácil instalação, é fornecida em
rolo de 200 metros de comprimento e 70 mm de largura, podendo
ser afixada em cones e tripés.
Cores: laranja/preto
Cone em PVC para sinalização
Características: utilizado para sinalizar, isolar, balizar ou interditar
áreas de tráfego ou serviços com extrema rapidez e eficiência.
Fornecido em poliestileno/PVC ou borracha, é altamente durável
e resistente a intempéries e maus-tratos.
Cores: laranja/branco
Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente
inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção
individual (EPIs) específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto
na NR-6, a norma regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego relativa a esses
equipamentos.
As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, considerando-se, também, a
condutibilidade (facilidade em conduzir eletricidade), a inflamabilidade (facilidade em pegar fogo) e
as influências eletromagnéticas (força presente nos imãs).
É vedado o uso de adornos pessoais tais como anéis, brincos, colares etc. nos trabalhos com
instalações elétricas ou em suas proximidades, principalmente se forem metálicos ou facilitem a
condução de energia.
Todo EPI deve possuir um Certificado de Aprovação (CA) emitido pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.
O EPI deve ser usado quando:
• Não for possível eliminar o risco por outros meios;
• For necessário complementar a proteção coletiva;
19
Tabela 3 - Equipamentos de proteção individual – EPI
Exemplos de EPI’s
Óculos de segurança
Capacetes de segurança
Cinturão de segurança
Protetores auriculares
20
Procedimentos de desernegização
21
2 Módulo II - Conceitos técnicos
elementares
22
2.1 Eletricidade
2.1.1 O que é Eletricidade?
Ligar um aparelho de televisão, tomar um banho com água quente, iluminar um ambiente dentro de
casa e muitas ações corriqueiras tornam-se extremamente simples depois que aprendemos a
manusear a Eletricidade.
Quando utilizamos o chuveiro, o ferro de passar, o forno elétrico, estamos convertendo energia
elétrica em energia térmica (calor). Ao ligarmos uma batedeira, o cortador de grama ou um motor
na indústria, estamos convertendo energia elétrica em energia mecânica, realizando trabalho.
A conversão de parte da energia elétrica em energia luminosa se dá através da iluminação em
nossas residências, vias e áreas comerciais e industriais. Mesmo sendo invisível, percebemos os
efeitos da energia elétrica em muitas das coisas que nos rodeiam.
Podemos obter a energia elétrica de várias maneiras: pela força da queda d’água, no caso das
usinas hidrelétricas, pela propulsão do vapor gerado na queima de combustíveis, no caso das
termoelétricas, pela fricção nuclear no caso das usinas nucleares, pela força do vento no caso das
usinas eólicas e pela luz do sol, na energia fotovoltaica entre outros.
2.1.3.1 Eletrostática
Todos os efeitos da eletricidade são consequências da existência de uma partícula minúscula
chamada “elétron”. Como ninguém pode realmente ver um elétron, somente os efeitos que ele
produz, denominamos esse estudo de teoria eletrônica. Esta teoria afirma que todos os fenômenos
elétricos ocorrem devido ao movimento de elétrons de um lugar para outro, seja pelo excesso ou da
falta dos elétrons em um determinado lugar.
Vamos começar definindo matéria como sendo tudo aquilo que tem massa e ocupa lugar no espaço,
sendo formada por pequenas partículas chamadas de moléculas. As moléculas são constituídas por
partículas ainda menores chamadas de átomo, que, por sua vez, era tida como a menor partícula do
23
universo e que não poderia mais se subdividir. Por isso, o nome átomo, que em grego significa “não
divisível”.
Os átomos são constituídos por partículas elementares, sendo as principais: os prótons, os nêutrons
e os elétrons. Os prótons são as cargas positivas (+),os nêutrons não tem carga e os elétrons que
são as cargas negativas (-). Os prótons e os nêutrons se encontram aglomerados na parte central do
átomo, chamado de núcleo. Ao redor do núcleo, movimentam-se os elétrons.
Figura ? – O átomo
Elétron Livre
Núcleo
Carga Elétrica
Os cientistas mostraram que as cargas positivas e negativas exercem forças umas sobre as outras.
A partir de experiências científicas pode-se afirmar que: Cargas elétricas de mesmo sinal repelem-
se. E cargas elétricas de sinais contrários atraem-se.
Na natureza, todos os átomos são eletricamente neutros. Para se originar uma carga positiva ou
negativa, o elétron terá que se movimentar, enquanto as cargas positivas do núcleo permanecem
imóveis. Este movimento dos elétrons é a base de toda a ciência que envolve a geração da
eletricidade, por exemplo, nas usinas mostradas na figura ?.
Dependendo do grau de facilidade que a matéria permite que seus elétrons se movimentem entre
seus átomos, ela pode ser classificada como:
Condutor - seus átomos permitem facilmente o movimento dos elétrons (por isto chamados de
elétrons livres) entre seus núcleos.É o caso do cobre, utilizado nos condutores elétricos.
Isolante – em condições normais seus átomos não permitem o movimento dos elétrons entre seus
núcleos. É o caso da borracha, plástico e materiais utilizados na isolação de condutores elétricos.
24
2.2 Tensão, corrente elétrica e potência.
Figura ? - Tensão, corrente elétrica e potência
Como vimos nos fios existem partículas invisíveis chamadas elétrons livres que estão em constante
movimento de forma desordenada.
Para que estes elétrons livres passem a se movimentar de forma ordenada nos fios, é necessária
uma força para empurrá-los. A esta força é dado o nome de tensão elétrica (U).
Esse movimento ordenado dos elétrons livres nos fios, provocado pela ação da tensão elétrica,
forma uma corrente/fluxo de elétrons. Essa corrente de elétrons livres é chamada de corrente
elétrica (I).
Tensão
É a força que impulsiona os
elétrons livres nos fios. Sua unidade
de medida é o Volt (V).
Corrente elétrica
É o movimento ordenado dos
elétrons livres nos fios. Sua unidade
de medida é o Ampère (A).
25
2.2.2 Resistência
O fluxo de elétrons encontra dificuldade para se movimentar pelo condutor devido às características
elétricas do material, chamamos esta dificuldade de Resistência Elétrica. Este efeito pode ser
comparado à dificuldade que um veículo encontra ao trafegar por uma rua com obstáculos e/ou
buracos.Como resultado desta resistência que os elétrons encontram é gerado calor, ( como no
chuveiro) ou luz ( no caso da lâmpada incandescente).
Resistência
É a dificuldade que os elétrons
encontram para circular por um
condutor. Sua unidade de medida é
o Ohm (Ω).
O circuito elétrico é o caminho obrigatório pelo qual a corrente elétrica deve passar. É composto por
uma fonte de energia, e um consumidor de energia, como lâmpadas por exemplo. Ao ligar a fonte
de energia, a tensão elétrica (U) gerada provoca o fluxo da corrente elétrica (I) que ao circular
pela lâmpada encontra a resistência elétrica (R). Como resultado podemos perceber o
acendimento de uma lâmpada.
26
Utilização:
A grandeza que se deseja calcular é ocultada e as demais que estão visíveis mostram a
formula de cálculo. Onde:
V
=> I =
R
V
=> R=
I
=> V = I x R
Exemplo numérico:
Em um circuito composto por uma resistência de 11Ω, alimentado por uma fonte de energia de
220 V tem-se:
Cálculo da Corrente
I = V / R = 220V / 11Ω = 20A => I = 20A
Cálculo da resistência
R = V / I = 220V / 20A = 11 Ω => R = 11 Ω
Cálculo da tensão
Com a passagem da corrente elétrica, a lâmpada se acende e se aquece com certa intensidade.
V = I x R = 20A x 11 Ω = 220V => V = 220V
Figura ? – Potência
27
Com a passagem da corrente elétrica, a
lâmpada se acende e se aquece com certa
intensidade.
É importante gravar:
Para haver potência elétrica é necessário
haver tensão elétrica e corrente elétrica.
Para compreendermos melhor a definição de potência elétrica, vamos adotar como exemplo a
lâmpada da figura anterior. Ao ligarmos uma lâmpada à rede elétrica, ela se acende, transformando
a corrente que passa pelo seu filamento em luz e em calor. Como a resistência (R) da lâmpada é
constante, a intensidade do seu brilho e do seu calor aumenta ou diminui conforme aumentamos ou
diminuímos a corrente (I) ou a tensão (U).
Unidade de medida da
potência elétrica:
28
Potência
mecânica
Potência
Térmica
Potência
luminosa
Fator de potência - FP
Nos projetos de instalações elétricas residenciais, os cálculos efetuados são baseados na potência
aparente e na potência ativa. Portanto, é importante conhecer a relação entre elas para se entender
o que é Fator de Potência - FP.
Pode-se dizer que a potência ativa representa uma porcentagem da potência aparente que é
transformada em potência mecânica, térmica ou luminosa. A esta porcentagem dá-se o nome de
fator de potência.
Exemplo 1:
29
Potência de Fator de Potência ativa
iluminação potência a ser de iluminação
(aparente) = aplicado = =
660 VA 1 1x660 VA =
660 W
Exemplo 2:
Potência do Fator de Potência ativa
circuito de potência a ser de pontos de
tomadas = aplicado = tomadas =
7300 VA 0,8 0,8x7300 VA =
5840 W
Exemplo3:
Exemplo 4:
Quando o fator de potência é igual a 1, significa que toda potência aparente é transformada
em potência ativa. Isto acontece nos equipamentos que só possuem resistência, tais como:
chuveiro elétrico, torneira elétrica, lâmpadas incandescentes, fogão elétrico.
30
Figura ? Pilha
Na corrente alternada, o fluxo de elétrons inverte o seu sentido várias vezes por segundo. A essa
inversão de polaridade, damos o nome de freqüência da CA, que é medida em Hertz (Hz). Na
corrente que dispomos em nossas residências e nas indústrias, essa troca de polaridade ocorre a
uma freqüência de 60 vezes por segundo, ou seja, 60 Hz.
2.6.1 Magnetismo
É a força de atração ou repulsão que alguns materiais possuem como os imãs. A área de atuação
desta força é chamada de Campo Magnético.
Figura ? – Campo Magnético do Imã
Ao aproximar dois imãs tal que sofram influência do campo magnético um do outro, pode ocorrer
atração entre eles, em caso de proximidade de pólos opostos, ou repulsão em caso de proximidade
de pólos iguais.
31
Figura ? – Força de repulsão
2.6.2 Eletromagnetismo
É o efeito magnético que a corrente elétrica provoca em torno de um condutor quando circula por
ele. Este efeito é chamado de campo magnético. Por ser produzido pela eletricidade é chamado de
Campo Eletromagnético o que estabelece uma relação entre a eletricidade e o magnetismo,
comumente chamado de Eletromagnetismo.
Funcionamento:
32
Na figura ? é mostrado um motor elétrico alimentado por uma fonte de corrente alternada AC
fazendo com que as bobinas fixas produzam um campo magnético que muda de polaridade segundo
a freqüência da rede elétrica. Este campo magnético produz na peça móvel também um campo
magnético que reage ao efeito do campo da bobina fixa, o resultado é o movimento giratório do
motor.
Nota: Este tipo de motor é chamado de Motor de Indução. A parte do motor que recebe
a bobina fixa é denominada de Estator e a parte móvel é denominada de Rotor.
O campo magnético criado nas bobinas fixas é chamada de Campo Girante.
Os motores elétricos de corrente alternada podem ser monofásicos (quando alimentados por uma
fase) mostrado na figura ?, ou trifásicos (quando alimentado por três fases) como mostra a figura ?
Funcionamento:
O motor trifásico possui três grupos de bobinas no estator dispostas de forma que a seqüência de
fluxo de corrente nos três grupos de bobinas produzem o campo magnético que faz girar o motor.
- Por possuírem baixa potência e serem alimentados por fonte de energia de baixa tensão
normalmente 110/220Vac e 60HZ , os Motores Monofásicos são preferencialmente utilizados em
equipamentos residenciais e eletrodomésticos,. Por exemplo máquina de lavar roupa, bombas
d’água, ventiladores, exaustores etc.
- Os Motores Trifásicos são preferencialmente utilizados na indústria, pois podem ser aplicados em
sistemas de pequena, média e grande potência assim como serem alimentados por fonte de energia
de valores elevados de tensão.
2.8 Aterramento
33
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas- ABNT, aterrar significa colocar instalações e
equipamentos no mesmo potencial, de modo que a diferença de tensão entre o aterramento e o
equipamento seja zero ou bem próximo disto.
O aterramento visa reduzir as diferenças de potenciais que podem gerar corrente elétricas perigosas
entre equipamentos ou partes metálicas e solo. Se estas partes com diferentes tensões forem
tocadas por um ser humano surgirá uma corrente entre mãos e pés causando o choque elétrico. A
este efeito chamamos tensão de toque. Se houver diferença de tensão entre duas partes metálicas
por exemplo a carcaça de um equipamento e uma janela metálica e houver o contato, pode ocorrer
um choque elétrico passando entre partes do corpo. Este fenômeno é conhecido por tensão de
contato. E ambos os casos, pode ocorrer um faiscamento entre ambas as partes, podendo iniciar um
incêndio.
O outro efeito é a tensão de passo que é gerada a partir da elevação de potencial do solo em um
determinado tempo. Este efeito ocorre normalmente com descargas atmosféricas ou rompimento de
condutores da rede aérea de distribuição. Neste caso o aterramento fará parte do Sistema de
Proteção contra Descargas Atmosféricas – SPDA, que é também composto pelos captores e pelas
descidas. Este conjunto fará a condução da descarga atmosférica (raio) para a terra.
■ Não irá surgir diferenças de potencial entre equipamentos ou partes de um mesmo equipamento;
■ Não irá surgir no solo diferenças de potencial que causem tensões de passo perigosas às
pessoas;
■ Não irá surgir entre as partes metálicas e o solo diferenças de potencial que causem tensões de
toque ou descargas laterais às pessoas.
34
É o conjunto de condutores, eletrodos de aterramento, placas e conectores interligados por
elementos que dissipem para a terra as correntes de fuga. Há diversos tipos de sistemas, e a
aplicação de um ou de outro vai depender da importância do sistema de energia envolvido, da
resistência do solo e características da edificação.
O sistema de aterramento visa a eqüipotencialização que é definida pela NBR 5410:2004 como
sendo:
3.3.1 eqüipotencialização: Procedimento que consiste na interligação de
elementos especificados, visando obter a eqüipotencialidade necessária para
os fins desejados. Por extensão, a própria rede de elementos interligados
6
resultante .
Legenda:
BEP = Barramento de equipotencialização principal
EC = Condutores de equipotencialização
1 = Eletrodo de aterramento (embutido nas fundações)
2 = Armaduras de concreto armado e outras estruturas metálicas da edificação
3 = tubulações metálicas de utilidades, bem como os elmentos estruturais metálicos a elas associados.
Por exemplo:
3.a = Água
6
Retirado na norma NBR 5410:2004 - Item “3.3.1 eqüipotencialização”
7
Para mais detalhes vide Módulo VI - Normalização
8
Retirado da norma NBR 5410:2004 – Apêndice G
35
3.b = gás
(*) = Luva isiolante
3.c = Esgoto
3.d = ar-condicionado
4 = Condutores metálicos, blindagens, armações, coberturas e capas metálicas de cabos
4.a = Linha elétrica de energia
4.b = Linha elétrica de sinal
5 = Condutor de aterramento
Padronização
Os diferentes esquemas de aterramento descritos caracterizam o método de aterramento do neutro
da baixa tensão “BT” de um transformador que transforme alta tensão “AT” em baixa tensão “BT” e o
aterramento das partes metálicas expostas da instalação suprida por ele. A escolha desses métodos
orienta as medidas necessárias para proteção contra os riscos de contatos indiretos.
36
A seguir são apresentados os esquemas de aterramento mais utilizados em instalações
residenciais
Legenda:
N - Condutor de neutro
F - Condutor de fase
R - Condutor de retorno
PE - Condutor de proteção elétrica (terra)
PEN - Condutor de neutro aterrado
Esquema TN-C
Esquema TN-C-S
37
Esquema TT
Este sistema de aterramento é mais utilizado em redes públicas e privadas de baixa tensão.
O esquema TT possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, e as massas da instalação
são ligadas a eletrodos de aterramento eletricamente distintos do eletrodo de aterramento da
alimentação.
O dispositivo diferencial instalado no início da instalação (pode existir outro dispositivo diferencial em
outro ponto) provocará a abertura do circuito em caso de um contato direto.
38
qualquer), ferragens estruturais em qualquer outra parte que possa ser interligada a fim de
proporcionar o mesmo equipotencial para o aterramento como mostra a figura seguinte.
Figura ? Conexão dos condutores de aterramento na estrutura de ferragens das fundações da construção
Nota: De acordo com o item 5.1.2.2.4.3 da norma ABNT NBR 5410:2004, no esquema
TT devem ser utilizados dispositivos DR no seccionamento automático, para melhor proteção
contra choques elétricos.
39
Os valores de tensão dependem do tipo de ligação feita pela concessionária no transformador de
distribuição secundária de média para baixa tensão. Dependendo da região as possíveis ligações e
suas respectivas tensões podem ser:
Ligação em triângulo: tensão entre fase e neutro de 110 V e entre fase e fase de 220 V.
Ligação em estrela: tensão entre fase e neutro de 127 V e entre fase e fase de 220 V.
Monofásico: Feito com dois fios: um fase e um neutro, com tensão de 110
V, 127 V ou 220 V. Normalmente, é utilizado nos casos em que a potência
ativa total da instalação é inferior a 12 kW.
Bifásico: Feito com três fios: duas fases e um neutro, com tensão de 110
ou 127 V entre fase e neutro e de 220 V entre fase e fase. Normalmente, é
utilizado nos casos em que a potência ativa total da instalação é maior que
12 kW e inferior a 25 kW. É o mais utilizado em instalações residenciais.
Trifásico: Feito com, quatro fios: três fases e um neutro, com tensão de
110 ou 127V entre fase e neutro e de 220 V entre fase e fase.
Normalmente, é utilizado nos casos em que a potência ativa total da
instalação é maior que 25 kW e inferior a 75 kW, ou quando houver motores
trifásicos ligados à instalação, como por exemplo, em marcenaria e em
pequenas indústrias.
Uma vez determinado o tipo de fornecimento, pode-se determinar também o padrão de entrada, que
vem a ser o poste com isolador, a roldana, a bengala, a caixa de medição e a haste de terra, que
devem ser instalados de acordo com as especificações técnicas da concessionária para o tipo de
fornecimento. Com o padrão de entrada pronto e definido de acordo com as normas técnicas, é
dever da concessionária fazer uma inspeção. Se a instalação estiver correta, a concessionária
instala e liga o medidor e o ramal de serviço.
40
Nota: As normas técnicas de instalação do padrão de entrada, assim como outras
informações desse tipo, devem ser obtidas na agência local da companhia de
eletricidade.
Com o padrão de entrada feito, o medidor e ramal de serviços ligados, a energia elétrica fornecida
pela concessionária estará disponível e poderá ser utilizada.
41
Nota: A alimentação da instalação deve ser feita obedecendo às regras da
concessionária local assim como as normas da ABNT, evitando as ligações clandestinas que
colocam usuários e todo o sistema de distribuição em risco.
O quadro é o centro de distribuição, pois recebe os condutores que vêm do medidor. Segundo o item
6.5.4.10 da ABNT NBR 5410:2004, os quadros devem ser entregues com texto de advertência
indicada na figura ?, a qual pode vir de fábrica ou ser afixada no local da obra.
Do quadro de distribuição é que partem os circuitos terminais que vão alimentar diretamente as
lâmpadas, pontos de tomadas e aparelhos elétricos.
42
Os quadros devem ser instalados no interior da residência, dispostos o mais próximo possível do
ponto de entrada da alimentação elétrica.
É importante garantir que o local seja arejado, permita livre circulação e que não haja objetos que
impeçam ou dificultem o acesso ao quadro. Isto é feito para se evitar gastos desnecessários com os
condutores do circuito de distribuição, que são os mais grossos de toda a instalação e, portanto, os
de maior valor.
Neutr Fase
o (N) 7
Onde:
1 – Interruptor diferencial
2 – Disjuntores dos circuitos terminais monofásicos
3 - Disjuntores dos circuitos terminais bifásicos. Recebem a fase do disjuntor geral e distribuem para
os circuitos terminais.
4 – Barramento de neutro. Faz a ligação dos condutores neutros dos circuitos terminais com o neutro
do circuito de distribuição, devendo ser isolado eletricamente da caixa do quadro geral.5 –
Barramento do condutor de proteção (fio terra) PE. Deve ser ligado eletricamente à caixa do
quadro geral.
6 – Trilho DIN para montagem de dispositivos modulares.
7 – Pente de conexão bipolar
43
2.11 Levantamento de Potências (Cargas)
O levantamento das potências é feito mediante uma previsão das cargas mínimas de iluminação e
tomadas a serem instaladas, possibilitando, assim, determinar a potência total prevista para a
instalação elétrica residencial.
44
Recomendações da norma ABNT NBR 5410:2004 (para mais detalhes no Módulo VI-
Normalização) para levantamento da carga de iluminação
45
• Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor de parede;
Figura ? - Distância a ser respeitada para a instalação de tomadas, interruptores e pontos de luz
2
Dependências Área (m ) Potência de iluminação (VA)
46
2 2 2 2
9,91 m > 6 m + 3,91 m (Menor que 4m ,
sala A = 3,25 x 3,05 = 9,91 não considerar) 100 VA
100 VA
2 2 2 2
9,45 m = 6 m + 3,45 m (Menor que 4m ,
copa A = 3,10 x 3,05 = 9,45 não considerar) 100 VA
100 VA
2 2 2 2
11,43 m = 6 m + 4 m + 1,43 m (Menor
2
cozinha A = 3,75 x 3,05 = que 4m , não considerar) 160 VA
11,43
100 VA + 60 VA
2 2 2 2
11,05 m = 6 m + 4 m + 1,05 m (Menor
2
dormitório 1 A = 3,25 x 3,40 = que 4m , não considerar) 160 VA
11,05 100 VA + 60 VA
2 2 2 2
10,71 m = 6 m + 4 m + 0,71 m (Menor
2
dormitório 2 A = 3,15 x 3,40 = que 4m , não considerar) 160 VA
10,71 100 VA + 60 VA
2
banheiro A = 1,80 x 2,30 = 4,14 4,14 m = > 100 VA 100 VA
2
área de serviço A = 1,75 x 3,40 = 5,95 5,95 m = > 100 VA 100 VA
2
hall A = 1,80 x 1,00 = 1,80 1,80 m = > 100 VA 100 VA
47
Local Quantidade Potência mínima Observações
mínima (VA)
A uma distância de no
Banheiros (local 1 ponto junto 600 mínimo 60 cm da banheira
com banheira e/ou ao lavatório ou do box. Se houver mais
chuveiro) de uma tomada, a potência
mínima será de 600 VA por
tomada.
Acima de cada bancada
Cozinha, copa, 1 ponto para 600 VA por ponto deve haver no mínimo dois
copa-cozinha, cada de tomada, até 3 pontos de tomada, no
área de serviço, 3,5 m, ou pontos, e 100 VA mesmo ponto ou em pontos
lavanderia e locais fração de por ponto distintos. Não deve ser
similares perímetro adicional instalado próximo da cuba.
independente
da área
Admite-se que o ponto de
tomada não seja instalado
Varanda, subsolo, 1 100 na própria varanda, mas
garagens ou próximo ao seu acesso,
sótãos quando, por causa da
construção, ela não
comportar ponto de tomada
1 ponto para No caso de salas de estar, é
cada 5m, ou possível que um ponto de
fração de tomada seja usado para
Salas e perímetro, 100 alimentação de mais de um
dormitórios espaçadas tão equipamento. Por isso, é
uniformemente recomendável equipá-las
quanto com a quantidade de
possível tomadas necessárias.
1 ponto de Quando a área do cômodo
tomada para ou da dependência for igual
2
cada 5m, ou ou inferior a 2,25 m ,
fração de admite-se que esse ponto
perímetro, se seja posicionado
a área da externamente ao cômodo
dependência ou à dependência, no
Demais for superior a 100 máximo a 80 cm da porta de
2
dependências 6m , devendo acesso.
esses pontos
ser espaçados
tão
uniformemente
quanto
possível.
48
Figura ? - Aparelhos com corrente nominal superior a 10 A
Observação: As potências listadas nesta tabela podem ser diferentes das potências
nominais dos aparelhos a ser realmente utilizados. Verifique sempre os valores informados
pelo fabricante.
49
2.11.1 Pontos de tomadas de corrente
Não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são sempre ligados: aparelhos
móveis ou portáteis.
Nota: a ligação dos aquecedores elétricos de água ao ponto de utilização deve ser
direta, sem uso de tomadas. Podem ser utilizados conectores apropriados. Este é o caso por
exemplo, do chuveiro e da torneira elétrica.
Estabelecendo a quantidade mínima de pontos de tomadas e tomadas dedicadas
50
Tabela ? - Quantidade mínima de pontos de tomadas e tomadas dedicadas
5 + 5 + 3,1
dormitório 2 10,71 3,15x2 + 3,40x2 = 13,1 ( 1 1 1) = 3 -
OBSERVAÇÃO:
área de 5,95 2 2 1 máquina
serviço Área inferior a 6 m : não lavar roupa
interessa o perímetro
hall 1,80 1 -
área externa - - - -
51
sala 9,91 12,6 4* - 4x100 VA -
área externa - - - - - -
* nesses cômodos, optou-se por instalar uma quantidade de pontos de tomadas maior do que a
quantidade mínima calculada anteriormente.
52
sala 9,91 12,6 100 4 400 - -
potência potência
aparente ativa
Em função da potência ativa total prevista para a residência é que se determina: o tipo de
fornecimento, a tensão de alimentação e o padrão de entrada.
53
Potência de iluminação 1080 VA
Fator de potência a ser adotado = 1,0
Cálculo da potência 1080VA x 1,0 = 1080 W
ativa de iluminação e
tomadas
Potência das tomadas 6900 VA
Fator de potência a ser adotado = 0,8
6900 VA x 0,8 = 5520 W
Nota: Neste caso a alimentação será bifásica com tensão de 110V ou 127V entre fase e
neutro e de 220 V entre fase e fase.
2.12.1 Disjuntor
Disjuntores são dispositivos utilizados para comando e proteção dos circuitos contra sobrecarga e
curtos-circuitos nas instalações elétricas. O disjuntor protege os fios e os cabos do circuito. Quando
ocorre uma sobrecorrente provocada por uma sobrecarga ou um curto-circuito, o disjuntor é
desligado automaticamente.
Ele também pode ser desligado manualmente para a realização de um serviço de manutenção. Os
disjuntores para instalações domésticas devem atender a norma ABNT NBR NM 60898 (mais
detalhes, vide Módulo VI – Normalização).
Esta norma determina que os disjuntores devem atuar com correntes nominais de até 125A com
uma capacidade de curto-circuito manual de até 25.000 A em tensão de até 440V
Figura ? – Interior de um disjuntor
54
2.12.2 Funcionamento do disjuntor
Surgindo esta condição num circuito, o elemento térmico que protege o circuito contra sobrecargas
entra em ação e desliga o circuito. Considerando sobrecarga até 10 x In (corrente nominal).
O elemento térmico é chamado de bimetal e é composto por dois metais soldados paralelamente,
possuindo coeficientes de dilatação térmica diferente. Caso haja no circuito uma pequena
sobrecarga de longa duração, o relé bimetálico atua sobre o mecanismo de disparo, abrindo o
circuito. No caso de haver um curto-circuito, o magnético é quem atua sobre o mecanismo de
disparo, abrindo o circuito instantaneamente. Um curto-circuito pode ser definido como uma elevação
brusca da carga de um circuito, acima de 10 x In.
55
Figura ?? - Disjuntores monopolar, bipolar e tripolar
1P (monopolar) 2P (bipolar)
3P (tripolar)
Correntes nominais: a norma ABNT NBR NM 60898 define a corrente nominal (In) como a corrente
que o disjuntor pode suportar ininterruptamente, a uma temperatura ambiente de referência –
normalmente 30º C. Os valores preferenciais de In indicados pela norma ABNT NBR IEC 60898 são:
6, 10, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80, 100 e 125A.
A corrente nominal (In) deve ser maior ou igual à corrente de projeto do circuito e menor ou igual à
corrente que o condutor suporta.
Escolha da curva de desligamento – atuação instantânea
A norma ABNT NBR NM 60898 define, que para atuação instantânea do disjuntor, as curvas B e C
ilustradas na figura anterior:
• curva de disparo magnético B: atua entre 3 e 5 x In (corrente nominal), para circuitos
resistivos (chuveiros, lâmpadas incandescentes, etc),
56
• curva de disparo magnético C: atua entre 5 e 10 x In (corrente nominal), para circuitos de
iluminação fluorescente, tomadas e aplicações em geral.
O disjuntor deve trazer essa informação gravada no produto. A indicação é feita com a letra
definidora da curva de atuação, seguida do valor da corrente nominal. Assim, por exemplo, uma
marcação C10 significa que o disjuntor é tipo C (ou curva C) e sua corrente nominal é 10A.
Para levantamento da curva de disparo do disjuntor, a norma ABNT NBR NM 60898 define a
temperatura ambiente de referência – normalmente 30º C. Quando o mesmo é instalado em
temperatura acima deste valor, a corrente de disparo do mesmo é reduzida esta redução é chamada
de Desclassificação por Temperatura do Disjuntor.
Exemplo:
Como pode der visto na tabela ?, o disjuntor C60N calibrado a 10 A com temperatura referencial de
30ºC, instalado no fundo de quadro, onde a temperatura ambiente seja 60 ºC: a corrente máxima de
utilização será 7,8A.
Acessórios
Tabela? – Desclassificação do Disjunto
C60N
Os acessórios facilitam o funcionamento dos dispositivos
modulares.
57
O fenômeno atmosférico do raio é devido à descarga súbita de energia elétrica acumulada no interior
das nuvens tempestuosas. No caso das tempestades, a nuvem se carrega muito rapidamente de
eletricidade. Ela se comporta então como um condensador gigante, com o sol. Quando há energia
armazenada suficiente, os primeiros clarões aparecem no interior da nuvem (fase de
desenvolvimento) e, na meia hora seguinte, os clarões se formam entre a nuvem e o sol - são os
raios. Eles são acompanhados por chuvas (fase de maturidade) e trovões (devidos a brutal dilatação
do ar superaquecido pelo arco elétrico). Progressivamente, a atividade da nuvem diminui ao passo
que a descarga se intensifica e é acompanhada de fortes precipitações, de granizo e ventos
violentos (fase das descargas).
As descargas
Cada descarga provoca uma sobretensão (tensão com valor acima do nominal da rede elétrica) que
pode perturbar as redes de diferentes maneiras:
• por impactos diretos nas linhas externas aéreas
• por campo eletromagnético
• por potencial de terra
Figura 2 - Sobretensões
Os dispositivos de proteção
Para responder às diferentes características das instalações a proteger (nível de risco, tamanho da
edificação, tipo de equipamento a proteger, etc), a proteção contra as descargas atmosféricas
podem ser realizadas com ajuda de dispositivos que podem ser instalados na parte interna ou
externa das edificações.
58
Proteções externas
São utilizadas para evitar os incêndios e as degradações que poderão ocasionar um impacto direto
da descarga na edificação. Estas proteções são realizadas, segundo as situações, com ajuda de um
pára-raios por exemplo.
Estes dispositivos são instalados nas partes mais altas das edificações de maneira a oferecer um
“caminho” para o raio, sem que ele atinja a edificação. A sobretensão transitória é eliminada para
terra graças a um ou vários condutores previstos para este efeito.
Proteções internas
Elas são utilizadas para proteger as cargas ligadas aos circuitos elétricos. Principalmente
constituídos de para-raios, estes equipamentos são conhecidos por limitar as sobretensões e
eliminar a corrente da descarga.
A localização e o tipo de DPS dependem da proteção a ser provida, se contra efeitos das descargas
diretas ou indiretas. A ABNT NBR 5410:2004 impõe o uso do DPS em dois casos:
1) em edificações alimentadas por redes aéreas,
2) em edificações com pára-raios.
No primeiro caso, portanto, o objetivo é a proteção contra surtos devidos a descargas indiretas. No
segundo, a preocupação são os efeitos das descargas diretas.
Na proteção geral que a ABNT NBR 5410:2004 estipula para as instalações elétricas de edificações
dotadas de para-raios predial deve ser instalado o DPS classe I. O DPS classe II deve ser instalado
no quadro de distribuição principal e este quadro deve se situar o mais próximo possível do ponto de
entrada.
59
2.12.4.2 Instalação do DPS
Os DPS deverão ser instalados próximos à origem da instalação ou no quadro principal de
distribuição, porém pode ser necessário um DPS adicional para proteger equipamentos sensíveis e
quando a distância do DPS instalado no quadro principal é grande (> 30m). Estes DPS secundários
deverão ser coordenados com o DPS a montante.
A capacidade do DPS pode ser definida considerando dois fatores:
1. Onde o local é mais propenso a descargas atmosféricas, escolher um DPS com maior
intensidade,
2. Quando o local é propenso a poucas descargas atmosféricas, escolher um DPS com menor
intensidade).
No mercado, as intensidades mais utilizadas são: 20 kA, 40 kA e 65 kA. Nas instalações
residenciais, onde o condutor neutro é aterrado no padrão de entrada da edificação, os DPS são
ligados entre os condutores de fase e a barra de aterramento do quadro de distribuição.
6.3.5.2.2 Instalação dos DPS no ponto de entrada ou no quadro de distribuição principal
9
Quando os DPS forem instalados, conforme indicado em 6.3.5.2.1, junto ao ponto de entrada
da linha elétrica na edificação ou no quadro de distribuição principal, o mais próximo possível
do ponto de entrada, eles serão dispostos no mínimo como mostra a Figura ?.
Figura ? Com Neutro não conectado no Figura ? Com Neutro não conectado no
barramento de Eqüipotencialização BEP – opção 1 barramento de Eqüipotencialização BEP
– opção 2
Figura ? Com Neutro não conectado no Figura ? Com Neutro não conectado no
barramento de Eqüipotencialização BEP – opção 1 barramento de Eqüipotencialização BEP
– opção 2
60
Figura ? Com Neutro aterrado no Figura ? Linha Elétrica sem neutro
barramento de Eqüipotencialização BEP
Nota: Observe que os DPSs devem ser ligados a cada condutor fase dando condições
de fluxo de corrente para o sistema de aterramento.
• cada condutor ativo deve ser protegido: exemplo, um DPS 1P+N deve ser protegido por um
disjuntor de desconexão bipolar (2P).
61
Nota: A proteção contra sobretensão, proveniente de raios, pode ser dispensada se a
consequência dessa omissão for um risco calculado, assumido e estritamente material. A
proteção não poderá ser dispensada em hipótese alguma, se estas consequências
oferecerem risco direto ou indireto à segurança e à saúde das pessoas.
A instalação de dispositivos de proteção contra sobretensões DPS precisa ser realizada com a
menor impedância (resistência) comum possível entre o sistema de aterramento e o circuito a ser
protegido. O comprimento do condutor em série com o limitador de tensão precisa ser o mais curto
possível.
Ainda que com um “mal” terra é possível proteger efetivamente um equipamento contra
sobretensões externas: é necessário e suficiente conectar o limitador de tensão à massa do
equipamento usando o comprimento de cabo mais curto possível.
62
2.12.5 Disjuntor diferencial residual
É um dispositivo constituído de um disjuntor termomagnético acoplado a outro dispositivo: o
diferencial residual. Sendo assim, ele conjuga as duas funções:
• a do disjuntor termomagnético: protege os condutores do circuito contra sobrecarga e curto-
circuito;
• a do disjuntor diferencial residual: protege as pessoas contra choques elétricos provocados
por contatos diretos e indiretos.
63
Proteção supletiva (contato indireto)
É o contato entre uma pessoa e uma parte metálica de uma
instalação ou componente, normalmente sem tensão, mas que
pode ficar energizada por falha de isolamento ou por uma falha
interna.
Em condições normais, a corrente que entra no circuito é igual à que sai. Quando acontece uma
falha no circuito, gerando fuga de corrente, a corrente de saída é menor que a corrente de entrada,
pois uma parte desta se perdeu na falha de isolação. O dispositivo DR é capaz de detectar
qualquer fuga de corrente. Quando isso ocorre, o circuito é automaticamente desligado. Como
o desligamento é instantâneo, a pessoa não sofre nenhum problema físico grave decorrente do
choque elétrico, como parada respiratória, parada cardíaca ou queimadura.
O dispositivo DR (diferencial residual) não dispensa o disjuntor. Os dois devem ser ligados
em série, pois cada um tem sua função. A norma ABNT NBR 5410:2004 recomenda o uso do
dispositivo DR (diferencial residual) em todos os circuitos, principalmente nas áreas frias e úmidas ou
sujeitas à umidade, como cozinhas, banheiros, áreas de serviço e áreas externas (piscinas, jardins).
Assim como o disjuntor, ele também pode ser desligado manualmente se necessário.
1A Parada cardíaca
O trajeto que a corrente faz pelo corpo influência nas conseqüências do acidente por choque elétrico.
A tabela a seguir apresenta os prováveis locais por onde poderá se dar o contato elétrico, o trajeto
da corrente elétrica e a porcentagem de corrente que passa pelo coração.
64
Figura ? - trajeto da corrente elétrica durante o choque
Incêndio
30% dos incêndios produzidos nas edificações são devidos a um defeito elétrico. O defeito elétrico
mais comum é causado por deterioração dos isolantes dos condutores, devido entre outras causas
a:
• ruptura brusca e acidental do isolante do condutor,
• envelhecimento e ruptura final do isolante do condutor,
• cabos mal dimensionados.
Mediante ensaios se demonstra que uma pequena corrente de fuga (alguns mili-ampères) pode
produzir um incêndio a partir de somente 300mA,.
2P (bipolar) 4P (tetrapolar)
Figura ? - Interior do interruptor diferencial residual
65
1. Transformador de corrente
3. Rele eletromecânico
4. Mecanismo de desarme
5. Botão de teste
Segundo a norma ABNT NBR 5410, o uso do DR de alta sensibilidade é obrigatório nos seguintes
casos:
- em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham chuveiro ou
banheira,
66
- pontos de utilização situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço,
garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens,
Admite-se a exclusão de pontos que alimentem aparelhos de iluminação posicionados a uma altura
igual ou superior a 2,5 m.
67
Onde:
1 – Interruptor Diferencial Residual – IDR
2 – Disjuntor de Desconexão
3 – Dispositivos de Proteção de Surto - DPS
68
2.13.2 Circuitos terminais
Partem do quadro de distribuição e alimentam diretamente lâmpadas, pontos de tomadas e pontos
de tomadas dedicadas.
Nota: em todos os exemplos a seguir, será admitido que a tensão entre FASE e
NEUTRO é 127V e entre FASES é 220V. Consulte as tensões oferecidas em sua região.
N PE
69
2.13.3.2 Circuito de iluminação externa (FN)
F N PE
Neutro Fase (F)
(N)
N PE
F N PE
Neutro Fase (F)
(N)
N PE
70
Figura 5 - Circuito de Pontos de tomadas dedicadas (FN)
INTERRUPTOR DIFERENCIAL DISJUNTOR MONOPOLAR
N PE
PE
A instalação elétrica de uma residência deve ser dividida em circuitos terminais. Isso facilita a
manutenção e reduz a interferência.
71
• prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento com corrente nominal
superior a 10 A. Por exemplo, equipamentos ligados em 127 V com potências acima de
1270 VA (127 V x 10 A) devem ter um circuito exclusivo para si,
• os pontos de tomadas de cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviços, lavanderias
e locais semelhantes devem ser alimentados por circuitos destinados unicamente a estes
locais.
Se os circuitos ficarem muito carregados, os condutores adequados para suas ligações resultarão numa seção
nominal (bitola) muito grande, dificultando:
• a instalação dos condutores nos eletrodutos,
• as ligações terminais (interruptores e tomadas).
Para que isto não ocorra, uma boa recomendação é, nos circuitos de iluminação e pontos de tomadas, limitar a
corrente a 10 A, ou seja, 1270 VA em 127 V ou 2200 VA em 220 V.
Aplicando os critérios no exemplo em questão, deverá haver, no mínimo, quatro circuitos terminais:
• um para iluminação,
• um para pontos de tomadas,
• dois para pontos de tomadas dedicadas (chuveiro e torneira elétrica).Mas, tendo em vista as
questões de ordem prática, optou-se no exemplo em dividir:
Figura ?7- Circuitos de iluminação – dois circuitos
Essa divisão dos circuitos, bem como suas respectivas cargas, estão indicadas na tabela a seguir:
72
Tabela ? - Divisão dos circuitos e suas respectivas cargas
Sala 1 x 100
Dorm. 1 1 x 160
Ilum. social Dorm. 2 1 x 160 620
1 127
Banheiro 1 x 100
Hall 1 x 100
Copa 1 x 100
cozinha 1 x 160
Ilum. serviço
2 127 A. serviço 1 x 100 460
A. externa 1x 100
Sala 4 x 100
Pontos de
3 127 Dorm. 1 4 x 100 900
tomadas
Hall 1 x 100
1 x 600
Pontos de Banheiro
4 127 4 x 100 1000
tomadas l Dorm. 2
Pontos de
2 x 600
5 tomadas 127 Copa 1200
1 x 100
Pontos de
6 127 Copa 1 x 600 700
tomadas
Pontos de
2 x 600
7 tomadas 127 Cozinha 1200
Pontos de
tomadas + 1 x 100
Pontos de 1 x 600
8 127 Cozinha 1200
tomadas 1 x 500
dedicadas
Pontos de
2 x 600
9 tomadas 127 A. serviço 1200
Pontos de
tomadas 1 x 1000
10 127 A. serviço 1000
dedicadas
Pontos de
tomadas 1 x 5600
11 220 Chuveiro 5600
dedicadas
Pontos de
tomadas 1 x 5000
12 220 Torneira 5000
dedicadas
Quadro de
distribuição
Distribuição 220
Nota: Esta é uma tabela padrão a qual será utilizada ao longo do curso, sendo
preenchida a medida em que for sendo definidos os quesitos de cada coluna.
Como o tipo de fornecimento determinado para o exemplo em questão é bifásico, têm-se duas
fases e um neutro alimentando o quadro de distribuição. Sendo assim, neste projeto foram
adotados os seguintes critérios:
73
Os circuitos de iluminação e de tomadas: Foram ligados na menor tensão, entre fase e neutro
(127V).
Os circuitos de tomadas dedicadas com corrente maior que 10A: Foram ligados na maior
tensão, entre fase e fase (220V).
Quanto ao circuito de distribuição, deve-se sempre considerar a maior tensão (fase-fase) quando
este for bifásico ou trifásico. No caso, a tensão do circuito de distribuição é 220 V.
Uma vez dividida a instalação elétrica em circuitos, deve-se marcar, na planta, o número
correspondente a cada ponto de luz e pontos de tomadas. No caso do exemplo, a instalação ficou
com 1 circuito de distribuição e 12 circuitos terminais que estão apresentados na planta a seguir.
74
2.13.4 Simbologia
Os símbolos gráficos usados nos diagramas unifilares são definidos pela norma NBR5444/1989,
para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de planta é indicada a
localização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus respectivos aparelhos.
Símbolos
Ponto de luz no teto
Quadro de distribuição
100 – potência de
iluminação /
2 – número do circuito / a
- comando
ponto de tomada
baixa bifásica com terra
75
Eletroduto embutido na Eletroduto embutido na
laje parede
Uma vez determinado o número de circuitos elétricos em que a instalação elétrica foi dividida e já
definido o tipo de proteção de cada um, chega o momento de se efetuar a sua ligação.
Para o planejamento do caminho que o eletroduto deve percorrer, fazem-se necessárias algumas
orientações:
• localizar o quadro de distribuição, em lugar de fácil acesso e que fique o mais próximo
possível do medidor.
• partir com o eletroduto do quadro de distribuição, traçando seu caminho de forma a encurtar
as distâncias entre os pontos de ligação.
• utilizar a simbologia gráfica para representar, na planta residencial, o caminho do eletroduto.
• fazer uma legenda da simbologia empregada.
• ligar os interruptores e tomadas ao ponto de luz de cada cômodo.
Para se acompanhar o desenvolvimento do caminho dos eletrodutos, tomaremos a planta do
exemplo anterior já com os pontos de luz e tomadas e os respectivos números dos circuitos
representados. Iniciando o caminhamento dos eletrodutos, seguindo as orientações vistas
anteriormente, deve-se primeiramente determinar o local do quadro de distribuição
Uma vez determinado o local para o quadro de distribuição, inicia-se o caminhamento partindo dele
com um eletroduto em direção ao ponto de luz no teto da sala e daí para os interruptores e tomadas
desta dependência. Neste momento, representa-se também o eletroduto que conterá o circuito de
distribuição. O quadro deve ser instalado o mais próximo possível do limite da edificação onde
entram os alimentadores de energia elétrica.
76
Figura ? – Caminhamento do eletroduto
Para os demais cômodos da residência, parte-se com outro eletroduto do quadro de distribuição,
fazendo as outras ligações.
77
Figura ?8 - Localização dos eletrodutos
Uma vez representados os eletrodutos, e sendo através deles que os fios dos circuitos irão passar,
pode-se fazer o mesmo com a fiação representando-a graficamente, através de uma simbologia
própria.
Entretanto, para empregá-la, primeiramente precisa-se identificar quais fios estão passando dentro
de cada eletroduto representado.
A identificação dos condutores que estão passando dentro de cada eletroduto é feita com facilidade
desde que se saiba como são ligadas as lâmpadas, interruptores e pontos de tomadas.
78
Esquemas de ligação mais usados em residências
1. Ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples
Figura ? – Diagrama Funcional (Instalação Interna) Figura ? – Diagrama Funcional (Instalação Externa)
Fase
Neutro
Proteção Neutro
Fase
Proteção
Lâmpada
Interruptor simples
Interruptor simples
Fase
Retorno
Nota:
Ligar sempre:
- a fase ao interruptor;
- o retorno ao contato do disco central da lâmpada;
- o neutro diretamente ao contato da base rosqueada da lâmpada;
- o condutor terra à luminária metálica.
79
Figura ? – Diagrama Funcional
3. Ligação de Tomada 2P +T
Figura ? – Diagrama Funcional
80
Figura ? – Diagrama Funcional
81
Figura ? Diagrama Funcional
82
Figura ? – Diagrama Unifilar
83
Figura ? Diagrama Funcional
Sabendo-se como as ligações elétricas são feitas, pode-se então representá-las graficamente na
planta, devendo sempre:
• representar os fios que passam dentro de cada eletroduto, através da simbologia própria,
• identificar a que circuitos pertencem.
84
O termo condutor elétrico é usado para designar um produto destinado a transportar corrente
(energia elétrica), sendo que os fios e os cabos elétricos são os tipos mais comuns de condutores. O
cobre é o metal mais utilizado na fabricação de condutores elétricos para instalações residenciais,
comerciais e industriais.
Um fio é um condutor sólido, maciço, provido de isolação, usado diretamente como condutor de
energia elétrica. Por sua vez, a palavra cabo é utilizada quando um conjunto de fios é reunido para
formar um condutor elétrico.
Dependendo do número de fios que compõe um cabo e do diâmetro de cada um deles, um condutor
apresenta diferentes graus de flexibilidade. A norma brasileira NBR NM 280 define algumas classes
de flexibilidade para os condutores elétricos, a saber:
Classe 1
São aqueles condutores sólidos (fios), os quais apresentam baixo grau de flexibilidade durante o seu
manuseio.
Classe 2, 4, 5 e 6
85
São aqueles condutores formados por vários fios (cabos), sendo que, quanto mais alta a classe,
maior a flexibilidade do cabo durante o manuseio.
Outra questão muito importante, mas que vem depois da instalação dos cabos, é a durabilidade que
eles poderão ter. Os cabos são projetados para durar, em condições normais, mais de 25 anos.
Além disso, em muitas ocasiões, há vários condutores de diferentes circuitos no interior do mesmo
eletroduto, o que torna o trabalho de enfiação mais difícil ainda.
O uso de cabos flexíveis reduz significativamente o esforço de enfiação dos condutores nos
eletrodutos, facilitando também sua eventual retirada. Durante a utilização normal, podem ocorrer
situações que levem o sistema a uma sobrecarga, superaquecendo os cabos e reduzindo sua vida
útil.
O conceito básico da proteção contra choques é o de que os elétrons devem ser “desviados” da
pessoa.
Sabendo-se que um condutor de cobre é um milhão de vezes melhor condutor do que o corpo
humano, é evidente que, se oferecermos aos elétrons dois caminhos para circular, sendo um o corpo
e o outro um condutor, a maioria deles irá circular pelo condutor, minimizando os efeitos do choque
na pessoa. Esse condutor pelo qual irão circular os elétrons que “escapam” dos aparelhos é
chamado de condutor de proteção ou popularmente chamado de fio terra.
Como a função do fio terra é “recolher” elétrons “fugitivos”, sem interferir no funcionamento do
aparelho, muitas vezes as pessoas se esquecem de sua importância para a segurança.
86
2.13.5.1 Como instalar o condutor terra
A figura indica a maneira mais simples de instalação em uma residência. Observe que a seção do fio
terra deve seguir as especificações da tabela. Pode-se utilizar um único fio terra por eletroduto,
interligando vários aparelhos e tomadas. De acordo com a norma, a cor do fio terra é
obrigatoriamente verde/amarela ou somente verde.
Aparelhos e tomadas
Para maior segurança das instalações elétricas e com o objetivo de padronizar as tomadas de uso
doméstico, o mercado brasileiro estabeleceu a aplicação de dois modelos de tomadas, conforme
figuras. Uma tomada até 10A e outra tomada até 20A. Conforme ABNT NBR 14136 (plugues e
tomadas para uso doméstico e análogo até 20A/250 V em corrente alternada).
Como uma instalação deve estar preparada para receber qualquer tipo de aparelho elétrico, conclui-
se que, conforme prescreve a norma brasileira de instalações elétricas ABNT NBR 5410:2004, todos
os circuitos de iluminação, pontos de tomadas e também os que servem a aparelhos específicos
(como chuveiros, ar-condicionado, microondas, lava roupas, etc.) devem possuir o condutor de
proteção (fio terra).
Esta característica de tomada coloca em prática uma exigência antiga: o uso do fio terra para todos
os pontos de tomadas.
87
ABNT NBR 5410:2004 – Tomadas de corrente e extensões
6.5.3.2 Devem ser tomados cuidados para prevenir conexões indevidas entre plugues e
tomadas que não sejam compatíveis. Em particular, quando houver circuitos de tomadas
com diferentes tensões, as tomadas fixas dos circuitos de tensão a elas provida. Essa
marcação pode ser feita por placa ou adesivo, fixado no espelho da tomada. Não deve ser
possível remover facilmente essa marcação.
88
Na tabela, para cada circuito foi adotado a proteção diferencial. A ABNT NBR 5410:2004 também
prevê a possibilidade de optar pela instalação de interruptor diferencial na proteção geral. No caso
de instalação do interruptor diferencial na proteção geral, a proteção de todos os circuitos terminais
pode ser feita com um disjuntor termomagnético. A instalação do interruptor diferencial é
necessariamente feita no quadro de distribuição e deve ser precedida de proteção geral contra
sobrecorrente e curto-circuito. Em alguns casos, esta solução, pode apresentar o inconveniente do
interruptor diferencial disparar com mais freqüência uma vez que ele “detecta” todas as correntes de
fuga naturais da instalação.
10
Para o cálculo da corrente do circuito de distribuição, primeiramente, é necessário calcular a potência deste circuito.
89
2.13.7 Cálculo da potência do circuito de distribuição
90
o
n de circuitos de pontos de tomadas fator de demanda
dedicadas
o
01 1,00 N de circuitos de pontos
02 1,00 de tomadas dedicadas do
exemplo = 4.
03 0,84 Potência ativa de pontos
04 0,76 de tomadas dedicadas:
05 0,70 1 chuveiro 5600 W
1 torneira 5000 W
06 0,65 1 geladeira 500 W
07 0,60 1 máquina de lavar1000 W
08 0,57 12100W
09 0,54
Fator de demanda = 0,76
10 0,52
11 0,49 12100 W x 0,76 = 9196 W
12 0,48
o
n de circuitos de pontos de tomadas fator de demanda
dedicadas
13 0,46
14 0,45
15 0,44
16 0,43
17 0,40
18 0,40
19 0,40
20 0,40
21 0,39
22 0,39
23 0,39
24 0,38
25 0,38
91
2.14 Dimensionamento dos condutores e dos disjuntores
dos circuitos
Dimensionar a fiação de um circuito é determinar a seção padronizada (bitola) dos condutores deste
circuito, de forma a garantir que a corrente calculada que possa circular pelos cabos, por um tempo
ilimitado, sem que ocorra superaquecimento.
Dimensionar o disjuntor (proteção) é determinar o valor da corrente nominal do disjuntor de tal forma
que se garanta que os condutores da instalação não sofram danos por aquecimento excessivo
provocado por sobrecorrente ou curto-circuito.
Para encontrar a bitola correta do fio ou do cabo a serem utilizados em cada circuito, utilizaremos a
tabela (baseada na tabela de tipos de linhas elétricas da norma ABNT NBR 5410:2004), onde
encontramos o método de referência das principais formas de se instalar fios e cabos em uma
residência.
Supondo que o teto seja de laje e que os eletrodutos serão embutidos nela, podemos utilizar
“condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto de seção circular embutido em alvenaria”. É
o segundo esquema na tabela. Seu método de referência é B1. Se em vez de laje o teto fosse um
forro de madeira ou gesso, utilizaríamos o quarto esquema, e o método de referência mudaria.
* Se a altura (h) do espaço for entre 1,5 e 20 vezes maior que o diâmetro (D) do(s) eletroduto(s)
que passa(m) por ele, o método adotado deve ser B2. Se a altura (h) for maior que 20 vezes, o
método adotado deve ser B1.
92
2.14.1 Capacidades de condução de corrente, em ampères, em
relação aos métodos de referência B1, B2 e D.
Após determinar o método de referência, escolhe-se a bitola do cabo ou do fio que será utilizado na
instalação a partir da tabela. A quantidade de condutores carregados no circuito (fases e neutro)
também influencia a escolha.
Há dois condutores carregados (uma fase e um neutro). Sua corrente corrigida Ib é 8A e o método
de referência que devemos utilizar é B1. Portanto, de acordo com a tabela a seguir, a seção (bitola)
2.
mínima do condutor deve ser 0,5mm .
Atenção: as tabelas são versões resumidas da norma ABNT NBR 5410:2004. Nelas
foram apresentados apenas os casos mais utilizados em instalações residenciais. Consulte a
norma quando houver uma situação que não se enquadre nas listadas aqui.
93
Aplicando o mesmo princípio em todos os circuitos, temos a seguinte tabela:
Para se efetuar o dimensionamento dos condutores e dos disjuntores do circuito, algumas etapas
devem ser seguidas. O maior agrupamento para cada um dos circuitos do projeto encontra se em
destaque na planta residencial.
1ª etapa – consultar a planta com a representação gráfica da fiação e seguir o caminho que cada
circuito percorre, observando neste trajeto qual o maior número de circuitos que se agrupa com ele.
94
O maior número de circuitos agrupados para cada circuito do projeto está relacionado abaixo.
2ª etapa – determinar a seção adequada e o disjuntor apropriado para cada um dos circuitos. Para
isto é necessário apenas saber o valor da corrente do circuito e, com o número de circuitos
agrupados também conhecido, obter na tabela a seção do condutor e o valor da corrente nominal do
disjuntor.
Exemplo → circuito 3
95
Desta forma, aplicando-se o critério mencionado para todos os circuitos, temos:
3ª etapa – verificar, para cada circuito, qual o valor da seção mínima para os condutores
estabelecida pela ABNT NBR 5410:2004 em função do tipo de circuito.
Porém, a norma ABNT NBR 5410:2004 determina seções mínimas para os condutores de acordo
com a sua utilização.
Seções mínimas dos condutores segundo sua utilização
Iluminação 1,5
Força (pontos de tomadas, circuitos independentes e distribuição). 2,5
96
Aplicando o que a ABNT NBR 5410:2004 estabelece, as seções mínimas dos condutores para cada
um dos circuitos do projeto são:
Tabela ? - seções mínimas dos condutores para cada um dos circuitos do projeto de acordo com a ABNT NBR 5410
o 2
n do circuito Tipo Seção mínima (mm )
1 Iluminação 1,5
2 Iluminação 1,5
3 Força 2,5
4 Força 2,5
5 Força 2,5
6 Força 2,5
7 Força 2,5
8 Força 2,5
9 Força 2,5
10 Força 2,5
11 Força 2,5
12 Força 2,5
Distribuição Força 2,5
A tabela abaixo mostra as bitolas encontradas para cada circuito após termos feito os cálculos e
termos seguido os critérios da ABNT NBR 5410:2004
o 2 2
n do circuito Seção adequada (mm ) Seção mínima (mm )
1 1,5 1,5
2 1,5 1,5
3 1,5 2,5
4 1,5 2,5
5 1,5 2,5
6 1,5 2,5
7 1,5 2,5
8 1,5 2,5
9 1,5 2,5
10 1,5 2,5
11 4 2,5
12 6 2,5
Distribuição 16 2,5
Exemplo → circuito 3
2 2 2
1,5 mm é menor que 2,5 mm seção dos condutores: 2,5 mm
Exemplo → circuito 12
2 2 2
6 mm é maior que 2,5 mm seção dos condutores: 6 mm
Comparando os valores das seções adequadas, obtidos na tabela com os valores das seções
mínimas estabelecidas pela ABNT NBR 5410:2004 adotamos para a seção dos condutores do
circuito o maior deles.
97
Tabela ? - Seção adotada para os condutores
o 2
n do circuito Seção dos condutores (mm )
1 1,5
2 1,5
3 2,5
4 2,5
5 2,5
6 2,5
7 2,5
8 2,5
9 2,5
10 2,5
11 4
12 6
Distribuição 16
Nos casos em que o quadro de distribuição, ou do medidor, estiverem distantes da casa, deve-se
levar em conta o comprimento máximo do condutor em função da queda de tensão.
Por exemplo, se o quadro do medidor da casa utilizado em nosso projeto estiver distante 60 m do
quadro de distribuição, deve-se consultar a tabela, baseada na norma NBR 6148:
98
Nota:Os comprimentos máximos indicados foram calculados considerando-se circuitos
trifásicos com carga concentrada na extremidade, corrente igual à capacidade de condução
respectiva, com fator de potência 0,8 e quedas de tensão máximas de 2% nas seções de 1,5 a
2
6 mm , inclusive, e de 4% nas demais seções (pior situação possível).
Atenção: outros fatores importantes a serem considerados durante a realização do projeto
são as temperaturas máximas de serviço contínuo, o limite de sobrecarga e o limite de curto-
circuito dos condutores. Em um projeto de instalação elétrica, a temperatura de um condutor
durante períodos prolongados de funcionamento normal nunca deve ultrapassar o limite
recomendado pela norma. A seguir, os limites de temperatura do tipo mais comum de
condutor utilizado. Caso seu projeto não se enquadre nesses limites, consulte a norma ABNT
NBR 5410:2004.
2
De acordo com a tabela, o comprimento máximo de um condutor de 10 mm é de 56 m. Portanto, se
o quadro do medidor estiver a 60 m do quadro de distribuição haverá uma queda de tensão
significativa na entrada do quadro de distribuição. A solução neste caso é utilizar um condutor de
seção maior, que na mesma situação possa conduzir sem queda de tensão. Pela tabela, esse
2
condutor deve ter 16 mm ou mais.
De posse desses dados, consulte a norma de fornecimento da companhia de eletricidade local para
obter a corrente nominal do disjuntor a ser empregado.
99
Corrente nominal do disjuntor (A) Corrente nominal mínima do DR (A)
Pontos de
8 tomadas + 127 Cozinha 1 x 100 1200 9,4 3 2,5 Disj. 1 10
pontos de 1 x 600 + DR 2
tomadas 1 x 500 25
dedicadas
100
sss
1 8 9
CIRC.1 CIRC.2 CIRC.3 CIRC.4 CIRC.5 CIRC.6 CIRC.7 CIRC.8 CIRC.9 CIRC.10 CIRC.11 CIRC.12
N PE
Onde:
1 – Interruptor diferencial
2 – Disjuntores dos circuitos terminais monofásicos
3 - Disjuntores dos circuitos terminais bifásicos.
4 – Barramento de neutro N. Faz a ligação dos condutores neutros dos circuitos terminais com o
neutro do circuito de distribuição, devendo ser isolado eletricamente da caixa do quadro geral.
5 – Barramento do condutor de proteção PE (fio terra). Deve ser ligado eletricamente à caixa do
quadro geral.
6 – Trilho DIN para montagem de dispositivos modulares.
7 – Pente de conexão bipolar
8 – Disjuntor de desconexão
9 – Dispositivo de Proteção de surto DPS
101
2.14.4 Condutores de neutro e de proteção
Normalmente, em uma instalação os condutores de um mesmo circuito têm a mesma seção (bitola),
porém a norma ABNT NBR 5410:2004 permite a utilização de condutores de neutro e de proteção
com seção menor que a obtida no dimensionamento nas seguintes situações:
Condutor de neutro: em circuitos trifásicos em que a seção obtida no dimensionamento seja igual
2
ou maior que 35 mm , a seção do condutor de neutro poderá ser como na tabela ?.
2
Condutor de proteção: em circuitos em que a seção obtida seja igual ou maior que 25 mm , a
seção do condutor de proteção poderá ser como indicado na tabela:
2 2
seção dos condutores fase (mm ) seção do condutor de proteção (mm )
1,5 1,5
2,5 2,5
4 4
6 6
10 10
16 16
25 16
35 16
50 25
70 35
95 50
120 70
150 95
185 95
240 120
102
2.14.5 Coloração dos condutores
De acordo com a norma ABNT NBR 5410:2004, os condutores deverão ter as colorações abaixo.
103
Figura ?- Definição do diâmetro do eletroduto
Exemplo:
• Número de condutores no trecho do eletroduto = 6
•
2
Maior seção dos condutores = 4mm
O tamanho nominal do eletroduto será 20mm.
Para dimensionar os eletrodutos de um projeto elétrico, é necessário ter:
• a planta com a representação gráfica da fiação com as seções dos condutores indicadas,
• e a tabela específica que fornece o tamanho do eletroduto.
Como proceder:
Na planta do projeto, para cada trecho de eletroduto deve-se:
1º. Verificar o número de condutores contidos no trecho,
2º. Verificar qual é a maior seção destes condutores.
De posse destes dados, deve-se: consultar a tabela específica para se obter o tamanho nominal do
eletroduto adequado a este trecho.
Figura ? Tamanho nominal do eletroduto adequado a este trecho
104
2
Os condutores e eletrodutos sem indicação na planta serão: 2,5mm e ø 20mm, respectivamente.
105
Para se determinar a medida dos eletrodutos e fios deve-se: medir, diretamente na planta, os
eletrodutos representados no plano horizontal e somar, quando for o caso, os eletrodutos que
descem ou sobem até as caixas.
106
Tabela ? - Cálculo dos eletrodutos que descem até a caixa.
Exemplificando
Pé direito = 2,80 m
Esp. da laje= 0,15 m
2,95 m
Caixa para saída alta subtrair 2,20 m =
2,95 m
-2,20 m
0,75 m
107
Caixas para Subtrair
Interruptor e ponto 1,30m
de tomada média
Ponto de tomada 0,30m
baixa
Quadro de 1,20m
distribuição
Exemplificando
Espessura do contrapiso = 0,10 m
1,30 + 0,10 = 1,40 m
0,30 + 0,10 = 0,40 m
=>Caixas de derivação:
Figura?- Caixas de derivação
bucha
=>Conduletes:
108
Caixa de derivação Caixa de derivação “C” Caixa de derivação “L”
“B”
109
2
Fase 4 mm 15 m
2
Proteção 4 mm 8m
2
Fase 6 mm 22 m
2
Proteção 6 mm 11 m
Eletrodutos
16 mm 16 barras
20 mm 27 barras
25 mm 4 barras
Outros componentes da distribuição
Caixa 4” x 2” 36
Caixa octogonal 4” x 4” 8
Caixa 4” x 4” 1
Campainha 1
Tomada 2P+T 26
Interruptor simples 4
Interruptor paralelo 2
Conjunto interruptor simples e tomada 2P+T 2
Conjunto interruptor paralelo e tomada 2P+T 1
Conjunto interruptor paralelo e interruptor simples 1
Placa para saída de fio 2
Disjuntor termomagnético monopolar 10A 10
Disjuntor termomagnético bipolar 25A 1
Disjuntor termomagnético bipolar 32A 1
Disjuntor termomagnético bipolar 80A 1
Interruptor diferencial residual bipolar 30 mA/25A 10
Interruptor diferencial residual bipolar 30 mA/40A 2
Quadro de distribuição 1
110
2.17.2 Emenda de condutores em prosseguimento
Essa operação consiste em prolongar as linhas unindo dois condutores. Esse tipo de emenda é
sugerida para ser usada em linhas abertas.
Procedimento:
1 – Com a ajuda de um alicate ou estilete remova boa parte da isolação com cuidado para não
danificar o corpo de cobre.
3 – Segurando os condutores com o alicate, conforme a imagem, inicie as primeiras voltas com os
dedos, deixando-as sempre uniformes.
Procedimento:
1 – Com a ajuda de um alicate ou estilete, remova parte da isolação do condutor da linha principal,
sem cortar ou danificar o cobre do condutor. E com o condutor do circuito de derivação, retire parte
de isolação suficiente para ser enrolada.
111
Figura ? - Primeiro procedimento das emendas tipo derivação
Figura ? - Procedimento das emendas tipo derivação, com condutores rígidos e flexíveis
3 – Use o alicate para finalizar e apertar a emenda. E ela ficará conforme a figura.
Procedimento:
1 – Com a ajuda de um alicate ou estilete, remova parte da isolação dos condutores a serem
emendados, e coloque-os um ao lado do outro com a parte de cobre levemente dobrada, formando
um ângulo, de aproximadamente 90º conforme a figura.
112
2 – Segurando com o alicate, inicie as primeiras voltas com os dedos.
3 – Uniformemente, enrole os condutores, e finalize apertando com o alicate, e logo após corte um
pequeno pedaço da extremidade para que os condutores fiquem do mesmo tamanho, conforme
mostra a figura.
Figura ? – Carretéis de estanho, material usado para soldar as emendas de condutores, e um ferro de soldar
Procedimento:
1- Desenrolar do carretel um pedaço da solda também chamado estanho, utilizado para soldar
condutores e peças eletrônicas,
2 – Com a temperatura do ferro estabilizada, colocar a ponta do mesmo em contato com a emenda.
3 – No lado oposto do contato da ponta do ferro, derreter a solda até que a mesma preencha os
espaços entre as voltas dos condutores emendados.
113
Nota: Mesmo que a solda seja feita de forma correta, devem ser tomados alguns
cuidados. Como por exemplo, utilizar a ponta do ferro de solda e condutores limpos, evitar
aquecer em demasia o que pode danificar a isolação dos condutores.
Qualquer emenda deve ser obrigatoriamente isolada. Normalmente as isolações são feitas com uma
fita preta de PVC conhecida como fita isolante, que é específica para isolação de condutores
elétricos. Para maior segurança use somente fitas isolantes certificadas conforme norma ABNT NBR
NM 60454-3 e que atenda os requisitos da Norma RoHS ( Metais pesados ) Existe também um tipo
de fita mais resistente chamada de isolante de borracha (auto fusão), que serve para isolar
condutores por onde circulam correntes elevadas, mas lembre-se que a fita de auto fusão nunca
trabalha sozinha e deve ser acompanhada da fita isolante de PVC certificadas e resistentes a
intemperies ( UV ) e livre de metais pesados
Uma emenda exposta ou mal isolada acarreta diversos fatores prejudiciais tanto à instalação e
principalmente ao usuário, que pode ser vítima fatal de um choque elétrico causado por um condutor
exposto ou com isolação mal feita.
Figura ? Fita isolante comum de PVC e fita isolante de borracha auto fusão
Procedimento:
114
1 – Com a fita posicionada a aproximadamente 45º, aplicar uma camada com 50% de sobreposição
sobre a emenda em todo seu comprimento. Tracione ( alongar ) a fita o suficiente para obter uma
camada uniforme sem falhas de sobreposição, dobras ou bolhas.
2 – Aplique a segunda camada lembrando que a nova camada deve ocupar aproximadamente 50%
da fita da camada anterior.
Termine a aplicação com sobreposição 100% sobre o dorso da própria fita.
3 – Repetir o processo até que a emenda esteja totalmente envolvida pela fita isolante evitando
volume demasiado na emenda.
Notas:
1 Nenhuma emenda deve ser feita dentro de eletrodutos fechados, pois isso compromete a
acessibilidade do circuito e a segurança da instalação e do usuário. As emendas devem ser
feitas nas caixas de derivação, quadros ou conduletes.
2 Sempre antes de realizar qualquer emenda, limpe bem as partes desencapadas dos
condutores e certifique-se que não estão oxidados, com graxas ou muito danificados (feridos)
3 Desencape o condutor sempre o suficiente para que ao término da emenda, não exista nem
sobra nem falta de condutor.
115
Sugestão de atividade prática:
=> Praticar isolação de emendas
Procedimento:
116
3) Encaixe as pontas torcidas dentro do conector e torça até o final.
Nota: Tenha certeza que o produto utilizado seja antichama e resistente a raios UV.
Procedimento
1) Insira diretamente os cabos (energizados e a derivar) nas entradas correspondentes ao
conector.
2) Com um alicate comum de pega isolada, aperte o contato em“U” . Ele irá cortar o isolamento
de ambos os fios e proporcionará uma ponte condutora de energia.
3) Finalmente, fechando a camada externa, está pronta a emenda de derivação rápida, segura
e isolada.
117
3 Módulo lll – Medidas Elétricas
118
3.1 Conversão de Grandezas Elétricas
Ao trabalhar com uma determinada grandeza elétrica é comum ter a necessidade de alterar a forma
de como a mesma é apresentada, a fim de ter-se melhor precisão e mais conforto no trabalho com a
mesma.
• Múltiplos do ampère:
1kA = 1000A
Para converter kiloampère (kA) para ampère (A), segue-se o seguinte procedimento:
Com o valor em kiloampère (kA), multiplica-se por 1000 (mil), o resultado desta multiplicação será
em Ampére.
a) Conversão de 2,5 kA para ampère: 2,5 x 1000 = 2.500 A
Para converter ampère (A) para kiloampère (kA), segue-se o seguinte procedimento:
Com o valor em Ampère, divide-se por 1000 (mil), o resultado dessa divisão será em kiloampère.
b) Conversão de 2000 ampère em kA: 2000 / 1000 = 2 kA
• Submúltiplos do ampère:
1mA = 0,001A
Para converter miliampère (mA) para ampère (A), segue-se o seguinte procedimento:
Com o valor em miliampère (mA), divide-se por 1000 (mil), o resultado desta multiplicação será em
Ampére.
a) Converter 350 mA para ampère: 350 / 1000 = 0,35 A
Para converter ampère (A) para miliampère (mA), segue-se o seguinte procedimento:
Com o valor em ampère (A), multiplica-se por 1000 (mil), o resultado desta multiplicação será em
miliampére.
b) Converter 0,23A para miliampere: 0,23 x 1000 = 230mA
119
Figura ? -Amperímetro de painel com esquema de ligação
• Múltiplos do Volt:
kilovolt, abreviado pelas letras kV. Um kilovolt é igual a 1000V
.
1kV = 1000V
Para converter kilovolt (kV) para Volt (V), segue-se o seguinte procedimento:
Pega-se o valor em kilovolt (kV) e multiplica-se por 1000 (mil), o resultado desta multiplicação será
em Volt.
Para converter Volt (V) para kilovolt (kV), segue-se o seguinte procedimento:
Pega-se o valor em volt e dividi-se por 1000 (mil), o resultado desta divisão será em kilovolt.
• Submúltiplos do Volt:
milivolt, abreviado pelas letras mV um milivolt é igual a 0,001A.
1mV = 0,001 V
Para converter milivolt (mV) para Volt (V), segue-se o seguinte procedimento:
Com o valor em milivolt (mV), divide-se por 1000 (mil), o resultado desta divisão será em Volt.
120
b) Converter 953 mV para ampère: 953 / 1000 = 0,953 V
• Múltiplos do Ohm:
kiloohm, abreviado pelas letras kΩ. Um kiloohm é igual a 1000 Ω.
1kΩ = 1000Ω
Para converter kiloohm (kΩ) para ohm (Ω), segue-se o seguinte procedimento:
Pega-se o valor em kiloohm (kΩ) e multiplica-se por 1000 (mil), o resultado desta multiplicação será
em Ohm(s).
a) Converter 1,2 kΩ para ohms.
1,2 x 1000 = 1200 Ω
• Submúltiplos do Ohm:
miliohm, abreviado pelas letras mΩ um miliohm é igual a 0,001Ω
1mΩ = 0,001 Ω
Para converter ohm (Ω) para kiloohm (kΩ). Segue-se o seguinte procedimento:
Pega-se o valor em ohm e dividi-se por 1000 (mil), o resultado desta divisão será em kiloohm.
b) Converter 50 Ω em kiloohms:
50 / 1000 = 0,05 kΩ
O instrumento utilizado para medir a resistência é o OHMÍMETRO.
Figura ? - Ohmímetro analógico com esquema de ligação
121
3.1.4 Potência Elétrica
• Múltiplos do Watt:
kilowatt, abreviado pelas letras kW. Um kilowatt é igual a 1000W.
1kW = 1000W
Para converter kilowatt (kW) para watt (W), segue-se o seguinte procedimento:
Pega-se o valor em kilowatt (kW) e multiplica-se por 1000 (mil), o resultado desta multiplicação será
em watt(s).
• Submúltiplos do Watt:
miliwatt, abreviado pelas letras mW um miliwatt é igual a 0,001W.
1mW = 0,001 W
Para converter watt (mW) para watt (W), segue-se o seguinte procedimento:
Pega-se o valor em miliwatt e multiplica-se por 1000 (mil), o resultado desta multiplicação será em
watt.
b) Converter 235 mW para Watts: 235 / 1000 = 0,235 W
122
3.2 Multímetro
O multímetro é um instrumento de medida multifuncional que congrega, entre outras, as funções de
voltímetro e de amperímetro. Atualmente existe no mercado uma enorme variedade de multímetros
de pequenas (bolso) ou grandes dimensões; de baixa ou elevada precisão; de baixo ou elevado
preço.
Os técnicos o chamam também de “multiteste” ou simplesmente “teste”, pela sua capacidade de
testar componentes e circuitos, mas o multímetro é muito mais do que isso.
Em eletricidade existem três grandezas básicas que o multímetro mede com precisão e baseando-se
nelas pode empregar este instrumento numa infinidade de aplicações.
123
3.2.2 Multímetro Analógico
A denominação analógico significa que através de um ponteiro o instrumento pode mostrar uma
infinidade de valores de uma grandeza, diferente da denominação digital, onde os valores
apresentados estão dentro de limites preestabelecidos.
O ponteiro, preso à uma bobina móvel do galvanômetro (que é o componente principal do multímetro
analógico), percorre as escalas graduadas, obedecendo a um mecanismo eletromagnético, dando-
lhe condições de posicionar-se em um ângulo proporcional à intensidade da corrente que circula pela
bobina.
O movimento da bobina é então limitado pela ação de molas que fazem parte do conjunto.
O giro desta bobina será proporcional ao campo magnético criado que, por sua vez, é proporcional à
corrente que passa pela bobina. A especificação de um instrumento é dada pela corrente que causa
a movimentação da agulha até o final da escala. Dizemos que esta é a corrente de fundo e escala do
instrumento. Sempre é necessário ter atenção na medição com o instrumento analógico, pois deve
sempre realizar uma relação entre o valor que se está visualizando no multímetro com o fundo de
escala e a escala escolhida.
3.2.3 Operação
Medição de Tensão CC (Contínua)
Exemplificando uma medição de tensão CC, fornecida por uma pilha simples tipo AA de 1,5V.
Posicionamos a chave seletora na posição desejada, no caso tensão contínua, (pois o profissional
deve primeiramente identificar se ele está trabalhando com fontes CC ou CA) numa escala maior,
porém mais próxima do valor do objeto a ser medido. No caso da pilha o valor mais próximo, porém
maior que 1,5V. (Se o profissional estiver com dúvida sobre o valor de tensão do objeto a ser medido
é sugerido que ele verifique os valores numa escala decrescente até obter uma melhor visualização
do valor) e efetuamos a leitura diretamente no display. Observe que o ponto mostrado no display
substitui a vírgula. Caso tivéssemos colocado as ponteiras com as polaridades trocadas, o fato é
indicado com um sinal negativo. (Exemplos de fontes CC: Pilhas, Baterias de carro, baterias de
celular, etc.).
Figura ? - Ponteiras com polaridades Corretas Figura ? - Ponteiras com polaridades invertidas.
124
Medição de tensão CA (Alternada)
A medição de tensões alternadas é feita de modo similar a efetuada para tensão CC. Com apenas
duas observações. A primeira é que as ponteiras mesmo se colocadas invertidas, o sinal negativo na
frente da medição não irá aparecer. E a segunda é que normalmente irá existir uma variação no
valor visualizado, porém isso é comum. (Exemplos de fontes CA: Tomadas de residências, saídas de
transformadores, geradores de tensão CA, etc.)
Se o no display aparecer um valor menor que zero, (0.34 por exemplo) esse valor deve ser
multiplicado pela escala que o instrumento está selecionado.
O mesmo resistor de 1kΩ (Mil Ohms) visto na escala de 200Ω, o valor que irá aparecer na extrema
esquerda do display será 1, porém esse numero indica apenas uma espécie de aviso de que a
escala está inferior a do material medido. Isso acontece porque o valor máximo que essa escala
pode trabalhar é de 200Ω. Essas observações servem também para as demais grandezas (V, I,
etc.).
125
3.2.5 Alicate amperímetro.
A necessidade de se efetuar medição de corrente sem interromper o circuito, levou ao
desenvolvimento do amperímetro de alicate que pode ser analógico ou digital. O amperímetro de
alicate consiste, basicamente, de um semi-círculo (núcleo) com uma alavanca permite abrir o mesmo
de tal modo que um dos condutores do circuito em teste possa ser colocado dentro do núcleo.
A corrente através do condutor produz um campo magnético; este, por sua vez, induz uma corrente
no enrolamento que está interno ao núcleo. Essa corrente circula pelo medidor, que é calibrado para
indicar a corrente que passa pelo condutor em teste. Como o medidor se utilizado efeito
transformador.
Portanto, os amperímetros de alicate normalmente são utilizados para medir correntes elevadas, por
exemplo, em motores, transformadores e máquinas de alta potência.
Nota: O Alicate Amperímetro também mede tensão e com uso de acessórios pode
medir também resistência elétrica.
126
3.3.2 Erro Sistemático
O erro sistemático está normalmente voltado a fatores externos.
Exemplos: deficiências do método utilizado, o material empregado na medição não foi o mais
indicado, efeitos ambientais sobre o instrumento como temperatura ou luminosidade do ambiente,
desgaste do mesmo, erro de paralaxe (quanto a visualização numa posição incorreta torna o valor
diferente, principalmente nos instrumentos analógicos) e outras coisas.
127
Nos instrumentos normalmente utilizados em instalações elétricas as seguintes características são
observadas.:
Classe de Exatidão:
Afastamento entre a medida efetuada (instrumento) e o valor de referência (valor
verdadeiro). Significa o limite do erro, garantido pelo fabricante, que se pode cometer em
qualquer medida efetuada com este instrumento.
Resolução:
Menor Divisão da Escala.
Rigidez Dielétrica:
Isolação entre a parte ativa e a carcaça do instrumento.
Precisão:
Afastamento mútuo entre as diversas grandezas, em relação à medida aritmética dessas medidas.
Posição de Trabalho
Esta característica é extremamente importante para os instrumentos analógicos, pois dependem do
movimento mecânico do galvanômetro.
128
4 Módulo IV - Motores Elétricos e
Comandos Elétricos
129
4.1 Motores Elétricos
O motor elétrico tornou-se um dos mais notórios inventos do homem ao longo de seu
desenvolvimento tecnológico. Máquina de construção simples, custo reduzido, versátil e não
poluente, seus princípios de funcionamento, construção e seleção necessitam ser conhecidos para
que ele desempenhe seu papel relevante no mundo de hoje.
O Motor elétrico é uma capaz de converter energia elétrica em energia mecânica. Dentre todos os
modelos, o motor de indução é o mais utilizado, devido a combinação de baixo custo, simplicidade,
robustez, versatilidade e bom rendimento, sem falar no custo e no baixo consumo de energia em
relação a outros tipos de motores.
Motor síncrono: Funciona com velocidade fixa; utilizado somente para grandes potências (devido ao
seu alto custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de velocidade não variável.
Motor de indução: Funciona normalmente com uma velocidade constante, que varia ligeiramente
com a carga mecânica aplicada ao seu eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo
custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas
acionadas, encontradas na prática. Atualmente é possível controlarmos a velocidade dos motores de
indução com o auxílio de inversores de freqüência.
Apesar da grande quantidade de motores elétricos, neste capítulo vamos centralizar nos motores
utilizados em sua maioria em instalações residenciais. O motor CA monofásico assíncronos.
O conjugado (também chamado torque, momento ou binário) é a medida do esforço necessário para
girar um eixo. Para medir o esforço necessário parar fazer girar o eixo, não basta definir apenas a
força aplicada, mas é preciso conhecer também a que distância essa força é aplicada ao eixo. Pois o
conjugado é o produto da força pela distância.
A potência mede a “velocidade” com que a energia é aplicada ou consumida. Ou seja, dois motores
distintos, possuem o mesmo conjugado, mas se o motor 1, realizar o trabalho mais rápido que o
motor 2, quer dizer que o motor 1 foi mais rápido ou seja possui mais potência.
130
A potência exprime a rapidez com que esta energia é aplicada e se calcula dividindo a energia ou
conjugado total pelo tempo gasto em realizá-lo.
A unidade mais usual para medida de potência mecânica é o CV (Cavalo Vapor), ou o HP (Horse
Power). Que são equivalentes a 736W e 746W respectivamente. Mas para efeito de cálculo em
alguns momentos as duas são consideradas iguais.
Energia e potência elétricaEmbora a energia seja única, ela pode se apresentar de formas
diferentes. O motor elétrico de indução devido a suas características eletromecânicas não consegue
ser ideal ou seja, possuir um rendimento de 100%, em outras palavras, converter totalmente a
energia elétrica consumida da rede em energia mecânica. Então a energia elétrica ou potência
elétrica que um motor consome, é a energia consumida da rede elétrica, essa sim será a energia que
realmente será paga.
Velocidade Nominal
É a velocidade que o motor proporciona na ponta se seu eixo, quando ligado com potência, tensão e
freqüência nominal. A velocidade nominal é dada em RPM (rotações por minuto).
Tensão Nominal
São os valores padrão de tensão que o fabricante garante o bom funcionamento do motor, os
motores podem possuir capacidade de trabalhar com até 4 tipos de tensões diferentes.
Corrente Nominal
De acordo com a potência do motor e a tensão a qual ele é ligado, existe um valor de corrente que
representa um limite de funcionamento do motor. Ou seja, se a corrente de funcionamento estiver
acima da corrente nominal significa que o motor está sobrecarregado ou funcionando em um regime
impróprio. Para cada valor de tensão nominal, existe um valor de corrente nominal.
Freqüência Nominal
É um valor específico de freqüência a qual os motores são construídos para trabalhar de forma
satisfatória. Os valores padrão de freqüência são de 50 ou 60 Hz, mas existe a possibilidade dessa
freqüência padrão ser alterada, para isso são necessários equipamentos específicos.
Rendimento
Fator de potência
Existem outros dados específicos, mas na prática, esses são suficientes para escolhermos sempre o
melhor motor para qualquer aplicação. Todos os dados são encontrados na placa de identificação,
que é uma espécie de “carteira de identidade” do motor. A figura a seguir mostra a placa de
identificação de um motor monofásico.
131
4.1.4 Construção do motor de corrente alternada monofásico
assíncronos.
A figura seguinte mostra em vista explodida as partes de um motor CA monofásico assíncrono.
Os motores monofásicos são construídos de forma que seus enrolamento sejam ligados a uma fonte
monofásica. Esse tipo de motor internamente possui 3 pares de bobinas, 2 pares chamados de
bobina principal, e 1 chamado de bobina auxiliar ou bobina de partida.
Porém, saindo da caixa de ligação existem apenas 6 fios que o usuário pode ter acesso. E para o
motor ser ligado corretamente esses fios devem ser agrupados de forma específica.
A maneira de como é feito este agrupamento define o valor de tensão que o motor pode ser
alimentado, no caso do motor monofásico, o mesmo pode funcionar tanto em 127V (110V) quanto
em 220V.
A figura seguinte mostra as duas ligações possíveis.
132
Devido a seqüência de conexão dos condutores de alimentação, o motor pode assumir o giro no
sentido horário (sentido dos ponteiros do relógio) ou anti-horário, para realizar a inversão do sentido
de giro deve-se trocar a posição dos terminais 5 com o 6, como mostra a figura seguinte.
Um comentário importante neste ponto é que por via de regra os circuitos de acionamentos são em
“comando” e “potência”, possibilitando em primeiro lugar a segurança do operador e em segundo a
automação do circuito. Embora não fique bem claro esta divisão no presente momento, ela tornar-se-
á comum a medida que o aluno familiariza-se com o assunto.
A diferença principal está no fato de que ao movimentar a “chave residencial” (interruptor) ela vai
para uma posição e permanece nela, mesmo quando se retira a pressão do dedo. Na “chave
industrial” ou botoeira existe um retorno para a posição de repouso através de uma mola, como pode
ser observado na figura.
133
A figura a seguir mostra exemplos de botoeiras de aplicação industrial.
Segundo a IEC 73 e VDE 0199, os botões de uso industrial possuem cores específicas para
utilização, como segue na tabela seguinte:
Branca
ou Azul
Verde
ou Preto
134
Em comandos elétricos trabalhar-se bastante com um elemento simples que é o contato. A partir
dele é que se forma toda estrutura lógica de um circuito e também é ele quem deixa ou não a
corrente circular. Existem dois tipos de contatos:
O Contato Normalmente Aberto (NA): não existe passagem de corrente elétrica na posição de
repouso. Com isso a carga não está acionada.
Esses tipos de contatos podem ser associados para uma determinada finalidade, por exemplo, fazer
com que uma carga seja ligada apenas quando dois deles estiverem ligados.
4.2.2 Sinaleiras
As sinaleiras são componentes importantes porem simples de serem instaladas. Sua principal função
é indicar através de um sinal luminoso, alguma condição específica dentro do circuito. Como por
exemplo, se o mesmo está energizado, um estado de emergência, atenção, dentre outras.
Figura ? Sinaleiras
135
A ligação desse componente é feita de forma bastante simples, pelos terminais A1 e A2, ou também
pode ser encontrada como X1 e X2. Colocando sempre o positivo ou fase no terminas A1 (X1) e o
terminal negativo ou neutro no terminal A2 (X2).
É válido salientar que as sinaleiras possuem uma tensão específica, então sempre antes de adquirir
ou ligá-la ao circuito deve-se identificar qual sua tensão de trabalho, por exemplo: 12Vcc, 24Vcc,
110Vca, 220Vca, etc.
Segundo a IEC 73 e VDE 0199, as sinaleiras possuem cores específicas para utilização, como
segue no quadro abaixo:
Esse tipo de componente vem para facilitar o trabalho e reduzir o espaço ocupado, pois tem quase o
mesmo tamanho de uma botoeira comum. Quanto ao esquema de ligação é bem semelhante a de
uma botoeira comum, com os contatos NF e NA e ainda possui os contatos referentes a sinaleira,
que no caso é o A1 e o A2. Mas uma vez deve-se atentar a tensão de trabalho da sinaleira para que
ela não queime
136
4.2.4 Contator
O contator ou contactor pode-se dizer com palavras simples que é um elemento eletro-mecânico de
comando a distância, com uma única posição de repouso e sem travamento.
Como pode ser visto na figura, o contator consiste fundamentalmente de um núcleo magnético com
uma bobina. Uma parte do núcleo magnético é móvel, e é atraído por forças magnéticas quando a
bobina é percorrida por corrente elétrica e cria um campo magnético de atração. Quando a corrente
é interrompida o campo magnético acaba e a parte do núcleo é repelida pela ação das molas.
Contatos elétricos são colocados a esta parte móvel do núcleo, constituindo um conjunto de contatos
móveis.
Agregado à carcaça do contator há um conjunto/jogo de contatos fixos. Cada jogo de contatos fixos
e móveis podem ser do tipo Normalmente aberto (NA), ou normalmente fechado (NF). Na figura
podemos visualizar o diagrama esquemático de um contator com dois contatos NA e um contato NF.
Por exemplo:
A1 e A2, sempre são relacionados à alimentação da bobina. (fase e neutro, fase e fase, positivo e
negativo, etc.). Porém é de extrema importância identificar qual o valor de tensão que a mesma foi
construída para trabalhar. (110Vca, 220Vca, 24Vcc, 12Vcc, etc.).
Os primeiros contatos são chamados de contatos principais ou contatos de força ou de potência, são
sempre NA, pois eles serão responsáveis pela alimentação elétrica do motor.
1, 3 e 5 ou L1, L2 e L3, são relacionados a entrada do contatos de força ou seja os contatos que são
alimentados com os condutores que são ligados a rede, neles circulam correntes elevadas.
2, 4 e 6 ou T1, T2 e T3, são relacionados a saída dos contatos de força, ou seja, os contatos que
são ligados ao motor de acordo com sua tensão de trabalho.
Aos contatos de comando (auxiliares) não usados para alimentação do motor, pois servem para
garantir a lógica e intertravamento do circuito, são determinados dois tipos de numeração. A
137
numeração da seqüência do contato, e a numeração que indica se ele é NA ou NF, como mostra a
figura seguinte.
O 1º número vai indicar a seqüência do contato, se ele é o 1º, 2º, 3º, etc.
A grande facilidade do rele de sobrecarga é que ele possui uma faixa de ajuste razoável da corrente
de disparo e quando disparado pode retornar a condição normal automaticamente ou manualmente.
Atualmente os disjuntores denominados Disjuntor Motor Termomagnético englobam esta função
assim como proteção de curto circuito sendo indicados para sistema de partida de motores
Assim como os contatores, o relé de sobrecarga possui contatos de força (principais) e de comando
(auxiliares).
As figuras seguintes mostram a disposição destes contatos.
138
Figura ? Identificação dos contatos de força do Rele de Sobrecarga
• Baixa potência do motor, para evitar perturbações extremas na rede devido ao pico de
corrente.
139
Figura ? Exemplo de Associação com Três Dispositivos na Partida Direta
4.4 Motobomba
A motobomba monofásica é um equipamento eletromecânico de bombeamento de líquidos a longa
distância. Normalmente é muito utilizada em residências, piscinas, irrigação dentre outros. Ela é
composta de um motor elétrico e um acoplamento mecânico como visto na figura seguinte.
Figura ? Exemplo de Motobomba
140
Algumas recomendações são necessárias para o funcionamento satisfatório da motobomba:
• Nunca deixe a motobomba funcionar sem água, (para não danificar o selo mecânico e o
rotor).
• Nunca deixe a motobomba funcionar com os registros fechados, (exceto na operação fechar
do filtro seguido o tempo máximo indicado na operação).
• Limpar o cesto coletor do pré-filtro sempre que necessário.
• Antes de acionar a motobomba verifique se a tampa do pré-filtro está bem fixada, e as
conexões orbitais estão bem coladas e acopladas, pois qualquer entrada de ar provocará
ruído no conjunto.
• A sucção da motobomba nunca deve ser feita por apenas um dispositivo seja ele, dreno de
fundo, skimmer ou dispositivo de aspiração.
• Antes de acionar a motobomba, esteja seguro de que no mínimo dois dispositivos estejam
trabalhando na sucção e com seus registros abertos. Caso contrário, não acione a
motobomba enquanto sua instalação hidráulica não estiver de acordo com os tópicos acima
estabelecidos, se possível, providencie um dispositivo de refluxo em sua instalação
hidráulica.
Na figura, a rede monofásica (fase e neutro), onde o condutor fase é ligado no fusível F1 que é a
proteção da força. Logo após passar pelo fusível, o fase e o neutro passam pelos contatos principais
do contator e logo após passa pelo relé de sobrecarga para em caso de sobrecarga desligar o motor
através do comando.
No esquema de comando, pressionando o botão B1, a corrente elétrica chega à bobina (A1 e A2) do
contator K1, quando o contator é alimentado, automaticamente todos os contatos de K1 são
acionados, o contato principal (força) faz com que o motor seja alimentado, e o contato de comando
que está ao lado de B1 também comuta e fecha, com isso, mesmo após B1 ser liberado, a bobina de
K1 ficará com alimentação através deste respectivo contato, conhecido como contato de retenção.
O motor então será desligado se o botão B0 for acionado cortando a alimentação de corrente da
bobina de K1 ou se o contato do relé for acionado devido a uma sobrecarga.
141
Sugestão de atividade prática:
“Montar sistema de partida para motobomba”
142
Figura? 5 Módulo V - Energia Sustentável
143
5.1 Uso racional da energia
O uso da energia de forma racional hoje em dia tornou-se um tema cada vez mais recorrente seja
nas discussões acadêmicas seja nos meios de comunicação. Com o aumento da população mundial
e escassez dos recursos naturais responsáveis pela geração da energia, a preocupação é que no
futuro, não haja energia disponível para nossos filhos e netos. Enquanto a ciência pesquisa para
descobrir, nós podemos tomar algumas pequenas atitudes que podem fazer a diferença para
economizar energia.
Siga algumas dessas dicas e informe seus parentes e amigos para que façam o mesmo.
Geladeira
• Não deixe a porta aberta por muito tempo
• Coloque e retire os alimentos e bebidas de uma só vez.
• Evite guardar alimentos ou líquidos quentes.
• Não forre as prateleiras com plásticos ou vidros.
• Evite deixar camadas grossas de gelo, faça o degelo
periodicamente.
• No inverno, diminua a temperatura.
• Evite utilizar a parte traseira para secar panos e outros objetos.
• Mantenha em boas condições a borracha de vedação da porta.
Chuveiro Elétrico
• Evite banhos quentes demorados.
• Utilize a posição "inverno" somente nos dias frios. Na posição
"verão" o gasto é de até 40% menos energia. Não mude a chave
"verão-inverno" com o chuveiro ligado.
• Não reaproveite resistência queimada.
• A fiação deve ser adequada, bem instalada e com boas conexões.
Fios derretidos, pequenos choques e cheiro de queimado indicam
problemas que precisam ser corrigidos imediatamente.
• Não demore no chuveiro e desligue a torneira enquanto se
ensaboa. Assim você economiza energia e água.
• O condutor de proteção (fio terra) deve estar instalado no circuito
do chuveiro
Iluminação
• Abra bem as cortinas e use ao máximo a luz do sol, evite acender
lâmpadas durante o dia.
• Use cores claras nas paredes internas; as cores escuras exigem
lâmpadas que consomem mais energia.
• Prefira lâmpadas fluorescentes que iluminam melhor, consomem
menos energia e duram até dez vezes mais do que as lâmpadas
incandescentes.
• Apague sempre as luzes dos ambientes desocupados.
• Limpe regularmente as luminárias para ter boa iluminação.
144
Ferro Elétrico
• Acumule roupa e passe tudo de uma vez só. Ligar o ferro várias
vezes ao dia desperdiça energia.
• O ferro elétrico automático possui temperaturas indicadas para
diversos tipos de tecido, inicie pelas roupas que requerem
temperaturas mais baixas.
Deixe o ferro desligado quando não estiver em uso, mesmo por intervalos
curtos.
Aparelho de Ar-Condicionado
• Ajuste a temperatura para um valor confortável, pois temperatura
excessivamente baixa provoca maior tempo de funcionamento do
mesmo.
• Evite perdas térmicas, tais como abertura e frestas de janelas,
portas, alvenaria etc.
• Planeje o desligamento do aparelho 30 min. antes do término da
jornada.
• Desligue o aparelho quando for ausentar-se por período
prolongado.
• Mantenha um plano de manutenção de filtros. Filtros sujos
impedem a livre circulação de ar.
• Temos no mercado geladeiras com baixo consumo que é resultado da melhora da tecnologia
aplicada ao compressor, sistema de isolação térmica.
Figura? Geladeira
145
• Monitores dos computadores conhecidos como Tubo de Raios Catódicos estão sendo
substituídos por monitores LCD/LED,
• Controle de Iluminação por sensor de presença. Este dispositivo detecta a variação brusca
de radiação de infravermelho no ambiente, emitida pelo corpo humano, acionando,
automaticamente, uma carga elétrica. Possibilita o comando automático de um sistema de
iluminação, quando houver passagem de pessoas no ambiente, mantendo a iluminação
funcionando por um tempo que pode ser ajustado e, em seguida, desligando-a.
Figura ? Sensor de Presença
• Rele Fotoelétrico, ao detectar a ausência da luz natural o rele fotoelétrico fecha o circuito,
permitindo que as lâmpadas sejam ligadas até que a luz natural ou outra fonte de luz volte a
incidir sobre o relé.
11
Mais detalhes site www.schneider-electric.com.br
146
• Variador de velocidade para ventilador
147
5.3 Gerenciamento do Consumo
Como explicado anteriormente, a potência elétrica é medida em Watts, sua cobrança é feita levando
em conta o tempo de utilização do aparelho, por isso, a energia elétrica é cobrada em kWh
(quilowatts-hora) em um período de 30 dias.
Para calcular o consumo de energia de cada equipamento, basta multiplicar sua potência pelo tempo
de uso, aplicando a seguinte fórmula:
Exemplo:
Um chuveiro de 6000W que é utilizado meia hora por dia durante trinta dias, o consumo será:
6000 W x 0,5h x 30
Consumo (kWh) = = 90 Kwh/mês
1000
Verificando o custo do uso deste chuveiro, vamos tomar como referência o custo do kWh da concessionária
Eletropaulo em 31/Jan/201212,
12
Disponível em <www.aneel.gov.br> Acesso em Janeiro de 2012
148
Tabela ? Custo do kWh pela Eletropaulo.
Sigla Concessionária B1 - Residencial (R$/kWh)
Eletropaulo Metropolitana
Eletropaulo 0,29651
Eletricidade de São Paulo S/A
13
Mais informações, site: www.myenergyuniversity.com
14
Mais detalhes site www.schneider-electric.com.br
149
Para que o produto receba o Selo Procel, o produto deve passar por ensaios rigorosos em
laboratório indicado pelo Procel, sendo a adoção do Selo Procel não obrigatória.
A etiqueta ENCE a seguir é um exemplo para refrigerador. Cada linha de eletrodoméstico possui sua
própria etiqueta, só mudando as características técnicas de cada produto, deve-se verificar a letra
que indica a eficiência energética do mesmo, sendo a melhor eficiência energética o produto com
letra A.
15
Disponível em http://www.inmetro.gov.br/consumidor/etiquetas.asp, coletado em 01/02/2012
16
Disponível em http://www.inmetro.gov.br/consumidor/etiquetas.asp, coletado em 01/02/2012
150
17
Comparação de eficiência energética de frigobares, refrigeradores e combinados , fonte
INMETRO – PROCEL
17
Disponível em http://www.inmetro.gov.br, coletado em 18/05/2012
151
5.5.1 PGRCC - Plano de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil
A RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 obriga desde 2005 a separação dos entulhos na
própria obra e a destinação adequada de todos os resíduos, segundo a legislação brasileira, a
responsabilidade por isso é do gerador.
152
Figura? 6 Módulo VI - Normalização
153
6.1 Normas Técnicas - Introdução
As normas técnicas apresentam inúmeras características que refletem diretamente em vários
aspectos da sociedade, pois representa maturidade industrial e social de uma nação. A norma
técnica está presente em nosso cotidiano através das regras de fabricação ou processamento de
móveis, alimentos, roupas, eletrodomésticos brinquedos etc.
As normas técnicas são criadas através de diversas reuniões de comitês de diversos segmentos da
sociedade que possuem interesse em um determinado tema do qual será criada uma norma.
Consumidor: Torna possível a comparação entre produtos, garantia de produtos seguros, melhoria
na qualidade de produtos e serviços.
Cidadão: O país passa a ter empresas mais competitivas, a sociedade tem métodos de aferir a
qualidade de produtos e serviços, melhoria na qualidade de vida das pessoas assim como a
preservação do meio ambiente.
Profissional: devido a competitividade das empresas, surgem novas vagas no mercado de trabalho,
exigindo melhor qualificação técnica dos profissionais
Empresário: Na aquisição de uma norma, está se adquirindo conhecimento tecnologia testada e
aprovada com reflexo direto no processo produtivo levando a redução de custos com perdas,
refugos, retrabalhos. Melhorando a qualidade de produtos, serviços e a eficácia do processo
produtivo.
A aplicação de normas se constrói um crescimento sustentável das empresas, como mostra a figura
seguinte.
154
Normas para Equipamentos Elétricos:
• ABNT NBR NM 61008-1
• ABNT NBR 14136
• ABNT NBR 14936
A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO
(International Organization for Standardization), IEC (International Electrotechnical Comission); e das
entidades de normalização regional COPANT (Comissão Panamericana de Normas Técnicas) e a
AMN (Associação Mercosul de Normalização).
19
As instalações elétricas dos locais de habitação são regidas pela norma técnica ABNT NBR
5410. O cumprimento da norma se torna obrigatório por várias disposições:
A NBR5410 é a principal norma para as instalações elétricas de baixa tensão, isto é, até a tensão
nominal igual ou inferior a 1 000 V em corrente alternada, com freqüências inferiores a 400 Hz, ou a
1 500 V em corrente contínua.
Estudá-la é uma forma de conhecermos a maneira correta de executar uma instalação elétrica
segura e confiável.
18
Reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de 24.08.1992
19
Todos os tipos de residências e salas comerciais
155
Objetivo20
1.1 Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de
baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado
da instalação e a conservação dos bens.
1.2 Esta Norma aplica-se principalmente às instalações elétricas de edificações, qualquer que
seja seu uso (residencial, comercial, público, industrial, de serviços, agropecuário,
hortigranjeiro, etc.), incluindo as pré-fabricadas.
Nota: A aplicação às linhas de sinal concentra-se na prevenção dos riscos decorrentes das
influências mútuas entre essas linhas e as demais linhas elétricas da instalação, sobretudo sob os
pontos de vista da segurança contra choques elétricos, da segurança contra incêndios e efeitos
térmicos prejudiciais e da compatibilidade eletromagnética.
20
Trechos retirados da normal original
21
Trechos retirados da norma original
156
3.3.2 barramento de eqüipotencialização principal (BEP): Barramento destinado a servir de via de
interligação de todos os elementos incluíveis na eqüipotencialização principal (ver 6.4.2.1).
NOTA A designação "barramento" está associada ao papel de via de interligação e não a qualquer
configuração particular do elemento. Portanto, em princípio o BEP pode ser uma barra, uma chapa,
um cabo, etc.
A ABNT NBR 5410 (item 5.1.3.2.2) exige o uso de DR de alta sensibilidade (30 mA) na proteção
de determinados locais e/ou circuitos:
a) circuitos que alimentam tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação e circuitos
de tomadas de corrente situadas em áreas internas que podem vir a alimentar equipamentos no
exterior. Pode-se acrescentar, aqui, os circuitos de iluminação externa, como a de jardins;
b) todos os pontos de utilização situados em banheiros;
c) todos os pontos de utilização de cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço,
garagens e, no geral, áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;
d) pontos de utilização situados no volume 2 e, dependendo do caso, no volume 1 de piscinas, em
alternativa a outras medidas de proteção igualmente aplicáveis.
Nota: Admite-se que a proteção contra sobretensões exigida em 5.4.2.1.1 possa não ser
provida se as conseqüências dessa omissão, do ponto de vista estritamente material, constituir um
risco calculado e assumido. Em nenhuma hipótese a proteção pode ser dispensada se essas
conseqüências puderem resultar em risco direto ou indireto à segurança e à saúde das pessoas.
A seção dos cabos não deverão ser menor que 4 mm². Quando existe um sistema de proteção
contra descargas atmosféricas, para produtos tipo 1 a seção não deverá ser menor que 16mm².
157
6.3.5.2.2 Instalação dos DPS no ponto de entrada ou no quadro de distribuição principal
Quando os DPS forem instalados, conforme indicado em 6.3.5.2.1, junto ao ponto de entrada
da linha elétrica na edificação ou no quadro de distribuição principal, o mais próximo possível
do ponto de entrada, eles serão dispostos no mínimo como mostra Figura ?
22
Trecho retirado da norma original
158
qual é mostrado na figura seguinte.
Figura ? – Exemplo hipotético de um sistema de aterramento 23
Legenda:
BEP = Barramento de equipotencialização principal
EC = Condutores de equipotencialização
1 = Eletrodo de aterramento (embutido nas fundações)
2 = Armaduras de concreto armado e outras estruturas metálicas da edificação
3 = tubulações metálicas de utilidades, bem como os elmentos estruturais metálicos a elas associados.
Por exemplo:
3.a = Água
3.b = gás
(*) = Luva isiolante
3.c = Esgoto
3.d = ar-condicionado
4 = Condutores metálicos, blindagens, armações, coberturas e capas metálicas de cabos
4.a = Linha elétrica de energia
4.b = Linha elétrica de sinal
5 = Condutor de aterramento
6.4.1.1.2 A infra-estrutura de aterramento prevista em 6.4.1.1.1 deve ser concebida de modo que:
a) seja confiável e satisfaça os requisitos de segurança das pessoas;
b) possa conduzir correntes de falta à terra sem risco de danos térmicos, termomecânicos e
eletromecânicos, ou de choques elétricos causados por essas correntes;
c) quando aplicável, atenda também aos requisitos funcionais da instalação.
NOTA: Mastros de antenas devem ser incorporados ao SPDA, conforme ABNT NBR 5419
6.4.1.1.4 Não se admite o uso de canalizações metálicas de água nem de outras utilidades como
eletrodo de aterramento, o que não exclui as medidas de eqüipotencialização prescritas em 6.4.2.
23
Retirado da norma NBR 5410:2004 – Apêndice G
159
6.4.1.1.5 A infra-estrutura de aterramento requerida em 6.4.1.1.1 deve ser acessível no mínimo junto
a cada ponto de entrada de condutores e utilidades e em outros pontos que forem necessários à
eqüipotencialização de que trata 6.4.2.
6.5.3.2 Devem ser tomados cuidados para prevenir conexões indevidas entre plugues e
tomadas que não sejam compatíveis. Em particular, quando houver circuitos de tomadas com
diferentes tensões, as tomadas fixas dos circuitos de tensão a elas provida. Essa marcação
pode ser feita por placa ou adesivo, fixado no espelho da tomada. Não deve ser possível
remover facilmente essa marcação. No caso de sistemas SELV, devem ser atendidas as
prescrições de 5.1.2.5.4.4.
Nota: Com a norma ABNT NBR 14136, Plugues e tomadas para uso doméstico e
análogo até 20A, 250 VCA – Padronização, publicada em 2002, o Brasil estabeleceu seu
padrão de tomadas e plugues.
A tomada fixa ABNT NBR 14136 vem com contato de aterramento, ou contato PE. Ela atende,
assim, à exigência da norma de instalações elétricas, a ABNT NBR 5410, de que as tomadas fixas
de uma instalação devem ser todas com contato de aterramento. Essa exigência se alinha também
com outro requisito, que é o da presença do condutor de proteção (“fio terra”), nos circuitos – como
determinam a ABNT NBR 5410 e a Lei no. 11 337, de 26 de julho de 2006.
Figura ? - Novo padrão brasileiro de tomadas: Condutor terra obrigatório
A tomada padrão ABNT NBR 14136 prima pela segurança. Começando pela segurança contra
choques elétricos. Como mostra a figura, em outros modelos de tomada, mesmo aqueles em que os
contatos elétricos ficam recuados em relação à face externa, há risco de choque elétrico: basta o
usuário tocar no pino do plugue quando o pino está em contato com parte viva da tomada. Já a
tomada padrão ABNT NBR 14136 inclui não só recuo dos contatos, como também um rebaixo – um
encaixe para o plugue. Graças a esse detalhe construtivo, não há nenhum risco de contato acidental
com as partes vivas. Além disso, como esse rebaixo funciona também como guia, a inserção do
160
plugue se torna mais cômoda e mais segura, principalmente quando a tomada não é facilmente
acessível ou quando não se tem visibilidade suficiente – situações em que o risco de choque elétrico
é ainda maior, com outras tomadas, pois o usuário seria tentado a usar o dedo como guia para os
pinos do plugue, na tentativa de encaixá-lo na tomada.
Outro destaque em matéria de segurança é que o padrão foi concebido de forma a evitar a conexão
de equipamentos com potência superior à que a tomada pode suportar. É o que mostra a figura. Em
termos de corrente nominal, a padronização ABNT NBR 14136 prevê duas tomadas: de 10 A e de 20
A; e também dois plugues, para até 10 A e para até 20 A. O diâmetro do orifício de entrada da
tomada de 20 A é maior que o da tomada de 10 A. Assim também com os plugues: o diâmetro dos
pinos do plugue de 20 A é maior que o do plugues de 10 A. O resultado é que a tomada de 20 A
aceita a inserção de ambos os plugues, o de 20 A e o de 10 A, mas a tomada de 10 A não admite,
dimensionalmente, a inserção do plugue de 20 A; afinal, como sua corrente nominal é de 10 A, ela
não poderia mesmo ser usada para a conexão de equipamentos que consomem mais de 10 A.
Visando mais segurança, de modo a evitar choques elétricos, a tomada fêmea deverá ser rebaixada
para que o usuário do equipamento só tenha contato com a parte não isolada eletricamente após a
sua desenergização.
Segundo a norma ABNT NBR 14936 (Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo –
Adaptadores – Requisitos específicos).
161
dispositivo de proteção contra sobrecorrentes (RCCB) (IEC
61008-1:1996,MOD)
Esta norma foi criada como Projeto de Norma MERCOSUL visando dispor de um conjunto coerente
de normas para material elétrico de instalação, aplicável aos países integrantes do MERCOSUL.
Objetivo:25
A presente Norma aplica-se aos interruptores a corrente diferencial-residual funcionalmente
independentes ou funcionalmente dependentes da tensão de alimentação, para utilizações
domésticas e análogas, sem dispositivo de proteção contra as sobrecorrentes incorporado
(designados doravante por RCCB), com uma tensão nominal não superior a 440 V c.a., com
uma corrente nominal não superior a 125 A, destinados principalmente à proteção contra
choques elétricos.
Estes dispositivos destinam-se à proteção das pessoas contra contatos indiretos, devendo as
partes metálicas acessíveis da instalação estarem conectadas a um aterramento apropriado.
Podem ser utilizados para garantir a proteção contra riscos de incêndio resultantes de uma
corrente de fuga à terra persistente, sem intervenção do dispositivo de proteção contra
sobrecorrente do circuito.
Introdução26
1 Objetivo27
A seção da parte 1 é aplicável com as seguintes exceções:
25
Trecho retirado da norma NBR NM 61008-1:2005
26
Trecho retirado da norma NM 61008-2-1:2005
27
Trecho retirado da norma NM 61008-2-1:2005
162
6.8 ABNT NBR NM 60454-3-1 Fitas Isolantes de PVC
Esta norma foi elaborada pela ABNT/COBEI para garantir um padrão de qualidade nas fitas isolantes
existentes no mercado brasileiro.
As fitas isolantes podem ser enquadradas em uma das três categorias abaixo, sendo que cada uma
tem sua aplicação de maneira a garantir uma isolação segura.
São 17 testes criteriosos aplicados para a certificação, contemplando todas as categorias de fitas
isolantes, tais como:
- Adesão ao Aço
- Adesão ao Dorso
- Espessura
- Rigidez Dielétrica
- Resistência à Tração
- Alongamento
- Resistência à Chama
- Resistência à Temperatura
- Corrosão Eletrolítica
- Resistência à Perfuração a Temperaturas Elevadas
- Largura
- Comprimento
- Resistência ao Cisalhamento
163
7 Módulo VII – Você no mercado de
FIGURA ? trabalho
164
Quem atua profissionalmente em uma área qualquer, é sempre relacionado a padrões ditados pela
sociedade no que se refere a características pessoais, profissionais e o esperado pelas empresas
formando assim um tripé que define sucesso.
Sucesso!
Integração;
Procura integrar-se no espírito da empresa, procura assimilar a cultura e valores da
mesma.
Automotivação;
Não espera estímulos externos para desenvolver a sua atividade. Não necessita de
motivação contínua.
Autoconfiança;
Saber avaliar sua capacidade e assim estabelecer seu nível de auto-confiança.
Autonomia:
Tem iniciativa própria; não espera que as coisas aconteçam, além disso, planeja as
suas atividades.
165
Iniciativa;
Ser pró-ativo, tomar iniciativa dentro de seu limite de atuação, não dependendo de
ordens superiores.
Responsabilidade;
Saber discernir sobre o quanto suas ações são importantes para a empresa,
assumindo responsabilidade por elas..
Dedicação;
Ter consciência de que fazer a obrigação do cargo, nem sempre é suficiente,
devendo dedicar-se a fim de fazer melhor suas atividades.
Ambição;
Um bom profissional ambiciona ir além da sua atividade.
Capacidade de aprender;
Estar apto a aprender, a melhorar seus processos procurando assim diversas
maneiras de aprendizado que pode ser através da equipe de trabalho ou até mesmo
autodidata.
Criatividade/inovação;
Estar apto a pensar em soluções não óbvias para situações ou tarefas novas.
Procurar apresentar novas idéias,encontrando novos métodos de trabalho.
Relacionamento interpessoal;
Ter claro de que não existe dois indivíduos idênticos, saber trabalhar as
individualidades e as diferenças.
Atitude positiva;
Sempre visualizar bons resultados, não criar um resultado negativo antes que ele
ocorra, em caso de ocorrência, saber aprender com seus erros.
Capacidade de comunicação;
Um bom profissional sabe exprimir as suas idéias. Tem a capacidade de se fazer
entender.
Capacidade de sonhar;
Com um sonho a realizar, estabelecer metas e meios para realizá-lo.
Flexibilidade;
Procura adaptar-se a mudanças, que encara como oportunidades, e não como
ameaças. Está aberto a desafios.
Cumprimento de objetivos;
Estabelece e compromete-se com objetivos, e faz tudo o que pode para cumpri-los.
É orientado para os resultados.
Trabalho em equipe;
Gosta de trabalhar em equipe. Não se importa de ajudar os outros (embora não
descuide de seu trabalho).
166
Sabe gerenciar o tempo;
Define prioridades, e não "perde" o seu tempo com questões pouco importantes.
Organização.
Capacidade de manter o local de trabalho, informações e trabalhos em
andamento organizados.
Normalmente estas características são negligenciadas por muitos profissionais que se empenham
em adquirir formação técnica, através de cursos e treinamentos, e esquecem que mesmo sendo um
profissional competente tecnicamente, precisarão também trabalhar em equipe, estarem motivados,
criarem e inovarem continuamente e se relacionarem de maneira eficaz.
A área de instalações elétricas na construção civil é também muito promissora, pois as equipes de
instaladores estão sempre presente na obra, desde a execução estrutural, cabeamento até a parte
mais fina, a da automação predial.
28
http://www.cbic.org.br, acessado em Maio/2012
167
Cientes do aumento da profissionalização, os empresários estão pagando salários cada vez
mais elevados. O levantamento feito pelo Ministério do Trabalho com dados do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que o salário inicial dos trabalhadores
formais da construção civil aumentou 35% entre 2003 e 2010, já descontada a inflação do
período. Em janeiro de 2003, um funcionário do setor era contratado ganhando, em média, R$
651,74 – em valores reais deflacionados pelo INPC de março de 2010. Em janeiro deste ano, o
salário inicial saltou para R$ 884,01. Somente no último ano, o ganho foi de 5,8% acima da
inflação – passou de R$ 835,16 para R$ 884,01, em valores já deflacionados.
29
Mais empregos no país
Mesmo com a crise econômica que atingiu o mundo nos últimos 20 meses, o setor da construção
continua gerando emprego. O número de trabalhadores na construção cresceu 23% desde 2002,
início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, que monitora o mercado
de trabalho formal e informal em seis regiões metropolitanas brasileiras - Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Somente nos últimos 12 meses (fevereiro de
2010), o avanço foi de 8,1%, contra um avanço de 3,4% do mercado de trabalho brasileiro em geral.
A demanda por novos trabalhadores continua crescendo.
Além dos postos de trabalho citados anteriormente é comum as empresas que comercializam
materiais elétricos fornecerem painéis elétricos, necessitando do profissional conhecimentos
específicos tais como conhecimento de comandos elétricos e habilidade manual com ferramentas
elétricas e manuais, conhecimento estes adquiridos normalmente em cursos profissionalizantes em
Comandos Elétricos..
29
http://www.cbic.org.br, acessado em Maio/2012
30
Livro: Introdução ao Empreendedorismo – Cesar Simões Salim, Nelson Caldas Silva – Rio de Janeiro ––
Elsevier, 2010 245p.
168
- Willia Bygrave – Prof. Do Bobson College.
“O empreendedor é uma pessoa que destrói a ordem econômica existente introduzindo novos
serviços e produtos, criando novas formas de organização e explorando novos materiais” – Joseph
Schumpeter.
169
aquisição dos recursos necessários, tais como ferramentas, aparelhos, equipamentos e materiais.
170
O SEBRAE está presente em todos os grandes centros no país, o ideal é ir á um posto do SEBRAE,
pois ele possui bibliotecas com disponibilização de livretos que orientam o empresário a fazer a
abertura da empresa, sendo indicado ainda visitar o site do mesmo, www.sebrae.com.br.
O empreendedor deve consultar alguns contadores para conhecer o procedimento de abertura do
empreendimento assim como as informações necessárias, para posteriormente ser contratado para
fazer a abertura do empreendimento, ao fazer a escolha, deve-se certificar de que as informações
são precisas e corretas.
Dicas Importantes:
1 - Contrato social - Discuta com os sócios a partir de um modelo que você facilmente consegue com
o contador ou até mesmo na Internet, adequando-o segundo o perfil e objetivos do negócios..
2 - Passos típicos do processo de abertura:
- Consulta sobre nome da empresa - é preciso verificar se não existe alguma empresa já
registrada com o nome que você quer adotar.
- Pagar a Guia de Recolhimento na Junta Comercial
- Registrar o contrato social da empresa
-Inscrever a empresa no CNPJ
- Confirmar cadastramento no INSS
- Solicitar autorização no fisco estadual para obter autorização para emitir notas fiscais
O Empreendedor Individual é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como
pequeno empresário. Para ser um empreendedor individual, é necessário faturar hoje no máximo até
R$ 60.000,00 por ano ou R$ 5.000,00 por mês e não ter participação em outra empresa como sócio
ou titular.
Pela Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, o trabalhador conhecido como informal pode se
tornar um Empreendedor Individual legalizado. Ele passa a ter CNPJ, o que facilitará a abertura de
conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais e terá acesso a benefícios
como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.
O público alvo do sistema MEI são os trabalhadores que atuam de maneira autônoma e na
informalidade, por exemplo, eletricistas, encanadores, costureiras e uma infinidade de outros
profissional com atuação semelhante.
Dentre as inovações trazidas pela Lei Complementar nº 128 de 19.12.2008 está a instituição de
regime específico para o Microempreendedor Individual - MEI, que poderá optar pelo recolhimento
dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais. Trata-se
de grande benefício para as empresas que conseguirem se enquadrar, pois esses contribuintes
ficarão sujeitos, basicamente, à Contribuição Previdenciária, ao ISS e ao ICMS.
Forma de tributação
31
Site SEBRAE, www.sebrae.com.br/ consultado em 26/07/2009
171
O Microempreendedor Individual recolherá, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, valor fixo
mensal correspondente à soma das seguintes parcelas.
a) R$ 31,10 (trinta e uma reais e dez centavos), a título de contribuição previdenciária INSS (5%
sobre o limite mínimo mensal do salário-de-contribuição - previsto no §2º do art. 21 da Lei nº 8.212,
de 24 de julho de 1991);
b) R$ 1,00 (um real), a título de ICMS, caso seja contribuinte desse imposto; e
O valor de R$ 37,10 referente à contribuição previdenciária do MEI será reajustado na mesma data
de reajustamento dos benefícios previdenciários, de forma que esta contribuição seja sempre
equivalente a 5% do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição.
Iniciando o MEI
172
A escolha do local de abertura do empreendimento deve ser cuidadosamente planejado, pois deve
estar próximo de seus clientes em potencial ou onde exista a necessidade dos produtos/serviços da
mesma.
Baixa qualificação da mão de obra:
Devido ao baixo poder de pagar salários compatíveis a seus funcionários quando comparado com
empresas já consolidadas no mercado, a empresa recém criada não tem recursos para ofertas
salários e condições profissionais melhores a seus futuros profissionais.
Desconhecimento do mercado:
O estudo do mercado na fase de constituição da empresa é algo decisivo, pois qualquer fato que não
tenha sido identificado anteriormente pode comprometer a nova empresa.
Recessão econômica no país:
A recessão econômica é algo que o empresário está sujeito em maior ou menor grau, dependendo
de sua atuação e nível de endividamento.
Nota: A história tem mostrado que empresários com boa percepção e criatividade, utiliza os
momentos de dificuldades/crises como elemento motor para tomadas de decisões inovadoras,
aprendendo muito com as mesmas.
- Vestuário: estar trajando roupa de acordo com o tipo de trabalho que está sendo realizado e de
acordo com o ambiente em questão, o vestuário ainda deve mostrar bom zelo, podendo refletir uma
característica do profissional .
- Hábitos de Higiene: tais como cabelos tratados, unhas cuidadas e no caso dos homens a barba
deve estar feita.
- Calçados: devem estar bem cuidados e de acordo com o nível de segurança necessário ao
trabalho em questão, garantindo alem da segurança, o conforto.
- Comunicação verbal: expressar-se de maneira clara e objetiva, não utilizando gírias ou jargões.
- Gestos: não utilizar gestos de nenhum tipo, pois, segundo alguns estudiosos de comunicação,
nossos gestos pode trazer uma mensagem sublinhada de um sentimento.
- Relógio: como todo trabalho está associado a prazos e horários, o relógio passa a ser um
acessório importante, denotando uma preocupação com cumprimento de prazos, embora, por
questões de segurança, os profissionais que trabalham com eletricidade, em especial circuitos
energizados, não se aconselham o uso de relógio, principalmente os metálicos.
32
Livro: Linguagem Corporal no Trabalho – David Givens – RJ- Vozes 2011
173
A propaganda é importante na obtenção de novos serviços pois garante a sobrevivência do negócio.,
existem diversas maneiras de se fazer propaganda, desde as mais elaboradas através de
departamentos de marketing, como também as mais simples feitas na comunidade que pode ser:
- através do “boca-a-boca” que são as boas referências dadas por clientes satisfeitos;
- através dos amigos e parentes, pedindo para que os mesmos divulguem seus serviços;
- através de bom relacionamento com clientes que permitam que seja mostrado o serviço realizado
para o mesmo a clientes em potencial.
De modo geral o nível eficiência da propaganda depende muito de quanto se deseja investir na
mesma, assim como a desenvoltura e desinibição do responsável em fazê-la.
Outro fator importantíssimo é fazer um levantamento de todos os gastos envolvidos para realizar o
serviço, tais como locomoção, alimentação, estadia, aquisição de ferramentas e materiais para uso
único no serviço em questão, pois fazer alto investimento em uma ferramenta que será utilizada
unicamente em um serviço, exige que seja feito um planejamento de diluição deste investimento em
mais de um serviço, reduzindo assim o lucro inicial.. Uma boa prática é elaborar uma tabela ou
planilha com todos estes gastos, denominada “Planilha/Tabela de Orçamento”.
Para profissionais que trabalham com parceiros subcontratados, estes devem ser consultados para
que seu custo seja agregado ao orçamento.
A forma de pagamento deve ser observada, pois para profissionais com baixo capital de giro, este
deve prever uma parte do pagamento pelo serviço prestado para honrar compromissos com compras
realizadas para a execução do referido serviço.
Para que um orçamento seja aceito, não basta apenas que o mesmo seja bem elaborado quanto ao
investimento do cliente, mas também a apresentação dos argumentos de venda do mesmo, tais
como:
=> Informar que o serviço será realizado segundo normas técnicas brasileiras;
=> Serão obedecidas normas de segurança tanto na realização do trabalho como garantirão
segurança para os usuários, no caso o cliente;
=> Destacar o tipo de acabamento final, os cuidados que serão tomados com o ambiente onde será
realizado o trabalho.
174
8 Módulo VIII - Exercícios
175
Módulo I - Energia Segura
1.1 Cite 4 cuidados a serem tomados ao executar uma instalação elétrica, ou durante a manutenção.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
1.2 Observe as figuras a seguir e cite os cuidados que devem ser tomados ao fazer as ações
citadas.
Instalação de antenas
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
Troca de lâmpadas
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
Uso de Tomadas
_______________________________________________
_______________________________________________
_______________________________________________
1.3 O que significa Norma Regulamentadora e qual é a fala sobre Segurança em Instalações e
Serviços de Eletricidade?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
176
1.4 Segundo a Norma citada na questão 1.3, liste 5 riscos da força de eletricidade e as medidas de
controle respectivas a cada risco citado.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
1.5 Na figura a seguir classifique os equipamentos de proteção em EPI e EPC ligando a figura ao
tipo de equipamento de proteção.
EPI
EPC
1.6 Cite alguma situação em eletricidade que você observa no seu trabalho ou na sua comunidade,
indicando a respectiva medida de controle.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
177
Módulo II - Conceitos Técnicos Elementares
2.1 Na figura a seguir, identifique os elementos da mesma, circulando o elemento
responsável pelo fluxo de corrente elétrica.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
_____________________________________________
2.4 O que significa potencia ativa e reativa ? Dê um exemplo de onde as encontramos.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2.5 A lei de OHM estabelece a relação entre quais grandezas elétricas?
178
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2.6 Na figura seguinte de OHM coloque a fórmula para cálculo de cada grandeza.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2.9 Qual a diferença entre CA e CC?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
179
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
___________________ ___________________
___________________ ___________________
___________________ ___________________
___________________ ___________________
___________________ ___________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2.14 Na figura seguinte identifique quais os tipos de funcionamento de energia elétrica, e cite
as particularidades de cada tipo.
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
180
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2.16 Qual a divisão de circuitos mínimos que uma residência deve ter?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
2.19 Quanto ao dispositivo citado na questão anterior, que tipo de curva é utilizada para
dimensionar o mesmo?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
___
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
181
2.22 Na figura seguinte faça a devida divisão de Circuito especificando o nome de cada um
deles.
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
____________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
______________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
____________________________________________________________
182
2.25 No diagrama unifilar seguinte, explique o significado de cada símbolo, letras e números
presentes no mesmo.
2.26 No detalhe da planta a seguir, explique cada símbolo e elemento que aparecem no
mesmo.
2.27 No detalhe da planta a seguir , explique cada símbolo e elemento que aparecem no
mesmos.
183
2.28 Qual a diferença entre Condutor Neutro e Condutor de Proteção?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
2.30 Na figura seguinte indique as alturas recomendadas a partir do piso para cada elemento
da instalação.
184
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
3.2Na tabela seguinte indique o nome dos instrumentos segundo a necessidade citada.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
185
Módulo IV – Motores Elétricos e Comandos Elétricos
4.1 Dependendo do tipo de alimentação dos motores elétricos, quais os dois grandes grupos
existentes.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
4.2 A partir da plaqueta de identificação abaixo, complete a tabela com as características solicitadas.
Potência:
Freqüência:
Velocidade:
Tensões Nominais:
Correntes nominais:
Ligações para 220V:
4.3 Considerando que a figura seguinte se refere a uma botoeira utilizada em um sistema de partida
direta de motor de indução, qual a função dos botões?
186
4.4 Considerando que a figura seguinte se refere aos sinaleiros utilizados em um sistema de partida
direta de motor de indução, qual a indicação dos mesmos?
4.5 Considerando que a figura seguinte refere-se a uma contator identifique os contatos com letras e
números, de acordo com a convenção.
4.6 Considerando que a figura seguinte refere-se a um rele de sobrecarga, identifique os contatos
com letras e números, de acordo com a convenção.
4.7 No sistema de partida direta a seguir, indique o dispositivo e sua função no sistema
187
4.8 Porque a linha Tesys U representa uma evolução nos sistemas de partida direta?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
5.3 Como o desenvolvimento tecnológico tem contribuído na redução de custos com energia?
188
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
5.4 Sabendo que o valor R$/kWh é de R$0.35, qual o custo mensal da utilização de uma torneira
elétrica com potência de 4000W com uso diário de 20min.?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
5.5 Qual é a condição básica para que um produto receba o Selo Procel?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
5.6 Qual a função das faixas coloridas identificas por letras da Etiqueta Nacional de Conservação de
Energia (ENCE)?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
189
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
5.8 Quais os pontos vitais para que o Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (GRCC)?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Módulo VI - Normalização
6.1 Quais os ganhos que ocorre a uma sociedade quando a mesma possui a cultura da
normalização?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
6.3 Qua
______________________________________________________________ lo
______________________________________________________________ signi
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________ 190
______________________________________________________________
ficado da sigla IEC?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
6.5 Qual o grande foco da norma NBR 14136 ao tratar dos plugues e tomadas para uso doméstico e
análogo?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
191
Módulo VII – Você no Mercado de Trabalho
1 – Dinâmica de Grupo:
Você é o gestor de um determinado departamento que solicita ao Departamento de
Recrutamento um profissional com um determinado perfil.
Desenvolver dinâmica de grupo apresentando aos demais componentes da turma onde deverá
existir um ator “gestor” que irá especificar o perfil desejado, um ator “selecionador do
departamento de recrutamento” e alguns atores “candidatos ao cargo”.
2 – Porque a construção civil oferece oportunidades de trabalho para uma grande diversidade
de profissionais?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
4 – Dinâmica de Grupo:
Discuta com seu colega e procurando diferenciar uma pessoa empreendedora de uma pessoa
teimosa inconseqüente.
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
192
6 – Dinâmica de Grupo:
Selecione uma possibilidade de negócio em sua região e elabore com seus colegas uma
proposta de serviço a um determinado cliente.
Desenvolver uma dinâmica que deverá existir dois atores, o “Empresário” e o “Cliente”,
deverá ser criadas situações que explorem os aspectos vistos no item “Preparação de
Orçamento: materiais e quantitativos”.
193
FIGURA ? APÊNDICES
194
Apêndice I – Certificação INMETRO / Sistema Internacional
de Unidades – SI
Certificação INMETRO.
33
Histórico do Inmetro:
Durante o Primeiro Reinado, as tentativas de uniformização das unidades de medida brasileiras se
apoiaram em padrões oriundos da Corte Portuguesa. Em 1830, um ano antes da abdicação ao trono
por D. Pedro I, o deputado gaúcho Cândido Baptista de Oliveira sugeriu a adoção do sistema métrico
decimal em vigor na República Francesa. Entretanto, apenas em 26 de junho de 1862, já no
Segundo Reinado, Dom Pedro II promulga a Lei Imperial n° 1157 e com ela oficializa, em todo o
território nacional, a utilização do sistema métrico decimal francês. O Brasil foi uma das primeiras
nações a adotar o novo sistema como signatário da Convenção do Metro, instituída em 20 de maio
de 1875.
O crescimento industrial no século XX fortaleceu a necessidade de criar no Brasil instrumentos mais
eficazes de controle que viessem a impulsionar e proteger produtores e consumidores. Em 1961, foi
criado o Instituto Nacional de Pesos e Medidas (INPM), centralizando a política metrológica nacional.
Para a plena execução de suas competências, ele adotou, em 1962, o Sistema Internacional de
Unidades (SI), consolidado pela 11ª Conferência Geral de Pesos e Medidas em 1960. Os Órgãos
Estaduais, hoje conhecidos como Órgãos Delegados, recebem a incumbência de execução de
atividades metrológicas, atingindo cada região do País.
O crescimento econômico verificado no Brasil ao final da década de 1960 motivou novas políticas
governamentais de apoio ao setor produtivo. A necessidade de acompanhar o mundo na sua corrida
tecnológica, no aperfeiçoamento, na exatidão e, principalmente, no atendimento às exigências do
consumidor, trouxe novos desafios para a indústria. Em 1973, nascia o Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, o Inmetro, hoje chamado Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia.
No âmbito de sua ampla missão institucional: fortalecer as empresas nacionais, aumentando a sua
produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade de produtos e
serviços.
A importância da Certificação:
A certificação de conformidade induz à busca contínua da melhoria da qualidade. As empresas que
se engajam neste movimento, orientam-se para assegurar a qualidade dos seus produtos, processos
e serviços, beneficiando-se com a melhoria da produtividade e aumento da competitividade.
A certificação é um indicador para os consumidores de que o produto, processo ou serviço atende a
padrões mínimos de qualidade.
Em relação às trocas comerciais, no âmbito dos blocos econômicos, é particularmente importante a
certificação de conformidade. É cada vez mais usual o caráter obrigatório da certificação para a
comercialização de produtos que se relacionam com a saúde, a segurança e o meio ambiente.
A livre circulação de bens e serviços só se viabiliza integralmente se os países envolvidos
mantiverem sistemas de certificação compatíveis e mutuamente reconhecidos.
33
Disponível em <http://www.inm etro.go v.br/i nm etro/historico .asp> Acesso em : fev.2012
34
Dispon ível em <http://www.i nm etro.gov.b r/infotec/public acoes/Si.pdf>, Acesso em: fev.20 12
195
Unidades expressas a partir de unidades de base
Definições das unidades mecânicas utilizadas nas definições das unidades elétricas:
Unidade de força - A unidade de força [no Sistema MKS (Metro, Quilograma, segundo)] é a força
que comunica a uma massa de 1 quilograma a aceleração de 1 metro por segundo, por segundo.
196
Watt (unidade de potência) - O watt é a potência que desenvolve uma produção de energia igual a 1
joule por segundo.
O Comitê (internacional) admite as seguintes proposições que definem a grandeza teórica das
unidades elétricas:
Ohm (unidade de resistência elétrica) - O ohm é a resistência elétrica que existe entre dois pontos
de um condutor quando uma diferença de potencial constante de 1 volt, aplicada entre esses dois
pontos, produz, nesse condutor, uma corrente de 1 ampère, não tendo esse condutor nenhuma força
eletromotriz.
197
Apêndice II - Disjuntores – Certificação INMETRO
Nos dias de hoje, o disjuntor tornou-se peça fundamental na segurança interior de seu lar. Isso
porque, caso a fiação elétrica receba uma corrente muito elevada, o disjuntor desliga
automaticamente, interrompendo a energia até que o problema seja resolvido, evitando incêndios e
queimas nos eletro-eletrônicos e, até, em sua residência.
E é por esse motivo, pensando na segurança do consumidor, que o Inmetro certifica disjuntores
obrigatoriamente, isto é, todos os fabricantes brasileiros somente podem vender disjuntores que
tenham o selo de certificação do INMETRO.
Este selo indica que o disjuntor apresenta adequado grau de confiança, na conformidade com as
normas técnicas. Além do Selo, deve constar uma etiqueta indicativa de seu nível de proteção, bem
como sua aplicação.
O Selo INMETRO é obrigatório a todos os fabricantes de DISJUNTORES RESIDENCIAIS ATÉ 63A
conforme ABNT NBR NM 60898
198
Figura ? Selo de Conformidade INMETRO de Disjuntor - Geral
● Sobrecorrente
Corrente cujo valor excede a corrente nominal.
● Corrente de sobrecarga
Sobrecorrente num circuito, sem que haja falta elétrica.
Nota: Uma corrente de sobrecarga pode causar dano se for mantida por um
tempo suficiente.
● Corrente de curto-circuito
Sobrecorrente que resulta de uma falta, de impedância insignificante, entre condutores vivos
que apresentam uma diferença de potencial em funcionamento normal.
199
Figura ? Conceito de curto circuito
O mesmo selo de conformidade INMETRO do disjuntor traz ainda informações das normas a ele
relacionadas.
200
Ics 100% 75% 50% 25%, 50%, 75% ou 100% de Icu
● Grau de poluição
» Definido pela ABNT NBR IEC 60947-1:
» "Número convencional, baseado na quantidade de poeiras condutoras ou
higroscópicas, de gases ionizados ou de sais, e na umidade relativa e sua
freqüência de aparecimento traduzida pela absorção ou condensação de umidade,
tendo por efeito diminuir a rigidez dielétrica e/ou a resistividade superficial"
1 Sem poluição
2 Sem poluição condutora Ambiente residencial
3 Poluição condutora Ambiente industrial
4 Elevado índice de poluição condutora Ambientes externos
201
Referências
Companhia Energética de Pernambuco – CELPE Norma: Fornecimento de Energia
Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição a Edificações Individuais. Disponível
em: <http://www.celpe.com.br> Acesso em: 14/Fev./2012
SMS Manual do Usuário - Estabilizador Revolution Speed, São Paulo, 2010. 6p.
_______. NBR 14136: 2001. Plugues e tomadas para uso doméstico e análogo até
20 A/ 250 V em corrente alternada: padronização. São Paulo, 2001. 20 p.
202
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE
INDUSTRIAL - INMETRO. Selo de Identificação da Conformidade do INMETRO.
Disponível em: <www.inmetro.gov.br/imprensa/releases/disjuntores. asp>. Acesso
em: jan. 2009.
JAMES, Judi. Linguagem Corporal no Trabalho. Rio de Janeiro, Best Seller, 2008,
319p.
203
SENAI/DN
Unidade de Inovação e Tecnologia – UNITEC
Renata Lima
Normalização
________________________________________________________________
Andrea Maria
Elaboração
Denise Lana
Revisão Gramatical e Editoração
________________________________________________________________
204