A Mão de Deus
A Mão de Deus
A Mão de Deus
INTRODUÇÃO: Estas duas últimas semanas eu tenho repetido muito, nas conversas e
no púlpito, o que diz o Sl 92.14 quando afirma que justiça e direito (juízo) são os
fundamentos do trono de Deus. E sabe por que tenho dito isto? Por que o Senhor tem
me falado que muitos crentes estão com sérios problemas porque andam zombando do
Senhor vivendo uma vida de desobediência e afronta a tudo quanto tem sido ensinado
na Igreja através da Palavra de Deus pelo Espírito Santo. Deus é misericordioso e
longânimo, mas há uma linha invisível que separa a paciência de Deus da ira de Deus.
É terrível quando Deus entrega alguém à sua própria sorte porque a pessoa insisti em
ser desobediente e persisti em viver no pecado. Chega um dia em que Deus diz: Basta!
A história do Rei Belsazar é uma importante lição para todos nós.
I. AS OPORTUNIDADES – V. 22
Belsazar era da família real. Seu pai ou avô, Nabucodonosor foi convertido a Deus (veja
nosso estudo sobre ele). Ele presenciou todos os acontecimentos relatados nos
capítulos 1-4 de Daniel. Ele devia ter a idade de Daniel. Ele viu o testemunho de Daniel
e de seus amigos. Ele viu como Deus libertou os amigos de Daniel da fornalha. Ele viu
como Nabucodonosor foi arrancado do trono para tornar-se um animal, até que seu
coração foi humilhado e convertido.
Apesar de conviver com verdadeiros testemunhos a respeito de Deus, ele tapou seus
ouvidos, fechou seus olhos e endureceu seu coração. O rei Belsazar cruzou a linha da
ira de Deus naquela mesma noite e pereceu. Viver no pecado é loucura. Horrenda coisa
é cair nas mãos do Deus vivo.
2. Um homem que desprezou a Deus nem lhe deu glória, a despeito de conhecer a
verdade – v. 22
Naquela noite, o rei Dario estava desviando o curso do rio Eufrates, e marchando pelo
leito do rio para entrar na inexpugnável cidade para tomá-la. O império estava caindo
e o rei estava festejando. Aquela era a sua última noite, e o rei estava se embriagando.
Ele estava fazendo uma festa no dia mais fatídico da sua vida. A maior cidade do mundo
estava sendo tomada e o rei e os nobres estavam bebendo e se divertindo. Eles estavam
à beira de um abismo e não estavam percebendo. Muitas pessoas também não se
percebem o risco que correm. Estão à beira da morte, nas barras do juízo de Deus e
continuam anestesiadas pelos seus pecados.
Outro erro do rei foi o abuso da bebedeira. A bebedeira é um espetáculo indigno que
produz consequências desastrosas. Quem bebe está à beira de um abismo: acidentes
de trânsito, delitos sexuais, adultérios, assassinatos têm muitas vezes sua origem no
álcool.
Ele gostava de pompa. Vivia para o prazer. Usava o poder para se corromper e
corromper as pessoas. Quanta gente se vende por tão pouco. Era a festa dos excessos.
4. O rei promoveu uma festa de profanação às coisas sagradas e de culto aos ídolos –
v. 3,4
Além de se entregar à embriaguez, ele deu mais um passo na direção da sua ruína.
Mandou trazer os vasos do templo para profaná-los de forma infame. Profanar as coisas
de Deus é um grave pecado. Usar os vasos do templo, consagrados para o culto ao
Senhor, numa bacanal foi uma terrível ofensa à santidade de Deus.
Além de profanar as coisas de Deus, o rei ainda usou os vasos do templo para honrar os
ídolos. A idolatria é um pecado ofensivo a Deus. A idolatria é uma expressão de
profunda cegueira espiritual. Ela provoca a ira de Deus.
Se apenas uns dedos, escrevendo silenciosamente umas poucas palavras, causaram tão
grande pavor, imaginemos como então se sentirão os pecadores quando virem o Senhor
em toda a plenitude da sua glória e ouvirem a sua voz proferindo a terrível sentença:
“Apartai-vos de mim malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus
anjos”.
O rei buscou uma explicação para a misteriosa aparição nos sábios da Babilônia. Mas
eles não sabiam nem podiam. As coisas de Deus são para os filhos de Deus. Eles não
podiam discernir as coisas espirituais. A sabedoria humana não pode ajudar um homem
aflito, em rebelião contra Deus.
Belsazar não quis ouvir o profeta Daniel durante os dias da sua vida, agora precisou
ouvi-lo na hora da sua morte. Daniel era um homem insubornável. Ele não fazia a obra
de Deus por dinheiro. Ele não vendeu seu ministério. Ele não buscou favores dos
poderosos deste mundo. Ele tinha um compromisso com Deus.
Foi Deus quem deu o reino, grandeza e poder a Nabucodonosor (v. 18). A grandeza da
Babilônia não era conquista dos seus reis, mas dádiva de Deus. Nabucodonosor demorou
muitos anos para entender isso. Mas seu filho não reconheceu isto. E por isso é
confrontado.
Quanto mais luz temos, mais responsáveis somos. Ele viu o que aconteceu com o rei
Nabucodonosor, indo comer capim com os bois, porque endureceu sua cerviz. A
despeito de tantos exemplos, esse rei ainda mantinha seu orgulho, soberba e
incredulidade.
O rei estava tão cego que não conseguia enxergar sua ruína. Fez promessas aos sábios
da Babilônia (v. 7) e a Daniel (16) que não pode cumprir. Ele pensava que podia honrar
aqueles que prestassem favores e nem sabia que naquela noite morreria e seu império
estaria nas mãos de outro rei. Belsazar foi condenado por seu orgulho. Aquele que não
adora a Deus adora a si mesmo e a outros deuses.
O conhecimento das coisas de Deus nos torna responsáveis. O rei pereceu não por falta
de luz, mas por cegueira deliberada. Ele morreu não por ignorância, mas por rebeldia.
4. Julgado culpado porque afrontou a Deus em cujas mãos estavam a sua vida – v.
23
Ele profanou os vasos do templo. Deu louvores aos deuses de ouro e pedra, e não
exaltou a Deus, em cujas mãos estava a sua vida. A idolatria é uma afronta a Deus. É
levantar-se contra o Senhor.
A mão de Deus escreveu na parede: MENE, MENE, TEQUEL E PARSIM (v. 25).
TEQUEL - Deus pesou cada ato da sua vida: seus pecados ocultos e conhecidos, suas
desordens e bebedeiras, sua rejeição às coisas santas e resistência às coisas espirituais.
Deus pesou o seu orgulho e sua soberba. Deus pesou tudo na balança. Ponderou sua
vida do princípio ao fim. E o achou em falta!
Uma vez que Deus não julga imediatamente, os ímpios concluem que não o fará de
modo algum. Porém, ele pesa em sua balança toda zombaria e afronta. Nada é
esquecido. Deus tem cada ação do homem gravada no céu. Deus registra tudo.
3. Deus dividiu o seu reino e o destruiu – v. 28-31
PARSIM – PERES – Peres quer dizerdividido. O seu reino seria dividido e destruído. Isso
aconteceu pelo poder dos medos e dos persas. O mesmo Deus que dera o reino a
Nabucodonosor (v. 18), agora o dará aos medos e aos persas (v. 28).
E não foi somente aquele reino que Belsazar perdeu. Ele perdeu também o reino de
Deus. O rei atravessou a linha divisória da paciência de Deus. Tudo que agora o espera
é “certa expectação horrível de juízo e fogo vingador” (Hb 10:27).
CONCLUSÃO: Naquela mesma noite, durante a festa, o rei Dario desviou o curso do rio
Eufrates e o transpôs. Assim, seus exércitos invadiram a inexpugnável cidade, mataram
o rei Belsazar e tomaram a Babilônia. A história registra a espetacular estratégia de
conquista: “Dario desviou o Eufrates para o novo canal, e guiado por dois desertores,
marchou pelo leito seco rumo à cidade, enquanto os babilônios farreavam numa festa
a seus deuses”. Belsazar não aproveitou a sua última oportunidade. No momento em
que Deus fez a sua chamada final ele estava bêbado. Ai dos que deixam passar as
oportunidades. Naquela mesma noite Belsazar morreu sem Deus, sem paz, sem
salvação. Que possamos ter tremor e temor na presença do Senhor porque a própria
Bíblia nos adverte: “Deus não tem