Aula 4 Sistemas Construtivos de Pontes PDF

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Universidade de Santa Cruz do Sul

Departamento de Engenharia, Arquitetura e Ciências Agrárias


Pontes

Sistemas Construtivos de Pontes

Profa. Jennefer Lavor Bentes

Santa Cruz do Sul


Setembro 2013
Sistemas Construtivos de Pontes
 Infraestrutura
 Mesoestrutura
 Superestrutura
 Em Concreto armado ou Protendido Moldado no Local;
 Sistema por Balanços Sucessivos;
 Sistema por Cimbramento Convencional;
 Com Aduelas e Vigas Pré-moldadas;
• Sistema por Balanços Sucessivos;
• Sistema por Lançamento por Empurramento Sucessivo;
• Sistema com utilização de Tirantes;
Infraestrutura
As fundações tem a função de transmitir os esforços da ponte para o solo.
Os procedimentos para a sua construção seguem os fundamentos da
Geotecnia e Fundações, de acordo com os estudos realizados no local de
implantação da ponte.
 As fundações de pontes podem ser executadas por:
 Sistema de fundação por tubulões;
 Sistema de fundação por blocos de concreto;
 Sistema de fundação por sapata simples ou corridas;
 Sistemas de fundação por estacas;

Vídeo 1 - Liberacao_de_base_de_tubulão.flv
Vídeo 2 – Tubulao_em_água.flv
Mesoestrutura
A mesoestrutura transfere os esforços da superestrutura para a
infraestrutura. Possui diversos sistemas executivos de acordo com o
sistema estrutural da ponte ou viaduto.
 A mesoestrutura pode ser:
 Pilares de concreto moldado in-loco;
 Pilares pré-moldados
Necessário estruturas auxiliares para transporte e içamento;
 Pilares Metálicos
Geralmente em pontes com estruturas em
treliças, pontes estaiadas, pontes penseis,
entre outras;
 Paredes de concreto.

Pilares de concreto moldado in-loco


Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
 Processo mais empregado no Brasil para a execução de pontes e viadutos.
 Procedimento utilizado em diversos tipos de pontes: com seção caixão,
estaiadas, em vigas de alma cheia, pênseis, lajes, etc.
 O escoramento pode ser fixo ou móvel.
 Não se recomenda para:
 Altura de escoramento elevada (H > 15m);
 Obras com grandes comprimentos (L > 400m);
 Acima de rios profundos, sem regimes bem definidos e com grandes velocidades de fluxo
de água (v > 3m/s).
 Pequeno prazo de execução da obra.
Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
 Escoramento fixo
Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
 Escoramento fixo

Escoramento auto-portante
Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
 Escoramento móvel
Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
 Cuidados com o escoramento:
 Fundação e contraventamento;
 Contraflechas;
 Cuidados na concretagem das regioes das juntas;
 Cuidados na desforma;
 Influencia do método construtivo no cálculo;
 Obstáculos ao movimento das formas (móvel).
Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
A FIB (2000) é uma referencia que
pode servir como orientação na
escolha do tipo de seção transversal
em pontes e viadutos de concreto
protendido moldado no local

O parâmetro ρ é o coeficiente de
eficiência geométrica que relaciona:
área da seção transversal, distancias
do centróide da seçao às fibras
externas e a inércia da seção.
Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
→ Sistema em Balanços Sucessivos Moldado no Local.

 Procedimento construtivo criado pelo brasileiro Emílio Baumgart.


 Ponte de Herval sobre o rio Peixe em Santa Catarina (primeira
pontes construída com esse sistema em 1930).
 Construção em segmentos denominados aduelas (pré-moldadas ou
moldadas no local);
 Aduelas pré-moldadas são fabricadas no canteiro e transportadas por
meio de treliças metálicas até a extremidade do balanço.
 Utilização de époxi entre as aduelas pré-moldadas (diminui efeitos de
imperfeições das juntas, impermeabiliza a junta e contribui para a
transmissão de tensões cisalhantes).
Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
→ Sistema em Balanços Sucessivos Moldado no Local.

 Balanços sucessivos que partem dos apoios;


 Execução controlada;
 Fechamento central realizado em períodos com menor variação de
temperatura, para evitar efeitos térmicos no trecho até o
endurecimento do concreto.

 Vídeo 1 – Aduelas_Tipicas.flv
 Vídeo 2 - Aduela_de_Fechamento.flv
 Vídeo 3 - Balanco_sucessivo.flv
 Vídeo 4 - Balanco_sucessivo_2.flv
Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
→ Sistema em Balanços Sucessivos Moldado no Local.

Sistema em Balanços Sucessivos Moldado no Local (FIB, 2000 e FIB, 2001).


Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
→ Sistema em Balanços Sucessivos Moldado no Local.

Sistema em Balanços Sucessivos Moldado no Local (FIB, 2001). Detalhe da aduelas


Superestrutura
 Em Concreto Armado ou Protendido Moldado no Local.
→ Cimbramento convencional.

 Utilizado desde que não haja altura muito elevada de cimbramento;


 Estrutura auxiliar para apoiar as formas da estrutura da ponte;
 Cimbramento pode ser de madeira ou de estruturas metálicas (em casos
excepcionais de concreto - demolidos posteriormente a concretagem).
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
 Processo construtivo de forma análoga aos tabuleiros constituídos por
aduelas betonadas in-situ;
 Indicada para vãos longos (maiores que 50m);
 Estruturas com complexidade geométrica superior (aduelas de
geometria variável e curvatura de raio reduzido);
 Processo consiste em instalação sequencial de pares de aduelas pré-
fabricadas a partir de um pilar, sendo as várias aduelas pré-fabricadas
ligadas à estrutura através de pré-esforço;
 Primeira construção desse tipo: construção da ponte Choysi-le-Roy,
sobre o rio Sena (França) em 1962 – utilizaram uma grua flutuante que
instalava as aduelas em cada lado dos pilares.
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
 Sistemas de construção:
• Sistema por Balanços Sucessivos;
• Utilizando grua;
• Utilizando guinchos de elevação;
• Lançadeira de aduelas;
• Sistema por Lançamento por Empurramento Sucessivo;
• Sistema com utilização de tirantes;
• Tirantes provisórios;
• Tirantes definitivos.
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
 Sistemas de construção:
• Sistema por Balanços Sucessivos;
• Utilizando grua;
• Utilizando guinchos de elevação;
• Lançadeira de aduelas;
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema por Balanços Sucessivos
→ Elevação por Gruas.

 Procedimento simples de elevação com grua da aduela até o ponto de


fixação na superestrutura;
 Condicionado à:
 altura da superestrutura;
 acessibilidade;
 condições de operação no local de obra.
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema por Balanços Sucessivos
→ Elevação por Gruas.

Colocação da aduela com grua (West Rail, Hong


Kong, 1992-2002).

Colocação da aduela 0 com grua (West Rail, Hong Kong, 1992-2002).


Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema por Balanços Sucessivos
→ Recurso com guincho de elevação.
 Os dispositivos de elevação são colocados na parte superior das
extremidade das consolas em construção e vão avançando à medida que
a superestrutura vai sendo construída.
 Apresenta uma plataforma auxiliar situada ao nível da superestrutura
(para a aplicação da protensão e aplicação de resina epóxi).
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema por Balanços Sucessivos
→ Recurso com guincho de elevação.

Elevação de uma aduela com recurso a guinchos de Elevação da última aduela com recurso de
elevação (West TsingYi, Hong Kong, 2004-2005). elevação (West TsingYi, Hong Kong, 2004-2005).
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema por Balanços Sucessivos
→ Lançadeira
 Sistema que opera com treliças lançadeiras;
 Treliças lançadeiras são equipamentos na forma de grandes treliças, que
operam sobre apoios deslizantes, ocupando o vão a ser construído.
 São mais utilizadas em estruturas de concreto protendido pré-moldado
(melhor solução), devido ao grande peso próprio das vigas.
 A montagem por lançamento convencional de vigas de concreto é proibitiva
pela inversão de momentos durante o processo (exige proteção apenas no
final).
 Na parte superior existem duas pontes rolantes munidas de guinchos para o
transporte das vigas.
 O conjunto das pontes rolantes, mais a cabine, mais o quadro de comando e
o motor, deslocam-se em cima da treliça, transportando a viga.
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema por Balanços Sucessivos
→ Lançadeira

Construção por avanços sucessivos com recurso de uma lançadeira superior


(Shenzhen Western Corridor Project, Hong Kong).
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema por Balanços Sucessivos
→ Lançadeira

Vista geral de uma lançadeira superior de aduelas Lançadeira inferior (West Rail, Hong Kong).
(Deep Bay Link, Hong Kong).
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema por Empurramento Sucessivo

 Neste método a superestrutura é fabricada nas margens e empurrada


para a posição ao longo dos vãos.
 Durante a execução, até a chegada da superestrutura nos apoios, esta
funciona como balanço e isso deve ser considerado no cálculo.
 Cada segmento é executado sobre fôrmas metálicas fixas, sendo
concretado contra o anterior já concluído – permite a continuidade da
armadura na região das juntas.
 A estrutura é empurrada por macacos hidráulicos e sobre aparelhos de
apoio deslizantes (permanentes ou provisórios).
 A treliça metálica a frente reduz o momento negativo durante a fase
construtiva.
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema por Empurramento Sucessivo
Vantagens: Recomenda-se:
 Eliminação do escoramento;  Vãos intermediários com comprimentos
iguais.
 Redução das formas;
 Assegura que as emendas dos diversos
 Redução da mão-de-obra; segmentos coincidam na mesma
 Rápida execução da superestrutura; proporção do comprimento para
todos os vãos.
 Industrialização da construção.
 Vãos extremos com 75% do comprimento
dos vãos intermediários.
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema por Empurramento Sucessivo

Viaduto de Meyssiez – França.


Viaduto Millau (França):
Millau_Viaduct.flv
Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema com utilização de tirantes
→ Tirantes provisórios
A particularidade deste processo construtivo advém da forma como as aduelas são
temporariamente pré-esforçadas na sua posição final, que se procede através de um
sistema de cabos de suspensão e uma torre. As aduelas encontram-se
temporariamente na estrutura através do referido sistema de tirantes até que o vão
fique completo, altura em que se procede à aplicação do pré-esforço longitudinal
definitivo.

Construção com tirantes provisórios (Jacques, 2004).


Superestrutura
 Com Aduelas e Vigas pré-moldadas.
→ Sistema com utilização de tirantes
→ Tirantes definitivos

 Com tirantes definitivos pode-


se alcançar grandes vãos.

 Vãos superiores a 400m.

 A estrutura pode apresentar


simetria com relação a um plano
com dois planos de tirantes ou ser
assimétrica e apresentar apenas
um.
Construção de uma ponte atirantada (Industrial Ring Road,
Bangkok, 2005-2006).
CURIOSIDADE
 Frequência de vibração associada ao caminhar de pedestre.
 Millenium_Bridge.flv
Referências
 PFEIL, WALTER, Pontes em Concreto Armado, 3º
edição. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos,1983.

 FIB BULLETIN 9, Guidance for Good Bridge Design,


2000.

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