COSMOGÊNESE
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O Eterno Pai, envolto em suas Sempre Invisíveis Vestes, tinha dormido uma vez
mais por Sete Eternidades. O Tempo não existia, pois jazia, dormindo, no Seio
Infinito da Duração.
A Mente Universal não existia, pois não havia Ah-hi (seres celestiais) para contê-
la. As Sete Sendas da felicidade não existiam. As Grandes Causas de Desdita não
existiam, pois não havia ninguém que as produzisse e fosse por elas envolvido.
Só Trevas enchiam o Todo Sem Limites; pois Pai, Mãe e Filho eram uma vez
mais Uno, e o Filho não havia ainda despertado para a nova Ronda e sua
Peregrinação nela.
Mas, onde estava Dangma quando Alaya (Alma Universal ou "Anima mundi") do
Universo estava em Paramârtha (Existência Absoluta), e a Grande Roda era
Anupadaka? ("sem pais" – que existia por si mesmo, agênito, nascido sem pais
ou progenitores).
Como Deuses dos sete sistemas ou seus dirigentes, os Ishwaras possuem, cada
um, sete hierarquias diferentes. A experiência de cada sistema, cadeia, vai
formando novas hierarquias. Se repetirmos sete vezes a evolução completa da
Grande Ronda, veremos que ao chegar ao fim, serão incluídas nas referidas
experiências as hierarquias criadas por todos Eles. Desse modo, o que se poderia
deduzir desse conjunto de hierarquias ao chegar-se ao fim? Haverá mesmo fim...?
É o Segundo Trono que une e desune, liga e desliga uma Cadeia ou Sistema, dos
demais. Nele estão contidos os "Arquétipos" para a formação de futuros
universos.
COSMOGÊNESE - Parte 2
Prof. Henrique José de Souza
Portanto, entre uma Cadeia e outra, bem como entre um Sistema de evolução e
outro, há sempre um Pralaia (período de obscuridade ou repouso), onde se
conserva a experiência do Globo, Cadeia ou Universo anterior. Este Pralaia é
representado por um Segundo Trono, desde que seu papel é separar uma coisa da
outra. Os Globos luminosos se expressam no plano físico e os obscuros num
Segundo Trono. São estes que conservam a experiência adquirida nos Globos
luminosos. O Tempo de duração dos Globos luminosos é igual ao dos Globos
obscuros ou seja, Manuântara igual a Pralaia.
Na Segunda Cadeia desse Quarto Sistema, deveria figurar o tatwa Apas, como
seria lógico de se supor, sob a égide da Lua; no entanto, tal fato não aconteceu,
em virtude de "erros" (atrasos no plano arquetipal), passando a figurar sob o
impulso do Sol e do tatwa Tejas, dando como resultado a hierarquia dos
Agniswatas, formando também a série vegetal dessa Cadeia – que foi plasmada
como repercussão do que existia no Segundo Sistema. Esta inversão de tatwas
fez com que na Terceira Cadeia desse nosso Quarto Sistema se desenvolvesse a
série animal correspondente à última Cadeia do Terceiro Sistema de evolução,
fazendo surgir, em consequência, uma hierarquia de nome Pitris Barishads que
possuindo uma classe de Devas mal formados, ao ser indicada para trabalhar na
evolução da Quarta Cadeia ou da formação do Jiva (homem), rebelou-se. Esta
revolta contra Dharma, a Lei Evolutiva, ficou conhecida nas tradições esotéricas
com o nome de "Taraka-Maya", ou a Guerra dos Céus das tradições hindus. Isto
explica tudo sobre os Anjos caídos. A série animal desenvolvida na Terceira
Cadeia, esteve sob a égide da Lua, entrando em sua formação o tatwa Apas.