Apostila Gestão e Controle Ambiental

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ESCOLA TÉCNICA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Rua Oliveira Lisboa, nº 41, Barreiro, Belo Horizonte – MG – CEP 30640-470


Fone: 31 33848770 – www.metaescolatecnica.com.br

Gestão e Controle Ambiental


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SUMÁRIO
1 – Introdução
2 – Norma ISSO 14001
2-1 – Requisitos gerais
2-2 – Política ambiental
2-3 – Planejamento
-3-1 – Aspectos ambientais
2-3-2 – Requisitos legais e outros
2-3-3 – Objetivos, metas e programas
2-4 – Implementação e operação
2-4-1 – Recursos, funções, responsabilidades e autoridades
2-4-2 – Competências, treinamento, conscientização
2-4-3 – comunicação
2-4-4 – Documentação
2-4-5 – Controle de documentos
2-4-6 – Controle operacional
2-4-7 – Preparação e respostas a emergências
2-5 – Verificação e ação corretiva
2-5-1 – Monitoramento e medição
2-5-2 – Avaliação do atendimento e requisitos legais e outros
2-5-3 – Não conformidade, ação corretiva e preventiva
2-5-4 – Registros
2-5-5 – Auditoria interna
2-6 – Análise pela administração
3 – Aspectos e impactos ambientais
3-1 – Definições e conceitos
3-2 – Tipos de processos em uma organização
3-3 – Levantamento dos aspectos ambientais
3-4 – Avaliação dos aspectos/impactos ambientais
3-5 – Classificação dos aspectos e impactos ambientais
3-6 – Conclusões
3-7 – Passo a passo para levantar os aspectos e impactos ambientais
4- Exercícios

Referências bibliográficas
Anexo I – A história da ecologia humana
Anexo II – Requisitos do sistema de gestão ambiental ISO 14001:2004
Anexo III – Listagem dos aspectos ambientais
Anexo IV – Listagem dos impactos ambientais
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SISTEMA DE GERENCIAMENTO AMBIENTAL

1 – INTRODUÇÃO

Uma norma ambiental é a tentativa de homogeneizar conceitos, ordenar


atividades e criar padrões e procedimentos que sejam reconhecidos por aqueles que
estejam envolvidos com alguma atividade produtiva que gera impactos ambientais.
As normas de sistema de gestão ambiental surgiram para tentar estabelecer um
conjunto de procedimentos e requisitos que relacionam o meio ambiente com:
*projeto/desenvolvimento
*planejamento
*fornecedores
*produção
*serviços de pós-venda

As normas de sistemas de gestão ambiental podem ser aplicadas em qualquer


atividade econômica, fabril ou prestadora de serviços e, em especial, naquelas cujo
funcionamento ofereça risco ou gere efeitos danosos ao meio ambiente.

Sistema de Gestão Ambiental


(ISO série 14000)

Normas do sistema Termos e definições NBR Normas de produtos


ISSO 14050

SGA 14001 e 14004 Análise do Ciclo de vida


NBR ISSO 14040 – 14048
Avaliação do Desempenho Rótulos Ambientais
Ambiental NBR ISO NBR ISO 14020 – 14024
14031
Auditoria Ambiental Aspectos Ambientais de
NBR ISO 14010 – 14012 Normas de Produtos

1- Normas do sistema de gestão ambiental


NBR ISO 14001: Sistema de Gestão Ambiental – Especificações
NBR ISO 14004: Sistema de Gestão Ambiental – Diretrizes

2 – Normas de Auditorias ambientais


NBR ISO 14010: Princípios Gerais
NBR ISO 14011: Auditoria de SGA
NBR ISO 14012: Critérios de qualificação de auditores

3 – Normas de Rótulos e Declarações Ambientais


NBR ISO 14020: Princípios Ambientais
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NBR ISO 14021: Autodeclarações ambientais


NBR ISO 14024: Rótulo ambiental tipo I – Princípios e procedimentos
TR 14025 – Rotulagem tipo II – Princípios e procedimentos

4 - Normas de Avaliação de Desempenho Ambiental


NBR ISO 14031: Avaliação de Desempenho Ambiental
NBR ISO 14032: Exemplos de avaliação de desempenho ambiental

5 – Normas de Análise do Ciclo de Vida


NBR ISO 14040: Princípios e estruturas
NBR ISO 14041: Definição de metas/escopo e análise do inventário
NBR ISO 14042: Avaliação do impacto
NBR ISO 14043: Interpretação

6 – Normas de Termos e Definições


NBR ISO 14050: Termos e Definições

Mas o que é SGA?

É um sistema que identifica oportunidade de melhoria para redução de impactos


ambientais gerados dentro da empresa. O código exige:
 Comprometimento da empresa com o meio ambiente;
 Elaboração de planos, programas e procedimentos específicos.

Por que implantar SGA? Razões para implantar!


- A globalização impõe a gestão ambiental
O comprometimento das empresas com a Gestão Ambiental acompanha o
processo de globalização das relações econômicas
- Novo parâmetro de competitividade
Conciliar a competitividade com proteção ambiental constitui no desafio às
empresas modernas
- Ecoestratégia para a conquista do mercado
“Reduzir os custos a eliminação de desperdícios, desenvolver tecnologias limpas
e baratas, reciclar insumos são mais que princípios de gestão ambiental. Representam
condições de sobrevivência.”
- Crescimento da consciência ecológica por parte da sociedade
Preferência por bens e produtos ambientais corretos
Ler embalagens, rótulos e bulas passam a ser atitudes das pessoas.
Suspeitas de problemas no processo produtivo leva sem constrangimento ao
boicote dos produtos.
- Paradigma do desenvolvimento e do crescimento sustentável
É um processo de mudança que leva em conta as necessidades das gerações
futuras.
Relaciona o homem como planeta.
Declara o homem como responsável pelo equilíbrio de sua convivência e
principalmente pelas consequencias futuras de seus atos.
Incorporação da variação ambiental aos negócios das empresas.
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O que é ISO 14001?


É uma Norma Internacional que certifica um Sistema de Gerenciamento
Ambiental (SGA). A ISO 14001 estabelece as especificações e os elementos de como
deve implementar um sistema de Gestão Ambiental A figura a seguir ilustra o modelo
de implantação que é similar na maioria dos sistemas de gestão ambiental.

MELHORIA
CONTÍNUA

Política de Meio
Análise Crítica Ambiente

Planejamento

Verificação e Implementação
Ação Corretiva e Operação

É uma norma:
 Aplicável a todos os tipos e tamanhos de organização;
 Adapta-se a condições geográficas, culturais e sociais diversas;
 Contem requisitos que podem ser auditados objetivamente para fins de
certificação ou autodeclaração;
 Não substitui requisitos legais ou regulatórios;
 Não aborda gestão da saúde e segurança ocupacional.
No sistema de gestão ambiental a alta administração define o seu compromisso com
as questões ambientais

PARA UMA IMPLANTAÇÃO EFICAZ, O SISTEMA DE GESTÃO


AMBIENTAL, É PRECISO O COMPROMETIMENTO DOS
PRINCIPAIS EXECUTIVOS DA ORGANIZAÇÃO.
O outro passo importante é a avaliação ou revisão da situação do relacionamento
da empresa com o meio ambiente, onde se faz um inventário das ocorrências e das
condições de funcionamento da atividade produtiva, incluindo-se análise da legislação
pertinente, além de outras informações que possam auxiliar no planejamento do sistema
de gestão ambiental.

PARA DAR INÍCIO AO PLANEJAMENTO DE UM SISTEMA DE


GESTÃO AMBIENTAL, É NECESSÁRIA A AVALIAÇÕA DE COMO
A ORGANIZAÇÃO SE ENCONTRA.
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2 – NORMA ISO 14001

2-1 – REQUISITOS GERAIS


Os requisitos do sistema de gestão ambiental estão contidos na seção 4 da ISO
14001. O requisito mais básico, desta seção, é o de estabelecer e manter um sistema de
gestão ambiental que inclua todos os requisitos descritos na norma. O modelo básico
para um sistema de gestão ambiental está descrito no documento de orientação ISO
14004 como um processo de cinco etapas.
 O compromisso e política: nesta fase, a organização define uma política
ambiental e assegura seu comprometimento com ela;
 Planejamento: a organização formula um plano que satisfaça às políticas;
 Implementação: a organização coloca um plano de ação, fornecendo os
recursos e mecanismos de apoio;
 Medição e avaliação: a organização mede, monitora e avalia seu
desempenho ambiental contra objetivos e alvos;
 Análise crítica e melhoria: a organização realiza uma análise crítica e
implementa continuamente melhorias em seu SGA para alcançar melhorias no
desempenho ambiental total.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, RESPONSABILIDADE,


PRÁTICAS, PROCEDIMENTOS, PROCESSOS E RECURSOS PARA
IMPLEMENTAÇÃO DA GESTÃO AMBIENTAL

2-2 – POLÍTICA AMBIENTAL


De acordo com item 4-1, a primeira etapa na formulação de um SGA é definir
uma política ambiental e assegurar seu compromisso com ela. A ISO 14001 define uma
política ambiental, como uma declaração, é um compromisso feito pela organização de
suas intenções e princípios em relação ao desempenho ambiental de forma genérica. Em
outras palavras, a política ambiental dá o sentido geral da direção e comprometimento
da organização com relação ao meio ambiente e fornece um contexto de trabalho para
fixação de metas e objetivos.
A política deve ser clara, objetiva e estar disponível ao público, deve também ser
reavaliada periodicamente e revisada de acordo com o compromisso da organização.
A norma de orientação ISO 14004, aconselha as organizações que não tenham
desenvolvido uma política a começar por onde possam alcançar benefícios óbvios,
como por exemplo focalizando-se no cumprimento das regulamentações, identificando e
limitando fontes de risco ou identificando formas mais eficiente de utilizar materiais e
energia.
Qualquer que seja o conteúdo específico da política de uma organização, a ISO
14001 requer que:
 Ela seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais das
atividades, produtos e serviços da organização;
 Inclua compromisso da melhoria contínua;
 Inclua compromisso com a prevenção da poluição;
 Inclua compromisso em cumprir a legislação, as regulamentações e
outras exigências relevantes às quais a organização esteja submetida;
 Forneça um quadro contextual de trabalho para fixar e reavaliar os
objetivos e alvos ambientais;
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 Seja documentada, implementada, mantida e comunicada a todos os


empregados;
 Esteja disponível ao público.

ATRAVÉS DA POLÍTICA AMBIENTAL, DECLARA-SE


PUBLICAMENTE AS INTEÇÕES E PRINCÍPIOS DE AÇÃO DA
EMPRESA.

2-3 – PLANEJAMENTO
Elabora-se um conjunto de procedimentos que serão importantes para a
implementação e operação do sistema de gestão ambiental e que completam sua Política
Ambiental.
O programa deve definir:
 As responsabilidades de operação do sistema;
 A conscientização e a competência em relação ao meio ambiente;
 As necessidades de treinamento;
 As situações de riscos potenciais;
 Os planos de contingência e de emergência.
A prevenção passa a ser elemento essencial e deverá ser desenvolvida rotineiramente,
visando a reduzir os riscos e as penalidades decorrentes de inspeção e fiscalização. Os
efeitos da atividade sobre o meio ambiente tornam-se perceptíveis porque há uma
definição clara sobre:

O que fazer?
Como fazer?
Para que fazer?
Quando fazer?
Onde fazer?
Quem deve fazer?

2-3 – ASPECTOS AMBIENTAIS


A norma define um aspecto ambiental como um “elemento das atividades,
produtos e serviços de uma organização que possa interagir com o meio ambiente.”
Uma nota a essa definição, acrescenta que “um aspecto ambiental significativo é um
aspecto ambiental que tenham ou possa ter um impacto significativo no meio
ambiente”.
A norma requer que a organização estabeleça e mantenha um procedimento
atualizado para identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e
7

serviços. Isso significa todos os aspectos? Não, a norma os limita àqueles aspectos que a
organização “...possa controlar e sobre os quais ela espera ter influência, para
determinar aqueles que tem ou possa ter impacto significativos no meio ambiente. A
organização deverá assegurar que esses aspectos sejam considerados ao estabelecer seus
objetivos ambientais.”
Uma empresa pode estar preocupada com os aspectos ambientais do uso real de
seus produtos pelos clientes. Porém, se ele não detiver o controle prático dos impactos
ambientais causados pela utilização do produto pelo cliente, ele não levará esses
impactos em consideração em seu sistema de gestão ambiental. Ela poderá focalizar-se
sem atividades que possam controlar, tais como o manuseio e disposição após uso
apropriado. Similarmente, em subcontratado ou fornecedor poderá deter um controle
mínimo sobre os aspectos ambientais do produto, enquanto a instalação responsável
pelo produto detêm muito mais controle – por exemplo, a instalação poderia alterar um
material utilizado no produto.
Uma forma de focalizar os aspectos ambientais é trabalhar a partir das
exigências regulamentares e legais ou dos riscos legais e dos negócios que afetam as
atividades da organização. As regulamentais governamentais já refletem aspectos
ambientais – chave da atividade industrial.
Outra maneira, conforme mencionado na ISO 14004, é o foco nos produtos e
serviços que criam alguma mudança, seja positiva ou negativa no meio ambiente.
Escolhas obvias incluiriam atividades que resultasse em poluição ou contaminação do
ar, da água, da terra, de resíduos sólidos ou em qualquer uso de matérias primas ou
outros recursos naturais. As empresas podem também se concentrar nos resultados de
qualquer avaliação do risco ambiental, qualquer informação, se disponível, sobre
incidentes ambientais prévios e todas as práticas de gestão ambiental existente. O
exercício de identificação dos aspectos ambientais encoraja os empregados à
dispensarem atenção as questões ambientais que talvez não considerasse anteriormente.
Essa análise pode envolver o uso de uma abordagem do ciclo de vida para examinar
áreas das operações organizações que possam não ter sido consideradas como
“ambientais”, tais como pesquisa e desenvolvimento (considerações ambientais no
projeto de produtos), compras (avaliação de matérias primas alternativas) ou operações
de escritórios (manutenção de prédios e reciclagem). Existem aspectos ambientais no
planejamento de novos produtos de construção ou reforma das instalações existentes.
A finalidade da identificação dos aspectos ambientais é determinar quais deles
tem ou podem ter impactos ambientais significativos. Isso assegura que os aspectos
referentes a esses impactos significativos refletem-se nos objetivos e alvos da empresa.
A identificação dos aspectos ambientais é um processo continuo e a norma requer que a
organização mantenha as informações atualizadas.
A próxima etapa é identificar, avaliar e priorizar os impactos ambientais
significativos associados com os aspectos ambientais das atividades, produtos ou
serviços. A norma enfatiza que, são os aspectos associados a impactos significativos
que “são considerados no estabelecimento de objetivos ambientais.” Impactos são
definidos na ISO 14001 como “qualquer mudança no meio ambiente, seja adversa ou
benéfica, total ou parcial resultante das atividades, produtos ou serviços da
organização.”
Aspectos são atividades que interagem com o meio ambiente: impactos são
mudanças no meio ambiente resultantes dessa interação.
De acordo com a ISO 14004, o relacionamento entre aspectos ambientais e
impactos ambientais é o de causa e efeito. O aspecto ambiental é a causa, como a
emissão de algo no ar; o efeito é o impacto no meio ambiente, como, por exemplo, o
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aumento do nível de emissão no ambiente da fábrica. A norma de orientação sugere um


procedimento de quatro etapas para identificar aspectos e impactos:
1. Selecionar uma atividade ou processo (por exemplo, manuseio de materiais
prejudiciais);
2. Identificar todos os aspectos ambientais possíveis da atividade ou processo (por
exemplo: derramamentos acidentais em potenciais);
3. Identificar aspectos reais ou potenciais associados com o aspecto. (por exemplo:
nível de contaminação do solo e/ou água);
4. Avaliar a importância dos aspectos.
Uma vez definidos os impactos ambientais, é necessário determinar sua importância.
Para avaliá-la, a norma de orientação ISSO 14004 observa fatores como:
 A escala de impacto;
 Sua gravidade;
 A probabilidade de sua ocorrência;
 A duração do impacto;
Por exemplo, o uso de papel na sede corporativa de uma empresa é uma atividade com
aspecto ambiental – produz lixo. O impacto é a quantidade de lixo descartado. Poderia
ser reduzido com reciclagem. Mas se a empresa tiver um problema sério de emissão de
elementos tóxicos, isso poderia ser considerado mais importante do que a oportunidade
de reciclagem.
O anexo A da ISO 14001 indica que o processo de identificação dos aspectos
ambientais deveria considerar as condições operacionais normais assim como as
situações emergenciais previsíveis.
A norma ISO 14004 também indica que as preocupações com os negócios têm
influência na avaliação da importância dos aspectos e da extensão na qual podem ser
considerados.

É PRECISO IDENTIFICAR E AVALIAR QUAQUER IMPACTO, SOBRE O MEIO


AMBIENTE, DIRETO OU INDIRETO, RESULTANTE DAS ATIVIDADES,
PRODUTOS E SERVIÇOS DA EMPRESA, QUER SEJAM ESTES ADVERSOS OU
BENÉFICOS.

2-3-2 –REQUSITOS LEGAIS E OUTROS


O item 4-3-2 na norma ISO 14001 requer que uma organização disponha de
alguma forma de manter-se a par das exigências legais e de outros requisitos que se
apliquem aos aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços. Isso inclui
requisitos específicos à atividade, como um alvará ou licença para operação e aqueles
relacionados aos produtos ou serviços da organização, como regulamentações
específicas ou leis ambientais gerais.
O anexo da ISO 14001 indica que “outros requisitos” podem incluir códigos de
prática no setor industrial, diretrizes não regulamentadas e acordos com autoridades
públicas (como decretos por consentimento). Ele pode também incluir exigências
desenvolvidas internamente pela organização, como requisitos para fornecedores e
subcontratados e programas de prevenção da poluição.
Finalmente, podem incluir acordos internacionais, como tratados ambientais, ou
diretrizes internacionais, como os 16 princípios do Desenvolvimento Sustentável ou os
Princípios da Atuação Responsável.
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A exigência consiste em, “ter acesso” aos requisitos. A premissa é que as


organizações não precisam, na verdade, manter todas as informações dos requisitosno
local da instalação, ou em todas as fábricas, mas que as pessoas da organização que
necessitem dessas informações sejam capazes de acessá-las, através de uma rede de
computadores ou outros meios similares.
Uma especial atenção deve ser dada às licenças de operação fornecidas pelos
órgãos ambientais. É fundamental demonstrar que todas as condicionantes são
atendidas, e em caso de eventuais desvios entre as condicionantes e a realizada da
operação, um plano de ação em comum acordo deve ser estabelecido junto ao órgão
ambiental.
De modo geral, qualquer divergência legal deve estar mutuamente aceita, com
relação ao plano de adequação com o órgão ambiental com autoridade local.
É importante lembrar que a empresa deverá adotar uma sistemática para manter
a sua legislação ambiental atualizada. O Diário Oficial da União e do estado são
importantes fontes de informação.

PARA IMPLANTAR UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL É PRECISO


IDENTIFICAR, CONHECER, REGISTRAR E CUMPRIR COM A LEGISLAÇÃO
VIGENTE.

2-3-3 –OBJETIVOS, METAS E PROGRAMAS


A próxima etapa é transformar em objetivos e metas específicas a política
ambiental e aqueles aspectos ambientais das atividades, produtos e processos da
organização que tenham impactos ambientais significativos. Sem objetivos específicos,
a política ambiental permanece um conjunto de generalidades vagas que provavelmente
não farão muita diferença. Um objetivo ambiental é definido na ISO 14001, item 3.9,
como “propósito ambiental global, decorrente da política ambiental, que uma
organização se propõe a atingir, sendo quantificada sempre que exequível”.
O requisito básico no item 4.3.3 da ISO 14001 é “estabelecer e manter
documentados os objetivos e metas ambientais em cada função e nível relevantes da
organização”. Os objetivos e metas podem ser aplicados através da organização ou
serem específicos de uma instalação ou atividade.
Ao estabelecer a revisar seus objetivos, a organização deve considerar os
requisitos legais e outros requisitos, seus aspectos ambientais significativos, suas opções
tecnológicas, seus requisitos financeiros, operacionais e comerciais, bem como a visão
de partes interessadas.
É recomendado no anexo da ISO 14001 que os objetivos sejam específicos e
eu as metas sejam mensuráveis, onde exequível, e que sejam levadas em consideração
medidas preventivas, quando apropriado.
Uma vez definidos os objetivos e metas, é recomendado que a organização
considere o estabelecimento de indicadores de desempenho ambiental mensuráveis. Tais
indicadores podem ser utilizados como base para um sistema de avaliação do
desempenho ambiental, podendo fornecer tanto a gestão ambiental quanto sobre
sistemas operacionais.
A norma ISO 14004 também indica algumas questões a serem consideradas
em objetivos e metas ambientais.
1. De que forma os objetivos e metas ambientais refletem tanto a política ambiental
quanto os impactos ambientais significativos associados às atividades, produtos
ou serviços da organização?
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2. De que forma os empregados responsáveis por atingir os objetivos e metas têm


participado do seu desenvolvimento?
3. De que forma os pontos de vista das partes interessadas têm sido levados em
consideração?
4. Que indicadores mensuráveis específicos têm sido estabelecidos para os
objetivos e metas?
5. De que forma os objetivos e metas são regularmente analisados e revisados para
refletir as melhorias pretendidas no desempenho ambiental?
A etapa final no planejamento é estabelecer e manter um programa de gestão
ambiental que possa alcançar os objetivos e metas da empresa. De acordo com o intem
4.3.3, a organização deve:
 Designar responsabilidades no alcance de objetivos e metas em cada função ou
nível relevante;
 Proporcionar meios para atingir os objetivos e metas;
 Designar um período de tempo dentro do qual deverão ser alcançados.
Basicamente, o SGA detalha o que tem que ser feito, por quem, como e até
quando. Ele pode ser subdividido em procedimentos individuais aplicáveis a cada local
ou instalação em um local. A norma ISO 14004 enfatiza que os empregados em todos
os níveis devem prestar contas, dentro do escopo de suas responsabilidades, pelo
desempenho ambiental que apoia o sistema SGA total.
O meio de atingir os objetivos refere-se a todos os recursos necessários, que
incluem pessoas, habilidades, tecnologia, recursos financeiros e assim por diante.
A norma também requer que o programa SGA seja alterado, onde relevante,
sempre que haja novos desenvolvimentos ou modificados.

Exemplo:
 POLÍTICA: Reduzir a poluição;
 OBJETIVO: Reduzir as emissões químicas em reservatórios de água em um
determinado local;
 META: Redução de 20% até o final do ano;
 PROGRAMA: Substituir o elemento químico tóxico em uso por um
biodegradável. O plano de ação indica em detalhes as pessoas responsáveis, os
recursos humanos, financeiros e técnicos necessários; e a data proposta para
conclusão.
 INDICADORES DE DESEMPENHO: Quantidade de emissões químicas no
local.

2-4 – IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO


Neste item trata da implementação do SGA. Isso significa estabelecer
recursos humanos, físicos e financeiros para alcançar os objetivos e metas da empresa.
No item 4.4, a norma focaliza as seguintes áreas:
 Estrutura e responsabilidades;
 Treinamento, conscientização e competência;
 Comunicação;
 Controle de documentos;
 Controle operacional;
 Preparação e atendimento a emergências.
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2-4-1 – RECURSOS, FUNÇÕES, RESPONSABILIDADE E AUTORIDADES


Como qualquer sistema gerencial, a norma ISO 14001, no item 4.4.1, exige
que a organização:
 Defina documentos e comunique claramente os papeis, as responsabilidades e as
autoridades a implementarem o SGA;
 Forneça recursos humanos, financeiros e técnicos essenciais para a regularização
do sistema.
Para fazê-lo, a alta administração deve nomear um “representante específico
da gerência que independente de outras responsabilidades”, deve assegurar que o
programa esteja sendo mantido e implementado e que seja responsável por relatar o
desempenho do SGA à alta administração.
O anexo A da norma indica que em grandes organizações pode haver vários
representantes designados, enquanto em empresas menores pode haver apenas um. Em
uma empresa muito pequena, o proprietário pode também ser a pessoa responsável pelo
SGA. Para acomodar uma grande gama de organizações, a norma é flexível.
O representante pode ser o gerente geral do meio ambiente ou o comitê do
meio ambiente que inclua gerentes e todas as funções corporativas. A implicação é que
fica a cargo da organização determinar onde o representante da gerência se encaixa na
hierarquia corporativa. A supervisão do SGA pode ser, e provavelmente deveria ser, a
principal responsabilidade desse representante, embora não necessariamente a única.
A norma ISO 14004 enfatiza que o representante da gerência deve ter
autoridade, responsabilidade e recursos suficientes para assegurar que o SGA seja
implementado de modo eficaz.
A ISO 14001 destaca que o desempenho ambiental não é responsabilidade
apenas do gerente ambiental. Todo mundo na organização tem um papel a cumprir. A
responsabilidade pelo meio ambiente pode se estender além das áreas ambientais
tradicionais da organização. Os gerentes de cada área são responsáveis por assegurar o
cumprimento do sistema de gestão ambiental e por designar responsabilidades aos
empregados cujo trabalho seja relevante para os objetivos ambientais.

2-4-2 – COMPETÊNCIA, TREINAMENTO, CONSCIENTIZAÇÃO


No item 4.4.2 na norma, requer que a organização estabeleça um
procedimento para identificar necessidades de treinamento e assegurar que todas as
pessoas “cujo trabalho possa criar um impacto significativo no meio ambiente” recebam
o treinamento apropriado. Conforme implicado anteriormente, uma vez que o sucesso
do SGA depende do compromisso dos empregados, ele também requer uma
competência extensa desses empregados. O treinamento exigido depende do cargo e das
tarefas. Será mais extenso e baseado em habilidades para aqueles empregados
envolvidos diretamente nas atividades ambientais chaves. O treinamento pode ser
focalizado no cumprimento das normas ambientais por todos aqueles cujo trabalho
possa afetar os requisitos de cumprimento.
Todos os empregados e envolvidos deveriam receber treinamento básico de
conscientização para se familiarizar com o SGA. O item 4.4.2 requer que todos os
empregados ou membros da organização se conscientizem de:
 Seus papeis e responsabilidades no contexto do SGA;
 Impactos ambientais significativos, reais ou potenciais atividades de trabalho;
 Importância do cumprimento das políticas ambientais, dos procedimentos e dos
requisitos do SGA;
 Benefícios ambientais advindos de um melhor desempenho pessoal;
12

 Consequencia da violação aos procedimentos.

A norma indica que as organizações com programas de treinamento eficazes:


 Identificam as necessidades de treinamento;
 Desenvolvam planos de treinamentos;
 Certifica-se que o programa de treinamento esteja cm conformidade com os
requisitos regulamentares e outros;
 Ofereçam o treinamento.
 Documentar o treinamento;
 Melhorar o programa de treinamento.
Aos subcontratos a norma não exige que uma organização que tenha subcontratados
trabalhando em seu nome monitore o treinamento de seus empregados. Mas o anexo A
sugere que a organização deveria exigir que os subcontratados “demonstrem que seus
empregados preencham os requisitos de treinamento”. Isso envolve que o subcontratado
apresenta à organização alguma evidência desse treinamento.

2-4-3 – COMUNICAÇÃO
A norma reconhece a necessidade de comunicação internas e externas sobre
as questões ambientais. O requisito básico do item 4.4.3 é estabelecer e manter
procedimentos para:
 Viabilizar a comunicação interna entre os vários níveis e funções da
organização;
 Receber, documentar e responder “comunicações relevantes de entidades
externas interessadas” referentes a aspectos ambientais e ao SGA.
Uma comunicação interna aberta é crítica para um SGA eficaz. Isso pode
incluir os resultados de monitoramento, auditorias e análises gerenciais do SGA. Esse
tipo de comunicação interna melhora a motivação, ajuda a solucionar problemas e eleva
o nível de conscientização. Portanto, o primeiro requisito vai direto ao ponto.
A comunicação externa, entretanto, pode ser matéria delicada e pode levar a
problemas de responsabilidade contra terceiros, entre outras coisas. A mesma abertura
ampla e irrestrita que resulta na descoberta de problemas ambientais e em suas soluções
podem também criar informações que nem todas as empresas desejem desvendar as
entidades externas. Isso é especialmente verdade para empresas que operam em um
ambiente regulamentado como o dos estados Unidos, cujas leis já exigem a divulgação
de grandes quantidades de informações.
O requisito básico do item 4.4.3, para se comunicar com entidades externas
interessadas é reativo e passivo: se alguém solicita informações relevantes, a
organização deve responder. É claro que, como o anexo A da ISO 14001 indica, as
comunicações externas podem resultar em um diálogo útil com entidades interessadas,
e, em alguns casos, as empresas devem incluir informações sobre impactos ambientais
associados com suas operações. E esses procedimentos deveriam incluir comunicações
necessárias com autoridades públicas relativas questões como planos emergenciais.
A cláusula 4.4.3 acrescenta ainda que a organização “considere processos
para comunicação externa em seus aspectos ambientais significativos e registre essa
decisão”.
13

É PRECISO ESTABELECER E MANTER PROCEDIMENTOS PARA:


 COMUNICAÇÃO INTERNA ENTRE OS VÁRIOS NÍVEIS
ORGANIZACIONAIS;
 RECEBIMENTO, TRATAMENTO E REPOSTA A COMUNICAÇÕES DAS
PARTES INTERESSADAS.

2-4-4 – DOCUMENTAÇÃO
O requisito básico do item 4.4.4 é estabelecer e manter informações que
descrevam os “elementos essenciais do sistema gerencial e suas interações” e que
ofereçam “instruções para a documentação relacionada. As informações podem estar no
papel ou em forma eletrônica. A documentação fornece um panorama útil do sistema de
gestão ambiental.
A documentação do sistema de gestão ambiental não precisa, na verdade,
conter todos os procedimentos e instruções operacionais ou documentais similares, mas
podem orientar os usuários com referências onde encontrar essas informações. As
informações relacionadas podem incluir procedimentos operacionais internos,
informações de processos, instruções de trabalho, planos emergenciais nas instalações,
registros e assim por diante.
O anexo da ISO 14001 indica que a documentação deveria ser detalhada o
suficiente para descrever o sistema de gestão ambiental. Ele pode ser integrado e
compartilhado com outros sistemas de informação da organização. Não precisa ser um
outro nível separado, nem constar de um único manual. Com frequencia, as
organizações criam um manual SGA que prevê o básico, como as políticas, objetivos,
metas, principais papeis e responsabilidades ambientais. O manual faz referência à
documentação relacionada e outros aspectos do sistema gerencial da organização.
Uma abordagem usualmente utilizada consiste de quatro camadas. Cada
camada desenvolve um nível cada vez mais intenso de detalhes sobre as operações e
métodos da empresa

Manual
Ambiental

Procedimentos
Operacionais

Instruções de Trabalho

Registros
14

O manual ambiental normalmente contém as políticas, objetivos e metas


básicas e outras informações gerais sobre o programa SGA. Os procedimentos
operacionais descrevem o fluxo geral de atividade. As instruções de trabalho
são mais detalhadas, são diretrizes específicas para as atividades. E os
registros incluem toda a documentação necessária para mostrar o cumprimento
do SGA de dos seus requisitos.

2.4.5 – CONTROLE DE DOCUMENTOS


O item 4.4.5, exige que as organizações estabeleçam procedimentos
claros para controlar todos os documentos exigidos pela norma. Isso inclui
procedimentos para criar e modificar documentos.
Qualquer que seja o procedimento, ele deve produzir documentos que:
 Possam ser facilmente localizados;
 Sejam legíveis, identificáveis, datados (incluindo data de revisão) e
mantidos de maneira ordenada;
 Sejam periodicamente analisados, revisados e aprovados;
 Sejam utilizados e disponibilizados a todos que dele necessitarem, em
todos os locais essenciais;
 Sejam mantidos por um período específico e removidos quando
obsoletos, e, se obsoletos, porém mantidos por questões legais ou de
auditoria, que sejam identificados como tal.
A organização deve também desenvolver procedimentos para criar e
modificar vários tipos de documentos.

2.4.6 – CONTROLE OPERACIONAL


Esta etapa da implementação do SGA é focada no controle operacional,
item 4.4.6. O requisito básico é identificar e planejar as atividades e
operações “associadas aos aspectos ambientais significativos identificados
em alinhamento com suas políticas, objetivos e metas”. Como foi dito
anteriormente, essas atividades foram definidas ao se estabelecerem
políticas, objetivos e metas, e variam de pesquisas e desenvolvimento e
projeto de produto até produção, marketing, serviço a clientes e colocação
de produto final.
A finalidade dos controles é assegurar que o desempenho ambiental
atenda aos objetivos e metas. As organizações alcançam o controle
operacional da seguinte forma:
 Preparando procedimentos documentados para as atividades e
operações a fim de assegurar que não se desviem de políticas,
objetivos e metas;
 Especificando critérios operacionais;
 Estabelecendo e comunicando aos fornecedores e subcontratados
procedimentos relevantes que se relacionem com os aspectos
15

ambientais significativos das mercadorias e serviços utilizados pela


organização.
Novamente, os procedimentos documentados não são necessários para
toda operação e circunstância, mas tão somente para “cobrir situação nas
quais sua ausência poderia levar a desvios das políticas e dos objetos e metas
ambientais”.
Este item deve estar estreitamente ligado ao item 4.5.1 (monitoramento
e medição), pois a norma estabelece que os equipamentos de controle
(inclusive aqueles utilizados para medir objetivos e metas) devem estar
calibrados e mantidos. Interpretações recentes de auditores com experiência
internacional, a respeito deste item, consideram que para um equipamento
estar calibrado e mantido, todo requisito já definido na ISO 9001 devem estar
sendo executados. Tal interpretação é polêmica, mas deve ser levado em
consideração para uma certificação de âmbito internacional.

É PRECISO GARANTIR QUE TODOS OS PROCESSOS E


ATIVIDADES SEJAM CONTROLADOS.

2.4.7 – PREPARAÇÃO E RESPOSTA A EMERGÊNCIAS


A organização tem que estar pronta para responder a condições
operacionais anormais, situações de acidentes e emergenciais. Estas podem
incluir, entre outras ocorrências, descargas acidentais na água ou solo,
emissões acidentais na atmosfera e outros efeitos específicos no ecossistema
provocado por derrames acidentais.
O item 4.4.7, dita que a organização deve estabelecer e manter
procedimentos para identificar a possibilidade de ocorrência de acidentes e
emergências e a resposta a essas situações. A organização também deve
estar preparada para prevenir e minimizar os impactos ambientais associados.
Finalmente, a organização deve fazer a análise crítica e revisar quando
necessário seus procedimentos de prontidão às emergências e está-los
sempre que for prático fazê-lo.
A ISO 14004 indica que planos emergenciais podem incluir:
 Designação de autoridade e responsabilidade;
 Desenvolvimento de procedimentos para prestação de serviços
emergenciais;
 Métodos de reagir a diferentes tipos de emergências;
 Informações sobre materiais potencialmente perigosos;
 Comunicações emergenciais internas e externas;
 Treinamento sobre prontidão e respostas a emergências.
Os itens acima devem estar relacionados aos procedimentos existentes
na empresa relativos à saúde e à segurança.
16

2.5 – VERIFICAÇÃO E AÇÃO CORRETIVA


Nesta etapa são realizadas as medições, monitoramento e avaliação da
performance ambiental. A ação preventiva é enfatizada através do contínuo
monitoramento, diminuindo assim o número de ações corretivas.
Os problemas devem ser encontrados e corrigidos na fonte geradora e
não ao final do processo produtivo. Após a ocorrência do dano ou degradação
ambiental, o esforço de recuperação ou reparo se torna maior e muito mais
oneroso. Além de mais oneroso, a recuperação do dano nem sempre é
possível.

QUANDO O CASO É MEIO AMBIENTE, MUITAS VEZES UM PROBLEMA


OU ACIDENTE PODE ACARRETAR UM DANO IRREPARÁVEL. EVITAR A
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL É A TAREFA PRIMORDIAL EM UM SISTEMA
DE GESTÃO AMBIENTAL.

A empresa cumpre esta etapa:


 Estabelecendo ações preventivas;
 Realizando ações corretivas, quando necessário;
 Controlando as tarefas sob responsabilidade individual;
 Elaborando procedimentos, instruções de trabalho e auditorias;
 Disseminando conceitos e práticas do SGA;
 Buscando a melhoria contínua.
O monitoramento e as ações corretivas a ser procedimentos usuais no
sistema de gestão ambiental.
O monitoramento e controle de processo produtivo são realizados por meio
de:
 Medição periódica em pontos relevantes;
 Identificação das não conformidades;
 Estimo às ações preventivas, evitando as corretivas;
 Registro de situações anormais de operação;
 Promoção de auditorias periódicas de sistema.

2.5.1 – MONITORAMENTO E MEDIÇÃO


A ideia chave por trás da avaliação de desempenho ambiental é a noção
de que “você pode gerenciar o que puder medir”. Portanto, o primeiro requisito
básico na verificação e ação corretiva é o de estabelecer e manter
procedimentos documentados para monitoramento e medição regulares das
características chaves das operações e atividades da empresa. É importante
ressaltar, que não se trata de todas as operações e atividades, mas aquela que
exerçam um impacto significativo no meio ambiente.
Os procedimentos documentados no item 4.5.1 incluem:
 Registrar informações que rastreiem o desempenho, os controles
operacionais e a conformidade com objetivos e metas;
17

 Calibrar e manter equipamentos de monitoramento, como instrumentos,


equipamentos de teste, software e amostragens de hardware para
assegurar confiabilidade;
 Manter registros de calibragem e manutenção;
 Avaliar periodicamente a conformidade com leis e regulamentos
ambientais relevantes.
A norma ISO 14004 recomenda que a identificação dos indicadores de
desempenho ambiental apropriado para a organização seja o processo
continuo. Recomenda-se que tais indicadores sejam objetivos, verificáveis e
reproduzíveis. Recomenda-se ainda, que eles sejam aplicáveis as atividades
da organização, consistente com sua política ambiental, práticos, e econômica
e tecnologicamente exequíveis.

É PRECISO ESTABELECER E MANTER PROCEDIMENTOS PARA


MONITORAR E MEDIR, PERIODICAMENTE AS CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS DAS OPERAÇÕES E ATIVIDADES QUE POSSAM TER UM
IMPACTO SIGNIFICATIVO SOBRE O MEIO AMBIENTE.

2.5.2 – AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E OUTROS


De maneira coerente com seu comprometimento de atendimento a
requisitos, a organização deve estabelecer, implementar e manter
procedimento(s) para avaliar periodicamente o atendimento aos requisitos
legais aplicáveis.
A organização deve manter registros dos resultados das periódicas,
deve avaliar o atendimento a outros requisitos por ela subscritos.
A organização deve manter registros dos resultados das avaliações
periódicas.

2.5.3 – NÃO CONFORMIDADE, AÇÃO CORRETIVA E PREVENTIVA


Quando há problemas, a organização deve estar preparada para corrigi-
los e evitar que tornem a ocorrer. O foco recai sobre a análise da causa e não
nos sintomas. A ideia não é identificar o problema, mas compreender por que
ele ocorreu e alterar o sistema de forma que não volte a ocorrer.
Ação corretiva é resultado de planejamento de arranjos sistemáticos e
formais para detectar não conformidades ou oportunidades de melhoria
existentes, com a finalidade de eliminar as causas dessas não conformidades,
de modo a prevenir reincidências e consolidar ganhos obtidos.
Ação preventiva também é planejamento de arranjos sistemáticos e
formais, porém com o objetivo de identificar não conformidades ou
oportunidades de melhoria potenciais, através da eliminação das causas
dessas não conformidades, de modo a prevenir ocorrência e consolidar ganhos
obtidos.
18

Ambas devem cobrir todos os elementos vitais dos sistemas de gestão


desenvolvidos e implementados e devem ser empreendidas de modo
consistente com a magnitude e proporcionais aos riscos a eles associados.
Ambas devem requerer registro de alteração realizada em documentos
como parte da ação empreendida, assim como os passos de identificação do
problema, investigação abrangentes das causas, planejamento e consecução
das ações e estabelecimento de controles proporcionais para determinar a
efetividade das ações tomadas, devendo-se definir e documentar as
responsabilidades, autoridades e inter-relação para todo este ciclo, e garantir o
registro de cada etapa.
A melhor forma de diferenciá-la é através da temporalidade implicada
em cada caso. O objetivo da ação corretiva consiste em não conformidade
existente e sua finalidade é prevenir a recorrência, enquanto a ação preventiva
lida com não conformidade potencial com o objetivo de prevenir ocorrência.
Os requisitos básicos para o item 4.5.3 incluem procedimentos para:
 Definir responsabilidade e autoridade pelo tratamento e investigação da
não conformidade;
 Agir no sentido de minimizar os impactos resultantes sobre o meio
ambiente;
 Iniciar e completar ação corretiva e preventiva;
 Implementar e registrar mudanças nos procedimentos documentados
que resultem de ação corretiva e preventiva.
A norma afirma que ações corretivas e preventivas “tomadas para eliminar
as causas de não conformidades reais e potenciais devem ser apropriadas à
magnitude dos problemas e proporcionais ao impacto com que se deparam”.
Portanto, os procedimentos podem ser simples ou complexos, amplos ou
estreitos em escopo, dependendo do problema.

2-5-4 – REGISTROS
A organização deve manter registros apropriados para demonstrar
conformidade com as exigências da norma. Isso significa desenvolver
procedimentos para identificar, manter e fazer uso dos registros ambientais. De
acordo com o item 4.5.4, registros ambientais incluem “registros de treinamento
e registros de auditorias e análise crítica”.
A ISO 14004 afirma que, os registros são evidências de operação
contínua do SGA. Os registros podem incluir além daqueles já mencionados:
 Registros da legislação e regulamentações;
 Registros de inspeção, manutenção e calibragem;
 Registros de acidentes;
 Registros de auditorias ambientais e analises críticas;
 Informações sobre subcontratos e fornecedores;
 Registros de respostas e emergências.
19

A norma indica que os registros ambientais devem ser “legíveis,


identificáveis e passíveis de ser rastreados.... fácil e imediatamente acessíveis
e protegidos contra danos, deterioração ou perda”. A organização deve
também estabelecer e registrar o tempo de retenção dos registros.
Cada gerente ambiental está consciente da vasta quantidade e da gama
completa de informações que um SGA produz. Até certo ponto, um
gerenciamento ambiental eficaz significa gerenciamento de informações. Há
uma tendência de se criar sistemas eletrônicos de gerenciamento de
informações ambientais para ter controle de todos esses dados.

É PRECISO CRIAR E MANTER REGISTROS QUE COMPROVEM A EFETIVA


EXECUÇÃO DOS PROCEDIMENTOS.

2-5-5 – AUDITORIA INTERNA


Periodicamente a organização deve examinar o SGA assegurar que ele
funcione. O item 4.5.5 requer que a empresa realize auditorias do sistema de
gestão ambiental. Isto consiste em realizar uma auditoria do sistema e não da
conformidade técnica com leis e regulamentações.
O objetivo é assegurar que o SGA “esteja em conformidade com as
providências planejadas para o gerenciamento do meio ambiente, incluindo os
requisitos dessa norma”. E que tenham sido adequadamente implementado e
mantido. O outro objetivo é realizar a auditoria do SGA para fornecer
informações sobre seus resultados à gerência.
A norma também enfatiza que o programa de auditoria e a frequência
com que é programado devem se basear na “importância ambiental da
atividade em questão e nos resultados das auditorias anteriores”.
Os procedimentos de auditorias devem ser abrangentes e cobrir o
escopo da auditoria, sua frequência e seus métodos. Também deveriam cobrir
responsabilidades e requisitos da condução de auditorias e de resultados
relatados.
O anexo da norma também acrescenta que os procedimentos deveriam
também cobrir a competência do auditor, ou seja, as organizações podem
conduzir auditorias utilizando pessoal interno ou externo. Em qualquer um dos
casos, os auditores devem ser imparciais e objetivos.

2-6 – ANÁLISE PELA ADMINISTRAÇÃO


A etapa final no processo básico do sistema de gestão ambiental é a
análise crítica do próprio SGA. O item 4.6 exige que a alta administração
realize uma análise do SGA, sempre que ele julgar apropriado, “para assegurar
que seja continuamente adequado, apropriado e eficaz”. A gerência deve
assegurar que tenha coletado as informações necessárias para uma avaliação
abrangente e que a análise crítica seja documentada.
Essa análise focaliza os resultados da auditoria do sistema de gestão
ambiental em circunstância de mudanças, e o compromisso da organização
20

com as melhorias contínuas, além de abordar possíveis mudanças nas


políticas, objetivos e outros elementos do sistema de gestão ambiental.
O anexo A indica que nem todos os componentes do SGA precisam ser
analisados de uma só vez e que o processo de análise pode ocorrer através de
um período de tempo. O anexo também indica que as análises das políticas,
objetivas e procedimentos deveriam ser realizadas pelo nível gerencial que os
definiu.
As “circunstâncias de mudanças” a que se refere o item podem incluir
mudanças na legislação, variação nas expectativas das partes envolvidas,
mudanças nos produtos ou atividades da organização, avanços tecnológicos,
informações de marketing e feedback sobre incidentes ambientais.
Para completar o círculo de melhorias contínuas, a gerência deve
planejar ações corretivas e preventivas para melhorar o SGA e proceder ao seu
acompanhamento para assegurar que ações tenham sido tomadas e tenham
se mostrado eficaz. Os resultados da análise gerencial podem ditar mudanças
nas políticas ambientais que provocarão mudanças no próprio SGA.

3 – ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

3-1 – DEFINIÇÕES E CONCEITOS


 Aspecto ambiental: elemento das atividades, produtos e serviços
de uma organização que pode interagir com o meio ambiente.
 Impacto ambiental: qualquer modificação do meio ambiente,
adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em partes, das
atividades, produtos ou serviços de uma organização.
 Processo: toda atividade que transforma entradas (insumos
tangíveis ou intangíveis) em saídas (produtos/serviços).
 Produto/serviços: é o resultado de um processo, pode ser
intencional (produto que o processo objetiva realizar) ou não
intencional (produto não objetivado pelo processo).
 Insumo: é aquilo que o processo se utiliza, pode ser direto
(insumo que agrega ao produto intencional) ou indireto (insumo
que não se agrega, ou se agrega pouco, ao produto intencional).

3-2 – TIPOS DE PROCESSOS EM UMA ORGANIZAÇÃO


A – Pré processo;
B – Processo de produção;
C – Processo de apoio;
D – Processo de tratamento de produto não intencional (interno).
21

É possível observar que todos os processos de uma organização podem


interagir com o meio ambiente, quer através dos seus produtos como dos seus
insumos.
Quanto aos produtos, intencionais ou não a sua interação com o meio
ambiente é bastante visível.
Quanto aos insumos, nem sempre esta interação é clara. Porém, basta
lembrar que os insumos de uma organização são produtos de outras
organizações. Assim, os insumos podem interagir com o meio ambiente da
própria organização que deles se utiliza, bem como com o meio ambiente
externo, quando da sua incorporação aos produtos.

3-3 – LEVANTAMENTO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS


Os aspectos ambientais de uma organização só podem ser conhecidos
através do estudo dos processos festa organização, ou seja, a partir dos seus
insumos e produtos.
Uma maneira para levantar os aspectos ambientais de uma organização
pode ser realizada seguindo os seguintes passos.
1º passo – levantar todos os procedimentos da organização;
2º passo – listar, para cada processo, todos os seus insumos e todos os seus
produtos;
3º passo – identificar, para cada insumo e para cada produto de cada
processo, a existência ou não de um (ou mais) aspecto ambiental.
22

 Muitos aspectos ambientais são facilmente identificáveis, especialmente


aqueles ligados a produtos não intencionais (ex. geração de efluentes
líquidos, vazamento gases, geração resíduos sólidos);
 Alguns produtos não intencionais podem não ser facilmente percebidos
e, portanto, os aspectos a eles associados não são identificados (ex.
radiações ionizantes, calor, ruído);
 Em muitos casos é necessária uma análise rigorosa dos insumos dos
processos, pois eles podem estar associados ao consumo e recursos
naturais e energéticos, que constituem aspectos ambientais;
 Muitas falhas nos levantamentos de aspectos ambientais se devem ao
fato não ser considerado alguns processos, como por exemplo,
sucateamento de equipamentos, descarte de baterias, toner, manuseio
de matérias, etc.
Como visto anteriormente, os ASPECTOS AMBIENTAIS são elementos de
interação dos insumos e produtos com o meio ambiente, os IMPACTOS
AMBIENTAIS são as modificações (benéficas ou adversas) do meio
ambiente, geradas por aquela interação.
Desta forma, para cada ASPECTO AMBIENTAL (causa) pode ser
identificado um ou mais IMPACTO AMBIENTAL (efeito).

INSUMOS PROCESSO PRODUTOS

ASPECTO
INTERAÇÃO
AMBIENTAL

IMPACTO
MODIFICAÇÃO
AMBIENTAL
23

3-4 – A AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS/IMPACTOS AMBIENTAIS


Qualquer organização tem diversos processos, que se associam a aspectos
ambientais, que por sua vez geram impactos ambientais. Assim, verifica-se a
necessidade de graduar os aspectos e impactos ambientais. Tal graduação é
avaliada através de dois parâmetros:
a) Importância (I) AA/IA, que é definida por um produto de diversos
fatores, tais como: Severidade(S), Frequência(F) e Detecção(D),
entre outros fatores possíveis I=SxFxDx.....
b) Filtros de significância, que consistem de alguns tipos de filtros,
tais como legislação restrita, demanda de parte interessada ou alto
valor de severidade (S), que obrigam a considerar como significantes
aqueles AA/IA que tenham pequena importância.

Uma possível fórmula para o cálculo da importância é: I=SxFxDxAxV,


onde:
Servidores(S), representa a magnitude ou gravidade do impacto sobre o meio
ambiente.
Servidores Critério Pontuação Exemplo
Baixa Impacto de magnitude 1 Contaminação do ar por
desprezível vazamento de vapor
Média Impacto de magnitude 2 Contaminação do solo por
considerável sucata de ferro
Alta Impacto de grande 3 Contaminação do solo por
magnitude lixo hospitalar

Frequência(F), representa a quantidade de vezes (no tempo) da ocorrência do


AA/IA.
Frequência Critério Pontuação Exemplo
Baixa Infrequente 1 Geração de resíduos sólidos por
desentupimento de redes
Média Frequente 2 Geração de resíduos oleosos
oriundos de manutenção
preventiva
Alta Muito frequente 3 Geração contínua de gás
poluidora no processo final

Detecção(D), representa a probabilidade de se detectar o aspecto ligado à um


impacto.
Frequência Critério Pontuação Exemplo
Fácil Aspecto fácil de 1 Emissão de gases coloridos na
ser detectado atmosfera
Média Aspecto 2 Vazamento de óleo dentro de uma
detectável máquina
Difícil Aspecto difícil 3 Vazamento de gases inodoros
de ser
detectado
24

Área(A), representa a área geográfica da ocorrência do impacto ligado à


um aspecto.
Área Critério Pontuação Exemplo
Pequena Restrito ao local 1 Geração de sucata de embalagem
de ocorrência no almoxarifado
Média Extensível a 2 Cascas de frutas comidas fora do
outras áreas da restaurante
organização
Grande Extensível além 3 Emissão de efluentes
da organização atmosféricos

Volume(V), representa o volume da ocorrência do impacto ligado à um


aspecto:
Volume Critério Pontuação Exemplo
Pequena Volume 1 Derramamento de lata de tinta
desprezível (análise laboratorial)
Média Volume 2 Vazamento de água por
considerável rompimento de tubulação de
distribuição urbana
Grande Volume grande 3 Lançamento de esgoto de uma
cidade no rio

Existe, claro, certa subjetividade na avaliação destes fatores, para


eliminar parte desta subjetividade é recomendado que as avaliações sejam
realizadas em equipes multifuncionais.
A fórmula de importância apresentada é apenas uma sugestão. Na
fórmula 15≤I≤35, considerando como significantes aqueles AA/IA que têm I≥
55.
No caso de existir um dos filtros de significância (abaixo mencionados)
relacionado ao AA/IA considerando, este passa a ser julgado significante,
mesmo que I < 55:
 Legislação aplicável com requisitos: observar que existe também uma
legislação ambiental sem requisitos, potencialmente (e não
efetivamente) geradora de obrigações para a organização;
 Partes interessadas: quando houver associado ao AA/IA demanda
registrada ou conhecida de partes interessadas;
 Severidade: quando houver associado ao AA/IA uma severidade
máxima (S=3).

3-5 – CLASSIFICAÇÃO DOS ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS


 Significativos: quando I≥55 ou quando existir pelo menos filtro de
significância;
25

 Não significativos: quando I<55 e não existir nenhum filtro de


significância;
Em alguns casos AA/IA também podem ser classificados como
Desprezíveis, que são aqueles com I<55, e embora exista uma legislação
ambiental específica, os AA/IA são pontuais, restritos a uma pequena área.
Ao se estudar os processos, os aspectos e os impactos ambientais
existem a possibilidade de se encontrar situações potenciais de emergências.
Assim, os levantamentos dos AA/IA propiciam não só a oportunidade de
classificar os AA/IA como também identificar situações potenciais de
emergência, que constituem também um dos requisitos da Norma item 4.4.7.

3-6 – CONCLUSÕES
 AA/IA significativos: nos casos em que a classificação resulta em um
AA/IA significativo duas situações podem ocorrer:
a) Situação controlável pela própria área neste caso deve serestabelecidos
e mantidos procedimentos para execução e/ou monitoramento das
atividades relacionadas ao aspecto ambiental significativo, com o
objetivo de mitigar o seu impacto ambiental (item 4.4.6 Controle
Operacional);
b) Situação não controlável somente pela própria área, neste caso a ação
mitigadora para o AA/IA deve ser relacionada como objetivo/meta e
como tal, ser incluída no programa de Gestão Ambiental (item 4.3.3 e
4.3.4 – Objetivo e Meta e Programas de Gestão Ambiental).
É importante ressaltar que, esta não é a única origem dos objetivos e metas
ambientais da organização.
 Situações potenciais de emergência: no caso de existir uma situação
potencial de emergência dois casos podem ocorrer:
a) Situação controlável pela própria área neste caso deve ser
estabelecidos e mantidos procedimentos para atender a emergências
na própria área;
b) Situação não controlável pela própria área, neste caso deve ser
relacionada num Plano de Emergência Ambiental, que prevê as ações
necessárias para prevenir, mitigar ou eliminar impactos ambientais
associados a situações de emergência, extensíveis ao conjunto da
organização.

3-7 – PASSO A PASSO PARA LEVANTAR OS ASPECTOS E IMPACTOS


AMBIENTAIS
Planilha 1
1º passo – definição das áreas
 Identificar e listar todas as áreas da organização e definir seus
responsáveis
2º passo – definição dos processos
26

 Para cada área listar, classificar (tipos A, B, C e D), numerar


sequencialmente e dar nome a todos os processos
3º passo – definição dos insumos e produtos
 Para cada processo listar todos os seus insumos e todos os seus
produtos
4º passo – levantamento dos aspectos ambientais
 Para cada insumo e para cada produto verificar a existência relacionar
os AA

Planilha 2
5º passo – identificar as áreas, processos e aspectos ambientais
correspondentes
6º passo – levantamento dos impactos ambientais
 Para cada aspecto ambiental listar os impactos ambientais associados
7º passo – estimação dos fatores
 Para cada impacto ambiental estimar os valores de todos os seus
fatores
8º passo – cálculo da importância (I)
 Para cada impacto ambiental calcular o valor da importância, utilizando a
fórmula I=SxFxDxAxV
9º passo – levantamento dos filtros de significância
 Para cada impacto ambiental levantado verificar a existência dos filtros
de significância
10º passo – classificação dos AA/IA
 Para cada impacto ambiental classificá-lo como significativo não
significativo ou desprezível
11º passo – levantamento da situação de emergência
 Para cada AA/IA identificar as potenciais situações de emergências
12º passo – definição das conclusões
 Para cada AA/IA significativo definir as conclusões
27

Referências bibliográficas

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Sistemas de Gestão Ambiental – Especificações e diretrizes para uso. Rio de Janeiro,
out.1996. 14p.

2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, Rio de Janeiro. NBR ISO 14.004:


Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de
apoio. Rio de Janeiro, out.1996. 32p.

3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, Rio de Janeiro. NBR ISO 14.010:


Diretrizes para auditoria ambiental – Princípios gerais. Rio de Janeiro, nov.1996. 5p.

4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, Rio de Janeiro. NBR ISO 14.011:


Diretrizes para auditoria ambiental – Procedimentos de auditoria ambiental – Auditoria de
sistemas de gestão ambiental. Rio de Janeiro, nov.1996. 7p.

5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, Rio de Janeiro. NBR ISO 14.012:


Diretrizes para auditoria ambiental – Critérios de qualificação para auditorias ambientais.
Rio de Janeiro, nov.1996. 6p.

6. CAMPOS, Léo Pompeu Rezende. Et al. Licenciamento ambiental: coletânea de legislação.


Belo Horizonte: FEAM; Projeto Minas Ambiente. 1998. 382p. (Manual de Saneamento e
Proteção Ambiental para os municípios; v.5)

7. CHEHEBE, José Ribamar B. Avaliação do ciclo de vida de produtos: Ferramenta gerencial


da ISO 14.000. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1998. 120p.

8. CREMONESI, Valter. ISO 14.001 – Guia Prático de Certificação e Manutenção Ambiental.


São Paulo: Tocalino, 2000. 135p.

9. LA ROVERE, Emilio Lèbre. Et al. Manual de auditoria ambiental. Rio de Janeiro:


Qualitymark, 2001. 133p.

10. MAIMON, Dália. ISO 14.001: Passo a passo da implantação em pequenas e médias
empresas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. 86p.

11. MOURA, Luiz Antônio Abdalla. Qualidade e gestão ambiental: sugestões para implantação
das normas ISO 14.000 nas empresas. São Paulo: Oliveira Mendes, 1988. 228p.

12. MOREIRA, Maria Suely. Estratégia e implantação do sistema de gestão ambiental (modelo
ISO 14.000). Belo Horizonte: FDG, 2001. 288p.

13. SILVEIRA JUNIOR, Pedro José. Gestão Ambiental: Planejamento para implementação da
ISO 14.0001 em pequenas e médias empresas – Estudo de caso para o setor têxtil/malhas.
Belo Horizonte, Escola de Engenharia da UFMG, 2001. 141p. (Dissertação de Mestrado em
Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos).

14. TIBOR, Tom, FELDMAN, Ira. ISO 14.000: Um guia para as novas normas de gestão
ambiental.
São Paulo: Futura, 1996. 302p.

VITERBO JÚNIOR, Enio. Sistema integrado de gestão ambiental; como implementar a


ISO14.000 a partir da ISO 9.000, dentro de um ambiente de GQT. São Paulo:
Aquariana, 1988. 224p.
28

Anexo I
A história da ecologia humana

*1960
Clube de Roma – Primeira discussão internacional sobre a adoção de políticas
envolvendo aspectos ambientais. Os critérios de uso dos recursos hídricos
superficiais quem até então, eram utilizados sem nenhum tipo de regra, foram
avaliados.

*1962
Assinatura do Tratado de Proibição Parcial de Testes Nucleares, firmado por
Estados Unidos, União Soviética e Grâ-Bretanha. O tratado põe fim aos testes
realizados nos três países. O acontecimento foi considerado como “a primeira
vitória na campanha para salvar o meio ambiente”.

Década de 70
A fase do Controle ambiental
 Estabelecimento de políticas de controle de poluição ambiental,
principalmente do ar e da água;
 Criação dos primeiros movimentos ambientalistas;
 Criação de diversas organizações internacionais com o objetivo de
discutir os problemas ambientais em nível mundial. Os principais são:
Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP);diversas associações
da Comissão Econômica Européia (CEE); Diretoria do Meio Ambiente do
OECD; o Relatório da Comissão do Consumidor; a Comissão de Meio
Ambiente da Otan (CCMS) e outros.
 No Brasil, criação de órgãos de controle, como a Sema (Federal),
Cetesb (SP) e Feema (RJ;
 A partir desta década, qualquer acidente ecológico passou a terum
espaço bem maior na mídia. E as empresas responsabilizadas por eles
começaram a ser vistas com maiores reservas pela população, cada vez
melhor informada em relação às questões ecológicas.

*1970
Abril. Mais de 300 mil americanos participam do “Dia da Terra”. Considerada a
maior manifestação ambientalista da história, a comemoração rendeu inúmeras
manchetes e destaques em veículos de comunicação, que problema o advento
do ambientalismo como uma questão pública fundamental.
29

*1971
Nasce o GREENPEACE. Entre as diversas entidades fundadas na época, há
diferença de propostas e formas de atuação. Isso ocorre porque o movimento
ambientalista é basicamente um movimento histórico.

*1972
Conferência do Estocolmo. O surgimento de casos críticos de degradação
ambiental levou a Suécia a propor à Organização das Nações Unidas (ONU) a
realização de Conferência Internacional sobre os problemas do meio ambiente
humano. Assim nasceu a Conferência de Estocolmo, que reuniu
representantes de 113 países, de 250 organizações não governamentais e
organismos da ONU.

*1973/1974
O mundo enfrenta a primeira crise do petróleo. O fato serviu para repensar o
consumo desenfreado dos recursos naturais, considerados, até então
ilimitados.

Pela primeira vez, os cientistas americanos Rowland e Molina chamam a


atenção do mundo para os perigos da destruição da camada de ozônio pelo
cloro-fluor-carbono (CFC)

Década de 80
A fase do planejamento
Inclusão do planejamento ambiental no planejamento estratégico das
empresas.

*1980
Neste ano, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN)
lançou o documento “Estratégia Mundial para Conservação (EMC)”. O objetivo
era construir para a formulação de políticas de desenvolvimento sustentado.
Este documento, que pontua e aprofunda de modo pioneiro as questões
ambientais de base, alerta a opinião pública mundial para o perigo das
pressões exercidas sobre os sistemas biológicos da Terra e propõe práticas de
desenvolvimento ecologicamente sadias como medidas para aliviá-las.

*1980/1981
No Brasil, é criada a Política Nacional do Meio Ambiente,
http://www.jurisambiente.com.br/ambiente/politicameioambiente.shtm
que menciona o Estudo do Impacto Ambiental.
http://www.meioambiente.mg.gov.br/noticias/1/1167-termos-de-referencia-para-
elaboracao-de-estudo-de-impactorelatorio-de-impacto-ambiental-eiarima
30

*1985
A partir deste ano, no Brasil a política oficial de meio ambiente é executada
pelo Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA)
http://www.mma.gov.br/port/conama/
e, em nível técnico, pelo Instituto Brasileiro de Maio Ambiente e Recursos
Naturais (IBAMA)

http://www.ibama.gov.br/
além, de instituições estaduais subordinadas
http://www.ibama.gov.br/supes-mg/ibama-nos-estados-mg

*1986
A resolução número 1/86 do Conama torna obrigatória a Análise de impactos
Ambientais para atividades específicas, objetivando atender determinação do
órgão de controle ambiental.

*1987
Aprovado e divulgado pela ONU o relatório “Nosso Futuro Comum”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Relat%C3%B3rio_Brundtland
O documento que relaciona 109 recomendações destinadas a concretizar
propósitos emanados de Estocolmo (1972), foi elaborado por um órgão
assessor, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
(WCED) http://www.un-documents.net/wced-ocf.htm
Presidida pela então primeira-ministra da Noruega, HarlemBrundtland. De
forma sintética, sua principal conclusão é que “o comportamento da economia
internacional faz que as futuras gerações não terão acesso aos recursos
necessários à sua sobrevivência”.

*1988
A revista “Time” publica uma matériaem que destaca “o ano em que a Terra
falou”. Neste ano ocorreram vários casos de seca, ondas de calor, fogo em
florestas, enchentes e furacões violentos, que aterrorizaram os povos de várias
partes do mundo.

*1989
A Assembleia Geral das Nações Unidas pode a elaboração de um documento
com o fim de definir estratégias que permitissem interromper e reverter os
efeitos da degradação ambiental.

Década de 90
A Fase da gestão Ambiental
Adoção da “atuação responsável” pela Abiquim (Brasil).
31

*1990
O presidente da empresa americana Borjohn Optical Tecnology foi multado em
U$ 400 mil e preso por 26 meses pela emissão de substâncias tóxicas no
esgoto local e sua empresa ficou inelegível para contatos com o governo.

*1991
 Promulgação, pela Câmara do Comércio Internacional, da Carta de
Roterdã, com 16 princípios.
 No dia 27 de outubro, foi revisado a Estratégia Mundial para a
Conservação (EMC). A revisão foi feita pelos patrocinadores da EMC,
Pnuma, WWF, e UICN, com a participação de cientistas, organizações
ambientais e entidades governamentais, que examinaram e
consolidaram as informações das experiências das diversas estratégias
de conservação. O resultado foi o documento “Cuidando do Planeta
Terra: uma estratégia para o futuro da vida”. Ele amplia e enfatiza o
conteúdo da Estratégia Mundial para a Conservação, apresentando
nove princípios gerais e planos de ação para uma vida sustentável.

*1992
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento –
Rio/92. Tão importante quanto o próprio evento foi seu processo preparatório.
O Comitê Preparatório da Conferência (PREPCOM), que promoveu discussões
e políticas sobre os documentos que seriam assinados na RIO/92, inovou os
procedimentos de conferências internacionais deste tipo, ao permitir grande
debate político e um intercâmbio de ideias entre as delegações oficiais e os
representantes de vários setores da sociedade civil mundial, mais a
participação de cientistas independentes.
A Conferência RIO/92 mostrou que o questionamento do estilo vigente
desenvolvimento passou a fazer parte destacada da discussão geopolítica
nacional e internacional. A pressão da sociedade civil e a demonstração
científica de que há linhas de risco ambiental que não podem ser ultrapassadas
fizeram com que insistir no atual uso da natureza passasse a ser como
“suicídio político” e “insensatez econômica”.
Aos poucos, sai de cena a ideia de que a conservação do meio ambiente
resulta em prejuízos econômicos em função de restrições ao uso de
ecossistemas.
Dia 14 de junho é um dia recomendado para governos, agências de
desenvolvimento e grupos setoriais independentes colocarem em prática, ao,
longo da Século XXI, em todas as áreas onde a atividade humana incide de
forma prejudicial ao meio ambiente.

*1993
Criação do EMAS – Eco Management and Aidit Scheme
32

*1996
Emissão da ISO 14001 como Norma Internacional. A NBR ISO14001 foi
emitida em outubro de 1996.
http://pt.slideshare.net/mjmcreatore/nbr-iso-14001-2004-gesto-ambiental-
requisitos

*1997
Rio + 5.
http://www.amazonialegal.com.br/textos/meio_ambiente/Rio+5.htm
O evento teve o objetivo de fazer um balanço, decorridos cinco anos da Rio/92,
e elaborar os pontos mais importantes da “Carta da Terra”. O documento, que
foi aprovado no Ano 2000, representava um marco na história do Planeta, uma
referência ática para todos os povos da Terra. Todos os habitantes do Planeta
podem e devem dar a sua contribuição para a elaboração da Carta.

*1998
No dia 14 de novembro, terminou a 4ª Conferência da ONU sobre Mudanças
Climáticas (COP4), em Buenos Aires, Argentina. Sem avanços significativos,
os países menos desenvolvidos obtiveram uma pequena vitória com a
prioridade ao CDM (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), pois este pode
originar um fluxo de dinheiro para financiar a redução da emissão de gases. O
Tratado de Kyoto deveria ter sido posto em prática em 2000.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Protocolo_de_Quioto

Grandes Crimes
*1945 – 1952
Anunciados 423 detonações nucleares, que aconteceram nos Estados Unidos,
União Soviética, Grâ-Bretanha e França.

*1952
Chuva de granizo, com característica de presença de radioatividade, acontece
na Austrália, a menos de três mil quilômetros dos testes nucleares realizados
na Inglaterra.

*1953
Chuva ácida em Nova York. Possível causa: testes nucleares realizados em
Nevada.

*1954
Teste com uma bomba de hidrogênio, codinome Bravo, dos Estados Unidos,
realizado sobre o atol de Bikini, no Pacífico Ocidental. A quantidade de
partículas espalhadas foi o dobro da esperada e a mudança dos ventos carreou
as cinzas radioativas em direção às Ilhas Marshall, ao invés de leva-las par ao
33

oceano, conforme o planejado. Houve contaminação de cerca de 18 mil Km 2 de


oceano, gerada por uma nuvem radioativa de aproximadamente 410 Km de
extensão e 57 Km de largura. Duas semanas depois do teste, a traineira
japonesa FukuyuMaru nº 5, que pescava atum próximo à área do teste Bravo,
teve 23 de seus tripulantes com doenças de radiação ao chegar ao porto.
Peixes que chegaram posteriormente, pescado na mesma região, também
estavam contaminados. Esse episódio gerou uma campanha extensa de
repúdio a testes nucleares, com participação inclusive de Albert Einstein e do
Papa Pio XII.

*1956
São registrados casos de disfunções neurológicas em famílias de pescadores e
em gatos e aves que se alimentavam de peixes da Baia de Minamata, no
Japão. A contaminação vinha acontecendo desde 1939, quando uma indústria
química se instalou às margens da Baia e por diversos anos despejou em suas
águas catalisadores gastos.
Foram confirmadas altas concentrações de mercúrio em peixes e em
moradores, que morreram vítimas da chamada “Doença de Minamata”.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desastre_de_Minamata
Desastresimilares foram observados em vários outros locais, como Mitsui,
Niigata e Yokkaichi. Como resultado desses incidentes, mais 450 campanhas
antipoluição foram lançadas no Japão até 1971.

*1967
Em março, acontece o naufrágio do petroleiro Torrey Cânion, no litoral do
extremo sudoeste da Inglaterra. Centenas de quilômetros da Costa da
Comualha foram poluídos. Um acontecimento local de dimensões globais.
http://megaarquivo.com/2014/01/03/9555-desastre-ecologico-petroleiro-torrey-
canion/

*1969
Ocorreram mais de mil derramamentos (de pelo menos 100 barris) de petróleo
em águas americanas.

Grandes desastres
*1977
No dia 26 de março, houve entrada de hexaclorociclopeno na Estação de
Tratamento de Esgoto de Loisville, em Kentucky. Esse acidente ocorreu por
causa do lançamento indevido do produto na rede de esgotos pela empresa
Chen Dine, colocando em risco a saúde de 37 empregados da Estação
deTratamento que precisou ficar cerca de três meses parada para limpeza e
descontaminação.
http://no.comunidades.net/sites/pro/proflilian5serie/index.php?pagina=1184802
815
34

*1980
No início da década, são detectados casos de problemas pulmonares,
anomalias congênitas e abortos involuntários em moradoras da região do
polopetroquímico de Cubatão, no Brasil.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA13cAG/poluicao-ar-estudo-caso-
cidade-cubatao

*1984
 Em Cubatão, duas explosões e o incêndio causados por vazamento de
gás provocaram a morte de 150 pessoas na Vila Socó.
https://campograndesantos.wordpress.com/96-incendio-de-vila-soco-vila-sao-
joseem-cubataosp-uma-data-para-nao-esquecer/

 No dia 18 de novembro, no México, ocorreram explosões sucessivas de


tanques esféricos e botijões de GLP (gás liquefeito de petróleo),
causadas por vazamento em um dos tanques. O acidente destruiu
completamente as instalações da refinaria, lançando partes metálicas e
gotículas incandescente de GLP a distâncias de até 800 metros.
Quinhentas pessoas morreram e cerca de quatro mil feridas. A
gravidade do acidente o fez ficar conhecido como o “México City: o dia
em que o céu pegou fogo”.
 No dia 2 de dezembro, um vazamento de 25 toneladas de Isocianato de
Metila, ocorrida em Bhopal, na Índia, causou a morte de três mil pessoas
e a intoxicação de mais de 200 mil. O acidente foi causado pelo
vazamento de gás da Fábrica Union Carbide.
http://araucb.blogspot.com.br/2009/08/o-pior-acidente-quimico-da-historia.html

*1986
No dia 26 de abril, um acidente na Usina de Chernobyl, na URSS, demonstrou
que o mundo é muito pequeno e que os impactos ambientais devem ser
analisados em nível global. Na Usina Nuclear de Chernobyl, durante realização
de testes, o sistema de refrigeração foi desligado com o reator ainda em
funcionamento. Com isso, o equipamento esquentou e explodiu.
O incêndio do reator durou uma semana, lançando na atmosfera um volume de
radiação cerca de 30 vezes maior do que a bomba atômica de Hiroshima. A
radiação espalhou-se, atingindo vários países europeus e até mesmo o Japão.
aas previsões eram de que cerca de 100 mil pessoas sofreriam danos
genéticos ou teriam problemas de câncer em razão desse acidente nos 100
35

anos seguintes. Por toda a Europa, houve problemas na lavoura e na pecuária,


tornando verduras, legumes e leite impróprios ao consumo.
http://www.brasilescola.com/historia/chernobyl-acidente-nuclear.htm

https://www.google.com.br/search?q=acidente+de+chernobyl&rlz=1C1PRFC_e
nBR602BR602&espv=2&biw=1280&bih=677&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei
=-
j1BVZLRLeq1sASGpICYCg&ved=0CAYQ_AUoAQ&dpr=1#tbm=isch&q=vitimas
+do+acidente+de+chernobyl&revid=344663496

*1987
Em setembro, vem a público que um acidente com o material radioativo Césio
137 havia contaminado dezenas de pessoas na cidade de Goiânia, no Brasil. O
acidente aconteceu porque uma cápsula de Césio 137, pesando entre 600 a
800 Kg, desapareceu do Instituto Goiano de Radioterapia (o Instituto se
mudara e abandonara alguns aparelhos de radioterapia) e foi vendida a um
ferro-velho como sucata.
Ao tentar quebrar a cápsula, o dono do ferro-velho acabou liberando o pó
radioativo, atingindo sua família e pessoas que frequentavam o local. Pouco
depois, essas pessoas apresentaram os sintomas básicos da contaminação:
queimaduras por todo o corpo, vômitos e diarreias. Em poucos dias, quatro
delas morreram vítimas do Césio.
Hoje, passados anos, os especialistas acreditam que o número de pessoas que
morreram ou adoeceram em consequencia do acidente tenha sido bem maior.
http://www.brasilescola.com/quimica/acidente-cesio137.htm

*1989
No dia 23 de março, o Navio Exxon Valdez, depois de uma colisão em rochas
submersas que causou um rasgo no fundo do petroleiro, derramou, na Baía do
Princípe Willian, no Alasca, 40 milhões de litros de petróleo. No acidente,
morreram cerca de 260 mil aves, 20 baleias, 200 focas e 3,5 mil lontras do mar.
Até hoje são estudadas as consequências do acidente sobre a fauna e flora
marinha da região atingida. Até março de 1990, as indenizações e gastos com
limpezaassumidos pela Exxon já acumulavam mais de US$ 2 bilhões com
várias outras ações judiciais ainda não julgadas.
http://www.ciencia-online.net/2014/03/5-fatos-derramamento-exxon-valdez.html

*1993
Em janeiro, o petroleiro Braer, durante uma tempestade com ventos fortes, se
chocou contra rochas na costa das Ilhas de Shetland, no Reino Unido, na
época, o primeiro-ministro do Reino Unido, John Major, definiu o derramamento
de óleo como “o pior desastre ambiental britânico”. Quando o petroleiro Braer
se partiu ao meio, foram derramados mais de 80 milhões de galões de óleo,
duas vezes a mais do que o Exxon Valdez.
36

http://elmaxilab.com/definicao-abc/letra-b/braer.php

Anexo II
Requisitos do sistema da gestão ambiental ISO14001:2004

1 – Objetivo1
Esta Norma especifica os requisitos relativos a um sistema da gestão
ambiental, permitindo a uma organização desenvolver e implementar uma
política e objetivos que levem em conta os requisitos legais e outros requisitos
por ela subscritos e informações referentes aos aspectos ambientais
significativos. Aplica-se aos aspectos ambientais que a organização identifica
como aqueles que possa controlar e aqueles que possa influenciar. Em si, esta
Norma não estabelece critérios específicos de desempenho ambiental.
Esta Norma se aplica a qualquer organização que deseje
a) Estabelecer, implementar, manter e aprimorar um sistema da gestão
ambiental;
b) Assegurar-se da conformidade com sua política ambiental definida;
c) Demonstrar conformidade com esta Norma ao:
1. Fazer uma auto avaliação ou auto declaração, ou
2. Buscar confirmação de sua conformidade por partes que tenham
interesse na organização, tais como clientes, ou
3. Buscar confirmação de sua auto declaração por meio de uma
organização externa, ou
4. Buscar certificação/registro de seu sistema da gestão ambiental por uma
organização externa.
Todos os requisitos desta Norma se destinam a ser incorporados em qualquer
sistema da gestão ambiental. A extensão da aplicação dependerá de fatores
tais como a política ambiental da organização, a natureza de suas atividades,
produtos e serviços, o local e as condições nas quais o sistema funciona.
Esta Norma também prevê, no anexo A, diretrizes informativas sobre o uso da
especificação.

2 – REFERÊNCIAS NORMATIVAS1
Não há referência normativa citada. Esta seção foi incluída para manter a
numeração das seções idênticas à da edição anterior (ABNT NBR ISO
14001:1996).

1
- Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
37

3 – TERMOS E DEFINIÇÕES1
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3-1 – Auditor
Pessoa com competência para realizar uma auditoria (ABNT NBR ISO
9000:2000, 3.9.9.
3-2 – Melhoria continua2
Processo recorrente de se avançar com sistema de gestão ambiental(3.8) com
o propósito de atingir o aprimoramento do desempenho ambiental (3.10) geral,
coerente com a política ambiental (3.11) da organização (3.16).

Nota: não é necessário que o processo seja aplicado simultaneamente a todos


as áreas da atividade.

3-3 – Ação corretiva2


Ação para eliminar a causa de uma não conformidade (3.15) identificada.

3-4 – Documento2
Informação e o meio no qual ela está contida.

Nota1: o meio físico pode ser papel, magnético, disco de computador de leitura
ótica ou eletrônica, fotografia ou amostra padrão, ou uma combinação destes.

Nota2: adaptado da ABNT ISO 9000:2000, 3.7.2.

3-5 – Meio ambiente2: circunvizinhanças em que uma organização (3.16)


opera, incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres
humanos e suas inter-relações.

Nota: neste contexto, circunvizinhança entende-se do interior de uma


organização (3.16) para o sistema global.

3-6 – Aspecto ambiental2:


Elemento das atividades ou produtos ou serviços de uma organização (3.16)
que pode interagir com o meio ambiente (3.5).

Nota: um aspecto ambiental significativo é aquele que tem ou pode ter um


impacto ambiental (3.7) significativo.

3-7 – Impacto ambiental2

2
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
38

Qualquer modificação do meio ambiente (3.5), adversa ou benéfica, que


resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais (3.6) da organização
(3.16).

3-8 – Sistema da gestão ambiental (SGA)3


A parte de um sistema de gestão de uma organização (3.16) utilizada para
desenvolver e implementar sua política ambiental (3.11) e para gerenciar seus
aspectos ambientais (3.6).

Nota1: um sistema de gestão ambiental é um conjunto de elementos inter-


relacionados utilizados para estabelecer a política e os objetivos e para atingir
esses objetivos.

Nota2: um sistema de gestão inclui estrutura organizacional, atividades de


planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos (3.19), processos e
recursos.

3-9 – Objetivo ambiental3


Propósito ambiental geral, decorrente da política ambiental (3.11), que uma
organização (3.16) se propõe a atingir.

3-10 – Desempenho ambiental3


Resultados mensuráveis da estão de uma organização (3.16) sobre seus
aspectos ambientais (3.6).

Nota: no contexto de sistemas de gestão ambiental (3.8), os resultados podem


ser medidos com base na política ambiental (3.11), objetivos ambientais (3.9) e
metas ambientais (3.12) da organização (3.16) e outros requisitos de
desempenho ambiental.

3-11 – Política ambiental3


Intenções e princípios gerais de uma organização (3.16) em relação ao seu
desempenho ambiental (3.10), conforme formalmente expresso pela ata
administrativa.

Nota: a política ambiental provê uma estrutura para ação e definição de seus
objetivos ambientais (3.9) e metas ambientais (3.12).

3
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
39

3-12 – Meta ambiental3


Requisito de desempenho detalhado, aplicável à organização (3.16) ou parte
dela, resultante dos objetivos ambientais (3.9) e que necessita ser estabelecido
e atendido para que tais objetivos sejam atingidos.

3-13 – Parte interessada4


Individuo ou grupo interessado ou afetado pelo desempenho ambiental (3.10)
de uma organização (3.16).

3-14 – Auditoria interna4


Processo sistemático, independente e documentado para obter evidência e
avaliá-lo objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de
auditoria do sistema de gestão ambiental estabelecidos pela organização (3.16)
são atendidos.

Nota: em muitos casos, em especial nas organizações menores, a


independência pode ser demonstrada pela isenção de responsabilidade em
relação à atividade que esta sendo auditada.

3-15 – Não conformidade4


Não atendimento de um requisito (ANBT NBR ISO9000.2000, 3.6.2)

3-16 – Organização4
Empresa, corporação, firma, empreendimento, autoridade ou instituição, ou
parte ou uma combinação desses, incorporada ou não, pública ou privada, que
tenha funções e administração próprias.

Nota: para organizações que tenham mais de uma unidade operacional, uma
única unidade operacional pode ser definida como uma organização.

3-17 – Ação preventiva4


Ação para eliminar a causa de uma potencial não conformidade (3.15).

3-18 – Prevenção de poluição4


Uso de processos, práticas, técnicas, materiais, produtos, serviços ou energia
para evitar, reduzir ou controlar (de forma separada ou combinada) a geração,
emissão ou descarga de qualquer tipo de poluente ou rejeito, para reduzir os
impactos ambientais (3.7) adversos.

4
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
40

Nota: a prevenção da poluição pode incluir redução ou eliminação de fontes de


poluição, alteração de processo, produto ou serviço, uso eficiente de materiais
e substituição de energia, reutilização, recuperação, reciclagem, regeneração e
tratamento.

3-19 – Procedimento4
Forma específica de executar uma atividade ou um processo.
Nota1: os procedimentos podem ser documentados ou não.

Nota2: adaptado da ABNT NBR ISO 9000:2000, 3.4.5.

4 – REQUISITOS DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL5


4-1 – Requisitos gerais5
A organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e
continuamente melhorar um sistema da gestão ambiental em conformidade
com os requisitos desta Norma e determinar como ela irá atender a esses
requisitos.

A organização deve definir e documentar o escopo de seu sistema de gestão


ambiental.

4-2 – Política ambiental5


A alta administração deve definir a política ambiental da organização e
assegurar que, dentro do escopo definido de seu sistema de gestão ambiental,
a política:
a) Seja apropriada à natureza, escala e impactos ambientais de suas
atividades, produtos e serviços;
b) Inclua um comprometimento com melhoria contínua e com a prevenção
de poluição;
c) Inclua um comprometimento em atender aos requisitos legais aplicáveis
a outros requisitos subscritos pela organização que se relacionem a
seus aspectos ambientais;
d) Forneça uma estrutura para o estabelecimento e análise dos objetivos e
metas ambientais;
e) Seja documentada, implementada e mantida;
f) Seja comunicada a todos que trabalhem na organização ou que atuem
em seu nome;
g) Esteja disponível para o público.

4-3 – Planejamento5
4-3-1 – Aspectos ambientais5

5
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
41

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para:


a) Identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e
serviços, dentro do escopo definido de seu sistema de gestão
ambiental, que a organização possa controlar e aqueles que ela possa
influenciar, levando em consideração os desenvolvimentos novos ou
planejados, as atividades, produtos e serviços novos ou modificados;
b) Determinar os aspectos que tenham ou possam ter impactos
significativos sobre o meio ambiente (isto é, aspectos ambientais
significativos);

A organização deve documentar essas informações e mantê-las atualizadas.


A organização deve assegurar que esses requisitos legais aplicáveis e outros
requisitos subscritos pela organização sejam levados em consideração no
estabelecimento, implementação e manutenção de seu sistema de gestão
ambiental.

4-3-2 – Requisitos legais e outros6


A organização deve estabelecer e manter procedimentos(s) para:
a) Identificar e ter acesso a requisitos legais aplicáveis e a outros
requisitos subscritos pela organização, relacionados aos seus
ambientes;
b) Determinar como esses requisitos se aplicam aos seus aspectos
ambientais.
A organização deve assegurar que esses requisitos legais aplicáveis e outros
requisitos subscritos pela organização sejam levados em consideração no
estabelecimento, implementação e manutenção de seu sistema de gestão
ambiental.

4-3-3 – OBJETIVOS, METAS E PROGRAMAS6


A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas
documentais nas funções e níveis relevantes na organização.
Os objetivos e metas devem ser mensuráveis, quando exequível, e coerente
com a política ambiental incluindo-se os comprometimentos com a prevenção
de poluição, com o atendimento aos requisitos legais e outros requisitos
subscritos pela organização e com melhoria contínua.
Ao estabelecer e analisar seus objetivos e metas, uma organização deve
considerar os requisitos legais e outros requisitos por ela subscritos, e seus
aspectos ambientais significativos. Deve também considerar suas opções
tecnológicas, seus requisitos financeiros, operacionais, comerciais e a visão
das partes interessadas.
6
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
42

A organização deve estabelecer, implementar e manter programa(s) para


atingir seus objetivos e metas. O(s) programa(s) deve(m) incluir:
a) Atribuição de responsabilidade para atingir os objetivos e metas em
cada função e nível pertinente da organização;
b) Os meios e os prazos no qual estes devem ser atingidos.

4-4 – IMPLEMENTAÇÃO OPERAÇÃO 7


4-1-1 – Recursos, funções, responsabilidades e autoridades
A administração deve assegurar a disponibilidade de recursos essenciais para
estabelecer, implementar, manter e melhorar o sistema da gestão ambiental.
Esses recursos incluem recursos humanos e habilidades especializadas,
infraestrutura organizacional, tecnologia e recursos financeiros.
Funções, responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas
e comunicadas visando facilitar uma gestão ambiental eficaz.
A alta administração deve indicar representante(s) específico(s) da
administração, o(s) qual(is), independentemente de outras responsabilidades,
deve(m) ter função, responsabilidade e autoridade definidas para:
a) Assegurar que um sistema de gestão ambiental seja estabelecido,
implementado e mantido em conformidade com os requisitos desta
Norma;
b) Relatar à alta administração sobre o desempenho do sistema de gestão
ambiental para analise, incluindo recomendações para melhoria.

4-4-2 – Competência, treinamento e conscientização7


A organização deve assegurar que qualquer pessoa que, para ela ou em seu
nome, realize tarefas que tenham o potencial de causar impacto(s)
ambiental(s) significativo(s) identificado pela organização, seja competente
com base e formação apropriada, treinamento ou experiência, devendo reter
os registros associados.
A organização deve identificar as necessidades de treinamento associados
com seus aspectos ambientais e seu sistema de gestão ambiental. Ela deve
prover treinamento ou tomar alguma ação para atender a essas necessidades,
devendo manter os registros associados.
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos(s) para
fazer com que as pessoas que trabalhem para ela ou em seu nome estejam
conscientes.
a) Da importância de se estar em conformidade com a política ambiental e
com os requisitos do sistema de gestão ambiental;

7
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
43

b) Dos aspectos ambientais significativos e respectivos impactos reais ou


potenciais associados com seu trabalhado e dos benefícios proveniente
da melhoria do desempenho pessoal;
c) De suas funções e responsabilidades em atingir a conformidade com os
requisitos do sistema de gestão ambiental;
d) Das potenciais consequencias da inobservância de procedimento(s)
especificado(s).

4-4-3 - Comunicação8
Com relação aos seus aspectos ambientais e ao sistema de gestão ambiental,
a organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos(s) para:
a) Comunicação interna entre os vários níveis de funções da organização,
b) Recebimento, documentação e resposta à comunicações pertinentes
oriundas de partes interessadas externas.

A organização deve incluir se realizará comunicação externa sobre seus


aspectos ambientais significativos, devendo documentar sua decisão. Se a
decisão for comunicar, a organização deve estabelecer e implementar método
(s) para esta comunicação externa.

4-4-4 Documentação9

A documentação do sistema da gestão ambiental deve incluir

a) Política, objetivos e metas ambientais,


b) Descrição do escopo do sistema de gestão ambiental,
c) Descrição dos principais elementos do sistema da gestão ambiental e
sua interação e referencia aos documentos associados,
d) Documentos, incluindo registros, requeridos por esta Norma, e
e) Documentos, incluindo registros, determinados pela organização como
sendo necessários para assegurar o planejamento, operação e controle
eficazes dos processos que estejam associados com seus aspectos
ambientais significativos.

8
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
9
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
44

4-4-5 Controle de documentos10

Os documentos requeridos pelo sistema de gestão ambiental e por esta Norma


devem ser controlados. Registros são um tipo especial de documento e devem
ser controlados de acordos com os requisitos estabelecidos em 4-5-4

A organização deve estabelecer, implementar manter procedimento(s) para:

a) Aprovar documentos quanto a sua adequação antes de seu uso,


b) Analisar e atualizar, conforme necessário e reaprovar documentos,
c) Assegurar que as alterações e a situação atual da revisão de
documentos sejam identificadas,
d) Assegurar que as versões relevantes de documentos aplicáveis estejam
disponíveis em seu ponto de uso,
e) Assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente
identificáveis,
f) Assegurar que os documentos de origem externa determinados pela
organização como sendo necessários para o planejamento e operação
do sistema da gestão ambiental sejam identificados e que sua
distribuição seja controlada, e
g) Prevenir a utilização não intencional de documentos obsoletos e utilizar
identificação adequada nestes, se forem para quaisquer fins.

4-4-6 Controle operacional 11

A organização deve identificar e planejar aquelas operações que estejam


associadas aos aspectos ambientais significativos identificados de acordo com
sua política, objetivos e metas ambientais para assegurar que elas sejam
realizadas sob condições especificadas por meio de

a) Estabelecimento, implementação e manutenção de procedimento(s)


documentado(s) para controlar situações onde sua ausência possa
acarretar desvios em relação a sua política e aos objetivos e metas
ambientais,
b) Determinação de critérios operacionais no(s) procedimento(s), e
c) Estabelecimento, implementação e manutenção de procedimento(s)
associado(s) aos aspectos ambientais significativos identificados de
produtos e serviços utilizados pela organização e a comunicação de

10
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
11
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
45

procedimentos e requisitos pertinentes a fornecedores, incluindo-se


prestadores de serviço.

4-4-7 Preparação e resposta a emergências12

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para


identificar potenciais situações de emergências e potenciais acidentes que
possam ter impacto(s) sobre o meio ambiente, e como a organização
responderá a estes.

A organização deve responder às situações reais de emergência e aos


acidentes e prever ou mitigar os impactos ambientais adversos associados.

A organização deve periodicamente analisar e quando necessário, revisar seus


procedimentos de preparação de resposta à emergência, em particular, após a
ocorrência de acidentes ou situações emergenciais.

A organização deve também periodicamente testar tais procedimentos, quando


exeqüível.

4-5 Verificação

4-5-1 Monitoramento e medição13

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para


monitorar e medir regularmente as características principais de suas operações
que possam ter um impacto ambiental significativo. O(s) procedimento(s)
deve(m) incluir a documentação de informações para monitorar o desempenho,
os controles operacionais pertinentes e a conformidade com os objetivos e
metas ambientais da organização.

A organização deve assegurar equipamentos de monitoramento e medição


calibrados ou verificados sejam utilizados e mantidos, devendo-se reter os
registros associados.

12
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
13
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
46

4-5-2 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros 14

4-5-2-1 De maneira coerente com seu comprometimento de atendimento a


requisitos, a organização deve estabelecer, implementar e manter
procedimento(s) para avaliar periodicamente o atendimento aos requisitos
legais.

A organização deve manter registros do resultado das avaliações periódicas.

4-5-2-2 A organização deve avaliar o atendimentos a outros requisitos por ela


subscritos. A organização pode combinar esta avaliação com a avaliação
referida em 4-5-2-1 ou estabelecer um procedimento em separado.

A organização deve manter registro das avaliações periódicas.

4-5-3 Não-conformidade, ação corretiva e ação preventiva 15

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para


tratar as não-conformidades reais e potenciais e para executar ações corretivas
e preventivas. O(s) procedimento(s) deve(m) definir requisitos para

a) Identificar e corrigir não-conformidades e executar ações para mitigar


seus impactos ambientais;
b) Investigar não-conformidades, determinar suas causas e executar ações
para evitar sua repetição;
c) Avaliar a necessidade de ações para prevenir não-conformidade e
implementar ações apropriadas para evitar sua ocorrência;
d) Registrar os resultados das ações preventivas e corretivas executadas.

4-5-4 Controle de registros16

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para


demonstrar conformidade com os requisitos de seu sistema da gestão
ambiental e desta Norma, bem como os resultados obtidos.

14
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
15
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
16
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
47

A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos para


identificação, armazenamento, proteção, recuperação, retenção e descarte de
registros.

Os registros devem ser e permanecer legíveis, identificáveis e rastreáveis.

4-5-5 Auditoria Interna17

A organização deve assegurar que as auditorias internas do sistema de gestão


ambiental sejam conduzidas em intervalos planejados para

a) Determinar se o sistema da gestão ambiental

1) Esta em conformidade com os arranjos planejados para a gestão


ambiental, incluindo-se os requisitos desta Norma;
2) Foi adequadamente implantado e é mantido.

b) Fornecer informações à administração sobre os resultados das


auditorias.
Programas de auditoria devem ser estabelecidos, implementados e mantidos
para tratar

- das responsabilidades e requisitos para se planear e conduzir as auditorias,


para relatar os resultados e manter os registros associados.
- da determinação dos critérios de auditoria, escopo, freqüência e métodos.

A seleção de auditores e a condução das auditorias devem assegurar


objetividade e imparcialidade do processo de auditoria.

4-6 Análise pela administração18

A alta administração da organização deve analisar o sistema da gestão


ambiental, em intervalos planejados, para assegurar sua continuada
adequação, pertinência e eficácia. Análises devem incluir a avaliação de
oportunidades de melhoria e necessidade de alterações no sistema da gestão

17
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
18
Material de carácter apenas didático, não deve ser utilizado como documento oficial em qualquer
situação técnica/comercial.
48

ambiental, inclusive da política ambiental e dos objetivos e metas ambientais.


Os registros das análises pela administração devem ser mantidos.

As entradas para análises pela administração devem incluir

a) Resultados das auditorias internas e das avaliações do atendimento dos


requisitos legais e outros subscritos pela organização;
b) Comunicações provenientes das partes interessadas externas, incluindo
reclamações;
c) O desempenho ambiental da organização;
d) Extensão na qual foram atendidos os objetivos e metas;
e) Situação das ações corretivas e preventivas;
f) Ações de acompanhamento das análises anteriores;
g) Mudanças de circunstancias, inclusive desenvolvimento em requisitos
legais e outros relacionados aos aspectos ambientais e
h) Recomendações para melhoria.

As saídas da análise pela administração devem incluir quaisquer decisões e


ações relacionadas a possíveis mudanças na política ambiental, nos objetivos
e em outros elementos do sistema da gestão ambiental, consistentes com o
comprometimento com a melhoria contínua.
49

ANEXO III – LISTAGEM DOS ASPECTOS AMBIENTAIS

CATEGORIA ASPECTOS
Emissão Atmosférica (EA) ▫ Emissão de partículas totais em suspensão –
PTS
▫ Emissão de partículas inaláveis – PMIO
▫ Emissão de fumaça (ex.: veículos, caldeiras)
▫ Emissão de fumos metálicos (ex.: solda)
▫ Emissão de gases de combustão (ex.: SOx,
NOx, CO)
▫ Emissão de compostos clorados (ex.: cloretos,
clorofluorcarbonados – CFC’s)
▫ Emissão de compostos orgânicos voláteis –
VOC’s (ex.: solventes, tintas e desengraxantes).
▫ Gerador de odor
▫Emissão de outros gases (ex.: inertes, oxidantes,
amônia, fotoquímicos, gases ácidos/alcalinos) –
ESPECIFICAR.

Efluentes Líquidos (EL) ▫ Geração de efluentes líquidos contendo óleos e


graxas.
▫ Geração de efluentes líquidos inorgânicos (ex.:
ácidos, bases, cianetos e metais pesados).
▫ Geração de efluentes orgânicos não oleosos
(ex.: solventes, organoclorados, detergentes e
fenóis).
▫ Geração de esgoto doméstico.
▫ Geração de outros efluentes líquidos –
ESPECIFICAR.

Resíduos Sólidos (RS) ▫Geração de lâmpadas fluorescente usadas.


▫ Geração de resíduos oleosos (ex.: óleos
usados, trapos/estopas com óleo, borras oleosas)
▫ Geração de sucatas metálicas contaminadas
(ex.: com óleos e graxas).
▫ Geração de resíduos recicláveis de papel e
papel/papelão.
▫ Geração de resíduos recicláveis de plásticos.
▫ Geração de resíduos recicláveis de vidros.
▫ Geração de resíduos recicláveis de borrachas.
▫ Geração de lixo ambulatorial/hospitalar.
▫ Geração de lixo doméstico.
▫ Geração de resíduos de tratamento superficial
de materiais (ex.: borra de tinta, solventes
usados).
▫ Geração de resíduos com asbesto.
▫ Geração baterias e pilhas usadas.
▫ Geração de ascaréis.
▫ Geração de entulho da construção civil.
▫ Geração de resíduos florestais (podas e
50

desmatamento).
▫ Geração de sucata de madeira (embalagens e
palets).
▫ Geração de resíduos alimentares.
▫ Geração de embalagens contaminadas.
▫ Geração de resíduos químicos (ex.: mercúrio e
reagentes).
▫ Geração de outros resíduos – ESPECIFICAR.

CATEGORIA ASPECTOS
Ruído (RU) ▫ Emissão de ruído.
Vibração (VI) ▫ Emissão de vibração.
Radiação (RA) ▫ Emissão de radiação (ex.: calor,
ultra-som, microondas).
Recursos Naturais e Energéticos (RN) ▫ Uso de água.
▫ Consumo de combustíveis fósseis
(ex.: óleo diesel e combustível, carvão
e gasolina).
51

ANEXO IV – LISTAGEM DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Os impactos ambientais mais freqüentes associados aos aspectos das


atividades e serviços de uma organização são os seguintes:

CATEGORIA IMPACTOS
Ar ▫ Alteração da qualidade do ar.
▫ Alteração da camada de ozônio.
▫ Geração de chuva ácida.
▫ Formação de efeito estufa.
Água ▫ Alteração da qualidade da água
superficial.
▫ Alteração da qualidade da água
subterrânea.
▫ Assoreamento de cursos d’água.
▫ Redução da disponibilidade dos
aqüíferos.
▫ Eutrofização.
Solo ▫ Alteração da qualidade do solo.
Recursos Naturais/Energia ▫ Ineficiência do consumo/emprego de
recursos naturais e/ou energia.
Meio Antrópico ▫ Danos à saúde humana.
▫ Incômodo ao homem – ruído,
vibração, odor.
▫ Danos materiais.

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