Biologia 11 Ano
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Biologia 11 Ano
Biologia e Geologia
Grupo I
A figura 1 resume algumas experiências com bactérias da espécie Streptococcus pneumoniae que fazem
parte de uma série de experiências que conduziram à descoberta do material genético. As bactérias
Streptococcus pneumoniae causam a pneumonia e possuem duas estirpes: uma capsulada e patogénica
(forma S) e a outra não capsulada e inofensiva (forma R).
O esquema A refere-se às experiências realizadas por Griffith. O esquema B refere-se às experiências de
Avery e seus colaboradores.
Figura 1
2. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas aos
organismos utilizados nas experiências ilustradas nas figuras.
A – A informação que passa das bactérias da estirpe S mortas pelo calor para as bactérias da estirpe
R vivas permite que estas bactérias se tornem patogénicas._
B – No sangue do rato que morreu devido à inoculação de uma mistura de bactérias vivas do tipo R e
mortas do tipo S apenas existem bactérias do tipo R. ____
C – De acordo com a experiência de Griffith, quando se mistura bactérias da estirpe R, com bactérias da
estirpe S mortas pelo calor, estas últimas acabam por voltar a viver.__
D – O calor não destruiu o material genético das bactérias.____
E – As bactérias da estirpe S quando mortas pelo calor tornam-se inofensivas. ___
F – As experiências de Griffith provaram inequivocamente que o DNA é o material genético das células.
A hipótese da replicação semiconservativa da molécula de DNA foi proposta por James Watson e Francis
Crick, após a publicação do artigo onde expuseram a respectiva estrutura. Esta hipótese fo testada
magistralmente por Meselson e Stahl, em 1957.
Meselson e Stahl cultivaram células de E. coli, durante várias gerações, num meio cuja fonte de azoto
continha o isótopo pesado, 15N, em substituição do isótopo mais abundante, leve, de número de massa 14.
É possível separar, por centrifugação, uma mistura de DNA pesado (com 15N) e de DNA leve (com 14N).
Ambos os isótopos são estáveis.
As células de E. coli que se desenvolveram no meio com azoto pesado, e que se encontravam todas no
mesmo estádio do ciclo celular, foram então transferidas para um meio onde a única fonte de azoto continha
o isótopo leve. Aí se desenvolveram, até que a população duplicou. O DNA isolado, obtido a partir desta
primeira geração de bactérias, foi submetido a uma técnica de centrifugação.
Numa segunda etapa da experiência, permitiu-se que as bactérias da primeira geração, cultivadas no
meio com azoto leve, crescessem neste mesmo meio até que a população duplicasse novamente.
Isolou-se o DNA desta segunda geração de bactérias e procedeu-se novamente a centrifugação. Os
resultados obtidos na segunda etapa da experiência descrita foram apresentados sob a forma de gráfico.
1. Selecione a alternativa que formula corretamente o problema que esteve na base deste procedimento
experimental.
Legenda:
L – Moléculas de DNA leve
I – Moléculas de DNA com peso intermédio
P – Moléculas de DNA pesado
y – Percentagem de moléculas de DNA
x – Tipo de molécula de DNA
4. Explique de que modo o cultivo de células de E. coli num meio com azoto pesado, durante várias
gerações, contribuiu para que os resultados das experiências de Meselson e Stahl fossem fiáveis.
A resposta contempla os seguintes tópicos:
• durante um ciclo celular, o material genético é replicado antes de a célula se dividir, sintetizando-se
as novas cadeias polinucleotídicas a partir de nucleótidos presentes no meio;
• o cultivo de E. coli durante várias gerações, num meio com azoto pesado, assegura que, ao fim de
um certo tempo, a população apresente cerca de 100% do DNA com azoto pesado;
• a uniformização/fixação da característica «tipo de molécula de DNA» na população de bactérias
permite eliminar uma das variáveis que poderiam afectar o resultado das experiências, que oferece,
por isso, maior confiança.
5. Supondo que no DNA de uma determinada célula existe 30 % de guanina, nessa célula, a percentagem
de citosina, timina e adenina deve ser, respetivamente ___.
6. DNA e RNA são possíveis de distinguir quando amostras destes ácidos nucleicos são hidrolisadas.
Justifique a afirmação anterior.
Referência às diferenças de composição do DNA e RNA.
7. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos
relacionados com a replicação do DNA.
(A) Ocorre a quebra das pontes de hidrogénio estabelecidas entre as bases complementares.
(B) A molécula de DNA é desenrolada.
(C) A DNA polimerase desliga-se do DNA.
(D) Forma-se uma dupla cadeia de DNA que sofre enrolamento e empacotamento.
(E) A DNA polimerase adiciona nucleótidos na extremidade 3’ da cadeia em formação.
B – A – E – C – D.
8. Suponha que um determinado organismo unicelular tem, na constituição do seu DNA, 14% de
nucleótidos de adenina.
Determine as percentagens relativas dos restantes nucleótidos de DNA.
Na resposta, deve explicitar o seu raciocínio, fazendo referência à estrutura do DNA.
Tópicos de resposta:
• relação entre as duas cadeias de nucleótidos que constituem a molécula de DNA e o
emparelhamento das bases azotadas complementares (A-T; C-G);
• explicitação do raciocínio que possibilita a determinação da presença de 14% de timina,
36% de citosina e 36% de guanina.
Resposta:
- o DNA é uma molécula constituída por duas cadeias polinucleotídicas com sequências de bases
azotadas que emparelham de forma complementar, a adenina com a timina (A – T) e a citosina com a
guanina (C – G).)
– sendo que determinado organismo unicelular tem, na constituição do seu DNA, 14% de nucleótidos de
adenina e esta emparelha complementarmente com a timina, então também apresentará 14% de timina
Ficha de trabalho Nº1| Biologia e Geologia 11º Página 5
no seu DNA, sendo que A + T perfazem 28% do DNA do dinoflagelado. Assim, se retirarmos a 100% os
28% ficam 72% para serem divididos equitativamente pela citosina e pela guanina, ficando, cada uma,
com 36% do DNA do dinoflagelado, pelo que este dinoflagelado apresenta: 14% de adenina, 14% de
timina; 36% de citosina e 36% de guanina.)
Grupo III
Processamento Alternativo
O património genético de todas as células vivas está inscrito no seu DNA.
Nos seres eucariontes, o RNA sintetizado sofre um processamento ou maturação antes de abandonar o
núcleo. Durante este processo, diversas secções do RNA, inicialmente transcritas, são removidas. Estas
porções são chamadas intrões. As porções não removidas – exões – ligam-se entre si, formando um mRNA
maduro, que será traduzido numa proteína.
Todavia, entre o DNA e as proteínas esconde-se um outro código, o que explica que, apesar de o DNA
humano não conter mais do que uma vintena de milhares de genes, as nossas células retirem dele
informação para fabricar centenas de milhares de proteínas diferentes.
Na Figura 2, está representado um processamento alternativo em que são produzidas duas moléculas
diferentes de mRNA a partir do mesmo gene. Este processamento obedece a regras de um código bem
preciso, que era até há pouco tempo inimaginável. A partir de uma mesma sequência de DNA, a célula
pode produzir não um, mas mais de uma dezena de mRNA diferentes. Em cada tecido, a célula reconhece,
na sequência de um primeiro intrão, a informação que nesse momento conduz à conservação ou à
supressão do exão seguinte. Eis aqui uma nova forma de controlar o código da vida, que permite à célula
saber como processar o RNA pré-mensageiro de acordo com o seu papel no organismo. É graças a este
processo que as células se distinguem umas das outras e ajustam os seus comportamentos às
circunstâncias. Na Figura 3, está representada a produção de diferentes moléculas de mRNA a partir do
mesmo gene, em diferentes tecidos. Assim, a partir de um único gene, o organismo é capaz de conceber
diferentes proteínas cuja funcionalidade é específica.
Baseado em Science & Vie, Outubro de 2010
Figura 2
Baseado em
Campbell et al.,
Biology, 2009
3. Numa célula eucariótica, a sequência dos acontecimentos que conduzem à síntese de uma proteína é
5. Um mRNA pode ser lido sequencialmente por vários ribossomas. Este fenómeno permite...
7. Faça corresponder a cada uma das funções envolvidas na síntese de uma proteína X, descritas na
coluna A, o interveniente molecular responsável por essa função, expresso na coluna B.
Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Contém a sequência nucleotídica resultante da transcrição do (1) ATP
gene da proteína X.5 (2) DNA
(b) Transporta os monómeros constituintes da proteína para o (3) RNA ribossómico
ribossoma.4 (4) RNA de transferência
(c) Catalisa a adição de nucleótidos, segundo a sequência (5) RNA mensageiro
determinada pelo gene da proteína X.6 (6) RNA polimerase
(d) Garante a preservação da informação genética necessária à (7) Anti-codão
síntese da proteína X.2 (8) Aminoácido
(e) Fornece energia química para a ligação de um aminoácido ao seu
transportador.1
B-C-E-D-A
(A) Met-Gli-Ala-Trp
(B) Ala-Ala-Trp-Gli
(C) Arg-Arg-Met-Gli
(D) Arg-Ala-Gli-Trp
9.2. Se ocorrer uma mutação no fragmento do gene apresentado que o altere para 3’...CGACGTACCCCC...
5’, a proteína X...
10. Nos seres eucariontes o código genético é, em regra, universal, e a informação genética é individual.
Explique o significado biológico desta afirmação.
A resposta deve abordar os seguintes tópicos:
- o código genético é a relação entre os codões do RNA mensageiro e os aminoácidos;
- a informação genética de cada indivíduo é a informação contida no seu genoma /nos seus genes;
.quando ocorre a expressão da informação genética, a utilização do código genético leva à formação
de proteínas /seres vivos com características únicas.