Processos de Soldagem

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SOLDAGEM

Professor: MSc. Diego Pacheco Wermuth

Sapucaia do Sul, agosto de 2018


Roteiro de aprendizagem

 Introdução ao tema soldagem;


 Definição de soldagem;
 Evolução dos processos de soldagem;
 Principais processos de soldagem;
 Soldagem por fusão;
 Soldagem por pressão;
 Vantagens e desvantagens da solda;
 Riscos em operações de soldagem;
Síntese dos conteúdos anteriores

 Conceitos básicos sobre elementos de fixação e processos de fabricação.


Objetivos

 Entender o conceito de soldagem;

 Saber a importância dos processos de soldagem para área industrial;

 Conhecer os principais processos de soldagem utilizados;

 Conhecer riscos e saber os cuidados que devem ser tomados ao realizar os


processos de soldagem;
Introdução

Um grande número de diferentes processos utilizados na fabricação


e recuperação de peças, equipamentos e estruturas é abrangido pelo termo
SOLDAGEM. Classicamente, a soldagem é considerada como um método de
união, porém muitos processos de soldagem ou variações destes são usados
para a deposição de material sobre uma superfície, visando a recuperação de
peças desgastadas ou para a formação de um revestimento com
características especiais. O sucesso considerável do processo de soldagem na
área industrial está associado a diversos fatores e, em particular, com a sua
relativa simplicidade operacional.
Método de união dos metais

- Forças mecânicas macroscópicas entre as partes


Ex. Parafusagem, Rebitagem

- Forças microscópicas (interatômicas ou intermoleculares)


Ex. Soldagem, a brasagem e a colagem.
Soldagem

A soldagem é sem dúvida o meio mais barato, importante e


versátil de união entre os materiais após os anos 30, quando
utilizava-se rebites.
Sua importância caracteriza-se pelo fato de unir todos os metais
comerciais, de ser aplicado em qualquer local, por propiciar
flexibilidade de projeto, reduzir custos de produção e fabricação
e pela facilidade em ser utilizado em recuperação e manutenção
de manufaturados.
Soldagem

O campo de aplicação de soldagem é praticamente irrestrito.


Assim sendo, sua aplicação pode variar desde a viabilização de
uma cadeira com armação metálica , até estruturas complexas
que seriam inviáveis sem o conhecimento da soldagem.
Conceitos fundamentais e definição

 Soldagem: é o processo de união de duas ou mais partes metálica e não-


metálicas pela aplicação de calor, pressão ou ambos, garantindo que os
materiais soldados apresentem continuidade, não apenas na aparência
externa, mas também em suas características e propriedades mecânicas e
químicas, relacionadas à estrutura interna.

 Solda: é a zona de união das peças que foram submetidas a um processo


de soldagem.
Pequeno Histórico

 Existe indícios de um pingente soldado que foi fabricado na Pérsia, por


volta de 4000 AC.
 A soldagem foi usada na antiguidade e na idade média
 A Soldagem permaneceu como um processo secundário até o século XIX
 Arco com eletrodo revestido
Pequeno Histórico

 Uma das mais antigas notícias que se tem sobre a soldagem remota ao
forjamento da espada de Damasco, (1300 a.C) e ao uso de uma espécie de
maçarico soprado pela boca, usando álcool ou óleo como combustível:
 Esta técnica usada pelos egípcios para fundir e soldar bronze, foi
transmitida a gregos e romanos.
 Desde sua descoberta, a soldagem tem sido de grande importância para
todos os segmentos industriais; seu desenvolvimento foi baseado nas
necessidades de cada época; descobertas , novos processos, novas
técnicas surgiram para atender a uma demanda específica.
Evolução dos processos de soldagem
Sapucaia do Sul, 10 de Agosto de 2017
Processos de soldagem

Atualmente podemos dividir os processos de soldagem em dois


grandes grupos:

 Soldagem por fusão – Ocorre a fusão tanto do metal de adição quanto do


metal de base. A energia é aplicada para produzir calor capaz de fundir o
material de base. Diz-se neste caso que a solubilização ocorre na fase
líquida. (soldagem ao arco submerso, etc.)

 Soldagem por estado sólido ou por pressão – Não ocorre a fusão. A união
dos metais se dá através de difusão. A energia é aplicada para provocar
uma tensão no material de base, capaz de produzir a solubilização na fase
sólida. (soldagem por ponto)
Processos de soldagem
Processos de soldagem
Soldagem por Fusão
Dentre a soldagem por fusão estão os processos conhecidos como:

 Soldagem com Eletrodos Revestidos - (SMAW)


 Soldagem a Arco Gás-Tungstênio - (GTAW)
 Soldagem a Arco Gás-Metal - (GMAW)
 Soldagem Oxi-Gás - (OFW)
 Soldagem por eletro-escória –(ESW)
 Soldagem com Arame Tubular -(FCAW)
 Soldagem ao Arco Submerso - (SAW)
 Soldagem a Plasma - (PAW)
 Soldagem com Feixe de Elétrons - (EBW)
 Soldagem a Laser - (LBW)
Soldagem por Pressão
Dentre a soldagem por pressão estão os processos conhecidos como:

 Soldagem por Resistência - (RW)


 Soldagem por Centelhamento - (FW)
 Soldagem por Alta Freqüência - (HFIW)
 Soldagem por Fricção - (FW)
 Soldagem por Difusão - (DFW)
 Soldagem por Explosão - (EXW)
 Soldagem por Laminação
 Soldagem a Frio - (CW)
 Soldagem por Ultra-Som - (USW)
Soldagem por eletrodo revestido

O processo de soldagem por eletrodo revestido é o mais utilizado.


Por ele ser o mais barato e simples, apesar de não ser o mais eficiente.
O processo de soldagem eletrodo revestido (SMAW – Shielded
Metal Arc Welding), consiste na abertura e manutenção do arco elétrico
entre o eletrodo revestido e a peça a ser soldada, de modo a fundir
simultaneamente o eletrodo e a peça.
Soldagem por eletrodo revestido
Soldagem por eletrodo revestido

CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES
 Versátil – permite soldagem de grande número de materiais, ex. aços-
carbono, aços-liga, aço-inox, ferro fundido, alumínio, cobre,...
 Empregado na fabricação, montagem e manutenção, nas mais diversas
posições de soldagem;
 Processo manual, baixa velocidade de soldagem, dependente da
habilidade do operador;
 Produção de grande volume de gases e fumos;
Soldagem por eletrodo revestido
Soldagem por eletrodo revestido
Soldagem a Arco Gás-Tungstênio (TIG)

O processo TIG (Tugsten Inert Gas) utiliza como fonte de calor um


arco elétrico mantido entre um eletrodo “não” consumível de tungstênio e a
peça a soldar. A proteção é feita por um fluxo de gás inerte (argônio, hélio ou
argônio + hélio). Podendo ser feita com ou sem metal de adição, manual ou
automático.
Soldagem a Arco Gás-Tungstênio (TIG)
Soldagem a Arco Gás-Tungstênio (TIG)

CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES
 processo TIG é muito utilizado em tubulações, em especial titânio,
zircônio, ligas de alumínio e magnésio, aços ligados, inoxidáveis, ligas de
níquel e ligas especiais.
 O acabamento da solda é de ótima qualidade.
Soldagem a Arco Gás-Tungstênio (TIG)
Soldagem a Arco Gás-Tungstênio (TIG)
Soldagem a Arco Gás-Metal (MIG/MAG)

O processo de soldagem a Arco Gás-Metal possui um eletrodo


consumível e alimentado automaticamente sob proteção gasosa. Este
processo é conhecido pelas seguintes denominações:
 MIG: Quando a proteção gasosa utilizada for constituída por um gás inerte
como argônio ou hélio, e que não tenha nenhuma atividade física com a
poça de fusão.
 MAG: Quando a proteção gasosa é feita com um gás ativo, ou seja, um gás
que interage com a poça de fusão, normalmente CO2.
 GMAW (Gas Metal Arc Welding) é a designação que engloba os dois
processos acima citados.
Soldagem a Arco Gás-Metal (MIG/MAG)
Soldagem a Arco Gás-Metal (MIG/MAG)

CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES
 O processo é normalmente operado de forma semi-automática, podendo
ser também mecanizado ou automatizado. É o processo de soldagem a
arco mais usado com robôs industriais.
 O acabamento da solda é de ótima qualidade.
Soldagem a Arco Gás-Metal (MIG/MAG)
Soldagem a Arco Gás-Metal (MIG/MAG)
Soldagem a Oxi-Gás (Oxiacetileno)

A soldagem oxi-gás (Oxifuel Welding, OFW) compreende um grupo


de processos de soldagem que utilizam o calor produzido por uma chama de
combustível gasoso e oxigênio para fundir o metal de base e o metal de
adição, quando usado. O processo é normalmente manual, mas existem
aplicações mecanizadas.
Diferentes gases combustíveis podem ser utilizados, mas o mais
comum para a soldagem dos aços e de outras ligas metálicas é o acetileno.
Soldagem a Oxi-Gás (Oxiacetileno)
Soldagem a Oxi-Gás (Oxiacetileno)

CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES
 A temperatura alcançada com a chama oxiacetilênica é de 3200ºC na
ponta do cone. O equipamento de oxiacetilênico também pode ser
utilizado para cortar aços não ligados ou de baixa liga.
 É um processo lento que consome muito gás, porém produz soldas de
bom aspecto e é de fácil execução.
 Utilizado para soldar chapas finas de até 3mm de espessura, sendo muito
aplicada na soldagem de metais não-ferrosos (Al.Cu) e tubos de até
2,5mm de espessura.
Soldagem a Oxi-Gás (Oxiacetileno)
Princípios de Segurança
As regras de segurança são apresentadas para a proteção
dos operadores e demais pessoal envolvidos na instalação,
utilização e manutenção de equipamentos de soldar.

As regras de segurança podem ser divididas em três


grupos principais:
 - Regras de segurança relativas ao local de trabalho
 - Regras de segurança relativas ao pessoal
 - Regras de segurança relativas ao equipamento
Princípios de Segurança
Com relação ao local de trabalho podemos citar as
seguintes regras:

-Garantir a segurança da área de trabalho


-Eliminar possíveis causas de incêndios
-Instalar barreiras contra fogo e contra respingos

Sapucaia do Sul, 10 de Agosto de 2017


Princípios de Segurança
-Instalar equipamentos de combate a incêndios
-Nunca soldar numa peça que não tenha sido adequadamente
limpa
-Proceder à inspeção da área de trabalho após ter-se
completado a soldagem
-O soldador ou operador deve sempre manter a cabeça fora da
área de ocorrência dos Fumos

Sapucaia do Sul, 10 de Agosto de 2017


Princípios de Segurança
 -Observar as características físicas e químicas dos gases
usados
 -Nunca usar adaptadores de rosca entre um cilindro e o
regulador de pressão.
 -Os cilindros de gás devem sempre ser mantidos em posição
vertical

 Ao abrir a válvula do cilindro,manter o rosto afastado do


regulador de pressão/vazão
Princípios de Segurança
Princípios de Segurança
Regras de segurança relacionadas ao pessoal:
 -Aterrar os equipamentos e seus acessórios a um ponto
seguro de aterramento
 -Nunca tocar em partes eletricamente "vivas"
 -Manter o local de trabalho limpo e seco
 -Usar roupa e equipamentos de proteção individual
adequados
 -O soldador deve trabalhar em cima de um estrado ou
plataforma isolante
 -Não se deve permanecer entre os dois cabos eletrodo
Princípios de Segurança
 -Para soldar usar máscara com vidro ou dispositivo de
opacidade adequado
 -Usar óculos de segurança com protetores laterais
 -Não deixar nenhuma área de pele descoberta
 -Usar roupa protetora resistente ao calor
Princípios de Segurança
Sobre regras referentes ao Equipamento podemos citar:
 -Nunca operar equipamentos defeituosos
 -Sempre ligar uma máquina de soldar à sua linha de
alimentação através de uma chave de parede
Principais Riscos
Os acidentes na soldagem são causados principalmente
pela falta de atenção, pelo uso incorreto ou o não uso do EPI
(Equipamento de Proteção Individual), por todos os
envolvidos no processo.
Assim para evitar que eles aconteçam devemos ter total
conhecimento da forma de utilização do equipamento.
CHOQUES ELÉTRICOS:
Instalações elétricas inadequadas, aterramento incorreto,
assim como operação incorreta do equipamento são as
fontes mais comuns de acidentes.
Nunca entre em contato com partes energizadas do
equipamento de solda caso não esteja devidamente aterrado,
como a rede de alimentação elétrica, o cabo de entrada, os
cabos de soldagem, porta eletrodo, pistola ou tocha de soldar,
terminais de saída da máquina e a peça a ser soldada.
CHOQUES ELÉTRICOS:
Ao soldar é recomendado não utilizar acessórios ou
objetos metálicos, como anéis, relógios, colares e outros itens
metálicos, pois estes em contato com partes energizadas
podem provocar acidentes.
Não manusear o equipamento de solda em local com piso
molhado.
Pessoas portadoras de marca-passo devem consultar um
médico antes de permanecerem próximas a áreas de
soldagem, pois os campos eletromagnéticos ou as radiações
podem interferir no funcionamento do aparelho.
Proteção dos olhos:
Arcos elétricos produzidos na soldagem emitem raios
ultravioletas e infravermelhos. Longas exposições a estes raios
provocam danos permanentes à vista ou às lentes de contato.
É obrigatório o uso de máscara ou óculos de proteção
com lentes adequadas ao tipo da soldagem.
Os filtros ou vidros protetores têm a função de absorver
os raios infravermelhos e ultravioleta, protegendo os olhos de
lesões que poderiam ser ocasionadas por estes raios.
A redução da radiação também diminui a intensidade da
luz, o que faz com que o soldador não canse demasiadamente
os olhos.
Proteção dos olhos:
Usar máscara com lentes especiais com vidros escuros de
diversos graus de acordo com as amperagens empregadas.
Usar vidraças protetoras (vidros comuns) para proteção
dos vidros escuros.
Jamais soldar usando lentes de contato, pois as radiações
podem promover o colamento da lente à retina, causando
cegueira permanente
Proteção da pele:
Os raios ultravioleta e infravermelho emitidos pelo arco
elétrico provocam queimadura na pela da mesma maneira
que o Sol, porém mais rápida e intensamente. Os respingos de
solda, as fagulhas outros riscos eminentes de queimadura.
É obrigatório o uso de avental de raspa, luva de raspa,
calça de preferência “jeans”, sapato ou bota de couro.
Proteção da pele:
Proteção dos gases:
Os gases na soldagem elétrica podem ser produzidos pelo
arco elétrico ou pelo material de base. Ex:
Os gases produzidos pelos metais de base também
causam efeitos nocivos. Ex:
Chumbo, zinco, latão, oxido de cádmio, mercúrio, berílio.
Termos mais utilizados
 Metal Base (base metal): Material da peça que passa pelo
processo de soldagem.
 Metal de Adição (filler metal): Material adicionado, no estado
líquido, durante a soldagem por fusão.
 Poça de Fusão (weld pool): Região em fusão, a cada instante,
durante uma soldagempor fusão.
 Penetração (penetration): Distância da superfície original do
metal base ao ponto em que termina a fusão, medida
perpendicularmente à mesma.
 Junta (joint): Região entre duas ou mais peças que serão
unidas.
Termos mais utilizados
 Chanfro (groove): Corte efetuado na junta para
possibilitar/facilitar a obtenção de uma solda com a
penetração desejada.
 Raiz (root): Região mais profunda do cordão de solda.
 Face (face): Superfície oposta à raiz da solda.
 Passe (pass): Depósito de material obtido pela progressão
sucessiva de uma só poça de fusão.
 Camada (layer): Conjunto de passes localizados em uma
mesma altura no chanfro.
 Reforço (reinforcement): Altura máxima alcançada pelo
excesso de material de adição, medida a partir da superfície
do material de base.
Termos mais utilizados
 Margem (toe): Linha de encontro entre a face da solda e a
superfície do metal de base.
 Zona termicamente afetada (ZTA): Região do metal base
aquecida durante a soldagem a temperaturas capazes de
causarem mudanças na microestrutura e propriedades do
material. Tende a ser a região mais crítica de uma junta
soldada.
Termos mais utilizados
 Zona Fundida (ZF): Região que, em algum momento durante a
soldagem, esteve noestado líquido.
 Posição Plana (flat): A soldagem é feita no lado superior de
uma junta e a face da solda é aproximadamente horizontal.
 Posição Horizontal (horizontal): O eixo da solda é
aproximadamente horizontal, mas a sua face é inclinada.
 Posição Sobrecabeça (overhead): A soldagem é feita do lado
inferior de uma solda de eixo aproximadamente horizontal.
 Posição Verical (vertical): O eixo da solda é aproximadamente
vertical. A soldagem pode ser“para cima” (vertical-up) ou
“para baixo” (vertical-down).
Terminologia
A terminologia de soldagem é bastante extensa e muitas
vezes os termos técnicos que utilizamos em uma região
geográfica não são aplicáveis em outras. O próprio nome
soldagem é adotado no Brasil, enquanto em Portugal o nome
mais utilizado é soldadura.
Terminologia
A escolha do processo de soldagem envolve basicamente
quatro fatores:1 - O projeto da junta (tipo, posição entre outros);
2 - A espessura do material; 3 - A natureza do material a ser
soldado; 4 - O custo de fabricação (produtividade, qualidade da
junta, durabilidade do produto entre outros).
Tendo parametrizado o procedimento de solda mais
adequado ao produto a ser fabricado se faz nescessário conhecer
as propriedades de soldagem das peças a serem unidas. A
metalurgia de solda estuda exatamente estas condições de como
se comportam os materiais.
Terminologia
Ao contrário do que muitos pensam uma junta soldada
não é constituída unicamente pelo que se convencionou chamar
de cordão de solda. Do ponto de vista da metalurgia da
soldagem, qualquer região na qual em decorrência dos efeitos da
soldagem tenham ocorrido consideráveis alterações em suas
condições iniciais, é constituinte da junta soldada. A figuras a
seguir apresentam de forma esquemática as diferentes regiões
que constituem uma junta soldada:
.
Geometria da junta soldada
Influência térmica na soldagem
A quantidade de calor ou energia térmica inserida em
uma junta soldada é sem duvida o principal fator a ser
controlado visando reduzir a possibilidade de ocorrência de
defeitos na soldagem, desta forma, é interessante entender
como o calor é gerado a partir das fontes de energia utilizadas
nos processos de soldagem por fusão.

.
Regiões da junta soldada
As principais particularidades relacionadas às regiões
indicadas são:
* Metal de base – É a região constituinte da junta soldada
que não sofreu qualquer alteração em suas características físicas,
químicas ou metalúrgicas, ou seja, o material utilizado para a
construção da estrutura metálica, nesta região, não sofreu
qualquer influência do processo de soldagem.

.
Regiões da junta soldada
Zona termicamente afetada – Nesta região, de grande
interesse no campo da metalurgia da soldagem, embora a
temperatura de processamento não tenha sido suficiente para
modificar o estado físico dos materiais envolvidos, ocorrem
importantes transformações metalúrgicas no estado sólido, ou
seja, são registradas importantes alterações nas propriedades
iniciais dos materiais utilizados na construção metálica.

.
Simbologia
Para conseguirmos executar as soldas, na maioria das
vezes precisamos preparar aberturas ou sulcos na superfície das
peças que serão unidas, estas aberturas recebem o nome de
chanfro.
O chanfro é projetado em função da espessura da peça,
do material, do processo de soldagem a ser
adotado, das dimensões da peça e da facilidade de acesso à
região de solda;
Simbologia
Abaixo vemos alguns dos tipos de chanfros mais comuns
em matéria de soldagem:
Simbologia e Terminologia
O primeiro termo a ser definido é a junta, região onde duas ou
mais partes da peça são unidas pela operação de soldagem.
Simbologia e Terminologia
Simbologia e Terminologia
Simbologia e Terminologia
A solda em si também possui diferentes seções e cada
uma recebe um determinado nome. A zona fundida de uma
solda é constituída pelo metal de solda, que normalmente é uma
mistura do metal base (material da peça) e do metal de adição
(metal adicionado na região de solda).
Simbologia e Terminologia
Ao lado do cordão temos uma região que tem sua
estrutura e propriedades afetadas pelo calor e que
denominamos zona termicamente afetada.
Eventualmente podemos utilizar um suporte na parte
inferior da solda, que ajuda a conter o material fundido na
operação de soldagem e que pode ou não ser removido após o
término da solda, chamado de mata-junta ou de cobre-junta
Simbologia e Terminologia
Em soldagem utilizamos uma série de números, sinais e
símbolos que representam a forma do cordão de solda, processo
utilizado, dimensões, acabamento, tipos de chanfro, etc.., os
quais permitem maior rapidez na confecção de projetos e evitam
erros de interpretação
Simbologia e Terminologia
 Símbolo básico da soldagem
Simbologia e Terminologia
Localização dos elementos no símbolo básico conforme AWS 2.4:
Simbologia e Terminologia
Tipos de chanfros:
Simbologia e Terminologia
Exemplos:
Simbologia e Terminologia
Exemplos:
Simbologia e Terminologia
Exemplos:
Simbologia e Terminologia
Exemplos:
Simbologia e Terminologia
Exemplos:
Simbologia e Terminologia
Exemplos:
Simbologia e Terminologia
Exemplos:
Simbologia e Terminologia
Exemplos:
Simbologia e Terminologia
Exemplos:
Vantagens e desvantagens do processo de soldagem
PRINCIPAIS VANTAGENS:
 Redução do peso;

 Economia de tempo;

 Suporte de elevadas solicitações mecânicas, tanto quanto a peça

 Juntas de integridade e eficiência elevadas

 Grande variedade de processos


 Aplicável a diversos materiais

 Operação manual ou automática

 Pode ser altamente portátil

 Juntas podem ser isentas de vazamentos

 Custo, em geral, razoável

 Junta não apresenta problemas de perda de aperto.


Vantagens e desvantagens do processo de soldagem
PRINCIPAIS DESVANTAGENS:
 Não podem ser desmontáveis;

 Exige acabamento posterior;

 Em trabalhos especiais, exige mão-de-obra especializada, análise e


ensaios dos cordões de solda.
 Pode afetar microestrutura e propriedades das partes
 Pode causar distorções e tensões residuais

 Pode exigir operações auxiliares de elevado custo e duração (ex.:


tratamentos térmicos)
Principais riscos no processo de soldagem

 Queimaduras;

 Choque elétrico;

 Inalação de fumos e gases tóxicos;

 Radiação (luz visível e invisível raios infravermelho e ultravioleta);


Síntese

 O que é soldagem?

 Quais os principais métodos de soldagem?

 Vantagens e Desvantagens.

 Princípios de segurança no processo de soldagem.


Próximos tópicos

 Conhecer os demais processos de soldagem por fusão;

 Visitar o Laboratório de Soldagem.


 Conhecer os parâmetros de regulagem para os principais processos de
soldagem.
Referências Bibliográficas
 WAINER, E.; BRANDI, S. D.; Mello, F. D. Soldagem: Processos e Metalurgia. 1. ed.
São Paulo: Edgard Blucher, 1995.
 MARQUES, P.V. et al. Soldagem – Fundamentos e Tecnologia, Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2005. 362 p.
 GUERRA I. Soldagem e Técnicas Conexas. Porto alegre: Editora UFRGS, 2007.
 CARY, H. Modern Welding Technology. 4 ed. Englewood Cliffs: Prentice-Hall,Inc.
1998. 780 p.
 PONOMAREV, V.Soldagem MIG MAG. 1ª Ed. São Paulo: ARTLIBER, 2008.
 VEIGA, E.Processo de Soldagem - TIG. 1ª Ed. São Paulo: Globus Editora, 2011.
 VEIGA, E.Soldagem de Manutenção. 1ª Ed. São Paulo: Globus Editora, 2010.
 MESSLER, R.W. Principles of Welding. Nova York: Wiley-InterScience, 1999. 662 p.
Atividades complementares

 Lista de exercícios referente ao tema: “Processos de Soldagem”.


 Consulta de material de apoio.
Grato pela atenção

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