Dilatação Térmica - Wikipédia, A Enciclopédia Livre

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23/09/2018 Dilatação térmica – Wikipédia, a enciclopédia livre

Dilatação térmica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dilatação térmica é o nome que se dá ao aumento do volume de um corpo
ocasionado pelo aumento de sua temperatura, o que causa o aumento no grau
de agitação de suas moléculas e consequentemente aumento na distância
média entre as mesmas. A dilatação ocorre de forma mais significativa nos
gases, de forma intermediária nos líquidos e de forma menos explícita nos
sólidos, podendo-se afirmar que:

Dilatação nos gases > Dilatação nos líquidos > Dilatação nos sólidos.

Experimentos podem ser usados para mostrar a dilatação de forma mais


evidente, como o identificado na figura, que consiste de uma esfera, um anel,
uma haste e uma vela. A esfera, quando em temperatura ambiente, passa
facilmente pelo orifício, quando aquecemos a mesma, ela sofre expansão
térmica, não passando mais pelo anel. Podemos chegar ao mesmo resultado,
mantendo a temperatura da esfera e resfriando o anel, que por sua vez Anel de Gravesande, usado para
comprime, impossibilitando a passagem da esfera. descrever o fenômeno de
expansão térmica.

Índice
Coeficiente de dilatação térmica
Equação genérica: materiais isotrópicos
Tensor de dilatação térmica: materiais anisotrópicos
Tipos de Dilatação
Dilatação linear
Dilatação do vazio
Dilatação superficial
Dilatação volumétrica
Dilatação Anômala da Água

Coeficientes de dilatação linear


Ver também
Referências

Coeficiente de dilatação térmica

Equação genérica: materiais isotrópicos


Nos materiais isotrópicos pode-se calcular a variação de comprimento, e consequentemente de área e volume, em
função da variação de temperatura:

variação do comprimento;
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dilata%C3%A7%C3%A3o_t%C3%A9rmica 1/5
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coeficiente de dilatação linear;


comprimento inicial;
variação de temperatura.

Tensor de dilatação térmica: materiais anisotrópicos


Os materiais cristalinos não cúbicos apresentam uma dilatação anisotrópica:o seu coeficiente de dilatação varia com
a direção. Para descrever a sua dilatação recorre-se a um tensor simétrico de ordem 2:

Por exemplo, para uma rede triclínica é necessário conhecer seis coeficientes de dilatação ortogonais, que não têm
necessariamente que coincidir com os eixos do cristal.

Os valores próprios do tensor de dilatação térmica ou coeficientes de dilatação linear principais , e ,


permitem obter o coeficiente de dilatação volúmica traço do tensor:

Tipos de Dilatação
Quanto à dilatação dos corpos, esta é de três tipos.

Dilatação linear
Na dilatação linear (uma dimensão), considera-se uma das dimensões do sólido: o comprimento. Uma barra aumenta
linearmente. As barras dos trilhos ferroviários são feitas com um espaçamento para a dilatação não envergarem com
ganho de calor, ou retraírem com a queda da temperatura. Vale lembrar também que a dilatação não é um fenômeno
visível, variando de acordo com o material e a temperatura. A dilatação linear é apenas teórica, sendo que para que
algo exista este deve ser tridimensional. A matéria dilata-se em três dimensões, mas como não é possível calcular essa
dilatação, adota-se somente o calculo da dilatação linear. O coeficiente de dilatação linear ( ) é constante em apenas
alguns intervalos de temperaturas, por isso seus valores tabelados são obtidos por médias de temperaturas.

onde:

é a variação do comprimento do corpo que


sofreu a dilatação linear em metros ( );
é o coeficiente de dilatação linear do material
que constitui o corpo em grau Celsius recíproco
( );
é o comprimento inicial da superfície do
corpo em metros ( );
é a variação de temperatura sofrida pelo
corpo em grau Celsius ( ).

Dilatação do vazio
Trilhos de trem envergados por dilatação térmica.[1]
Para avaliar o comportamento de uma chapa
metálica com um orifício no centro, podemos avaliar
o sistema separadamente, pensando que os objetos são formados por moléculas, e quando aquecidas, estas se agitam,
aumentando a distância de uma para as outras. Logo, as moléculas da borda do furo devem obedecer a este princípio,
como a única maneira disso ocorrer é no sentido da placa, o perímetro do círculo acaba aumentando. Basicamente é
conveniente saber que o espaço vazio sofre expansão da mesma forma que sofreria se estivesse preenchido.[2]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dilata%C3%A7%C3%A3o_t%C3%A9rmica 2/5
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Dilatação superficial
Na dilatação superficial (superfície = área, logo, neste caso temos duas dimensões). A dilatação do comprimento e da
largura de uma chapa de aço é superficial. Se um disco ou chapa com um furo central dilatar, o tamanho do furo e da
chapa aumentam simultaneamente. Ou seja, é aquela em que predomina a variação em duas dimensões, isto é, a
variação da área.

, onde:

é a variação da área superficial do corpo que sofreu a dilatação linear em metros quadrados ( );
é o coeficiente de dilatação superficial do material que constitui o corpo em grau Celcius recíproco ( ). É
importante destacar que
é a área inicial da superfície do corpo em metros quadrados ( );
é a variação de temperatura sofrida pelo corpo em grau Celsius ( ).

Dilatação volumétrica
Na dilatação volumétrica calcula-se a variação do volume, logo, avaliamos três dimensões. A dilatação de um líquido
ou de um gás é volumétrica. O coeficiente de dilatação volumétrica ( ) é dado da seguinte forma: Coeficiente de
dilatação linear multiplicado por três, tal procedimento é explicado pelo fato de que quando calculamos um volume
levamos em conta as três dimensões (altura, largura e comprimento).

, onde:

é a variação do volume do corpo que sofreu a dilatação linear em metros cúbicos ( );


é o coeficiente de dilatação volumétrico do material que constitui o corpo em grau Celsius recíproco ( ). É
importante salientar que ;
é o volume inicial da superfície do corpo em metros cúbicos ( );
é a variação de temperatura sofrida pelo corpo em grau Celsius ( ).

Dilatação Anômala da Água

A dilatação da água apresenta uma anomalia em relação as outras substâncias, tendo seu volume diminuído
quando alcança a temperatura de 4 °C (à pressão normal).
(fato mostrado na curva contida no gráfico Volume por Temperatura.).

Olhando para o lado ecológico, nos perguntamos como espécies aquáticas


sobrevivem ao alto inverno. A explicação está relacionada com a anomalia
térmica da água. Quando a temperatura baixa, a densidade aumenta,
fazendo com que a água quente suba e a mais fria desça, originando
correntes para cima e para baixo. Quando a temperatura de toda água
presente no sistema chega a 4 °C, o fluxo das correntes para, fazendo com
que a água do fundo não suba e a da margem não desça. Isto ocorre, pois a
esta temperatura, a densidade da água é máxima. O inverno vai ficando
mais rigoroso e a superfície da água se congela, porém abaixo desta
camada a água continua em estado líquido. O gelo é um bom isolante
térmico (mau condutor), portanto essa camada isola a água líquida
inferior do meio externo, impedindo o congelamento de toda água. Isto possibilita que a vida das espécies aquáticas
continue durante os períodos mais frios.A densidade da água aumenta entre 0 °C a 4 °C, seguindo da diminuição da
densidade a partir de 4 °C.[3]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dilata%C3%A7%C3%A3o_t%C3%A9rmica 3/5
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Coeficientes de dilatação linear


Os coeficientes de dilatação linear de algumas substâncias e elementos químicos[4] [5]a seguir indicados aplicam-se à
faixa de temperaturas indicada. Quando não indicada presume-se uma temperatura ambiente. Na realidade estes
coeficientes variam com a temperatura mas assume-se a sua exatidão na faixa mostrada.

Nota: clicando em cada um dos títulos é possível reordenar a tabela.

Substância α 10^-6(máx.) α 10^-6(min.) Faixa de temperaturas


Gálio 120,0 vgv
Índio 32,1
Zinco e suas ligas 35,0 19,0 100 °C-390 °C
Chumbo e suas ligas 29,0 26,0 100 °C-390 °C
Alumínio e suas ligas 25,0 21,0 100 °C-390 °C
Latão 18,0 21,0 100 °C-390 °C
Prata 20,0 100 °C-390 °C
Aço inoxidável 19,0 11,0 540 °C-980 °C
Cobre 18,0 14,0 100 °C-390 °C
Níquel e suas ligas 17,0 12,0 540 °C-980 °C
Ouro 14,0 100 °C-390 °C
Aço 14,0 10,0 540 °C-980 °C

Cimento (concreto)[6] 6,8 11,9 Temp. ambiente

Platina 9,0 100 °C-390 °C

Vidro (de janela)[7] 8,6 20 °C-300 °C

Cromo 4,9
Tungstênio 4,5 Temp. ambiente

Vidro borossilicato (vidro pyrex)[8] 3,2 20 °C-300 °C

Carbono e Grafite 3,0 2,0 100 °C-390 °C


Silício 2,6

Quartzo fundido [9] 0,55

Ver também
Calor
Calorimetria
Densidade
Escalas termométricas
Temperatura

Referências
1. http://www.volpe.dot.gov/coi/pis/work/archive/buckling.html
2. [Robert Resnick|Resnick Robert]], Halliday David e Krane Kenneth S.. Física 2, Quinta edição. Editora
LTC. Gaspar Alberto. Física Série Brasil, 1ª edição. Editora Ática.],
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dilata%C3%A7%C3%A3o_t%C3%A9rmica 4/5
23/09/2018 Dilatação térmica – Wikipédia, a enciclopédia livre

3. Gaspar Alberto. Física Série Brasil, 1.ª edição. Editora Ática.


4. Coeficientes de dilatação dos elementos (http://www.webelements.com/webelements/properties/text/ima
ge-flash/coeff-thermal-expansion.html)
5. Lista de coeficientes de dilatação (http://www.handyharmancanada.com/TheBrazingBook/comparis.htm)
6. Associação de cimenteiras do Canadá (http://www.cement.ca/cement.nsf/internetE/7427088E8CB2AFF
285256BF30063F29C)
7. Tabela de características de diferentes vidros (http://www.cowtown.net/mikefirth/techspec.htm)
8. Dep. de física da Clemson University (http://phoenix.phys.clemson.edu/labs/223/expansion/index.html)
9. Quartz.com-Companhia científica nacional (http://www.quartz.com/gedata.html#table)

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