Termografia Infravermelha
Termografia Infravermelha
Termografia Infravermelha
TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA
TERMOGRAFIA INFRAVERMELHA
Dedico esta monografia a minha avó Isoldivina Dias Borges, Cleber Borges Araújo,
sua esposa Adriele keite Borges Araújo, sua filha Emily Borges Araújo, meus pais Valtuir
Gonçalves Araújo e Marlene Dias Borges Arújo. Em especial, minha esposa Daiane da Silva
Freitas Araújo, minha filha Isabelle Freitas Araújo e meus amigos Evandro Nunes Souza e
Marcelo Luiz Borges, e à todos que me apoiaram na concretização desse sonho.
AGRADECIMENTOS
Ao Senhor Deus todo poderoso que ilumina nossos caminhos e nos protege todos os
dias de nossas vidas, à minha esposa Daiane e a minha filha Isabelle que renunciaram às
poucas oportunidades de lazer, para serem as maiores incentivadoras e parceiras nessa
caminhada rumo a um futuro melhor para nossa família. Aos meus pais, Valtuir e Marlene,
por me apoiarem sempre que precisei.
Aos professores da Faculdade de Engenharia Mecânica da Universidade de Rio Verde,
por cederem seus conhecimentos e experiências durante esse período de cinco anos de
graduação e que são os responsáveis diretos pelo profissional que me tornarei futuramente.
Ao Prof. Eng. RONALDO LOURENÇO FERREIRA, pelo tempo dedicado à
orientação deste trabalho e por ter acreditado em meu potencial.
Aos meus amigos e colegas de graduação, em especial, Evandro Nunes que por várias
vezes auxiliou-me no entendimento das matérias estudadas, e ao amigo Marcelo Luiz Borges
que me ajudou desde a elaboração do tema desta monografia, até o desenvolvimento da parte
prática, também por ceder sua bancada didática para o desenvolvimento do mesmo, e por fim,
a todos que contribuíram para a realização deste.
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE:
In pursuit of cost reductions and avoiding wasting of time regarding broken machinery
and equipment, companies seek for other ways of developing the maintenance and inspection
of theirs goods, being, nowadays, essential in process of production the predictive diagnostic
that allows to find out and correct flows in early stages, becoming more efficient and
indispensable to most industry every day, thus, one of the methods which is growing in the
predictive maintenance Market is the thermo graphic analysis, by being a low cost method of
maintenance, having an infinite usage field and it may be used without interrupting the
production process. The human eye is not able to realize the infrared radiation emanated by
bodies, although thermo graphic cameras can measure this radiation through infrared sensors
enable to catch those wavelengths. The thermography, which is a type of non-destructive test
that allows the achievement of temperatures and a complete report of heat allocations in the
components in infrared systems, has its goals as supplies reactive information to operational
circumstances of components, equipment’s or all the process. The infrared thermography
allows getting the temperature of an object or a surface without touching it. Thereby, we can
convert the infrared radiation reports into temperature measurement, so this happens by
measuring the infrared radiation emanated by the electromagnetic spectrum from the surface
or object changing this information into electric signs.
KEYWORDS:
1 INTRODUÇÃO ________________________________________________ 12
1.1 Objetivos ___________________________________________________________________ 12
1.2 Estruturas do trabalho _________________________________________________________ 12
6 CONCLUSÃO__________________________________________________ 35
1.1 Objetivos
Em 1800, o alemão Friedrich Wilhelm Herschel, mais conhecido por Sir William
Herschel, astrônomo do rei inglês, George III, e descobridor do planeta Urano, procurava um
meio de abrigar seus olhos quando observava o Sol através de telescópios e, ao testar a
amostragem de vidros coloridos, observou que algumas deixavam passar mais calor do que
outras, (Maldague & Moore, 2001).
Na procura de descobrir um único material, que pudesse atenuar o calor e proteger
seus olhos do brilho do sol, repetiu a experiência que Marsilio Landriani havia realizado em
1777, (Rogalski & Chrzanowski, 2002).
Com o auxílio de um prisma e três termômetros de mercúrio com os bulbos pintados
de preto, Hershel mediu a temperatura das várias partes de cor da luz do sol refratadas através
do prisma e incididas em um anteparo como podemos observar na figura 1. Notou um
aumento de temperatura da cor violeta para a cor vermelha, como havia sido observado
anteriormente por Landriani, entretanto, observou também que o maior pico de temperatura
ocorria na região escura, além do vermelho, (Maldague & Moore, 2001).
Décadas mais tarde essa região do espectro eletromagnético passou a ser chamada de
Região Infravermelha e a radiação, de Radiação Infravermelha, (Richards, 2001). Herschel
publicou os resultados dos seus experimentos em um artigo para a Philosophical
Transactionsof Royal Society, (AGA, 1969).
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Fonte: www.medical-thermography.com
FIGURA 1– Sir Frederick William herschel (1738-1822).
John Frederick William Hershel, filho de Sir William Hershel, publicou em 1840 um
artigo no qual descrevia um arranjo usado para gravar imagens infravermelhas do espectro
solar. Esse arranjo incidia de um prisma que arremessava a luz do sol sobre um papel preto,
muito fino, imerso em uma solução de tintura a álcool colorido, as ondas de luz absorvidas
pelo papel davam diferentes taxas de evaporação da solução de tintura, o que resultava em
uma rudimentar imagem térmica pintada no papel, (Richards, 2001).
Essa foi a primeira imagem de infravermelho registrada, ssta técnica foi aprimorada
em 1929 por Marianus Czerny que inventou o Evaporograph, (Holst, 2000).
O Evaporography era um sistema de processamento de imagens infravermelhas que
usava uma fina película de óleo volátil aplicado a uma fina membrana absorvente e se baseava
na evaporação diferencial do óleo, (Richards, 2001).
Em 1880 o bolômetro foi inventado por Samuel Pierpont Langley e melhorado por
Charles Greeley Abbot. Bolômetro é um detector térmico que consiste de uma ponte de
Wheatstone, na qual é conectada a um dos seus braços uma fina tira de platina escurecida,
cuja condutividade elétrica varia quando aquecida por uma radiação incidente, (Gaussorgues,
1994).
No ano de 1892, Sir James Dewar introduziu o uso de gases liquefeitos como agentes
de refrigeração e inventou um recipiente isolado a vácuo, conhecido como frasco Dewar, no
qual era possível conter gases liquefeitos por dias inteiros, A partir de 1900, muitas patentes
relacionadas a dispositivos de detecção por infravermelho foram emitidas, mas o grande
desenvolvimento da termografia foi resultado do interesse militar que já na I Guerra Mundial
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3.1 Calor
Calor é a transferência de energia de uma região para outra, como resultado de uma
diferença de temperatura entre elas. Essa energia se origina da agitação das moléculas das
quais a matéria é constituída e sua transferência se processa da região mais ardente para a
mais fria. O calor é, portanto, um fenômeno transitório, que detém quando não existe mais
uma diferença de temperatura, (Holst, 2000).
3.2 Temperatura
entre eles é que em se tratando de temperatura medimos a intensidade, enquanto que no calor
medimos a quantidade de energi,. (Santos, 2006).
3.3.1 Condução
A condução pode ser definida como o processo pelo qual a energia é transferida de
uma região de alta temperatura, para outra de temperatura mais baixa dentro de um meio
(sólido ou líquido) ou entre meios diferentes em contato direto, este mecanismo pode ser
encarado como a transferência de energia de partículas mais energéticas para partículas menos
energéticas de uma substância devido a interações entre elas, (Quites & Lia, 2005).
3.3.2 Convecção
A convecção pode ser definida como o processo pelo qual a energia é transferida das
porções quentes para as porções frias de um fluido, através da ação combinada de: condução
de calor, acúmulo de energia e movimento de mistura, a transmissão de calor por convecção é
classificada, de acordo com o modo de motivação do fluxo, sendo elas naturais ou forçadas,
(Quites & Lia, 2005).
Quando o movimento de mistura tem meramente o lugar como resultado da diferença
de densidade causado pelos gradientes de temperatura, falamos de convecção natural ou livre,
em outras palavras, é quando somente o efeito da gravidade atua, quando o movimento de
mistura é induzido por algum agente externo, tal como uma bomba ou ventilador, chamamos
de convecção forçada, (Quites & Lia, 2005).
3.3.3 Radiação
A transmissão de calor por radiação ocorre sem contato físico entre os corpos, através
de ondas eletromagnéticas. Sendo assim, uma fonte quente cede calor a uma fonte fria sem
que o espaço intermediário altere seu estado térmico, na verdade todo corpo acima de 0 k é
capaz de emitir radiações eletromagnéticas, essas radiações atravessam um espaço
transparente e prosseguem sem nenhuma alteração de trajetória ou de comprimento de onda
até colidirem com um meio que lhe seja opaco. Então, haverá parcial ou quase total absorção
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de radiações se transformando de energia radiante para energia térmica, esse é o meio pelo
qual o sol nos doa calor todos os dias, (Quites & Lia, 2005).
Todos os objetos que estão acima do zero absoluto (0 K) kelvin ou (-273,16° C)
Celsius, emitem radiação térmica. Isso acontece por causa da agitação térmica de átomos e
moléculas que os constituem, portanto quanto maior a agitação, maior será a temperatura e
emissão da radiação.
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3.5 Emissividade
O corpo negro é aquele que absorve totalmente a energia que é incidida sobre ele e ao
mesmo tempo não reflete, ou transmite calor, teoricamente sua emissividade vale 1.
Gustav Robert Kirchhoff em 1860 propôs o termo Corpo Negro como sendo, um
corpo capaz de absorver toda radiação incidente, independente do comprimento de onda,
direção de incidência e sua polarização. A radiação por ele emitida teria uma distribuição
espectral dependente apenas de sua temperatura, para tal corpo estar em equilíbrio
termodinâmico, ele deveria irradiar energia na mesma taxa em que a absorve, (AGA, 1969).
Portanto, um Corpo Negro, além de ser um absorvedor perfeito, é também um emissor
perfeito e não é um transmissor, (Groote, 2004).
3.7 Termovisor
3.7.1 Termograma
3.10 Paletas
São as cores que aparecem na imagem, sendo elas: monocromática que vai do tom
preto ao branco, a variação é no tom de cinza; policromática que vai do tom preto ao branco, a
variação é aplicada com viárias cores dependendo da tonalidade escolhida.
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indicação. O valor fornecido deve ser anotado e inserido tanto no termovisor durante a leitura,
quanto no programa do termovisor fornecido pelo fabricante.
A distância entre o termovisor e o alvo pode ser medida por meio de uma trena e o
valor fornecido deve ser anotado e inserido tanto notermovisor durante a leitura, quanto no
programa do termovisor.
Fonte: Própria
FIGURA 6– Exemplo de folha de alumínio amassado
Deve-se ajustar o foco do termovisor na fita isolante, até que a imagem fique mais
detalhada e agradável vista a olho nu, para que seja realizada então, a medição da temperatura
e anotado o valor.
Após esse procedimento, retira-se a fita isolante, posiciona-se o foco na superfície do
alvo e varia-se a emissividade até que a temperatura do alvo fique condizente com a
temperatura anotada da fita isolante, feito isso, anota-se o valor da emissividade do alvo.
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Fonte: Própria
FIGURA 8– Exemplo de inserção de parâmetros no termovisor
A bancada é constituída de motor elétrico da marca Weg, com modelo de carcaça 71,
rotação de 1680 rpm, potência 0,37HP/0,50CV, um inversor de frequência da marca WEG
CFW 08, cuja frequência é 0 a 80Hz e a tensão de alimentação 220V.
Possui um redutor da marca Cestari, modelo C51224NA00AW, potência 0,37 Kw,
rotação de entrada 1750 RPM, rotação de saída 110,06 RPM e fator de serviço 4,45.
A base estrutural é composta de uma viga U de 203,2 mm x 1.200 mm, soldada sobre
duas cantoneiras de 25,4 mm x 1.200mm, que foram perfuradas para a fixação do conjunto,
como podemos observar abaixo na figura 9.
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Fonte: Própria
FIGURA 9– Imagem da bancada didática
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABa0IAH/projetos-mecanicos
FIGURA 10– Desenho técnico engrenamento redutor cestaria.
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Fonte: Própria
FIGURA 11– Imagens térmicas do redutor em perfeito estado de funcionamento
Com a realização deste primeiro teste, foi possível a coleta de algumas imagens
térmicas e dados de temperatura, a fim de serem usadas posteriormente como referência de
comparação entre as imagens adquiridas com o segundo experimento.
Após esta primeira coleta, desligamos o motor elétrico, retiramos a engrenagem
motora, prendemos em uma morsa e em seguida, com o auxílio de uma lixadeira provocamos
a quebra de um de seus dentes como ilustrado na figura 12.
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Fonte: Própria
FIGURA 12– Imagens da engrenagem motora com um dente quebrado
Nesta etapa, a engrenagem motora já com o dente quebrado foi novamente recolocada
no engrenamento. Em seguida, ligamos o motor colocando o redutor para funcionar
novamente, após um período de 6 horas de funcionamento, realizamos uma nova coleta de
imagens térmicas da caixa de redução. Logo após, novamente com o redutor em
funcionamento retiramos a tampa da caixa de redução e fizemos uma coleta de imagem
térmica da engrenagem motora como podemos ver na imagem 13 abaixo.
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Fonte: Própria
FIGURA 13– Imagens térmicas do redutor após funcionamento com o dente quebrado
FLIR SYSTEMS®. Manual do operador: FLIR bxx series, FLIR ixx series. Canada: FLIR
Systems, Inc. 2010.
MIRSHAWKA, Victor; Olmedo, Napoleão Lupes. Manutenção- combate aos custos da não –
eficácia – A Vez do brasil. São Paulo: Makron Books do Brasil Ed. Ltda., 1993
QUITES, Eduardo E. C.; Lia, Luiz R. B.; "Introdução à Transferência de Calor"; Unisanta,
2005.
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