Resumo Gineco
Resumo Gineco
Resumo Gineco
#ANAMNESE
→ Data da consulta
→ Identificação: nome, idade, cor, estado civil, grau de instrução, naturalidade e procedência, profissão,
religião.
→ QP: nas palavras da paciente.
→ HDA: evolução e comportamento da patologia que trouxe a paciente ao consultório. História
detalhada do início, duração e principais características a ela relacionadas.
→ Revisão de sistemas: hábito intestinal e urinário, endocrinológico.
→ HMP: doenças genitais passado/presente, cirurgias, comorbidades.
→ HF: antecedentes de neoplasias ginecológicas(mama, ovário, útero) ou TGI (mesma linhagem mama,
putero e intestine) e patologias familiares gerais.
→ Perfil psicossocial: noções de higiene, especialmente.
#ANTESCEDENTES GO
- Menarca
- CSS (mama, pêlos – aparecem 2 anos antes da menarca)
- Início das relações sexuais e vida sexual atual
- Método contraceptivo/preservativo
- Acne, hirsutismo..
- DUM
- Ciclo menstrual / dismenorreia
- Menopausa / ciclos anovulatórios → Se pós menopáusica, verificar sintomas climatéricos
(sono/humor). Menopausa é considerada a última menstruação (>1 ano sem menstruar). Depois disso,
denomina-se de climatério pós menopausa. Antes da menstruação, é climatério pré-menopausa.
- História obstétrica e complicações
- DSTs, cirurgias ginecológicas
- Fluxos genitais (corrimento – características)
- Tratamentos ginecológicos prévios
#EXAME FÍSICO
→ Inspeção do abdome: cicatrizes, ascite, irritação peritoneal, massas.
→ Pressão arterial, peso, altura, impressão geral (IMC)
→ Exame de mamas:
Ex: Mamas pêndulas, pouco volumosas...
Inicia-se com a paciente sentada e colo desnudo, braços ao longo do corpo-inspeção estática
A seguir, observa-se as mamas enquanto a paciente ergue os braços acima da cabeça-
inspeção dinâmica. A seguir, paciente com as mãos na cintura e fazendo uma contratura
contra ela-inspeção dinâmica.
Aproveitar esse momento para fazer palpação das cadeias ganglionares próximas.
Após, faz-se p alpação de cada mama. A paciente fica em decúbito dorsal e o examinador deve ficar
do lado da mama a ser palpada. O exame compreende dois momentos: Mão espalmada e dedos juntos,
realizando uma exploração completa da mama ; Polpas digitais para avaliar os detalhes.
A expressão mamilar só é necessária se houver alguma queixa de derrame papilar espontâneo. Deve
ser realizada de maneira centrípeta, seguindo o movimento de ponteiros do relógio.
Observar coloração, erupções cutâneas, assimetria, pele em casco de laranja, proeminência
venosa, massas, retraçõess, depressões, alteração ar[eola, mamilo, secreção mamilar, cicatrizes
prévias, nevos cutaneous, marcas congênitas, tatuagens.
→ Exame pélvico (Litotomia)
1. Inspeção (vulvar e perineal) (fazer valsalva se prolapso e incontinência)
2. Especular (à fresco, coleta CP, teste de Schiller/solução de lugol).
3. Toque vaginal bimanual: apoiar braço direito na perna direita, para não fazer muita força.
4. Toque anal/retal: Indicado em pcts com >50 anos e/ou HF de câncer no colo retal. Indicado também
em pacientes virgens, pois consegue-se avaliar os ligamentos paramétrios do útero (volume,
consistência, superfície, mobilidade, posição, dor.
Obs.: CP: não menstruada, não usar creme vaginal nem USTV 2 dias antes, não pode ter tido relação
sexual até 48h antes.
# PS sobre especular:
*Espátula=Ayre (oce, jec) → Avalia tecido escamoso(rico em glicogênio)
*Escova=Cytobrush → Avalia tecido glandular, endocervical
As duas juntas, conseguem avaliar a junção escamocolunar, que é onde ocorre a grande maioria dos
cânceres de colo uterino. Se o material for coletado apenas com tecido glandular e escamoso, sem
material da junção escamocolular, significa que o material não foi coletado corretamente.
Em pacientes em Climatério pós menopáusica, o tecido glandular acaba se exteriorizando. Portanto,
metaplasia é normal.
# PS sobre Teste de Schiller: Se o colo se cora de forma uniforme, escura, o teste é considerado
normal (iodo positivo, Schiller negativo). Se, ao contrário, há áreas que não se coram, o teste é
considerado alterado (iodo negativo, Schiller positivo).
VILODRE: 1) IDENTIFICAÇÃO
2) QP
3) HDA
4) REVISÃO SISTEMAS ( urinários, intestinais, mama, corrimento, DUM, contracepção, fumo,
medicações)
5) ANTESCEDENTES GO (menarca, sexarca, gesta)
6) ANTESCEDENTES MORBIDOS (doenças, cx)
7) ANTESCEDENTES FAMILIARES ( CA MAMA, OVÁRIO, DM, HAS)
VULVOGAGINITES
A secreção vaginal fisiológica é branca, inodora e viscosa. A flora bacteriana normal é composta por
lactobacilos que convertem glicogênio em acido láctico que auxilia no ph acido vaginal normal (3,8-4,2).
Nas vulvovaginites os lactobacilos estão praticamente ausentes com aumento de leucócitos e bactérias.
VAGINITES: secreção vaginal aumentada, odor vaginal, irritação vulvar ou vaginal. As principais causas
são vaginose bacteriana, candidiase e tricomoniase. Outras causas de fluxo vaginal aumentado incluem:
vaginite atrófica, qupimica, irritativa e alérgica
Vaginose bacteriana: principal causa de alteração na secreção vaginal.
- síndrome clinica polimicrobiana- Gardnerella vaginalis, Atobotium, Prevotella, Megasphaera, Leptotrichia,
Sneathia, Bifidobacterium, Clostridium, Mobiluncus, Mycoplasma...
- deve ser considerada fator de risco para salpingites, peritonites e infecções pos op
- intercursos sexuais frequentes, uso de duchas, sexo anal, exercício fisico, estresse, período pré-
menstrual favorecem o desequilíbrio da flora vaginal, predispondo a VB
- aminas- odor de peixe
Manifestações: 50-70% são assintomáticas e nas sintomáticas a principal queixa é secreção vaginal com
odor ruim que piora após relação sexual. Em até 15% pode haver prurido ou irritação vulvovaginal.
Diagnóstico:
I. Ph vaginal >4,5
II. Leucorreia- cremosa, homogênea, cinzenta e aderida as paredes vaginais
III. Teste das aminas ou Whiff test: add 1-2 gotas de KOH a 10% na secreção e depositar em uma
lâmina. O surgimento imediato de odor desagradável de peixe podre é característico.
IV. Exame a fresco-microscopia: clue cells
Tratamento: não é necessário tratar todas pacientes assintomáticas. Tratar antes de curetagens, inserção
de DIU, biopsia do endométrio, histerectomia ou outros procedimentos. Evitar dose única- apenas para
aquelas em risco de descontinuar o tto. – metronidazol 2g VO
Candidíase vulvovaginal:
- encontra-se Candida SP em 15-20% de mulheres assintomáticas saudáveis.
- 75% das mulheres apresentarão pelo menos 1 episódio durante a menacme e 50% dessas terão um 2°
episódio
- em 40% dos casos há infecção concomitante de cândida e vaginose bacteriana.
- aumentam o risco: gestação, diabetes, contato oral-genital, uso de estrogênios em altas doses, ACO,
ATB, espermicidas e uso de diafragma ou DIU.
Manifestações:
- prurido intenso, edema de vulva ou vagina, secreção esbranquiçada e grumosa. Disúria terminal pode
estar presente. A vaginite causada exclusivamente por fungos poderá apresentar ph vaginal normal.
Diagnóstico: sintomas, exame microscópico a fresco demonstrando pseudo-hifas, cultural,
Candidíase complicada:
1- Recorrência: mais que 4 episodios por ano
2- Gravidade
3- Cândida não albicans
4- Candidiase em mulheres com DM, gestantes ou imunossupressas.
Tratamento: em sintomáticas, não trata o parceiro a não ser que tiver sinais de balanite.
1° escolha:
- nitrato de butoconazol creme 2% aplicação única
- clotrimazol creme 1% 5g/dia VV por 6-12 dias
- miconazol creme 2% 5g VV por 7 dias
2° escolha:
-fluconazol 150 mg VO dose única (pode causar cefaleia, náuseas, dores abdominais)
Gestação:
- miconazol creme 1% 1 aplicador VV por 7 dias
- nistatina (maior risco de recorrência)- usar por 14 dias
Recorrências e profilaxia:
- Fluconazol 150mg VO 1x/semana durante 6 meses
- Cetoconazol 400mg/dia VO por 5 dias, 1x/mês no período perimenstrual por 6
meses
PATOGÊNESE: a teoria mais aceita atualmente é a da menstruação retrógada, proposta por Sampson,
que propõe que tecido endometrial viável seja disseminado na cavidade peritoneal pelas tubas uterinas
durante a menstruação e, subsequentemente, implantado no peritônio ou nos órgãos pélvicos.
SINTOMOTALOGIA: está associada a três sinais/sintomas: infertilidade, dor pélvica e massa pélvica. A
dor pélvica pode apresentar-se como dismenorreia, dyspareunia, DPC acíclica. Disúria e/ou disquezia
na endometriose profunda e superficial.
DX: anamnese focada nas características da dor pélvica, exame detalhado da vagina pode demonstrar
lesões vaginais, sugestivas de acometimento septo retovaginal. Um útero retroverso fletido pode sugerir
comprometimento pélvico posterior com comprometimento úterossacral ou de fundo de saco de
Douglas.
Ca 125: pouco auxiliar pois pode estar aumentado em várias situações (adenomiose,
miomatose, neoplasia ovariana) porém constuma estar mais aumentado em endometrioma;
Dosagem de prolactina pode auxiliar na triagem;
O dx defnitivo é por meio de visualização/biópsia de lesão endometriótica. Na maioria das vezes por
VLP.
A US pode auxiliar na avaliação de endometrioma e na endometriose profunda, sendo a abdominal total
importante para descartar hidronefrose secundária e estenose ureteral.
RM de pelve também é um bom exame para ednometrioma e endometriose profunda.
TTO: em casos assintomáticos não é necessário; divide-se em tratamento para infertilidade e para a
dor.
Infertilidade:
MEDICAMENTOSO: não houve melhora;
CIRÚRGICO: endometriose leve ou minima benefício entre 10 e 25% fazendo
cauterização/ablação das lesões peritoniais para a fertilidade dessas pacientes. Na
endometrioses moderada/grave excisão do endometrioma aumenta 50% taxa de gestação.
Entre os tratamentos estão a excisão do pseudocisto, a abertura do endometrioma com
cauterização da parede e ounção com lavagem. Faz-se cx em endometrioma >4cm, antes da
FIV.
Dor:
MEDICAMENTOSO: produzir redução da ação estrogênica endógena e/ou produzier
diferenciação/bloqueio dos focos de endométrio.
ACOS: reduz a dor; avaliar benefício do uso em pacientes com > 35 anos com FR para
tromboembolismo. EC: Pode dar SUA e nauseas.
PROGESTOGÊNIOS: causa atrofia endometrial e dos focos ectópicos de endometrioses devido
à sua ação antiestrogênica, melhorando SUA e a dor. Acetato de medroxiprogesterona VO ou IM-
melhora em todos sintomas; acetato de noretisterona-melhora gradual; desogestrel-melhora da
dor e sangramento irregular.
ANÁLOGOS DO GnRH: bloqueia eixo hipotálamo-hipófise-ovários=hipogonadismo, muitos EC;
DIU DE LEVONORGESTREL: ótima opção de tratamento; reduz dor, SUA e dismenorreia
primária.
Eficácia da anticoncepção- condições ideiais- Indice de PEARL- numero de gestações em 100 mulheres
que usaram o método durante 1 ano.
Efetividade- uso corrente, tanto correto como incorreto do método.
Maior falha- aqueles métodos utilizados durante a relação sexual.
A escolha do método deverá ser individualizada.
Barreira:
Preservativo masculino: método acessível e de escolha para prevenir DST. Falha de uso alta.
Único efeito colateral se alergia ao látex.
Preservativo feminino: eficaz em prevenir DST. Pode ser inserido antes da relação e retirado após
algum tempo. Baixa adesão pelo preço e ser pouco prático além de ruídos inconvenientes. Menor
eficácia que o preservativo masculino.
Espermicida: tabletes de espuma, geleia ou creme- O mais usado é o nonoxinol-9. Uso proscrito
junto com preservativo masculino pois pode aumentar o risco de contaminação pelo HIV.
Diafragma: dispositivo de látex em forma de capuz que cobre o colo do útero. Tamanho deve ser
indicado pelo ginecologista. Ação mecânica impedindo ascensão dos espermatozoides.
- indicados para: mulheres sadias, não fumantes, com menos de 35 anos de idade e sem fatores de risco
para TVP.
- estudos indicam que aqueles com menos de 50 µg (inclusive os com 15 µg de EE) possuem a mesma
eficácia contraceptiva com definida redução no risco de fenômenos tromboembólicos e cardiovasculares.
- uso de dosagem ultra-baixa (15 µg) está associado a menos ciclos normais, mais sangramento de
escape e mais ausência de sangramento de retirada.
- o risco de IAM e AVC é maior em usarias de ACO
- levonorgestrel: menor risco de trombose- usar em pacientes com historia familiar de tvp, sobrepeso,
sedentarismo
Minipílula:
- acetato de noretindrona e levonorgestrel, uso contínuo.
- maior risco de falha, eficácia contraceptiva pode ser perdida após 27h da última dose.
- espessamento do muco cervical e inibição da implantação do embrião. NÃO bloqueiam a
ovulação.
- indicadas se há contra-indicação formal ao uso de estrogênios e durante a amamentação.-
iniciar 6 semanas após o parto ou no mínimo 14 d antes do retorno da ativ sexual.
Progestogênio isolado:
- composto por 75 µg de desogestrel, uso contínuo.
- anovulação em 97% dos casos e torna muco espesso. Mais eficaz que as minipílulas.
- indicado na amamentação e em mulheres que não podem usar estrogênio.
- vantagem de tomar com atraso de até 12h sem perder eficácia (ao contrario da minipilula).
- ef adversos: sangramento irregular, oligomenorreia, amenorreia, acne, mastalgia, náuseas,
aumento de peso, alteração do humor, redução da libido.
Anel vaginal: cada anel contem 2,7mg de EE e 11,7 mg de etonogestrel o que controla a liberação
de 15µg de EE por dia e 120 µg de etonogestrel ao dia.
- taxa de falha, efeitos adversos e CI são semelhantes aos dos ACOs.
- vantagem de não exigir uso diário e manter proteção contraceptiva até 7 dias em casa do esquecimento
da data de troca. Apresenta menor flutuação nos níveis séricos de EE prevenindo spotting.
- ef adversos: sangramento de escape, cefaleia, vaginite, leucorreia, ganho de peso, náusea, expulsão.
Progestogênio injetável:
- acetato de medroxiprogesterona de depósito
- para pacientes com CI ao uso de estrogênios ou com dificuldade na adesão.
- inibem a secreção de LH, maior viscosidade do muco e atrofia endometrial.
- retorno lento da fertilidade após cerca de 9 meses da ultima injeção, amenorreia com alivio da
dismenorreia, melhora da anemia, redução dos sintomas associados a endometriose e dor pélvica
crônica, redução do Ca de endométrio, redução da ocorrência de convulsões e crises de anemia
falciforme.
- eficácia igual a da ligadura tubária e inferior ao implante subdérmico.
- CI: suspeita de gravidez, sangramento vaginal de etiologia desconhecida
- os ciclos menstruais tornam-se imprevisíveis nos primeiros meses de uso, amenorreia, edema, ganho
de
- em breve será lançada a forma subcutânea de aplicação
Orientações ao uso de progestogênio injetável:
Aplicar 150 mg de medroxiprogesterona via IM profunda a cada 3 meses. Primeira dose deve ser
aplicada nos primeiros 5 dias da menstruação tendo efeito contraceptivo alcançado em 24h.
Aplicações subsequentes em cerca de 90 dias.
Se o atraso na aplicação for de menos de 2 semanas uma nova injeção poderá ser aplicada. Se >2
semanas uma nova injeção só poderá ser aplicada se a paciente não teve relações nos últimos 10
dias e o BHCG seja negativo. Usar preservativo por 2 semanas. Se teve relações mas BHCG
negativa pode fazer a injeção e repetir o BHCG em 2 semanas.
CLIMATÉRIO:
É o período de transição entre a fase reprodutiva e não reprodutiva da mulher. Período com grande
atresia/atrofia; os folículos vão diminuindo.
*Principal hormônio envolvido: ESTROGÊNIO
FISIOLOGIA: Hipófise comanda normalmente, mas ovários não respondem. No entanto, o eixo HHO está
íntegro, não existe doença.
A menopausa acontece quando os ovários e os ovócitos não respondem mais aos hormônios
hipofisários.
-Depleção dos folículos ovarianos
-É uma insuficiência ovariana primária
-Eixo íntegro
A diminuição maciça do número de folículos resulta na diminuição da inibina, que desativa o
feedback negativo sobre a hipófise, liberando secreção de FSH e aumentando recrutamento follicular.
Inibina B: ↓
FSH: ↑ (>40) - É o principal marcador (PROVA!!!)- aceleração de depleção follicular, encurta 1ª fase
do ciclo menstrual
LH: ↑
*Obs: FSH e LH altos nos 1ºs anos após menopausa
OBS2: NÃO HÁ NECESSIDADE DE DOSAGEM HORMONAL SE A PCT TIVER MAIS DE 40 ANOS, COM
AMENORREIA HÁ MAIS DE UM ANO E CLÍNICA COMPATÍVEL. PORÉM FSH>40 E E2< 20 SÃO
CARACTERÍSTICOS
Diminuem:
1º Progesterona
2º Estrogênio (<20)
3º Testosterona
FSH e LH
Nos primeiros anos da pós-menopausa, na tentativa de estimular a produção de estradiol pelo
ovário, a hipófise é estimulada por picos de GnRH e secreta grandes quantidade de FSH e LH. Os
primeiros anos são marcados pelo aumento desses hormônios hipogonadismo hipergonadotrófico.
Depois descrescem com o envelhecimento e ficam em níveis baixos.
Estrogênio
As modificações climatéricas têm como causa principal o baixo nível de estrogênio → Estradiol,
estriol e estrona. Na menopausa, a produção do estrogênio (especialmente estradiol) cai mais que nos
níveis do climatério.
Amenorreía prolongada= deficiência de estrogênio.
Produção continua – estrona (estrogênio produzido pela periferia/gordura): Pela aromatização
periférica de androgênios ovarianos (estroma) e supra-renais.
A estrona (a mais importante fonte) e a testosterona são convertidos em estradiol nos tecidos
periféricos – adiposo.
Progesterona
É produzida somente pelo corpo lúteo, sem consequências clínicas – não há mais produção de
progesterona na menopausa.
Ação estrogênica sem ação progesterona aumento o risco endometrial de: proliferação, hiperplasia
e câncer.
Provavelmente a glândula supra-renal seja responsável também pela produção de progesterona na
mulher em pós menopausa.
QUADRO CLÍNICO
Perda da função ovariana + outros processos em diferentes órgãos e sistemas
Irregularidade menstrual:
o No início encurtamento dos ciclos (pela diminuição na Inibina B, que deixa de suprimir o
FSH, então aumenta o recrutamento folicular, acelera a depleção folicular, o que encurta a
primeira fase do ciclo menstrual, que é marco dos últimos anos antes da menopausa.)
o Depois progride para atraso menstrual e períodos de amenorréia cada vez mais longos, até
a parade total dos ciclos (perda da resera folicular, diminuição níveis estradiol, que nao
geram o pico de LH, e encerra o ciclo ovulatório.
o Pode ter também menorragias, hipermenorréias.
Sintomas vasomotores (fogachos): Por instabilidade do centro termo-regulador hipotalâmico.
Sensação de calor intenso, enrubescimento da pele, sudorese profusa
Palpitações, vertigem, fraqueza, insonia, cansaço, redução da capacidade de concentração,
alterações de humor: ansiedade, irritabilidade e depressão
Distúrbio do sono
Atrofia urogenital, ressecamento vaginal, dispareunia, vaginites, urgências urinárias, disuria,
uretrites atróficas, agravamento de incontinência urinária
Queixas sexuais
Esquecimento
Osteoporose
Envelhecimento da pele, afinamento dos cabelos(calvice)
Doença cardiovascular ( eduz HDL-sind. metabólica)
MENOPAUSA
Avaliação geral da mulher no climatério: história, EF, preventivo, IMC, TSH, D.O. se >65 anos ou antes
se FR, MMG anual, labs perfil lipídico e glicêmico, EQU, HMG, SOF, orientações, rastreio de ca colorretal
em >50 anos, avaliar endométrio se SUA, estimular hábitos saudáveis
Testosterona: recomendada para mulheres que apresentem diminuição do desejo sexual. Alguns
trabalhos sugerem que esse hormônio pode aumentar a motivação sexual e/ou melhorar a resposta
sexual. Vias de admissão: VO, transdérmica, vaginal, IM, implantes subcutâneos.
Terapias complementares
Fitoterapia: Propriedades estimulantes sob os receptores hormonais específicos (receptores beta),
melhorando as manifestações clínicas apresentadas. O diferencial é a sua ação altamente seletiva, sendo
considerados moduladores seletivos dos receptores estrogênicos, o que faz com que essas substâncias
tenham baixíssimos efeitos colaterais.
São eles: Cimicífuga(Cimicifuga racemosa), Trevo Vermelho(Trifolium pratense), Soja(Glycine max).
Funcionam substituindo o estrogênio.
OSTEOPOROSE: Osso mais frágil - Densitometria óssea. Redução da massa óssea, redução da
microestrutura óssea, aumento da fragilidade dos ossos e das fraturas. Aumento da reabsorção óssea,
ausência de formação de osso novo, deficiência estrogênica. O enfraquecimento dos ossos se manifesta
pela tendência maior de fratura, principalmente de bacia e dos braços. Mais frequente na pós-
menopausa: 40% das mulheres brancas >50 anos podem ter fraturas, e 2/3 após os 75 anos. Não
confundir e/ou ignorar outras causas com osteoporose, especialmente quando a doença tem
características atípicas. Outras doenças que evoluem com osteoporose: hipertireoidismo, doença renal
crônica, mieloma múltiplo, osteíte deformante(doença de paget), câncer metastático,
hiperparatireoidismo. Avaliar em todas mulheres o risco de fratura osteoporótica na perimenopausa. Se
necessário, solicitar teste de densitometria óssea.
Osso normal: Trabéculas de espessura normal, sem solução de continuidade
Osteoporose: Trabéculas afiladas, com ruptura da trama óssea
Densitometria óssea: Coluna lombar e fêmur proximal(colo ou fêmur total). Utilizar o valor mais
baixo.
Normal: DO com T-score até – 1
Osteopenia: DO com T-score entre -1,0 a -2,5
Osteoporose: DO com T-score ≤ - 2,5
-Obs: não importa de onde irá se iniciar a investigação, o que importa é a avaliação dos 4 compartimentos
(hipotálamo; hipófise anterior; ovários; útero).
2. Hímen imperfurado
menstrua, não tem saída, reflui sg, cólica periódica, abdome inchado ("criando uma bola"), há um
ano atrás começou com uma dor, progressiva, nos últimos meses busca atendimento no pronto
socorro p/ medicação > sangue na cavidade abdominal> irritação peritonial> dor
anamnese+ EF > valsalva p/ ver se está imperfurado ou não
4. Síndrome de Rokitanski
Tem broto uterino, trompa; ausência de útero ou ausência de trompa
Pcte ovula, tem TPM! Pq ovário, embriologicamente é de outra origem, não tem nada a ver c/ útero
e trompa
Mal-formação urinaria associada em 50% dos casos
Quando a mulher começa a produzir hormônio anti- Mulleriano? Após o nascimento. Uma das
explicações para Síndrome de Rok é que por alguma razão, essas meninas, no começo da
embriogênese, tem uma ativação do hormônio anti Mulleriano. Ela só teria inativação se ela fosse
XY!!
Hoje se sabe que elas tiveram ação do anti - Mulleriano ou +ou- . Têm fenótipo feminino, ausência
de trompa ou útero, 1ou 2/3 superiores da vagina.
6. Síndrome de Kallmann:
Falha na migração de neurônios secretores de GnRh e axônios olfatórios para o hipotálamo
46 xx
Puberdade tardia, amenorreia primária
Mulheres altas, assimetria facial
Diminuição da percepção olfatória (queimam a comida)
Hipogonadismo hipogonadotrófico: mama pouco desenvolvida, hipotrofia de lábios, tem receptor
estrogênico mas não tem estrogênio.
7. Hipofisárias:
Prolactinomas: inibição da secreção pulsátil do GnRh, prolactina é o único hormônio que faz
feedback negativo
Tu não funcionantes
Gh: acromegalia
ACTH: sd cushing
Craniofaringeoma, gliomas, meningeomas
Não neoplásicos: cistos, sarcoidose.
8. Ovários:
Falencia ovariana prematura
- perda rápida de folículos, genética
- cirurgia, auto-imune, QMT, RDT, infecção caxumba
9. Disgenesia gonadal:
Sd Turner, mosaicismo, disgenesia gonadal mista, agenesia, sd de resistência ovariana
Ovários em fita= disgenesia gonadal- gênese anormal, sem células funcionantes
Sd de Turner: 45X0, mosaicismos. Baixa estatura e estigmas (pescoço alado, linfedema, múltiplos
nevos pigmentados, tórax em escudo). Mosaicismos podem engravidar.
Def 17alfa hidroxilase- genitália ambígua 46XY
Def 5alfa redutase
Causas hipofisárias:
- tumores: prolactinomas, alguns podem cursar sem ter hiperprolactinemia (adenomas cromófobos)
- Sd Sheehan: sangramento intenso no pós parto isquemia e necrose hipofisária, agalactia. Se fora da
gravidez chama-se de doença de Simmonds.
- diagnostico com exames de imagem e tto medicamentoso e até cirúrgico.
Causas ovarianas:
- falência ovariana precoce (<40 anos)- FSH>20- investigar doenças auto-imunes em pacientes antes dos
35 anos de idade e antes dos 30 anos com cariotipo.
- Sd de Savage: folículo resistente as gonadotrofinas, não há caracteres sexuais secundários, diferenciar
por biopsia
- Disgenesia gonadal- cariótipo- Turner (45X0) é a mais comum- estatura baixa, pescoço alado, tórax em
escudo, epicanto. Se disgenesia XY- retirar a gônada.
- irradiação gonadal, quimiterapia sistêmica, infecção, alteração no suprimento sanguíneo, depleção de
folículos
Causas uterovaginais:
- malformação mulleriana: Rokitansky- vagina curta e sem útero, ovários normais.
- Sd de Asherman: lesão endometrial por curetagem, aborto, sinéquias intrauterinas
- Hiperplasia adrenal congênita: principal causa de genitália ambígua, redução da 21-hidroxilase- sobra
androgênios
- Sd de Morris- insensibilidade completa aos androgênios. Pseudo-hermafroditismo masculino, testículos
presentes, 46 XY, genitália externa feminina.
- aderências intrauterinas, sinequias, dip, manipulação uterina- histerosalpingografia ou histeroscopia
Outras causas:
- uso ininterrupto de combinações estroprogestínicas, gestrinona, danazol, hipotireoidismo, hiperplasia
suprarrenal congênita, doença de addison, doença de cushing, DM, doenças coonsumptivas, insuficiência
hepática, renal e cardíaca, processos infecciosos crônicos, quimio.
SD DE ROKITANSKY SD DE MORRIS
- agenesia mulleriana - deficiência no receptor androgênico
- 46 xx - 46 XY
-amenorreia primaria com caracteres - amenorreia primaria, mama pequena,
sexuais e pelo normal. sem útero, vagina curta, sem pelos.
Tto: retirar a gônada.
FISIOPATOLOGIA: a proteína SHBG transporta a maioria dos hormônios sexuais. Na SOP há menor
produção de SHBG, portanto os hormônios circulam livres. Alteração na pulsatibilidade do GnRh leva a
aumento da proporção LH:FSH. O LH estimula a produção androgênica na teca enquanto a ausência de
FSH reduz a quantidade de estrogênios formados.
- aumento dos androgênios—atresia folicular
- estimulação exclusiva do estrogênio pode levar a hiperplasia endometrial.
- ausência de desenvolvimento folicular- anovulação- amenorreia
- obesidade: aromatização periférica, inibição da síntese hepática de SHBG.
MANIFESTAÇÕES:
- irregularidade menstrual
- hirsutismo (pelos grossos e pigmentados em regiões onde não deveria existir na mulher)
- Sistema de Ferriman- Gallwey >8
- alopecia frontal, acne
- obesidade
- acantose nigricans
- infertilidade, abortamento precoce
- dislipidemia, HAS, sd metabólica
LABORATÓRIO: necessário para excluir outras causas, exames hormonais devem ser coletados do 2° ao
7° dia do ciclo exceto a progesterona.
- TSH
-PROLACTINA
- testosterona total e livre 17-OH-progesterona (<200 exclui hiperplasia adrenal congênita)
- SHBG e FSH BAIXOS, o RESTO aumenta!!!
DIAGNÓSTICO:
- US ≥ 12 folículos, 2-9mm, ≥10cm³
- oligo ou anovulação 2 dos 3 critérios (critérios de Rotterdam)
- hiperandrogenismo
CONSEQUÊNCIAS:
TRATAMENTO:
ATIV FISICA + DIETA+ REDUÇÃO DO PESO CORPORAL(pelo menos 5%)
Telas só podem ser colocadas na uretra média. Nos prolapsos posteriores, costura-se os defeitos da
fáscia pélvica. Nos prolapsos apicais, faz-se fixação em ligamento sacroespinhoso
Se a região que deveria medir 5cm, medir >5cm, paciente terá rompimento de fáscia pélvica,
Além de corrigir o prolapso, tem que fazer reconstrução pélvica.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Pode variar de uma simples indisposição pela sensibilidade aumentada na vagina a uma total protrusão de
estruturas abdominais pelo intróito vaginal. Em geral, a paciente com sintomas específicos de prolapso genital
tende a demonstrar maiores graus de relaxamento pélvico do que as assintomáticas, sendo pior o escore de
qualidade de vida quanto maior é o prolapso.
Para uma adequada avaliação clínica das alterações do assoalho pélvico, devem ser feitas história
detalhada de sintomatologia da paciente, avaliação específica das alterações pélvicas e verificar se há ou não
correlação entre a história e os achados físicos.
Na história da paciente, é importante salientar o histórico obstétrico, o número de partos, os partos
domiciliares, as dificuldades para expulsão, o peso dos RNs, o uso de fórceps, a episiotomia, as complicações de
puerpério, as cirurgias prévias, etc. Anúria acompanha aqueles casos em que o prolapso faz os ureteres
protruirem concomitantemente, causando sua obstrução.
- Prolapso de uretra poderão referir disúria, polaciúria, ardência miccional ou incontinência urinária.
- Grandes prolapsos vesicais poderão ter dificuldade p/ iniciar a micção. Às vezes, pacientes com prolapsos
significativos têm função urinária normal até o prolapso ser corrigido, quando iniciam, então, os sintomas de
incontinência.
- Prolapso de reto e demais partes do intestino pode causar alterações de hábito intestinal, sendo também
comum dificuldade para iniciar o ato de defecar, levando a paciente a realizar uma redução manual do prolapso
antes de defecar.
AVALIAÇÃO OBJETIVA
O prolapso genital em geral só se torna significativo quando ultrapassa o intróito vaginal, tornando-se
necessário o diagnóstico precoce com o objetivo de prevenir o estágio final da doença.
Para a classificação, tem-se como referência a área das carúnculas (hímen).
Sem prolapso demonstrado
Não há critérios para estágio 0, mas a porção mais distal está 1cm acima do nível himenal
A porção mais distal do prolapso está ≤1cm proximal ou distal ao plano do hímen - Bateu no hímen
A porção mais distal do prolapso está >1cm abaixo do plano himenal, mas não mais de 2cm
POSTERIORES: uterossacros
DIAGRAGMA PÉLVICO
#UTERINO
#CÚPULA (PÓS-HISTERECTOMIA)
#VAGINAL ANTERIOR
-CISTOCELE
#VAGINAL POSTERIOR
CLASSIFICAÇÃO POP-Q
-RETOCELE
*Aa e Ba- parede Anterior
TTO- Colporrafia posterior corrigindo fáscia retovaginal
*Ap e Bp-parede Posterior
*C-colo
OBS: se não tiver ponto D é paciente histerectomizada
*D-fundo de saco de Douglas
#NEGATIVO DENTRO DA
VAGINA
MIOMATOSE UTERINA
São neoplasias benignas das células musculares lisas uterinas e são muito comuns. A expectativa de ter
em vida em negras é de 80% e em brancas 70%. A maioria das mulheres com miomas sintomáticos estão
na 3° e 4° década de vida.
Leiomiomas são mais comuns em mulheres negras, nuliparas, obesas com menarca antes dos 11 anos e
com historia familiar.
Acredita-se serem dependentes de hormônios devido aumento de tamanho na gravidez e regressão na
menopausa.
Quadro clínico:
- maioria assintomática
- sangramento uterino aumentado e/ou prolongado que pode resultar em anemia
- sangramento após a menopausa raramente são secundário a miomas- avaliar hiperplasia e câncer
- quando volumosos podem causas sintomas de massa ou compressivos como aumento da frequência
urinaria, sensação de peso, aumento do volume abdominal...
- menstruação dolorosa, dor pélvica não cíclica, infertilidade e aborto podem estar relacionados.
-leiomiomas subserosos tendem a causar sintomas compressivos e distorção anatômica de órgãos
adjacentes
- leiomiomas intramurais causam sangramento e dismenorreia
- leiomiomas submucosos causam sangramentos irregulares e disfunção reprodutiva.
- leiomiossarcomas são tumores malignos raros com dx apenas pela histopatologia
Diagnóstico:
- feito com base na historia clinica, TV e US.
- útero aumentado de tamanho, firme, superfície regular ou não.
- maioria dos diagnósticos são incidentais por meio da US, se assintomático muitas vezes não há
necessidade de investigação complementar
- USTV tem alta sensibilidade em úteros pequenos. Pode-se realizar histerossonografia para auxilio
chegando a acuracia compatível a histeroscopia.
- RM em casos selecionados
Fertilidade:
-estima-se que estejam presentes em 5-10% dos casais inférteis
- submucosos estão mais relacionados
- 1/3 das pacientes possuem crescimento dos miomas no 1° tri
- aumentam o risco de apresentação fetal anômala, cesariana, parto pré-termo, aborto espontâneo
Tratamento:
-assintomaticas não necessitam de tto, apenas acompanhamento ginecológico de rotina
-varia com a quantidade de miomas, proximidade da menopausa, desejo de preservar fertilidade e a sua
localização.
- mioma submucoso- preferencialmente miomectomia histeroscópica
Clínico: aliviar sintomas apenas. Maioria das pacientes com miomatose torna-se assintomática após a
menopausa.
- ACO- reduz sangramento
- Progestagênios- reduz sangramento
- DIU-LNG- reduz sangramento
- acido tranexâmico: reduz sangramento
- AINE: reduz sangramento e dor
- Analogos do GnRh: reduz sangramento e volume- indicado no pré-op
- Danazol, reduz sangramento
Cirúrgico:
- Miomectomia: para manter a fertilidade e o útero. Recorrência do mioma é estimada em 60%, risco de
formar aderências e comprometer fertilidade, esses riscos são menores se usar técnicas endoscópicas.
- miomas intramurais múltiplos e maiores que 3cm devem ser retirados por laparotomia
- orientar risco de ruptura uterina na gestação
- Histerectomia: é a maior indicação de histerectomia. Indicada se sintomas, falha ao tto clinico, prole
constituída ou sem desejo de engravidar e em miomas com crescimento após menopausa sem historia de
TRH. A histerectomia abdominal pode ser total ou subtotal. Geralmente faz-se a subtotal (deixa o colo) em
dificuldade da técnica intraoperatoria (mulher deve ter CP normal).
- Embolização: embolizar a arteria uterina, melhora menorragia e reduz volume uterino. Não indicada em
pacientes que desejam gestar.
HIPERPLASIA ENDOMETRIAL
Condição histológica caracterizada pela proliferação das glândulas que exibem tamanho e formato
variados, aumento da relação glândula-estroma e presença ou não de atipias. Associada a sangramento
uterino anormal na Peri ou pós menopausa.
Resulta do estimulo estrogênico persistente e prolongado sem oposição da progesterona. Alguns tipos
representam estados pré-malignos. Há 1% de chance de progressão para hiperplasia simples e 29% para
hiperplasia complexa coma tipias. (principalmente atipia nuclear).
CLASSIFICAÇÃO
OMS ENDOMETRIAL COLLABORATIVE GROUP
Hiperplasia com atipias: histerectomia, nas que desejam gestar pode-se usar DIU LNG ou
medroxiprogesterona repetindo biopsia ,
COLPOSCOPIA :
-Exame que permite visualizar a vagina e o colo através do colposcópio, aparelho que permite
aumento de 10-40x do tamanho normal
Objetivo: visualizar lesões muito pequenas não vistas a olho nu, Identificar lesões pré-malignas e
cânceres para posterior tratamento. Permite biópsia do lugar adequado.
Classificação:
Avaliação geral:
-Considerada satisfatória : quando JEC é vista
-Insatifatória: JEC não visível, inflamação ou atrofias intensas, colo não visível
Achados colposcópicos normais:
- Epitélio escamoso original (maduro/atrófico), epitélio colunar (ectopia), epitélio escamoso
metaplásico (cistos de Naboth/orifícios abertos)
Achados colposcópicos anormais:
- Grau 1: epitélio acetobranco tênue, de borda irregular ou geográfica; mosaico fino pontilhado
fino
- Grau 2: acetobranco denso, mosaico grosseiro, pontilhado grosseiro,
- Não específico: leucoplasia, erosão, teste Schiller positivo (iodo negativo)
- Achados sugestivos Ca invasor: vasos atípicos, frágeis, superfície irregular, erosão, ulceração
(necrótica)
CONDU
TRICOMONÍASE
TRICOMONÍASE:
GONOCCOCIA
AGENTE: Neisseria gonorrhoeae- cocobacilo gram negativo
- também chamada de blenorragia, blenorreia ou gonorreia
- assintomática na maioria dos casos. Vaginite ou cervicite
- Sinais ou sintomas urogenitais: dispareunia, secreção endocervical mucopurulenta, dor pélvica,
sangramento irregular, hiperemia vaginal, disúria, polaciúria.
- secreção vaginal profusa sem odor, não irritante e de cor branca-amarelada
- quando não tratada está associada a números consideráveis de DIP, infertilidade de causa tubária,
gestação ectópica e dor pélvica crônica. Aumenta risco de transmissão do HIV.
- Diagnóstico por cultura da secreção endocervical para N. gonorrhoeae
TRATAMENTO:
- 1° linha: Ceftriaxone 250mg IM + azitromicina 1g dose única ou
Ciprofloxacino 500mg VO + azitromicina 1g dose única
- SEMPRE tratar o parceiro. Abstinência sexual até o final do tratamento.
CHLAMYDIA TRACHOMATIS
AGENTE:Chlamydia trachomatis- bacilo gram negativo, mais comum associada a infecções por gonococo
e trichomonas.
-mais comum que a infecção por gonococo, morbidade a longo prazo alta especialmente em
assintomáticas- DIP, infertillidade, gestações ectópicas
- Síndrome Uretral: 65% das mulheres com sintomas urinários e URC negativa apresentam infecção por
Chlamydia
- Endocervicite: secreção mucopurulenta
Diagnóstico: PCR da urina, cultura da amostra endocervical
TRATAMENTO:
- 1° linha: Azitromicina 1g dose única OU
Doxiciclina 100mg 2x ao dia por 7 dias
- 2° linha: Eritromicina 500mg VO de 6/6h por 7 dias
- Recomenda-se testagem para HIV e sífilis.
FTA- Interpretação
VDRL
ABS
NR NR Não se evidencia sífilis ou período de incubação.
NR R Sífilis primaria precoce ou doença de longa evolução curada.
R NR Falso positivo.
R R Doença não tratada ou tratada recentemente.
LINFOGRANULOMA VENÉREO
AGENTE: Chlamydia trachomatis
- vesícula ou papula pequena- linfoadenopatia inguinal- síndrome anogenitorretal.
- podem fistualizar levando a elefantíase e estenose.
DX DIFERENCIAL: cancro mole, sífilis, doença da arranhadura do gato, doença de Hodgkin
TRATAMENTO:
- 1° linha: doxiciclina 100mg VO de 12/12h por 21 dias.
-2° linha: eritromicina 500mg VO de 6/6h por 21 dias
-3° linha: azitromicina 1g VO por semana por 3 semanas
Gestantes: eritromicina 500mg vo 4x/dia por 21 dias
- Considerar tratar o parceiro.
- Punção dos linfonodos flutuantes.
- Substituir antimicrobiano se não melhorar em 14 dias.
HERPES SIMPLES 1 E 2
TRATAMENTO:
- Aine, pomada de lidocaína, abstenção sexual
- Terapia antiviral iniciada no período prodrômico ou no máximo no primeiro dia dos sintomas
Aciclovir 400mg 3x/dia por 7-10 dias.
- Gestantes: aciclovir 400mg 3x/dia por 5 dias
- para pacientes com recidivas frequentes (6 episódios/ano). Aciclovir 400mg 12/12h por 6 a 12 meses.
CANCRO MOLE
AGENTE: Haemophilus ducreyi, cocobacilo gram-negativo também conhecido como cancroide, úlcera de
Ducreyi.
- diagnostico diferencial de sífilis e herpes genital
Diagnostico: cultura específica, biópsia
- assintomática, pápula ou vesícula que progride para úlcera única ou múltipla, dolorosa, amolecida e
bordos escavadas de fundo purulento e fétido
- adenopatia satélite
TRATAMENTO:
- 1° linha: Azitromicina 1g VO ou
Ceftriaxone 250mg IM
-2° linha: Ciprofloxacino 500mg VO de 12/12h por 3 dias ou
Eritromicina 500mg VO de 6/6h por 7 dias (gravidez\0
- tratar o parceiro, reavaliar em 3-7 dias
- puncionar o bubão para aliviar dor e curar mais rapidamente
- associação com sífilis: cancro misto de Rollet
DONOVANOSE
AGENTE: Calymmatobacterium granulomatis, bacilo gram negativo
- granuloma inguinal, granuloma venéreo
-mais em negros
-incubação de 3-6 meses
- lesão nodular, única ou múltipla,subcutânea, que pode erosar de crescimento lento e sangrante.
-indolores, autoinoculáveis
-mais comum: ulcerovegetante com abundante tecido de granulação e sangramento fácil
Diagnóstico: esfregaço
TRATAMENTO:
-1° linha: Azitromicina 1g VO por semana ou 500mg VO/dia por 3 semanas
-2° linha: Doxiciclina 100mg VO de 12/12h por 3 semanas
Ciprofloxacino 750 mg VO 12/12h por 3 semanas
Eritromicina 500mg VO de 6/6h por 3 semanas (gravidez)
-investigar parceiro
MICOPLASMA
MOLUSCO CONTAGIOSO
AGENTE: Poxvírus
- crianças (mais em extremidades) e imunocomprometidos (gestantes e HIV+), períneo e raiz da coxa,
autoinoculáveis.
- pápulas minúsculas que atingem 3 a 6 mm de diâmetro
- semesféricas, coloração pérola, rósea, centro umbilicado, base eritematosa, facilmente removível
- transmissão por fômites ou em adultos sexualmente
TRATAMENTO:
- aplicação de podofilina 20%, ATA de 10-30%, nitrato de prata 40%, acido retinoico, eletrocoagulação,
crioterapia, curetagem
- medidas para evitar transmissão, evitar piscinas, evitar compartilhar objetos
HPV
AGENTE: Papiloma vírus humano. O HPV infecta principalmente as células epiteliais escamosas ou
metaplásicas humanas. Foram identificados aproximadamente 130 tipos de HPV geneticamente distintos.
Desses tipos, 30 a 40 infectam principalmente o trato anogenital inferior.
-As verrugas genitais apresentam morfologias diferentes, e o aspecto externo varia desde pápulas planas
até as clássicas lesões exofíticas verrucosas, denominadas condiloma acuminado (condyloma acuminata).
Geralmente indolores.
- BAIXO RISCO: 6 e 11- verrugas genitais e infecções subclínicas pelo HPV
- ALTO RISCO: Os HPV de alto risco, incluindo os tipos 16, 18, 31, 33, 35, 45 e 58, assim como outros
menos comuns, respondem por aproximadamente 95% dos casos de câncer de colo uterino no mundo. O
HPV 16 é o mais carcinogênico e o mais associado a NIC III.
- Os tecidos envolvidos variam e as verrugas genitais externas podem ocorrer em áreas do trato
reprodutivo inferior, uretra, ânus ou boca. Costumam ser diagnosticadas pelo exame clínico, e a biópsia
não é necessária, exceto se houver suspeita de neoplasia coexistente. Da mesma forma, a sorotipagem
para HPV não é necessária para diagnóstico de rotina.
- DX DIFERENCIAL: condiloma sifilítico
- TRANSMISSÃO: sexual
- Se detectado realizar rastreio de todas DSTs, citologia oncótica e colposcopia com biopsia
TRATAMENTO:
Podofilina a 25%: 1x/dia por 3 semanas. CONTRAINDICADA NA GRAVIDEZ.
Acido tricloroacético 70% a 90%: pequenas lesões. 1x/semana por 4-6 semanas. Pode usar em
gestantes.
5-fluoracil 5%: 1x/semana por 4-8 semanas.
Imiquimod 5%: 3 dias da semana intercalados por ate 16 semanas.
Cirurgico: eletrocauterização, crioterapia, excisão a laser, exérese cirúrgica com bisturi, caf
-É importante ressaltar que nenhum opção de tratamento, inclusive a excisão cirúrgica, apresenta taxas de
cura de 100%. De fato, estas taxas variam entre 30 e 80%. Consequentemente, as recorrências após
tratamento não são raras.
PREVENÇÃO:
-Camisinha
- VACINA: bivalente para 16 e 18 e tetravalente para 6,11,16,18
Novas diretrizes 2017 M.S:
3 doses em intervalo de 0,2 e 6 meses: Homens e mulheres de 9-26 anos portadores de HIV e
transplantados de órgãos sólidos, M.O. e pacientes oncológicos.
2 doses em intervalo de 0 e 6 meses: meninos entre 12-13 anos e meninas até 14 anos.
SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL
Compreende até 1/3 das consulas medicas ginecológicas e impacta significativamente a qualidade de vida
dessas mulheres.
SUA CRÔNICO: sangramento originado do corpo uterino na ausência de gravidez, anormal em frequência,
regularidade, duração e/ou volume, persistente por mais de 6 meses.
SUA AGUDO: episodio de sangramento intenso, na ausência de gravidez em quantidade suficiente para
determinar necessidade de intervenção rápida para evitar perda sanguínea adicional.
Parametro menstrual Nova terminologia Limites normais
Frequência Frequente <24 dias
Normal 24-38 dias
infrequente >38 dias
Regularidade Ausente -
Regular Variação ± 2-20 dias
Irregular Variação >20 dias
Duração do fluxo Prolongada >8 dias
Normal 4,5-8 dias
curta <4,5 dias
Volume do fluxo Intenso >80 ml
Normal 5-80ml
leve <5ml
- termos como menorragia, hipermenorreia, sangramento disfuncional, menometrorragia, oligomenorreia
estão entrando em desuso.
Classificação:
Sangramento uterino
anormal
- frequência
- regularidade
-duração
-volume
Etiologia x
Idade- SUA
Nascimento: Menacme:
- privação de estrogênio materno -complicação de gravidez
-anovulação
-contracepção hormonal
-infecções
-endocrinopatias
-polipos e miomas
Infância: Perimenopausa:
-corpo estranho - anovulação
-trauma -pólipos e miomas
-infecção -hiperplasia e câncer endometrial
-tumor ovariano
-sarcoma botrioide
Pós-menarca: Pós menopausa:
- Anovulação - atrofia vaginal/endometrial
-Coagulopatias -TH
- Infecção -cancer de endometrio
-Complicação de gravidez
Metrorragia: sangramento intermenstrual;
Menometrorragia: sangramento durante o período menstrual e fora dele;
Hipomenorreia: fluxo de duração menor que três dias ou menor que 30 ml;
Hipermenorreia: sangramento prolongado por mais de oito dias ou maior que 80 ml.
INVESTIGAÇÃO:
Anamnese: investigar padrão menstrual, sintomas relacionados, uso de fármacos, excluir gravidez
Exame fisico: exame especular e TV
Biopsia endometrial:
- >45 anos com SUA
- qualquer idade com SUA + fator de risco para malignidade ( obesidade, nuliparidade, DM, exposição a
estrogênio sem oposição da progesterona, anovulação crônica, uso de tamoxifeno ou TH)
- SUA+ irregularidade endometrial (heterogêneo)
- SUA persistente
- falha de tto
MANEJO DO SUA CRONICO: antes deve se elucidar a etiologia para depois propor tto.
Tto hormonal: primeira escolha em pacientes com SUA e sem coagulopatias.
- ACO: para aquelas que desejam contracepção são a primeira escolha (Qlaira é formalmente indicado
para controle do SUA)
- Diu medicado: pacientes com CI ao uso de estrogênio e desejo de contracepção prolongada
- Progesterona: em casos de anovulação. Pode ser usado de deposito, oral continuo ou cíclico.
- Danazol, gestrinona e agonistas do GnRh são medicações que apesar de seu grande poder em suprimir
o sangramento possuem grandes efeitos colaterias.
TRATAMENTO CIRURGICO:
- polipectomia
- miomectomia
- histerectomia
INFERTILIDADE CONJUGAL
Definição: incapacidade de gravidez bem sucedida após 12 meses ou mais de adequada exposição ao
coito (3x/semana), em casal sexualmente ativo e sem uso de anticoncepção// a infertilidade se refere a um
estado em que a capacidade de fertilidade é diminuída, mas não necessariamente ausente –
subfertilidade.
Conceitos:
Fecundidade: probabilidade de gestar em um único ciclo menstrual
Fertilidade: capacidade de conceber e produzir prole ou descendência
Esterilidade: incapacidade permanente e definitiva de produzir prole
Infertilidade primária: sem gestação prévia
Infertilidade secundária: história de gestação prévia, mas não nascido vivo. Ex: ectópica
Dados gerais:
em 12 meses, 80-85% casais que estão tentando irão conseguir
os 15-20 % restantes, em 1 ano necessitarão de avaliação médica
atinge 40-80 milhões de casais no mundo
o intervalo de fertilidade é de aproximadamente 6 dias antes do dia da ovulação, porém, a maior
probabilidade de concepção é quando a relação ocorre nos 2 dias antes da ovulação. (esperma
leva 9 seg p/chegar a trompa)
Anamnese: idade, duração da infertilidade e hist prévia de fertilidade, história menstrual (menarca,
TPM, padrão, dismenorreia, dispareunia), hist obstétrica e doenças de filhos, frequência das
relações sexuais, HMP (hist de cx abdominal ou pélvica, DSTs, endocrinopatias, CP, uso de
hormônios, alergias), HF (problemas genéticos ao nascimento, atraso desenvolvimento,
menopausa precoce, problemas reprodutivos), uso de tabaco (altera motilidade tubárea, danifica
gametas, aumenta a chance de aborto e gravidez ectópica, efeitos deletérios aos óvulos –
menopausa precoce), álcool, drogas, exposição a toxógenos ambientais, peso (IMC entre 17-27
(anovulação e ↓espermas), exercícios extenuantes (ciclos anovulatórios – o ↑endorfinas interfere
na liberação de GnRH)
Ex físico: peso, altura, IMC, TA, FC, avaliação da tireoide, exame mamas, sinais de
hiperandrogenismo, especular +toque (aval de secreções, colo, mobilidade, posição, tamanho,
formato, dor pélvica, aval de fundo de saco e anexos)
1º ciclo: HMG, glic jejum, TTG, CT e frações, TS, RH, VDRL, ANTIHCV, HbsAg, Anti HBs, HIV,
toxo IgG e IgM, rubéola, Clamídia (cultura e PCR na urina – já trato s/ resultado do exame),
TSH (se 2,0 trato pelo risco de abortamento), QUE, urocultura // cônjuje: espermograma,
HMG, sorologias
2º ciclo: fator uterino histerossalpingografia (c/ contraste – ATB profilático pega clamídia,
mesmo q a chance de pelvepritonte seja baixa 1%/FEBRASGO NÃO USA); US (avalia vol
ovariano, se há folículos); histeroscopia (mioma, pólipo); tto de clamídia
3º ciclo: VLP endometrioma, endometriose no ovário.
AVALIAÇÃO FEMININA
1. HORMONAL
Ciclos ovulatórios: SOP, obesidade, ganho ou perda de peso excessivos, exercícios extenuantes,
hiperprolactinemia e disf da tireoide // Geralemente, apenas a hist menstrual caracteriza ciclos
anovulatórios e algumas disfunções endócrinas (obs: ciclos regulares 21-35 dias na maioria das vezes já
predizem que a mulher possui ciclo ovulatório). Se não for possível caracterizar ciclos com a hist menstrual
-- > dosagem de progesterona sérica (1 semana antes da data provável da próx menstruação; valores ↑
3ng/ml indicam provável ovulação naquele mês) e us seriada (determina tamanho e nr de folículos em
desenvolvimento ; identifica folículo dominante).
Se durante a anamnese não for possível caracterizar o quadro de ANOVULAÇÃO/OLIGOVULAÇÃO,
outras avaliações podem ser indicadas: TSH, T4L; PRL para afastar hiperprolactinemia; FSH E
ESTRADIOL para falência ovariana ou amenorreia hipotalâmica; 17-HIDROXIPROGESTERONA p/ afastar
hiperplasia suprarrenal congênita de aparecimento tardio
Avaliação de reserva ovariana: reserva ovariana reflete o potencial reprodutivo em função do nr e da
qualidade oocitária// os métodos com maior reprodutilidade pratica são: DOSAGEM DO HORMÔNIO
ANTIMULLERIANO E CONTAGEM DE FOLÍCULOS ANTRAIS POR US TV
#Deve ser considerada em mulheres:
- ↑35 anos; HF menopausa precoce; apenas 1 ovário; história de qxt ou rxt pélvica; infertilidade s/ causa
aparente; com pobre resposta ao estímulo ovariano prévio; que planejam reprodução assistida; nas
doadoras de oócitos
2. FATOR ANATÔMICO/ TUBOPERITONEAL
A infertilidade masculina ocorre em 40% dos casais c/ dificuldade p/ engravidar; como fator único, ocorre
em 20%.
Espermograma: abstinência sexual 2-7 dias antes do exame; frasco estéril. Se esse exame mostrar-se
anormal indica a realização de investigação mais detalhada.
Parâmetros seminais normais (OMS 2010)
Parâmetro Val de referência
T de abstinência sexual 2-7 dias
Volume ≥1,5ml
Concentração ≥15 milhões/ml
Nr total de espermatozoides ≥39 milhões
Motilidade progressiva (A+B) a-rápido e direcional/ ≥32%
b-lento
Morfologia normal ≥4%
Ph 7.2-8
Liquefação 60 min
Vitalidade ≥58%
O ciclo menstrual normal, ovulatório varia de 21-35 dias com media de 28 dias.
- O número de dias da primeira fase do ciclo menstrual pode variar, a segunda fase- a lútea- é mais
constante tendo normalmente 12-14 dias.
- ciclos menstruais irregulares muito curtos ou muito longos são geralmente anovulatórios.
Hipotálamo: os neuro-hormonios produzidos alcançam a adeno-hipófise pela circulação porta-hipofisária.
Há também um retrocontrole da hipófise em relação ao hipotálamo. GnRh é responsável pela liberação de
LH e FSH, secretado de forma pulsátil- quando em níveis contínuos ou em altas doses há
dessensibilização dos receptores hipofisários. Possui meia vida curta de 2-4 min. Seus pulsos são
maiores em amplitude e frequência na primeira fase do ciclo.
Hipófise: as gonadotrofinas são produzidas na adeno-hipófise.
-Adeno-hipófise: TSH, ACTH, GH, PROLACTINA, FSH, LH
-Neuro-hipófise: secreta ocitocina e ADH
- prolactina é inibida pela dopamina, pode ser liberada por manipulação da mama, medicamentos,
estresse, exercícios físicos. TRH estimula liberação de prolactina (no hipotireoidismo pode ter
hiperprolactinemia).
-ocitocina é liberada por sucção, estímulos olfatórios, auditivios e visuais, faz contração muscular uterina e
contrações dos ductos para ejetar o leite.
- ADH faz vasconstrição arteriolar, conservação renal de água, aumenta PA
Crescimento folicular: ao nascimento 1 milhao de folículos, na menarca 500mil e apenas 400 chegarão até
a ovulação. O restante entrará em atresia.
Até a fase de folículo antral inicial não há necessidade de gonadotrofinas. Mesmo antes da menacme, na
gestação e em uso de ACO ocorre o recrutamento folicular até esta fase. Os folículos primários e
secundários produzem hormônio antimulleriano e param de secretar ao atingir o estágio antral- bom
marcador de reserva ovariana.O estimulo das gonadotrofinas é que auxiliam no desenvolvimento até o
folículo pré-ovulatório. (principalmente aumento do FSH).
Controle ovariano :
- o estradiol exerce retrocontrole negativo sobre a hipófise durante quase todo o ciclo. Quando o estradiol
secretado pelo folículo mantém-se elevado por 48h ocorre o pico de LH ou retrocontrole positivo.
- FSH estimula a secreção de inibina B pelas células da granulosa- inibina B- BEFORE
- Lh estimula a secreção de inibina A pelo corpo lúteo- inibina A- AFTER
Ciclo endometrial:
- quando não há fertilização- o corpo lúteo regride e há descamação endometrial- menstruação
- fase proliferativa: 2mm- até 10mm na fase pré-ovulatória. Alta concentração de receptores de estrogênio
- fase secretora: secreção glandular e edema do estroma, infiltração leucocitária e reação decidual do
estroma
- fase menstrual: termino da vida do corpo lúteo, redução do estrogênio e progesterona, reações
vasomotoras, espasmos vasculares, liberação enzimas proteolíticas.
Muco cervical:
- filancia: elástico ação do estrogênio
- cristalização: em folha de samambaia
- viscoso: ação da progesterona
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
#Conceito: Toda perda involuntária de urina, objetivamente demonstrável, causando problema social ou
higiênico.
-Mais comum em mulheres, devido ao menor comprimento uretral e maior chance de dano musculofascial
durante a gestação e o parto.
#Fatores de risco:
- Fatores predisponentes: Idade, sexo, raça, genética, neurológica, anatômica, status do colágeno
- Fatores desencadeantes: Paridade, cirurgias, lesões de nervo pélvico ou muscular, radiação
- Fatores promotores: Disfunção intestinal, irritantes dietéticos, tipos de atividade, obesidade,
menopausa, infecção, medicamentos, doença pulmonar, doença psiquiátrica
- Fatores transitórios e reversíveis: Infecção, vaginite atrófica, ação medicamentosa, poliúria,
imobilidade, constipação
- ROTINAS: obesidade, aumento da paridade, pacientes com partos normais (IUE), genética,
tabagismo, menopausa, cirurgias urogenitais prévias, doenças crônicas, atrofia genital, TH.
#Anatomia: O assoalho pélvico é composto por todas as estruturas que dão suporte às vísceras
abdominais e pélvicas.
Efeito selante: Fechamento uretral (mucosa uretral com ação estrogênica, plexo venoso submucoso,
selo mucoso, esfíncteres internos e externos. A uretra é composta com rica esponja vascular circundada
por uma capa de músculo liso e tecido fibroelástico. Esse eficiente mecanismo de selo da mucosa é a
maior contribuição para o mecanismo de fechamento da uretra. Está sujeito ao controle hormonal, e a
falta de estrogênio leva à atrofia e à substituição do suprimento vascular por tecido fibroso.
Teoria íntegra: Órgãos unidos, presos pela fáscia pélvica. Conforme onde romper, causará sintomas
distintos.
- Pubouretrais: Anterior. Corrige-se com “sling”
- Uterosacral: Posterior
#Fisiologia da micção
DETRUSOR músculo liso, involuntário, sistema nervosa autônomo.
ESFINCTER involuntário, sistema nervosa autônomo
Musculatura do assoalho pélvico → voluntário
- Enchimento vesical: Noradrenalina (simpático). Detrusor relaxa, esfíncter contrai, elevador do ânus
ajuda.
- Esvaziamento vesical: Acetilcolina (parassimpático). Detrusor contrai, esfíncter relaxa.
#Classificações:
*Esforço: Hipermobilidade uretral ou deficiência esfincteriana → Anatômica
Perda involuntária de urina após um esforço, sem que haja contração do músculo detrusor da bexiga.
Ocorre devido a uma alteração anatômica ou funcional da uretra: a pressão intravesical excede a
pressão intra uretral máxima em situações de esforço, causando a perda involuntária de urina. A IUE é
classificada, de forma simplificada, em duas categorias: hipermobilidade do colo vesical e insuficiência
esfincteriana intrínseca. A hipermobilidade ocorre devido a alterações do mecanismo uretral extrínseco,
secundário à mudança da posição do colo vesical e da uretra proximal. O diagnóstico de
hipermobilidade é presuntivo no exame clínico uroginecológico e na avaliação urodinâmica (quando
valores de pressão de perda urinária forem >90cmH2O). Já a insuficiência esfincteriana uretral
intrínseca refere-se quando é causada pela inabilidade do mecanismo esfincteriano uretral. O
diagnóstico é estabelecido quando a pressão de perda urinária for <60cmH2O na avaliação
urodinâmica. Perda de urina aos esforços / intervalo de 3h entre uma micção e outra. A IUE e o prolapso
genital podem estar associados em até 40% dos casos. Apesar disso, a correção cirúrgica do prolapso
não significa necessariamente a correção da IU. (Causa: espirro, tosse…)
*Urgência: Contração involuntária do músculo detrusor
Também é chamada de hiperatividade vesical, (bexiga neurogênica) que é a presença de contrações do
músculo detrusor durante a fase de enchimento vesical, desencadeada espontaneamente ou em
resposta a estímulos, demonstrada de forma objetiva, quando a paciente tenta inibir a contração. As
pacientes com esses distúrbios apresentam falta do controle da micção quando têm urgência miccional
ou quando sentem a bexiga cheia. Causas: ITU, obstrução, contratilidade vesical diminuída,
anormalidades vesicais, deficiência estrogênica, deficiência esfincteriana, doenças neurológicas,
DM, IC, cafeína e álcool, constipação, condições psicológicas, barreiras ambientais, medicações.
Perdas em repouso, tempo curto entre a vontade e perda, não é possível a interrupção do jato, urgência,
noctúria, frequência urinária, perdas em diferentes situações (chave na fechadura, torneira, tomando
café).
#Causas: Prolapsos, fístula pós cirurgia(bexiga-vagina), ITU(por edema de uretra - deve ser sempre
descartada), tumores, pólipos, carúnculas uretrais.
#Diagnóstico:
- História clínica: É o aspecto inicial mais importante na avaliação da mulher com IU. Mulheres que
apresenta enurese noturna na infância, pode, mais tarde, apresentar bexiga hiperativa. (frequência
normal para urinar é até 8 vezes ao dia e 1x a noite, volume máximo 1800ml)
- Exame físico: A inspeção estática do períneo e o exame especular da vagina permitem avaliar
deprivação estrogênica, distopias pélvicas e outras lesões que possam estar associadas à IU. A mulher
deve ser examinada na posição de litotomia e ortostática, de preferência com a bexiga cheia. Sabe-se
que o grau de prolapso não se relaciona à intensidade nem ao tipo de perda urinária.
- Exames complementares: Em primeiro lugar, deve-se excluir a presença de ITU, que por si só, pode
determinar perda urinária e sintomas de urgência. O mais importante é a avaliação urodinâmica, mas
sempre o primeiro a ser feito é EQU + urocultura.
1º descarta-se ITU (EQU + urocultura).
- Diário miccional: pouco utilizado atualmente
- Teste do absorvente: peso do absorvente íntimo-positivo se >1g
- Teste do cotonete: serve mais para orientar cirurgia
- Teste de Bonney e M: Importante fazer, pois é um “teste para a cirurgia”. Recoloca-se com os dedos a
uretra no local adequado para ver se a urina para. Pode ter deficiência esfincteriana se continuar com a
incontinência mesmo com a manobra.
- Avaliação urodinâmica: O estudo urodinâmico permite caracterizar, de forma objetiva e precisa, o
distúrbio urinário real, por meio da medida de pressões em vários pontos do trato urinário baixo. Desse
modo, analisa as relações entre a pressão abdominal, vesical e uretral nas diversas fases de
enchimento da bexiga. Sem dúvida, a cistometria, que relaciona a pressão e o volume durante a fase de
enchimento vesical, é o componente mais importante da avaliação urodinâmica na mulher incontinente.
Parâmetros avaliados na urodinâmica: Urofluxometria livre(avalia obstruções e estenoses uretrais),
cistometria (a mais importante), pressão de fluxo(avaliação da pressão de fluxo, tem pouco valor para
mulheres)
Objetivos: Reproduzir os sintomas do dia-a-dia da paciente, diagnosticar a hiperatividade do detrusor,
diagnosticar e classificar a IUE / deficiência esfincteriana.
A urodinâmica irá medir a pressão de detrusor X pressão intra abdominal
>90: Hipermobilidade - IUE
- Não se sabe -
<60: Deficiência esfincteriana - IUE
#Tratamento
*Conservador:
1) Mudança no estilo de vida (redução de peso, não fumar, evitar ingestão de bebidas contendo cafeína,
não ser constipada, reduzir ingesta de alimentos ácidos/cítricos e condimentos.
2) Reeducação vesical (urinar de 2/2hr-máx de 4/4 hrs que é o normal; em caso de frequência de 30/30
min e ir aumentando gradualmente; urinar antes de dormir).
3) Tratamento medicamentoso (não usar em pct com glaucoma ou problemas cardíacos; efeito
collateral: boca seca e constipação)
4) Reeducação pélvica/exercícios perineais-cinesioterapia
* eletroestimulação-IUE leve/mod, IUU e IUM
Fisioterapia + Medicamentos (anticolinérgico,estrogênio). Na falha dele, pensar em cirurgia.
*Cirúrgico: IU por defeito anatômico; IUE com prolapso importante e grande hipermobilidade,
insuficiência esfincteriana intrínseca, correção dos prolapsos associadas, uso de telas ( cintas ) e/ou
associação de técnicas.= SLING
- Hiperatividade detrusora: Clínica de urgência, com confirmação pela urodinâmica (Tto: anticolinérgicos=
OXIBUTININA-RETEMIC)
- Bexiga hiperativa: Clínica de urgência, sem contração do detrusor e com urodinâmica normal (Tto:
anticolinérgicos)
- IUE= duloxetina não é primeira escolha mas é utilizado
- IUM= AD TRICÍCLICO-IMIPRAMINA
- IUU: OXIBUTININA
- ANTIMUSCARÍNICO RELAXA DETRUSOR- IUU E IUM
PATOLOGIAS DO COLO UTERINO
ANATOMIA DO ÚTERO
-Partes do útero: colo ou cérvice (porção vaginal e porção supravaginal = intra abdominal); Istmo
Corpo; Fundo
-Fórnices ou fundos de saco anterior, posterior, lateral D e lateral E; O fundo de saco posterior faz limite
com o fundo de saco de Douglas.
-É normal toda mulher ter conteúdo vaginal, e não secreção/ não se usa mais esse termo.
-Colo uterino: 3-5 cm de comprimento x 2-3 cm largura, delimitado pelo orifício cervical externo e interno, e
entre esses 2 orifícios há o canal endocervical
-O colo é dividido topograficamente em 2 áreas:
2. Endocérvice: epitélio colunar simples ou seja camada única de células mucossecretoras com
poucas células cilíndricas ciliadas
orifício cervical externo até o orifício cervical interno
só 1 camada de células com glândulas uma ao lado da outra; São glândulas produtoras de
muco
tecido epitelial colunar = epitélio glandular
-O ideal é que a JEC esteja no orifício cervical
-JEC = onde o epitélio escamoso/pavimentoso se une ao epitélio colunar/glandular
-Quando há deslocamento fisiológico da JEC, o orifício externo não muda
Evolução das modificações da JEC:
o Deslocamento da JEC
o Processos de cura, regeneração, metaplasia (processo benigno, transformação do tec
glandular/colunar em escamoso)
o Patologias benignas
o Formação de lesões precursoras (ex: NICs – HPV)
o Evolução potencial p/malignidade
Obs: é na JEC que ocorrem todas as transformações benígnas e malígnas da epitelização celular; na JEC
há metaplasias.
Terminologia:
o Ectopia ou ectrópio é a presença de epitélio cilíndrico no exocervix
o Epitélio escamoso é o ep escamoso inativo derivado do seio urogenital = ao vaginal
o JEC: junção escamocolunar é a união entre os epitélios colunar e escamoso – normalmente
localizada no orifício externo anatômico do colo
o Metaplasia ou reeptelização: substituição do epitélio cilíndrico por epitélio escamoso,
fisiologicamente normal // ↑ESTROGÊNIO ↑ GLICOGENIO NO EP ESCAMOSO
LACTOBACILOS ↑ACIDEZ ↓Ph VAGINAL FAVORECE A METAPLASIA ESCAMOSA
Classificação das ectopias: quanto ao tamanho das papilas Polipoide; Papilar; Micropapilar
Dinâmica do epitélio do colo : CILÍNDRICO METAPLASIA IMATURA METAPLASIA MADURA
ESTRATIFICADO NORMAL. A metaplasia favorece a ação viral devido a inclusão do DNA-HPV no
genoma das céls, causa fragilidade na mitose, onde pode ocorrer malignidade p/ CA. O carcinoma
epidermoide é o tipo predominante
Ectopia com zona de transformação recente (metaplasia imatura): colposcopia cervix evertida
mostra as dobras do ep colunar endocervical vascularizado. Na extremidade periférica do colo, o
ep escamoso liso original está presente. Entre essas áreas em quase toda ectopia há metaplasia
imatura a qual torna-se branca após ácido acético 4%
Ectopia com zona de transformação típica (metaplasia madura): colposcopia ep coluna da
ectopia é substituído pelo ep metaplásico maduro. Quando visualizado em 3D, através do
colposcopio, é possível ver entalhe arredondado no colo q identifica o nível da JEC original. A nova
JEC é vista no OCE. Entre a original e a nova JEC há o ep escamoso maduro
Como medir a ectopia? (Distância da JEC ao orifício cervical anatômico)
0- JEC no orifício cervical anatômico
-1- JEC a -1 cm do orifício cervical anatômico
-2- JEC a -2 cm do orifício cervical anatômico
-3- pega quase todo o colo
VERRUGAS
HPV: oncogênicos; não oncogênicos (esses são os causadores das verrugas)
o Tratar sempre pq o indivíduo continua transmitindo
Obs: endometriose: endométrio q se localiza fora da cavidade endometrial. Posso ter endométrio fora da
cavidade uterina, na pelve, ovário, intestino, fígado, colo do útero.
PÓLIPOS ENDOCERVICAIS
o Prevalência de 4-25%
o 2ª patologia benigna + comum
o Origem endocervical e contendo glândula e estroma hiperplasiados
o Sintomas: sinusiorragia, infecções de repetição, aumento do muco cervical
o Definição: Hipertrofia focal de tecido glandular = protusão hiperplásica da mucosa cilíndrica
endocervical incluindo epitélio e estroma. Se fizer anatomopatológico, ele terá glândula + estroma
o Rara malignização 0,5%
o Tto: ressecção
Colpocitologia (=CP)
Epitélio escamoso: é o epitélio nativo derivado do seio urogenital = ao vaginal
JEC: união do epitélio escamoso e colunar – localizada no orifício cervical externo anatômico do
colo
Metaplasia ou reeptelização: célula glandular/cilíndrica/colunar em escamosa
Quando o ep escamoso recobre o glandular ele não se transforma em glândula, ele só recobre pq
ele já é o escamoso
Orientações p/coleta do CP
Não estar menstruada. Preferencialmente aguardar o 5º d após termino de mesntruação. A
presença de sangramento de origem não menstrual não é impeditivo p/coleta, principalmente nas
pós menopáusicas.
Não usar creme vaginal nem submeter-se a exames intravaginais (US) por 2 dias antes do exame
Não manter relações sexuais 48h antes da coleta
Impossível realizar análise de amostra q contem muito sg ou contaminada por creme vaginal,
vaselina e outros.
Teste de Schiller: - iodo + (normal) // + iodo-não corou pq o tecido não tem glicogênio
suficiente p/corar c/ iodo. E X: ectopia pós cauterização ainda em processo de epitelização
Exame ginecológico:
1º paciente em posição ginecológica
2º inspeção da vulva, períneo, grandes e pequeno lábios, introito vaginal
3º intoduzir o espéculo com a fenda em posição vertical e exercer leve pressão p/região posterior, fazendo
leve rotação p/ que ao final, a fenda esteja na horizontal e abrir o espéculo
4º coletar material com espátula de Aire 360º e fixar
5º coletar material com escova – citobrush 360º e fixar
6º teste de Schiller
7º retirar espéculo analisando as paredes vaginais, fazendo rotação oposta
8º toque vaginal bimanual
Recomendações MS 2016 (prova):
Importante!
-a hist natural do ccu geralmente apresenta longo período de lesões precursoras, assintomáticas,
curáveis na quase totalidade dos casos qdo ttada adequadamente conhecidas como NI II e NIC III. Já a
NIC I representa a expressão de uma infecção transitória prodizida pelo HPV e tem alta probabil de
regressão, de tal forma que hj não é´considerada lesão precursora de ccu.
TUMORES PROLIFERATIVOS
-TU EPITELIAIS: 20-40 anos
Cistoadenoma seroso: multiloculares, uni ou bilat, projeções papilares, calcificações, firmes, base
largaa, pálidos, medem 5-15cm// corpos de psammoma: áreas de granulação calcificadas no rx//
geralmente assintomáticos// cx: tto definitivo // 20% malignos
Cistoadenoma mucinoso: 15% dos benignos, uni ou bilat, + volumosos q o seroso constituem
os gdes tu abdominais (até 50cm diam)// 3-4ª década, multilobulares, císticos, conteúdo
mucoide, acastanhado// compliacação: pseudomixoma peritoneal – caracterizado por secreç
exacerbada de material mucinoso levando a ascite q recidiva c/ cx// tto: cx
-TU DE CÉLS GERMINATIVAS
Teratoma cístico benigno ou terat cístico maduro ou cisto dermoide: unilaterais, malignização rara,
+freq na menacme c/pico 30 anos// complicação: torção pedicular – elevado conteudo gosrduroso//
tto: cx cistectomia/ se necrose - ooforectomia
-TU SÓLIDOS BENIGNOS
Fibroma: tu +comuns do cordão sexual, derivam das céls da granulosa, s/ atividade hormonal,
firme, branco na superfície, 10-15%assoc c/ ascite e 1%hidrotorax = síndrome de Meigs (p
intratorac -)
Tu de Brenner: histopatologia incomum c/ilhotas de céls cuboides claras = ninhos de cels de
Walthard// epitélio transicional, Sd Meigs
Luteoma da gravidez: RARO, solido, bilat, pode levar ovário a 12cm, virilização 2º trim produzindo
testos/pode ocorrer masculinizaç de feto feminino/ tto: regressão ou cx se aumento rápido
TU FUNCIONANTES (TU DO ESTROMA GONÁDICO)
-FEMINILIZANTES
Tecomas: origem do estroma cortical dos ovários, unilat, predomina na pós menopausa, 75%
produzem estrógenos, seus sintomas incluem sangram genital e hiperplasia endometrial na pos
menopausa// tto: ooforectomia
-VIRILIZANTES
Gonadoblastomas: misto, constituído por elem germinativos e do cordão sexual. Podem prod
ANDROGENIOS E ESTROGENIOS// Tto: ooforect
-TU LIMÍTROFES: de baixo potencial maligno ou borderline, 10-15% tu ep. Limitados aos ovários por
longos períodos, baixo potencial de invasão, bom prgnostico, 30-50 anos, critérios p/ tu limítrofes
(hiperplasia endometrial c/ pseudoestratificação em tufo, cribiforme e micropapilar; atipia nuclear; grupos
celu isolados; ausen de ivasao do estroma// tto: conservador + acompanhamento
-pós menopausa:
INDICAÇ DE ABORDAGEM CX DOS TU OVAR PÓS MENOPASICAS
-cistos ↑5cm indep das caract ecográficas
-cistos sintomáticos
-ca125 ↑35
-ascite ou sinais clínicos de mtx
Nas c/ risco mín, conduta expectante.
Se cistos uniloculares ↓ 5cm e níveis normais de Ca 125 US 6/6m p/acompanham morfolog +
doagens Ca 125
Se risco intermed -alto: cx
PATOLOGIA BENIGNA DA MAMA
Anatomia
DERRAME PAPILAR
o Saída de secreção pela papila mamaria não assoc a gestação;
o 50%mulheres na menacme apresentam descarga papilar a expressão s/ patol associada
o Unilateral, seroso (água de rocha), espontâneo – pensar em ca
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS
1. MASTITE AGUDA: + freq no puerpério (3ª semana);70% Staphylococcus aureus( penicilase-
resistente);
Fatores predisponentes: ingurgitamento, fissura mamilar, ivas lactente, anormalidade
mamilo, primiparidade, má higiene, escabiose.
Sinais e sint: 1º estase láctea, após dor, calor, rubor, edema acompanhados ou não de
febre, adenopatia axilar, evolução p/ abscesso 5-10% casos
Profilaxia: higiene, evitar fissuras e ingurgitamento
Tratamento: analgesia, antitérmicos, suspensão mamaria, drenagem manual, atb
(cefalexina 500mg 6/6h ou 1g 12/12h vo 7 dias – alternativas: Ampicilina, eritromicina,
lincomicina, anaerobicida se persistente)
NÃO SUSPENDER AMAMENTAÇÃO
Se persistência após 48-72 h suspeitar de abscesso// NÃO É RECOMENDADO CALOR
LOCAL PELA PERDA DE SENSIBILIDADE podendo ocasionar queimadura
2. ABSCESSO MAMÁRIO
Sinais de inflamação + flutuação e pele brilhante e descamativa
Não há contra-indic p/amamentar
Tto: drenagem, dreno Penrose, esgotamento mamário, medicamentoso = mastite,
superficiais: punção agulha calibrosa
US valor dx para orientar punções e em casos de dúvida
3. ABSCESSO SUBAREOLAR CRONICO RECIDIVANTE = DÇA DE ZUSKAS
Episódios de infecç aguda + flutuação, seguidos de drenagem por orifício fistuloso na
junção cutaneoareolar
Inversão mamilar
Relação com tabagismo
Tto fase aguda: AINE, ATB (cefalosporina+metronidazol 7 dias), drenagem, cessar
tabagismo
4. ECTASIA DUCTAL
É a dilatação dos ductos terminais c/ acumulo de céls, pode causar derrame papilar.
Etiologia desconhecida, porém, se relaciona ao tabagismo
Formas clinicas: # derrame papilar: peri, pós menopáusicas, secreção amarelo-esverdeada,
purulenta. Dispensa tto se sintomas leves. Se graves, exérese do sist ductal
#tumoral: - frequente, com o tempo, a ectasia pode causar ruptura ductal e inflamação circundantes com
sinais de mastite. Se esse processo cronificar, pode simular carcinoma, retração mamilar
5. ECZEMA AREOLAR
Dermatite descamativa e exudativa do complexo areolomamilar, BILATERAL e pruriginosa.
Causas: psoríase, dermatite seborreica, dermatite de contato, dermat atópica, alergia tecs
sintéticos dos sutiãs.
Tto: solução de Thiersch e corticoterapia tópica. Se não regredir,fazer biopsia de mamilo p/
diferenciar de carcinoma Paget// Na dça de Paget, há destruição do mamilo
6. NECROSE GORDUROSA
Mulheres obesas, seio flácido.
Lesão firme, mal delimitada, indolor e imóvel – pode simular Ca
Assintomática: calcificações arredondadas c/ centro translucido em mmg de rotina //
sintomáticas: + rara, produz tumor detectável clinicamente, retração, equimose, dor
7. DOENÇA DE MONDOR
Consiste em tromboflebite das V superficiais da mama. Lesão rara, assoc a traumatismo.
Dor aguda local + cordão fibroso local. Essa depressão pode imitar carcinoma.
Processo auto-limitado, dor desaparece 2-3 semanas e em 6-8s não há mais traços da dça.
Não requer bx,
Tto: analgesia e aine
8. GALACTOCELE
Obstrução canalicular em mamas lactantes, c/ acúmulo de leite.
Dx: anamnese, ex físico (massa cística amolecida)e punção(agulha calibrosa)
Tto: se esvaziam completo c/ punção está concluído; se conteúdo mt espesso: incisão
+drenagem