Janela Infinito PDF PDF
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1) - INTRODUÇÃO
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1.1) - DO ÁTOMO AO ARCANJO
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"Mas a pergunta permanece. Quando postulamos um instante finito
de criação, é sempre possível perguntar: o que existia antes da
criação, antes do big-bang?" (Dr. Amit Goswami, A Janela
Visionária, Capítulo Cinco, p.23). (Itálicos do autor).
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A parábola do Filho Pródigo é a nossa própria história em sua faceta de
involução ou queda, e de ascensão ou evolução:
"Então, a única coisa que podia mudar com a revolta era a forma do
movimento, ou seja, uma direção diferente que a criatura livre quis
dar àquele impulso originário, ao menos até onde foi possível no
âmbito de seu domínio. Eis então que o movimento geral ordenado
do Sistema, que antes da revolta só se dava na dimensão infinito,
congelou-se na parte doente da desordem, encarcerando-se em
dimensões cada vez mais fechadas sobre si mesmas pela involução,
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contraindo-se cada vez mais até às nossas dimensões espaciais".
(Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 141). (Os grifos são
nossos).
"É verdade que com a revolta nasceu a desordem, mas sem sair da
ordem, nasceu o caos, mas sempre controlado por Deus, nasceu o
mal, mas só como sombra do bem". (Pietro Ubaldi, Queda e
Salvação, Introdução, p. 24).
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Podemos, dessa forma, compreender o significado profundo do
fenômeno da radioatividade: ele representa o primeiro passo no
caminho do regresso, com a passagem da fase matéria à fase
energia. Representa o primeiro arranco da distensão cinética para
libertar o movimento das formas fechadas das trajetórias do átomo.
Representa o primeiro golpe da destruição das construções do Anti-
Sistema (átomo, matéria), para a reconstrução do Sistema destruído
com a revolta. Entramos na fase energia, da qual, mais tarde, se
passará à do espírito". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p.
149). (Os grifos são nossos).
Somos imagem, semelhança do Pai, fomos gerados tal qual miríades de luz
divina, imortais, sábios em cada uma das funções que empreendíamos no
sistema divino, relativamente perfeitos, livres para escolher: a Individualidade,
gerando o egocentrismo egóico, o mal, o caminho longo, que nos afasta do
Pai, involução e evolução, ciclo de contração e posterior expansão da
consciência, com a reconquista do que estava em estado de germe, ou a
Totalidade, a entrega à vontade divina, o egocentrismo altruísta, o bem
absoluto desde o princípio, o caminho curto, que nos integra imediatamente a
perfeição infinita:
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"No estado de perfeição dos espíritos que aderiram à Lei, só há uma
liberdade possível: a da absoluta adesão à Lei, que é a vontade
divina, adesão livre e espontânea, querida e consciente. Por este
motivo, os espíritos rebeldes deveriam ter obedecido e, como
desobedeceram, caíram". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo
X, p. 133).
"O mal não pode ter sido criado por Deus, porque se assim tivesse
acontecido teria que ser tal como a substância Dele, isto é eterno e
indestrutível". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 158).
"Das mãos de um Deus perfeito não pode sair uma obra imperfeita,
cheia de erros, males e dores, como é nossa atual criação". (Pietro
Ubaldi, O Sistema, Capítulo VI, p. 75).
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"Uma vez que há Espíritos que, desde o princípio, seguem o
caminho do bem absoluto e outros, o do mal absoluto, deve haver,
sem dúvida, degraus entre esses dois extremos? - Sim, certamente,
e é a grande maioria dos Espíritos". (Allan Kardec, O Livro dos
Espíritos, Pergunta 124). (Os grifos são nossos).
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1.6) - PONTO DE CHEGADA E PONTO DE PARTIDA
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"Desse modo, o trajeto evolutivo que cada ser tem de percorrer para
reentrar no Sistema não é igual para todos, mas é proporcional para
cada um deles à profundidade alcançada com a própria queda".
(Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XIX, p. 253).
"Pai aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles
estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste;
porque tu me hás amado ANTES DA CRIAÇÃO DO MUNDO".
(João,17:24).
"Os Espíritos são iguais ou existe entre eles uma hierarquia? - São
de diferentes ordens, segundo o grau de perfeição ao qual
chegaram". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 96). (Os
grifos são nossos).
"Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos
que se melhoram? - São os próprios Espíritos que se melhoram e,
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melhorando-se, passam de uma ordem inferior para uma ordem
superior". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta 114).
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"Entretanto, que me diz dessas quedas? Verificam-se apenas na
Terra? Somente os encarnados são suscetíveis de precipitação no
despenhadeiro?
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"Quaisquer que sejam as dúvidas que se levantam contra esta
teoria, é um fato que ela não pode ser repelida por aqueles que
seguem a doutrina do Cristo. Este, no Evangelho de Lucas, (capítulo
10:18), diz: "Vi Satanás, como um raio, cair do céu". De fato, a
queda foi fulminante, rapidíssima, como ocorre quando rui um
edifício. Subir de novo é que é cansativo e lento, como acontece na
construção". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo X, p. 118).
"O fenômeno da queda não pode medir-se com o nosso tempo. Foi
também um desmoronamento de dimensões e o tempo foi apenas
uma das dimensões atravessadas na queda, tanto como, no oposto
da evolução, esta é a dimensão que desaparece, após ter sido
atravessada a fase de energia, de que é própria. (...). Os estágios da
subida foram certamente atravessados na descida, porque se eles
ligam o Sistema ao Anti-Sistema na direção de ida, devem também
ligar o Anti-Sistema ao Sistema na direção de regresso. Foram
atravessados, não na forma lenta em que vivemos, mas certamente
em sua substância, porque a ponte de passagem entre os dois
pólos, de ida ou de volta, só pode ser uma. Não na forma lenta, em
que o ser viveria mais tarde, porque se tratava de uma fulminante
desintegração atômica, em cadeia, em que não há como despertar,
aprender, reconstruir. O processo lento atual de experimentação e
assimilação não tinha razão de existir. A queda foi como uma
explosão em que a unidade se pulverizou". (Pietro Ubaldi, O
Sistema, Capítulo XV, p. 195).
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retrograda. O rio não remonta à sua fonte". (Allan Kardec, O
Livro dos Espíritos, Pergunta 612). (Os grifos são nossos).
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"Em cada ato nosso, através da escolha que soubermos fazer,
amadurece o nosso ser e avança a grande marcha da evolução.
Em virtude dos atos e da liberdade do ser, opera-se o resgate e a
salvação, ou a sua involução". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo,
Capítulo X, p. 120).
1.9) - A REENCARNAÇÃO
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"Qual o estado da alma na sua primeira encarnação? - O da
infância na vida corporal. A inteligência então apenas desabrocha:
a alma se ensaia para a vida". (Allan Kardec, O Livro dos
Espíritos, Pergunta 190).
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nova existência". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta
166). (Os grifos são nossos).
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O impulso inicial da revolta, matriz interior, capaz de gerar a primeira e a
segunda queda, continua existindo no movimento do ser, na sua estrutura mais
íntima, podendo eclodir no plano espiritual, na reencarnação ou vir a afastá-lo
do planeta, onde reiniciou o desenvolvendo de seus esforços evolutivos:
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"Sabemos que o transformismo é filho da queda, pois em Deus
não há mutação nem evolução, mas tudo simplesmente é. Tudo,
pois, no universo, deve completar-se no seu semiciclo e com ele
volver ao ponto de partida, ainda que com pequeno
deslocamento, que constitui a evolução. Todos os fenômenos
caminham em duas fases inversas e complementares, sem o que,
no transformismo, não pode haver fenômeno". (Pietro Ubaldi,
Deus e Universo, Capítulo X, p. 142). (Itálico do autor).
1.10) - AS PROVAS
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não se revoltariam mais ainda contra o conceito de um Deus que
haja querido uma criação imperfeita e progressiva, impondo
ao ser inocente o tremendo esforço de construir a sua felicidade
através da dor, por um preço tão duro, quando sabemos que o
princípio de Deus, ao criar, é o Amor, isto é, doação por ato de
bondade". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 124).
(Os grifos são nossos).
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força dos fatos e não por influência de uma escola ou religião".
(Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p.125 ).
"Não seria bastante este fato para provar que o homem ainda se
está movendo em plena psicologia da revolta, tão vivo está ainda
nele o princípio que determinou a queda?" (Pietro Ubaldi, O
Sistema, Capítulo XIII, p. 164). (Os grifos são nossos).
2) - EM BUSCA DE UM CONCEITO
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juntando dois radicais lingüísticos a saber: do grego Peri, que equivale a em
torno de e do latim Spiritus, alma ou espírito.
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Contudo, em que momento de nossa existência imortal passamos a envergar
esta preciosa túnica espiritual? Se o perispírito é um envoltório semi-material,
certamente ainda é matéria, em outro campo de densidade, mas matéria,
assim sendo, nasceu o perispírito no processo de involução ou queda ou surgiu
somente nas etapas evolutivas do ser? Seria o perispírito dádiva relativa à
espécie humana ou seria reconquista milenar do esforço de todas as espécies
diante da evolução a que foram submetidas?
Todas essas perguntas que inquietam a nossa mente mostram a imensa porta
aberta diante de cada um que pretenda estudar o perispírito, especialmente
porque cremos que tal assunto é vital aos estudiosos da alma humana, posto
que no rastro da compreensão do corpo sutil que nos envolve, encontramos
respostas para o dinamismo da vida e a nossa história de afastamento e
retorno à Casa Paterna.
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3) - A ORIGEM DO PERISPÍRITO
"A verdade não nos chega pela autoridade. Ela precisa ser
descoberta a cada momento". (J. Krishnamurti, Sobre A Verdade, p.
50).
"A verdade é como a luz: é preciso que nos habituemos a ela pouco
a pouco, pois de outra maneira nos ofuscaria. Jamais houve um
tempo em que Deus permitisse ao homem receber comunicações
tão completas e tão instrutivas como as que hoje lhe são dadas".
(Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Trecho da Resposta à Pergunta
628). (Os grifos são nossos).
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"Disse-vos isso por parábolas; chega, porém, a hora em que vos não
falareis mais por parábola, mas abertamente vos falarei acerca do
Pai". (João, 16:25).
"Sai do Pai e vim ao mundo; outra vez, deixo o mundo e vou para o
Pai". (João, 16:28).
"O ser rebelde não se tornou outro ser pela queda. Ele é sempre o
mesmo de quando morava no S. A diferença está somente no fato
de que agora ele perdeu as qualidades que ali possuía, mas que
continuam igualmente presentes, embora como carências, como
vazio que no lugar delas ficou, isto é, na sua posição de
negatividade". (Pietro Ubaldi, Queda e Salvação, Capítulo 09, p.
200). (S - Sistema). (Os grifos são nossos).
"Em todo esse processo não nos esqueçamos de que Deus, que
estava em todas as Suas criaturas, não cessou de existir nelas,
mesmo na profundeza de sua decadência. Apenas Ele é mais ou
menos latente nelas, está mais ou menos imerso no seu íntimo, e
tanto mais distanciado de sua consciência ativa, quanto mais baixo
elas se encontram, isto é, involuídas, mergulhadas e pressas em
uma forma de matéria". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo VI,
p. 66).
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espíritos obedientes, na ordem da Lei; e temos aquele outro aspecto
novo, de Deus imanente, que acompanhou o Sistema em sua
queda, permanecendo, portanto, presente também no Anti-Sistema,
isto é, em nosso universo, como poder saneador de todos os seus
males e que dirige o caminho evolutivo". (Pietro Ubaldi, O
Sistema, Capítulo III, p. 45). (Os grifos são nossos).
"Deus se ocupa com todos os seres que criou, por mais pequeninos
que sejam. Nada, para a sua bondade, é destituído de valor". (Allan
Kardec, O Livro dos Espíritos, Comentários a Pergunta 963).
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Deus está em mim, vibrando na minha sensação". (Pietro Ubaldi,
Ascese Mística, Capítulo VIII, p. 171).
"Mas não estou só, porque o Pai está comigo". (João, 16:32).
"A Beata Ângela di Foligno ouviu Cristo dizer-lhe: "Eu sou mais
íntimo de tua alma do que ela de ti mesma". Os místicos cristãos,
experimentados em semelhantes indagações, dizem que: "Deus é a
nossa superessência", isto é, algo de tão íntimo e profundo a ponto
de parecer a nossa própria sublimação". (Pietro Ubaldi, Deus e
Universo, Capítulo XV, p. 185).
3.2) - AS CONSCIÊNCIAS
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seres, a Lei de Deus, que contém e expressa todas as infinitas possibilidades,
vive, atua, dirige e atrai:
"(...), mas existe uma Lei, invisível para vós, todavia mais forte que a
rocha, mais poderosa que o furacão, que caminha inexorável
movimentando tudo, animando tudo, essa Lei é Deus. Ela está
dentro de vós, vossa vida é uma exteriorização dela e derramará
sobre vós alegria ou dor, de acordo com a justiça, como o merecer".
(Pietro Ubaldi, A Grande Síntese, Capítulo 01, p. 14).
"Guia mais seguro do que a própria consciência não lhe podia Deus
haver dado". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Trechos da
Resposta à Pergunta 964).
Esta consciência, porém, onde está a herança infinito do Pai em nós, não é, de
forma alguma, a consciência de superfície, este Eu exterior, filho da matéria, o
ego personal, que com ela morre. O que chamamos ordinariamente de
consciência, não passa de uma rede densa de condicionamentos, um campo
egóico de culpas e acusações, de tradições e preconceitos, uma estância
psíquica que parece estar acima do Ego, uma voz que o julga, mas que na
maioria das vezes representa apenas o Superego das conceituações
Freudianas. A verdadeira consciência, onde está escrita a Lei de Deus, é
interior, profunda, misericordiosa, amorosa, transformadora, verdadeira,
intuitiva e que em nós, ainda, infelizmente, vive adormecida, em estado de
latência:
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futuro. Assim expande-se a personalidade com essas incessantes
trocas e se realiza o grande objetivo da vida. Quando a consciência
latente tiver se tornado clara e o Eu tiver pleno conhecimento de si
mesmo, o homem terá vencido a morte". (Pietro Ubaldi, A Grande
Síntese, Capítulo 02, p. 17).
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"Gravitar para a unidade divina, eis o fim da Humanidade". (Allan
Kardec, O Livro dos Espíritos, Comentários de Paulo, Apóstolo,
Pergunta 1009).
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A Consciência Externa ou Ego é fruto da queda, movimento livre da criatura,
que inverte por impulsos individuais a positividade do ser original ou
verdadeiro, formado pela Individualidade ou Self e a Totalidade ou Deus. Nos
Filhos Pródigos, a Consciência Latente encontra-se sepultada ou adormecida.
No processo evolutivo o Ego forma as nossas diferentes personalidades
reencarnatórias, aqui representadas pelos números P1, P2, P3, P4 ........ PN.
Pouco a pouco pelo movimento de contração e expansão o Ego vai sendo
absorvido pela consciência latente até que o Espírito volte a manifestar-se em
seu estado de plena pureza. A Evolução poderia ser resumida como a busca
do Espírito, nos plantios personais, no plano físico e extra-físico, até que o Ego
matriz de todo o egoísmo e consequentemente de todos os desvios e vícios,
desapareça totalmente:
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Vem através do Todo de elementos,
Em sucessivos aperfeiçoamentos,
Objetivando a Personalidade,
3.3) - A FRAGMENTAÇÃO
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Cada uma destas, embora em fragmento com respeito ao todo,
conserva-lhe em particular as qualidades, de modo a poder nos
traduzir e mostrar a natureza do Todo, não obstante o fragmento
tenha perdido a unidade global com a fragmentação". (Pietro Ubaldi,
Deus e Universo, Capítulo II, p. 33).
3.4) - A SALVAÇÃO
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"Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é O
PODER DE DEUS PARA SALVAÇÃO de todo aquele que crê,
primeiro do judeu e também do grego". (Romanos, 1:16).
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Quando o Cristo amado nos consola ao dizer: "Tenho-vos dito isso, para que
em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tendes bom ânimo; eu
venci o mundo". (João, 16:33). O mundo que o Mestre venceu, não significa tão
somente, o planeta Terra e seus desatinos, a crucificação e as inúmeras dores
de sua missão, quando entre nós, mas o Anti-Sistema em sua totalidade
psíquica, daí ser as suas palavras e exemplos a unidade que busca sanar o
dualismo existente, em cada ser decaído. O cálice, ("Meu Pai, se este cálice
não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade", (Mateus,
26:42)), que o Senhor pede para ser afastado, nos momentos cruciais do
Getsêmani, não é de forma alguma as aflições das etapas infamante da
crucificação a que seria submetido, mas essa luta psíquica, titânica, entre as
forças destruidoras do Anti-Sistema e as do Sistema que Ele representava, e
que naquele momento crucial, se evidenciavam francas, diretas,
avassaladoras:"Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a
morte; ficai aqui e vigiai comigo". (João, 26:38). O Evangelho tem sentido
biológico, traçando roteiros, para essa luta, em várias dimensões do existir, até
o seu dramático desfeicho, para aqueles que necessariamente deverão
perseverar até o fim. É o poder de Deus para a salvação do Anti-Sistema. A
vida, os ensinos e exemplos de Jesus, representam o modelo a ser observado
e praticado visando a essa salvação. Modelo inigualável que tem de ser
seguido até o fim, não o fim de uma reencarnação ou do processo de
transformação planetária, mas o fim do Anti-Sistema, o fim do dualismo
intrínseco, o fim do mal, da ignorância, o fim do tempo e do espaço, o retorno à
eternidade e à felicidade. E por falar em eternidade, devemos entendê-la não
como frequentemente interpretamos, como a noção de um tempo longo, que
nunca acaba, mas deve ser entendida como a ausência do tempo e
conseqüentemente do espaço:
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A fração cindida reconstitui-se em unidade no eterno, o finito no
infinito. A eternidade, despedaçada no tempo, se refaz no uno
imóvel, íntegro, indiviso, e nela a corrida do transformismo, lançado
em busca da perfeição, se detém diante da perfeição atingida. então
o tempo volta a ser imóvel, sem mais transformismo, e se faz
eternidade". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo V, p. 56).
"Eis por que entre mal, dor e eternidade nada pode haver em
comum, porque entre os dois primeiros e o último existe uma
inversão de posição que os mantém inexoravelmente separados,
situando-os nos antípodas em dois sistemas opostos". (Pietro
Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo V, p. 57).
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nasce o anseio de felicidade, existente em todas as almas? Como se pode
desejar, o que não se viveu ou não se conhece? Porque o regime de luta se
destaca, desde os menores seres ao homem? Por que essa luta? Porque
sofrem os animais? E quantas e quantas outras perguntas, em sequência,
poderiam ser feitas, e que não são esclarecidas a contento pela teoria da
criação, seguindo-se uma evolução progressiva em dois planos de vida. Com a
teoria evolutiva progressiva apenas, inúmeras lacunas surgem e várias
perguntas não são respondidas, amesquinhando a justiça e o amor divino,
somente a teoria da queda, pode abranger todos os campos e esclarecer essas
e outras dúvidas:
"Se Deus não pode ter criado - sendo Ele o todo - senão tirando tudo
de Sua substância, e se esta só podia ser perfeita, nada de
imperfeito podia ter saído de Suas mãos, e muito menos criaturas
imperfeitas. É pois absurda uma criação imperfeita para que depois
se aperfeiçoasse, ou uma criação de espíritos imperfeitos aos quais
depois fosse imposta, contra a possibilidade de qualquer livre
escolha deles, a angustiante fadiga de conquistar a perfeição com a
evolução". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XIII, p. 157).
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teoria da queda nos explica a sua causa primeira e as reações
profundas". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XV, p. 187).
3.5.1) - NO PRINCÍPIO
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para a perfeição". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo VII, p.
68). (Os grifos são nossos).
"E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois desse
mundo, eu não sou deste mundo". (João, 8:23).
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reúnem em si todas as perfeições". (Allan Kardec, O Livro dos
Espíritos, Pergunta 128).
3.5.2) - AS TREVAS
"E além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de
sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam,
nem tampouco os de lá, passar para cá". (Lucas, 16:26). (Os grifos
são nossos).
"Nós, como tudo o que existe, estamos em Deus, porque nada pode
existir fora de Deus, nada lhe pode ser acrescentado nem tirado".
(Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo II, p. 34).
A queda não foi espacial, o espaço foi uma das dimensões criadas no processo
de contração da consciência, a queda foi interior, dimensional, onde a
substância única foi se transformando de Espírito em Energia e desta, em sua
fase final, em Matéria, e a matéria desde as suas formas sutis até a que
conhecemos como tal. Então, o ser rebelde, não saiu do ponto A e se deslocou
para o ponto B, mas ocorreu, numa linguagem mais próxima de nós, uma
desorganização do pensamento, uma quebra de sintonia com o Todo, uma
perda de conhecimento e visão de totalidade. Permanecemos no todo, estamos
cercados pelo Sistema divino por todos os lados, mas não somos capazes de
ver e ouvir. O Espírito foi se revestindo de matéria e energia, ou transformando-
se em energia e matéria, perdendo qualidades, capacidades ou faculdades até
concentrar-se totalmente em si mesmo perdendo o contato com o oceano
divino, sem se aperceber que ainda vive, respira e se movimenta neste oceano:
"O ser, com a revolta, arrancou os próprios olhos e não vê mais. Não
adianta se a Lei lhe mostra, porque ele se tornou cego. Para que ele
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a veja, é necessário reconstruir os seus olhos, e isto não pode ser
feito senão por ele mesmo, com o seu esforço e sacrifício". (Pietro
Ubaldi, Queda e Salvação, Capítulo 12, p. 263).
"O véu se levanta a seus olhos, à medida que ele se depura; mas,
para compreender certas coisas, são-lhe precisas faculdades que
ainda não possui". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Comentários
a Pergunta 18).
3.5.3) - A LUZ
"E disse Deus: Haja luz. E houve luz". (Gênesis, 1:3). Luz: a
criação dos Espíritos antes da queda ou do sistema, o verdadeiro
universo:
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qualidade, daquela em que nos achamos atualmente situados".
(Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo II, p. 38).
"Nele, estava a vida e a vida era a LUZ dos homens." (João, 1:4).
42
"A LUZ veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que
a luz". (João, 3:19).
"Deus é o Absoluto e como tal não pode ter contrários nem pontos
externos: nenhuma das características do relativo. Suas
manifestações não podem ter princípio nem fim. No relativo podeis
colocar uma fase de evolução, mas não o eterno devenir da
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Substância; no finito podeis colocar-vos a vós mesmos e os
fenômenos de vosso concebível, mas não da Divindade e suas
manifestações. Podeis chamar de criação a um período do devenir e
só então falar de princípio e de fim. Neste sentido falam as
revelações". (Pietro Ubaldi, A Grande Síntese, Capítulo 63, p. 202).
(Itálicos do autor).
"E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a Luz
e as Trevas". (Gênesis, 1:4).
"Cada adjetivo, cada coisa possui seu contrário; cada modo de ser
oscila entre duas qualidades opostas. Cada unidade é uma balança
entre esses dois extremos e equilibra-se neste seu íntimo princípio
de contradição". (Pietro Ubaldi, A Grande Síntese, Capítulo 39, p.
117).
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"Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor;
andai como filhos da luz". (Efésios,5:8).
"É assim que cada um deles não podia ser onisciente, porque a
parte pode ter um conhecimento perfeito, nos limites do próprio ser,
sem poder alcançar o conhecimento do Todo. É óbvio, pois, que
para seres perfeitos, mas limitados em face de Deus. Que, como é
lógico, devia ser mais do que eles, pudesse existir uma zona que o
seu conhecimento não podia atingir. Essa zona do ignoto foi o
campo da queda". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p.
127). (Os grifos são nossos).
"Foi assim, pois, que para os espíritos puros existiu uma zona
situada além do seu conhecimento, zona reservada a Deus, na qual
eles não deveriam, nem poderiam entrar, sem formar um estado de
anarquia, que teria atentado contra o próprio sistema. Era essa uma
zona em que deveria somente acreditar, obedecendo. Ela
possuía, desta forma, a função de propiciar como que um exame,
um consentimento pedido e feito por Amor, livremente, uma argüição
com o qual o Criador interrogava a criatura, para que ela declarasse
a sua aceitação: sem coação, permutando Amor com Amor. Eis a
zona em que podia nascer e nasceu o erro.
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instrui mais depressa do que outra recalcitrante?" (Allan Kardec, O
Livro dos Espíritos, Pergunta 117). (Os grifos são nossos).
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"A estrutura do edifício de conceitos e forças do Sistema, a natureza
do Criador e da criatura, os fins a atingir além da prova, tudo isto
conduzia à necessidade de que a criatura devesse encontrar-se só e
livre na encruzilhada da escolha". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo,
Capítulo VI, p. 45).
"Deus é centro, não para sujeitar, mas para atrair, não para
absorver, mas para irradiar, não para tomar, mas para dar". (Pietro
Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo III, p. 38).
“"Por Amor te peço, pois que és meu filho, que me retribuas o Amor
com que te gerei."
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apelo, verdadeiramente compreendeu Deus". (Pietro Ubaldi, Deus e
Universo, Capítulo VII, p. 47).
"A escolha foi por eles feita, e o universo, abalado até aos
fundamentos que estão no espírito, estremeceu e parte dele
desmoronou, involvendo na matéria". (Pietro Ubaldi, Deus e
Universo, Capítulo IV, p. 50).
"É evidente que tudo isto não pode ser obra de Deus, pois Ele não
pode errar, e sim obra de uma criatura, que podia e livremente quis
errar". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 140).
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"Foi por isso que, apesar de seu desejo de criar um sistema próprio -
ainda que em posição invertida, seguindo seu impulso de
afastamento - os elementos rebeldes tiveram de continuar a gravitar
para Deus, pois só em função Dele é possível a existência tanto dos
obedientes como dos rebeldes". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo
XII, p. 139).
"A verdadeira criação foi única, a dos espíritos puros, isto é, a que
Deus realizou em Seu seio, distinguindo-se interiormente em muitos
"eu sou", feitos à Sua imagem e semelhança. O nosso universo
físico não foi uma criação, foi um desmoronamento da criação".
(Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 121).
49
"A primeira criação dos puros espíritos gerou então as criaturas
estritamente individualizadas por suas características pessoais,
como Deus. Só assim torna-se possível admitir nelas tantas
qualidades que temos de reconhecer como necessidade lógica, que
nos obriga a admitir também a da individuação. Essas qualidades
eram: liberdade, conhecimento, posição hierárquica bem definida,
função individual no estado orgânico do Sistema etc.
"Vou para o Pai, porque o Pai é MAIOR DO QUE EU". (João, 14:28).
"O dom da liberdade, concedido por Deus à criatura, para que ela se
Lhe assemelhasse, era completo. Ela poderia aceitá-lo, grata, como
poderia ter dito: "Não! Não aceito". A revolta foi o primeiro passo no
sentido desta recusa, visto que a tentativa de existência autônoma
era, mantendo-se negativa, uma primeira tentativa de não-ser".
(Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo VII, p. 72).
50
estorva o futuro; o caminho do bem está à sua frente, como o do
mal. Mas se sucumbir, ainda lhe resta uma consolação, a de que
nem tudo acabou para ele, pois Deus, na sua bondade, permite-lhe
recomeçar o que foi mal feito". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos,
Trecho da Resposta à Pergunta 258-a).
"Mas quem quisesse ter uma idéia do número que poderia medir a
quantidade dos elementos constitutivos do Anti-Sistema, por
exemplo, no plano representado pela matéria, experimente contar
o número dos elementos que compõem os átomos existentes em
todo o universo.
"E a sua cauda levou após si A TERÇA PARTE das estrelas do céu
e lançou-as sobre a terra". (Apocalipse, 12:5).
51
No meio cientifico da atualidade existem duas teorias, que complementam e
ratificam a Teoria da Queda. A primeira é a do Big Bang, que mostra o início do
universo, a partir de uma singularidade, há mais ou menos 13,5 bilhões de
anos, iniciando por um minúsculo ponto, do tamanho de um bilionésimo do
próton. E a segunda, é a do Big Crush, quando o universo vai perdendo
paulatinamente a velocidade de expansão atual, num cenário onde a força da
gravidade predomina até ocorrer uma nova singularidade e tudo ser reduzido a
um ponto um bilhão de vezes menor que o proton. Se a matéria é energia
congelada, e a energia por sua vez pode ser vista como espírito congelado,
entende-se que por contração das consciências o universo material surja e por
expansão, pelas vias da evolução, o universo material desapareça. Não nos
esqueçamos porém que existem sistemas de universos e que este processo
ocorre em ciclos infinitos de formação, desenvolvimento, evolução e retorno ao
plano ou paraíso de unidade e plenitude:
52
"E chamou Adão o nome de sua mulher Eva, porquanto ela era a
mãe de todos os viventes". (Gênesis, 3:20).
53
exprimir". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Resposta à Pergunta
966).
3.5.7) - O EGOCENTRISMO
54
"O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados. A
atração é a lei de amor para a matéria inorgânica". (Allan Kardec, O
Livro dos Espíritos, Trechos da Resposta à Pergunta 888-a).
55
los unidos em sistema, o único possível num regime de absoluta
liberdade. Por isso não podia ser eliminada a priori no Sistema uma
possibilidade de revolta, justamente porque a vida do organismo não
podia basear-se senão sobre uma livre aceitação. Não podia ser
impedida a revolta violando a liberdade dos espíritos com o reduzi-
los à escravidão, mas apenas pela força do princípio do Amor, que
deveria funcionar neles em direção a Deus com a mesma
plenitude com que aquele princípio havia funcionado de Deus
para com eles. Princípio de Amor, ao qual unicamente vinha de
modo livre confiada a tarefa de frear e disciplinar o impulso oposto
separatista do egocentrismo individual, a cujo predomínio foi devida
a revolta. Porque foi uma rebelião contra o princípio fundamental da
criação, foi grande essa culpa e conduziu a consequências tão
dura". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XIII, p. 161). (Os grifos são
nossos).
"Jamais o priva do seu livre-arbítrio: se deste faz ele mau uso, sofre
as conseqüências". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Trechos da
Resposta à Pergunta 1006).
56
A Lei representava o pensamento de Deus que tudo dirigia e regia, e
permaneceram na ordem do Sistema os espíritos que continuaram a
existir em uníssono com esse pensamento. Mas outros espíritos, ao
invés, pensaram contra a Lei. E porque constituídos de pensamento,
eles se acharam assim fora dela. Desse modo, caíram fora da
ordem, na desordem, os espíritos que não quiseram viver
sintonizados harmonicamente com o pensamento de Deus,
representado pela Lei. Dessa forma eles se isolaram num
funcionamento próprio antagônico ao do todo". (Pietro Ubaldi, O
Sistema, Capítulo XX, p. 258). (Os grifos são nossos).
"Eu sou o pão vivo que desceu do céu, se alguém comer desse pão,
viverá para sempre". (João, 6:51).
"Em que consiste a felicidade dos bons Espíritos? (...) o amor que os
une lhes é fonte de suprema felicidade. (...). Somente os puros
57
Espíritos gozam, é exato, da felicidade suprema, (...). (Allan Kardec,
O Livro dos Espíritos, Trechos da Resposta à Pergunta 967).
"Daí vem que ela não pode gozar de felicidade perfeita, senão
quando esteja completamente pura". (Allan Kardec, O Livro dos
Espíritos, Trechos da Resposta à Pergunta 979).
"Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos
céus". (Mateus, 5:48).
"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-
lho também vós, porque esta é a lei e os profetas". (Mateus, 7:12).
"Isto prova que a vida é uma fusão de dois mundos, pois enquanto é
matéria é, ao mesmo tempo, fecundação desta, por obra de um
princípio dinâmico superior, a energia. O corpo feito de barro,
recebeu a alma do céu, o sopro divino". (Pietro Ubaldi, A Grande
Síntese, Capítulo 58, p. 181).
"Porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos
a Abraão". (Lucas, 3:8).
58
pensamento para as diferentes manifestações vibracionais em dimensões que
vão do + infinito ao - infinito:
"Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus? - Deus
criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é sem saber.
A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de
os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento
da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles
encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que
Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem conhecimento. Uns
aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta
que lhes foi assinada." (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos,
Resposta à Pergunta 115).
59
e energia e uma evolução físico-dinâmico-espiritual". (Pietro Ubaldi,
O Sistema, Capítulo X, p. 120). (Os grifos são nossos).
"A matéria existe desde toda a eternidade, como Deus, ou foi criada
por ele em dado momento? - "Só Deus o sabe. (...)". (Allan Kardec,
O Livro dos Espíritos, Pergunta 21).
"O princípio das coisas está nos segredos de Deus. (...)". (Allan
Kardec, O Livro dos Espíritos, Trechos da Resposta a Pergunta 49).
60
de vários fundamentos e princípios só surgirão com o avançar das décadas e
dos séculos:
"Em cada época de transição só lhe é dito e dado aquilo que ele [O
Homem] pode suportar".(J. B. Roustaing, Os Quatro Evangelhos,
Tomo Primeiro, Item 14, p. 152) (A expressão entre chaves é
complemento nosso).
"Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar
agora". (João, 16:12).
61
Em outros termos, na estrutura dos espíritos criados devia existir, no
estado latente ou embrional como de semente, as posições que
depois aparecem no período evolutivo, ou seja, energia e matéria.
Sem esta pré-existência, não se sabe donde possa haver derivado
esse modelo, mais tarde seguido, na queda e na nova subida; pré-
existência, no entanto, puramente potencial, como possibilidade
pronta a tornar-se ato logo que uma revolta tivesse dado, para isso,
um primeiro impulso, tal como ocorre com a centelha, que acende
uma dinamite já pronta, mas que pode permanecer indefinidamente
inerte, se a centelha não acende". (Pietro Ubaldi, O Sistema,
Capítulo XX, p. 263).
3.5.10) - A IGNORÂNCIA
62
estado latente". (Allan Kardec, O Livro dos Espíritos, Pergunta
598). (Os grifos são nossos).
63
"E sonhou: e eis era posta na terra uma escada cujo o topo
tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam
por ela". (Gênesis, 28:12).
"Lembra-te de que a dor não é eterna, porém uma prova que dura
até que se esgote a causa que a gerou". (Pietro Ubaldi, Palavra de
Sua Voz, Reflexões da Obra de Pietro Ubaldi, Coordenação de José
Amaral. p.68).
"A dor é a grande mestra da vida, mas não basta sofrer - é preciso
sofrer utilmente". (Pietro Ubaldi, Palavra de Sua Voz, Reflexões da
Obra de Pietro Ubaldi, Coordenação de José Amaral. p.66).
64
"A dor é a nota dominante nos mundos inferiores". (Pietro Ubaldi,
Palavra de Sua Voz, Reflexões da Obra de Pietro Ubaldi,
Coordenação de José Amaral. p.147).
"A Lei não quer o sofrimento, mas somos nós que o produzimos,
violando a sua ordem". (Pietro Ubaldi, A Lei de Deus, Capítulo XVIII,
p.143).
3.5.12) - A MORTE
"No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre
aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de
Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir". (Romanos,
5:14).
65
entrará em condenação, mas passou da morte para a vida".
(João, 5:24.)
3.5.13) - O MAL
"Uma bem triste cadeia de males pesa sobre o mundo. Este fato é
indiscutível". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo X, p. 110).
66
nos atrairá a situações e fatos, onde teremos a liberdade de agir em sentido
destrutivo, quer em relação a pessoas ou a coletividade. A ação, será realizada
nos limites estabelecidos pela Lei e recairá não de forma aleatória ou por
acaso, mas por regime automático de atração, sobre aqueles que necessitem
passar por experiências dolorosas, onde os nossos desejos e escolhas nos
impulsionarão a agir. Geraremos escândalos e sofreremos em futuro próximo
ou distante ação similar - "Ai do mundo, por causa dos escândalos. Porque é
mister que venham escândalos, mais ai daquele homem por quem o escândalo
vem!" (Mateus, 18:7). O mundo é binário, dual, e o nosso livre arbítrio é
respeitado em qualquer instância. Se desejamos matar, roubar, destruir, a Lei
nos permitirá, mas muitas vezes, não em relação a quem predestinamos a
ação, mas sobre pessoas, que não esperávamos, como ocorre por exemplo,
nos acidentes e balas perdidas. A vontade de agir, a inscrição dos nossos
nomes no livro da vida como destruidores, é apanágio do livre arbítrio, mas a
destinação e o resultado final são totalmente dirigidos pela Lei. Em todos os
casos, o mal será utilizado para o bem e por ele será dirigido, mas aqueles que
lavram iniquidade e semeiam o mal, precisaram entender que segarão isso
mesmo e terão de ter a coragem para sofrerem, em época oportuna, as
conseqüências. A Lei possui mil e um mecanismos para a correção dos
destinos das criaturas sem necessitar da intervenção da nossa vontade e ação,
mas quando acalentamos pensamentos destruidores, que com o tempo
precipitam-se em atos, a Lei determinará o campo onde ele será semeado. O
mal é uma dissonância, corrigido e aproveitado pela harmonia da sinfonia
divina.
67
representando a vontade de Deus, é mais poderosa. A Lei é feita de
ordem e harmonia, e a cada dissonância ela reage em proporção
(como faria um maestro com sua orquestra) para que tudo volte à
posição correta, logo que o homem tenha ultrapassado os limites
predeterminados". (Pietro Ubaldi, A Lei de Deus, Capítulo XI, p.93.
(Grifos do autor).
"De tudo isso, segue-se que não pode surgir um ataque contra nós
se não tivermos merecido. O homem que o executa, seja quem for, é
uma causa secundária". (Pietro Ubaldi, A Lei de Deus, Capítulo XX,
p.165).
3.5.14) - O CAOS
"É por isso que temos de reconhecer que até a queda devia se
desenrolar segundo uma Lei, como de fato vemos, representando
dessa forma uma desordem ordenada e uma imperfeição perfeita;
uma imperfeição tão bem regulada, que nos dá uma das maiores
provas da perfeição". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XX, p.
261).
68
animais (organismos), em unidades coletivas segundo planos
construtivos cada vez mais complexos, realiza ao evoluir o grande
trabalho de reorganização da ordem, que fora levado ao caos pela
revolta". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XIII, p. 160). (Os grifos
são nossos).
69
novamente, em uníssono, em harmonia indescritível. Este seria o "sétimo dia",
o último dia coletivo da jornada de retorno, onde o Senhor descansaria na alma
de cada filho, porque todas as resistências se haveriam vencidas -"E, havendo
Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo
dia de toda a sua obra, que tinha feito". (Gênesis, 2:2). O ser tomará a decisão
só, sem nenhuma pressão do Criador, que a deixou absolutamente livre,
recolhendo-se em humildade e em silêncio absoluto. O ser ondula em
movimentos, entre duas forças, o egocentrismo, próprios da individualidade e o
amor, atributo que advém da totalidade. Para escolher o amor, terá de frear o
impulso natural de expansão egocêntrica. Para escolher somente a
individualidade terá de sobrepor o egocentrismo ao amor.Todos os filhos,
concomitantemente, estão diante da mesma encruzilhada da escolha, na zona
do ignoto, na dimensão do desconhecido. Uma reação em cadeia irá se iniciar.
O movimento se completa, a escolha é realizada. Uma infinidade de criaturas
escolhe a totalidade e se plenifica no amor, permanecendo no regaço paterno,
fazendo da vontade do Criador a própria vontade - "Deleito-me em fazer a tua
vontade, ó Deus meu; sim, a tua Lei está dentro do meu coração". (SL, 40;08).
Uma quantidade incomensurável de espíritos fazem o movimento contrário -
"Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo". (Isaías,
14:14). O universo de puro pensamento se rompe em dois, o universo da
totalidade e da ordem e o universo da individualidade e do caos. Sistema e
Anti-Sistema. Luz e Trevas. Os seres que se moveram centrados no
egocentrismo, sentem como primeira manifestação interior o abandono de
Deus, porque passam a alimentar-se somente de si mesmos: "Deus meu, Deus
meu, por que me desamparaste?" (SL, 22:1). Não havia o abandono do Pai,
não ocorreu a saída de seu seio, mas apenas a cegueira do filho, que havia
surgido por livre escolha. A expulsão fora vibracional. O ser revolta-se, e em
impulsos diversificados quanto a força de afastamento, cada individualidade
percorre em caminho próprio, um maior ou menor percurso interior. Inúmeros
descem ao Abismo infinito - "E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais
profundo do abismo". (Isaías, 14:15). Do ponto de puro pensamento, em
altíssima velocidade de contração da própria vibração, chega ao estado de
energia e no prolongamento da descida na matéria - "Sobre o teu ventre
andarás e pó comerás todos os dias da tua vida". (Gênesis, 3:14). A onda
original, de puro pensamento, tranforma-se em vibrações eletromagnéticas,
aprisionadas nos limites da velocidade da luz, presas nos vórtices do átomo,
retidas pelas dimensões espaciais. O arcanjo desmorona-se e fragmenta-se no
não ser e habita a prisão atômica. O átomo passa a ser o inferno da criatura -
"Na verdade, a luz dos ímpios se apagará". (Jó, 18:5). No âmago do ser, Deus
se faz, a criatura não mais o ouve, mas a sua imanência se pronuncia através
da atração amorosa. Surge o caminho evolutivo, preparado em todos os
detalhes por Deus-Pai - "Teu é o dia e tua é a noite; preparaste a luz e o sol".
(SL, 74:16). O Senhor procura os filhos em todos os universos, como dracmas
perdidos, como ovelhas desgarradas, como filhos pródigos - "Assim vos digo
que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende".
(Lucas, 15:10). De dor em dor o filho acorda e ascende, até que descobre o Pai
em si mesmo e entrega-lhe o próprio espírito: "Pai, nas tuas mãos entrego o
meu espírito". (Lucas, 23;46). O retorno é individual e ao mesmo, graças à lei
de amor, coletivo - "Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver,
também eles estejam comigo". (João, 17:24). No "sétimo dia", tudo se
70
consuma. No último dia da obra divina, em banquete de luz e em alegria
infinita, o Senhor magnânimo vê os seus filhos novamente reunidos - "Mas o
pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e
ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés, e trazei o bezerro cevado, e
matai-o; e comamos e alegremo-nos". (Lucas, 15:22,23). Abençoa este dia - "E
abençoou Deus o dia sétimo e o santificou". (Gênesis, 2:2). Devolve a cada um
dos filhos, o poder que cada um possuía, antes que os universos transitórios,
que surgiram graças à queda, existissem - "E, agora, glorifica-me tu, ó Pai,
junto de ti mesmo, com aquela glória que TINHA contigo antes que o MUNDO
EXISTISSE". (João, 17:5) . O tempo e o espaço como dimensões são
superados -"Em verdade te digo que HOJE estarás comigo no PARAÍSO".
(Lucas, 23:43). E a percepção, e a sensação do amor divino sempre presentes
se atesta: "Porque tu me hás amado antes da CRIAÇÃO DO MUNDO". (João,
17:24). O Anti- Sistema desaparece e o Sistema ou Paraíso divino passa a ser
a morada definitiva e eterna de todos os seres: "E a cidade não necessita de
sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem
aluminado, e o cordeiro é a sua lâmpada". (Apocalipse, 21:23).
71
3.6) - AS DUAS ORIGENS DO PERISPÍRITO
72
outros envoltórios, cada vez mais sutis, até atingir as dimensões arcangélicas
ou do espírito puro:
73
constituição, adquiridos rapidamente na descida involutiva e desdobrados
lentamente na subida evolutiva, até que a forma consciencial pura é
reconquistada e todas as dimensões, formas e envoltórios são superados ou
transubstanciados em consciência:
74
"A desordem do caos substituiu-se à ordem originária porque, ao
invés de cada elemento existir em função do centro Deus, estando
todos os elementos de acordo na disciplina da Lei, cada elemento,
com a revolta, passou a existir apenas em função de si mesmo".
(Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 144). (Os grifos são
nossos).
"Dessa forma a lei não é mais patente neste ponto. Ela sobrevive
apenas em estado latente, como íntimo impulso de evolução, isto é,
como impulso subterrâneo que impele para a volta à ordem de
origem". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo XII, p. 144). (Os grifos
são nossos).
75
"E o homem tem que realizar em si mesmo, através da evolução, o
esforço de transformar a matéria, para levá-la novamente ao
espírito". (Pietro Ubaldi, O Sistema, Capítulo VIII, p. 101).
76
deslocamento ou como estações onde os passageiros do comboio evolutivo
em movimento, param e seguem viagem. Enquanto teríamos vários chegando
a uma estação, após longa e distante viagem, onde inúmeras estações foram
superadas, outros partem daquela estação, se deslocando para o futuro, sem
ter vivido os trechos ou as conexões anteriores. Assim, teríamos os Anjos que
iniciaram a jornada partindo dos mundos seráficos, e Anjos que chegaram a
estes planos, oriundos de mundos inferiores, após exaustivos esforços
evolutivos. O mesmo se daria para todas as posições da Escala Espírita,
desenvolvida por Kardec, incluindo as formas de existências nos reinos
animais, vegetais, minerais, atômicas, etc.. É por essa razão que os Espíritos,
que sofreram maiores densificações, encontram, ao acordarem do sono ilusório
da involução, universos e mundos incomensuráveis, materializados, em
funcionamento e preparados para o crescimento e desenvolvimento dos seres
que o venham habitar - "Pois vou preparar-vos lugar". (João, 14:2). E como por
várias vezes, também já foi dito, que o impulso de afastamento é totalmente
individualizado, se desdobrando em tempo próprio, para cada ser, poderemos
compreender, porque a multiplicidade das diferentes formas de vida e suas
manifestações. Enquanto os pioneiros da evolução já retornaram aos páramos
arcangélicos, outros estão a meio caminho e muitos ainda se situam nos
primeiros degraus da escada a ser superada no tempo. Dessa forma, o Homem
é cercado por seres que ainda estão em descida involutiva, pelos que dormem
na formas espaciais, atômicas, minerais, vegetais, etc. e recebe assistência
dos seres que caminham à frente:
"A luta entre corpo e alma é, para o homem, a luta evolutiva da sua
libertação. Mais abaixo ainda existem seres prisioneiros de formas
bem mais densas, em que a escravidão é cada vez mais
pronunciada. Mais em baixo se encontram os animais, depois as
plantas, depois as pedras. O homem está a meio caminho. Outras
criaturas, das quais os santos nos dão uma idéia, encontram-se
mais acima". (Pietro Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo VI, p.70). (Os
grifos são nossos).
77
"Há entre a alma dos animais e a do homem distância equivalente à
que medeia entre a alma do homem e Deus". (Allan Kardec, O Livro
dos Espíritos, Trechos da resposta à perg. 597-a).
"De tudo isso se deduz que a evolução pode não ter partido para
todos do plano da matéria, mas também de planos mais altos, como
por exemplo, do vegetal, do animal, do homem, e planos ainda
superiores, a que todos esses seres deverão chegar um dia. A meta
final é para todos a mesma: o Sistema". (Pietro Ubaldi, O Sistema,
Capítulo XIX, p.255).
78
"O "eu" eterno, com o desmoronamento do sistema, não foi
destruído, mas apenas envolvido no princípio oposto em que se
invertem todas as qualidades de origem. A evolução é um processo
de maceração que consome os casulos, é uma chama lenta em que
se evola a sua materialidade, facultando a evasão da sua prisão. Eis
o que entendemos por espiritualização". (Pietro Ubaldi, Deus e
Universo, Capítulo XI, p.155).
79
2)- No Vegetal o Duplo Etérico será uma realidade, moldando o
início das sensações e o Corpo Astral ou Emocional representará a
próxima conquista;
80
A descrição acima caracterizada em etapas é apenas elemento facilitador para
a nossa compreensão porque vários desses campos, corpos ou dimensões
perispirituais são desenvolvidos conjuntamente em processos ainda
indescritíveis, mas de holo-conquista, em cada estágio evolutivo que o ser vai
ascendendo, vivenciando e superando:
81
planetas, em cujo seio as mônadas celestes encontrarão adequado
berço ao desenvolvimento". (André Luiz, Evolução Em Dois Mundos,
Capítulo I, Primeira Parte, p. 23).
82
4) - A CIÊNCIA E O ESPÍRITO
83
pesquisa, pelas vias da intuição, uma nova era despontará com perspectivas
inimagináveis. Até lá temos de nos contentar com interpretações filosóficas das
descobertas científicas, com visões teóricas incompletas, que tentam unir as
revelações oriundas do mais alto, as intuições de médiuns, pensadores e
ativistas com as novas descobertas científicas, preparando de alguma forma o
futuro e auxiliando mesmo com colocações muitas vezes inexatas, dualistas,
dúbias, eivadas de uma espécie de materialismo espiritual, com formulações
em conflito, ora sustentada pelos princípios causais da física clássica, ora pelos
postulados sincrônicos da física quântica, mas que, mesmo assim,
desenvolvem idéias integradoras, propiciando novas visões, do fato cada vez
mais claro, da existência inequívoca do Espírito, e das dimensões extrafísica
onde ele se insere. Aliás, quanto à exatidão e ao absolutismo que muitos
atribuem às teorias científicas, assinala o filósofo Karl Popper, que nenhuma
teoria jamais poderia ser conclusivamente comprovada como verdadeira e
mesmo que ela venha a sobreviver a variados experimentos sempre restará a
possibilidade de experimentos futuros vir a demonstrar suas falhas, a certeza
máxima, segundo Popper, seria provar a falsidade e erro dessa ou daquela
teoria, mas jamais a sua absoluta exatidão. Nos dias atuais o impasse se
tornou ainda maior, porque o universo teórico dos físicos ultrapassou em muito
a capacidade de experimentação em laboratórios, e mesmo as teorias, como
as atinentes à física quântica já abordam, a possível interferência da mente do
pesquisador no ato de observar ou comprovar e que muitos atributos ou leis da
natureza jamais poderão ser “vistos” ou “medidos”. A nossa observação afeta
os objetos quânticos. As explicações materialistas, o absolutismo de alguns
cientistas que refutam veementemente a existência do Espírito e as suas
dimensões, afirmando que tudo no homem, até a consciência, é simples
produto químico do cérebro humano, já não se sustenta, dado o volume de
fatos que os desaprovam. Como diria o biólogo Thomas Henry Hurley,
conhecido como o buldogue de Darwin: “Muitas belas teorias acabaram sendo
refutadas por fatos feios”. O que não falta, nos dias que correm, são "fatos
feios" que demonstram, inegavelmente, que a consciência é o fundamento de
todas as coisas e seres, contrariando as “belas” teorias que tentam reduzir o
homem a uma tábua rasa de estímulos. A validade universal da metafísica
materialista, apesar dos condicionamentos, preconceitos e inércia vai sendo
varrida por novos fatos e teorias que vem integrando paradigmas onde a aura,
os campos morfogenéticos, os chakras, as energias sutis e as várias
dimensões da consciência ganham destaque. Tudo é consciência, tudo é
Espírito:
84
4.1) - OS CORPOS
4.2) – O EGO
4.3) – O DUALISMO
85
entre ambos? Alguns tentam responder mencionando a possível existência de
mediadores, como as energias sutis não físicas, oriundas dos diferentes
mundos conscienciais, mas o princípio da conservação da energia, um dos
mais seguros fundamentos da física, parece evidenciar a não existência dessas
energias ou outros mundos dimensionais, porque não sobra ou passa qualquer
“quantidade” de energia, nos mais variados fenômenos estudados pela ciência,
a energia total do mundo físico nunca se altera. Para fugirem do dualismo
concebem a consciência, a mente, apenas como cérebro, um epifenômeno da
matéria. A matéria seria assim a realidade única. Se partirmos do pressuposto
que as substâncias diversas não se comunicam ou que necessitariam de
mediadores por serem substâncias que nada tem em comum, fica praticamente
impossível unificar os vários conceitos e experiências em uma cosmovisão
integradora. Os cientistas mais conservadores fogem da discussão de temas
que tentam integrar a consciência ao estudo da física. Segundo eles a física
deve se ater ao estudo dos fenômenos naturais reais. Acham questionável
qualquer idéia, explicação ou paralelismo entre a física, principalmente a física
quântica e a espiritualidade, chamando de “imposturas teóricas” qualquer
tentativa nesse sentido. Alegam que a mecânica quântica lida apenas com o
comportamento de partículas subatômicas e que o físico não tem de se
importar com questões filosóficas, julgam tudo como ficção e asseguram que
quando os seres humanos desejam são capazes de ver paralelismo em
qualquer coisa mesmo que sejam evidentemente dessemelhantes:
A existência do átomo, até recentemente, também já foi tida como uma ficção
útil sem nenhuma base concreta na realidade, por muitos físicos. O próprio
Einstein tentou provar que os buracos negros eram impossíveis de existirem na
realidade cósmica, apesar de tais conceitos, terem se originado do
desenvolvimento das equações matemáticas da Teoria da Relatividade. Hoje
se sabe que provavelmente mais de 300 milhões de buracos negros devem
existir em todo céu noturno e o átomo é uma realidade onde as “nuvens” de
elétrons dançam ao redor do núcleo, manifestando-se ora como onda, ora
como partícula. O que não podemos perder de vista é que as teorias científicas
são apenas criações livres da mente humana. As teorias são sempre
aproximações e não a descrição real e última da realidade. À medida que
avançamos, novas teorias surgem solapando, muitas vezes, o senso comum e
os pilares dos conceitos antigos. Nenhuma teoria é sagrada!
86
compreensão para a visão multidimensional, visão que é enriquecida com a
teoria dos Universos Paralelos do físico Andrei Linde, que concebe um quadro
onde universos podem “germinar” outros universos, que existiriam em muitos
estados. Universos que poderiam existir em paralelismo com ligações entre
eles, onde a ponte Einstein-Rosen ou os “Warm Hole” (buracos de minhoca)
viria a funcionar como uma passagem ou portal dimensional entre dois
universos ou ligando regiões distintas de um mesmo universo. Assim, existiria
não o universo, mas universos múltiplos, “multiverso” ou “megaverso”:
87
Corpos sólidos, líquidos, gasosos, fluídicos densos e radiantes,
energias sutis, raios de variadas espécies e poderes ocultos tecem a
rede em que a nossa consciência se desenvolve, na expansão para
a imortalidade gloriosa". (Emmanuel, Roteiro, Lição 05, p.25).
A matéria pode ser definida como luz ou energia congelada, ou luz (energia)
capturada gravitacionalmente, e a ciência através da famosa equação E = MC²
já mostrou que ambas estão relacionadas. Da mesma forma, quem sabe a
energia poderá no futuro, ser concebida como pensamento, ou “espírito”
congelado, e por sua vez o Espírito como a unidade, o todo, O TODO UNO
DEUS congelado, à espera do despertar evolutivo:
88
cordas minúsculas, que vibram em diferentes freqüências e ressonâncias. Os
átomos seriam formados por interações entre padrões vibratórios. Segundo
essa teoria, se pudéssemos adentrar a intimidade de um elétron veríamos não
uma partícula pontual, mas uma minúscula corda vibrando:
89
"Acho impressionante que a Física moderna postule a idéia de um
universo em que não haja tempo e espaço, sem o qual muito da
mesma Física não faria quase nenhum sentido nem teria ligação
com a realidade da forma como nós a percebemos”. (Fred Alan Wolf,
Viagem no Tempo, Capítulo I, p.24).
"(...): desperta e sentirás que Deus está a teu lado, está dentro de ti,
é a tua vida, a vida de tudo”. (Pietro Ubaldi, Deus e Universo,
Capítulo X, p.181).
90
Este Todo se expressa em multifárias dimensões, em processos vibracionais
de influência recíproca, onde ninguém pode evitar o movimento de permuta
incessante, no palco da vida, estuante e presente em inúmeros universos e
mundos, que por sua vez são estruturados, apesar da sua imensa diversidade,
em um esquema único que se repete ao infinito:
91
"De modo que, na substância não existe matéria, no sentido que lhe
dais, mas só existe movimento. A diferença entre matéria e energia
é dada apenas pela direção diferente desse movimento: rotatório,
fechado em si mesmo, na matéria; ondulatório, com ciclo aberto e
lançado ao espaço, para energia.
"Os seres não se detêm nos diversos níveis, mas se movem num
íntimo movimento que os transforma a todos”. (Pietro Ubaldi, A
Grande Síntese, Capítulo 29, p. 85). (Itálicos do autor).
92
embora avançado, sempre está sujeito à duração. É um tempo
imóvel, que não anda e jamais passa. É um não-tempo”. (Pietro
Ubaldi, Deus e Universo, Capítulo V, p.56).
"O universo psíquico já é muito mais vasto que os outros dois (físico
e dinâmico), o limite tempo-espacial já desapareceu completamente!
Vossa mente, é inegável, perde-se em tanta amplidão. Mas deveis
compreender, certamente, que o absoluto só pode ser um infinito,
porque só um infinito pode conter e esgotar todas as possibilidades
do ser”. (Pietro Ubaldi, A Grande Síntese, Capítulo 29, p. 86). (As
palavras entre parênteses, em itálico, são inserções nossas).
4.6) – A MATÉRIA
93
"Segundo a teoria quântica, o espaço vazio fervilha de “partículas
virtuais” que dançam para dentro e para fora do nada.” (Michio Kaku,
Mundos Paralelos, Capítulo Cinco, p.133).
E mais do que expandir estes universos nascidos do nada relativo, gerados por
um campo vibratório em contração e oscilação, está se acelerando, conforme
acreditam inúmeros cosmólogos na atualidade Em parágrafos anteriores,
André Luiz mencionava o fato da existência de outros elementos que
transcendem o sistema periódico dos elementos químicos conhecidos no
mundo. E esta tabela periódica, com mais de uma centena de átomos
diferentes, contando os naturais e os desenvolvidos pela ciência, iniciando pelo
hidrogênio, dentro do conhecimento científico contemporâneo, representa
apenas 4% de todo o conteúdo de matéria e energia do universo, sendo que
dos 4% mais ou menos 75% é hidrogênio e 25% é hélio, sendo que todas as
outras partículas representam apenas 0,03% dos elementos do universo. Os
cientistas começam a discutir o fato de ser o universo formado
predominantemente por um novo tipo de matéria e energia, a matéria e a
energia escura:
94
do nada ou do espaço vazio, esta agora ressurgindo como a força
motriz de todo o universo. (...) Ninguém atualmente sabe de onde
vem esta “energia do nada”. (...) Se pegarmos a mais recente teoria
das partículas subatômicas e tentarmos calcular o valor desta
energia escura, encontraremos um número perto de 10¹²º (esse é o
número 1 seguido de 120 zeros). (Michio Kaku, Mundos Paralelos,
Capítulo Um, p.27).
95
numa só faixa do espaço". (André Luiz, Evolução Em Dois Mundos,
Capítulo XIII, Primeira Parte, p.97).
96
satisfatoriamente. A questão da existência das energias sutis é uma delas. A
questão da interação entre universos e mundos é outra. Apesar da abordagem
não dualista que procuramos exercitar nesse texto, muito ainda tem de ser
pesquisado e questionado, até uma visão segura, por postulados científicos,
dos nossos vários corpos e chakras e da vida além da barreira física. Estamos
apenas tentando tatear caminhos.
Essa enorme dificuldade teórica e prática não é só nossa, até os Espíritos que
vivem em planos mais elevados, se referem a ela:
97
das suas faculdades”. (Emmanuel, Emmanuel, Capítulo XXXIII,
p.170).
98
maiores, as quais são de outras ainda maiores, até o infinito
positivo”. (Pietro Ubaldi, A Grande Síntese, Capítulo 27, p. 80).
"Assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente;
o último Adão, em espírito vivificante". (I Coríntios, 15:45).
99
"Fé inabalável é somente, aquela que pode encarar a razão, face a
face, em todas as épocas da humanidade”. (Allan Kardec, O
Evangelho Segundo o Espiritismo).
100
perfeição e uma corrida de amadurecimento evolutivo para atingir.
Movimento estabilizado na posição certa e definitiva da obra
realizada, e não movimento instável na posição incerta e variável da
obra em construção e em evolução. Isto porque no S, com a
completa obediência à Lei, foi atingida a perfeição". (Pietro Ubaldi,
Queda e Salvação, Capítulo 15, p. 328).
101
5) - O TERNÁRIO HUMANO
102
Esta divisão tem sido utilizada por diversos autores e, além de bastante
didática, remonta a vários outros processos a que o homem está inserido,
como os níveis consciente, subconsciente, superconsciente, ou até mesmo a
expressão que ficou bastante difundida no meio católico com os elementos pai,
filho, espírito santo. A partir desta divisão, já se começa a entender que a
função do perispírito é promover o elo entre o espírito eterno e o corpo físico.
Mais adiante, o mesmo autor completa:
103
6) - O DUPLO ETÉREO
O segundo conceito é que o duplo etéreo faz parte do corpo físico. Isto implica
que a sua natureza se assemelha à matéria, embora não possa ser tão
facilmente percebida e tocada como os tecidos ossos e músculos do nosso
organismo. Este fato, não impede que, ainda assim, o duplo etéreo seja parte
constituinte da nossa estrutura mais densa. A matéria, assim como os vários
corpos que aqui analisaremos, não se apresenta em estado único, uniforme e
homogêneo. Ao contrário, o perispírito, da mesma forma que a aura, o duplo
etéreo e o corpo físico, são formados de várias camadas ou campos que se
interpenetram e se comunicam, tecendo uma rede de vibrações, que se
estende desde o corpo mais denso até as dimensões sutis da consciência:
104
"O duplo etérico parece mais uma duplicação do corpo físico que do
perispírito, propriamente, mas como ele se organizaria
simultaneamente, aglutinando-se no campo ensejado pelo
psicossoma, comparece melhor como uma sua extensão ou
revestimento, ainda que em caráter provisório ao menos, em se
tratando de Espírito encarnado na Terra." (Zalmino Zimmermann,
Perispírito, Cap. VI, p. 167).
"O corpo vital tem sido fotografado muitas vezes, sendo visível a
uma mediana clarividência". (Antônio J. Freire, Da Alma Humana,
Cap. III, p.51).
105
"Envolvendo e interpenetrando os órgãos anatômicos dos sentidos
corporais, existe, justapondo-se e interpenetrando-se, uma duplicata
etérica para cada órgão. Ao aparelho auditivo ou visual corresponde
um mesmo aparelho etérico e da mesma forma para todo o sistema
nervoso.
106
"Com o auxílio do supervisor, o médium foi convenientemente
exteriorizado. A princípio, seu perispírito ou "corpo astral" estava
revestido com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a
alma e o corpo de carne, conhecidos aqueles, em seu conjunto,
como sendo o "duplo etérico", formado por emanações
neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso
mesmo, não conseguem maior afastamento da organização
terrestre, destinando-se à desintegração, tanto quanto ocorre ao
instrumento carnal, por ocasião da morte renovadora. Para melhor
ajustar-se ao nosso ambiente, Castro devolveu essas energias ao
corpo inerme, garantindo assim o calor indispensável à colméia
celular e desembaraçando-se, tanto quanto possível, para entrar no
serviço que o aguarda." (André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade,
Cap. 11, p.98).
107
que a predisposição maior ou menor ao fornecimento deste, para a
produção dos diversos efeitos de cura, ou, simplesmente,
demonstrativos da sobrevivência espiritual, diz com a própria
quantidade de energia armazenada pelo duplo etérico". (Zalmino
Zimmermann, Perispírito, Cap. VI, p.169). (Itálicos do autor).
108
7) - A AURA
O que é a aura? Qual a sua origem? Como ela funciona? Do que é constituída?
Qual a sua finalidade e propriedades? Estas são algumas das inumeráveis
questões que aparecem ao se estudar o complexo humano. Perguntas, que
começam, e só começam, a ser respondidas pela revelação dos Espíritos e
pelos esforços dos pesquisadores humanos, pioneiros da Era do Espírito.
109
afinem e recolhendo naturalmente a atuação de todos os que se lhe
revelem simpáticos.
"Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais
complexos se revestem de um "halo energético" que lhes
corresponde à natureza.
110
"Aí temos, nessa conjugação de forças físico-químicas e mentais, a
aura humana, peculiar a cada indivíduo, interpenetrando-o, ao
mesmo tempo em que parece emergir dele, à maneira de campo
ovóide, não obstante a feição irregular em que se configura, valendo
por espelho sensível em que todos os estados da alma se
estampam com sinais característicos e em que todas as idéias se
evidenciam, plasmando telas vivas, quando perduram em vigor e
semelhança, como no cinematógrafo comum.
111
físico está inteiramente condicionada ao trabalho específico que lhe
compete realizar, inelutavelmente circunscrita aos problemas de
estrutura, e, por isso mesmo, incapacitada de identificar o reino
inteligente de raios e ondas, fluidos e energias turbilhonantes em
que vive". (André Luiz, Evolução em Dois Mundos, Segunda Parte,
Cap. III, p.173).
8) - PERISPÍTO E AURA
112
"Distanciados por natureza o corpo físico e o espírito, é ao perispírito
que compete estreitar estes limites através das suas camadas de
densidades sucessivamente decrescentes, cada vez mais eterizadas
à medida que se elevam para o espírito, pois seria ilógico admitir a
homogeneidade do perispírito. Só pela interpenetração das camadas
mais fluídicas nas menos fluídicas se pode compreender a
correlação e harmonia do ser humano, a solidariedade íntima e
estreita dos componentes do seu ternário (...)". (Antônio J. Freire, Da
Alma Humana, Cap.II, p.42).
113
"Em síntese, o perispírito, impropriamente denominado corpo astral
por se tomar, assim, a parte pelo todo, exerce as funções seguintes,
por vezes, com a cooperação do corpo vital ou duplo etérico nos
estágios terrestres:
3°- Arquivar nas suas camadas mais sutis e permanen tes (corpo
causal, sede do supraconsciente), como películas cinematográficas,
todos os acontecimentos de que fomos protagonistas, registrando e
assimilando todos os conhecimentos adquiridos através da nossa
evolução individual multimilenária, (...);
114
9) - OS OVÓIDES
115
pensamentos nebulosos torturando-lhe a cabeça e inflamando-lhe o
sentimento. (...).
116
espiritual e o lesarem." (Áureo, Universo e Vida, Cap. V, Item 7,
p.79).
117
Os fatores que geram a ovoidização são os mesmos que causaram a primeira
queda, a contração da consciência, que levou o ser ao seu pólo oposto. A
ovoidização é a repetição, em ciclo menor, do processo maior, que representou
o primeiro impulso de expansão do egocentrismo e da revolta. O mecanismo é
o mesmo, apenas que, na ovoidização o ser vai da multiplicidade das
diferentes vibrações mentais, a monoidéia, a fixação em um só pensamento,
destruindo a forma e o seu campo de expressão, enquanto que na queda
primordial o rol dos efeitos é muito mais amplo:
118
alvo, ele pára. Isto porque quando a causa tiver sido transformada
toda em efeito, ela não existe mais como causa e com isso se anula
o motor do processo". (Pietro Ubaldi, Queda e Salvação, Capítulo
1, p.44). (Os grifos são nossos).
119
fisiopsicossomáticas, sensibilizando e direcionando a atividade
celular, no ambiente funcional especializado de cada centro vital,
saturando, destarte, as diversas regiões do império orgânico, com os
princípios ativos, quimioeletromagnéticos, resultantes de seu
metabolismo ídeo-emotivo saudável ou conturbado, feliz ou infeliz".
(Áureo, Universo e Vida, cap. V, Item 19, p.100).
120
espírito desencarnado, não acostumado com a condição errática de liberdade
temporária da matéria, ignorando o processo reencarnatório sequencial
evolutivo, moveu-se em monoideísmo, cristalizando seu raciocínio na idéia fixa
de retornar ao convívio daqueles que deixara na terra:
121
10) - CENTROS VITAIS
122
esses adquiridos vagarosamente pelo ser, em milênios e milênios de
esforço e recapitulização, nos múltiplos setores da evolução
anímica". (André Luiz, Evolução em Dois Mundos, Cap. II, p.26).
123
O Centro Coronário seria uma espécie de supervisor ou gerente de toda a
engrenagem representada pelo conjunto dos Chakras ou Centros Vitais. Cabe
a este chakra o principal papel de assimilação dos estímulos superiores do
plano maior, distribuindo impulsos em cadeia, procedentes do Espírito Imortal.
O Centro Coronário representa o ponto de interação entre o corpo perispiritual
e o corpo físico, inteligando-se e regendo os outros centros, cuja funções
podem assim ser resumidas:
124
Com este quadro temos, então, 10 (dez) centros de forças primordiais
distribuídos em regiões específicas e correspondentes às várias funções.
Funções físicas, psicológicas, psíquicas, mentais e mediúnicas. Os centros de
forças são órgãos únicos formados por uma face anterior ou frontal e uma face
posterior ou dorsal. O Centro Coronário tem como correspondente o
Fundamental, o Cerebral e o Ajna o Frontal Dorsal ou Cerebral Posterior, o
Laríngeo o Laríngeo Posterior, o Cardíaco o Cardíaco Posterior ou Umeral,
o Gástrico ou Solar o Gástrico Dorsal ou Posterior, o Esplênico, o
Esplênico Posterior, o Umbilical, o Umbilical Posterior ou Meng Mein e o
Sexual ou Genésico, o Sexual ou Genésico Posterior ou Básico:
125
11) - O PERISPÍRITO - PROPRIEDADES E FUNÇÕES
O termo foi utilizado inicialmente por Kardec no Livro dos Espíritos, contudo,
muito antes dele, várias culturas já se referiam ao perispírito, podendo-se
encontrar referências suas na Índia védica, entre os sacerdotes egípcios, na
Cabala, no Budismo, entre os gregos, na tradição chinesa e outras mais.
126
Aponta Zimmermann:
127
"O perispírito, no decorrer do processo evolutivo, se não é suscetível
de modificar-se no que se refere à sua substância, o é com relação à
sua estrutura e forma". (Zalmino Zimmermann, Perispírito, Cap II,
p.55). (Itálico do Autor).
128
Todo o caminho da evolução da humanidade guarda relação com a existência
do perispírito, e este contribui decisivamente auxiliando o progresso do homem
no seu destino. Gabriel Delanne demonstra que "O princípio espiritual evolui
lentígrado, das mais ínfimas formas aos organismos mais complexos. Durante
o longuíssimo período das idades geológicas, as faculdades rudimentares do
Espírito desenvolveram-se sucessivamente, agindo sobre o perispírito,
modificando-o e deixando nele, em cada etapa, os traços do progresso
realizado". (Gabriel Delane, A Evolução Anímica, p.120)
129
estruturas físicas, anatômica e fisiologicamente cada vez mais
aprimoradas". (Zalmino Zimmermann, Perispírito, Cap.IX, p.261). (
Itálico do Autor).
130
Grande parte dos fenômenos mediúnicos ocorre devido à expansibilidade do
perispírito, que permite a ampliação da sensibilidade do médium e o
intercâmbio entre as almas desencarnadas e o plano físico.
131
graves desajustes psíquicos, responsáveis pelo surgimento dos
numerosos distúrbios elencados em psicopatologia.
132
Nessas oportunidades, quando há o necessário crédito espiritual, o
psicossoma é rejuvenescido magneticamente (...), aumentando
decisivamente o tônus vibratório de toda organização psicofísica."
(Zalmino Zimmermann, Perispírito, Cap. XV, p.457). (Itálicos do
Autor).
133
134
12) - CONCLUSÃO
Toda filosofia, toda religião, toda ciência, toda busca pela espiritualidade tende
a uma única verdade, a ciência e consciência do Espírito Divino, a centelha
transcendente e imanente de Deus em nós.
135
"Desse modo, em qualquer estudo acerca do corpo espiritual, não
podemos esquecer a função preponderante do automatismo e da
herança na formação da individualidade responsável, para
compreendermos a inexeqüibilidade de qualquer separação entre a
Fisiologia e a Psicologia, porquanto ao longo da atração no mineral,
da sensação no vegetal e do instinto no animal, vemos a crisálida de
consciência construindo as suas faculdades de organização,
sensibilidade e inteligência, transformando, gradativamente, toda a
atividade nervosa em vida psíquica". (André Luiz, Evolução em Dois
Mundos, Cap. IV, p.41).
Contudo, dia chegará em que não se poderá negar que o espírito é a essência
que comanda a evolução. Com a sabedoria de Sua Voz, traduzida em palavras
por Pietro Ubaldi, terminamos este estudo, ressoando em nossos corações as
verdades há muito esquecidas e cujas vibrações estremecem as fibras mais
íntimas do nosso psiquismo:
136
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