Michelle A. Resende Andrade - Urgência e Emergência - TCC

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

MICHELLE A. RESENDE ANDRADE

PAPEL DA ENFERMAGEM DA ESF NO ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL


FLORIANÓPOLIS
2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

MICHELLE A. RESENDE ANDRADE

PAPEL DA ENFERMAGEM DA ESF NO ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL

Monografia apresentada ao Curso de Especialização


em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Opção 2:
Tecnologia de educação do Departamento de
Enfermagem da Universidade Federal de Santa
Catarina como requisito parcial para a obtenção do
título de Especialista.

Orientador: Prof. Dr. Antônio de Miranda Wosny

2
FLORIANÓPOLIS
2014
FOLHA DE APROVAÇÃO

O trabalho intitulado PAPEL DA ENFERMAGEM DA ESF NO ACOMPANHAMENTO


PRÉ-NATAL de autoria do aluno MICHELLE A. RESENDE ANDRADE foi examinado e
avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização
em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Tecnologia de Educação.

_____________________________________

Prof. Dr. Antônio de Miranda Wosny


Orientador

_____________________________________

Profa. Dra. Vânia Marli Schubert Backes


Coordenadora do Curso

_____________________________________

Profa. Dra. Flávia Regina Souza Ramos


Coordenadora de Monografia

3
FLORIANÓPOLIS
2014

4
Dedico este trabalho a minha avó Maria,
por ser uma mulher forte, guerreira,
batalhadora, dedicada e de quem tenho
tanto orgulho. Sou muito grata a ela pelo
maravilhoso exemplo de vida e de fé que
sempre me dera!

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por estar presente em todos os momentos de minha vida; a
minha mãe pelo exemplo e incentivo; ao meu pai e meus irmãos pelo apoio e carinho; a meu
irmão mais velho pelo apoio incondicional e pelo companheirismo; a meus sobrinhos pela
alegria de viver; a meu marido pelo apoio, amor e compreensão e por me transmitir paz e
tranqüilidade nos momentos difíceis; a minha filha, minha razão de viver; a minha equipe de
trabalho: Andresa, Rosina, Elaine, Alessandra, Eugênia, Naidia, Edna e Aranda por acreditar
nos meus projetos e ajudar a desenvolvê-los com muita dedicação e compromisso; a minha
amiga Fernanda pelo companheirismo e incentivo; a enfermeira Aline e a professora de
Português Isabel pelo apoio; ao meu orientador Tonny pela dedicação e paciência. A todos o
meu muito obrigada!

5
RESUMO

Objetivo: Qualificar o acompanhamento das gestantes cadastradas na ESF Promorar, do


município de João Monlevade; Intervir/Melhorar o acompanhamento das gestantes
classificadas em situações de vulnerabilidade; Avaliar a adesão das gestantes da ESF
Promorar ao Pré Natal. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica exploratória,
na qual foram coletados dados e apurados manualmente, em mapas e resumos, organizados
em tabelas, foi realizado um levantamento bibliográfico a partir de consulta á Biblioteca
Virtual da Saúde Bireme (BVS), nas seguintes bases de dados: SCIELO, MEDLINE,
LILACS. Considerações Finais: A partir dessas observações, no estudo proposto nota-se a
importância da qualidade da assistência e orientações durante o pré-natal pelo profissional de
enfermagem, a fim de atingir a meta principal, que é garantir uma gestação saudável, segura e
sem complicações futuras. Nas mãos desses profissionais, muitas vezes são colocados os
anseios, o medo, explosão de ansiedade, expectativas de muitas mulheres é a certificação de
que tudo ocorra bem durante a gestação e que principalmente certificar que esta tudo bem
com o futuro bebê.

Palavras- chave: Assistência da Enfermagem, Gestante, Pré-Natal.


LISTA DE ABREVIATURAS

ABO/Rh Grupo Sanguíneo de Fator Rh


ACS Agente Comunitário de Saúde
DEHG Doença Hipertensiva Especifica da Gestação
DPP Data provável do parto
ESF Equipe de Saúde da Família
HAS Hipertensão Arterial
Hb Hemoglobina
Hep Hepatite B
HIV Vírus da Imunodeficiência Humana
MS Ministério da Saúde
OMS Organização Mundial de Saúde
PHPN Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento
PN Pré- Natal
SUS Sistema Único de Saúde
Tx Toxoplasmose
VDRL Sífilis

LISTA DE ILUSTRAÇÕES
7
Gráfico 1 Antecedentes Obstétricos.................................................................... 18
Gráfico 2 Indicadores de Frequência de Exames................................................ 19
Gráfico 3 Indicadores de Qualidade na Orientação............................................. 20

8
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 9
2 OBJETIVOS.................................................................................................. 11
2.1 Objetivos gerais............................................................................................... 11
2.2 Objetivos específicos...................................................................................... 11
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................... 12
4 METODOLOGIA......................................................................................... 15
5 RESULTADO E DISCUSSÃO.................................................................... 17
5.1 Dados das gestantes......................................................................................... 17
5.2 Antecedentes obstétricos................................................................................. 18
5.3 Exames do pré-natal........................................................................................ 19
5.4 Orientação....................................................................................................... 20
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 21
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 22
ANEXOS................................................................................................................... 24

1 – INTRODUÇÃO
9
A gestação, embora constituindo um fenômeno fisiológico que na maior parte dos
casos tem sua evolução sem intercorrências, requer cuidados especiais mediante assistência ao
pré-natal. Essa, por sua vez, tem como objetivo principal acolher e acompanhar a mulher
durante sua gestação, período caracterizado por mudanças físicas e emocionais vivenciado de
forma distinta pelas gestantes. (LANDERDAHL et al.,2007).

O principal objetivo da atenção pré-natal e puerperal de acordo com o Ministério da


Saúde (BRASIL, 2006) é “acolher a mulher desde o início da gravidez, assegurando no fim da
gestação, o nascimento de uma criança saudável e a garantia do bem-estar materno e
neonatal”.

Segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) a mortalidade


materna no Brasil é considerada alta, sendo que para cada 100.000 nascidos vivos, 42,5
mulheres morreram durante a gravidez, parto e puerpério, no ano de 2000, por causas
evitáveis: hipertensão, hemorragia, infecções. (Atenção ao pré-natal, parto e puerpério:
protocolo viva vida. Belo Horizonte: SAS/SES, 2003.).

Dessa forma, com o intuito de reduzir as altas taxas de morbimortalidade materna e


perinatal, ampliarem o acesso ao pré-natal, estabelecer critérios para qualificar as consultas
pré-natais e promover o vínculo entre a assistência ambulatorial e o parto, o Ministério da
Saúde criou em 2000 o Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento (PHPN)
(BRASIL, 2002).

E a Secretária Estadual de Saúde de Minas Gerais lançou em 2003, o protocolo de


procedimentos técnicos para o pré-natal, puerpério, do Programa Viva Vida, na tentativa de
reduzir a mortalidade materna e infantil e de melhorar a assistência à gestante, ao recém
nascido e a criança no seu primeiro ano de vida, no Estado de Minas Gerais.

O Programa estabelece que cada Equipe de Saúde da Família (ESF) será responsável
pelo acolhimento e acompanhamento da gestante de sua micro-área e a captação deverá
10
ocorrer até o quarto mês de gestação, pelo o Agente Comunitário de Saúde (ACS) ou através
da procura direta da mulher com suspeita de gravidez, acessando diretamente a equipe de
saúde. Além de fornecer equipamentos para a atenção básica, capacitação para os
profissionais da rede, instalação dos comitês de prevenção da mortalidade materna e infantil,
de UTIs neonatais, ambulatórios de especialidades e serviços de exames complementares.
Diante do exposto, em 2007 o município de João Monlevade aderiu ao Programa Viva Vida,
na esperança de reduzir as taxas de morbimortalidade e de garantir um acompanhamento
adequado durante o pré-natal e no primeiro ano de vida da criança.

E em 2010 na tentativa de cuidar da vida de cada gestante e criança, a ESF Promorar


implantou uma ficha de acompanhamento das gestantes cadastradas na equipe, para o técnico
de enfermagem e ACSs.

A ficha de acompanhamento da gestante possibilita uma visão ampliada da assistência


prestada. Ela engloba um conjunto de ações de saúde voltado para a proteção e cuidado da
gestante, além de fortalecer o vinculo da equipe com a mãe, com a família, criando um espaço
de trocas de experiências.

11
2 - OBJETIVO

2.1 Objetivos Gerais

• Captar as gestantes da ESF Promorar por meio da ficha de acompanhamento


implantada na ESF Promorar do município de João Monlevade;
• Avaliar a ficha de acompanhamento das gestantes implantada na ESF Promorar do
município de João Monlevade;
• Avaliar o perfil da gestante por meio da ficha de acompanhamento implantada na ESF
Promorar do município de João Monlevade.

2.2 Objetivos Específicos

• Qualificar o acompanhamento das gestantes cadastradas na ESF Promorar, do


município de João Monlevade;
• Intervir/Melhorar o acompanhamento das gestantes classificadas em situações de
vulnerabilidade;
• Avaliar a adesão das gestantes da ESF Promorar ao Pré Natal.

12
3 - FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS

O enfermeiro tem enfrentado algumas dificuldades, e pra ele tem se tornado grande
desafios em relação à atuação profissional, devido à escassez de espaço, divisão de
responsabilidade, condições precárias de trabalho e políticas salariais, assim dificulta o
trabalho bem projetado e organizado juntamente com a equipe. O acolhimento da gestante é
um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), que implica a acessibilidade em escutar
com atenção e compreensão e incluir no cuidado, garantindo atender a todas as mulheres em
relação à acessibilidade universal reorganizando o processo de trabalho em equipe.
(MARTINS et al 2006).

Na maioria das vezes quem detecta as gestantes são as ACS, durante as visitas
domiciliares, que as orienta e encaminha a gestante para o posto o serviço de saúde, buscando
promover sua capacitação precoce para a primeira consulta, e monitorar as consultas
subseqüentes. Com o resultado do exame positivo inicia-se assistência ao pré-natal.
(CALDERON et al.; 2006). A finalidade da ESF é reorganizar a prática da atenção à saúde em
novas bases, de acordo com o Ministério da Saúde, levando e elevando a qualidade de
assistências para mais perto, melhorando a qualidade da saúde das famílias brasileiras.
(MORAIS et al; 2008).

Em todos os níveis da assistência, um dos papeis do enfermeiro na ESF, é a orientação.


Em sua atuação no pré-natal, juntamente com a gestante e a família deve-se mostrar a
importâncias do acompanhamento da gestação na promoção, prevenção e tratamento durante
e após a gravidez bem como informá-la dos serviços que estão à sua disposição. (SILVA et al
2009).

13
O Ministério da Saúde (MS) afirma, que toda gestante tem o direito de fazer pelo
menos seis consultas durante a gestação, realizadas na unidade de saúde, para que tenha uma
gestação saudável e um parto seguro, mas há certa dificuldade desse acompanhamento,
gerando alta demanda de internações, entre outras complicações. (BRASIL 2012). O Pré-natal
é uma forma de assistência, segura para a saúde da mulher, e que possibilita prevenir as
complicações durante o período gestacional. A falta de assistência e de procedimentos
rotineiros à gestante pode acarretar a mortalidade neonatal e baixo peso ao nascer, sem um
acompanhamento adequado, o processo de estados patológicos pode levar a gestação para
uma situação de alto risco para a mãe e para o feto. (PRIMO et al.;2008).

A atenção primária na gestação abrange a prevenção de doenças, a promoção da saúde


e o tratamento dos problemas ocorridos durante o período gestacional, até o pós-parto. Tanto
na mulher quanto no bebê prevenido agravos comuns durante a gravidez, na qual a gestante
sinta-se segura, pois é neste atendimento que a mulher pode prevenir e tratar as
intercorrências que podem agravar durante o ciclo gravídico puerperal. (ARAÚJO et al.;
2010).

O enfermeiro está sempre atento, em busca de qualquer sinal que indique alguma
complicação, procurando oferecer orientação para que a gestante se sinta segura. Esse plano
estabelece pontos importantes para as orientações de enfermagem, como alimentação
adequada na gestação, à importância dos exames a serem realizados neste período e os
encaminhamentos a outros serviços, promovendo a interdisciplinaridade das ações.
( BARBOSA et al; 2011).

De acordo com a lei do Decreto n° 94.406 de 1987, o pré-natal de baixo risco pode ser
inteiramente acompanhado pelo enfermeiro, também dispõe como atividade privativa do
enfermeiro a consulta de enfermagem, onde o enfermeiro desenvolve o plano de cuidado
através do processo de enfermagem. É necessário planejar as ações de enfermagem através
da necessidade da clientela, e é essa uma ação privativa do enfermeiro. As atividades
educativas, individuais e em grupos, com o intuito de estimular o acompanhamento do pré-
natal. Esse espaço permite a continuidade da gestante no pré-natal, onde são abordados vários

14
temas, como: a importância do pré-natal, a sexualidade, orientações de higiene e dieta.
( CALDERON et al.; 2006).

O desenvolvimento da gestação, alterações corporais e emocionais, sinais e sintomas


dos partos, direitos trabalhistas, cuidados com os recém nascidos, amamentação reforçam que
o pré-natal realizado pelo enfermeiro objetiva monitorar e dar seguimento as gestantes de
baixo risco, bem como, identificar adequadamente e precocemente as pacientes com potencial
para evolução desfavorável, devendo as mesmas ser encaminhadas para o acompanhamento
de alto risco que é realizado pelo médico ginecologista. ( TEIXEIRA et al 2009).

15
4 - METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de cunho exploratório. Desenvolvido a partir


de materiais já confeccionados, tendo como fontes principais livros, artigos científicos, teses,
e/ou monografias, de forma exploratória, permitindo ao pesquisador uma extensa gama de
informações, levando a um maior conhecimento sobre a área de interesse para se obter uma
familiarização, assim, podem-se associar dois ou mais eventos para determinar uma relação
entre eles. (MARCONI 2002). Para um melhor entendimento, foi realizado um trabalho
predominantemente, quantitativo, de caráter descritivo, onde foram analisadas vinte e nove
gestantes da estratégia da saúde da família (ESF) da cidade de João Monlevade, Minas gerais,
no período de 2011 a 2013. A coleta de dados foi realizada em formulário estruturado (Anexo
1) contendo questões abertas e fechadas confeccionado por enfermeiros da ESF a gestantes
que aderiram ao programa Viva Vida, juntamente com a equipe, que realizaram a consulta
pré- natal. Foram levantadas, variáveis como: dados da gestante, antecedentes obstétricos,
exames de riscos gestacionais, vacinas, dados das crianças, tipos de partos, medicações,
alimentação, atividade físicas, orientações. Os dados foram coletados e apurados
manualmente, em mapas e resumos, organizados em tabelas, foi realizado um levantamento
bibliográfico a partir de consulta á Biblioteca Virtual da Saúde Bireme (BVS), nas seguintes
bases de dados: Scielo, Medline, Lilacs. Foi realizada leitura exploratória do material
publicados atualmente, para uma definição mais exata do seu interesse para o trabalho, os
descritores utilizados para busca foram; Assistência da Enfermagem; Gestante; Pré-Natal.
Concomitante a análise e seleção do material, foram confeccionadas fichas de resumo que
subsidiaram a definição da estrutura monográfica e a construção do texto. A redação foi feita
mediante a utilização do editor de texto Word 2007.
16
A formatação do trabalho foi feita conforme as normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (FRANÇA; VASCONCELLOS, 2009). Os artigos abordavam, em linhas
gerais, as temáticas de atuação do enfermeiro no pré-natal, o Programa de Saúde da Família,
atuação do enfermeiro no atendimento à Saúde da Mulher.

5 - RESULTADO E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos estão descritos e demonstrados em tabelas, e à medida que


forem demonstrados serão discutidos.

5.1 - Dados das Gestantes

De acordo com os dados obtidos na tabela (Anexo 1) das vinte e nove gestantes
atendidas e analisadas, as idades variam de 14 á 39 anos, sendo que 24 (82,75%) possuem o
SIS Pré – natal (PN), e 18 (62,06%) participam do grupo Mães de Minas.

O grupo Mãe de Minas é um projeto que foi criado para cuidar da saúde das gestantes
e da vida dos novos mineiros. Tendo como objetivo a redução da mortalidade materna e
infantil e a identificação e acolhimento de todas as gestantes e crianças. É um conjunto de
ações de saúde para proteger e cuidar da gestante e da criança no primeiro ano de vida. O
programa se propõe a conhecer e a zelar por cada gestante e criança do nosso Estado. Não
basta saber que a gestante e a criança existem, é preciso que essa informação chegue a tempo
real, para possibilitar acompanhamento e proteção eficaz. (BRASIL, 2013).

17
O baixo índice de adesão deste grupo em questão associa-se por ser um projeto
recente, mas com grande aceitação das demais que conseguiram se cadastrar no projeto.
Calcula-se que 100% das gestantes do ESF bairro Promorar hoje são cadastradas, ou seja, um
grande mérito para toda a equipe.

A gravidez na adolescência, neste grupo populacional vem sendo considerada, em


alguns países, problema de saúde pública, uma vez que pode acarretar complicações
obstétricas, com repercussões tanto para a mãe e para o recém-nascido. Têm sido citados
efeitos negativos na qualidade de vida das jovens acarretando prejuízo no seu crescimento
pessoal e profissional. (TEIXEIRA et al; 2010).

5.2 - Antecedentes Obstétricos

Gráfico 1
Antecedentes Obstétricos

120
%

100
%

80
%

60 Si
% m

o

40
%

20
%

0%
Número de Número de Número de DEH Diabet Fumant
Gestações Partos Abortos G es e

Fonte: Enfª. Michelle A. Resende Andrade de acordo com dados colhidos no anexo (1).

18
Na tabela acima foi analisado, números de gestações, sendo que: 44,82% tiveram
apenas uma gestação, 20,62% duas gestações, também 20,62% para três gestações, 10,35%
quatro gestações e 3,45 % cinco gestações. Contudo, houve sete abortos, o que corresponde a
24,14%. Como demonstra o gráfico, não foi apresentada nenhuma gestante com doença
hipertensiva especifica da gestação (DEHG) e diabéticas, porém, 17 % eram fumantes.

Segundo dados, a DEHG é uma das preocupações durante a gestação, ocasionado


complicações como: pré-eclampsia caracterizada pelo aparecimento da HAS e proteinúria
após a 20º semana de gestação em mulheres normotensas, e eclampsia correspondente a pré-
eclampsia complicada por convulsões. (VETTORE et al; 2011).

A diabetes gestacional é responsável por incidências elevadas de morbimortalidade


perinatal e malformações congênitas. Sua consequência ao longo prazo decorre como
alterações micro e macrovasculares, levando a disfunção, danos e falência de vários órgãos,
especialmente os olhos. O momento certo para o rastreamento pode representar chances de
detecção precoce. Os efeitos adversos tanto para a mãe quanto para o bebê podem ser
prevenidos com orientações alimentar, atividade física e se necessário o uso específico de
insulina. (NAST et al; 2013)

5.3 - Exames do Pré-natal

Gráfico 2
Indicadores de freqüência de exames.

19
Fonte: Enfª. Michelle A. Resende Andrade de acordo com dados colhidos no anexo (1).

Os exames solicitados pelos enfermeiros, ou seja, fundamentais para o


acompanhamento do pré-natal, como, grupo sanguíneos fator RH ( ABO Rh), sorologia para
sífilis (VDRL), urina tipo I, hemoglobina e hematócrito (Hb/Ht), glicemia em jejum, teste
anti-HIV com aconselhamento e consentimento da mulher, sorologia para hepatite B,
toxoplasmose e colpocitologia oncótica quando solicitado, foi realizado com 100% pela
gestantes . Um resultado satisfatório.

O índice de baixo risco gestacional e de 90% e de alto risco e de 10,35% , resultado de


uma grande conquista para toda equipe, das vinte nove crianças, 15 é do sexo feminino e 14
masculino, todas as mães orientadas

5.4 – Orientação

Gráfico 3
Indicadores de qualidade na orientação

20
Fonte: Enfª. Michelle A. Resende Andrade de acordo com dados colhidos no anexo (1).

As orientações durante as consultas de pré-natal visam promover e prevenir a saúde da


mãe e do bebê tanto na gestação quanto no puerpério (RIOS; VIEIRA 2007). A importância
da alimentação saudável da gestante, aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses
de vida, higiene corporal e outras de acordo com o gráfico acima, mostra que 90% das
gestantes foram devidamente orientadas, o que demonstra um ponto positivo o quanto a ficha
de avaliação ajuda na busca ativa de todas as gestantes do grupo melhorando sua qualidade
de vida. (PARIS et al; 2013).

6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dessas observações, no estudo proposto nota-se a importância da qualidade da


assistência e orientações durante o pré-natal pelo profissional de enfermagem, a fim de atingir
a meta principal, que é garantir uma gestação saudável, segura e sem complicações futuras.

21
Nas mãos desses profissionais, muitas vezes são colocados os anseios, o medo, explosão de
ansiedade, expectativas de muitas mulheres é a certificação de que tudo ocorra bem durante a
gestação e que principalmente certificar que esta tudo bem com o futuro bebê. O ideal é que a
primeira consulta de pré-natal ocorra até o quarto mês de gestação, para que a gestante seja
atendida até o final da gravidez, esse trabalho, mostrou o quanto é importante a qualidade de
vida dessas mulheres durante período de gravidez, parto e puerpério. Reforça-se a importância
da realização dos exames laboratoriais, na atenção às gestantes, para as condutas profissionais
corretas durante o pré-natal, juntamente com as orientações dadas durante as consultas pelo
enfermeiro.

REFERÊNCIAS

ARAUJO, S. M. et al. A importância do pré-natal e a assistência de enfermagem. Revista


Eletrônica de Ciências. v.3, n.2, p. 1- 7, jul- dez, 2010

22
BARBOSA, T. L. A. et al. O pré-natal realizado pelo enfermeiro: a satisfação das gestantes.
Cogitare Enfermagem. v.16, n.1, p. 29-35, jan- mar. 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção a Saúde da Gestante. Programa Viva Vida Projeto
Mães de Minas. Nota Técnica Conjunta. Maio. 2013

BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência Pré-Natal: Manual Técnico. 3ª ed., Brasília,


2000.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Humanização do parto: Humanização no pré-natal e


nascimento. Brasília. 2002.

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MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. In. Técnicas de pesquisa. 5.ed.


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índice de mortalidade infantil e materna. Revista Enfermagem Integrada, Ipatinga, v.1, n.
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de Saúde em Caxias do Sul. RBGO v. 24, n. 5, 2002

VETTORE, M. V. et al . Cuidados pré-natais e avaliação do manejo da hipertensão


arterial em gestantes do SUS no Município do Rio de Janeiro, Brasil do Carmo Leal 1. v.
27, n. 5. p. 1021- 2013. Rio de Janeiro. 2011.

24
ANEXO

25
Legenda:

26
1- ACS: Agente Comunitário de Saúde
2- DPP: Data Provável do Parto
3- GPA: Número de Gestações, Parto e Aborto
4- Mães de Minas - Programa do Governo do Estado de Minas: call center
especializado no atendimento as gestantes
5- SIS Pré-natal: Software que foi desenvolvido pelo Datasus, com a finalidade de
permitir o acompanhamento adequado das gestantes inseridas no Programa de
Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), do Sistema Único de Saúde.
Sistema de acompanhamento das gestantes
6- DHEG: Doença Hipertensiva Específica da Gestação
7- ABO/RH: Grupo Sanguíneo e Fator RH
8- HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana
9- VDRL: Exame laboratorial de apoio diagnóstico para sífilis
10- Hb: Hemoglobina
11- Ht: Hematócrito
12- Hep: Hepatite B
13- Tox: Toxoplasmose
14- Rub: Rubéola
15- RG: Risco Gestacional
16- AR: Alto Risco
17- BR: Baixo Risco
18- Hep B: Vacina contra Hepatite B
19- Dt: Vacina contra Difteria e Tétano
20- DP: Data do Parto
21- F: Feminino
22- M: Masculino
23- DN: Data de Nascimento
24- PN: Parto Normal
25- PC: Parto Cesáreo
26- IG: Idade Gestacional
27- PA: Pressão Arterial
28- G. Capilar: Glicemia Capilar
29- Ult. Cons.: Ultima Consulta
30- E: Enfermeiro
31- M: Médico
32- G: Ginecologista
33- SF: Sulfato Ferroso
34- AF: Ácido Fólico
35- AN: Analgésico
36- S: Sim
37- N: Não
38- RN: Recém Nascido
39- Cça: Criança

27

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