Confissão de Fé de Westminster
Confissão de Fé de Westminster
Confissão de Fé de Westminster
História
A Assembléia de Westminster (1643-1649) constituiu o ponto culminante
João Calvino da elaboração confessional reformada. Os documentos teológicos que
dela resultaram, a Confissão de Fé e os Catecismos Maior e Breve,
Bases históricas: tornaram-se os padrões doutrinários mais aceitos pelos reformados ao
redor do mundo. A famosa assembléia foi uma das principais
contribuições dos puritanos, os calvinistas ingleses. Há quase um século
Cristianismo eles vinham lutando sem sucesso por uma reforma profunda na Igreja da
Agostinho de Hipona
Reforma Inglaterra (Anglicana). Na década de 1640, os puritanos ganharam o
controle do Parlamento inglês e entraram em guerra contra o rei Carlos I,
Marcos: que queria manter o sistema episcopal.
A Institutio Christianæ
Religionis de Calvino
Os Cinco Solas
Cinco Pontos (TULIP)
Princípio regulador
Confissões de fé
Bíblia de Genebra
Influências:
Teodoro de Beza
John Knox
Ulrico Zuínglio
Jonathan Edwards
Teologia puritana
Igrejas:
Reformadas
Presbiterianas
Congregacionais
Batistas Reformadas
Assembleia de Westminster
Esse Parlamento calvinista convocou a Assembléia de Westminster, que se reuniu na famosa abadia
de Westminster. Seus integrantes foram cerca de 120 dos mais piedosos e cultos ministros puritanos,
ao lado de uns poucos, mas influentes, presbiterianos escoceses. Após extensos debates, o texto da
confissão foi concluído no final de 1646. Posteriormente foram incluídas as passagens bíblicas de
apoio, ocorrendo em 1648 a aprovação final do Parlamento. Seu título era: “Artigos de religião cristã,
aprovados e sancionados por ambas as casas do Parlamento, segundo o conselho da Assembléia de
teólogos ora reunida em Westminster por autoridade do Parlamento”.
Calvinismo O puritanismo designa uma concepção da fé cristã desenvolvida na Inglaterra por uma
comunidade de protestantes radicais depois da Reforma. Segundo o pensador
francês Alexis de Tocqueville, em seu livro A Democracia na América, trata-se tanto de
uma teoria política como de uma doutrina religiosa.[1]
O adjetivo "puritano" pode designar tanto o membro deste grupo de calvinistas rigoristas
como aquele que é rígido nos costumes, especialmente quanto ao comportamento
sexual (pessoa austera, rígida e moralista).[2]
História
Uma perfeita puritana, por E. Percy Moran (litografia de
João Calvino 1897).
Igrejas:
As origens calvinistas do puritanismo
Reformadas Quando Calvino ainda vivia em Genebra iniciou-se um conflito entre os partidários da
Presbiterianas casa de Sabóia (católicos) e os confederados (protestantes), que deram mais tarde
Congregacionais
origens aos grupos huguenotes na França.
Batistas Reformadas
A variante calvinista do protestantismo seria bem sucedida em países como
a Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os Afrikaners), Inglaterra, Escócia e EUA. Dando origem a
vários segmentos que mudaram profundamente a história da humanidade. Calvino se opôs à Igreja Católica e
aos anabatistas.
Os calvinistas ingleses estavam descontentes com a Reforma na Inglaterra, que não teria sido suficientemente radical e
romperam com a Igreja Anglicana por continuar a realizá-la.
Com os ideais iluministas, e a doutrina de Calvino, os primeiros protestantes ingleses se tornaram um grupo tipicamente
conservador.
A Assembleia de Westminster
A Assembleia de Westminster caracterizou-se não somente pela erudição teológica, mas por uma profunda
espiritualidade. Gastava-se muito tempo em oração e tudo era feito em um espírito de reverência. Cada documento
produzido era encaminhado ao parlamento para aprovação, o que só acontecia após muita discussão e estudo. Os
chamados "Padrões Presbiterianos" elaborados pela assembleia foram os seguintes:
1. Diretório do Culto Público: concluído em dezembro de 1644 e aprovado pelo parlamento no mês seguinte. Tomou o
lugar do Livro de Oração Comum. Também foi preparado o Saltério: uma versão métrica dos Salmos para uso no culto
(novembro de 1645).
2. Forma de Governo Eclesiástico: concluída em 1644 e aprovada pelo parlamento em 1648. Instituiu a forma de governo
presbiteriana em lugar da episcopal, com seus bispos e arcebispos.
3. Confissão de Fé: concluída em dezembro de 1646 e sancionada pelo parlamento em março de 1648.
4. Catecismo Maior e Breve Catecismo: concluídos no final de 1647 e aprovados pelo parlamento em março de 1648.
Como consequência do auxílio dos escoceses, as forças parlamentares derrotaram o rei Carlos I, que foi decapitado
em 1649.
O comandante vitorioso, Oliver Cromwell, assumiu o governo. Porém, em 1660, Carlos II subiu ao trono e restaurou
o episcopado na Igreja da Inglaterra. Teve início nova era de perseguições contra os presbiterianos.
Na Escócia, a assembleia geral da Igreja da Escócia adotou os Padrões de Westminster logo que foram aprovados,
deixando de lado os seus próprios documentos de doutrina, liturgia e governo que vinham da época de John Knox. A
justificativa era o desejo de maior unidade entre os presbiterianos das Ilhas Britânicas. Da Escócia, esses padrões foram
levados para outras partes do mundo.
Consequências
O puritanismo não conseguiu substituir as estruturas de plausibilidade que o anglicanismo ofereceu à nação inglesa. As
estruturas sociais anglicanas permaneceram. Apenas para uma pequena e influente minoria esta situação não era
satisfatória, e esse grupo era o dos puritanos, que travaram vigorosas e infrutíferas batalhas com o governo político-
religioso da Inglaterra. Em todos esses eventos, o apoio de Calvino foi influente na tentativa de levar sua doutrina a uma
nação cujos laços com Roma haviam sido cortados apenas pela vaidade de um rei.
A doutrina calvinista é hoje largamente professada entre os fiéis anglicanos, e nela sobraram apenas traços da liturgia
do catolicismo.
Muitos dos puritanos fugiram para países como os EUA, onde introduziram o presbiterianismo oriundo da reforma
calvinista da Igreja da Escócia.
Referências
1. Ir para cima↑ Sheldon Wolin, Tocqueville Between Two Worlds (2001), p. 234.
2. Ir para cima↑ Dicionário Houaiss da língua portuguesa
3. Ir para cima↑ Thomas Cartwright And English Presbyterianism. Por William P. Farley. Enrichment Journal. The General Council
of the Assemblies of God.
Livros
Vivendo para a Glória de Deus - Editora Fiel, 2010 | ISBN: 9788599145814
As Firmes Resoluções de Jonathan Edwards - Editora Fiel, 2010 | ISBN: 9788599145784
A Confissão de Fé Batista de 1689 é uma Confissão de Fé Reformada, de orientação Calvinista. Foi escrita
por Batistas Particulares que se reuniram para dar uma expressão formal de sua fé cristã a partir de uma
perspectiva Batista e calvinista. Esta confissão, como A Confissão de Fé de Westminster (1646) e
a Declaração de Savoy (1658), foi escrito por puritanos.