Apostila 1 - EG118702 - IFSUL - Pelotas
Apostila 1 - EG118702 - IFSUL - Pelotas
Apostila 1 - EG118702 - IFSUL - Pelotas
Eletrônica Geral I
Luciano Braatz
Índice
1. Osciloscópio ............................................................................................................... 4
1.1. Controles e Entradas de Sinal ................................................................................. 4
1.2. Funções Especiais do Osciloscópio Digital .............................................................. 6
1.2.1. Menu do Canal ...................................................................................................... 6
1.2.2. Medições Automáticas ......................................................................................... 7
1.2.3. Medições Selecionadas por Cursores ................................................................... 8
1.2.4. Salvar Tela do Osciloscópio em Pen Drive ............................................................ 8
1.3. Medição de Tensões Contínuas .............................................................................. 8
1.4. Medição de Sinais Alternados ................................................................................. 9
1.4.1. Escala de Tempo ................................................................................................... 9
1.4.2. Valores de pico, pico a pico e eficaz ................................................................... 10
2. Teoria dos Semicondutores ..................................................................................... 13
2.1. A Estrutura do Átomo ........................................................................................... 13
2.1.1. Materiais Condutores ......................................................................................... 13
2.1.2. Materiais Isolantes.............................................................................................. 14
2.1.3. Materiais Semicondutores .................................................................................. 14
3. Diodo Retificador ..................................................................................................... 19
3.1. Simbologia ............................................................................................................. 19
3.2. Curva Característica Corrente x Tensão ................................................................ 19
3.3. Polarização Direta ................................................................................................. 20
3.4. Polarização Reversa .............................................................................................. 21
3.5. Especificações do Diodo Retificador ..................................................................... 23
4. LED (Diodo Emissor de Luz) ..................................................................................... 24
5. Diodo Zener ............................................................................................................. 27
5.1. Simbologia e Curva Característica ......................................................................... 27
5.2. Características do Diodo Zener ............................................................................. 28
5.3. Regulagem de Tensão ........................................................................................... 28
6. Fontes de Alimentação Lineares ............................................................................. 30
6.1. Diagrama em blocos de uma Fonte de Alimentação Linear ................................. 30
7. Transformadores ..................................................................................................... 31
7.1. Símbolo.................................................................................................................. 31
7.1.1. Tipos de Enrolamentos Primários ....................................................................... 31
7.1.2. Tipos de Enrolamento Secundários .................................................................... 32
7.2. Relação entre tensões e correntes nos enrolamentos ......................................... 32
8. Circuitos Retificadores............................................................................................. 34
8.1. Retificador de Meia-Onda ..................................................................................... 34
8.2. Retificador de Onda Completa com Tomada Central ........................................... 35
8.3. Retificador de Onda Completa em Ponte ............................................................. 36
9. Filtro Capacitivo ....................................................................................................... 37
9.1. Filtros passa-baixas auxiliares ............................................................................... 38
10. Reguladores de Tensão ........................................................................................... 40
10.1. Regulador Série com Zener ................................................................................... 41
10.2. Circuitos Integrados Reguladores de Tensão ........................................................ 42
10.2.1. Circuitos Integrados Reguladores de Tensão Fixa .............................................. 42
10.2.2. Circuitos Integrados Reguladores de Tensão Variável ....................................... 44
11. Fonte de Alimentação Simétrica ............................................................................. 45
Bibliografia ...................................................................................................................... 46
Apêndice I: Tabela de Valores de Resistores .................................................................. 47
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
1. Osciloscópio
O osciloscópio é um instrumento utilizado para visualizar a forma de onda
dos sinais, possibilitando a análise qualitativa e quantitativa dos componentes de um
circuito eletrônico.
O osciloscópio possui uma tela graduada onde um sinal elétrico pode ser
verificado com suas variações no tempo, onde sua amplitude e frequência podem ser
lidas.
t
e
n
s
ã
o
tempo
1
10
1
9
6 10
2
4
3 4
8 8
6 6
7 9
5 7 7 5 5
Luciano Braatz 4
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
AC
Conector GND Circuito do
de Entrada DC Osciloscópio
Luciano Braatz 5
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
10. Posição horizontal – Desloca o traço para direita ou esquerda. Útil para alinhar a
forma de onda com a graduação da tela, facilitando a leitura do período do sinal.
Luciano Braatz 6
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Luciano Braatz 7
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
o Pos Width (Largura Pos): Determina o tempo em nível máximo de uma on-
da quadrada, considerando a primeira subida e a próxima descida do sinal.
o Neg Width (Largura Neg): Determina o tempo em nível mínimo de uma
onda quadrada, considerando a primeira descida e a próxima subida do si-
nal.
o Duty Cyc (Relação Marca-Espaço): Determina a porcentagem do tempo em
que uma onda quadrada fica em nível alto em relação a todo o ciclo.
o Phase (Defasagem): Determina o ângulo de defasagem entre os sinais dos
dois canais.
o Delay (Atraso): Determina o tempo de defasagem entre os sinais dos dois
canais.
Type (Tipo): Seleciona o tipo de medição a cursor será efetuada: Time (tem-
po), Amplitude ou Off (Desligado).
Source (Fonte): Seleciona qual forma de onda será utilizada para efetuar as
medidas, pode ser: CH1, CH2 ou MATH.
: Mostra a diferença entre as medições do cursor 2 e cursor 1.
Cursor 1/Cursor 2: Seleciona qual o cursor será ajustado pelo knob de uso ge-
ral, no canto superior direito da tela). Nesta opção também é apresentado o
valor do tempo ou amplitude para a posição atual do cursor.
Luciano Braatz 8
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
A
0V
E
B
F
0V
t t t
Luciano Braatz 9
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Além do ajuste da escala vertical, pode ser necessário ajustar a escala hori-
zontal do osciloscópio. Esse ajuste é otimizado quando a tela apresentar entre um e
dois ciclos completos do sinal.
Se aparecerem na tela muitos ciclos, convém aumentar a escala horizontal.
Se um ciclo completo não puder ser visto, a escala horizontal deve ser reduzida.
O período de um sinal é determinado pela travessias por zero
contagem das divisões horizontais que separam uma du- máximos
plicação do sinal, como a travessia do sinal pelo eixo de
0V ou entre dois pontos máximos ou mínimos, multipli-
cada pela escala horizontal selecionada. A frequência é t
determinada a partir do período ( ). mínimos
VP VRMS
VPP t
Luciano Braatz 10
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Exemplos:
Sinal A:
A
B Atenuador X 1
Escala Vertical: 2V/div
Escala Horizontal: 50s/div
0V
Contagem Horizontal: 8 divisões
Sinal B:
Atenuador X 10
Escala Horizontal: 2ms/div
Escala Vertical: 5V/div
Luciano Braatz 11
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Exercícios:
1.1 – Baseado nas telas de osciloscópio abaixo e nos dados de escala, determina o va-
lor da tensão DC dos traços:
a e
d g
0V
b h
c f
0V
1.3 – O sinal da tela à esquerda foi medido com acoplamento DC, atenuador em X1,
escala vertical de 0,5V/div e escala horizontal de 20s/div.
(a) Determina o valor da componente contínua, a amplitude de pico a pico do si-
nal, seu período e frequência.
(b) Como o sinal se apresenta, na tela central, com as seguintes configurações do
osciloscópio: acoplamento AC, escala horizontal de 5s/div, escala vertical de
20mV/div e atenuador em X 10.
Luciano Braatz 12
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
(c) Se a componente contínua pode ser desprezada, quais ajustes podem ser feitos
no osciloscópio para melhorar a legibilidade do sinal? Desenha na tela da es-
querda como o sinal apareceria após os ajustes. Obs.: Indicar o nível de zero.
Luciano Braatz 13
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
São materiais que possuem uma resistividade muito alta, bloqueando a pas-
sagem da corrente elétrica. Os elétrons de valência são fortemente ligados a seus á-
tomos, sendo necessária muita energia para desprender elétrons das moléculas, ne-
cessários à circulação de corrente pelo material. O nível de isolação tende a ser maior
em substâncias compostas, como borracha, mica, baquelite, etc...
Si Si Si
Si Si Si
Si Si Si
Luciano Braatz 14
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
uma lacuna. Como os elétrons livres e as lacunas aparecem e desaparecem aos pares,
pode-se afirmar que o número de lacunas é sempre igual ao de elétrons livres.
Quando o cristal de silício ou germânio é submetido a uma diferença de po-
tencial, os elétrons livres se movem em direção ao maior potencial elétrico, fazendo
com que as lacunas se desloquem no sentido contrário.
Quando um cristal semicondutor intrínseco é submetido a uma diferença de
potencial, ele permite a passagem de uma corrente baixa, devido a sua resistividade.
Com a circulação de corrente, parte da potência é dissipada em forma de calor, outra
parte é absorvida por elétrons, o que aumenta seu nível de energia, fazendo com que
troquem de camada ou sejam libertos de seus átomos, caso estejam na camada de
valência. Esse processo aumenta a disponibilidade de portadores para a circulação de
corrente, que aumenta a energia absorvida pelos elétrons e a dissipação de calor. Essa
cadeia de causa e efeito, chamada efeito avalanche, faz com que surjam níveis de cor-
rente tão altos que destroem o dispositivo.
2.2. Impurezas
Os cristais semicondutores são encontrados na natureza misturados a outros
elementos. Dada a dificuldade de se controlar as características dos cristais in natura, é
feito um processo de purificação do cristal, gerando o cristal intrínseco. Em seguida,
são injetados propositalmente e de forma controlada átomos de outro elemento, que
são chamados de impurezas. O cristal intrínseco, com a adição de impurezas, passa a
se chamar cristal semicondutor extrínseco. As impurezas são introduzidas na ordem de
1 átomo de impureza para 106 átomos do material semicondutor. O nome desse pro-
cesso é chamado dopagem, e é responsável por introduzir elétrons livres ou lacunas no
cristal semicondutor. As impurezas utilizadas na dopagem de um cristal semicondutor
podem ser de dois tipos:
Impurezas Doadoras
São adicionados átomos pentavalentes (com 5 elétrons na camada de
valência, como o Fósforo e o Antimônio). O átomo pentavalente substitui
um átomo de silício dentro do cristal, absorvendo suas 4 ligações covalen-
tes e restando um elétron fracamente ligado ao núcleo do átomo pentava-
lente. Assim uma pequena quantidade de energia pode tornar esse elé-
tron livre.
Si Si Si
Elétron
Si P Si Livre
Si Si Si
Impurezas Receptoras
São adicionados átomos trivalentes (com 3 elétrons na camada de va-
lência, como Boro, Alumínio e Gálio). O átomo trivalente substitui um dos
Luciano Braatz 15
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
átomos do cristal, absorvendo três das quatro ligações. Isto significa que
existe uma lacuna (falta de elétron) na camada de valência em cada átomo
trivalente.
Si Si Si
Lacuna
Si B Si
Si Si Si
2.3. Junção PN
Quando um material semicondutor tipo N é unido a outro tipo P, de modo a
formar um bloco composto e fundido na área da junção, uma junção PN é formada.
Esta é a base da constituição de todos os dispositivos de estado sólido, desde os dio-
dos semicondutores até circuitos integrados e microprocessadores.
junção
- +
P N
Luciano Braatz 16
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
P N
Luciano Braatz 17
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
VB=Vcc
P N
VCC
2.3.2. Junção PN Polarizada Diretamente
Quando uma fonte de tensão é aplicada nos extremos de uma junção PN de
maneira que o polo positivo da fonte seja ligado ao material tipo P e o polo negativo
da fonte ao material tipo N, diz-se que a junção PN está polarizada diretamente. Neste
caso, se a tensão da fonte for de valor inferior a VB, a intensidade da corrente é prati-
camente zero. Se a tensão for maior ou igual a VB, um fluxo de corrente se estabelece
através dos materiais P e N, com valor entre milhares e bilhões de vezes maiores que a
corrente de fuga, encontrada na polarização reversa.
Quando a tensão da fonte for maior que VB, a região de transição se estreita e
os elétrons livres do material tipo N atravessam a junção para se recombinar com as
lacunas do material tipo P. Para cada elétron que atravessa a junção, simultaneamente
outro ingressa no material tipo N proveniente do polo negativo da fonte e outro aban-
dona o material tipo P em direção ao positivo da fonte. Quanto maior for o valor da
tensão de polarização direta, maior a corrente que circula na junção PN.
A tensão da fonte não pode ser aumentada indefinidamente, pois existe um
limite máximo da corrente que uma junção PN suportar. Este valor é expresso por I fmáx
(corrente direta máxima).
VB
P N
VCC
Luciano Braatz 18
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Exercícios:
3. Diodo Retificador
É constituído por uma junção PN, normalmente de silício, e apesar de ter
um grande número de aplicações, seu uso principal está associado a fontes de alimen-
tação. Tais fontes transformam tensão alternada em tensão contínua, sendo indispen-
sáveis ao funcionamento de circuitos eletrônicos.
Diferentemente dos resistores, os diodos retificadores não apresentam um
comportamento linear, ou seja, a corrente que circula pelo diodo não é proporcional à
tensão aplicada. Isso se deve à barreira de potencial existente nos diodos.
3.1. Simbologia
P N
Luciano Braatz 19
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
fuga circula pelo diodo. A corrente reversa é extremamente pequena, exceto na região
de ruptura, onde a corrente cresce excessivamente, danificando o diodo.
Diodo Real
ID
Diodo Ideal
44,80mA
ID
VB
VD
Corrente de
Avalanche
Existem casos críticos que a não linearidade deve ser observada e a curva
real do diodo utilizada para determinar sua queda de tensão para determinada corren-
te, mas esses casos são exceções. Em situações não críticas, são utilizadas aproxima-
ções para facilitar o projeto e análise de circuitos com diodos.
A curva do diodo ideal é utilizada com frequência em cálculos que a tensão
do circuito é ordens de magnitude maior que o valor do potencial de barreira. Neste
caso, o diodo é considerado uma chave fechada quando o diodo está polarizado dire-
tamente ou uma chave aberta com polarização reversa.
Quando a tensão do circuito é próxima ao valor do potencial de barreira, o
modelo do diodo ideal não é aconselhável por inserir um erro de modelagem nos cál-
culos que pode afetar o resultado. Neste caso se utiliza a aproximação usual, que con-
sidera o diodo bloqueado para tensões menores que e igual ao potencial de barrei-
ra para qualquer valor acima de .
VCH=0V
VR>0 VD=VBP VR>0
VS
VS
ID ID
Luciano Braatz 20
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
VCH=VS
VR=0V VD=VS VR=0V
VS
VS
ID=0A ID=0A
Luciano Braatz 21
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
20V
Determina no circuito ao lado, as tensões
e e determina se os diodos estão conduzindo ou R1
10k
10V
bloqueados. v1
D1
R2
Inicialmente, todos os diodos são considerados 5V 22k
v2
bloqueados e as tensões são calculadas. D2
R3
2V 1,5k
v3
D3 R4
220
Luciano Braatz 22
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Exercícios
i
t(ms) t(ms) t(ms)
3VRMS
2,2k
60Hz
Luciano Braatz 23
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
5.6 - Calcula as tensões solicitadas nos circuitos abaixo e determina como seus diodos
estão polarizados:
(a) (b)
15V D1 47k
68k
5V D2 22k
15V V1 V2 V1
a) b)
c) d)
A K
Luciano Braatz 24
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
A luz produzida pelos LEDs pode ser de cor verde, azul, amarela, laranja ou
infravermelha (invisível), dependendo do material de que são feitos, como Arsenieto
de Gálio (GaAs), Fosfeto de Gálio (GaP), etc...
Os LEDs são utilizados como indicadores de funcionamento, acionadores
para controles remotos, etc...
A tensão de barreira de potencial dos LEDs varia tipicamente de 1,5V a
3,5V, para correntes entre 10mA e 50mA. Essa tensão depende da corrente, da cor e
da tolerância do LED.
If (mA) Vf
Tamanho Cor Lente Material
Tip Max Min Tip Max
Difusa 15 50 1,7 2,1 2,8 Arsenieto de Gálio e
Vermelha
Transparente 30 200 1,5 1,8 2,2 Alumínio (AlGaAs)
Difusa 20 160 2,0 2,3 2,6 Fosfato de Índio, Gálio e
Amarela
Transparente 30 160 1,5 2,0 2,6 Aluminío (AlGaInP)
Redondo Laranja Difusa 30 160 1,7 2,0 2,8 Fosfato de Gálio (GaP)
3 mm Difusa 30 160 1,7 2,1 2,8 Nitreto de Gálio e Índio
Verde
Transparente 30 160 1,7 2,1 2,8 (InGaN)
Azul Transparente 30 100 3,2 3,5 4,0 Nitreto de Gálio (GaN)
GaN (Azul) recoberto
Branca Transparente 30 100 3,2 3,5 4,0
por fósforo amarelo
Difusa 15 50 1,7 2,1 2,8
Vermelha
Transparente 30 200 1,5 1,8 2,2
Difusa 20 160 1,7 2,0 2,8
Amarela
Transparente 50 150 1,7 2,4 3,0
Difusa 30 160 1,7 2,0 2,8
Redondo Laranja
Transparente 75 100 2,2 2,6
5 mm
Difusa 30 160 1,7 2,0 2,8
Verde
Transparente 30 100 3,2 3,5 4,0
Difusa 30 100 3,2 3,5 4,0
Azul
Transparente 30 100 3,2 3,5 4,0
Branca Transparente 30 100 3,2 3,5 4,3
Difusa 30 160 1,7 2 2,8
Vermelha
Transparente 50 100 1,7 2 2,6
Difusa 30 160 1,7 2,1 2,8
Verde
Redondo Transparente 40 100 3,2 3,5 4,0
10 mm Difusa 20 160 1,7 2,0 2,8
Amarela
Transparente 50 150 2,2 2,4 3,0
Azul Transparente 30 100 3,2 3,5 4,0
Branca Transparente 30 100 3,2 3,5 4,3
Vermelha Difusa 10 50 1,7 2,0 2,4
Retangular
Verde Difusa 10 160 1,7 2,1 2,4
5 x 2 mm
Amarela Difusa 10 160 1,5 2,0 2,4
Luciano Braatz 25
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
If (mA) Vf
Tamanho Cor Lente Material
Tip Max Min Tip Max
Difusa 30 160 2,5 3,0 -
Vermelha
Transparente 20 100 - 2,1 2,6
Difusa 30 160 2,5 3,0 -
Pisca Verde
Transparente - 100 - 3,5 4,0
5/10 mm
Amarela Difusa 20 160 2,5 3,0 -
Difusa 30 100 3,2 3,5 4,0
Azul
Transparente - 100 - 2,5 4,0
Bicolor Vermelha Difusa 30 160 1,7 2,0 2,4
3/5/10 mm Verde Difusa 30 160 2,1 2,4 2,5
Vermelha Transparente 20 100 1,8 2,4 20
RGB
Verde Transparente 20 100 3,5 4,5 20
5mm
Azul Transparente 20 100 3,5 4,5 20
O brilho do LED dependa da corrente que circula por ele. Idealmente, a me-
lhor forma de se controlar o brilho é aplicar uma fonte de corrente ao LED. A melhor
forma de se obter uma fonte de corrente é utilizar uma fonte de tensão (VS) de valor
elevado associado a um resistor em série (RS). Neste caso, a corrente no LED é dada
por
RS
VS
Luciano Braatz 26
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Exercícios
4.1 – Do que depende a cor da luz gerada por um LED? Do que depende seu brilho?
4.2 – Como procedemos para ligar um LED corretamente? Exemplifica.
4.3 – Quais as diferenças entre um LED e uma lâmpada incandescente.
4.4 – Como se procede para utilizar um LED, com barreira de potencial de 2,4V e cor-
rente de 35mA, como indicador de funcionamento de uma fonte de alimentação
de 12V? Desenha e calcula o circuito.
4.5 – Uma fonte de alimentação de 12V deve ter um LED vermelho redondo 5mm
(VLED=2,1V, ILED=15mA), com lente difusa, como indicador de funcionamento, cal-
cula o resistor série para este circuito.
5. Diodo Zener
O diodo zener tem funcionamento semelhante ao diodo retificador, exceto
quando em seu comportamento polarizado inversamente.
No diodo retificador, a aplicação de tensão acima de um limite ( ) faz
com que o diodo entre em avalanche, com a corrente subindo rapidamente e levando
o semicondutor à destruição. O diodo zener tem construção muito parecida com a do
retificador, só que com uma área de dissipação de potência capaz de suportar o efeito
avalanche, dentro de certos limites. O interessante dessa característica é uma variação
mínima na tensão sobre o diodo mesmo com grande variação na corrente, a partir de
determinado nível de tensão aplicado inversamente. Este nível de tensão, chamado de
tensão zener ( ), é um dos principais parâmetros do diodo zener. A tensão zener varia
conforme o tamanho e nível de dopagem da junção PN.
IZ
K
CATODO
VZ
VB VD
IZmin
A
ANODO
IZmax
Luciano Braatz 27
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
VCC vi Z RL vo VZ
t t
Para o dimensionamento de , devem ser determinados:
Tensão Zener;
Correntes mínima e máxima no zener;
Faixa de correntes na carga;
Limites de variação da tensão de entrada.
Luciano Braatz 28
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Exemplo:
Dimensionar para um regulador de tensão utilizando um diodo zener de
6,2V x 1/2W, conectado a uma fonte de , que alimenta uma carga de
180.
O primeiro passo é calcular as correntes zener e a corrente de carga:
Luciano Braatz 29
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Exercícios:
REDE
ELÉTRICA
Luciano Braatz 30
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
7. Transformadores
Os transformadores utilizados em fontes de alimentação são constituídos
por um conjunto de enrolamentos de fio de cobre esmaltado, montados em torno de
um núcleo de ferro laminado (responsável pelo acoplamento magnético entre os enro-
lamentos).
7.1. Símbolo
Bivolt
Tensão Simples Simples Duplo
110V/
220V
110V
Exercício: Liga uma chave H-H (2 pólos, 2 posições) para permitir a seleção
da tensão de entrada em um transformador com enrolamentos primários duplos.
Luciano Braatz 31
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Simples Múltiplos
Luciano Braatz 32
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Exercícios
10.1 - Como um transformador é constituído?
10.2 - Por que a corrente no secundário é maior que no primário em um transforma-
dor rebaixador?
10.3 - Quais as vantagens do transformador bivolt com primário duplo sobre o sim-
ples?
10.4 - Calcula o número de espiras do primário de um transformador com 780 espiras
no secundário, V1=220V e V2=150V.
10.5 - Um transformador é composto de 1350 espiras no primário e 90 espiras no
secundário. Qual a tensão deve ser aplicada na entrada para que a tensão de saí-
da seja de 25V?
10.6 - Um transformador de 220V/18V, entrega para a carga uma corrente de 123mA.
Qual a corrente consumida na entrada?
10.7 - Um transformador com 1500 espiras no primário e 250 no secundário é alimen-
tado com 110V no primário e fornece uma corrente de pico de 460mA para uma
carga conectada ao secundário. Qual é a potência do transformador?
Luciano Braatz 33
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
8. Circuitos Retificadores
O circuito retificador é responsável por converter a tensão alternada, pro-
veniente do transformador, em contínua pulsante, ou seja, o circuito faz com que a
corrente circule em somente um sentido. Existem dois tipos de retificadores:
Retificador Retificador
Meia Onda Onda Completa
Entrada Saída Entrada Saída
-V2p
Luciano Braatz 34
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
um ciclo.
Durante o semiciclo positivo no primário, em azul, a tensão é positiva
em relação à referência, fazendo com que fique polarizado diretamente. A tensão
em relação à referência é negativa, portanto o fica polarizado reversamente. A
tensão sobre o resistor, neste caso, é .
Durante o semiciclo negativo no primário, em vermelho, as polaridades das
tensões se invertem: é negativa em relação à referência e é positiva. Assim,
fica polarizada reversamente e , diretamente. Portanto, a tensão sobre o resistor é
.
V2a V2b
V2ap V2bp
VD2 VD2
VB VB
-V2p -V2p
VL
V2ap-VB
Luciano Braatz 35
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
D1 D2
VD1 VD2
V2
VD3 VD4
D3 D4 VL
Luciano Braatz 36
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Exercícios:
9. Filtro Capacitivo
A tensão de saída de um retificador é chamada contínua pulsante, ou seja,
a tensão é apresentada em somente uma polaridade, mas varia de 0V a aproximada-
mente a tensão de pico do secundário do transformador.
Essa tensão não é o tipo de tensão utilizada pelos circuitos eletrônicos. Pa-
ra tanto, se faz necessária a aplicação de um filtro que elimine as variações da tensão.
Em fontes de alimentação este filtro normalmente é capacitivo.
D1 D2
D3 D4 C RL
Luciano Braatz 37
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
C1 C2 RL C1 C2 RL
Filtro RC Filtro LC
Luciano Braatz 38
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Luciano Braatz 39
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Exercícios:
Luciano Braatz 40
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Conforme visto no item 5.3, o diodo zener pode ser utilizado como regula-
dor.
D1 D2
R1
D3 D4 C1 Z1 RL
Luciano Braatz 41
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Luciano Braatz 42
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
D3 D4
C1
C2 C3
D1 a D4 - 1N4001 1500F 220nF 0,1F
Luciano Braatz 43
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Luciano Braatz 44
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
19,72Vdc 3 2 Vo
D1 D2 LM317T
1
R1
220V 15Vac 180
60Hz
C1
C2 C3
D3 D4 3300F R2
220nF 0,1F
2,2k
D1 a D4 - 1N4001
Exercícios
10.1 - Qual a máxima tensão de saída obtida ao usar um regulador LM 317, com
R2 = 22k e R1 = 1,2k?
10.2 - Calcula R1, para um regulador ajustável com LM 317, sendo R2 = 15k e
VOUTmax = 9,5V.
10.3 - Qual a máxima tensão obtida em um regulador LM 337, com V in= -25V,
R1=220 e R2 = 4,7k?
10.4 - Projeta um regulador ajustável com LM 337 que forneça uma tensão máxima
de -24V.
C1
D1 D2 1500F C2 C3
15Vac 220nF 0,1F
220V
60Hz C2 C3
15Vac
220nF 0,1F
D3 D4 C1
1500F
2
D1 a D4 - 1N4001
3 1
7912 -12Vdc
Luciano Braatz 45
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
R4
C5
2,2k
220nF
C4
3300F C6
R3
1 0,1F
180
3
LM337 2
-Vo
-19,72Vdc
Exercícios:
11.1 – Projeta uma fonte de alimentação simétrica com tensões de saída de +18V e -
18V, com capacidade de corrente de 700mA. Utiliza um retificador de meia-
onda e transformador com tensão de secundário de 20V+20V. Liga um LED in-
dicador de funcionamento no circuito de tensão positiva.
11.2 – Projeta uma fonte de alimentação simétrica com tensões variáveis de
, com capacidade de saída de 1,5A, com LED indicador de fun-
cinamento.
Bibliografia
Luciano Braatz 46
Curso de Eletrônica Eletrônica Geral I
Luciano Braatz 47