Matemática Financeira No Excel
Matemática Financeira No Excel
Matemática Financeira No Excel
Pré-requisitos
Esse curso exige conhecimento sobre conceitos básicos de matemática. Embora o assunto seja a
matemática financeira básica e intermediária, alguns conceitos podem intimidar os iniciantes.
Objetivos
Este curso foi dividido em tópicos que vão da abordagem dos assuntos básicos e intermediários até
o avançado de Matemática Financeira no Excel.
Os tópicos são divididos em partes para que o leitor possa adquirir somente as partes onde há uma
deficiência de conhecimento. Desta forma o conteúdo se torna mais relevante e o leitor não precisa
obter material sobre o qual ele já tem domínio.
Foram feitas varias leituras para assegurar que esta apostila não contenha erros. Porém, no
improvável caso do leitor encontrar qualquer erro, por favor, envie seus comentários e/ou sugestões
diretamente para o professor.
ÍNDICE ANALÍTICO
1. COMPREENDENDO O BÁSICO.............................................................................................4
1.1. POR QUE OS VALORES RETORNADOS SÃO NEGATIVOS? .......................................4
1.2. ASSEGURANDO QUE SEUS PERCENTUAIS SÃO ENTRADOS CORRETAMENTE ....5
1.2.1. Arredondando percentuais e decimais corretamente ...................................................6
2. PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM CÁLCULO FINANCEIRO............................................7
2.1. ATINGIR META ...............................................................................................................9
3. REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO .............................................................................................9
3.1. JUROS SIMPLES ..........................................................................................................10
3.2. HOT MONEY .................................................................................................................11
3.3. JURO EXATO E JURO COMERCIAL ............................................................................11
3.4. JUROS COMPOSTOS ..................................................................................................11
4. ASSISTENTE DE FUNÇÃO ..................................................................................................13
5. DEU ERRO NAS MINHAS CONTAS ... E AGORA?...............................................................15
6. AVALIANDO TAXAS NOMINAIS, EFETIVAS E EQUIVALENTES..........................................17
6.1. TAXAS NOMINAIS.........................................................................................................17
6.1.1. Exemplos desenvolvidos passo a passo....................................................................18
6.2. TAXAS EFETIVAS .........................................................................................................21
6.3. EXERCÍCIOS.................................................................................................................24
7. AVALIANDO CAPITALIZAÇÃO, DESCONTO E TEMPO .......................................................26
7.1. VALOR FUTURO - CAPITALIZAÇÃO ............................................................................26
7.1.1. Exemplos desenvolvidos passo a passo....................................................................27
7.2. VALOR FUTURO - CAPITALIZAÇÃO COM CRESCIMENTO CONTÍNUO .....................30
7.2.1. Exemplos desenvolvidos passo a passo....................................................................31
7.3. VALOR PRESENTE - DESCONTO................................................................................32
7.4. AVALIANDO TEMPO .....................................................................................................36
7.5. EXERCÍCIOS.................................................................................................................40
8. AVALIANDO VALORES FUTUROS E PRESENTES DE ANUIDADES E TAXA INTERNA DE
RETORNO (TIR) ...........................................................................................................................41
8.1. VALOR FUTURO – CAPITALIZAÇÃO DE UMA ANUIDADE ..........................................41
8.1.1. Exemplos desenvolvidos passo a passo....................................................................42
8.2. VALOR PRESENTE – DESCONTO DE UMA ANUIDADE .............................................45
8.2.1. Exemplos desenvolvidos passo a passo....................................................................46
8.3. VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) .............................................................................47
8.4. TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)............................................................................50
9. ELABORANDO TABELAS FINANCEIRAS INTELIGENTES ..................................................52
9.1. TABELAS DE CAPITALIZAÇÃO ....................................................................................52
9.2. TABELAS DE DESCONTO ............................................................................................55
9.3. TABELAS DE AMORTIZAÇÃO ......................................................................................55
10. REVISÃO GERAL DAS FUNÇÕES APRESENTADAS E OUTRAS FUNÇÕES
FINANCEIRAS ..............................................................................................................................56
10.1. EFETIVA ....................................................................................................................57
10.2. ÉPGTO ..........................................................................................................................57
10.3. IPGTO........................................................................................................................58
10.4. NOMINAL...................................................................................................................59
10.5. NPER.........................................................................................................................60
10.6. PGTO.........................................................................................................................60
10.7. PPGTO ......................................................................................................................61
10.8. TAXA .........................................................................................................................62
10.9. TIR.............................................................................................................................62
10.10. VF ..............................................................................................................................62
10.11. VP..............................................................................................................................63
10.12. VPL............................................................................................................................63
1. COMPREENDENDO O BÁSICO
Para iniciar é necessário que você compreenda algumas partes essenciais quando o assunto é
função financeira no Excel.
Existem outros pontos que passarão a ter um peso maior em seus cálculos diários, porém, estes
três primeiros pontos servirão de alicerce para o desenvolvimento correto de fórmulas financeiras.
O primeiro é importante porque você precisa saber em que direção o dinheiro flui, isto é, você está
recebendo ou pagando algo?
O segundo diz respeito à base utilizada pela Excel para reconhecer o percentual digitado em uma
célula. Os iniciantes em Excel tendem a encontrar “erros” tipo arredondamento incorreto de
percentuais, percentual formatado incorretamente, etc. Tais “erros” ocorrem pela falta de
conhecimento das bases centesimais e unitárias na representação de um valor percentual.
O terceiro ponto mostra a relação entre os componentes do cálculo financeiro tais como taxa e
período. Infelizmente, o Excel apenas fornece uma função que executa uma fórmula
predeterminada. Todo o trabalho de raciocínio recai sobre nós. Se misturarmos taxas com períodos
que não casam com a forma de cotação, estaremos nos colocando em uma posição bem
desconfortável.
É importante que você saiba o básico da matemática e matemática financeira. Se você não tem este
conhecimento surgirão algumas dúvidas, não fique constrangido em saná-las com o professor.
De modo geral, quando calculamos o valor presente ou valor futuro de um bem financeiro qualquer
não nos preocupamos com sinais. Apenas aplicamos a fórmula e obtemos o resultado desejado.
Na área financeira existem convenções que definem como os fluxos de caixa devem ser vistos. Por
exemplo, se você resolve comprar um automóvel e financiá-lo; então, o dinheiro do financiamento é
um valor positivo entrando em seu caixa. Cada prestação que você paga pelo empréstimo é um
fluxo negativo em seu caixa.
O inverso é verdadeiro para a financiadora. Ao emprestar uma quantia para financiar o seu
automóvel, o dinheiro flui negativamente do caixa da financiadora. Por outro lado, cada prestação
que você paga é um fluxo positivo no caixa da financiadora.
Esta convenção é importante, pois precisamos saber em que direção o dinheiro está fluindo. Se
você deixasse de pagar as prestações do financiamento a financiadora teria um balanço negativo,
pois o dinheiro deixou de ser pago. Em outras palavras, o dinheiro deixa de fluir como ele deveria.
O Excel utiliza estas convenções para retornar os valores calculados em diversas funções.
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Se você deseja visualizar um fluxo de forma positiva apenas isso pode ser facilmente feito. Porém,
vale salientar que você precisa estar ciente da direção que o dinheiro flui.
O que ela te diz? Com o valor financiado positivo e um PGTO positivo, esta planilha sugere que
ambos os fluxos são positivos. Porém, este não é o caso. Para a financiadora, o valor em B1 deve
ser negativo, pois ela estará recebendo os pagamentos de R$212,26 por 36 meses (fluxos
positivos). O resultado é obtido colocando-se o sinal de (-) antes da função.
Primeiro o dinheiro sai do caixa da financiadora (-) e entra em seu caixa (+) como mostra a seta na
figura. Após o fechamento do contrato, o dinheiro começa a fluir de seu caixa (-) para o caixa da
financiadora (+).
Enquanto que de seu ponto de vista pode não fazer uma diferença na forma como os valores são
representados, observe que do ponto de vista da financiadora isso é crucial. Observe que ao ter um
fluxo negativo de R$5.000 a financiadora espera fluxos positivos de R$212,26 por 36 meses. Se em
algum ponto os fluxos forem interrompidos, a financiadora cumpriu com a obrigação dela logo de
início (pagando os R$5.000 a você), mas você deixou de cumprir com a sua obrigação a partir deste
ponto. A interrupção deste fluxo de caixa é a inadimplência que você certamente já ouviu falar.
Agora, coloque-se no lugar da financiadora. Se você esperasse um fluxo positivo de R$212,26 todo
mês e de repente ele parasse de entrar, o que você faria? Certamente, você teria que encontrar
uma forma de cobrir esta repentina quebra no fluxo.
Embora o exemplo seja simples, ele serve para ilustrar a importância da definição correta dos fluxos
de caixa, isto em, quem paga é quem recebe. E quem paga quando e recebe quando.
Uma questão que pode parecer óbvia, mas que muitos, erram diz respeito aos percentuais. Os
valores percentuais podem ser escritos na formas, centesimal e unitária. Quando os valores são
escritos na forma centesimal, precisamos nos atentar para o fato de que 5% é, na verdade, 5/100 ou
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Quando falamos da forma centesimal o sinal % é utilizado para indicar o montante em percentual.
O Excel trabalha com as duas formas e precisamos saber como ele reconhece cada uma. Ao entrar
um valor percentual em uma célula você pode entrar com o sinal % ou sem ele. Observe a figura
abaixo:
Assim sendo, para que B1 possa representar 5% o valor na célula deve ser 0,05. Ao formatar este
valor unitário para a forma centesimal ele será mostrado como vista na célula A1 da figura anterior.
Isso gera um novo problema quando o assunto é arredondamento de percentuais.
Para o Excel, o que deve ser arredondado é 0,104567 (o equivalente a 10,4567% na forma
centesimal). Arredonde este valor para duas casas decimais e você obtém 10% ou 0,10. Para se
fazer o arredondamento corretamente, você precisa adicionar duas casas ao arredondamento
desejado na forma unitária.
Neste caso, você precisa arredondar para 4 casas decimais para obter o resultado desejado:
Para mostrar o percentual por completo, ele teria que ser arredondado para 6 casas.
Finalmente, observe que arredondamento não é a mesma coisa que formatação para n casas
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decimais. Ao arredondar para 6 casas e formatar para 2 casas o valor utilizado em cálculos futuros é
o do arredondamento, não o da formatação.
Para que isso possa ser mais bem visualizado, veja a figura:
O arredondamento é para quatro casas e a formatação é percentual com 4 casas. Já a figura abaixo
mostra um arredondamento para 6 casas e formatação para 2 casas:
Estas são diferenças sutis, mas que podem provocar grande confusão e problemas sérios nos
cálculos.
Todo é qualquer cálculo financeiro possui componentes que são comuns a todos. Por exemplo, o
componente tempo está presente em qualquer cálculo financeiro. Você já ouviu a expressão “tempo
é dinheiro”? Pois bem, tempo é dinheiro porque ele pode ser utilizado para ganhar dinheiro.
Se você gasta uma hora apresentando uma palestra, você recebe por aquele tempo gasto. Se você
empresta R$1,00 por um ano você espera receber este valor de volta mais uma taxa de juros, pois
em um ano R$1,00 vale menos do que ele vale hoje.
Outro componente é a taxa de juros. A taxa de juros é a remuneração recebida pelo indivíduo ou
instituição que empresta uma quantia qualquer a terceiros.
Observe que no exemplo do tempo há outro componente implícito: o capital. O R$1,00 refere-se ao
valor principal do investimento/empréstimo. Ele pode vir como um valor presente para se calcular o
valor futuro ou vir como um valor futuro para se calcular o valor presente.
A taxa é a remuneração recebida sobre o capital. Ao depositar dinheiro em sua conta corrente,
poupança, etc., você está adiando o seu consumo para um futuro qualquer. Durante este período, o
seu banco paga uma remuneração para utilizar o seu dinheiro. Como o banco corre um risco toda
vez que um empréstimo é feito, o banco também recebe uma remuneração por tal risco.
• Tempo
Além do valor intrínseco do dinheiro, ainda temos o valor de tempo. Quanto mais longe for o
horizonte do recebimento de uma quantia, menor será seu valor. Embora seja uma boa idéia poupar
para sua aposentadoria é uma péssima idéia colocar esta poupança embaixo do colchão.
Melhorando os conceitos:
• Taxa: refere-se à taxa de juros aplicada sobre o investimento/empréstimo. A taxa pode ser nominal
ou efetiva; porém, é necessário atentar para o tipo de taxa cotada em relação à nper.
Se a taxa cotada é anual nominal e nper é para pagamento mensal, então, a taxa deve ser
proporcionada por 12 meses. A taxa pode ser proporcionada para qualquer período desde que ele
seja refletido em nper.
• Pmt (pagamento) refere-se aos fluxos de caixa do investimento/empréstimo. Pmt ocorre a cada
período de nper. Se nper é igual a 12, então, o valor de pmt ocorrerá 12 vezes.
• VF refere-se ao valor futuro de um valor presente (VP) ou fluxos de caixa pmt ou uma combinação
dos dois.
Fórmulas
As fórmulas abaixo são relações entre as variáveis mostradas acima, salientando que utilizaremos
o prazo igual a 1.
Fórmula 1: VF = VP + J Obtém-se o Montante ($)
Fórmula 2: J = VP*i Obtém-se os Juros de um período($)
Fórmula 3: VF = VP*(1 + i) Obtém-se o Montante de um período($)
Fórmula 4: i = (VF / VP) - 1 Obtém-se taxa de juros (% taxa ou decimal)
Fórmula 5 i = J / VP Obtém-se a taxa de um período
O resultado das fórmulas 4 e 5 serão decimal para transformá-las em percentual basta multiplicá-
las por 100.
Exemplo:
Tomo um empréstimo de R$10.000,00 (VP) sendo a taxa de juros de 15% a.m.
(i). Quanto será o montante desta operação no final de um mês?
Primeiramente devo ter em mente a fórmula correta, que no caso é a fórmula 3, onde é expresso
que VF = VP*(1+ i), ou seja, VF é o montante, VP é o valor do empréstimo, i é taxa de juros
aplicada na operação.
Note que a célula B1 corresponde ao valor presente (VF), a célula B2 corresponde à taxa de juros
(i), portanto a célula B3 deve ser formulada como: =B1*(1+B2)
Atingir meta faz parte do conjunto de comandos algumas vezes chamado de ferramentas de
análise hipotética (análise hipotética: um processo de alteração dos valores em células para saber
como essas alterações afetam o resultado de fórmulas na planilha. Por exemplo, variar a taxa de
juros usada em uma tabela de amortização para determinar o valor dos pagamentos.). Quando
você conhece o resultado desejado de uma fórmula (fórmula: uma seqüência de valores,
referências de células, nomes, funções ou operadores em uma célula que juntos produzem um
novo valor. Uma fórmula sempre começa com um sinal de igual (=).) única, mas não conhece o
valor de entrada que a fórmula precisa para determinar o resultado, você pode usar o recurso de
atingir meta disponível através do clique em Atingir meta no menu Ferramentas. Enquanto está
atingindo a meta atingir meta: um método para encontrar um valor específico para uma célula
ajustando o valor de outra célula. (Quando a meta é atingida, o Excel varia o valor em uma célula
que você especifica até que a fórmula dependente dessa célula retorne o resultado desejado.), o
Microsoft Excel varia o valor em uma célula específica até que uma fórmula dependente daquela
célula retorne o resultado desejado.
Por exemplo, use Atingir meta para alterar a taxa de juros na célula B3 de forma incremental até
que o valor do pagamento em B4 seja igual a R$900,00.
3. REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO
Regime de capitalização é a forma em que se verifica o crescimento do capital, este pode ser pelo
regime de capitalização simples ou composta.
No regime de capitalização simples os juros são calculados utilizando como base o capital inicial
(VP), já no regime de capitalização composta as taxas de juros são aplicadas sobre o capital
acumulado dos juros.
Exemplo:
Empréstimo de R$ 10.000,00 por cinco meses, a taxa de 10% a.m.
VF=VP* (1+i*n)
EXEMPLO
Os Bancos cobram 4,5% ao mês (juro simples) para pagamentos em atraso de duplicatas.
Calcular o montante de liquidação das duplicatas abaixo.
A taxa de juros do HOT MONEY apresenta-se “linearizada”, pois é apresentada na forma de taxa
mensal ao dia útil ou taxa de OVER, ou seja, a taxa efetiva de um dia útil multiplicada por 30 dias
(convenção de mercado)
Para juro exato temos que utilizar o número de dias do calendário, entretanto o mercado utiliza o
número de dias do mês sendo 30 e o ano com 360 dias, portanto ao calcular juros onde datas são
mencionadas devemos fazer o ajuste conforme o exemplo abaixo.
Neste método o cálculo é efetuado através do método exponencial, ou seja, juros são computados
sobre os juros anteriormente calculados.
Fórmulas:
VF=VP* (1+i)^n Montante
VP=VF/(1+i)^n Presente
i= (VF/VP)^(1/n) – 1 Taxa
n=log(VF/VP)/log(1+i) Período
O Excel possui várias funções prontas para calcular todos esses valores, mas é importante que
saibamos manipular as fórmulas, pois muitas vezes é mais fácil construir uma fórmula que gravar
a aplicação de cada função, vou deixar para cada um fazer a sua escolha. Mais tarde veremos
como cada função pode ser usada.
EXEMPLO
Tomo um empréstimo de R$100.000,00 por 120 dias, a uma taxa de 3,5% a.m. Qual seria o
montante a ser desembolsado para o pagamento do empréstimo?
Em diversos casos você terá o valor final e necessitará do valor inicial, neste caso teremos que
utilizar o recurso atingir meta.
1º PASSO
2º PASSO
Selecione no menu a função FERRAMENTAS, e a opção ATINGIR META.
3º PASSO
Depois de digitado os campos solicitados Definir célula: célula onde será mostrado o resultado.
Para valor: valor utilizado como base de cálculo.
Alternando célula: célula onde a formula é informada para cálculo.
EXEMPLO
Necessito da taxa de juros aplicada na operação financeira.
EXEMPLO
Necessito calcular o prazo de uma aplicação
4. ASSISTENTE DE FUNÇÃO
Para calcular o valor futuro selecionamos a categoria Financeira e a função VF, neste instante
abrirá um assistente onde informaremos os valores de taxa, período, pagamento, valor presente e
tipo, efetuado este procedimento o Excel irá calcular o resultado desejado.
EXEMPLO
1º PASSO
2º PASSO
Posicione o cursor na célula onde será exibido o resultado, selecione o menu INSERIR, selecionar
a opção FUNÇÃO, em seguida selecione a categoria FINANCEIRA e a função VF.
Tirando os erros cometidos diretamente nos cálculos tais como inserção incorreta da taxa
proporcionada em relação ao tempo do investimento, sinais incorretos, etc., ainda há aquela
situação onde parece que suas contas simplesmente não resultam no valor esperado.
Em muitos casos, você verá valores nas células que quando somados resultam em algo diferente do
esperado. Por exemplo:
Se você somar a coluna “A” manualmente, você deveria obter o valor contido na célula B4. Tanto a
célula A4 quanto a célula B4 contém a função SOMA que é utilizada para somar os intervalos A1:A3
e B1:B3 respectivamente. Então, por que o primeiro caso retorna um centavo a mais que o
segundo?
Quando o Excel efetua cálculos em uma planilha ele utiliza a maior precisão contida na célula. Ao
passo que o intervalo A1:A3 utiliza a precisão completa dos valores digitados o intervalo B1:B3
utiliza um precisão até a segunda casa decimal:
Os valores contido no intervalo B1:B3 são arredondados utilizando a função ARRED() para corrigir
os decimais.
Mas a pergunta é: devo arredondar logo no início ou no final do cálculo? A sugestão é, em cálculos
financeiros, você deve fazer os arredondamentos somente no final. Portanto qualquer valor
intermediário deve ser considerado com a precisão máxima. A figura abaixo mostra onde deve ser
arredondado:
O arredondamento dos cálculos intermediários resulta em precisão inferior dos seus cálculos. Você
observará isso com freqüência quando estiver calculando percentuais. Como os valores são
mostrados na base centesimal, se o arredondamento ocorrer durante os passos intermediários a
diferença final no percentual pode ser relativamente grande em relação ao percentual inicial:
Iniciando o arredondamento no valor das cotas e arredondamento o retorno, o valor final é menor.
Observe que 0,01% é cerca de 2,35% do retorno diário.
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Portanto, é importante que qualquer cálculo financeiro leve em consideração todas as casas
decimais possíveis nos cálculos intermediários. O arredondamento deve ocorrer apenas no cálculo
final.
Do ponto de vista de um indivíduo qualquer, talvez tal discrepância não faça a menor diferença.
Contudo, se você trabalha na área financeira e efetua milhares de cálculos como este, comece a
somar cada centavo perdido e você rapidamente chega à conclusão que a melhor opção é
realmente efetuar o cálculo com o máximo de precisão possível nos cálculos intermediários e
somente no final fazer o ajuste necessário em termos de arredondamento.
Taxas podem causar muita confusão. Há várias formas de se cotar uma taxa: elas podem ser
nominais anuais, semestrais, mensais, diárias, etc. Podem ser efetivas anuais, trimestrais, mensais,
semanais, diárias, etc. Ou podem ainda ser equivalentes.
É importante compreender o tipo de taxa sendo utilizada, pois o Excel não tem um método de
verificação de taxas. O que você precisa ter em mente quando utilizar as funções do Excel é que as
taxas devem ser proporcionais à ocorrência do pagamento.
Por exemplo, se alguém lhe passa uma taxa nominal anual de 10% a.a, mas a capitalização ocorre
mensalmente você precisa proporcionar 10% por 12 (número de meses no ano). Se a taxa fosse 1%
ao mês e capitalizada diariamente, você precisa proporcionar 1% por 21 dias úteis (ou a fração
referente ao número de vezes que a taxa será capitalizada no mês).
Taxa nominal é aquela que possui valor de face. Imagine uma nota de R$10, quanto ela vale? A
resposta que parece ser óbvia é que uma nota de R$10 vale R$10. Mas será que vale mesmo?
Uma nota de R$10 somente vale R$10 porque você acredita que ela vale os R$10, em outras
palavras, o valor é fiduciário e mais nada.
Quando uma passagem de ônibus passa de R$1,00 para R$2,00 os seus R$10 não valem mais a
mesma coisa, embora seu valor de face continue o mesmo. Antes, ela pagava dez passagens de
ônibus. Agora, ela paga apenas cinco passagens. Embora você saiba que a nota ainda tenha o
mesmo valor de face, você também sabe que ela compra menos do que antes.
A taxa nominal nada mais é do que isso. É uma taxa que não é real. Se você fosse receber 1% de
juros ao mês a taxa nominal para o ano seria 12% (12*1%); porém, esta não é a taxa realmente
recebida. Desta forma, eu poderia dizer que você recebe 12% de juros ao ano, taxa nominal, mas
até a realização da capitalização esta taxa tem apenas valor de face, pois não será este o valor
recebido ou o valor real da taxa.
Mas como reconhecer uma taxa nominal? E por que as pessoas falam de taxas nominais ao invés
de efetivas?
Reconhecer um taxa nominal é bem simples. Procure apenas pelo valor de face do custo do
dinheiro. Por exemplo, se você tem uma taxa mensal para pagamentos mensais, a taxa será efetiva,
pois existe o “casamento” entre a proporção da taxa e o período. Se por outro lado a taxa é anual e
o pagamento é mensal você estará observando uma taxa nominal (a menos que seja informado o
contrário).
As pessoas utilizam taxas nominais pelo mesmo motivo que usamos as notas de R$10 quando elas
já não possuem o mesmo valor que 10 anos atrás. Se cada nota no mercado representasse o seu
valor naquele momento no tempo, a Casa da Moeda do Brasil teria que imprimir e distribuir notas a
cada segundo, pois o processo de desvalorização é contínuo.
Colocando este parágrafo no contexto da taxa nominal, com uma taxa nominal cotada para o ano
inteiro, você pode proporcionar para qualquer período dentro do ano para encontrar a sua taxa
efetiva, isto é, o quanto realmente custa o dinheiro. Caso contrário, você teria que prever todas as
condições e combinações possíveis de taxas dentro do ano. Com uma taxa única para o ano, basta
proporcionar para o período desejado quando ele surgir e se surgir.
Comentários:
Npera é truncado para que apareça como um número inteiro.
Se qualquer um dos argumentos não for numérico, NOMINAL retornará o valor de erro
#VALOR!.
Se taxa_efet ≤ 0 ou se npera < 1, NOMINAL retornará o valor de erro #NÚM!.
Ou seja, primeiro argumento é a taxa efetiva e o segundo o número de períodos que são compostos
no ano.
Obs. O período pode ser qualquer coisa. Contudo, se a taxa não estiver na mesma base o resultado
não será o esperado
a) Um investimento oferece uma taxa de 1% efetiva ao mês. Qual a taxa nominal para o mês?
Observe que a taxa é cotada para o mês. Considerando um mês de 21 dias úteis podemos
facilmente encontrar a taxa nominal para o mês.
=NOMINAL(1%;21)
b) Você decide fazer um financiamento de seu novo carro. Os juros efetivamente cobrados pela
financeira somam 127% ao ano. Se o pagamento é mensal, qual a taxa nominal anual?
=NOMINAL(127%;12)
1
Para utilizara esta função instale o suplemento Ferramentas de análise: Ferramentas / Suplementos
Matemática Financeira no Excel
19
=1.5%*12 = 18%
Ou
=NOMINAL(1,015^12-1;12)
d) Você investe R$1.100 e recebe R$1.855,23 depois de 2 anos. Se a taxa de juros foi composta
mensalmente, qual a taxa nominal anual deste investimento?
VF
Taxa efetiva mensal = n −1
VP
Então temos:
1855,23
taxa efetiva = 24 − 1 = 0,022018 ⇒ 2,2018% ao mês. Para calcular a taxa nominal
1.100
anual multiplica-se por 12, totalizando 26,4216% ao ano.
A função TAXA retorna a taxa de juros por período de uma anuidade. TAXA é calculada por
interação e pode ter zero ou mais soluções. Se os resultados sucessivos de TAXA não
convergirem para 0,0000001 depois de 20 iterações, TAXA retornará o valor de erro #NÚM!.
TAXA(nper;pgto;vp;vf;tipo;estimativa)
Onde:
Pgto é o pagamento feito em cada período e não pode mudar durante a vigência da anuidade.
Geralmente, pgto inclui o principal e os juros e nenhuma outra taxa ou tributo. Se pgto for omitido,
você deverá incluir o argumento vf.
Vp é o valor presente, o valor total correspondente ao valor atual de uma série de pagamentos
futuros.
Vf é o valor futuro, ou o saldo, que você deseja obter depois do último pagamento. Se vf for
omitido, será considerado 0 (o valor futuro de um empréstimo, por exemplo, é 0).
Se TAXA não convergir, atribua valores diferentes para estimativa. Em geral, TAXA
converge se estimativa estiver entre 0 e 1.
Comentários
Certifique-se de que esteja sendo consistente quanto às unidades usadas para especificar
estimativa e nper. Se você fizer pagamentos mensais por um empréstimo de dois anos com juros
de 12% ao ano, utilize 12%/12 para estimativa e 2*12 para nper. Se fizer pagamentos anuais para
o mesmo empréstimo, utilize 12% para estimativa e 2 para nper.
Exemplo
No nosso exemplo
e) Um investimento de 21 dias retorna R$775,61 por um investimento inicial de R$716. Qual a taxa
nominal mensal?
775,61
taxa efetiva = 21 − 1 = 0,003815 ⇒ 0,3815% ao dia. Para calcular a taxa nominal
716
mensal multiplica-se por 21, totalizando 8,0122% ao mês.
=TAXA(21;0;-716;775,61;0)*21
NB: Neste exemplo, um erro comum ocorre. Geralmente, a tendência é tratar os valores presente e
futuro com sendo positivo. Porém, ao fazer isso a função retornará o erro #NUM!. Isso ocorre
porque estamos assumindo que nenhum dinheiro sai, isto é, que o fluxo de caixa é somente positivo
tornando impossível se achar uma solução para a taxa.
f) Você deposita mensalmente a quantia de R$500 por doze meses. Quando você finalmente
resgata o dinheiro, o montante recebido é de R$6.654,13. Qual a taxa nominal anual aplicada neste
investimento?
=TAXA(12;-500;0;6654,13;0)*12
g) Você financia um automóvel por 48 meses. Se o valor de cada prestação é de R$431,23 e o valor
financiado foi de R$16.000, qual a taxa nominal anual aplicada?
=TAXA(48;-431,23;16000)*12
Taxa Efetiva, como o nome sugere, é a taxa efetivamente paga ou recebida. Se um investimento
paga uma taxa mensal de 1% e este é o valor final recebido; então, esta é sua taxa efetiva. Por
outro lado, se a taxa fosse cotada como sendo anual nominal, digamos, 12%; então, a sua taxa
efetiva anual é dada por:
m
i
efetiva = 1+ - 1
m
Onde m é o número de vezes que i (a taxa nominal) é composta no período. Se a taxa é composta
12 vezes por ano, então:
12
0,12
efetiva = 1+ -1
12
A importância da taxa nominal pode ser vista agora. No exemplo acima a taxa efetiva para
capitalização mensal é 12,68%. Se a capitalização fosse diária, com a mesma taxa nominal
podemos encontrar a taxa anual efetiva:
252
0,12
efetiva = 1+ - 1=> taxa efetiva 12,7464% ano
252
Como podemos ver, para cada capitalização (valor m) há uma taxa efetiva diferente. Porém, todas
estas taxas convergem para uma única taxa nominal no ano. Isso facilita em muito o nosso cálculo,
pois temos apenas uma variável para manipular. Imagine a situação onde você deseja elaborar uma
tabela de capitalização. Se você tivesse que definir uma taxa efetiva para cada período você teria
mais trabalho do que definir uma taxa única para o ano e proporcioná-la conforme surgir a
necessidade.
Abaixo desenvolvo várias questões envolvendo taxas efetivas. As respostas para estas questões
podem ser encontradas na pasta de trabalho que acompanha este tópico.
a) Um investimento oferece uma taxa nominal 1% ao mês. Se este valor é composto diariamente,
qual a taxa efetiva para o mês? Assuma 21 dias úteis no mês.
Observe que a taxa é cotada para o mês. Considerando um mês de 21 dias úteis podemos
facilmente encontrar a taxa efetiva para o mês:
= EFETIVA(1%;21)
2
Para utilizara esta função instale o suplemento Ferramentas de análise: Ferramentas Suplementos
Matemática Financeira no Excel
23
b) Um investimento oferece uma taxa diária de 0,075%. Qual a taxa efetivamente recebida na
sexta-feira se o investimento foi feito na segunda-feira
= EFETIVA(0,075%*5;5)
c) Um investimento inicial de R$750,00 dobra em três anos. Sabendo que a capitalização foi
mensal, qual foi a taxa média efetiva anual?
Para resolver este problema primeiramente precisamos encontrar a taxa nominal e envelopar este
resultado na função EFETIVA:
Alternativamente:
1500
taxa efetiva = 3 − 1 = 0,259921 ⇒ 25,992% ao ano.
750
=TAXA(36;-256,35;5000;0;0)*12
=EFETIVA(TAXA(36;-256,35;5000;0;0)*12;12)
e) Um investimento qualquer paga uma taxa diária de 0,06%. Considerando um ano de 252 dias
úteis, qual a taxa efetivamente recebida no final de um ano?
=EFETIVA(0,06%*252;252)
Alternativamente:
=(1+0,0006)^252-1
6.3. EXERCÍCIOS
a) Um investimento paga uma taxa anual de 16,5% nominal. Se os juros são compostos
mensalmente, qual a taxa efetiva anual?
Resp. 17,80%
b) Assumindo que a taxa anterior é capitalizada diariamente, qual a taxa efetiva anual? Assuma
um ano de 252 dias úteis.
Resp. 17,93%
c) Você investe R$500 por um mês e resgata R$510,15. Assumindo que a taxa é paga
diariamente, qual a taxa efetiva do investimento? Qual a taxa nominal do investimento? Assuma 21
dias úteis no mês.
Resp.Nominal 2,03% mês Taxa efetiva 2,0497% mês
e) A taxa efetiva para um ano é de 27,75%, qual a taxa nominal anual para a capitalização
mensal?
Resp. 24,7421%
f) Supondo que a taxa anterior seja capitalizada semanalmente, qual será a taxa nominal anual?
Resp. 26,053%
g) Indo um pouco mais além, qual seria a taxa nominal anual para uma capitalização diária?
Resp. 24,499 %
h) R$5.000 é descontado para R$4.250 por uma empresa de factoring para um cheque pré-datado
de 90 dias. Qual a taxa de desconto utilizada pela empresa de factoring?
Resp.
Após a avaliação das diferentes taxas de juros, passamos agora para a avaliação de valores futuros
e presentes.
Valor futuro refere-se aquele valor que será recebido em um futuro qualquer dado um investimento
inicial. Por exemplo, se você fizesse uma poupança para o seu filho quando ele nascesse, quando
ele atingisse a maior idade e resgatasse tal poupança o valor total acumulado é o valor futuro.
Porém, você não precisa esperar pela maior idade de seu filho para ter uma idéia de quanto valerá
este dinheiro.
Utilizando cálculos financeiros podemos estimar o tamanho deste fundo dentro de X anos.
Já o desconto (valor presente) é o processo inverso. Se você sabe que dentro de 20 anos você
receberá um montante X de dinheiro, você deseja saber quanto ele vale hoje. Esta questão é
relevante porque se o fundo é de R$1 milhão, em 20 anos ele não valerá o que vale hoje.
Nos tópicos a seguir estarei mostrando como utilizar as funções do Excel para efetuar tais cálculos.
Valor futuro refere-se a capitalização de um bem financeiro qualquer. O investimento pode ser um
imóvel, ações, cotas em um fundo, etc.
Se você optasse por deixar R$100 embaixo do colchão ao passo que eu deposito R$100 em uma
conta bancária que pagará juros sobre tal depósito, quem terá mais poder aquisitivo dentro de 10
anos?
A pergunta pode parecer simples, mas é através dela que podemos compreender o valor do
dinheiro no tempo. Conforme o tempo passa, se não houver correção, o dinheiro perde valor,
embora o valor de face permaneça o mesmo.
Se você sabe que o carro de seus sonhos custa R$33 mil e a taxa paga pelo seu banco sobre um
depósito é de 10% a.a, se o valor do automóvel continua o mesmo pelos próximos doze meses,
talvez seja mais interessante depositar R$30 mil, hoje, e comprar o carro no final do ano.
Através do adiamento do consumo você economizará R$3 mil, pois os R$33 mil valem apenas R$30
mil.
Obviamente que a decisão também depende da importância de se ter o carro agora. Mas a decisão
final certamente ficará mais clara quanto você reconhecer o real valor do automóvel em relação a
sua real necessidade. Se a necessidade não é imediata é interessante adiar o consumo. Se por
outro lado a compra do carro gerará um retorno, pois você o utiliza para trabalhar e ganhar dinheiro;
então, será interessante comprar o carro agora.
Contudo, pontos subjetivos de sua decisão final ficarão muito mais objetivos com tais ferramentas
em mãos.
No Excel, para avaliarmos o valor futuro utilizamos a função VF. Esta função avalia o valor futuro de
um pagamento único, uma série de pagamentos ou a combinação dos dois.
Função VF
VF(taxa;nper;pgto;vp;tipo)
Pgto é o pagamento feito a cada período; não pode mudar durante a vigência da anuidade.
Geralmente, pgto contém o capital e os juros e nenhuma outra tarifa ou taxas. Se pgto for omitido,
você deverá incluir o argumento vp.
Tipo é o número 0 ou 1 e indica as datas de vencimento dos pagamentos. Se tipo for omitido, será
considerado 0.
Definir tipo para Se os vencimentos forem
0 No final do período
1 No início do período
Iniciarei com exemplos de pagamento únicos, passando por uma série de pagamentos e finalmente
a combinação dos dois.
a. Você efetua um investimento de R$1.000 para resgatar em cinco anos. Se a taxa anual nominal
é de 15% e os juros são capitalizados mensalmente, qual será o valor do resgate daqui a cinco
anos?
=VF(0,15/12;12*5;0;-1000;0)
Alternativamente
=1000*(1+0,15/12)^(12*5)
=VF(0,15/12;12*5;0;-1000;1)
Alternativamente
=1000*(1+0,15/12)^(12*5)
c. Você faz um investimento que paga 0,055% ao dia de juros. Se o investimento for resgatado
em um ano, quanto você terá recebido por um investimento inicial de R$3.000? Considere um ano
de 252 dias úteis.
Considerando que a taxa é cotada como sendo diária, não há necessidade de proporcioná-la,
portanto o valor futuro é:
=VF(0,00055;252;0;-3000;0)
Alternativamente:
=3000*(1+0,00055)^(252)
d. Sabendo que a taxa cobrada para um empréstimo é 6% ao mês, se o empréstimo for pago após
45 dias, quanto deve ser paga se a retirada foi de R$500,00 e os juros aplicados diariamente?
Neste exemplo, vamos considerar um mês de 30 dias. Portanto a taxa deve ser proporcionada por
30 ao passo que 45 se transforma em 1,5 por ser uma vez e meia maior que 30:
=VF(0,06/30;30*1,5;0;-500;0)
Alternativamente:
=500*(1+0,06/30)^(30*1,5)
e. Utilizando o mesmo exemplo anterior, qual será o valor futuro se a capitalização é mensal?
Com a capitalização mensal nós precisamos observar que no primeiro mês a capitalização é total,
isto é, os 6% são aplicados sobre os R$500. Porém, para o período seguinte o valor é capitalizado
no 15º dia. Portanto, a capitalização não é completa e precisamos calcular a taxa equivalente no
período.
=VF(0,06;1,5;0;-500;0)
Alternativamente:
=500*(1+0,06)^(1,5)
f. Sabendo que a taxa anual nominal é de 77% para empréstimos pessoais, quanto você deverá
pagar por um empréstimo de R$1.000 liquidado ao final de seis meses se a capitalização é mensal?
Como a taxa é cotada por ano, precisamos proporcioná-la para o tipo de capitalização. Neste caso a
capitalização é mensal. Observe que T refere-se ao ano completo. Como estamos falando em seis
meses; então, T deve ser igual a 0,5 (metade do ano):
=VF(0,77/12;12*0,5;0;-1000;0)
Alternativamente:
=1000*(1+0.77/12)^(12*.5)
g. Pelos próximos 5 anos você fará um depósito mensal de R$500 em um fundo de investimento.
Se a taxa paga pelo fundo é 1,05% ao mês, quanto você terá acumulado neste período?
Diferentemente dos problemas anteriores, aqui, nós não possuímos uma valor presente fixo. Ao
invés disso, temos um depósito constante de R$500 por um período de 60 meses. A função
continua a mesma, mas os argumentos são entrados de forma diferente:
=VF(0,0105;60;-500;0;0)
Alternativamente:
=500*(((1+0,0105)^(60)-1)/(0,0105))
=VF(0,0105;60;-500;0;1)
=500*(((1+0,0105)^(60+1)-1)/(0,0105))-500
1 1 1 1 1
e = 1+ + + + + ... +
1! 2! 3! 4! n!
Durante um ano de capitalização o coeficiente de capitalização se aproxima deste número pela
fórmula (quando uma taxa de 100% é composta continuamente):
m
1
Coeficiente e = lim 1 +
m →∞
m
Em Excel, o exponencial e é dado pela função EXP() tanto na planilha quanto no VBA. O inverso da
função exponencial é a função LN() – logaritmo natural. Na planilha, esta função é realmente LN, já
no VBA a função é dada por LOG().
É improvável, porém, que você venha utilizar este método de cálculo a menos que você trabalhe
com um dos exemplos acima. Não obstante, é importante que você saiba como calcular tais valores
futuros.
m
1
Como você deve lembrar coeficiente e = lim 1 + nada mais é do que o coeficiente de
m →∞
m
capitalização. Portanto, tudo que precisamos fazer é modificar o coeficiente na fórmula original para
valores futuro e obtemos:
iT
VF = VP.e
a) Um investimento cresce continuamente por 10 anos. Se a taxa anual é 16%, quanto valerá um
investimento inicial de R$2.230 com capitalização anual?
=2230*VF(1/31536000;31536000;0;-1;0)^(0,16*10)
Alternativamente:
=2230*exp(0,16*10)
Observe que a função VF é apenas utilizada para criar o artifício para o exponencial e nada mais.
Se você calcular somente a função VF você obterá um valor bem próximo do exponencial.
b) Sua empresa projeta um crescimento médio anual de 10,5%. Sabendo que as vendas este ano
totalizaram R$100 mil, qual será o tamanho das vendas em 3 anos?
=100000*exp(0,105*3)
Valor presente refere-se aquela quantia que será recebida em um futuro qualquer cotada em
dinheiro corrente. Se você vai receber R$100 dentro de um ano, hoje, ele vale menos. Portanto, o
valor presente é aquele valor que capitalizado pelo próximo ano gera os R$100,00 no final do ano.
Em outras palavras, o valor presente nada mais é do que o inverso do valor futuro.
Valores presentes podem ser utilizados para descontar notas promissórias, títulos, cheques, etc.
Se você mora de aluguel e deseja pagar adiantado para o ano inteiro, obviamente que você sairá
perdendo a menos que você tenha um desconto sobre o valor total. O desconto mínimo é aquele
que fornece um rendimento exatamente igual à diferença descontada.
Este é o mínimo requerido para que nem você ou proprietário saiam perdendo nesta transação. A
pergunta que você deve estar fazendo é: se nem o proprietário nem você sai perdendo, então,
porque entrar nessa?
A verdade é que você somente entra por acreditar que não será possível ter o mesmo rendimento
dado o desconto. Se você acredita que a taxa de juros vai cair nos próximos meses, então, se você
consegue assegurar um desconto maior do que você acredita conseguir de juros no banco, você
sairá ganhando. Por outro lado, se a taxa subir e o proprietário investir o dinheiro sabiamente, ele
sairá ganhando.
Matemática Financeira no Excel
33
Mas deixando as estratégias de lado, vamos ver como o estes cálculos são feitos no Excel.
Para calcular o valor presente de um investimento qualquer utilizamos a função VP(). A função VP
retorna o resultado oposto da função VF(). Para ver isso funcionando, nesta parte, nós reverteremos
os cálculos dos exemplos anteriores.
Para assegurar o máximo de precisão os valores referentes ao “valor futuro” estarão vinculados à
planilha contendo os cálculos para valor futuro.
a) Você efetua um investimento e resgata após cinco anos a quantia de R$2.107,18. Se a taxa
anual nominal é de 15% e os juros são capitalizados mensalmente, qual o valor presente do
investimento?
=VP(0,15/12;12*5;0;-2107,18;0)
=2107,18/(1+0,15/12)^(12*5)
=VP(0,15/12;12*5;0;-2107,18;1)
c) Você faz um investimento que paga 0,055% ao dia de juros. Se o investimento foi resgatado em
um ano, quanto você investiu se o valor resgatado foi de R$3.445,86? Considere um ano de 252
dias úteis.
Considerando que a taxa é cotada como sendo diária, não há necessidade de proporcioná-la,
portanto o valor futuro é:
Matemática Financeira no Excel
34
=VP(0,00055;252;0;-3445,86;0)
=3445,86/(1+0,00055)^(252)
d) Sabendo que a taxa cobrada para um empréstimo é 6% ao mês, e o empréstimo for pago após
45 dias, quanto você pegou emprestado se o valor pago foi de R$547,04 e os juros aplicados
diariamente?
Neste exemplo, vamos considerar um mês de 30 dias. Portanto a taxa deve ser proporcionada por
30 ao passo que 45 se transforma em 1,5 por ser uma vez e meia maior que 30:
=VP(0,06/30;30*1,5;0;-547,04;0)
Alternativamente:
=547,04/(1+0,06/30)^(30*1,5)
e) Utilizando o mesmo exemplo anterior, qual será o valor presente se a capitalização é mensal e
o valor pago foi de R$545,67?
Com a capitalização mensal nós precisamos observar que no primeiro mês a capitalização é total,
isto é, os 6% são aplicados sobre o valor do empréstimo. Porém, para o período seguinte o valor é
capitalizado no 15º dia. Portanto, o desconto não é completo e precisamos calcular a taxa
equivalente no período.
=VP(0,06;1,5;0;-545,67;0)
=545,67/(1+0,06)^(1,5)
f) Sabendo que a taxa anual nominal é de 77% para empréstimos pessoais, quanto você pegou
emprestado se ao final de seis meses você pagou R$1.452,31 com uma capitalização mensal?
Como a taxa é cotada por ano, precisamos proporcioná-la para o tipo de capitalização. Neste caso a
capitalização é mensal. Observe que T refere-se ao ano completo. Como estamos falando em seis
meses; então, T deve ser igual a 0,5 (metade do ano):
=VP(0,77/12;12*0,5;0;-1452,31;0)
=1452,31/(1+0,77/12)^(12*0,5)
g) Por 5 anos você fez um depósito mensal que lhe rendeu R$41.497,79 no resgate do fundo de
investimento. Se a taxa paga pelo fundo foi de 1,05% ao mês, qual foi o valor depositado
mensalmente?
Diferentemente dos problemas anteriores, aqui, nós não possuímos uma valor futuro resultante de
um único VP. Ao invés disso, temos vários depósitos mensais constantes por um período de 60
meses. A função usada é:
=PPGTO(taxa;período;nper;vp;vf;tipo)
=PPGTO(0,105;1;60;0;41.497,79;0)
=41497,79/(((1+0,0105)^(60)-1)/(0,0105))
Como o pagamento ocorre no início do período, basta modificar o último parâmetro de “zero” para
“um”:
=PPGTO(0,105;1;60;0;41.497,79;1)
=41497,79/(((1+0,0105)^(60)-1)/0,0105)
=41933,52/((((1+0,0105)^(60)-1) )*(1+0,0105)/0,0105)
Como visto até o momento, a partir de certos parâmetros podemos encontrar outros. Às vezes
possuímos todos os parâmetros necessários para encontrar o valor presente. Outras vezes,
possuímos os parâmetros necessários para encontra o valor futuro ou a taxa de juros aplicada.
O que você deve ter notado nos exemplos anteriores é que os argumentos de cada função, na
verdade, representam outra função. Por exemplo, na função VP você tem o argumento VF que
também é representado pela função VF. Da mesma forma, em ambas as funções têm o argumento
TAXA e também possuímos a função TAXA.
Outro argumento preenchido várias vezes é NPER. NPER além de ser um argumento das funções
acima, ele também é uma função.
A precisão da função NPER dependerá dos valores entrados como argumentos da função. Observe
Matemática Financeira no Excel
37
o exemplo abaixo:
O valor na célula C8 é um valor calculado, portanto o resultado para NPER é exatamente 603 (5*12
utilizado no cálculo do VF).
Este é mais um motivo para você evitar arredondamentos durante o cálculo. Utilize o máximo de
precisão possível nos cálculos intermediários e somente faça o arredondamento no final.
=NPER(15%/12;;-1000;2107,18;0)
=NPER(15%/12;;-1000;2107,18;1)
c) Você faz um investimento que paga 0,055% ao dia de juros. Se o valor investido inicialmente foi
de R$3.000 e o valor resgatado foi de R$ 3.455,86, quanto tempo o dinheiro ficou investido?
Considerando que a taxa é cotada como sendo diária, não há necessidade de proporcioná-la,
portanto o valor futuro é:
3
O valor não é exatamente 60, mas é bem próximo: 59,9999.
Matemática Financeira no Excel
38
=NPER(0,055%;;-3000;3445,86)
Usando a fórmula n = log(vf/vp)/log(1+ i)
=LOG(3445,86/3000)/LOG(1+0,055%)
d) Sabendo que a taxa cobrada para um empréstimo é 6% ao mês, se o valor do empréstimo foi
de R$500 com juros aplicados diariamente, em quanto tempo o empréstimo foi pago se o valor pago
foi de R$547,04?
=NPER(6%/30;;-500;547,04)
Alternativamente:
=LOG(547,04/500)/LOG(1+6%/30)
e) Utilizando o mesmo exemplo anterior, quanto tempo levou se a capitalização foi mensal e o
valor resgatado foi de R$545,67?
=NPER(6%;;-500;545,67)
Alternativamente:
=LOG(545,67/500)/LOG(1+6%)
f) Sabendo que a taxa anual nominal é de 77% para empréstimos pessoais, por um empréstimo
de R$1.000 você paga R$ 1.452,31. Se a capitalização foi mensal, qual foi o período do
empréstimo?
Como a taxa é cotada por ano, precisamos proporcioná-la para o tipo de capitalização. Neste caso a
capitalização é mensal. Observe que T refere-se ao ano completo:
=NPER(77%/12;;-1000;1452,31)
Alternativamente:
=LOG(1452,31/1000)/LOG(1+77%/12)
g) Você fará um depósito mensal de R$500 por “x” anos em um fundo de investimento. Se a taxa
paga pelo fundo é 1,05% ao mês e o valor acumulado no período foi de R$ 41.497,79, qual é este
“x” de anos?
=NPER(1,050%;-500;;41497,79)
Alternativamente:
=LOG((41497,79/500)*1,05%+1)/LOG(1+1,050%)
=NPER(1,050%;-500;;41933,52)
=LOG((41933,52/500)*1,050%+1)/LOG(1+1,050%)
7.5. EXERCÍCIOS
a) Você investe R$200 por 45 dias a uma taxa anual de 22,25%. Qual o valor resgatado no final
de 45 dias se os juros são capitalizados mensalmente?
c) Você aplica R$1.250 e resgata R$1.745,27. Sabendo que a taxa aplicada foi de 15,12%
e) Por um ano você deixa uma quantia X investida. Sabendo que o valor do resgate foi de
R$1.350,14, a taxa de 1,01% e capitalização mensal, qual foi o valor inicial do investimento?
f) Qual o valor futuro de um investimento inicial de R$3.530 por 8 anos com capitalização
semestral e taxa anual de 17,5%?
h) Você resgata R$3.315,12 de um investimento após 3 anos. Se a taxa anual nominal aplicada foi
de 18,25% com capitalização trimestral, qual o valor presente do investimento?
i) Você investe R$350 e resgata R$525,16. Se a taxa aplicada foi de 1% ao mês, por quanto
tempo o dinheiro ficou aplicado?
j) Qual o valor presente de um título de 30 dias cuja taxa de desconto é de 0,06% ao dia e valor
de face de R$10.000?
k) Prove que o valor encontrado na pergunta anterior é realmente o valor presente do título.
l) E se o título fosse de 90 dias, qual seria o valor presente para uma taxa de desconto de 1,09%
por mês e desconto mensal?
m) Uma investidora recebe, por um investimento inicial de R$1.000, a quantia de R$1.126,83 após
um ano com uma taxa mensal de 1%. Um outro investidor recebe por um investimento de R$1.000 a
quantia de R$1.120 com uma taxa de 1% ao mês. Qual o motivo para tal divergência no valor futuro
dos dois investimentos?
Nesta parte tocarei em fluxos de caixa. Em alguns exemplos anteriores o fluxo de caixa é único, isto
é, você faz um depósito por um período X, espera (se desejar, é claro) até o final do período,
resgata o dinheiro e vê quanto ganhou. Ou faz o inverso.
Nestes casos, o fluxo é único e a periodicidade é que muda em cada situação (diária, semanal,
mensal, etc.). O que desejamos, agora, é saber o que ocorre quando o fluxo de caixa ocorre com
certa periodicidade assim como o pagamento de juros, interpretar estes resultados e compreender
como eles podem nos ajudar no dia a dia.
Uma anuidade, diferentemente do que o nome pode sugerir, não é exatamente um valor
capitalizado uma vez ao ano. Imagine a situação onde você todo mês faz um depósito em uma
caderneta de poupança. Diferentemente do valor futuro apresentado anteriormente, ao invés de um
pagamento único capitalizado por um período de tempo, agora, temos vários depósitos onde
cada um é capitalizado conforme os depósitos vão ocorrendo.
8 500,00 1% 4.142,84
9 500,00 1% 4.684,26
10 500,00 1% 5.231,11
11 500,00 1% 5.783,42
12 500,00 1% 6.341,25
No período 1, você deposita R$500. No final do período 1, os R$500 recebem 1% de juros e você
deposita mais R$500 (R$500*1,01 + R$500 = R$1.005). No final do período 2, você recebe 1% de
juros sobre R$1.005 e deposita mais R$500 (R$1.005*1,01 + R$500 = R$1.515,05). O processo se
repete até o período 12 onde terminamos com um valor capitalizado de R$6.341,25.
=VF(0,01;12;-500)
Observe que desta vez utilizamos o argumento PGTO ao invés do argumento VP. Isto ocorre
porque desta vez estamos observando uma série de pagamentos e não um único pagamento inicial.
O exemplo acima assume que o pagamento recebe juros no final do período. Isto é, se você
depositar o valor hoje, ele receberá juros no final deste período (início do período seguinte). Porém,
existe a situação onde os valores são capitalizados no início do período, por exemplo:
Representa o mesmo fluxo de caixa, contudo, os valores são capitalizados no início do período.
Desta forma, R$500 recebe 1% de juros e no mês seguinte é somado ao novo depósito de R$500.
Ao resultado desta soma adicionamos 1% de juros (R$505+R$500)*1,01. O processo continua até o
final a período 12.
=VF(0,01;12;-500;;1)
Neste caso, o ultimo argumento é 1. Quando o argumento é deixado em branco ele é definido como
zero. Se o argumento não for definido (em branco) ou for zero, então, a capitalização ocorre no final
do período do depósito.
a) Você decide fazer um depósito mensal pelos próximos 20 anos no montante de R$200. Se a
taxa efetiva mensal é de 0,8% e será constante por 20 anos, quanto você terá resgatado no final de
240 meses?
b) Crie uma tabela de depósitos de R$750 por 12 meses capitalizados à taxa de 1,25% por mês.
c) Você resolve fazer uma poupança para sua filha que acabara de nascer. Supondo que o
resgate ocorrerá no 18o aniversário dela, se os depósitos são mensais de R$100, quanto a
poupança terá acumulado se a taxa é fixa e esta cotada em 0,67% ao mês?
d) Sua empresa gera um fluxo de caixa de R$150mil mensais. É decidido que 15% deste fluxo
será retido todo mês por 24 meses para reinvestimento. Se este valor é colocado em um fundo que
rende 1,11% ao mês, qual será o tamanho do fundo no resgate?
e) Qual o valor futuro de uma anuidade capitalizada semanalmente no valor de R$830 por 24
meses a uma taxa mensal de 0,88%?
f) O carro de seus sonhos custa R$35.000. Você decide poupar R$1000 por mês por 16 meses e
no final adicionar R$5000 e comprar o veículo à vista. Se a taxa efetiva mensal é 0,98%, o valor do
fundo mais os R$5.000 serão suficientes?
O valor total será R$17.231,54+R$5.000, isto é, R$22.231,54. O fundo não será suficiente para
adquirir o veículo.
g) Você resgata R$40.460,20 após 24 meses de investimento. Sabendo que a taxa aplicada foi de
1%, quanto você investiu mensalmente neste fundo?
Este problema envolve uma questão ligeiramente diferente do que foi discutido. Desta vez, você tem
o valor futuro da anuidade e deseja saber o valor dos depósitos. O valor de cada depósito é o
Matemática Financeira no Excel
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pagamento que você fez para o fundo de investimento. Para resolver o problema usamos a função
PGTO:
Para quem já usou a função PGTO este exemplo é provavelmente bem diferente do uso mais
comum da função: usar para cálculo de prestações.
O valor presente de uma anuidade é exatamente o inverso do exercício anterior. Supondo que você
queira retirar R$500 mensalmente por um ano com uma taxa mensal de 1%, o que você deseja
saber é o quanto você precisa depois, hoje, para usufruir destas retiradas:
n VF parcela Taxa VP
12 500,00 500,00 1% 495,05
11 995,05 500,00 1% 985,20
10 1485,20 500,00 1% 1.470,49
9 1970,49 500,00 1% 1.950,98
8 2450,98 500,00 1% 2.426,72
7 2926,72 500,00 1% 2.897,74
6 3397,74 500,00 1% 3.364,10
5 3864,10 500,00 1% 3.825,84
4 4325,84 500,00 1% 4.283,01
3 4783,01 500,00 1% 4.735,65
2 5235,65 500,00 1% 5.183,81
1 5683,81 500,00 1% 5.627,54
Desta maneira teríamos que fazer um depósito de R$5.627,54 que recebe juros de 1% no final do
período um, passando para R$5.683,81 (R$5.627,54 * 1,01 = R$ 5.683,81) diminuindo o valor da
parcela (500) teríamos 5.183,81, capitalizando novamente (R$5.183,81 * (1,01) = 5235,65),
novamente diminuindo a parcela, e assim sucessivamente.
Observe que no décimo segundo mês tudo que sobra é R$500. Este é o valor da última retirada a
qual zerará o fundo.
Este é um conceito muito importante da área financeira, principalmente para planejamento. Se você
tem uma série fixa de pagamentos para efetuar em um período X, você pode facilmente calcular
quanto é necessário, hoje, para assegurar todos os pagamentos tendo em vista uma taxa i de juros.
=VP(0,01;12;-500)
Assim como no caso do Valor Futuro, o valor presente pode ser retirado logo de início. Neste caso,
precisamos passar o último argumento da função para 1:
=VP(0,01;12;-500;;1)
a) Você deseja se aposentar, hoje, e efetuar retiradas mensais de R$2.000 por 20 anos. Quanto
você precisa depositar, hoje, se a taxa de juros sobre tal fundo é de 0,55% ao mês?
b) Se o valor presente de uma anuidade é R$55.250,30; qual a retirada mensal máxima que você
poderá fazer por 15 anos sabendo que a taxa aplicada é de 0,95% ao mês?
Coloque esta pergunta no contexto da pergunta (g) do tópico anterior e temos uma situação inversa.
Portanto, utilizaremos à função PGTO, mas para valor presente ao invés de valor futuro:
Observe que este resultado é o cálculo de um empréstimo ou prestação. Porém, geralmente nós
recebemos o VP e pagamos o PGTO. Aqui, nós depositamos o montante principal (VP) e o fundo
nos paga cada PGTO durante a vida da anuidade.
c) Você faz um depósito em seu fundo para retiradas mensais imediatas. Se o valor da retirada é
de R$1.100 por 12 e a taxa de 0,0476% ao dia, qual o valor do depósito efetuado? Considere um
Matemática Financeira no Excel
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d) Crie uma tabela para resgates de R$750 mensais por 12 meses utilizando a função VP e taxa
de 1,05%
O Valor Presente Líquido (VPL) é utilizado para calcular atratividade de investimentos. Supondo que
você faça um investimento inicial de R$100 mil reais em um projeto e espera fluxo de caixa de
R$10mil mensais, dada a taxa de atratividade (juros), você deseja saber se o projeto é viável ou
não.
Embora o cálculo seja bem direto, precisamos observar uma coisa importante. Como os fluxos são
mensais, a cada mês os R$10 mil vão perdendo valor. Contudo, os R$100 mil investidos
inicialmente foram investidos com valores correntes.
Desta forma, precisamos descontar cada fluxo de caixa que ocorrerá para saber o quanto ele vale,
hoje, e comparar este resultado com o valor investido.
• Valor1; valor2;... devem ter o mesmo intervalo de tempo entre eles e ocorrer ao final de
cada período.
• VPL utiliza a ordem de valor1; valor2;... para interpretar a ordem de fluxos de caixa.
Certifique-se de fornecer os valores de pagamentos e receita na seqüência correta.
• Argumentos que são números, células vazias, valores lógicos ou representações em forma
de texto de números são contados; os argumentos que são valores de erro ou texto que
não podem ser traduzidos em números são ignorados.
Comentários
• Se n for o número de fluxos de caixa na lista de valores, a fórmula para VPL será:
n
valores
∑ (1+ taxa)
x =1
x
• VPL também está relacionado à função TIR (taxa interna de retorno). TIR é a taxa para
qual VPL é igual a zero: VPL(TIR(...); ...)=0
Exemplo:
Supondo que o horizonte dos fluxos é 2 anos seguidos e a taxa de desconto 25%, queremos saber
se o VPL é positivo ou não.
Se o fluxo for positivo, então o projeto é viável. Se for negativo o projeto é uma furada e é melhor
deixá-lo de lado.
Observe a figura:
Infelizmente, a função VPL pode apresentar um pequeno problema para os mais incautos. O VPL é
definido como o valor presente dos fluxos de caixa menos o valor inicial do investimento, isto é:
=VP(0,25;24;-10000)-100000
Este resultado é bem diferente do resultado encontrado pela função VPL. Então, qual resultado está
correto? Observe que no primeiro exemplo incluímos o valor do investimento no cálculo do VPL.
Quando fazemos isso o valor do investimento é descontado e cada valor subseqüente é descontado
no período seguinte. Em outras palavras, todos os valores são descontados nos períodos errados.
Existem várias formas de se corrigir este problemas. Uma delas é usar o exemplo anterior com a
função VP e subtração do valor investido.
=VPL(Taxa;Fluxos)-Investimento
Observe que esta opção nada mais é do que calcular o valor presente utilizando a função VP e
subtrair o investimento.
Uma terceira opção é notar que o valor original de um valor descontado nada mais é do que o valor
Matemática Financeira no Excel
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VF
VP = VP*(1+i) = VF
(1+ i)
Se o coeficiente é (1+i), então tudo que precisamos fazer é multiplicar o resultado por este
coeficiente:
=VPL (Taxa;Investimento:Fluxos)*(1+i)
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é outra medida de investimento, porém, diferentemente do VPL, a
TIR não retorna um valor monetário. Ela retorna um percentual.
• Valores deve conter pelo menos um valor positivo e um negativo para calcular a taxa
interna de retorno.
• TIR usa a ordem de valores para interpretar a ordem de fluxos de caixa. Certifique-se de
inserir os valores de pagamentos e rendas na seqüência desejada.
• O Microsoft Excel usa uma técnica iterativa para calcular TIR. Começando por estimativa,
TIR refaz o cálculo até o resultado ter uma precisão de 0,00001 por cento. Se TIR não
puder localizar um resultado que funcione depois de 20 tentativas, o valor de erro #NÚM!
será retornado.
• Na maioria dos casos, não é necessário fornecer estimativa para o cálculo de TIR. Se
estimativa for omitida, será considerada 0,1 (10 por cento).
• Se TIR fornecer o valor de erro #NÚM!, ou se o resultado não for próximo do esperado,
tente novamente com um valor diferente para estimativa.
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O percentual retornado pela TIR é a taxa de juros que zero o VPL. Para compreender melhor o que
isso significa, vamos retornar ao exemplo. Observe a figura:
Com uma taxa de 0,01% maior que a anterior o nosso VPL torna-se negativo.
Você alguma vez ouviu falar de tabelas no Excel? Se não ouviu, você não faz idéia do que está
perdendo.
A ferramenta de criação de tabelas do Excel utiliza o conceito de fórmulas matriciais para geral uma
tabela de dados baseada em dois parâmetros de entrada: linha e coluna.
Se você alguma vez entrou em uma loja para comprar um eletrodoméstico, carro, etc., à prestação
você deve ter notado que a vendedora utiliza uma tabela para calcular os valores das prestações. A
vendedora não precisa entender nada de finanças ou de Excel. A única coisa que ela precisa saber
é utilizar a calculadora para fazer o básico. O resto é feito pela tabela.
Estas tabelas contêm o que chamamos de fatores. Os fatores são os números multiplicados pelo
valor do empréstimo para saber o quanto se pagará nas prestações, etc. A utilização final da tabela
dependerá do tipo de tabela sendo elaborada.
Antes de continuar, você precisa atentar para o fato de que tabelas consomem bastante capacidade
de processamento. Uma vez que a tabela tenha sido feita não há necessidade de recálculo
automático, portanto, sugiro que o recálculo automático de tabelas seja desligado.
Para fazer isso vá até Ferramentas / Opções / Cálculo e selecione a opção “Automática, exceto
tabelas”.
Iniciarei dando um exemplo de como elaborar uma tabela de capitalização. Vamos supor que você
deseja avaliar vários cenários sobre a capitalização de um investimento. Uma opção “óbvia” é criar a
tabela na mão.
Chamo esta solução de óbvia porque a maioria das pessoas a utiliza para criar este tipo de cenário.
Então, acredito normal esperar por este tipo de tabela. Observe a figura abaixo:
Como você pode observar pela barra de fórmula, a tabela é construída através de uma fórmula que
é propagada para as outras células. Porém, este processo é extremamente lento e passivo de erro.
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O que desejamos fazer é gerar uma tabela rapidamente e com a mínima margem de erro.
Para tanto, precisamos dos valores que comporão o nosso cálculo. Estes valores são inseridos nas
células B1, B2 e B3. O valor futuro de um investimento é simplesmente o valor principal mais os
juros capitalizados n-vezes (estes valores são representados na coluna A a partir da célula A8).
=$B$1*(1+$B$2)^$B$3
Esta fórmula simplesmente calcula o valor capitalizado por um mês à taxa de 1% ao mês. O
resultado obtido pela fórmula deve ser R$1.010.
Feito isso, o próximo passo requer a seleção de TODA a área que compõe nossa tabela, isto é, a
área A24:J34, pois estamos falando de uma matriz 11x10.
Com a área selecionada, vá até Dados Tabela. Quando a caixa de tabela for aberta, para a
opção coluna selecione a célula B3 e para a opção linhas selecione a célula B2:
Clique OK e a mágica se fará! É bem provável que neste exercício você tenha gasto mais tempo
formatando a tabela do que elaborando a tabela de capitalização.
Mas o que há de errado com nossa tabela? Em termos de cálculos, nada. Contudo, o que queremos
é uma tabela de fatores e o que foi elaborado é uma tabela com valores.
Utilizei R$1.000,00 porque o resultado pode ser dividido por 1.000 para se obter os fatores. Não
obstante, se você deseja criar uma tabela somente com os fatores de capitalização, a célula
contendo o cálculo da primeira capitalização deve ser para uma capitalização cujo valor principal é
R$1:
=1*(1+$B$2)^$B$3
Com a tabela acima, se você deseja saber o valor futuro de um investimento de R$2.500,00 por 2
meses com uma taxa de 2%, basta procurar o fator na tabela e multiplicá-lo pelo valor do
investimento, isto é:
Como exercício, utilize a função VF para elaborar uma tabela de capitalização para um período de
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A nossa tarefa agora é elaborar uma tabela de desconto utilizando a função VP ao invés do cálculo
manual.
=B1/(1+B2)^B3
Ela resultará em R$990,10, pois este é o valor que investido, hoje, resultará em R$1000 em um mês
dada a taxa de 1% mensal ( R$900,10*1,01 = R$1.000 ).
Selecione o intervalo A24:J36 e vá até Dados Tabela. Para coluna selecione a célula B3 e para
linha seleciona a célula B2. Clique em OK e pronto:
Neste ponto você já deve estar pensando o quão ridículo de fácil foi construir a tabela acima. Pois
bem, é isso mesmo! Contudo, esta poderosa ferramenta é conhecida e utilizada por poucos.
A tabela acima gera os valores para R$1000. A sua tarefa agora é criar um tabela geral de
amortização para 12 meses com as taxas acima.
Depois dos dois exemplos anteriores, certamente um terceiro exemplo de como construir uma
tabela passa a ser desnecessário. Contudo, a intenção principal dos exercícios é mostrar ao leitor
as diferentes aplicações de tabelas na área financeira.
Este terceiro exemplo diz respeito a tabelas de amortizações. Estas tabelas são utilizadas para
calcular o valor de uma prestação qualquer, seja ela de sua casa própria, ou de um carro ou
Matemática Financeira no Excel
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geladeira.
Você deve lembrar-se da função PGTO já apresentada. Esta função é utilizada para calcular o valor
de uma prestação qualquer. Aqui, utilizaremos esta função para gerar uma tabela que seja aplicável
a qualquer valor.
Para iniciar modifique o valor contido em B1 para R$1. Desta forma, o que será calculado é o
coeficiente da amortização. Feito isso, na célula A8 você deve entrar a seguinte fórmula:
=PGTO(B2;B3;-B1)
Com a fórmula entrada, selecione a tabela e siga os passos já ensinados para inserir sua tabela de
coeficientes de amortização.
Se você deseja saber quanto será o financiamento de R$2.000 por 36 meses a uma taxa mensal de
4%, basta procurar o valor na tabela e utilizar este coeficiente no cálculo:
=PGTO(2%;36;5000)
A grande vantagem da tabela é que ela lhe fornece vários cenários que podem ser aplicados a
qualquer valor sendo financiado.
Quase chegando ao final deste curso, farei uma revisão das funções apresentadas e de algumas
funções relacionadas que ainda não foram vistas.
As funções não apresentadas estão relacionadas ao conteúdo deste módulo, portanto, não estarei
apresentando funções avançadas de finanças. Aqui, farei uma breve revisão de cada função e do
que ela faz além de propor vários exercícios para resolução.
Para estes exercícios, porém, não apresentarei soluções. A intenção destes exercícios é abrir o
debate para soluções diretamente com o autor.
10.1. EFETIVA
A função EFETIVA calcula a taxa efetivamente aplicada ou cobrada a partir de uma taxa nominal (N)
qualquer e um período qualquer (m). Portanto, a taxa efetiva é encontrada por:
m
N
efetiva = 1+ − 1
m
Utilizando o conhecimento acima e a função EFETIVA, encontre a taxa efetiva para os seguintes
problemas:
a. A taxa nominal anual é 15%, calcule a taxa efetiva anual para capitalização mensal, bimestral,
trimestral e semestral.
Resp. 16,0755%
15,9693%
15,8650%
15,5625%
b. A taxa nominal diária é 0,02567%, calcule a taxa efetiva mensal assumindo um mês de trinta
dias e outro de 21 dias úteis.
Resp. 0,77297% 30 dias
0,54046% 21 dias
c. Um investimento de R$367 passa para R$550,27 em dois anos. Sabendo que os juros foram
compostos semestralmente, calcule a taxa efetiva anual do investimento.
Resp. 10,6566% sem
d. Você faz um empréstimo de R$20.000 para pagar em 60 prestações fixas de R$423,96. Estime
a taxa mensal efetiva do empréstimo e a taxa efetiva anual.
Resp. 0,8250% ao mês
10,3618% ao ano
e. Você faz depósitos mensais de R$600 em um fundo de investimento por dois anos, sabendo
que o valor resgatado foi de R$15.759,40; qual foi a taxa efetiva mensal do investimento?
Resp. 0,7750% ao mês
10.2. ÉPGTO
A função ÉPGTO calcula o valor dos juros pagos sobre um investimento em um período qualquer.
Os juros aqui não se referem ao percentual, mas no montante do pagamento que é quebrado em
“juros” e principal. As amortizações são constantes.
ÉPGTO(taxa;período;nper;vp)
Período é o período para o qual você deseja encontrar os juros e deve estar entre 1 e nper.
Comentários
Certifique-se de que está consistente sobre as unidades usadas para especificar a taxa e
nper. Se você fizer pagamentos mensais para um empréstimo de quatro anos com uma
taxa de juros de 12%, use 12%/12 para taxa e 4*12 para nper. Se fizer pagamentos anuais
no mesmo empréstimo, use 12% para taxa e 4 para nper.
Supondo que você faça um empréstimo de R$15.000 para pagamentos mensais por 5 anos a uma
taxa de 0,765%, para o período zero (0), você pagará de juros o seguinte montante:
juros = balanço*taxa
No período zero, o balanço é de R$15.000; portanto os juros para o período zero são:
juros = R$15.000*0,765%
juros = R$114,75
Utilizando a função ÉPGTO, temos que os juros são dados por =ÉPGTO(0,765%;0;60;-15000).
a. Você faz um empréstimo pessoal no valor de R$2.000 para pagar em 12 vezes com uma taxa
mensal de 3,75%. Calcule o valor dos juros nos períodos 1, 3, 6, 9 e 12.
Resp. 68,750
` 56,250
37,500
18,750
` 0,00
b. Você faz um empréstimo pessoal no valor de R$3.500 para pagar em 24 vezes iguais. Se a
taxa aplicada sobre o empréstimo foi de 2,25% ao mês, elabore uma tabela mostrando o montando
dos juros pagos do período 1 ao 24. Construa a tabela manualmente e depois utilize a ferramenta
de tabelas do Excel para fazer o mesmo.
10.3. IPGTO
A função IPGTO é bem similar a função ÉPGTO, mas ela assume pagamentos constantes, períodos
e taxa de juros também constante. Desta forma, você encontrará uma ligeira diferença nos
resultados retornados pelas duas funções.
Matemática Financeira no Excel
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IPGTO(taxa;período;nper;vp;vf;tipo)
Período é o período cujos juros se deseja saber e deve estar no intervalo entre 1 e nper.
Vf é o valor futuro, ou o saldo, que você deseja obter depois do último pagamento. Se vf for
omitido, será considerado 0 (o valor futuro de um empréstimo, por exemplo, é 0).
Tipo é o número 0 ou 1 e indica as datas de vencimento dos pagamentos. Se tipo for omitido, será
considerado 0.
Definir tipo para Se os vencimentos forem
0 No final do período
1 No início do período
Via de regra, se você usa Excel você deve dar preferência a esta função.
Se você fosse calcular o valor dos juros para o período 1 de um empréstimo, você faria o mesmo
que o exercício anterior. Supondo que a taxa seja 0,75% ao mês e o valor do empréstimo R$5.000,
o valor dos juros no período 1 será:
juros = balanço*taxa
Se você comparar o balanço da função ÉPGTO e IPGTO durante todo o período, você verá que a
primeira zera os juros ao passo que a segundo deixa um resíduo.
O período zero da função ÉPGTO equivale ao período um da função IPGTO, se você tentar utilizar
o período zero na função IPGTO dará erro de indefinição numérica.
a. Para um empréstimo de R$2.500 com quitação em 24 meses, calcule o valor pago de juros no
último mês se a taxa mensal aplicada foi de 1,125%.
Resp. 1,33
b. Para um financiamento de R$1.625 por 12 meses a uma taxa nominal anual de 26,55%, calcule
os juros pagos no sexto mês.
Resp. 22,11
d. Elabore uma fórmula (não usar a função IPGTO) para calcular os juros pagos no quarto mês de
um financiamento de R$827 cuja taxa anual é de 17,16% e capitalizada mensalmente.
10.4. NOMINAL
A função NOMINAL retorna a taxa nominal aplicada sobre um investimento ou empréstimo. A taxa
nominal é calculada a partir da taxa efetiva qualquer.
A taxa nominal pode ser encontrada manipulando algebricamente a fórmula para a taxa efetiva:
m
N
efetiva = 1+ − 1
m
Isolando N temos:
m m
N N N
efetiva = 1 + − 1 ⇒ efetiva + 1 = 1 + ⇒ m efetiva + 1 = 1 + ⇒
m m m
N
⇒ m efetiva + 1 − 1 = ⇒ N = m( m efetiva + 1 − 1)
m
Utilizando o conhecimento acima e as explicações do tópico sobre esta função, resolva os seguintes
problemas:
a) Sabendo que a taxa anual efetiva é de 17,89%, qual a taxa nominal anual?
b) A taxa para um investimento é de 0,0344% efetiva diária. Qual a taxa nominal diária?
c) Um empréstimo cobra uma taxa efetiva mensal de 2,22%, qual a taxa nominal anual?
Resp. 26,3717% ano
10.5. NPER
Utilize o conhecimento aprendido no tópico sobre NPER para resolver os seguintes problemas:
a) Um investimento de R$1.500 retorna R$5.168,71. Sabendo que a taxa nominal anual foi de
25% com capitalização mensal, por quantos anos o dinheiro ficou investido?
b) Um investimento de R$1.500 retorna R$5.168,71. Sabendo que a taxa efetiva mensal foi de
2,08%, por quanto tempo o dinheiro ficou investido? Qual a diferença entre este problema e o
problema (a)?
10.6. PGTO
A função PGTO tem várias utilidades sendo a principal o cálculo de anuidades. Dado um valor
presente ou valor futuro qualquer. Os tipos de perguntas que esta função responde são:
1) Desejo financiar R$2.000 a uma taxa de 2,5% ao mês e pagarei em 12 prestações iguais. Qual
será o valor de cada prestação? Ou
2) Desejo comprar um carro no valor de R$16.000 dentro de 12 meses. Se a taxa de investimento
é 1% ao mês, quanto preciso economizar todo mês para atingir esta meta?
As respostas podem ser dadas para início e final de período, dependendo da sua escolha, contudo,
o cálculo por trás da função é o mesmo. Observe que as funções VP e VF estão relacionadas a
função PGTO.
Se R$2.000 é o valor presente entrado na função PGTO, então, você pode inverter a pergunta da
seguinte forma: Tenho R$195 mensais disponíveis para gastar, se a taxa de juros mensal é 2,5% e
estarei quitando a divida em 12 parcelas, qual o máximo que posso pegar emprestado.
Ao calcular o valor das parcelas em cima de R$2.000, você estará respondendo a pergunta acima.
O mesmo vale para o valor futuro.
a. Este ano, você decidiu criar um fundo de reserva para que no início do próximo ano escolar de
seu filho você possa quitar de uma só vez todas as mensalidades para o ano seguinte. Se cada
mensalidade custa R$720 e você terá um abatimento de 10% para o pagamento adiantado,
quando você terá que economizar todo mês para quitar todas as mensalidades ano que vem se a
taxa nominal anual está cotada em 12,44% em seu banco?
b. Em uma loja virtual da Internet, uma lavadora de roupas está cotada em R$1.129. Sabendo que
a taxa de financiamento é de 2,87% ao mês, por quanto sairá cada prestação desta lavadora se ela
será quitada em seis parcelas iguais?
c. Após fazer uns cálculos em casa, você chega à conclusão que pode dispor de R$333 mensais
para financiar o seu carro. Se você deseja quitá-lo em 24 parcelas iguais e a taxa de financiamento
está cotada em 3,22% ao mês, qual o valor máximo que você poderá financiar do veículo?
d. Você financia um automóvel pagando R$435 mensais por 36 meses. Se a financeira reinvestir
este dinheiro todo mês a uma taxa de 1,13% mensais, qual será o tamanho do fundo acumulado?
e. Se a taxa de abertura de crédito é de 0,25% sobre o empréstimo ou R$100 (o que for maior),
qual será o valor das prestações de um empréstimo pessoal de R$7.500 por 24 meses a uma taxa
pessoal de financiamento de 3,45% mensais?
10.7. PPGTO
A função PPGTO trabalha em conjunto com a função IPGTO. Enquanto a função IPGTO retorna o
valor dos juros pagos em um período qualquer a função PPGTO retorna o valor principal.
O valor calculado pela função PGTO é composto pelos juros e principal. Portanto, a soma de IPGTO
e PPGTO resulta no valor calculado de PGTO. Supondo que o valor de um empréstimo seja de
R$2.700 para ser quitado em 24 parcelas iguais a uma taxa mensal de 2,25%, o valor para PGTO é
R$146,83 [=PGTO(2,25%;24;2700)].
c) O valor dos juros pagos no primeiro período é de R$74,55. Sabendo que a taxa aplicada foi de
2,13% ao mês e o total de parcelas igual a 36, calcule o valor do principal no trigésimo mês.
d) O valor das parcelas de seu financiamento é de R$199,31 por mês por 24 meses. Se os juros
pagos no décimo sexto mês foram de R$48,41 e a taxa aplicada foi de 3,14% ao mês; calcule o
valor do principal no décimo sexto mês.
10.8. TAXA
A função TAXA retorna a taxa aplicada em um investimento, pagamento, etc. Utilize o conhecimento
ensinado no tópico sobre taxas para resolver os problemas propostos:
10.9. TIR
A função TIR retorna a Taxa Interna de Retorno. Utilize o conhecimento ensinado no tópico sobre
taxa interna de retorno para resolver os problemas propostos:
a) Você faz um investimento inicial de R$250 mil. Após a abertura da empresa serão gerados
fluxos de caixa no valor de R$75mil anuais por cinco anos, calcule a taxa interna de retorno dos
fluxos acima.
c) Você está avaliando dois projetos. O projeto A terá os seguintes fluxos de caixa: -R$560mil,
+R$640mil, +R$316mil. Projeto B terá os seguintes fluxos de caixa: +R$560, -R$584,47, - R$700.
Calcule a taxa interna de retorno de ambos os projetos. Os projetos são iguais? Por quê?
d) Grafe os fluxos de caixa do exercício (c) e veja se eles condizem com sua resposta.
10.10. VF
A função VF retorna o valor futuro de um único pagamento ou uma série de pagamentos. Utilize o
conhecimento ensinado no tópico sobre valor futuro para resolver os problemas propostos:
a) Você investe R$2.300 por 2 anos. Se a taxa de juros nominal anual está cotada em 14% e a
capitalização ocorre semestralmente, qual o valor futuro deste investimento?
b) Você faz um investimento de longo prazo (5 anos) no valor de R$3.450. Se a taxa de juros
mensal efetiva é de 1,03%, qual o valor futuro do investimento se a capitalização é bimestral?
c) Você faz um investimento de 70 dias no valor de R$7.660, qual o valor futuro do investimento
se a taxa efetiva anual é de 17,66% e a capitalização ocorre diariamente?
e) Você fará depósitos semanais no valor de R$250 em um fundo de investimento. Sabendo que a
taxa anual nominal é de 15,43%, quanto valerá o fundo no final de dois anos?
f) Sabendo que o crescimento sobre as vendas de sua empresa é contínuo e a taxa média de
crescimento anual é de 3,23%, projete o valor das vendas dentro de 5 anos se as vendas atuais
estão em R$223 mil anuais.
10.11. VP
A função VP retorna o valor presente de um único pagamento ou uma série de pagamentos. Utilize
o conhecimento ensinado no tópico sobre valor presente para resolver os problemas propostos:
b) Você fez um investimento há 6 anos e, hoje, ao resgatá-lo ele cresceu para R$6524,12. Se a
taxa de 17,12% ao ano foi constante neste período e a capitalização ocorreu trimestralmente,
quanto foi que você investiu inicialmente?
c) Uma empresa de factoring cobra 0,076% ao dia para descontar cheques pré-datados. Se o
valor do cheque a ser descontado é de R$324,15; quando você receberá por um cheque de trinta
dias?
d) Você deseja comprar um título com valor de face de R$10.000 e resgate em cinco anos. Se a
taxa de desconto está em 1,25% ao mês, qual o valor máximo que você deve pagar por tal título se
o desconto ocorre mensalmente?
10.12. VPL
A função VPL retorna o valor presente líquido de um investimento dados os fluxos de caixa e taxam
de desconto. Se o valor do investimento for inserido na função, então, o resultado precisa ser
corrigido por (1+i) para retornar o valor correto. Utilize o conhecimento ensinado no tópico sobre
valor presente líquido para resolver os problemas propostos:
a) Calcule o valor presente líquido de um investimento inicial de R$360mil, com fluxos de R$250,
R$120, R$80 e R$63 por ano e uma taxa de atratividade de 25%.