O documento discute a fisioterapia respiratória na disfunção pulmonar pós-cirurgia cardíaca. A cirurgia cardíaca pode causar lesões pulmonares devido à circulação extracorpórea e trauma cirúrgico, levando a tosse fraca, redução da mobilidade e fadiga muscular. Ventilação não invasiva como CPAP, Bilevel e RPPI pode ajudar a reverter a disfunção pulmonar e prevenir complicações no pós-operatório. Entretanto, não há consenso sobre a técnica fisiot
O documento discute a fisioterapia respiratória na disfunção pulmonar pós-cirurgia cardíaca. A cirurgia cardíaca pode causar lesões pulmonares devido à circulação extracorpórea e trauma cirúrgico, levando a tosse fraca, redução da mobilidade e fadiga muscular. Ventilação não invasiva como CPAP, Bilevel e RPPI pode ajudar a reverter a disfunção pulmonar e prevenir complicações no pós-operatório. Entretanto, não há consenso sobre a técnica fisiot
O documento discute a fisioterapia respiratória na disfunção pulmonar pós-cirurgia cardíaca. A cirurgia cardíaca pode causar lesões pulmonares devido à circulação extracorpórea e trauma cirúrgico, levando a tosse fraca, redução da mobilidade e fadiga muscular. Ventilação não invasiva como CPAP, Bilevel e RPPI pode ajudar a reverter a disfunção pulmonar e prevenir complicações no pós-operatório. Entretanto, não há consenso sobre a técnica fisiot
O documento discute a fisioterapia respiratória na disfunção pulmonar pós-cirurgia cardíaca. A cirurgia cardíaca pode causar lesões pulmonares devido à circulação extracorpórea e trauma cirúrgico, levando a tosse fraca, redução da mobilidade e fadiga muscular. Ventilação não invasiva como CPAP, Bilevel e RPPI pode ajudar a reverter a disfunção pulmonar e prevenir complicações no pós-operatório. Entretanto, não há consenso sobre a técnica fisiot
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FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NA DISFUNÇÃO PULMONAR PÓS-
CIRURGIA CARDÍACA
O quadro de disfunção pulmonar pós-cirurgia cardíaca é secundário à utilização de
circulação extracorpórea (CEC), indução anestésica e trauma cirúrgico; A circulação extracorpórea é responsável pela síndrome de isquemia-perfusão, resultando na liberação de enzimas proteolíticas e radicais livres, ocasionando lesão tecidual; A indução anestésica é apontada como um fator causal de distúrbios de ventilação-perfusão provavelmente secundários à atelectasia e ao fechamento das vias aéreas; Além disso, a esternotomia mediana contribui para a deterioração do quadro ao diminuir a estabilidade e a complacência da parede torácica; Tosse fraca, redução da mobilidade e fadiga muscular, associados à mudança do padrão respiratório fisiológico, diafragmático, para uma respiração mais superficial e predominantemente torácica, são responsáveis pela diminuição da expansibilidade dos lobos pulmonares inferiores; Os métodos CPAP, BILEVEL e RPPI são formas de suporte ventilatório não- invasivo (VNI), nas quais se utiliza uma máscara, nasal ou facial, que funciona como interface entre o paciente e o ventilador; Possuem como principais objetivos a diminuição do trabalho respiratório e a melhora das trocas gasosas. Foram observados efeitos positivos com a utilização de VNI, na forma de RPPI, RPPI associada PEP, CPAP ou BILEVEL nos primeiros dias após cirurgia cardíaca, período em que a respiração é caracterizada por baixo volume corrente, compensado por maior freqüência respiratória. A adoção deste padrão de respiração tende a favorecer o desenvolvimento ou perpetuação de atelectasias e alterações nas trocas gasosas; VNI, principalmente a RPPI e o BILEVEL, têm se mostrado recursos efetivos na reversão da disfunção pulmonar e na prevenção de complicações. Porém, não há consenso na literatura sobre a técnica fisioterapeutica mais apropriada nesse período;
VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA COM PRESSÃO
POSITIVA
As máscaras nasais ou oronasais são as interfaces mais freqüentemente utilizadas para
a aplicação da VNI no ambiente hospitalar; A máscara nasal é, provavelmente, a interface mais confortável, porém a resistência das narinas ao fluxo de ar e a presença do vazamento de ar pela boca podem limitar o seu uso em alguns pacientes; A máscara oronasal, também conhecida como facial, é a interface mais utilizada para pacientes com insuficiência respiratória aguda, permitindo maior volume corrente quando comparada com a máscara nasal e, conseqüentemente, correção mais rápida das trocas gasosas; Não existe, até o momento, nenhum estudo comparando o uso de ventiladores de UTI com aqueles específicos para VNI para o suporte ventilatório não invasivo em pacientes com insuficiência respiratória aguda; Como a VNI é uma modalidade de suporte ventilatório parcial e sujeita a interrupções, essa técnica não deve ser utilizada em pacientes totalmente dependentes da ventilação mecânica para se manterem vivos; Pela inexistência de uma prótese traqueal a VNI só deve ser utilizada naqueles pacientes capazes de manter a permeabilidade da via aérea superior, assim como a integridade dos mecanismos de deglutição e a capacidade de mobilizar secreções; Instabilidade hemodinâmica grave, caracterizada pelo uso de aminas vasopressoras, e arritmias complexas são consideradas contra-indicações para o uso da VNI pela maioria dos autores; VNI deve ser utilizada como tratamento de primeira escolha para pacientes com agudização da DPOC, especialmente para aqueles pacientes com exacerbação grave, caracterizada pela presença de acidose respiratória (pH < 7,35) que persiste a despeito de tratamento médico máximo associado a oxigenoterapia controlada; O uso de VNI diminui a necessidade de intubação e reduz a mortalidade hospitalar desses pacientes; VNI pode ser utilizada em conjunto com o tratamento medicamentoso convencional para o cuidado de pacientes selecionados com exacerbação aguda e grave da asma; O uso de CPAP é seguro e diminui a necessidade de intubação para pacientes com edema agudo de pulmão, devendo ser aplicado precocemente e em conjunto com a terapia medicamentosa convencional; Pacientes com hipercapnia associada à hipoxemia parecem ser os que mais se beneficiam do uso da VNI com PEEP acrescido de pressão de suporte (PEEP + PS) no tratamento do EPC; A VNI pode ser benéfica na insuficiência respiratória hipoxêmica, porém seu uso deve ser cauteloso; O uso da VNI parece ser útil para diminuir a mortalidade em subgrupos específicos de pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica, como, por exemplo, pacientes imunossuprimidos Devido ao alto risco de falência da VNI e conseqüente necessidade de intubação, pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica devem receber VNI onde existam facilidades para vigilância, monitoração, intubação traqueal e ventilação invasiva; A VNI não deve ser utilizada como método de resgate na insuficiência respira- tória desenvolvida após a extubação, pois ela pode retardar a reintubação; Ventilação não invasiva na falência respiratória pós-extubação pode ter riscos e aumentar a mortalidade, principalmente se houver uma demora em se proceder à reintubação; A VNI através de máscara facial como estratégia de desmame pode ser utilizada em paciente com repetidas falhas no teste de respiração espontânea, porém as evidências de seu benefício ainda são consideradas insuficientes; A VNI como estratégia de desmame foi considerada promissora, embora evidências do seu benefício clínico ainda sejam insuficientes;