Artigo 2 Claudia
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Lagarto-SE,
Novembro de 2017
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo geral refletir acerca da formação do pedagogo e
compreender como os desafios enfrentados no estágio supervisionado contribuem para sua
formação. E ainda mostrar as contribuições do professor orientador, para melhor aprendizado
durante o estágio supervisionado. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, sendo que
a coleta de dados ocorreu por meio dos seguintes instrumentos: observação, análise documental
que foram os relatórios de estágio.
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
A resolução CNE/CP n° 01/2006 Art. 8º parágrafo IV, afirma que, “estágio curricular a
ser realizado, ao longo do curso, de modo a assegurar aos graduandos experiência de exercício
profissional, em ambientes escolares e não-escolares que ampliem e fortaleçam atitudes éticas,
conhecimentos e competências”.
Já a resolução CNE/CP nº 2/2015 Art. 13 inciso 06 diz que: “O estágio curricular
supervisionado é componente obrigatório da organização curricular das licenciaturas, sendo
uma atividade específica intrinsecamente articulada com a prática e com as demais atividades
de trabalho acadêmico. ” (BRASIL, p., 2105)
Desse modo, o estágio vem a ser um dos componentes curriculares para a formação dos
professores, pois traz um conjunto de possibilidades e proporciona ultrapassar as fronteiras da
teoria e vivenciar situações práticas em ambientes escolares e não escolares, ou seja, preparação
constante. [...] “estágio curricular entende-se as atividades que os alunos deverão realizar
durante o seu curso de formação, junto ao campo futuro de trabalho.” PIMENTA, (2006, p.21).
O estágio também se constitui em espaço de realizar a prática reflexiva a qual irá
qualificar o estagiário para sua atuação docente. Pimenta e Lima (2012) destaca que o estágio
é o preparativo para atuação coletiva do trabalho docente. E para isso, deve-se pensar em qual
tipo de educador se quer formar.
Conforme Pimenta (2006, p.149) “Todos os alunos e professores entendem o estágio
como uma atividade que traz os elementos da prática para serem objeto de reflexão, de
discussão, e que propicia um conhecimento da realidade na qual irão atuar. ”
Assim os discentes têm a oportunidade de vivenciar na prática tudo aquilo que foi
aprendido e discutido acerca da atuação do ser professor.
O estágio como campo de conhecimento e eixo curricular central nos cursos
de professores possibilita que sejam trabalhados aspectos indispensáveis à
construção da identidade, dos saberes e das posturas especificas ao exercício
profissional docente. (PIMENTA e LIMA, 2012, p. 61)
Assim vem a ser o ponto crucial para formação docente, pois nele o discente tem a
oportunidade de ver na prática pontos importantes que contribuirá para sua formação. Ainda é
viável notar que o estágio é o espaço para construção da identidade e do desenvolvimento
profissional, a qual vem desenvolver uma vivencia pautada no planejamento gradual e
sistematizada. Conforme Pimenta e Lima (2012, p. 67-68) “[...] ao promover a presença do
aluno estagiário no cotidiano da escola, abre espaço para a realidade e para a vida e o trabalho
do professor na sociedade.” Essa é a oportunidade dos futuros professores vivenciarem a prática
orientados pelo professor supervisor e professor da sala de aula.
Entende-se a prática de estágio supervisionado como o momento de
solidificação de conhecimento em diversas áreas que compõem a formação
teórica inicial, em que ao aluno é oferecida a oportunidade de vivenciar
situações reais no contexto educacional, para que possa construir e/ou
desenvolver algumas habilidades específicas, necessárias ao seu futuro
desempenho, resultando em fonte de crescimento e desenvolvimento pessoal
e profissional. (MEDEIROS, SILVA e MELO, 2012, p. 2).
VASQUES (2012, p.242) cita que: “Os saberes da experiência são aqueles provenientes
da história de vida pessoal de cada professor e também são saberes produzidos pelos professores
no cotidiano de sua prática. ”
O estágio nada mais é do que a oportunidade em que o estagiário tem em ver na pratica
tudo que aprendeu à qual ele terá a chance de desenvolver todas as habilidades ao longo de todo
processo acadêmico.
Ou seja, é indispensável que a família esteja em harmonia com a escola, uma vez que
uma relação harmoniosa só pode enriquecer e facilitar o desempenho educacional das crianças.
No Estágio III, a pobreza era um dos sinais marcantes da grande deficiência no sistema
de ensino e também o acesso à escola. Nota-se que os pais não têm uma boa participação sobre
o desenvolvimento de seus filhos na escola.
O Brasil apresenta, de forma agravada, algumas características próprias de
países em desenvolvimento, entre as quais enorme desigualdade na
distribuição da renda e imensas deficiências no sistema educacional. Esses
dois problemas estão obviamente associados. Não é possível, hoje em dia,
aumentar substancialmente a renda média de adultos sem instrução, nem se
consegue educar adequadamente crianças cujas famílias vivem à beira da
miséria. Por isso mesmo, ao se traçar uma política educacional, há de se evitar
a posição simplista de que se pode resolver o problema da pobreza apenas
abrindo escolas. Pobreza e ausência de escolarização são deficiências que
somente poderão ser superadas se enfrentadas simultaneamente, cada uma em
seu lugar próprio. O caráter claramente utópico de muitas de nossas políticas
educacionais, responsável pelo seu fracasso, se deve, em grande parte, ao fato
de não terem sido associadas a uma política social de longo alcance e não
estarem alicerçadas em uma clara consciência dos obstáculos econômicos,
políticos e culturais que precisam ser enfrentados para a construção de um
sistema educacional abrangente e de boa qualidade. (GOLDEMBERG, p.1,
1993)
No estágio IV, foi observado um interesse por parte dos coordenadores em ajudar para
um melhor desenvolvimento do aluno, mas acredito que poderia ser feito ainda muito mais,
caso a escola dispusesse de um espaço mais atraente aos alunos, como por exemplo, uma
brinquedoteca diversificada e atraente, além de uma biblioteca com diversos livros a disposição
dos alunos, tudo isso em um espaço exclusivo para esse fim. Para desta forma levar as crianças
a interessar-se mais em aprender.
PIAGET (2007), já afirmava que a preparação dos professores constitui a questão
primordial de todas as reformas pedagógicas, pois enquanto ela não for resolvida de forma
satisfatória, será totalmente inútil organizar belos programas ou construir belas teorias a
respeito do que deveria ser realizado.
2.2 Atuações do Pedagogo em Contexto não Escolar
O pedagogo é um profissional que em sua pratica educativa pode atuar de forma direta
e indiretamente em espaços escolares e não escolares. Visto que, é de suma importância a
transmissão de conhecimentos nesses ambientes, pois ainda podemos observar que a
objetividade nada mais é que a formação humana. Conforme afirma Libaneo (2001, p.11) “O
pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou
indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes. ”
A pedagogia se designa em formar um profissional qualificado para atuar em diversos
campos educacionais. Neste sentido fica evidente que sua atuação está voltada para educação
escolar e não escolar. Aos quais originam a nossa realidade, de forma que amplie nossos
conhecimentos, tornando seres capazes e críticos diante a esses avanços tecnológicos, conforme
afirma Libaneo:
O curso de Pedagogia se destina a formar o pedagogo-especialista, isto é,
um profissional qualificado para atuar em vários campos educativos, para
atender demandas socioeducativas (de tipo formal, não-formal e informal)
decorrentes de novas realidades, tais como novas tecnologias, novos atores
sociais, ampliação do lazer, mudanças nos ritmos de vida, sofisticação dos
meios de comunicação. (LIBANEO, 2001, p. 12).
O presente trabalho utilizou a pesquisa qualitativa que para MINAYO (2001), este tipo
de pesquisa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e
atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações e dos fenômenos. E dessa
forma, não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis e assim todos os dados e
observações caracterizam material para descrever e estruturar esse trabalho de conclusão de
curso.
É também de caráter exploratório, pois envolve o levantamento bibliográfico,
observações e entrevistas sobre o tema proposto, além da análise das vivências que estimulam
para uma maior compreensão.
Monografias, artigos, publicações em revistas acadêmicas, além de documentos oficiais
do Governo Federal do Brasil foram alicerce para que pudéssemos teorizar sobre as questões
primordiais que surgiram com a pesquisa à medida que ia sendo elaborada.
As escolas municipais que serviram para as observações, foram fundamentais para que
as estagiárias pudessem refletir sobre o papel docente e desse modo, caracterizar como é
realizado seu planejamento e articulações no seu dia a dia e também como a realidade em que
se encontrava estava distante do que a teoria propõe.
Contudo com a esperança de que um trabalho consciente e estimulador possa provocar
novas realidades e promover melhores chances de sucesso, essa reflexão e contribuição na
formação dos novos pedagogos se faz essencial.
Os dados da pesquisa foram coletados dos relatórios do estágio supervisionado I, II, III
e IV, os quais ofereceram pistas para o desenvolvimento de todo o trabalho e para intensificar
os conhecimentos das estagiárias acerca da Formação do Pedagogo diante as várias
circunstâncias e realidades.
Todas as vivências das estagiárias foram norteadas pelas aulas e pela orientação da
professora supervisora, a qual estimulou que a pesquisa fosse e tivesse um olhar na importância
da formação do pedagogo e que assim pudessem ser motivadas a produção de um trabalho
criativo e libertador.
Durante todo o presente trabalho houve reflexões do que atualmente se tem como papel
fundamental do pedagogo, do aluno, da família e da escola, além também do governo. Todos
estes foram de alguma forma citados e teorizados para que pudéssemos agregar mais
conhecimentos sobre as funções de cada e como podem influenciar positivamente ou
negativamente.
4. CONCLUSÃO
FJAV, Faculdade José Augusto Vieira. Diretrizes para os Estágios Superiores nos Cursos
de Licenciatura da Faculdade José Augusto Vieira. 2009.
LIBÂEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TORCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar:
políticas, estrutura e organização. 5. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2007.
PIAGET, Jean. Para onde vai à educação. Rio de Janeiro. José Olímpio, 2007.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. São Paulo:
Cortez, 2004.
MEDEIROS, Ariana da Silva, SILVA, Gilmara Gomes, MELO, Jacicleide Ferreira Targino da
Cruz. Estagio Supervisionado: desafios e contribuições na formação inicial do docente no
curso de pedagogia. Campina Grande: Realize, 2012. Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/er/n46/n46a15.pdf > Acesso em: 29 de set. 2017.