Luiz Orlandi - A Filosofia de Deleuze (Ensaio)
Luiz Orlandi - A Filosofia de Deleuze (Ensaio)
Luiz Orlandi - A Filosofia de Deleuze (Ensaio)
LUIZ B. L. ORLANDI
Seja nas obras já referidas, seja nos cursos, Deleuze já impunha sua
maneira própria de mover-se em estudos filosóficos e literários. Mas
a prova disso é incontestável em Diferença e repetição (1968), a
obra que estabelece com exaustivo rigor a problemática de uma
filosofia da diferença, prova secundada de um modo disciplinado
por Espinosa e o problema da expressão (1968), e, de um modo
livre, por Lógica do sentido (1969), além do
pequeno Espinosa (1970), ampliado em Espinosa – Filosofia
prática (1981).
Por que esse flerte com uma subversão kantiana? Quando Deleuze
cria ou apreende uma ressonância como essa entre Hamlet e Kant,
vemos que a complexidade da experiência dos encontros insinua-
se também na elaboração conceitual. É que essa ressonância
“romântica”, criada entre o filósofo e o personagem literário, passa
por referências a combinações de um novo conceito de tempo.
Essas combinações ocorrem num plano que se erige à medida que
um filósofo é tomado pela criação dos seus conceitos. Portanto,
pensar conceitualmente os encontros exige dedicação aos
próprios encontros conceituais. Sem essa dedicação não se entra
em filosofia alguma, dedicação que é também a do “empirismo”,
pois ele “trata o conceito como o objeto de um encontro, como
um aqui-agora”[17]; e Zourabichvili acerta ao dizer que “a
exposição dos conceitos é a única garantia de um encontro com
um pensamento”[18].
Primeiro, não sabemos ainda como opera esse algo. Por isso, não
antecipamos o seu nome. Mas, pela frase, desconfiamos que
essa alguma coisa não se esgota como objeto para o pensamento
de um sujeito pronto e recognitivo, já que é posta como objeto de
um encontro fundamental. Por que fundamental? Porque, em
primeiro lugar, esse estranho objeto cintila na fissura da linha sentir.
Essa fissura é tal que o vetor determinante nessa linha deixa de ser
aquele dominado pelo senso comum, ou seja, não é mais aquele
do seu exercício empírico (exercício ordinário, embora importante),
aquele pelo qual a qualidade sensível do dado é recebida pelo
sentido (a simples doçura da madalena presente ao paladar); o
vetor agora determinante é o da “sensibilidade” elevada à
“enésima potência”, sensibilidade que nasce momentaneamente
na linha do sentir, que nasce por força do que provocou a fissura e
daquilo que nela cintila, cintilação que insiste no dado, embora
não apareça como o dado (a intensidade da alegria, no exemplo
da madalena de Proust). É a esse estranho objeto de um encontro
fundamental que Deleuze dá o nome de “signo”[27].
Por que dissemos que esse objeto, o signo, é estranho? Por uma
razão aparentemente simples, mas que mostra a preocupação
nietzscheana de Deleuze de colocar seus conceitos a serviço do
caso: então, se algo não suscitar alguma estranheza na própria
experiência de encontrá-lo, já não posso conceituá-lo como signo.
Com efeito, se eu consigo submeter esse algo a
uma identificação na situação do encontro, se posso tomá-lo
como semelhante a seja lá o que for, se consigo confrontá-lo com
outra coisa que penso ser-lhe oposta ou se me é dado encontrar
uma analogiaentre ele e outro fenômeno, então esse algo já estará
de antemão enredado por macro-operações que o submetem ao
meu senso comum, ao meu poder (ilusório ou não) de representá-
lo. Eu o submeto à imagem representativa do pensamento, ao
grande jogo dessa “quádrupla sujeição”, como diz Deleuze, “em
que só pode ser pensado como diferente o que é idêntico,
semelhante, análogo e oposto”, esses quatro guardiões da
representação[28]. Mas quando a estranheza de algo me pega,
sinto sem esoterismos a fragilidade desse poder de sujeitar e de
fazer de cada coisa um diverso no meio de outros, ou de tomá-la
como parte de um funcionamento extensivo qualquer etc. Então,
ela me pega como signo, provocando variações em meu poder de
ser afetado, forçando-me a sentir, a memorar, a imaginar… a
pensar de outro modo, quer dizer, sem o apoio dos dispositivos de
simplificação dos meus encontros, dispositivos de fixação de
identidades, de semelhanças, de oposições e de analogias.
A proliferação intensiva
Mas que tem isso a ver com o termo ‘labirinto’? Pois bem, é a um
dos operadores dessa proliferação que Umberto Eco se refere ao
escrever o Pós-Escrito ao seu romance O Nome da Rosa. Ele
determina três tipos: o “labirinto clássico”, de Teseu, mas que é
também o de Sherlock Holmes, percorrido com o auxílio do “fio de
Ariadne”, comportando “entrada para o centro” e caminho do
“centro para a saída”; há o “labirinto maneirista”, estruturado como
“árvore”, em “forma de raízes com muitos becos sem saída”,
comportando “uma só saída” e também carecendo do socorro de
um fio condutor. Por fim, diz ele, há “aquilo que Deleuze e Guattari
chamam de rizoma”. Neste labirinto “cada caminho pode ligar-se
com qualquer outro”, não havendo “centro”, “periferia” ou “saída”,
por ser ele “potencialmente infinito”. [Diríamos que a pulsação
díspar dispara nele uma ilimitação]. Eco rizomatiza o “mundo em
que Guilherme” (uma das personagens) “pensa viver”, mundo
“estruturado em forma de rizoma: ou melhor, estruturável, mas
nunca definitivamente estruturado”[53].
Corpo: “Um corpo não se define pela forma que o determina, nem
como substância ou sujeito determinados, nem pelos órgãos que
ele possui ou pelas funções que exerce. No plano de consistência,
um corpo se define somente por uma longitude e uma latitude: pelo
conjunto dos elementos materiais que lhe pertencem sob tais
relações de movimento e de repouso, de velocidade e de lentidão
(longitude); pelo conjunto dos afectos intensivos de que ele é
capaz sob tal poder ou grau de potência (latitude). Somente
afectos e movimentos locais, velocidades diferenciais. Coube a
Espinosa ter destacado essas duas dimensões do Corpo e de ter
definido o plano de Natureza como longitude e latitude puras.
Latitude e longitude são os dois elementos de uma cartografia”[63].
***
3. Nietzsche et la philosophie, Paris, P.U.F., 1962. (Nietzsche e a filosofia, Ruth Joffily Dias
e Edmundo Fernandes Dias, Rio de Janeiro, Ed. Rio, 1976).
4. Proust et les signes, Paris, P.U.F., 1976. (Proust e os signos, Antonio Piquet e Roberto
Machado, Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1987).
5. Le bergsonisme, Paris, P.U.F., 1966. (Bergsonismo, Trad. Luiz B. L. Orlandi, São Paulo,
Ed. 34, 1999. Anexos: “A concepção da diferença em Bergson” (1956), tr. de Lia
Guarino e Fernando Fagundes Ribeiro, pp 95-123, e “Bergson, 1859- 1941” (1956),
tr. br. de Lia Guarino, pp 125-139).
8. Logique du sens, Paris, Minuit, 1969. (Lógica do sentido, Luiz Roberto Salinas Fortes,
São Paulo, Perspectiva, 1982).
10. Dialogues (c/ Claire Parnet), Paris, Flammarion, 2ª ed. 1996. (Diálogos, Trad. Eloísa A.
Ribeiro, São Paulo, Escuta, 1998).
11. Mille Plateaux (c/ F. Guattari), Paris, Minuit, 1980. (Mil platôs, Coletiva em 5 vol. São
Paulo, Ed. 34).
12. Philosophie pratique, Paris, Minuit, 1981. (Espinosa. Filosofia prática, Trad.Daniel Lins
e Fabien Pascal Lins, São Paulo, Escuta, 2002).
13. Francis Bacon – Logique de la sensation, Paris, Seuil, 1981. (Francis Bacon – Lógica
da sensação, Rio de Janeira, editora Jorge Zahar, 2007)
17. Le pli. Leibniz et le baroque, Paris, Minuit, 1988. (A dobra. Leibniz e o barroco, Luiz
B.L.Orlandi, Campinas, Papirus, 1ª ed. 1991; 2ª ed., 2000).
18. Pourparlers (1972-1990), Paris, Minuit, 1990. (Conversações (1972-1990), Peter Pál
Pelbart, Rio de Janeiro, Ed. 34, 1992).
19. Qu’est-ce que la philosophie?, (c/ F. Guattari), Paris, Minuit, 1991. (O que é a
filosofia?, Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz, Rio de Janeiro, Editora 34, 1992).
20. Critique et clinique, Paris, Minuit, 1993. (Crítica e clínica, Trad. Peter Pál Pelbart, São
Paulo, Editora 34, 1997).
21. L’île déserte et autres textes (textes et entretiens 1953-1974). Éd. préparée par David
Lapoujade, Paris, Minuit, 2002. A Ilha deserta e outros textos (textos e entrevistas 1953-
1974), Coletiva, São Paulo, Iluminuras, 2006).
22. Deux régimes de fous ( textes et entretiens 1975-1995). Éd. Préparée par David
Lapoujade, Paris, Minuit, 2003. (Two Regimes of Madness – Texts and Interviews 1975-
1995. Trad. Ames Hodges and Mike Taormina, Edimburgo, Edinburgh University
Notas
[1] Com o título “Deleuze”, este texto foi publicado como capítulo de libro em Rossano
Pecoraro (Org.), Os Filósofos – Clássicos da Filosofia, Editora Puc-Rio e Editora Vozes,
Petrópolis, 2009, Vol. III, pp. 256-279.
[2] As anotações entre aspas são extraídas das letras E (Enfance – Infância), F (Fidélité –
Fidelidade) e P (Professeur – Professor) de “L’Abécédaire de Gilles Deleuze”, entrevista a
Claire Parnet realizada por P. A. Boutang em 1988 e transmitida em série televisiva a
partir de novembro de 1995 pela TV-ART, Paris, Vídeo Edition Montparnasse, 1996. Sobre
o esquerdismo de Deleuze, ver letra G (Gauche – Esquerda). Para muitas outras
informações, ver François Dosse, Gilles Deleuze, Félix Guattari – Biographie croisée, Paris,
Éd. La Découverte, 2008, 480 pp.
[3] Dois anos antes de sua morte, Deleuze diz que a literatura, atravessada por uma vida,
pode levar a linguagem a uma “reviravolta”, a um “limite”, a um “fora ou a um avesso
que consiste em Visões e Audições que já não pertencem a língua alguma” e que “não
são fantasmas, mas Ideias que o escritor vê e ouve nos interstícios, nos desvios de
linguagem”. Cf. Gilles Deleuze, “A literatura e a vida »” (1993), em Critique et
clinique (1993).
[4] Ele vê que há os indiferentes à situação política, que há os partidários do governo
que se rendeu à Alemanha nazista em 1940; mas ele também sente a presença dos
“jovens resistentes”, os rumores que espalham a história de Guy Moquet, fuzilado em
1941 pelos ocupantes; e no ano seguinte, em 1944, sentirá os rumores que comunicam
o massacre praticado pelos nazistas na cidade de Oradour-sur-Glane vitimando mais
de 600 civis no dia 10/06/1944, incluindo mulheres e crianças.
[5] Professores como Jean Wahal, Ferdinand Alquié, Georges Canguilhem, Maurice de
Gandillac, Jean Hippolyte. Além dos amigos que já tinha (Michel Tournier e os irmãos
Claude e Jacques Lanzmann), ganha outros, como Michel Butor, Olivier Revault
d’Allones, Jean-Pierre Bamberger e François Châtelet, a quem homenageará com o
livro Péricles e Verdi – A filosofia de François Châtelet (1988).
[6] Gilles Deleuze, Empirisme et subjectivité, Paris, P.U.F., 1953
[7] Ver « Il a été mon maître » (1964), em Gilles Deleuze, A Ilha deserta e outros textos
(textos e entrevistas 1953-1974), Trad. Coletiva, São Paulo, Iluminuras, 2006.
[8] Os filhos Julien Deleuze e Emilie Deleuze nascem em 1960 e 1964, respectivamente.
[9] Além de dois importantes artigos sobre Bergson na década de 50, publica Nietzsche
e a filosofia (1962), A filosofia crítica de Kant (1963), a primeira edição de Proust e os
signos (1964; a 2ª ed. virá em 1976), o pequeno Nietzsche(1965), O Bergsonismo (1966)
e Apresentação de Sacher-Masoch (1967).
[10] Para avaliar o alcance desse respeito mútuo, cf. também Michel Foucault,
“Theatrum philosophicum”, Paris, Critique, novembro de 1970, nº 282, republicado,
primeiramente, em M. Foucault, Dits et Écrits, Paris, Gallimard, 1994, tomo II, texto 80, pp.
75-99, e, depois, no cinquentenário daquela revista: Critique, agosto-setembro de 1996,
nº 591-592, pp. 703-726.
[11] Além dos referidos Proust e Sacher-Masoch, temos: Kafka – Por uma literatura
menor (com Guattari – 1975), Superpositions (com Carmelo Bene – 1979), Francis Bacon:
Lógica da sensação (1984), Cinema 1. A imagem-movimento(1983), Cinema 2. A
imagem-tempo (1985). Por que não incluir A dobra. Leibniz e o Barroco (1988)? E por
que não Péricles e Verdi (1988)? Incluo O esgotado (1992) e Crítica e clínica (1993).
[12] Diálogos (com Claire Parnet – 1977 e 2ª ed. 1996), Conversações – 1972-
1990 (1990), A Ilha deserta e outros textos 1953-1974 (2002) e Dois regimes de loucos –
1975-1995 (2003).
[13] Sobre homenagens póstumas, ver Cadernos de Subjetividade, São Paulo: Educ, nº
especial, Gilles Deleuze (Org. por Peter Pál Pelbart e Suely Rolnik), junho de 1996.
[14] Gilles Deleuze, Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, pp. 221, 187. (Diferença e
repetição, Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado, Rio de Janeiro, Graal, 1ª ed. 1988, pp.
278-279, 237; 2ª ed. 2006, pp. 244 e 209).
[15] Shakespeare, Hamlet, I, 5 (“The time is out of joint”).
[16] Gilles Deleuze, “Sur quatre formules poétiques qui pourraient résumer la philosophie
kantienne” (1986), in Critique et clinique, Paris, Minuit, 1993, pp. 40-49. (Crítica e clínica,
Trad. Peter Pál Pelbart, São Paulo, Editora 34, 1997, pp. 36-44). Ver também Gilles
Deleuze, Félix Guattari, Qu’est-ce que la philosophie?, Paris, Minuit, 1991, pp. 29-31. (O
que é a filosofia?, Trad. Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz, Rio de Janeiro, Editora
34, 1992, pp. 37-40).
[17] Gilles Deleuze, Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, p. 3. (Diferença e
repetição, Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado, Rio de Janeiro, Graal, 1ª ed. 1988, p.
17; 2ª ed. 2006, p.17)
[18] François Zourabichvili, Le vocabulaire de Deleuze, Paris, Ellipses, 2003, Introdução,
item 2.
[19]Gilles Deleuze, Félix Guattari, Qu’est-ce que la philosophie?, Paris, Minuit, 1991, pp.
186-187. (O que é a filosofia?, Trad. Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz, Rio de
Janeiro, Editora 34, 1992, pp. 253-254).
[20] Em Ave, Palavra (12/20), voltiginoso é um intensificador que Guimarães Rosa põe
em companhia de perespertonuma expressão que diz uma visão de colibris: “depois,
mudam com a luz, bruxos pretos, uns sacis de perespertos, voltiginosos, elétricos, com
valores instantâneos”. Cf. Nilce Sant’Ana Martins, O Léxico de Guimarães Rosa, São
Paulo, Edusp, 2001.
[21] Eis a primeira regra que Deleuze extrai de Henri-Louis Bergson (1859-1941): “Aplicar
a prova do verdadeiro e do falso aos próprios problemas, denunciar os falsos problemas,
reconciliar verdade e criação no nível dos problemas”. Gilles Deleuze, Le bergsonisme,
Paris, P.U.F., 1966, p. 3. (Bergsonismo, Trad. Luiz B. L. Orlandi, São Paulo, Ed. 34, 1999, p. 8).
[22] Gilles Deleuze, Empirisme et subjectivité, Paris, P.U.F., 1953, pp. 109-110. (Empirismo e
subjetividade, Trad. Luiz B. L. Orlandi, São Paulo, Editora 34, 2001, pp. 110-111).
[23] Gilles Deleuze, “Ce que la voix apporte au texte” (1987) – “O que a voz proporciona
ao texto” (1987), em Deux régimes de fous, Paris, Minuit, 2003, p. 303.
[24] Gilles Deleuze, Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, p. 293. (Diferença e
repetição, Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado, Rio de Janeiro, Graal, 1ª ed. 1988, p.
363; 2ª ed. 2006, p.320.)
[25] Ibid., (francês) p. 171, (português 1ª ed.) p. 218, (português 2ª ed.) p. 192.
[26] Gilles Deleuze, Proust et les signes, Paris, P.U.F., 1976, p. 117. (Proust e os signos, Trad.
Antonio Piquet e Roberto Machado, Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1987, p. 94).
[27]Gilles Deleuze, Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, p. 182. (Diferença e
repetição, Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado, Rio de Janeiro, Graal, 1ª ed. 1988, p.
231; 2ª ed. 2006, p.203)
[28] “O Eu penso é o princípio mais geral da representação, isto é, a fonte destes
elementos e a unidade de todas estas faculdades: eu concebo, eu julgo, eu imagino,
eu me recordo, eu percebo – como os quatro ramos do Cogito. E, precisamente sobre
estes ramos, é crucificada a diferença. Quádrupla sujeição, em que só pode ser
pensado como diferente o que é idêntico, semelhante, análogo e oposto; é sempre em
relação a uma identidade concebida, a uma analogia julgada, a uma oposição
imaginada, a uma similitude percebida que a diferença se torna objeto de
representação”. Ver Gilles Deleuze, Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, p. 180.
(Diferença e repetição, Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado, Rio de Janeiro, Graal, 1ª
ed. 1988, p. 228-229; 2ª ed. 2006, p.201.)
[29]Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille Plateaux, Paris, Minuit, 1980, p. 200. (Mil platôs:
capitalismo e esquizofrenia, vol. 3, Trad. Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia
Cláudia Leao e Suely Rolnik, São Paulo, Ed. 34, p. 25).
[30]Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille Plateaux, Paris, Minuit, 1980, p. 164. (Mil platôs:
capitalismo e esquizofrenia, vol. 2, Trad. Ana Lúcia de Oliveira e Lúcia Cláudia Leao, São
Paulo, Ed. 34, p. 87).
[31] Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille Plateaux, Paris, Minuit, 1980, p. 347. (Mil platôs:
capitalismo e esquizofrenia, vol. 3, Trad. Aurélio Guerra Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia
Cláudia Leão e Suely Rolnik, São Paulo, Ed. 34, p. 76-77). Neste ponto, os autores passam
por Misérable miracle, obra de Henri Michaux (1899-1984).
[32] “Mesmo o ritornelo torna-se ao mesmo tempo molecular e cósmico, Debussy… A
música moleculariza a matéria sonora, mas torna-se assim capaz de captar forças não
sonoras como a Duração, a Intensidade. Tornar a Duração sonora. Lembremo-nos da
ideia de Nietzsche: o eterno retorno como pequena cantilena, como ritornelo, mas que
capta as forças mudas e impensáveis do Cosmo. Saímos, portanto, do canto e dos
agenciamentos para entrar na idade da Máquina, imensa mecanosfera, plano de
cosmicização das forças a serem captadas”. Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille
Plateaux, Paris, Minuit, 1980, p. 422,423. (Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 4,
Trad. Suely Rolnik, São Paulo, Ed. 34, p. 158-159).
[33]Essa relação ou cruzamento de forças implica “o elemento diferencial da força”
(força dominante / força dominada) que Deleuze liga à ideia de “vontade potência”.
Gilles Deleuze, Nietzsche et la philosophie, Paris, P.U.F., 1962, p. 7. (Nietzsche e a filosofia,
Trad. Ruth Joffily Dias e Edmundo Fernandes Dias, Rio de Janeiro, Ed. Rio, 1976, p. 5).
[34] Gilles Deleuze, “Conclusions sur la volonté de puissance et l’éternel retour” (1967),
em L’île déserte et autres textes (textes et entretiens 1953-1974). Éd. préparée par David
Lapoujade, Paris, Minuit, 2002, pp. 166-167. A Ilha deserta e outros textos (textos e
entrevistas 1953-1974), Trad. Coletiva, São Paulo, Iluminuras, 2006, p. 158).
[35] Ibid., (francês) p. 171, (português) p. 161-162.
[36] Gilles Deleuze, Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, p 31. (Diferença e
repetição, Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado, Rio de Janeiro, Graal, 1ª ed. 1988, p.
50; 2ª ed. 2006, p.44)
[37] “Capitalisme et schizophrénie” (1972), em Gilles Deleuze, L’île déserte et autres
textes (textes et entretiens 1953-1974). Éd. préparée par David Lapoujade, Paris, Minuit,
2002, p. 331. A Ilha deserta e outros textos (textos e entrevistas 1953-1974), Trad. Coletiva,
São Paulo, Iluminuras, 2006, p. 301).
[38] Como Klossowski e Lyotard. Ver “Pensée nômade”, Gilles Deleuze, L’île déserte et
autres textes (textes et entretiens 1953-1974). Éd. préparée par David Lapoujade, Paris,
Minuit, 2002, pp. 358-360. A Ilha deserta e outros textos (textos e entrevistas 1953-1974),
Trad. Coletiva, São Paulo, Iluminuras, 2006, p. 324-326).
[39] Gilles Deleuze, Pourparlers (1972-1990), Paris, Minuit, 1990, p. 182. (Conversações
(1972-1990), Trad. Peter Pál Pelbart, Rio de Janeiro, Ed. 34, 1992, p. 166).
[40] Gilles Deleuze, Félix Guattari, Qu’est-ce que la philosophie?, Paris, Minuit, 1991, p.
191. (O que é a filosofia?, Trad. Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz, Rio de Janeiro,
Editora 34, 1992, p. 261).
[41] Gilles Deleuze, Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, pp. 156, 356. (Diferença e
repetição, Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado, Rio de Janeiro, Graal, 1ª ed. 1988, pp.
199, 437; 2ª ed. 2006, pp.174, 384.)
[42]Gilles Deleuze, L’anti-Oedipe, Paris, Minuit, 1972, p. 386. (O anti-édipo, Trad. Geoges
Lamazière, Rio de Janeiro, Imago, 1976, p. 410).
[43]Gilles Deleuze, Logique du sens, Paris, Minuit, 1969, pp. 72, 69. (Lógica do sentido,
Trad. Luiz Roberto Salinas Fortes, São Paulo, Perspectiva, 1982, 59, 57).
[44] “Como elemento da ciência nômade, o díspar remete a material-forças, mais do
que à matéria-forma. Já não mais se trata, exatamente, de extrair constantes a partir
de variáveis, mas de pôr as próprias variáveis em estado de variação contínua. Se há
ainda equações, são adequações, inequações, equações diferenciais irredutíveis à
forma algébrica, e inseparáveis por sua vez de uma intuição sensível da variação.
Captam ou determinam singularidades da matéria em vez de constituir uma forma
geral. Operam individuações por acontecimentos ou hecceidades, e não por ‘objeto’
como composto de matéria e forma; as essências vagas são tão-somente
hecceidades”. Gilles Deleuze, Felix Guattari, Mille Plateaux, Paris, Minuit, 1980, p. 422,423.
(Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 5, Trad. Peter Pál Pelbart e Janice Caiafa,
São Paulo, Ed. 34, pp. 36-37).
[45] Gilles Deleuze, Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, p. 387. (Diferença e
repetição, Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado, Rio de Janeiro, Graal, 1ª ed. 1988, p.
356; 2ª ed. 2006, p.314)
[46] Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille Plateaux, Paris, Minuit, 1980, p. 326. (Mil platôs:
capitalismo e esquizofrenia, vol. 4, Trad. Suely Rolnik, São Paulo, Ed. 34, p. 56).
[47] Gilles Deleuze, L’île déserte et autres textes (textes et entretiens 1953-1974). Éd.
préparée par David Lapoujade, Paris, Minuit, 2002, p. 136. (A Ilha deserta e outros textos
(textos e entrevistas 1953-1974), Trad. Coletiva, São Paulo, Iluminuras, 2006, p. 133. Ver
ainda Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, p. 128-140.
[48] Eis como François Zourabichvili enuncia esse problema: “como, para além de
Bergson, articular as duas dinâmicas inversas e não obstante complementares da
existência, de um lado a atualização de formas e de outro a involução que destina o
mundo a redistribuições incessantes”? Ver Le Vocabulaire de Deleuze, Verbete “Corpo
sem órgãos”.
[49] L’abécédaire de Gilles Deleuze, Letra A como Animal.
[50] Umberto Eco, Obra Aberta, Trad. Giovanni Cutolo com revisão de Pérola de
Carvalho, São Paulo, Ed. Perspectiva, 1971.
[51]Gilles Deleuze, Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, p. 94 n. 1. (Diferença e
repetição, Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado, Rio de Janeiro, Graal, 1ª ed. 1988, p.
109, n 23.)
[52] “Quando invoco o ziguezague, a questão é como por em relação singularidades
díspares”, diz Deleuze em L’Abécédaire, p. 200. Isso é a Ideia, mas é também o “vai pra
lá que eu vou pra cá”, de Robinho.
[53] Umberto Eco, Postille a “Il nome della rosa” (1984). Pós-Escrito a “O Nome da Rosa”,
Trad. Letizia Z. Antunes e Álvaro Lorencini, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2a.ed., 1985,
pp.45-47.
[54] Gilles Deleuze e Félix Guattari, Mille plateaux, Paris, Minuit, p. 31. (Mil platôs, Vol. 1.
“Introdução: Rizoma”, tr. br. de Aurélio Guerra Neto e Celia Pinto Costa, São Paulo, Ed.
34, 1996, p. 32.)
[55] “A produção como processo excede todas as categorias ideais e forma um ciclo
ao qual o desejo se relaciona como princípio imanente”. (…) “A regra de produzir
sempre o produzir, de inserir o produzir no produto, é a característica das máquinas
desejantes ou da produção primária: produção de produção”. Gilles Deleuze e Félix
Guattari, L’anti-Oedipe, Paris, Minuit, 1972, pp. 10-11, 13.
[56] Gilles Deleuze, Pourparlers (1972-1990), Paris, Minuit, 1990, p. 196. (Conversações
(1972-1990), Trad. Peter Pál Pelbart, Rio de Janeiro, Ed. 34, 1992, p. 179).
[57] Gilles Deleuze, “Conclusions sur la volonté de puissance et l’éternel retour” (1967),
em L’île déserte et autres textes (textes et entretiens 1953-1974). Éd. préparée par David
Lapoujade, Paris, Minuit, 2002, pp. 166-167, 171. A Ilha deserta e outros textos (textos e
entrevistas 1953-1974), Trad. Coletiva, São Paulo, Iluminuras, 2006, p. 158, 161-162).
[58] “Pensée nômade”, Gilles Deleuze, L’île déserte et autres textes (textes et entretiens
1953-1974). Éd. préparée par David Lapoujade, Paris, Minuit, 2002, pp. 358-360. A Ilha
deserta e outros textos (textos e entrevistas 1953-1974), Trad. Coletiva, São Paulo,
Iluminuras, 2006, p. 324-326).
[59] “Spinoza et nous” e “Sur la différence de l’Ethique avec une morale”, em Gilles
Deleuze, Spinoza. Philosophie pratique, Paris, Minuit, 1981, p. 171, 27. (Espinosa. Filosofia
prática, Trad.Daniel Lins e Fabien Pascal Lins, São Paulo, Escuta, 2002, p. 130, 23).
[60] Não listaremos conceitos que já receberam alguma atenção neste livro. Além disso,
há séries mais extensas e detalhadas em dois Vocabulários: François Zourabichvili, Le
vocabulaire de Deleuze, Paris, Ellipses, 2003; Sasso et Villani (Dir.), Le Vocabulaire de Gilles
Deleuze, Paris, Vrin, 2003.
[61] Gilles Deleuze, Claire Parnet, Dialogues, Paris, Flammarion, 2ª ed. 1996, pp. 179, 184.
[62] Gilles Deleuze, Différence et répétition, Paris, P.U.F., 1968, p. 80.
[63] Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille Plateaux, Paris, Minuit, 1980, p. 318.
[64] (Francis Bacon – Logique de la sensation, p. 33); Gilles Deleuze, Félix Guattari, L’anti-
Oedipe, Paris, Minuit, 1972, p. 14-15; y Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille Plateaux, Paris,
Minuit, 1980, pp. 203, 191.
[65] Gilles Deleuze, Claire Parnet, Dialogues, Paris, Flammarion, 2ª ed., 1996, pp 8-9.
[66] Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille Plateaux, Paris, Minuit, 1980, pp. 318-319.
[67] Gilles Deleuze, Claire Parnet, Dialogues, Paris, Flammarion, 2ª ed. 1996, pp. 49-50, 47;
y Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille Plateaux, Paris, Minuit, 1980, p. 602.
[68] Gilles Deleuze, Deux régimes de fous (textes et entretiens 1975-1995), éd. Préparée
par David Lapoujade, Paris, Minuit, 2003, pp. 289-290.
[69] Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille Plateaux, Paris, Minuit, 1980, pp.48, 49, 321.
[70] Gilles Deleuze, Félix Guattari, Mille Plateaux, Paris, Minuit, 1980, p 326; y Gilles
Deleuze, Deux régimes de fous (textes et entretiens 1975-1995). Éd. Préparée par David
Lapoujade, Paris, Minuit, 2003, p.260.
[71] Gilles Deleuze, Logique du sens, Paris, Minuit, 1969, p. 204; y Gilles Deleuze, L’Épuisé,
Paris, Minuit, 1992, pp. 59-60.
[72] Jean-François Lyotard, “Ele era a biblioteca de Babel”, Trad. Lia Marcondes,
Fortaleza, O Povo, 18/11/1995, p. 4).
[73] Faço uma primeira referência a dois conjuntos de artigos marcantes a esse
respeito: Deleuze, em L’Arc, nº 49, Paris, 1972 (e nova edição em 1980) e Gilles
Deleuze em Philosophie nº 47, Paris, Minuit, 1995. Cf. também Paul Patton, Deleuze: a
critical reader, Oxford, Blackwell, 1996. Além de outros conjuntos, como Gilles Deleuze –
Immanence et vie, Rue Descartes, Paris, P.U.F., 1998, destaco a reunião de 40 artigos em:
Bruno Gelas e Hervé Micolet (Dir.), Deleuze et les écrivains: Littérature et philosophie,
Nantes, Éd. Cecile Defaut, 2007. Sobre encontros no Brasil, cf., por ex., Eric Alliez
(Dir.), Gilles Deleuze – une vie philosophique – Rencontres Internationales RJ-SP 14-14
junho de 1996, Paris, Institut Synthélabo, 1998, tradução brasileira coordenada por Ana
Lúcia de Oliveira: Gilles Deleuze: uma vida filosófica, São Paulo: Editora 34, 2000. Temos
a série “Deleuze e Nietzsche”: são comunicações apresentadas nos “Simpósios
Internacionais de Filosofia” organizados em Fortaleza por Daniel Lins e
colaboradores: Intensidade e paixão, Rio de Janeiro, Relume Dumará,
2000; Pensamento nômade, Idem, 2001; Que pode o corpo, Idem, 2002; Bárbaros,
Civilizados, São Paulo, Anablume, 2004; Arte,Resistência, Rio de Janeiro, Forense
Universitária, 2007; Imagem, Literatura, Educação, Idem, 2007. Margareth Rago
(Org.), Imagens de Foucault e Deleuze, Rio de Janeiro, Ed. DP&A, 2002. Vários Autores, A
diferença, Campinas, Ed. Unicamp, 2005.
[74] É um “exercício lógico adjacente” que encontramos literalmente em François
Zourabichvili, Deleuze. Une philosophie de l’événement, 1ª ed., Paris, P.U.F, 1994, p. 5 ; 2ª
ed. revista e ampliada, Paris, Quadrige / P.U.F, 2004, p. 13. No ano anterior, já
encontrávamos numerosas explicitações em Jean-Clet Martin, Variations – la
philosophie de Gilles Deleuze, Paris, Payot, 1993. Por sua vez, Philippe Mengue, Gilles
Deleuze ou le système du multiple, Paris, Éd. Kimé, 1994, faz uma sondagem extensa de
múltiplos pontos da inserção filosófica de Deleuze. O procedimento de uma leitura
auxiliar reaparece em Eric Alliez, La Signature du monde, Paris, Ed. du Cerf, 1995, Trad.
Maria Helena Rouanet, A assinatura do mundo – O que é a filosofia de Deleuze e
Guattari?, Rio de Janeiro, 1995. Ver também Eric Alliez, Deleuze. Filosofia virtual, Trad.
Heloisa B. S. Rocha, São Paulo, Editora 34, 1996. Arnaud Villani dá indicações
metodológicas preciosas em “Méthode et théorie dans l’oeuvre de Gilles Deleuze”,
em Les Temps Modernes nº 586, Paris, jan.-fev. de 1996. Há um minucioso percurso pela
noção deleuzeana de tempo em Peter Pál Pelbart, O tempo não-reconciliado, São
Paulo, Ed. Perspectiva, 1998; E muitos outros livros poderiam ser aqui referidos.
[75] É uma tal estratégia que noto em Alain Badiou, Deleuze, la clameur de l’Être, Paris,
Hachette, 1997 ou em Alberto Gualandi, Deleuze, Paris, Les Belles Lettres, 1998. Não
busco mobilizar leitores contra esse tipo de ardil, mas apenas ficar de olho em seu jeito
de reter o fluxo alheio, de enquadrar o “flufluxo” do outro, como diria Guimarães
Rosa, Ave, Palavra, 28/38, cf. Nilce Santana Martins, O léxico de Guimarães Rosa, São
Paulo: Edusp, 2001.
[76] Este é um dos traços, não único, é claro, do livro pioneiro de Roberto
Machado, Deleuze e a filosofia, Rio de Janeiro: Graal, 1990, assim como do livro de
Michael Hardt, Gilles Deleuze – an apprenticeship in philosophy, Regents of the University
of Minnesota, 1993. Cf. também Manola Antonioli, Deleuze et l’histoire de la philosophie,
Paris, Kimé, 1999.
[77] José Luis Pardo, Deleuze: violentar el pensamiento, Madrid, Ed. Cincel, 1990, p. 7.
[78] Por exemplo, a busca de uma “estética” de Deleuze em Mireille Buydens, Sahara –
L’Esthétique de Gilles Deleuze, Paris, Vrin, 1990; ou a relação dele com o tema da
“linguagem” em Jean-Jacques Lecercle, Deleuze and Language, Palgrave, Macmillan,
2002 e em Júlia Almeida, Estudos deleuzeanos da linguagem, Campinas, Ed. Unicamp,
2003; ou a exploração do tema da geofilosofia em Manola Antonioli, Geophilosophie
de Deleuze et Guattari, Paris, L’Harmattan, 2003; a presença deleuzeana em educação
pode ser notada em Sylvio de Sousa Gadelha, Subjetividade e menor-idade, São Paulo,
Anablume, 1998, em Tomaz Tadeu, Sandra Corazza e Paola Zordan, Linhas de escrita,
Belo Horizonte, Ed. Autêntica, 2004, preocupação que é também a de Sílvio
Gallo, Deleuze e a educação, Belo Horizonte, Ed. Autêntica, 2005. Pode-se acompanhar
a presença sutil de Deleuze em música, lendo Silvio Ferraz, Música e repetição – a
diferença na composição contemporânea, São Paulo, Educ, 1998 e Livro das
sonoridades, Rio de Janeiro, 7 Letras, 2005. A busca de uma ontologia reaparece em
Véronique Berger, L’ontologie de Gilles Deleuze, Paris, L’Harmattan, 2001. E a respeito da
relação de Deleuze com o Cinema, cf. o livro de Jorge Vasconcelos, Deleuze e o
Cinema, Rio de Janeiro, Ed. Ciência Moderna, 2006, e a bibliografia nele referida, em
estudos literários, Paulo Tarso Cabral de Medeiros, exercita um delicado enlace entre
Rosa e alguns conceitos de Deleuze e Guattari em Travessuras do desejo em Grande
Sertão: Veredas (no prelo); em psicologia clínica, entre muitos outros estudos,
encontramos o de Aragon, L.E.P., O impensável na Clínica: virtualidades nos encontros
clínicos, Porto Alegre, Sulina, Ed. da UFRGS, 2007.