Texugo

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 2

O TEXUGO

Estatuto
• Quanto à sua protecção legal, a sua caça é
proibida pela lei 274-A/88 (alterada pelo
Decreto-Lei nº 43/90) e está protegido pelo
anexo III da Convenção de Berna

• As ameaças a que está sujeito são sobretudo


os atropelamentos nas estradas, a fragmenta-
ção do seu habitat, envenenamento acidental
ou propositado e caça ilegal.

Curiosidades
• Há registos de que os texugos enterram os
© Dept. Ambiente | Design_Ana Fazendeiro

“seus” mortos. Há casos de Texugos que


morreram dentro das tocas e que foram
enterrados dentro destas pelos restantes
membros da sua comunidade.
• Há também registos de uma observação
feita de um Texugo que morreu perto de um
edifício e que foi arrastado por outros da
sua comunidade, que escavaram um buraco
e depois o enterraram.

CORPO NACIONAL DE ESCUTAS - REGIÃO DE SETÚBAL


O Texugo ou Meles meles (nome cientifico)
é um mamífero da família dos mustelídeos. Distribuição em Portugal
Apesar de terem uma personalidade tímida
e desconfiada são animais tranquilos.
• Parque Nacional da Peneda-Gerês
• Parque Natural da Arrábida
• Parque Natural da Serra da Estrela
O TEXUGO • Meles meles • Parque Natural da Serra de S. Mamede
• Parque Natural das Serras de Aire
Características Hábitos e Candeeiros
A sua pelagem de cores contrastantes onde se O texugo é um animail nocturno saindo nor-
mistura o preto e o branco conferem-lhe uma malmente um pouco antes do pôr-do-sol. • Parque Natural de Montesinho
originalidade que o torna difícil confundir com Devido ao seu olfacto extremamente desen- • Parque Natural de Sintra-Cascais
qualquer outro mamífero. A cabeça apresenta- volvido, basta sentir um odor estranho para • Parque Natural do Alvão
lateralmente duas faixas pretas que englobam os voltarem à toca. Mas quando saem, efectuam
• Parque Natural do Douro Internacional
olhos e orelhas. pequenas brincadeiras, que desempenham um
O corpo é um pouco alon- papel muito importante na aprendizagem das • Parque Natural do Sudoeste Alentejano
gado, a cabeça pequena com crias, ao nível da caça e de fuga dos inimigos. e Costa Vicentina
orelhas pouco evidentes e Nestas alturas também costumam marcar-se • Parque Natural do Vale do Guadiana
o focinho pontiagudo. Nas uns aos outros, esfregando a região anal num Reprodução • Reserva Natural da Serra da Malcata
patas anteriores são visíveis dos flancos de outro indivíduo sendo este o As fêmeas apresentam um fenómeno interessante
garras potentes que utiliza modo de reconhecimento que usam entre si. ao nível da reprodução, que se chama ovo-implan- • Reserva Natural do Estuário do Tejo
na escavação das tocas. É um No Inverno, quando o frio aperta, podem passar tação retardada. Isto é, o ovo já fecundado desen- • Reserva Natural do Paul de Arzila
animal corpulento podendo dias seguidos sem sair das tocas, subsistem ao volve-se numa estrutura globular chamada blasto- • Reserva Natural do Paul do Boquilobo
o seu peso atingir valores utilizarem as reservas de gordura acumuladas cisto que fica suspensa no útero e só se implanta
entre os 11 e os 12 kg. no corpo durante as estações anteriores. • Área de Paisagem Protegida da Serra
meses depois.
do Açor
A implantação dá-se sempre numa altura específi-
Habitat Vida Social ca do ano, independentemente da altura da fecun-
Habita paisagens muito heterogéneas e com Vive em grupos sociais que são constituídos dação. Esta situação permite que as crias nasçam
flora variada, sendo exemplo disso matagais, por um número variável de machos, fêmeas numa época rica em recursos alimentares. Se não
sebes, terrenos agrícolas e margens de ribeiros. e crias, podendo ter entre 3 a 30 indivíduos. houver alimento suficiente, não se dá a gestação,
Vivem em tocas que são compostas por siste- Geralmente estes grupos possuem mais fêmeas impedindo o nascimento da ninhada que não teria
mas de túneis e câmaras que podem ser simples do que machos. grandes possibilidades de sobreviver.
ou complexos, com várias entradas, por vezes Os texugos dominantes patrulham o seu A época do cio ocorre normalmente na Primavera
mais de 50, e que partilham com os elementos território e afastam dele os machos de outros e os nascimentos verificam-se no Verão, tendo a
do seu grupo social. grupos, podendo mesmo ocorrer lutas. gestação uma duração aproximada de dois meses.
Para evitarem intrusos no seu território, mar- e Ambie
As ninhadas, apenas uma por ano, são geralmente n al d nt
io
Alimentação cam as suas fronteiras com latrinas (locais de compostas por 3 a 6 indivíduos. Os casais repro-

e
g
Re
Sendo omnívoro, alimenta-se de tudo um pouco deposição de excrementos) com cerca de dutores mantêm-se juntos todo o ano.

Dept.
embora varie a sua dieta em função da área geo- 10 cm de profundidade.
gráfica e da estação. Em zonas de clima como o
português, a sua dieta é muito variada, incluído
frutos, raízes, bolbos, minhocas, répteis, insectos,
anfíbios e pequenos mamíferos.

Você também pode gostar