Estação de Tratamento de Água
Estação de Tratamento de Água
Estação de Tratamento de Água
GEORRECURSOS
MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA CIVIL
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 2
PROGRAMA
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 4
PROGRAMA (CONT.)
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 5
VISITAS DE ESTUDO
AVALIAÇÃO DE CONHECIMENTOS
A avaliação de conhecimentos baseia-se na ponderação de uma nota de estudo/projeto
e de exame, ou seja:
- Conceção e dimensionamento de uma estação de tratamento de água ao nível de
Estudo Prévio (ETA);
- Tema relacionado com Tratamento de Águas Residuais (Monografia);
- Exame final;
A classificação final é obtida por ponderação dos valores da parte prática (com peso
relativo de 40% para o Estudo Prévio de ETA, 15% para a monografia - relatório e
apresentação oral - e 5% para o relatório da visita de estudo) e do exame final, com
peso relativo de 40%, exigindo-se, para aprovação na Unidade Curricular, a nota
mínima de 9,0 valores no exame final.
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 6
MODELO INSTITUCIONAL NO SECTOR DA ÁGUA
SISTEMAS MULTIMUNICIPAIS
SISTEMAS MUNICIPAIS
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 7
MODELO INSTITUCIONAL NO SECTOR DA ÁGUA
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 8
MODELO INSTITUCIONAL NO SECTOR DA ÁGUA
“Sistemas em alta"
Englobam as componentes do
abastecimento que respeitam à
captação, ao tratamento e à adução
e, por vezes, aos reservatórios de
entrega.
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 9
MODELO INSTITUCIONAL NO SECTOR DA ÁGUA
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 10
MODELO INSTITUCIONAL NO SECTOR DA ÁGUA
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 11
MODELO INSTITUCIONAL NO SECTOR DA ÁGUA
serviços municipais;
serviços municipalizados;
empresas públicas municipais;
empresas públicas intermunicipais.
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 12
MODELO INSTITUCIONAL NO SECTOR DA ÁGUA
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 13
CICLO DA ÁGUA E METABOLISMO URBANO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 14
CICLO DA ÁGUA E METABOLISMO URBANO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 15
CICLO DA ÁGUA E METABOLISMO URBANO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 16
CICLO DA ÁGUA E METABOLISMO URBANO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 17
CICLO DA ÁGUA E METABOLISMO URBANO
Economia
Resilência
E3
Ecologia Ética
R3
Robustez/ Redução/
Redundância Risco
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 19
CICLO DA ÁGUA E METABOLISMO URBANO
Materiais
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 20
CICLO DA ÁGUA E METABOLISMO URBANO
Materiais
Reutilização
Energia Produção de energia
Transformações
Reciclagem de materiais
Água Processos naturais
Químicos
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 21
ORIGENS E QUALIDADE DA ÁGUA. REUTILIZAÇÃO.
I. Origem subterrânea
Poços e furos (profundos ou não profundos)
(incluindo equipamentos manuais ou electromecânicos)
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 22
ORIGENS E QUALIDADE DA ÁGUA. REUTILIZAÇÃO.
Origem subterrânea
Poços e furos
• Baixa turvação e índice de cor
• Baixa contaminação (riscos de nitratos e c. bacteriológica)
• Dureza elevada
• Concentrações elevadas de ferro e manganês
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 23
ORIGENS E QUALIDADE DA ÁGUA. REUTILIZAÇÃO.
Origem superficial
Rios
Montante Jusante
• Baixo índice de cor • Elevado índice de cor
• Turvação elevada • Turvação variável (condição do rio)
• Baixa contaminação • Elevada contaminação bacteriológica
bacteriológica • Contaminação orgânica e inorgânica
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 24
ORIGENS E QUALIDADE DA ÁGUA. REUTILIZAÇÃO.
Lago / Albufeira
• Baixa turvação
• Baixo índice de cor
• Baixa contaminação bacteriológica
(Qualidade: função de estratificação
térmica-termoclina)
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 25
ORIGENS E QUALIDADE DA ÁGUA. REUTILIZAÇÃO.
Reutilização.
Águas da chuva
• Turvação nula
• Índice de cor nulo
• Baixa contaminação bacteriológica
• Baixos teores de sais dissolvidos
Efluentes tratados
• Certo grau de contaminação bacteriológica
• Certo grau de contaminação orgânica e inorgânica
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 26
ORIGENS E QUALIDADE DA ÁGUA. REUTILIZAÇÃO.
inorgânica
temperatura
cont. patogénica
turvação
cont. org. e
outros Observações
Rio (montante)
Rio (jusante)
na Primavera e Outono há períodos curtos de
tempo em que se dá a inversão térmica (a variação
Lagos e albufeiras de temp. provoca uma mistura rápida)
Subterrâneas constante @ nula dureza; Fe e Mn
teor de sais dissolvidos e
Marinhas salinidade (@ 34,5 g/L)
Chuva @ nula @ nula teor de sais dissolvidos
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 27
AULA 2
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 28
CONCEITOS GERAIS: LEGISLAÇÃO
Legislação
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 29
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Parâmetros microbiológicos
Caracterização biológica:
• Bactérias, vírus, protozoários, algas
• Coliformes totais - Inclui todas as bactérias gram-negativas
aeróbicas ou facultativas, que não formam esporos...
• Coliformes fecais - são um sub-grupo dos coliformes totais e
evidenciam mais fortemente a presença de
contaminação fecal;
- inclui, sobretudo, a Escherichia coli;
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 31
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 32
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Pesticidas:
• Bioacumuláveis nos tecidos gordos e eventualmente tóxicos (e.g.,
DDT)
• Efeitos cancerígenos, teratogéneos, mutagéneos e de disrupção
endócrina
Hidrocarbonetos:
• Hidrocarbonetos aromáticos policiclicos (HAC)
• Hidrocarbonetos clorados (tetracloroeteno e tricloroeteno)
• potencial cancerígeno e/ou mutagéneo
Selénio (Se):
• Elemento fundamental (a nível vestigial)
• conc. efeitos tóxicos, afectando sistema nervoso e respitarório,
disturbios gastrointestinais, hipertensão e dermatites
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 33
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Trihalometanos (THM):
• sub-produtos da cloração formados pela reacção do cloro com m.o.
(ácidos flúvicos e húmicos)
• cancerígenos, propensão para tecidos do sist. nervoso central, rim,
fígado e tecido adiposo
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 34
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 35
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Alumínio (Al3+):
• Elemento ubíquo das águas naturais ([] depende pH, temp., presença de outros
elementos)
• Na forma solúvel, extremamente tóxico para a vegetação
• toxicidade para humanos mas bioacumulável, associado a casos de
demência senil (tipo Alzheimer)
• cancerígenos, propensão para tecidos do sist. nervoso central, rim,
fígado e tecido adiposo
Cálcio (Ca2+):
• Principal elemento responsável pela dureza da água
• Origem: CO2 reage com rochas calcárias formando bicarboneto ou
carboneto de cálcio
• nec. 0.7 a 2 g/dia para Homem (insuficiência incidência doenças
cardiovasculares)
Cloretos:
• Indicadores de intrusão salina ou descarga efluentes
• [] > 250 mg/l alteração paladar; implicações cardiovasculares
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 37
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Costridium perfringens:
• Bactéria gram-positiva de origem fecal
• Contribui para avaliar eficiência da remoção de microrganismos
resistentes à desinfecção (Giardia e Cryptosporidium)
• Dores abdominais e diarreia
Condutividade:
• Capacidade da água conduzir corrente eléctrica
• Indica presença de subst. químicas dissolvidas (iões)
• Conc. caracteristicas corrosivas da água
Dureza (hardness):
• Resulta da presença de catiões divalentes na água (iões de meais
alcalino-terrosos) sendo os mais importantes o Ca2+ e o Mg+.
• Pode ser expressa em: CaCO3 (mg/L ou meq/L); Graus franceses (ºF)
• Relação Mg/Ca aferir contaminação marinha (no mar, [Mg] >> [Ca])
• Alteração das características organolépticas da água
(sulfato de cálcio, principal responsável pela dureza não carbonatada, confere sabor
adstrigente)
DUREZA ELEVADA:
formação de produtos insolúveis com o sabão (problemas lavagem
industrial); > consumo de sabão
formação de incrustrações
formação de urólitos; efeitos laxativos ([Mg+]); protectoras contra
doenças cardiovasculares
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 40
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 41
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Alcalinidade (alkalinity):
• Medida total das substâncias presentes numa água capazes de
neutralizar ácidos (quantidade de subst. q actuam como tampão)
• Devida sobretudo ao carbonato e bicabornato, e secundariamente
aos iões hidróxido, silicato, borato, fosfatos e amónia
• Não prejudicial à saúde
• Essencial para eficiência de tratamentos de coagulação,
amaciamento e controlo da corrosão de condutas de distribuição
• Inclui a dureza total
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 42
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Ferro (Fe):
• Origem: telúrica, lixiviação de terrenos, poluição mineira/metalúrgica,
acção água sobre canalizações
• Em regra acompanhado pelo Manganésio (afinidade geoquímica)
• Facilmente oxidado a Fe+3 e precipitado (tx. oxidação varia c pH água).
• nec. 0.5 a 20 mg/dia para organismo humano mas VMR=200g/L
(sabor desagradável e prob. estéticos – precipita sobre loiças, roupas,...)
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 44
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Magnésio (Mg2+):
• Elemento responsável pela dureza da água
Manganésio (Mn):
• Elemento essencial
• Conc. de 0,2 a 0,4 mg/L gosto desagradável e desenvolvimento de
organismos em sistemas de distribuição
• Conc. tingimento roupas e loiças; danos neurológicos
Microcistinas:
• Produzidas por cianobactérias
• Hapatoxicidade, promotores de tumores malignos, hemorragia e
necroso no fígado
• Bioacumulável em animais aquáticos contaminação humana
indirecta
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 45
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Sulfatos (SO42-):
• efeito laxativo e diarreias para conc.> 250 mg/L
• o valor limite imposto pelas normas é devido ao sabor provocado
• sulfatos são corrosivos para estruturas betão e tubagens
(muito lenta em conc.<350 mg/L mas rápida para conc.>1 000 mg/L)
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 46
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Sódio (Na-):
• Indicador de intrusão salina
• Afecta sabor da água, sist. nervoso, hipertensão arterial
Indicadores de m.o.
• COT: - representa vários compostos presentes na água
passíveis de sofrer oxidação por processos biológicos
- avaliar o teor de m.o. presente na água;
- bom indicador de poluição
Turvação (turbidity):
• Propriedade óptica de amostras que provoca a dispersão e adsorção
da luz não permitindo a sua transmissão.
• Permite avaliar o teor de partículas em suspensão na água
• Pode a eficiência da desinfecção
(turvação deve ser < 1 NTU e nunca > 5 NTU!)
Radioactividade:
• DIT= dose indicativa total (mede o impacto da exposição humana à radiação)
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 48
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Outros parâmetros
Nitratos (NO3-):
• Produto final da oxidação do azoto orgânico (origem: fertilizantes ou
águas residuais)
• Altamente solúveis ( mobilidade no solo) migram para os
aquíferos por percolação em solos com aplicação excessiva de
fertilizantes
• Nas águas superficiais, devem-se sobretudo às escorrências
superficiais de terrenos agrícolas
• Transformados em nitrosaminas (cancerígenas) no aparelho
digestivo; irritaçãomucosa intestinal e bexiga; diarreia
• valor limite de 45 mg/L metahemoglobinemia infantil (doença azul)
Nitritos (NO2-):
• 10 vezes mais potentes relativamente à metahemoglobinemia
(VMA=3 mg/L, segundo OMS )
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 49
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Fósforo (P):
• Com o azoto, associado ao estado trófico (oligotrófico ou eutrófico) da
água
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 50
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Oxidabilidade:
• Traduz o teor de compostos orgânicos e inorgânicos passíveis de
oxidação permite avaliar expeditamente a qualidade da água
(integra ganrde parte da informação fornecida por outros parâmetros)
SST:
• Maior potencial de formação de organoclorados percursores estão
associados a material particulado (de que são indicadores a turbidez
e os SST)
Fluoretos:
• prevenção contra a cárie numa dose correcta, pois 250 - 400 mg é
tóxico e 4 - 5 gr fatal
• Elevadas concentrações de flúor na água origina fluorose e
toxicidade.
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 51
PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA
Metais:
• contaminantes inorgânicos: arsénio, bório, cádmio, cobre, crómio,
chumbo, mercúrio, selénio e zinco
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 52
CONCEITOS GERAIS: AGRESSIVIDADE DA ÁGUA
Pode ser relacionada com tendência para a corrosão dos materiais com
que são postas em contacto
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 53
CONCEITOS GERAIS: AGRESSIVIDADE DA ÁGUA
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 54
CONCEITOS GERAIS: EQUILÍBRIO CALCO-CARBÓNICO
EQUILÍBRIO CALCO-CARBÓNICO
Pode ser descrito pelo conjunto das reacções seguintes:
H2O = H+ + OH-
hidrogenocarbonato
CO2 + H2O = H2CO3
ou bicarbonato H2CO3 = H+ + HCO3-
HCO3- = H+ + CO32-
CO32- + Ca2+ = CaCO3 carbonato de cálcio
pH
Ca2+ (dureza)
concentração de carbonato
(alcalinidade).
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 56
AULA 3
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 57
CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA NA ORIGEM
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 58
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 59
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 60
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
CLASSIFICAÇÃO
Águas superficiais
Consoante a sua qualidade, as águas superficiais, destinadas à
produção de água para consumo humano, são classificadas nas
categorias A1, A2 e A3, de acordo com as normas de qualidade fixadas
no Anexo I.
Águas subterrâneas
Considerar-se-ão aptas, para poderem ser utilizadas como origem de
água para a produção de água para consumo humano, as águas
subterrâneas que apresentem qualidade superior ou igual à da
categoria A1 das águas doces superficiais destinadas à produção de
água para consumo humano (Anexo I).
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 61
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 62
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 63
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
NORMAS DE QUALIDADE
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 64
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE
O controlo da qualidade da água realiza-se de acordo com o Anexo II;
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 65
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 66
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
O PCQA é elaborado nos termos definidos no Anexo III e deve ser submetido à
aprovação da autoridade competente:
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 67
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 68
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 69
ESQUEMA DE TRATAMENTO
Esquema de tratamento
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 70
ESQUEMA DE TRATAMENTO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 71
OPERAÇÕES E PROCESSOS UNITÁRIOS
Operação unitária
UNIT OPERATIONS PURPOSE
Gradagem Separação de impurezas grosseiras
Microtamisação Remoção de partículas finas em suspensão
Desarenação Remoção de areias
Arejamento Remoção de voláteis e precipitação de metais
Floculação Aglutinação de partículas em suspensão
Sedimentação Remoção de partículas em suspensão
Filtração Remoção de partículas finas após sedimentação
Adsorção Remoção de substâncias dissolvidas
Armazenamento Conservação de água tratada antes da distribuição
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 72
OPERAÇÕES E PROCESSOS UNITÁRIOS
Processo unitário
UNIT PROCESSES PURPOSE
Coagulação Desestabilização de partículas coloidais
Estabilização Correcção de pH, alcalinidade e teor de cálcio
Desinfecção Remoção de microrganismos patogénicos
Fluoretação Adição de fluoretos à água tratada
Osmose inversa Remoção de teores elevados de iões dissolvidos
Electrodiálise Remoção de teores elevados de iões dissolvidos
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 73
OPERAÇÕES E PROCESSOS UNITÁRIOS
CLARIFICAÇÃO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 74
OPERAÇÕES E PROCESSOS UNITÁRIOS
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 75
OPERAÇÕES E PROCESSOS UNITÁRIOS
Turbidity Clarification -
Turvação Filtração em linha ou assistida (G+J) Aplicação a água com baixo teor de turvação e cor.
Filtração directa (G+H+J) Aplicação a água com baixo-médio teor de turvação e cor (se
turvação < 15 a 20 mg/L ).
Convencional (G+H+I+J) Aplicação a água com baixo e elevado teor de turvação e cor.
Algas e Plancton Microtamisador (C) Não se aplica a remoção de areias, argila e outros materiais
abrasivos.
Convencional (G+H+I+J) Elevada densidade de algas e plancton é de difícil coagulação.
Normalmente flotam.
Cor Oxidação(03,Cl2,ClO2, KMnO4)(F) Aplicação a água com baixo teor em cor.
Coagulação (G+F) Aplicação a água com baixo a elevado teor em cor. (Sulfato de
aluminio é preferivel aos sais de ferro). pH óptimo: 5-6.
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 76
OPERAÇÕES E PROCESSOS UNITÁRIOS
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 77
OPERAÇÕES E PROCESSOS UNITÁRIOS
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 78
OPERAÇÕES E PROCESSOS UNITÁRIOS
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 79
OPERAÇÕES E PROCESSOS UNITÁRIOS
Synthetic organic compounds N GAC (granular activated carbon) adsorption; CAP (powered activated
(pesticides and herbicides) carbon) adsorption
Fluoretos Alumina activada (O) Remoção de flúor por alumina activada.
2-
Arsênio Precipitação (G+H+I) Remoção de arsenato As(V), HAsO4 com coagulação a pH elevado
como o amaciamento com cal.
Alumina activada (O) Aplicação na remoção de As, em águas subterrâneas.
Desmineralização (T2) Remoção de As conjuntamente com outros aniões nos processos de
separação por membranas.
Toxinas N Removidas por adsorção em CA (remoção @ 80%)
- A pré-ozonização com tempo de contacto superior a 5 min pode ser
suficiente para destruir as toxinas para valores não detectáveis
2-
Sulfatos (SO4 ) Permuta iónica (T1) remoção não assegurada por sistemas convencionais
-
Quando se usa sulfato de alumínio como agente coagulante, a água
tratada sofre um acréscimo de sulfatos de 20 a 50 mg/L
Cloretos remoção não assegurada por sistemas convencionais
- mecanismos electrolíticos, ou diluir com água com reduzido teor em
cloretos
Calcium-carbonic equilibrium K Addition of lime, crushed limestone chambers
Residual in treated water Chlorine addition
P (cloragem) Última operação quando a água jánão apresenta m.o.; o residual de
cloro deve ser 0,2 mg/L durante 4 h
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 80
OPERAÇÕES E PROCESSOS UNITÁRIOS
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 81
ESQUEMA DE TRATAMENTO
Esquema de tratamento
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 82
ESQUEMA DE TRATAMENTO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 83
ESQUEMA DE TRATAMENTO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 84
AULA 4
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 85
DESCRIÇÃO DETALHADA DOS PROCESSOS DE TRATAMENTO DE ÁGUA
Processos principais:
• Captação
• Remoção de sólidos
• Remoção de areias
• Pré-oxidação
• Clarificação
• Mistura rápida
• Floculação
• Flotação
• Sedimentação
• Filtração
• Desinfecção
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 86
CAPTAÇÃO
CAPTAÇÃO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 87
CAPTAÇÃO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 88
REMOÇÃO DE SÓLIDOS E AREIAS
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 89
PRÉ-OXIDAÇÃO
PRÉ-OXIDAÇÃO
Objectivos:
• Remoção Fe e Mn;
• Oxidação de compostos orgânicos;
• Inactivação de população fitoplanctónicas e microbiológicas.
Agente oxidante:
• ozono;
• dióxido de cloro; poder de oxidação decrescente
• cloro;
• clorominas;
• permanganato de potássio;
• peróxido de hidrogénio.
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 90
PRÉ-OXIDAÇÃO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 91
PRÉ-OXIDAÇÃO
Utilização de ozono:
• usado sempre que a conc. de m.o. o justifica e ↓ teores de brómio
(na presença de brómio pode formar ião bromato (BrO3-))
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 92
PRÉ-OXIDAÇÃO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 94
PRÉ-OXIDAÇÃO
Ozononizadores
Cisterna de ozonização
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 95
PRÉ-OXIDAÇÃO
Sistema de ozonização
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 96
PRÉ-OXIDAÇÃO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 97
PRÉ-OXIDAÇÃO
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 98
AULA 5
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 99
CLARIFICAÇÃO
Processo de clarificação
COAGULAÇÃO
Objectivos:
• Desestabilização da suspensão coloidal (argilas, óxidos metálicos,
moléculas de proteínas e microrganismos, com carga superficial
usualmente negativa) para anular o efeito da carga negativa e
permitir a sua agregação
Reagentes:
• Coagulantes – responsáveis pela desestabilização dos coloídes
Inorgânicos – sais metálicos (sulfato de alumínio, cloreto de alumínio,
sulfato férrico, cloreto férrico, sulfato cúprico …)
Orgânicos – poliectrólitos (poliacrilamina, por ex.)
Mistura rápida :
• Para adição do agente coagulante (em solução ou suspensão)
• tempos de retenção muito curtos (1 a 2 segundos)
• gradientes de velocidades elevados (usualmente a G = 1000 s-1),
para garantir dispersão rápida e uniforme
ETA da ASSEISSEIRA
FLOCULAÇÃO
Objectivos:
• aglomeração de partículas previamente destabilizadas em flocos
através de mistura lenta.
G = 10 a 60 s-1
tempo de residência = 15 a 45 minutos
ETA da ASSEISSEIRA
Floculantes :
• adjuvantes de coagulação ou de filtração, tornam a floculação mais
rápida ou aumentam a qualidade do floco (peso, coesão e volume)
Ex: sílica activada;
minerais (argilas, CAP, …)
polieléctrolitos
FLOTAÇÃO
Objectivos:
• Separar graviticamente as fase sólida-líquida
• Usado especialmente para remoção de algas e fitoplâncton (que
decantam mal!)
• Pode ser alternativa ou complementar à sedimentação
ETA da ASSEISSEIRA
SEDIMENTAÇÃO
Objectivos:
• separar graviticamente as partículas ou flocos em suspensão (com
densidade > à da água) de modo a obter a máxima separação
sólido-líquido
• particularmente necessário em águas com elevada turvação e/ou cor
anteparo perfurado
na zona de entrada
Tipos de sedimentação:
• de partículas discretas (que conservam as suas propriedades físicas
iniciais)
• de partículas floculantes (partículas que se aglomeram)
• em manto de lamas (partículas que se aglomeram e sedimentam
como um todo)
• em compressão (no fundo dos decantadores)
Tipos de decantadores:
• Convencionais
Rectangulares, de escoamento horizontal (+ estáveis
hidraulicamente)
Circulares, de escoamento radial (+ afectados por ventos cruzados)
Ch = 20 a 60 m3/(m2.dia)
Notas:
• A sedimentação pode ser dispensada a montante da filtração
(turbidez < 15 a 20 mg/L) Filtração directa.
• A pré-sedimentação pode ser usada à cabeça duma ETA para
permitir a decantação gravítica de sólidos densos que não
necessitam de coagulação/ floculação para serem removidos.
• Causas de decantação deficiente:
curto-circuitos hidráulicos e turbulência
deficiente distribuição de caudais afluentes
vento
existência de bolhas de ar ascendentes
diferenças de densidade causadas por gradientes de
temperatura ou concentração
FILTRAÇÃO
Objectivos:
• remoção de partículas em suspensão através da passagem da água
por uma ou mais camadas de material poroso
• Efeito adicional de remoção de m.o. e microrganismos
• pode ser usada como operação de remoção primária da turvação
(filtração directa)
Diâmetro efectivo
Coeficiente de uniformidade
• Caracterizado por:
Esfericidade
Porosidade
Mecanismos de filtração:
• Separação mecânica
• Sedimentação
• Impacto (com os grãos do material filtrante)
• Intercepção (por contacto com os grãos do material filtrante)
• Adesão
• Actividade biológica (reduz os poros do material filtrante,
intensificando os processos anteriores)
Constituição de um filtro :
• Camada de suporte:
Retém o material filtrante e melhora a distribuição da água de
lavagem
Gravilha, cascalho ou pedregulho (h @ 40 a 60 cm; no topo 2,5
a 5 mm; no fundo 40 a 60 mm)
Leito filtrante:
• De camada simples
Areia de granulometria uniforme
Remoção de sólidos ocorre nos estratos superiores H
aumentam rapidamente
• De camada dupla
Geralmente antracite (@ 30 a 60 cm; 0,9 a 1 mm ) e areia
(h @ 15 a 40 cm; 0,5 a 0,55 mm)
Retardam o desenvolvimento de H >ciclos de filtração
e caudais de lavagem
• Multicamada
3 ou mais camadas
Material + denso e grosseiro no topo; o + fino no fundo
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 125
FILTRAÇÃO
Tipos de filtração
Filtração rápida:
• O mais comum (usado a jusante de coagulação, floculação e sedimentação)
• Taxa de filtração = 5 a 12 m3/m2/h
• Duração de um ciclo de filtração @ 24 a 72 horas
• Lavagem em contra-corrente
• Lavagem:
em contra-corrente (por inversão do sentido do escoamento, de
modo a expandir o leito em cerca de 50%)
ETA da ASSEISSEIRA
Filtração rápida / Operação normal
Filtração lenta:
• Taxa de filtração = 0,10 a 0,54 m3/m2/h
• Favorece-se o desenvolvimento, à superfície, duma camada densa
de microrganismos, o que aumenta a eficiência da filtração
• Requer áreas e volumes de enchimento superiores
• Operação simples e de baixo custo
• Duração de um ciclo de filtração @ 40 a 60 dias
• Limpeza manual
DESINFECÇÃO
Objectivos:
• Inactivação de microrganismos patogénicos
• Tratamento mais importante (4000 crianças morrem por dia por
consumo de água contaminada)
Agentes desinfectantes:
• Cloro
os mais usados!
• Dióxido de cloro (ClO2)
• Ozono
• Cloraminas
• Radiação ultravioleta
Observações:
• A eficácia da desinfecção depende do tempo de contacto, nº de
microrganismos presentes, conc. do desinfectante, temperatura da
água
Utilização de cloro:
• inicialmente, em 1900, era usado o hipoclorito de sódio (NaOCL)
• actualmente, usa-se cloro gasoso, NaOCL e hipoclorito de cálcio
Desinfectante residual:
• Combater contaminações futuras
• Limiar de detecção de sabor do cloro = 0.5 ppm
• Conc. corrosão do sistema de distribuição
ETA da ASSEISSEIRA
Armazenamento de Cloro
AMACIAMENTO
Objectivos:
• Eliminação parcial ou total da dureza da água
Uma água com uma dureza inferior a 30-50 mg/L (água macia) possui
características agressivas. Águas duras (> 150 mg CaCo/L) provocam
incrustações, maiores consumos de sabões de detergentes,... devendo
ser amaciadas para valores de 50 a 150 mg CaCo /L.
Tipos de dureza:
• Dureza cálcica ou magnésica (devida aos iões Ca2+ e Mg2+)
• Dureza carbonatada ou temporária – corresponde à alcalinidade
• Dureza não carbonatada ou permanente – devida aos cloretos,
nitratos, sulfatos, etc
Processos de amaciamento:
• Permuta iónica
• Precipitação química (adicionar cal à água, por ex.)
Produção de lamas:
• Devidas ao teor em SST da água bruta e aos reagentes adicionados
(coagulantes, etc…)
• Concentração das lamas = 2%
Espessamento gravítico
• Carga em sólidos = 12 a 40 kg SST/m2 área.hora
• Concentração das lamas espessadas = 5 a 9%
Desidratação de lamas
• Filtros prensa
• Centrifugação
Lagoas de lamas
• Tempo de retenção = 5 dias
• Profundidade do líquido = 1,0 a 1,5 m
Leitos de secagem
• Altura da camada de lamas = 0,20 m
• Tempo de secagem = 5 dias
• Carga de sólidos = 1 a 2,5 g SST/m2
Aqueduto Aqueduto
FASE LÍQUIDA
Chegada de água bruta;
Ozonização
Regulação de equilíbrio calco-carbórico (CO2)
Eliminação de toxinas e odores (carvão activado em pó)
Coagulação
Floculação
Flotação/decantação
Eliminação de manganêz
Filtração
Desinfecção e correcção final de pH
FASE SÓLIDA
Equalization and homogenization of sludge
Sludge gravity thickening
Sludge Dehydration and storage
INSTALAÇÕES DE TRATAMENTO 148
CASOS REAIS - EXEMPLOS
Floculador
Passadiço
WATER INTAKE
RESERVOI
R
Chaminé de equilíbrio
Conduta adutora
EE de Castelo do Bode
EE de Castelo do Bode
Edifício de exploração
Oficinas
P de transformação
Mistura rápida
Espessadores
Armazenamento da água
de lavagem do filtros
Armazenamento de cloro e CO2
ÁGUAS DO ALGARVE, SA
ETA BELICHE
ETA ALCANTARILHA
ALCANTARILHA WTP
FONTAÍNHAS WTP
BELICHE WTP
A ETA do Beliche, localizada junto à barragem com o mesmo nome, tem uma
capacidade de 13 000 m3/dia. Abrangendo os concelhos de Castro Marim e
Vila Real de Santo António, esta ETA serve uma população máxima de,
aproximadamente, 60 000 hab.
TAVIRA WTP
ETA compactas
ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO
EXEMPLOS
Bagdad (Iraque)