Tecnologias Da Informação e Comunicação PDF
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Tecnologias da
Informação e da
Comunicação
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Tecnologias da Informação
e da Comunicação, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâ-
mico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às)
alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................5
1 O QUE SÃO TECNOLOGIAS E MÍDIAS?.....................................................................................7
1.1 Resumo do Capítulo........................................................................................................................................................8
1.2 Atividades Propostas.......................................................................................................................................................8
2 AS NOVAS TERMINOLOGIAS...........................................................................................................9
2.1 Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs)........................................................................................9
2.2 Multimídia........................................................................................................................................................................ 10
2.3 Hipertexto........................................................................................................................................................................ 10
2.4 Telemática......................................................................................................................................................................... 11
2.5 Ciberespaço..................................................................................................................................................................... 11
2.6 Cibercultura..................................................................................................................................................................... 12
2.7 Letramento Digital........................................................................................................................................................ 12
2.8 Avatar................................................................................................................................................................................. 13
2.9 Hiperlink............................................................................................................................................................................. 13
2.10 Vírus.................................................................................................................................................................................. 13
2.11 Educomunicação......................................................................................................................................................... 13
2.12 Resumo do Capítulo.................................................................................................................................................. 13
2.13 Atividades Propostas................................................................................................................................................. 14
7 AS DIFERENTES MÍDIAS................................................................................................................... 27
7.1 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................... 28
7.2 Atividades Propostas.................................................................................................................................................... 28
8 O RÁDIO...................................................................................................................................................... 29
8.1 O Audacity........................................................................................................................................................................ 30
8.2 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................31
8.3 Atividades Propostas....................................................................................................................................................32
9 TV E VÍDEO................................................................................................................................................ 33
9.1 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................34
9.2 Atividades Propostas....................................................................................................................................................34
10 MÍDIA IMPRESSA............................................................................................................................... 35
10.1 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................36
10.2 Atividades Propostas.................................................................................................................................................36
11 A INFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO........................................................................................... 37
11.1 Modalidade Jogo........................................................................................................................................................37
11.2 Pesquisas na Internet.................................................................................................................................................47
11.3 Comunicação................................................................................................................................................................48
11.4 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................49
11.5 Atividades Propostas.................................................................................................................................................49
12 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................. 51
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS...................................... 55
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................. 59
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), neste módulo, trataremos das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs)
e suas relações com o fazer docente.
Assim o objetivo geral desta disciplina é abordar o que são Mídias e Tecnologias e refletir sobre
o papel das TICs na Educação, oferecendo informações sobre diferentes mídias (rádio, TV e vídeo, im-
pressos e informática1), facilitando a sua apropriação como ferramentas de autoria e coautoria, de for-
ma integrada ao projeto pedagógico.
A partir do referencial teórico disponibilizado, queremos demonstrar a evolução do conceito de
tecnologia e mídias; apresentar e/ou ilustrar as novas terminologias, como TICs, multimídia, hipertex-
to, telemática, ciberespaço, cibercultura, letramento digital, entre outras; propiciar a reflexão sobre
o papel das TICs na educação; e identificar as novas formas de aprender e ensinar com o uso das mídias,
destacando uma postura de leitor/autor crítico, tanto por parte de educadores quanto por educandos.
Em especial, é nossa intenção trazer questionamentos nos quais a teoria e as práticas se encontrem,
reflexões intimamente vinculadas ao contexto escolar, que pedem profissionais reflexivos.
A presença cada vez mais evidente das tecnologias na escola é um dado que nos parece indiscutí-
vel. O que queremos despertar aqui é a reflexão acerca das seguintes questões: Qual o seu sentido? O que
diferencia uma nova ou velha tecnologia? Que opções fazemos quando escolhemos determinados recursos
tecnológicos? Saber utilizar a tecnologia é o mesmo que saber ensinar com ela? E o que é aprender com tec-
nologias?
Analisaremos como o rádio, com sua linguagem específica e a forte presença da oralidade, con-
tribui com o processo de aprendizagem dos alunos, sem a presença da imagem, que é a característica
principal da geração icônica, da qual fazem parte nossos alunos (pois possuem necessidades, percepções
e relacionamentos com a realidade, todos mediados pela imagem).
Apresentaremos e discutiremos acerca do papel da TV, nos espaços sociais e culturais (enfatizando
a escola), caracterizando esse meio de comunicação, seus papéis, suas funções e equívocos a ele relacio-
nados.
Através da análise da mídia impressa, queremos demonstrar suas características, a linearidade do
texto, as possibilidades de adequação ao ritmo do leitor, a intencionalidade das imagens e a presença de
sinais não verbais.
Em relação ao trabalho com a informática na escola, reafirmando seu caráter educativo, aborda-
remos as formas de comunicação por meio da internet relacionadas aos processos de ensino-aprendi-
zagem (enfatizamos o aumento do número de projetos que se desenvolvem em Ambientes Virtuais de
Aprendizagem – AVAs), bem como estudaremos as possibilidades de trabalho quando se utilizam soft-
wares de autoria, práticas de pesquisa dirigida na internet e atividades de leitura, interpretação e escrita.
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1 O QUE SÃO TECNOLOGIAS E MÍDIAS?
Nesse tempo de grandes mudanças, aqueles que aprendem, herdarão o futuro. Os que acreditam que já sabem, vivem em
um mundo que já não existe.
Eric Hoffer
Caro(a) aluno(a), olhe à sua volta e obser- a história do homem na Terra é pauta-
ve: como a tecnologia afeta o seu cotidiano? Que da por seu desenvolvimento social, in-
mudanças provocadas pela tecnologia afetam di- telectual e tecnológico. De Johannes
Gutenberg a Bill Gates, pessoas que re-
retamente sua vida? volucionaram os meios de informação
Faça essa pequena reflexão antes de pros- e comunicação no mundo contempo-
seguir a leitura. râneo, a humanidade tem evoluído por
meio de suas relações com seus inventos
OK. Vamos continuar.
tecnológicos, transformando continua-
Quando ouvimos falar em tecnologia, nor- mente a própria história.
malmente nos vem à cabeça a ideia de artefatos
tecnológicos complicados, de difícil manuseio, Para o homem pré-histórico, as ferramentas
destinados a especialistas. Dessa forma, não per- primitivas eram recursos tecnológicos avançados;
cebemos que utilizamos diversas tecnologias em em sua necessidade de defesa e, posteriormente,
nosso cotidiano. Podemos citar exemplos simples de ataque, o homem desenvolveu técnicas como
de artefatos tecnológicos: canetas, lápis, talheres, a produção de fogo e armas a partir de troncos de
termômetros, calculadoras etc. árvores e ossos. Mais tarde, a caneta causou uma
A origem da palavra “tecnologia” provém revolução na prática daqueles que escreviam com
do grego tekhno (de tékhné, ‘arte’) e logia (de lo- tinteiro e mata-borrão.
gos, ou ‘linguagem, proposição’). Tecnologia é um Atualmente, é corrente a ideia de que a tec-
termo usado para atividades de domínio huma- nologia deve servir para melhorar a qualidade de
no que exigem algum conhecimento, manuseio vida das pessoas, com ênfase no caráter coopera-
e que podem acrescentar mudanças aos meios,
tivo, colaborativo. Pense nos óculos, cadeiras de
contribuindo com sua competência natural e pro-
rodas, aparelhos para surdez. Isso tudo é tecno-
porcionando, assim, uma evolução na capacidade
logia!
das atividades humanas.
A tecnologia pode ser vista, assim, como
artefato, cultura, atividade com determinado ob- Saiba mais
jetivo, processo de criação, conhecimento sobre
O fantástico desenvolvimento das tecnologias pes-
uma técnica e seus processos; em outras palavras, soais, móveis, mais baratas e cada vez mais intera-
quando falamos em tecnologia, nos referimos ao tivas está propiciando mudanças significativas nas
conhecimento de uma técnica, que se desenvol- formas de trabalho e de lazer, de comunicação com
veu a partir do conhecimento humano, que am- pessoas próximas e distantes. Modificam-se as con-
cepções de espaço e de tempo, do que é real e vir-
plia as capacidades do homem e leva ao aumento tual, do que é tradicional e inovador (MORAN, 2007).
da qualidade de vida (pelo menos teoricamente
deveria levar a esse aumento). Segundo Atayde
(2010, p. 14),
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Passemos agora para mais um conceito: li- ser classificada como: mídia impressa, mídia ele-
teralmente, “mídia” é o plural da palavra “meio”, trônica, mídia digital...
cujos correspondentes em latim são “media” e Mesmo havendo, didaticamente, várias
“medium”, respectivamente. classificações para as mídias, encontramos em
Atualmente, a designação “mídia” é usada nosso cotidiano, cada vez mais, uma “mixagem”
para suporte e veiculação da informação (rádio, entre elas. Veja como se organizam os programas
televisão, jornal) e para registro de informação de rádio: rádio, telefone e internet interligados,
(máquina fotográfica, filmadora, fitas de video- chamando o ouvinte a participar. Esse é apenas
cassete, CD-ROM, DVDs). A mídia também pode um exemplo.
Caro(a) aluno(a), vamos recapitular alguns pontos principais deste capítulo, lembrando a origem
da palavra “tecnologia”, que provém do grego tekhno (de tékhné, ‘arte’) e logia (de logos, ou ‘linguagem,
proposição’). A tecnologia pode ser vista como artefato cultural da atividade humana com determinado
objetivo.
Outro conceito discutido foi a “mídia”, plural da palavra “meio”, cujos correspondentes em latim são
“media” e “medium”, respectivamente. Atualmente, a designação “mídia” é para suporte e veiculação da
informação (rádio, televisão, jornal) e para registro de informação (máquina fotográfica, filmadora, fitas
de videocassete, CD-ROM, DVDs). A mídia também pode ser classificada como: mídia impressa, mídia
eletrônica, mídia digital etc.
2. Apresente uma breve discussão sobre a relação do homem com as tecnologias no dia a dia.
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2 AS NOVAS TERMINOLOGIAS
Caro(a) aluno(a), no ensino de hoje, com a termos que precisam ser compreendidos pelos
capacidade de lidar cada vez com mais pessoas educadores, para que utilizem seus recursos e po-
e com um volume de informações que cresce e tencialidades educacionais.
se renova a cada momento, foram incorporados
Saiba mais
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2.2 Multimídia
É a utilização, mediada pelo computador, logias que permitem criar, manipular, armazenar
de recursos como texto, fotografia, gráfico, com e pesquisar conteúdos, ou seja, num projeto mul-
recursos dinâmicos como vídeo, áudio, animação. timídia, podemos usar texto e animações e/ou fo-
O termo ‘multimídia’ refere-se, portanto, a tecno- tografias e áudio.
2.3 Hipertexto
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Tecnologias da Informação e da Comunicação
2.4 Telemática
2.5 Ciberespaço
É o ambiente virtual criado com base no respaço dissemina uma nova cultura pelo globo:
uso dos meios de comunicação modernos, des- a cibercultura.
tacando-se, entre eles, a internet. Isso acontece No ciberespaço, ou “mundo da internet”, as
porque os meios de comunicação modernos per- informações aparecem em forma de sons, textos
mitem que pessoas e equipamentos troquem in- ou imagens. A manipulação e a troca dessas in-
formações das mais variadas formas, sem grandes formações são o que chamamos “navegar”. Nave-
preocupações. gação na internet é um processo que acontece de
Pierre Lévy (1993) coloca o ciberespaço forma aberta, interativa, em que temos um leitor-
como uma grande rede interconectada mundial- -autor, que através de “cliques” reorganiza o que
mente, com um processo de comunicação “uni- está posto.
versal” sem “totalidade”. A “universalidade” sem
“totalidade” segue uma linha interativa de comu-
nicação, possibilitando a “todos” os navegantes
da grande “rede” participar democraticamente
num modelo interativo de “todos para todos”,
consolidando a ideia de uma “aldeia global”, pro-
fetizada por McLuhan na década de 1960. O cibe-
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Curiosidade
2.6 Cibercultura
Caro(a) aluno(a), o Letramento Digital é a na escola precisa ter sempre objetivos claramente
compreensão das utilidades da internet como fer- definidos no projeto pedagógico vigente; seu uso
ramenta pedagógica (de busca, de comunicação deve ser equilibrado, como instrumento cogniti-
e de publicação), relacionada à pesquisa, comuni- vo, no qual ela realmente faça a diferença.
cação e publicação de projetos. O uso da internet
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2.8 Avatar
É um personagem virtual assumido pelo a forma humana ou não, pode ter movimentos
participante de uma comunidade virtual (seja controlados pelo computador e interagir com ou-
para participar de jogos on-line, projetos de pes- tros personagens.
quisa ou outros objetivos). Um avatar pode ter
2.9 Hiperlink
É a ligação entre textos, imagens, áudios, reços na internet. Possibilita que o leitor navegue
animações. Pode dar acesso a um mesmo docu- livremente pelos textos, escolhendo percursos e
mento, a outros documentos ou, ainda, a ende- produzindo, a cada leitura, um novo texto.
2.10 Vírus
2.11 Educomunicação
Refere-se ao conjunto das ações de planeja- uma gestão democrática dos recursos da comu-
mento, implementação e avaliação de processos, nicação. As propostas para unir as duas áreas de
programas e produtos destinados a criar e forta- conhecimento – a comunicação e a educação –
lecer ecossistemas comunicativos abertos, demo- são variadas, assim como a nomenclatura: educa-
cráticos e participativos, destinados a ampliar os ção pela comunicação, educomunicação, mídia-
espaços de expressão na sociedade através de -educação, entre outros nomes.
Neste capítulo, apresentamos o conceito de TICs, visto que sua terminologia envolve a obtenção
(pesquisar), o armazenamento (salvar), o processamento (interagir, modificar) e a divulgação (publicar)
da informação por meios eletrônicos e digitais.
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1. De acordo com o conceito apresentado, Ciberespaço é o ambiente virtual criado com base no
uso dos meios de comunicação modernos, destacando-se, entre eles, a internet; e Telemática
é o conjunto de TICs resultante da junção dos recursos das telecomunicações (telefonia, saté-
lite, cabo, fibras ópticas etc.) e da informática (computadores, periféricos, softwares e sistemas
de redes). Dessa forma, como os elementos presentes na Telemática estão presentes no Cibe-
respaço? Justifique sua resposta.
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REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DAS TICS
3 NA EDUCAÇÃO
Espera-se que a educação contribua para o desenvolvimento do querer viver juntos, ‘elemento básico da
coesão social e da identidade nacional’. Sua missão é criar vínculos sociais entre as pessoas, e seu objetivo, o
desenvolvimento humano na sua dimensão social.
Jacques Delors
Entre os muitos desafios que se colocam de aula preestabelecido, com muitos alunos, em
para a educação atual, podemos destacar: com- que apenas os mais falantes participam.
preender as diferentes formas de representação A mídia impressa, a televisão, o vídeo, o rá-
e comunicação propiciadas pelas tecnologias dio, a internet e a hipermídia são ótimos recursos
disponíveis na escola e criar dinâmicas que per- para mobilizar os alunos em torno de algumas
mitam estabelecer o diálogo entre as formas de questões, quando se quer despertar-lhes o inte-
linguagem características das mídias. resse para iniciar estudos temáticos, desenvol-
Vivemos na Era da Informação, com carac- ver projetos ou trazer novos olhares para os tra-
terísticas e contradições que vão gradativamente balhos em andamento. Para tanto, é importante
influenciando o nosso dia a dia, afetando a forma conhecer quais os objetivos pedagógicos das
como nos comunicamos, trabalhamos, nos re- atividades e quais as características principais das
lacionamos com os demais, aprendemos e ensi- mídias disponíveis. Nesse último aspecto, os alu-
namos. Aos poucos, nossos hábitos e atividades nos são excelentes parceiros dos professores. As
cotidianas vão sendo alterados. Nunca nos comu- relações nunca estiveram tão equilibradas; não é
nicamos com tantas pessoas, de diferentes luga- raro encontrarmos projetos nos quais realmen-
res do mundo, e ao mesmo tempo, mas isso faz te existe a parceria entre educador (que tem o
com que nos vejamos cada vez menos, predomi- conhecimento formal e científico) e educandos
nando o virtual no lugar do real. (que “dominam” os recursos da máquina). Pode-
Podemos estudar a distância, com todas as mos dizer que os alunos são de uma civilização
suas vantagens e desvantagens. No nosso caso icônica (possuem necessidades, percepções e re-
(participantes – alunos e professores – de um lacionamentos com a realidade, todos mediados
curso organizado na modalidade a distância), pela imagem), enquanto os professores provêm
perdemos a chance daquele relacionamento pró- de uma civilização pré-icônica.
ximo, que permite olhares e sorrisos, marcas de Educar numa sociedade em que as mudan-
expressão que dizem mais que palavras. No en- ças são muito rápidas e profundas nos obriga a
tanto, podemos nos comunicar individualmente; repensar o ensinar e o aprender, a construir mo-
através de e-mails, muitas pessoas conseguem delos diferentes dos que conhecemos até agora,
expressar-se melhor, contar impressões e colocar a romper paradigmas. Ensinar e aprender, nos
suas dúvidas; coisas que não fariam pessoalmen- dias de hoje, não se reduzem a estar um tempo
te. Temos muito mais chances de atender aos alu- numa sala de aula, transmitindo conhecimentos,
nos individualmente, comentando seus trabalhos mas implicam modificar o que fazemos, organizar
e estabelecendo um diálogo virtual, do que acon- ações de pesquisa e de comunicação que permi-
tece numa sala de aula presencial, com o tempo tam a professores e alunos continuar aprenden-
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do, acessando páginas na internet, nas quais en- Selecionar fontes de pesquisa;
contram textos, novas mensagens, possibilidades Refletir criticamente sobre as informa-
de orientação a distância, características dos am- ções encontradas;
bientes virtuais de aprendizagem.
Atribuir-lhes significados;
As opções tecnológicas com as quais a es-
Contribuir para que os alunos identifi-
cola conta, sozinhas, não garantem mudanças na
quem o que é relevante;
educação, embora propiciem novas formas de li-
dar com a informação, de produzir conhecimento Orientar a publicação de trabalhos;
e de estabelecer comunicação entre as pessoas, Qualificar a comunicação digital entre
permitindo conexões entre pessoas, ideias, con- alunos (EDUCAREDE, 2006).
ceitos, crenças e valores. A metodologia que está
por trás de seu uso é que dá o tom ao trabalho
(seja de uma proposta mais tradicional até a mais
interacionista). Atenção
Quando trabalhamos na cultura das mídias,
“Educar numa sociedade em que as mudanças
o que se estabelecem na sala de aula ou labora- são muito rápidas e profundas, nos obriga a re-
tório de informática são atividades múltiplas e pensar o ensinar e o aprender, a construir mode-
simultâneas, nas quais diálogo e troca de infor- los diferentes dos que conhecemos até agora, a
romper paradigmas.” (VALENTE, 1999, p. 24).
mações são enfatizados. Mesmo com a horizonta-
lização das relações, algumas tarefas não podem
ser desprezadas; trabalhar em parceria com os
alunos implica que cada um cumpra o seu papel
e cabe ao professor mediador:
Caro(a) aluno(a), neste capítulo, apresentamos como as TICs estão presentes em nosso dia a dia e
como se apresentam na educação. No nosso caso (participantes – alunos e professores – de um curso
organizado na modalidade a distância), perdemos um relacionamento mais próximo fisicamente; por ou-
tro lado, temos muito mais chances de oferecer diferentes oportunidades e possibilidades e de atender
às necessidades e interesses estabelecendo um diálogo virtual, pois podemos estudar a distância, com
todas as suas vantagens e desvantagens.
As relações nunca estiveram tão equilibradas; não é raro encontrarmos projetos nos quais real-
mente existe a parceria entre educador (que tem o conhecimento formal e científico) e educandos (que
“dominam” os recursos da máquina).
2. O texto sugere que os alunos são de uma civilização icônica. Discuta a respeito desse conceito.
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O QUE DIFERENCIA UMA NOVA DE UMA
4 VELHA TECNOLOGIA?
Uma velha tecnologia dos centros urbanos, como o rádio, pode ser uma inovação em determinados contex-
tos sociais, e uma nova tecnologia pode ser considerada velha porque não modifica em nada as relações dos
sujeitos envolvidos, como muitas vezes ocorre com o datashow na sala de aula. O atributo de velho ou novo
não está no produto, no artefato em si mesmo, ou na cronologia das invenções, mas depende da significação
do humano, do uso que fazemos dele.
Juliane Corrêa
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Neste capítulo, discutimos a ideia de novas e velhas TICs dentro do contexto educacional, pois
normalmente utilizamos novas tecnologias com propósito diretivo, muitas vezes sem a participação do
aluno. Como diz Corrêa (2003), devemos construir uma nova articulação entre tecnologia e educação,
aquilo que chamaríamos de uma visão crítica, apesar do desgaste da palavra “crítica”.
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2. Segundo Corrêa (2003), devemos construir uma nova articulação entre tecnologia e educa-
ção, aquilo que chamaríamos de uma visão crítica, apesar do desgaste da palavra “crítica”. De
acordo com o autor, como o professor deve compreender essa “visão crítica”?
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SABER UTILIZAR A TECNOLOGIA É O
5 MESMO QUE SABER ENSINAR ELA?
É preciso reconhecer que a maioria dos pro- Em relação à prática educativa, o momento
fessores possui saberes ligados às novas tecnolo- em que vivemos requer, essencialmente, uma cul-
gias, utilizam-se delas no dia a dia, mas também é tura que acredite no ser humano, em suas capaci-
necessário compreender que competências pro- dades e potencialidades, que a educação oriente-
fissionais não se reduzem ao domínio dos conteú- -se para ganhos sociais maiores, tais como afirmar
dos a serem ensinados, bem como aceitar a ideia a individualidade e confiança no ser humano, as-
de que a evolução exige que todos os professo- segurar que sua expressão possa ocorrer de dife-
res possuam competências antes reservadas aos rentes formas e em diversas práticas sociais.
inovadores ou àqueles que precisavam lidar com
públicos difíceis (PERRENOUD, 2000). O salto de conhecimento para o qual o
Quando Perrenoud (2000) coloca as compe- homem está se preparando para dar, ain-
tências necessárias aos profissionais docentes em da que inconscientemente, é resultado
10 grandes “famílias”, determina: “utilizar as novas de toda a sua evolução biológica e inte-
lectual.
tecnologias”.
A evolução biológica e intelectual conti-
nua. Comportamentos e conhecimentos
Atenção estão em permanente evolução e, como
não pode deixar de ser, são contextua-
“Em algumas profissões que dependem total- lizados, inseridos na totalidade em que
mente das tecnologias, a renovação das compe- estamos imersos. Hoje dispomos de po-
tências é evidente. No entanto, isto não acon-
derosíssimos instrumentos materiais
tece na educação escolar: nem o vídeo, nem o
e intelectuais para captar informações
computador, nem a multimídia, até hoje, fizeram
com que a profissão de professor mudasse. Desse de uma vastíssima porção da realidade,
ponto de vista, a aparente continuidade provoca processar essa informação e comparti-
a ruptura. Se surgissem novas competências, não lhar o resultado desse processamento
seria para responder a novas possibilidades téc- praticamente com toda a humanidade.
nicas, mas devido à transformação da visão ou Hoje cada indivíduo pode compartilhar
das condições de exercício da profissão.” (PERRE- conhecimentos e compatibilizar com-
NOUD, 2000). portamentos com um número surpreen-
dente de outros indivíduos espalhados
pelo planeta. Esse número deve crescer,
As escolas estão “interessadas” no uso das chegando eventualmente a atingir toda
tecnologias; cada vez mais se quer usar esses a humanidade. Inconscientemente, es-
recursos tecnológicos, pois são atrativos para os tamos incorporando esse compartilhar
alunos. Entretanto, ter interesse e até saber usar conhecimentos e compatibilizar compor-
a tecnologia no cotidiano não quer dizer que es- tamentos na nossa evolução biológica e
tejamos preparados para ensinar com o uso das intelectual. Estamos, inconscientemen-
te, chegando à civilização planetária.
mídias; para isso, é preciso formação continuada,
(D’AMBRÓSIO, 2000).
reflexiva, construtiva. É necessário conhecer as
especificidades de cada recurso, o que ele pode
propiciar, colaborar com a prática educativa,
quais os objetivos ao usá-lo, no que ele amplia as
capacidades e competências dos alunos.
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Levantamos a questão sobre o saber utilizar as tecnologias de maneira informal, para uso de lazer,
e a diferença de trabalhar com esses mesmos instrumentos, mas com propósitos educativos. Precisamos
reconhecer que precisamos de saberes ligados às novas tecnologias e à educação; saber como fazer uso
das TICs para os processos educativos; e aceitar a ideia de que a evolução exige que todos os professores
possuam competências antes reservadas aos inovadores ou àqueles que precisavam lidar com públicos
difíceis (PERRENOUD, 2000). Quando Perrenoud (2000) coloca as competências necessárias aos profissio-
nais docentes em 10 grandes “famílias”, determina: “utilizar as novas tecnologias”.
1. De acordo com as competências apontadas por Perrenoud (2000) sobre o uso das tecnologias
ou novas tecnologias em sala de aula, ter interesse e até saber usar a tecnologia no cotidiano
não quer dizer que estejamos preparados para ensinar com o uso das mídias. Discuta a ideia
sobre o uso das TICs nas práticas de sala de aula.
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A EDUCAÇÃO NA ERA DA INFORMAÇÃO
6 E DA COMUNICAÇÃO
Caro(a) aluno(a), estamos na Era da Informa- -se num “palco para o aprendizado” (CARVALHO
ção, marcada pela velocidade de acontecimentos NETO, 1997, p. 17). Aqueles que acreditam numa
e na sua transmissão simultânea pelo globo; essa escola significativa e que atenda ao aluno do
é a Era dos novos paradigmas, da forte presença século XXI buscam fazer dela um lugar de cone-
das TICs. Os tempos são de aprender e esquecer, xões, função que os meios de comunicação vêm
uma vez que não conseguimos guardar tantas in- exercendo com sucesso. Nesse novo paradigma,
formações e que as verdades não são absolutas. É não se pretende eliminar a figura do professor,
a complexidade tratada por Morin (2000), o inin- mas, pelo contrário, enfatizar sua importância,
terrupto processo de construção e reconstrução tornando-o mediador, provocador, organizador
do conhecimento2. de um universo no qual os bancos de dados estão
O espaço da escola, que é o espaço do co- prontos para serem acessados e as informações
nhecimento, não é neutro, mas reflete a socieda- compartilhadas e reeditadas, tudo isso on-line e
de na qual está inserido e, cada vez mais, traz um em tempo real.
movimento que engloba a informação, a comuni- Para Lévy (1993), vivemos a “desterritoriali-
cação e a educação. zação temporal e espacial do saber”, na qual:
2
Tratando-se do conceito de complexidade, Morin (2000) descreve os conceitos de regeneração, reorganização, produção
e reprodução próprios dos sistemas auto-organizados complexos, através do anel tetralógico ordem-desordem-interação-
-reorganização e da relação chaos-physis-cosmos.
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nais; as tecnologias são apenas apoios, balhar em grupo e quando não trabalhar, faz-se
meios, mas elas nos permitem realizar necessário que o professor saiba decidir quando,
atividades de aprendizagem de formas onde e por que usar a tecnologia em seus proje-
diferentes às de antes; tos e planos de aula.
Há maior reconhecimento das expe- Para a professora Maria Elizabeth B. Almeida
riências adquiridas e saberes não aca- (2001, p. 23), “essa tecnologia não é dócil” e, para
dêmicos; dominá-la, os educadores necessitam de cinco
A educação a distância permite apren- habilidades básicas:
dizagens personalizadas e em rede.
Domínio de conteúdos;
O professor vai, então, atuar como proposi- Clareza dos problemas que estão resol-
tor de desafios, que indica caminhos, disponibili- vendo;
za-os, mas permite que o aluno se relacione com Sabedoria para trabalhar em grupo;
a informação interferindo, modificando, produ- Desenvolvimento de uma prática peda-
zindo e compartilhando mensagens, imprimindo gógica reflexiva;
nela suas considerações. O docente que se faz Trabalho articulado e cooperativo com
necessário não é mais o especialista em áreas es- as diferentes áreas do conhecimento,
pecíficas do conhecimento, mas aquele que está como as Ciências, as Artes, a Filosofia,
apto a lidar com as incertezas, pesquisador e par- as Matemáticas, a História.
ceiro na construção do conhecimento, com habi-
lidades para estabelecer uma formação fundada
na reflexão sobre a ação. Nesse sentido, caminhamos em busca de
um processo de transformação dos paradig-
Essa sociedade pede um professor com for-
mas, mudanças de foco, ou seja, do ensino para
mação permanente (FREIRE, 1983) ou formação
a aprendizagem, com foco na construção do co-
continuada (NÓVOA, 1992). No entanto, para Nó-
nhecimento e não o conhecimento pela instru-
voa (1992), a formação não se dá por acúmulo de
ção. Trata-se da transformação do paradigma ins-
cursos, mas por meio de investimentos no profes-
trucionista para o paradigma construcionista.
sor, na sua experiência, na profissão, seus saberes
e seus projetos.
Assim como Perrenoud (2000) coloca como
uma competência saber escolher quando tra-
Caro(a) aluno(a), neste capítulo, pudemos observar que estamos na Era da Informação, marcada
por novos paradigmas e uma forte presença das TICs no dia a dia e na educação. Moran (2007) levanta
uma complexidade no processo de construção e reconstrução do conhecimento. O ambiente escolar é
espaço do conhecimento e deve refletir a sociedade na qual está inserido, além de trazer um novo movi-
mento, que engloba a informação, a comunicação e a educação.
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1. A escola, como espaço do conhecimento, deve ser neutra, para não refletir na sociedade sua
influência? Justifique sua resposta.
2. Cada vez mais, a escola traz um movimento que engloba a informação, a comunicação e a
educação. Dessa forma, na era dos novos paradigmas, da forte presença das TICs, qual é o
perfil de professor que a sociedade pede?
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7 AS DIFERENTES MÍDIAS
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Com as novas tecnologias, surgem diferentes mídias; além das conhecidas como mídia impressa
(jornais, revistas, livros, folhetos, outdoors), temos também as mídias eletrônicas, que são a televisão, o
rádio, o cinema. A era digital tem como fundamento as novas tecnologias para comunicação por meio
das Mídias Digitais, como a internet, celulares, TV digital, rádio digital, entre outros.
Trabalhar com novas mídias necessita de professores basicamente com consciência de que a edu-
cação multicultural e de massa situa-se para além da aquisição restrita do saber escolar e não despreza a
cultura midiática que os jovens trazem.
2. Faça um breve levantamento sobre a formação necessária do professor para trabalhar com
projetos educomunicativos (educação em parceria com os meios de comunicação de massa).
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8 O RÁDIO
A emissão radiofônica é dotada de uma força de ruptura – potência de choque e de penetração – que abre
o caminho da voz à sua mensagem. Esperados e desejados, o livro, o jornal e o cinema não se apoderam do
destinatário com a violência de uma emissão radiofônica. Essa irrompe na intimidade do lar com uma total
falta de discrição e de tacto, apodera-se do ouvinte indefeso que não tem nem a ocasião, nem o tempo, nem
a vontade de se preparar para a escuta; rasga, impiedosa, o silêncio e o reconhecimento; encontra o caminho
em almas desarmadas,indiferentes ou distraídas.
Roger Clausse
Estamos num tempo em que muito se dis- te pode agora escutar a audição de seu
cute acerca da globalização da informação e da interesse, seja qual for o lugar onde se
encontre. Anualmente, a venda de apa-
comunicação e em que muitas discussões se cen-
relhos de rádio supera em muito a de
tram nas novas tecnologias, nomeadamente nas aparelhos de TV; também o número de
vantagens e nas virtualidades da televisão e da ouvintes/hora. É o meio de maior cober-
internet; no entanto, vamos levantar as potencia- tura e diversificação, em especial nos paí-
lidades do primeiro grande meio de comunicação ses altamente industrializados. (SCHEIM-
BERG, 1997, p. 50).
de massas: o rádio.
Um pouco da história do rádio:
Roquette Pinto (apud SCHEIMBERG, 1997),
professor e antropólogo, já acreditava no poder
O rádio nasce num período de eferves-
cência mundial. É imediatamente reco- de levar educação e cultura ao povo brasileiro ao
nhecido como meio de comunicação trazer para o Brasil uma surpreendente novidade
eficiente. Muito mais do que os conheci- tecnológica: o rádio. Naquela época, já se perce-
dos até aquele momento. A informação bia o potencial educativo do rádio como forma de
através das ondas consegue um alcance
imediato, extraordinário, limitado apenas
propagar o saber, graças ao seu alcance, visando
pela potência da emissora. à melhoria da educação, diante do grande índice
Desde fins do século XIX, a gerência da
de analfabetismo da época.
opinião percorreu os meios de comuni-
cação. O rádio evoluiu seguindo pautas
comerciais e políticas. [...]
Em nosso país, com o retorno à democra-
cia, produz-se um notável crescimento
que segue o mesmo processo que em
outras partes do globo.
Mudam estruturas, modalidades e gêne-
ros. Muda a tecnologia. Criam-se novas
formas de comunicação com o ouvinte.
Surgem novas emissoras, segmenta-se o
público. Os desenvolvimentos tecnológi-
cos e os novos formatos e estilos atraem
e retêm a atenção da audiência. O ouvin-
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Nosso objetivo principal ao apresentar a Qual o tipo de programa que será pro-
ideia de rádio escolar3 é propiciar embasamento duzido? Boletins informativos (que dão
para a construção da prática comunicativa por boas-vindas aos alunos na entrada, dão
meio de projetos, colaborando no processo de recados, que anunciam o cardápio do
aquisição das competências leitora e escritora, recreio...), programas musicais, culturais
nos diferentes gêneros, no qual se percebe clara- ou mistos;
mente que ler ou ouvir e escrever ou falar exigem Quem fará o quê? Os alunos podem se
diferentes habilidades. Assim, a proposta educa- dividir entre locutores, repórteres, pes-
tiva radiofônica deve fazer parte de um projeto quisadores, operadores do equipamen-
to disponível, produtores;
educacional mais amplo, baseando-se numa pos-
tura teórica e ética, pois o rádio oferece imensas Como? Reuniões de pauta para a cons-
possibilidades. trução do programa possibilitam de-
senvolver diálogo, argumentação, or-
O trabalho com o rádio pode ser ampliado ganização;
nas escolas com a participação da Informática
Por quê? A gravação do programa e
Educativa, criando condições para que a comuni-
sua edição são momentos nos quais
cação esteja presente não só na atuação protago- o professor mediador pode fazer suas
nista da criança e do adolescente, mas também intervenções, enfatizando o caráter pe-
no processo pedagógico dentro da sala de aula, dagógico da ação e levando o aluno a
desenvolvido pelo professor. confrontar hipóteses, ampliar vocabu-
Sem que haja necessidade de equipamen- lário, desenvolver-se, aumentar sua au-
tos caros ou sofisticados,4 podemos iniciar um tra- toestima;
balho que tanto pode envolver uma classe quan- Avaliação: a apresentação do progra-
to um grupo de classes ou uma escola inteira. ma é apenas o resultado final de um
Definida a amplitude do projeto, podemos processo bastante rico de aquisição de
passar para o planejamento: conhecimentos, assim todo o processo
pode ser avaliado.
8.1 O Audacity
3
O termo ‘rádio escolar’ diz respeito à possibilidade de utilização dos recursos da mídia rádio no desenvolvimento de pro-
jetos educativos dentro dos espaços escolares. Nesse contexto, alunos e professores passam da condição de consumidores
para a categoria de produtores de mídia, através da ação de criar programas de rádio. Isso permite que estudantes e profes-
sores exercitem um olhar crítico em relação aos conteúdos veiculados pelas diversas mídias.
4
Partindo de um gravador de mão (tipo repórter), com um computador ou com um estúdio propriamente dito.
5
Podcasting é uma forma de publicação de programas de áudio, vídeo e/ou fotos pela internet, que permite aos utilizadores
acompanhar a sua atualização. A palavra ‘podcasting’ é uma junção de iPod (um aparelho que toca arquivos digitais em MP3)
– e broadcasting (transmissão de rádio ou tevê) (WIKIPÉDIA, 2011).
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Caro(a) aluno(a), neste capítulo, trouxemos o rádio como objeto de disseminação cultural. Segun-
do Roquette Pinto (apud SCHEIMBERG, 1997), o rádio tem o poder de levar educação e cultura ao povo
brasileiro. Também buscamos apresentar a ideia de rádio escolar, que visa à construção da prática comu-
nicativa por meio de projetos, colaborando no processo de aquisição das competências leitora e escrito-
ra, nos diferentes gêneros.
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Discutimos o termo ‘rádio escolar’, que trata da utilização dos recursos do rádio no desenvolvimen-
to de projetos educativos dentro dos espaços escolares. Apresentamos, também, o software Audacity,
que é de uso livre e de simples manuseio para edição digital de áudio, cujos recursos são basicamente a
importação e exportação de áudio (músicas, vozes, outros sons) e gravação e reprodução de sons.
2. Qual a importância de um projeto com rádio ou um projeto como a rádio escolar no processo
de formação do indivíduo?
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9 TV E VÍDEO
Sempre estamos nos comunicando. Direta ou indiretamente. Por trás dos livros, da tela de cinema, da televisão,
da tela do computador há comunicação entre pessoas. Por trás das máquinas, das mídias, há pessoas – ou
programas feitos por pessoas - que se comunicam conosco, em tempo real (on-line) ou não, de forma visível ou
virtual.
José Manoel Moran
É tão comum em nosso cotidiano assistir nante. O receptor foi considerado passivo, impo-
à televisão que nos parece praticamente inima- tente diante da força dessa imposição ideológica.
ginável viver sem ela e isso ocorre em todos os
segmentos da população. A televisão constitui Curiosidade
uma fonte de informação e, também, um meio
de preencher as horas de lazer, de forma barata A televisão, no Brasil, começou em 18 de setem-
e prática. bro de 1950, trazida por Assis Chateaubriand, que
Os meios de comunicação TV e rádio atin- fundou o primeiro canal de televisão no país, a TV
Tupi. Desde então, a televisão cresceu no país e
gem cerca de noventa e cinco por cento da po- hoje representa um fator importante na cultura
pulação e, mesmo quando só querem entreter, popular moderna da sociedade brasileira.
vão disseminando ideias, emoções, valores. Eles A TV digital, no Brasil, teve início às 20h30min do
educam informalmente, continuamente, volunta- dia 2 de dezembro de 2007, inicialmente na cida-
de de São Paulo, pelo padrão Sistema Brasileiro
riamente, sabem como se comunicar com a po- de Televisão Digital (SBTVD), o mais completo e
pulação, captar suas ansiedades e desejos. avançado do mundo.
As tecnologias de comunicação permitem
cada vez mais escolhas, das mais simples às mais
complexas. Com a televisão e o vídeo, começa-
mos pela escolha entre vários canais; podemos Há necessidade, portanto, de promover de-
ter mais de um canal na tela simultaneamente, bates e reflexões sobre a importância dos meios
aumentar, diminuir ou eliminar som e/ou ima- de comunicação na vida do cidadão e a sua utili-
gem; podemos escolher uma narrativa na língua zação na escola.
estrangeira ou nativa; podemos escolher simples- Aqui, não queremos nos limitar a essa ideia
mente assistir a um programa; podemos assistir de que a recepção é passiva, face à influência da
e gravar o que assistimos; podemos assistir a um
televisão ou do vídeo. Por algum tempo, pensou-
determinado programa e gravar outro; podemos
-se que o público não poderia fazer uma leitura
não estar assistindo a nenhum e gravar, entre ou-
crítica sobre as informações veiculadas pela mí-
tras opções.
dia. Pesquisas atuais6 questionam tal posiciona-
No entanto, a TV tradicionalmente este- mento, sinalizando que a recepção (público) não
ve identificada como reforçadora do status quo, pode ter seu papel reduzido à reprodução acrí-
aquela que veiculava a ideologia da classe domi- tica. Isso quer dizer que o significado que cada
6
Essa maneira de conceber o processo de comunicação, na qual se admite o papel efetivo do receptor, tem sido reconhecida
como anunciadora de um novo paradigma para o estudo da comunicação. Nesse cenário, destacam-se os estudos a respeito
das mediações do pesquisador Jesus Martín-Barbero.
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1. Podemos afirmar que a televisão constitui uma fonte de informação e, também, um meio de
preencher as horas de lazer, de forma barata e prática, da sociedade? Justifique sua resposta.
2. Os meios de comunicação TV e rádio atingem cerca de noventa e cinco por cento da popula-
ção. Assim, mesmo quando só querem entreter, vão disseminando ideias, emoções e valores?
Justifique sua resposta.
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10 MÍDIA IMPRESSA
O leitor de jornais, revistas, livros, anúncios, ze aquele que não nos é simpático. Temos como
diferentemente do ouvinte do rádio ou do teles- exemplo recorrente o que acontece na época das
pectador da TV, tem frente a si um material está- eleições, quando podemos encontrar um vasto
tico, apresentado em uma distribuição espacial material fotográfico em jornais e revistas a respei-
intencional. Isso possibilita movimento, ler e reler to desse tema.
uma mesma página, folhear e voltar atrás ou pu- Construímos sentidos por meio da presen-
lar partes e passar a outras seções quantas vezes ça simultânea de palavras e imagens. Lembramos
desejar. que, certas vezes, as palavras e as imagens po-
O lugar da informação no jornal, sua locali- dem ter direções diferentes, sem que haja erro de
zação (na parte superior ou inferior da página, à edição. É realmente pela divergência gerada que
direita ou à esquerda), o espaço que ocupa, os tí- o editor procura criar novos espaços para a signi-
tulos, subtítulos, notas, tipo de letra, as molduras, ficação do que foi escrito. Assim, é preciso pensar
gráficos, fotos, espaços em branco etc. são indica- a mídia impressa na perspectiva de articulação
dores da importância que é dada ao conteúdo da das linguagens.
informação, preparando o leitor para o que vem
pela frente.
Atenção
O leitor de jornal pode observar suas pá- As TICs, sobretudo as mídias impressas, são res-
ginas como um todo, olhá-las como uma ponsáveis por impulsionar uma verdadeira mu-
foto, voltar a elas, deter-se e ler um arti- dança social. A velocidade da informação faz sur-
go ou um título e reler as partes que lhe gir versões mais resumidas e de menor custo de
interessam no momento em que deseje, jornais e revistas, convivendo com consumidores
mas não o ouvinte de uma audição de que têm acesso aos portais de conteúdo na in-
rádio, a quem a informação chega, além ternet.
de selecionada, já ordenada. O ouvin-
te não pode escolher nem estabelecer
prioridades ou ordenar a seqüência da
informação, tampouco voltar a ela nem A mídia impressa também está mudando
deixá-la para outro momento; sua única em decorrência das mídias digitais. É comum en-
possibilidade consiste em usar o dial para contrarmos revistas e jornais que possuem e di-
escolher e mudar ou não de programa. vulgam suas versões on-line, que constroem seus
(SCHEIMBERG, 1997, p. 52).
textos no formato dos hipertextos, recheados de
boxes, mapas, desenhos explicativos, links para
Sabemos, também, o quanto a seleção de a sua versão digital. Os gibis também mudaram
imagens pode ser importante para a construção para atender a essa nova demanda; já podemos
de sentidos a respeito da edição de uma infor- encontrar as versões “tradicionais” convivendo
mação. Com uma foto bem colocada, elevamos a com as inovações (vide a Turma da Mônica Jo-
postura de alguém que queremos exaltar ou des- vem, estilo Mangá).
tacamos alguma cena que diminua ou ridiculari-
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Neste capítulo, caro(a) aluno(a), apresentamos a você a mídia impressa e como o leitor se comporta
diferente diante de cada veículo de comunicação como jornais e revistas, pois, quando ouvimos o mes-
mo anúncio no rádio, não temos imagem, diferente da mídia impressa. Entretanto, tanto os conteúdos
do rádio quanto os da mídia impressa são estáticos, ou seja, sem movimento, diferente da TV e vídeo.
Com a mídia impressa, é possível ler e reler a mesma informação diversas vezes. Scheimberg (1997)
nos lembra de que o leitor pode observar suas páginas como um todo, olhá-las como uma foto, voltar
a elas, deter-se e ler um artigo ou um título e reler as partes que lhe interessam no momento em que
deseje, mas não o ouvinte de uma audição de rádio, a quem a informação chega, além de selecionada,
já ordenada. O ouvinte não pode escolher nem estabelecer prioridades ou ordenar a sequência da infor-
mação, tampouco voltar a ela ou deixá-la para outro momento; sua única possibilidade consiste em usar
o dial para escolher e mudar ou não de programa.
Por fim, lembramos que os sentidos são construídos por meio da presença simultânea de palavras e
imagens e que as palavras e as imagens podem ter direções diferentes.
2. Com a evolução das TICs, as mídias impressas estão mudando em decorrência das mídias di-
gitais? Justifique sua resposta.
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11 A INFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO
A informática é a última, até a data, dessas grandes invenções que têm ritmado o desenvolvimento da espécie
humana, reorganizando sua cultura e abrindo-lhe uma nova temporalidade.
Pierre Lévy
A tecnologia deve ser empregada na escola Não basta introduzir recursos tecnológicos
com o objetivo de contribuir com o processo de para mudarmos o paradigma educacional vigen-
construção do conhecimento e desenvolvimento te, é preciso saber como uma boa escolha auxilia
de habilidades nos alunos. Assim, não podemos a aprendizagem dos alunos.
pensar somente em hardwares e softwares; o pon-
to determinante desse trabalho é a “mediação crí-
tica e fundamentada acerca de porque se intro- Saiba mais
duzem as diversas tecnologias no ensino.” (LION,
1997, p. 34). O termo ‘informática na educação’ refere-se à inser-
ção do computador no processo de ensino-apren-
Quando escolhemos trabalhar com uma
dizagem de conteúdos curriculares em todos os
determinada tecnologia, também fazemos op- níveis e modalidades de educação (VALENTE, 1999).
ções tecnológicas, colocamos nosso modo de ver
e de estar em relação ao outro, ao mundo, ao co-
nhecimento.
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de informática, sem a necessidade de grandes para seus alunos, sendo também um software de
investimentos financeiros, e que têm apresenta- autoria, pois é o professor (ou os próprios alunos)
do bons resultados no sentido da aquisição das que alimenta o banco de palavras.
competências leitora e escritora, além dos conhe- Acesso através do site www.xtec.es/recur-
cimentos de Tecnologia.7 sos/clic (software livre).
7
Falamos de conhecimentos de Tecnologia aqueles diretamente relacionados com a máquina, por exemplo: abrir progra-
mas, copiar, colar, salvar, formatar, recortar, trabalhar com duas janelas...
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Intercâmbio:
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Agujero:
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Memória:
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Normal:
Completa:
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Identificação:
Resposta escrita:
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Simples:
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Atividades de texto: deixar espaços (com ou sem ajuda), completar texto, identificar palavras,
identificar letras, ordenar palavras, ordenar parágrafos.
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Passo a passo:
Produção de textos coletivos;
Leitura dos textos produzidos na classe;
Abrir o Facetoon e montar um persona-
gem. Pode-se instalar o programa na Pesquisa, na sala de leitura, de livros
aula de uma turma de 4º ano, por exem- que tratem do tema abordado, pelos
plo, assim trabalha-se também como alunos: monstrinhos, amigos imaginá-
fazer download de softwares livres; rios etc.
Capturar a tela (usando o Print Screen
do teclado);
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8
Essa é uma sugestão que tem por base um trabalho mais complexo denominado Webquest. Para maiores informações,
consulte o site da Escola do Futuro da Universidade de São Paulo (USP).
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11.3 Comunicação
Uma atividade que desperta muito interes- Em chats, evite escrever uma palavra
se nos alunos que já conseguem se comunicar por linha; isso é muito desagradável.
por escrito é o intercâmbio entre escolas. Dois Informe tudo que você deseja em uma
ou mais professores agendam uma sala de bate- linha e só depois dê enter;
-papo num portal educacional (preferencialmen- Nunca repasse e-mails de corrente no
te) e seus alunos se encontram virtualmente para estilo “Envie para 7 pessoas senão você
debater acerca de um determinado assunto ou terá um grande azar”; a internet não foi
construir colaborativamente um trabalho educa- criada para isso (e é papel de todos os
tivo. educadores trabalhar uma postura éti-
Um conhecimento que deve ser levado em ca);
conta, para organizar essa comunicação, é a Ne- Em fóruns e listas de discussões, pro-
tiqueta. Netiqueta é o conjunto de regras que se cure expressar-se de maneira clara e
recomenda observar na internet; são recomenda- objetiva, explicando o problema em to-
ções para que se evitem mal-entendidos em tex- talidade e dando todos os detalhes pos-
tos presentes na internet (em e-mails, chats, listas síveis. Lembre-se: quando você estiver
de discussões) e também para regrar condutas perguntando é porque precisa de aju-
em situações específicas (como citar o nome do da; aja como tal, não sendo arrogante
site ou autor de um texto quando é copiado e co- ou inconveniente. Tente manter-se no
lado em outro local). contexto da discussão;
Alguns itens dessa “modalidade virtual de Evite sempre mensagens do estilo “Me
etiqueta” são: ajudem, por favor!”, “Socorro!”, “Vou jo-
gar essa coisa fora” e frases similares;
Evite escrever em letras maiúsculas, elas, na verdade, não têm nenhum es-
pois isso passa a impressão de que tilo.
VOCÊ ESTÁ GRITANDO e os outros po-
dem se sentir ofendidos;
É comum o uso de símbolos, chamados smi-
Assine seus textos (no nosso caso – no leys ou emoticons, para indicar o contexto emo-
ambiente da Unisa Digital –, é impor- cional do que está sendo escrito:
tante que você coloque também qual o
seu polo; isso facilita a identificação e a
:-) sorriso, brincadeira;
comunicação);
;- ) piscadela;
Cite a fonte da qual você copiou ou bus-
cou informações para o que está colo- :-| neutro, não me comprometa;
cando na internet; :-( tristeza;
Dependendo do seu interlocutor, evite :-0 gritando;
abreviações de palavras ou, pelo me- 8-) sorriso, o autor usa óculos.
nos, um grande número de abreviações
(como pq, vc, tb, qdo, aki – respectiva-
Eles dão um toque pessoal às mensagens e
mente: porque, você, também, quando,
aproximam os interlocutores; são divertidos sem
aqui – etc.);
comprometer a seriedade do assunto.
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Caro(a) aluno(a), chegamos ao fim de nossa apostila. Neste capítulo, finalizamos com a informática
na educação, pois, quando escolhemos trabalhar com uma determinada tecnologia, também fazemos
opções tecnológicas, colocamos nosso modo de ver e de estar em relação ao outro, ao mundo, ao conhe-
cimento. Portanto, é responsabilidade do educador escolher, observar e planejar a aula.
Falamos também do jogo em sala de aula e seu valor educativo. Os jogos de maior valor peda-
gógico são os que promovem habilidades cognitivas complexas, como os quebra-cabeças, os jogos de
memória, as associações, as simulações, os jogos de estratégia. Apresentamos, ainda, o software Clic 3.0,
que possibilita a criação de jogos, e o Facetoon, um programa infantil cujo objetivo é dar aos diversos
personagens traços fisionômicos, sendo também usado para produção de textos.
1. Uma escola altamente equipada com recursos tecnológicos garante qualidade durante o pro-
cesso de construção do conhecimento e desenvolvimento de habilidades nos alunos? Justifi-
que sua resposta.
2. Por que os alunos ficam presos durante horas em frente dos videogames? Essa tecnologia
empregada na escola contribui com o processo de construção do conhecimento e desenvol-
vimento de habilidades nos alunos? Justifique sua resposta.
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12 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desafio é como inserir na escola um ecossistema comunicativo que contemple ao mesmo tempo: expe-
riências culturais heterogêneas, o entorno das novas tecnologias da informação e da comunicação, além de
configurar o espaço educacional como um lugar onde o processo de aprendizagem conserve seu encanto
José Manuel Moran e Maria Elizabeth Almeida
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) – rante sucesso e inovação pedagógica. A prática
Lei nº 9.394/1996 – abriu espaços para a introdu- pedagógica precisa acompanhar as mudanças,
ção da educação para a comunicação nos currícu- sendo a formação continuada dos professores
los. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o fundamental.
ensino fundamental deixaram evidente a necessi- Trabalhar com projetos auxilia a integração
dade de uma aproximação ao universo da comu- das diferentes mídias, desde que se tenham cla-
nicação, enquanto as normas para a reforma do ros os objetivos, as características das tecnologias
ensino médio estabelecem que praticamente um e mídias empregadas e os conceitos que serão
terço do conteúdo dos currículos que vierem a ser mobilizados no projeto para produzir novos co-
elaborados leve em conta a presença das tecnolo- nhecimentos. Por exemplo, construir uma história
gias e dos meios de comunicação na sociedade e em quadrinhos utilizando o computador (inter-
na educação. net, Paint, Word) pede inicialmente que o profes-
Dessa forma, é imprescindível ressignificar sor saiba aonde quer chegar (trabalhar com esse
as ideias de Paulo Freire (1979)9 para o mundo gênero de textos, explorar a linguagem oral, diá-
digital, pois não basta o acesso, é preciso edu- logos, o auxílio da imagem na construção do en-
cação de qualidade para que os aprendizes con- redo), quais recursos da tecnologia servem como
sigam atribuir significado às informações e utili- suporte para o trabalho, quais conceitos serão uti-
zem as tecnologias para resolver problemas de lizados e que possibilitarão novas aprendizagens.
sua vida e de seu contexto. Se optarmos por colocar nas mãos dos alu-
Sabemos que os alunos, em geral, domi- nos os recursos midiáticos que a escola possui
nam melhor os recursos tecnológicos disponíveis (câmera digital, filmadora, gravadores, computa-
na escola do que seus professores. Assim, as re- dores, mídia impressa), estaremos aproximando
lações comumente estabelecidas na escola – do os campos da Cultura, da Comunicação e da Edu-
professor que detém o conhecimento e do aluno cação.
que veio para aprender – estão, mais do que nun- Esse trabalho pede novas posturas; é preci-
ca, em xeque. Todos percebem que é necessário so estar aberto ao olhar do aluno, à sua cultura
haver mudanças, mas não se sabe bem como. Ter midiática, aceitar novas relações no contexto es-
uma escola bem equipada ajuda, mas não ga- colar, no qual o professor não é o “expert”, sendo
que a informação parte de todos os envolvidos.
9
Parafraseando Freire (em Educação como prática da liberdade), nessa Educação, há a necessidade de o homem entender sua
vocação ontológica como ponto de partida para obter, nessa análise, uma consciência libertadora, isto é, o homem só chega-
rá à consciência do seu contexto e do seu tempo na relação dialética com a realidade, pois só dessa maneira terá criticidade
para aprofundar seus conhecimentos e tomar atitudes frente a situações objetivas.
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Planejar com o uso de tecnologia pede ob- Encerramos este trabalho fazendo algumas
jetivos muito bem definidos, escolhas, questiona- reflexões acerca do papel das TICs na formação
mentos. Ao inserir tecnologia num projeto, é pre- de novos educadores e educandos, questionan-
ciso saber equilibrar seu uso para atividades em do o quanto poderão favorecer, ou não, a nossa
que ela realmente faça a diferença; por exemplo, condição de sujeitos reflexivos. Citamos, aqui, a
se o que temos como meta é que o aluno faça um contribuição de Freitas (2002, p. 85) para proble-
desenho criativo, rico em detalhes, com estraté- matizar nosso posicionamento enquanto educa-
gias de pintura, o papel e o lápis são melhores re- dores frente às TICs:
cursos do que o Paint (que tem seu uso indicado
quando os objetivos são outros). Perante o novo que nos circunda e se
O grande desafio que se apresenta é inovar projeta num futuro cada vez mais rápido
e mais próximo, precisamos adotar uma
as práticas educativas cotidianas, para que possi-
perspectiva aberta e positiva. Não se tra-
bilitem a formação humana e a inclusão social. ta de uma postura ingênua e acrítica de
Trabalhar numa escola bem equipada, com passivos consumidores, mas frente aos
recursos tecnológicos modernos e em número atuais computadores, processadores de
textos e canais eletrônicos de comunica-
suficiente em relação ao número de alunos que
ção, como a Internet, precisamos nos co-
temos, é desejável, mas não é o que determina locar numa atitude de busca de conheci-
um trabalho de qualidade. Podemos ter um com- mento que leva à compreensão de suas
putador (e somente um) com acesso à internet possibilidades, abertos às possíveis me-
e desenvolver trabalhos colaborativos, nos quais tamorfoses sob efeito do novo objeto.
a escola auxilia a comunidade em que vive e esta-
belece contato com o mundo. Com um compu- Destacamos também, pelas palavras de
tador e um gravador de mão, construímos uma Pierre Lévy (1993), o quanto se faz necessário nos
rádio escolar, que tanto contribui com as compe- mantermos abertos à construção do conheci-
tências leitora e escritora dos alunos quanto com mento:
sua autoestima, socialização, cultura de paz e res-
peito às diversidades.
Peço apenas que permaneçamos aber-
tos, benevolentes, receptivos em relação
à novidade. Que tentemos compreendê-
-la, pois a verdadeira questão não é ser
Atenção contra ou a favor, mas sim reconhecer as
mudanças qualitativas, a ecologia dos
Como educadores, precisamos buscar essa aber- signos, o ambiente inédito que resulta
tura compreensiva para encontrar – no uso das da extensão das novas redes de comuni-
novas tecnologias – essa perspectiva humanista cação para a vida social e cultural. Ape-
que não exclui o sujeito. Lembrando a invasão nas dessa forma seremos capazes de de-
do tecnicismo educacional da década de 1970, senvolver estas novas tecnologias dentro
fundado na racionalidade e na objetividade e no de uma perspectiva humanista.
qual o sujeito não tinha lugar ou era assujeitado,
é preciso que, nesse novo momento tecnológico,
originado na sociedade contemporânea, sob ou-
tras condições, sejam repensados os modos de Como educadores, precisamos buscar essa
subjetivação que se apresentam; subjetividades abertura compreensiva para reencontrar – no
nascentes, polifônicas, heterogêneas, mestiças, uso das novas tecnologias – essa perspectiva hu-
individuais ou coletivas, emergindo como outros
tantos territórios existenciais, na adjacência de manista que não exclui o sujeito. Buscar, assim,
outras alteridades subjetivas, no dizer de Guattari uma postura que coloque a tecnologia a servi-
(1990) (FREITAS, 2002). ço dos objetivos educacionais. Não se trata de
nos entregarmos à “tecnofobia” ou à “tecnofilia”,
como vimos anteriormente, mas sim de termos
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
1. O aluno deve justificar sua posição com base no texto e nas aulas, pois existem muitas críticas
a respeito das TICs na sala de aula. Essas críticas são crenças sociais que ora se posicionam a
favor do uso das TICs como solução de todos os problemas, ora posicionam-se contra o uso
das tecnologias, pois são causadoras de grandes problemas sociais e educacionais. Portanto,
o aluno deve ter clara essa diferença de posicionamento. O aluno pode buscar trechos do tex-
to e discutir sobre a informação apresentada.
2. De acordo com o texto, a ideia de civilização icônica busca conhecer as necessidades, percep-
ções e relacionamentos que os alunos possuem em relação à realidade e que são mediados
pela velocidade da imagem, do movimento dos acontecimentos, enquanto professores pro-
vêm de uma civilização pré-icônica.
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CAPÍTULO 4
1. Segundo o texto, o que diferencia uma nova e uma velha tecnologia não está em seu aspecto
cronológico e sim em seu uso, ou seja, como o professor utiliza em sala de aula. Por exemplo,
o rádio, um dos mais antigos meios de comunicação, ainda pode ser utilizado, inovando as
práticas em sala de aula. O mesmo acontece com o jornal, ou seja, a mídia impressa, que é
mais antiga que o rádio e ainda se mantém na sociedade.
2. Para Corrêa (2003), o professor dever ter claros seus objetivos, para que possa articular suas
ações para o uso das TICs, e atentar para a compreensão e assimilação dos conteúdos. Assim,
estamos articulando ações entre tecnologia e educação.
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
1. A escola, como espaço do conhecimento, não deve ser um ambiente neutro; a escola é um
espaço político e democrático. Um local no qual todos atual, sem fazer política partidária e
impor de ideias; um local para discutição e fomentação do conhecimento, da informação, para
o desenvolvimento social, cultural e econômico do homem.
2. A sociedade quer um profissional que acompanhe o desenvolvimento tecnológico, procuran-
do assimilar essas novas tecnologias ao seu dia a dia, à sua prática de sala de aula. A escola
precisa de um profissional dinâmico, que saiba interagir com o novo, com o diferente, com
mais facilidade e segurança. O professor precisa ter consciência de que a educação multicul-
tural e de massa situa-se para além da aquisição restrita do saber escolar.
CAPÍTULO 7
1. O aluno deve apresentar exemplos de diferentes tipos de mídias, bem como seu uso, além
de apresentar um breve conceito sobre mídia, retomando os primeiros capítulos da apostila.
2. O professor precisa compreender que a educação multicultural não despreza a cultura que os
jovens trazem e compreende a riqueza das mídias como portadoras de informação e de repre-
sentações do mundo, a serem analisadas, comparadas e reconstruídas. Também precisa saber
introduzir as mídias de maneira a possibilitar analisá-las do ponto de vista econômico e ético
de quem as produz, da maneira como são construídas as mensagens, entre outros conceitos
apresentados.
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CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
1. Sim, podemos afirmar que a televisão constitui uma fonte de informação, pois estamos dia-
riamente recebendo informação enviada por ela, e é, sobretudo, uma fonte de informação
barata, pois o custo para o receptor é muito baixo. No entanto, muitas vezes a qualidade dessa
informação não é muito boa e cabe ao receptor a criticidade para filtrar tais informações.
2. Direta ou indiretamente, a TV, o rádio, a mídia de forma geral tem influência sobre a socieda-
de, emite opiniões, juízos de valor, reforça crenças, ideias. Há programas de humor que alie-
nam a sociedade, já outros que trazem à tona problemas sociais por meio do humor, emitindo
opiniões críticas sobre determinados problemas. Dessa forma, podemos afirmar que, direta
ou indiretamente, a mídia influencia a sociedade, disseminando ideias e valores.
CAPÍTULO 10
1. Sim, pois a velocidade que o cérebro capta a imagem é muito mais rápida que a velocidade da
leitura, visto que a imagem muitas vezes vem com o conceito, a ideia completa; já no texto, é
preciso lê-lo por completo para compreendê-lo. Dessa forma, muitas vezes a imagem anteci-
pa ou resume as ideias contidas no texto.
2. Sim, pois, com as mídias digitais, as mídias impressas modificaram-se, tornando-se mais atra-
tivas visualmente e nos conteúdos também.
CAPÍTULO 11
1. Uma escola altamente equipada com recursos tecnológicos, muitas vezes, pode não garantir
um ensino de qualidade, pois depende do uso que o professor faz dos recursos disponíveis
em sala de aula durante o processo de ensino-aprendizagem.
2. Tanto os videogames quanto qualquer outro equipamento tecnológico prendem a atenção
do aluno, pois despertam a curiosidade, o interesse, motivam o jogador a descobrir novas for-
mas, novos caminhos, ou seja, apresentam-se como desafios ao estudante, o que coloca em
prática o desenvolvimento de sua habilidade na busca de novas estratégias.
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