Denuncia MPF para Difusão
Denuncia MPF para Difusão
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DO RIO DE JANEIRO - RJ
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1. QUEM SOMOS
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Desde então era residente e domiciliado junto com os membros da Irmandade
Celestial na Rua Urucutiua, n.º 174, Bairro Araçagy, município de Paço do Lumiar, Maranhão,
Brasil.
No dia 26 fevereiro de 1999 depois das 19h o Sr. Brandão estava em sua casa,
sede da Irmandade Celestial, com seus familiares, quando esta foi invadida brutalmente por
mais de 15 homens fortemente armados, “bravejando” que era a polícia onde entraram
esmurrando e algemando a todos os moradores, inclusive o Sr. Brandão.
Depois de todos os residentes estarem algemados, aparece um promotor de
justiça de outra cidade, comarca de São Luís/MA e o Sr. Brandão, algemado, lhe pergunta por
que estavam fazendo aquilo e se ele tinha um mandado de busca e apreensão, porém, nenhuma
resposta a autoridade deu.
Em apertada síntese, os crimes imputados ao Sr. Brandão ocorreram na cidade
de Paço do Lumiar Maranhão.
Três jovens, membros da Irmandade Celestial, foram à praia e lá auto
lesionaram suas próprias partes sexuais.
Na Irmandade Celestial, é pregado o celibato tanto para homens quanto para
as mulheres, porém, o celibato é cumprido na Irmandade somente até que os membros atinjam
um grau de maturidade, assim após atingido esse grau, há união entre homem e mulher numa
relação conjugal sadia e amorosa pois na Irmandade Celestial defendemos que as famílias
devem ser famílias ideais, mas para isso, é necessário que tanto o homem quanto a mulher se
aprimorem em seus potenciais e se preparem para educar seus filhos no amor, no bem, no belo
e na verdade.
Em 1999, no núcleo da Irmandade localizado na cidade de Paço do Lumiar,
Maranhão, Brasil, O Senhor Brandão havia ministrado um sermão Bíblico, e citou passagens
onde Jesus fala no livro de Mateus capítulo 18:8 que:
8. Sendo assim, se a tua mão ou o teu pé te fizerem cair em
pecado, corta-os e lança-os fora de ti; pois melhor é
entrares na vida, mutilado ou aleijado, do que, tendo as
duas mãos ou os dois pés, seres atirado no fogo eterno.
9. Se um dos teus olhos te faz pecar, arranca-o, e lança-o
fora de ti, pois melhor é entrares na vida com um olho só,
do que, tendo os dois, seres lançado no fogo do inferno.
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No entanto, ressalvamos que os crimes imputados ao Senhor Donato Brandão
Costa foram forjados pelo estado e também jogados na mídia sensacionalista pelo estado que
tinha interesses políticos.
Na época em que Roseana Sarney estava na campanha política, o sr
Raimundo Cutrim era responsável por três secretarias do Governo do estado do Maranhão,
Secretaria de JUSTIÇA, SEGURANÇA E CIDADANIA.
Depois que Roseana Sarney foi acusada do caso Lunus, as secretarias foram
desmembradas, ficando cada uma com um secretário diferente (doc. 18).
Assim, Roseana Sarney colocou o secretário Raimundo Cutrim para fazer a
mídia de segurança, pois era a bandeira de campanha dela a presidente do Brasil.
Nesse diapasão, tendo em vista que o caso das autolesões estavam ganhando
repercussão, a Governadora se aproveitou da situação e vendeu na mídia, TV mirante (A TV
mirante é de propriedade da família Sarney) a ideia de que o Senhor Donato Brandão Costa
havia sido o mentor das autolesões dos três membros da Irmandade Celestial (doc.19).
Em apertada síntese, A Irmandade Celestial funciona da seguinte forma.
Em suas sedes são ministrados cursos que levam em torno de 10 dias. Nesse
curso é explicado O QUE É A IRMANDADE CELESTIAL, após o término do curso, aqueles
que sentirem que se encaixam nos padrões da Irmandade, permanecem no núcleo e lá passam
a residir, passando a fazer parte da Irmandade Celestial.
Nos núcleos da Irmandade, todos tratam-se como verdadeiros irmãos,
formando assim uma grande família onde todos cooperam para o bem estar de todos.
Os familiares biológicos do Sr. Brandão não concordavam com o fato dele
constituir esse novo formato de família, onde todos aqueles que compartilhavam dos ideais da
Irmandade são considerados literalmente como membros da família do Sr. Brandão ainda que
não tenham nenhum laço sanguíneo.
Assim, estranhamente, uma parenta da família Brandão, Gabriela Brandão da
Costa, promotora de Justiça da cidade de Paço do Lumiar, local onde estava sediada a
Irmandade Celestial em 1999, ante a sua intolerância religiosa, no intuito de fazer cessar a
Irmandade Celestial e a nova forma de viver do Sr. Brandão, iniciou uma denúncia descabida,
imputando ao Sr. Brandão, crimes dos quais este nunca os praticou.
Assim, os três rapazes integrantes da Irmandade se auto lesionaram em suas
partes sexuais, e o Ministério Público denunciou o Sr. Brandão como o “mandante, mentor, do
crime”.
Inúmeras foram as ilegalidades perpetradas para que o referido processo
ilegal e imoral prosperasse.
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Assim, o ápice dos abusos, torturas e ilegalidades tiveram início às 19:00
horas do dia 26 de fevereiro de 1999 quando uma promotora de justiça e mais de 15 policiais
altamente armados que eram da cidade de São Luís/MA, invadiram o núcleo da Irmandade
Celestial, que ficava na cidade de Paço do Lumiar/MA (doc. 20 declarações decanos).
No momento da invasão nenhum mandado de busca e apreensão foi
apresentado não havia nenhum crime em flagrante ocorrendo para que justificasse a invasão à
noite e sem nenhum mandado.
O Sr. Brandão e sua família (membros da Irmandade Celestial) ficaram
algemados dentro da sua residência até às 22h daquele infeliz dia quando lhe apresentaram um
papel pedindo para ele assinar e este, querendo se ver livre daquela situação assinou sem ler.
Somente 90 (noventa) dias depois de estar preso e INCOMUNICÁVEL tanto
com familiares quanto com advogados foi que o Sr. Brandão soube que o papel que ele assinou
no dia 26.02.1999 se tratava de um mandado de busca e apreensão GENÉRICO expedido pelo
juiz da cidade de São Luís/MA (doc. 21).
Assim, o Sr. Brandão e os membros da Irmandade Celestial ficaram mais de
4 horas, algemados, humilhados e com armas na cabeça pelos invasores que remexiam em tudo
dentro da casa num clima de maior terror e barbaridade ocasião em que fizeram um arrastão
“legal” na Irmandade Celestial levando inúmeros sermões religiosos e bens de toda espécie de
forma indistinta.
Em torno das 22:00h daquele infeliz dia o Sr. Brandão e os demais
membros da Irmandade foram levados de sua cidade, em Paço do Lumiar/MA, para a
capital, a cidade de São Luís/MA para prestar depoimento ás 22:55h na sede da
promotoria de justiça de São Luís/MA, conforme se constata no documento um absurdo
(doc. 22)!!!
Aqui é importante observar que não havia crime algum sendo cometido no
momento da diligência que pudesse embasar tal comportamento bárbaro e arbitrário.
É no mínimo intrigante o interesse dos promotores de São Luís em conduzir
toda a família do Sr. Brandão para outra comarca já na madrugada para prestar depoimento é
flagrante a estranheza e ilegalidade que permeou toda a persecução penal do caso em apreço.
O Sr. Brandão fora levado algemado na viagem, sofrendo no percurso toda
violência de forma moral inimaginável.
Naquela noite que fora preso, para não dizer sequestrado, o Sr. Brandão fora
conduzido no banco de trás de um carro com policiais, cada um do seu lado, e o levaram para
antiga sede da Promotoria de Justiça, localizada na então Casa do Trabalhador, no bairro
Calhau, na cidade de São Luís/MA (doc. 23).
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Chegando lá, o Sr. Brandão foi colocado em uma pequena sala algemado em
frente a um ar-condicionado ligado na potência máxima lhe congelando o corpo.
Já na madrugada, em torno das 2h, da sala, onde estava o Sr. Brandão ouvia
os gritos dos moradores de sua casa sendo espancados, que gritavam: “não faça isso!”, “pare!”.
Foi na sede da antiga promotoria em São Luís/MA, onde ocorreram
diversas torturas, que foram feitos todos os interrogatórios inquisitoriais vejam TODOS
OS DEPOIMENTOS FORAM COLHIDOS NA SEDE DA PROMOTORIA DE
JUSTIÇA DO MARANHÃO (docs. 24).
Os membros da Irmandade foram espancados para prestarem
depoimentos de forma distorcida de forma a incriminar o Sr. Brandão.
Durante os depoimentos na sede da Promotoria, menores de idade, foram
interrogados sem a presença de um curador, bem como o filho afetivo do Sr. Brandão também
foi ouvido sem curador especial (doc. 25).
O mandado de busca e apreensão foi expedido à noite por um juiz que estava
de plantão na cidade de São Luís/MA para se cumprir na cidade de Paço do Lumiar/MA (doc.
26).
Da mesma forma, surgiu também à noite o mandado de prisão preventiva
emitida por magistrado da comarca de São Luís/MA (doc. 26-A), quando o Sr. Brandão já
estava na promotoria de justiça de São Luís/MA, ou seja, tanto o mandado de busca e
apreensão quanto o mandado de prisão preventiva surgiram à noite, expedidos por
autoridades de comarca diversa da comarca de ocorrência dos fatos.
Somente para frisar, as autolesões dos três rapazes ocorreu em Paço do
Lumiar/MA, nada ocorreu na cidade de São Luís/MA.
Paço do Lumiar/MA é uma cidade guarnecida de delegacia, promotoria
e fórum de justiça. Pergunta-se: porque esse tratamento estranho ao devido processo legal no
caso em tela?
A Irmandade Celestial ficava há mais de 10km a dentro da cidade de Paço do
Lumiar/MA, onde também se deram os fatos das auto lesões que ocorreram, nas proximidades
do núcleo da Irmandade.
Na época dos fatos, a comarca de Paço do Lumiar/MA possuía vara
única, pois a segunda vara fora criada muito depois, somente em 2005 e inaugurada em
2007.
Desde o momento em que o Sr. Brandão fora preso em sua casa, da forma
acima narrada, ficou 90 (noventa) dias NA MAIS ABSOLUTA
INCOMUNICABILIDADE!!! (doc.27)
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Durante basicamente toda a fase de instrução do processo, o Sr. Brandão
permaneceu TOTALMENTE incomunicável, sem sequer ter acesso aos seus advogados.
Havia ordem expressa, onde o Sr. Brandão estava preso, para ninguém
falar com ele e podemos vislumbrar claramente isso nos documentos anexados, pois o Sr.
Brandão fora preso dia 26.02.1999 ficando desde já incomunicável.
Embora o decreto dissesse que o Sr. Brandão poderia falar com o
advogado, como ele poderia falar com algum advogado? Quem iria contratar? Para quem
ligar? Já que não tinha acesso aos seus familiares e não podia fazer ligações telefônicas?
(doc. 28).
Ademais, o decreto só mencionou que o Sr. Brandão podia ter acesso a
advogado para cumprir formalidades, mas, no entanto, na prática isso não ocorreu.
Tanto é verdade que somente após a audiência de instrução foi que a juíza
informou ao Comandante do BPM quem eram os advogados do Sr. Brandão e que estava
liberada a comunicação com este em qualquer horário (doc. 29)
NÃO HAVERIA NECESSIDADE DE A JUÍZA INFORMAR QUEM
ERAM OS ADVOGADOS DO SR. BRANDÃO E QUE ESTAVA LIBERADA A
COMUNICAÇÃO A QUALQUER HORA CASO ISSO JÁ ESTIVESSE OCORRENDO
NORMALMENTE.
Com isso nota-se, portanto, que para ter acesso ao Sr. Brandão, foi
NECESSÁRIO que a juíza dissesse quem eram seus advogados e que poderiam ter acesso ao
seu cliente a qualquer horário, isso é desumano!!!!.
Portanto, depois de muita luta da família, o Sr. Brandão teve a sua
incomunicabilidade quebrada em 24.05.1999 (doc. 27.1), ou seja, 90 DIAS DEPOIS DE
ESTAR PRESO, data em que foi recebida a decisão da juíza pelo Gerente (Secretário) de
Justiça, Segurança Pública e Cidadania para este encaminhar ao Comando Geral da
PMMA onde o Senhor Brandão encontrava-se custodiado.
Foram 90 (noventa) dias sem poder falar com absolutamente ninguém
sem sequer saber do que estava sendo acusado, enquanto isso o processo seguia e a mídia
anunciava horrores ditos pela polícia.
A família conseguiu um advogado particular que o Sr. Brandão somente
pode vê-lo NA HORA DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO sem poder ter nenhuma
consulta prévia para se orientar.
O advogado contratado disse ao Sr. Brandão que havia tentado falar com
ele no Quartel e não conseguiu e por essa razão o advogado pediu a magistrada dentro da
sala de audiência que acrescentasse na quebra da incomunicabilidade, além da família,
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também os advogados (doc. 30) pois tanto os familiares quanto os advogados estavam
proibidos de entrar e falar com o Sr. Brandão, eis o porquê da juíza ter que mencionar o
nome dos advogados que poderiam ter acesso ao Sr. Brandão.
Isso é totalmente surreal e inconcebível no atual Estado Democrático de
Direito, a Irmandade não entende como algo tão GRAVE E VIOLADOR DOS DIREITOS
HUMANOS pode ocorrer e o pior, passar por todas as instâncias e Tribunais Nacionais e
nenhum dos magistrados decretar a NULIDADE desse processo?????!!!
A defesa do Senhor Brandão já arguiu todas as NULIDADES ABSOLUTAS
contidas no processo 288/99 no TJMA, no STJ e agora está em trâmite o Habeas Corpus de
Nulidade do referido processo no STF (doc. 31).
É estarrecedor o fato de tais nulidades não terem sido decretadas até o
momento por nenhum dos Tribunais Nacionais.
Como já esclarecido e aqui citado em nome da clareza, o Sr. Brandão, à época
dos fatos era residente e domiciliado na cidade de Paço do Lumiar/MA, e para responder um
fato que se deu na cidade de Paço do Lumiar/MA, lugar onde tem delegacia, promotoria e
fórum, teve um mandado de busca e apreensão expedido para sua casa por um magistrado da
cidade de São Luís/MA.
Todas as supostas provas colhidas na busca e apreensão foram levadas
para a comarca de São Luís/MA e, por fim, no mesmo caso, o Sr. Brandão também teve a
prisão preventiva, decretada por um magistrado da comarca de São Luís/MA sem a
expedição de carta precatória (doc. 26-A).
Quando o Sr. Brandão fora levado à primeira audiência estava tão
desorientado, que imaginava inclusive estar numa Delegacia de Polícia de tão perdido que
se encontrava, pois já havia se passado 90 dias e o Sr. Brandão não tinha tido contato com
ninguém, nem com seus familiares nem com advogado!!!.
Na sua audiência, na cidade de Paço do Lumiar/MA, o Sr. Brandão fora
ouvido por um juiz Dr. José Ribamar D’Oliveira Costa Junior (doc. 32), e depois da referida
oitiva, o Sr. Brandão nunca mais o viu.
Na audiência onde se ouviu as testemunhas arroladas pelo Ministério Público
bem como a ermo pelos parentes do Sr. Brandão, quem presidiu foi a juíza Ana Cristina Ferreira
Gomes de Araújo (doc. 33) e o Sr. Brandão nunca mais chegou a vê-la depois desta audiência.
A sentença fora prolatada por outra juíza, a Dra. Rosângela Santos Prazeres
Macieira (doc. 34) a qual o Sr. Brandão nunca a viu, assim como essa magistrada nunca teve
nenhum contato com o Sr. Brandão.
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Embora fosse vara única onde o julgador também exerce as funções da Lei de
Execuções Penais, quando da execução do Sr. Brandão, já havia outra juíza Dra. Jackeline Reis
Caracas (doc. 35) e que o Sr. Brandão até então não tinha tido contato.
Em suma, no processo do Sr. Brandão, houve um juiz que decretou a
prisão preventiva, outro juiz que O ouviu, outro juiz que ouviu as testemunhas, outro juiz
que sentenciou e outro juiz para acompanhar a execução da pena, sendo que na época dos
fatos, a comarca de Paço do Lumiar/MA contava apenas com vara única.
Quatro Juízes na instrução criminal até a sentença e um quinto juiz da mesma
vara única para execução da mesma sentença.
Assim, estes foram os juízes que atuaram no processo do Sr. Brandão:
a) O Dr. Antônio José Vieira Filho;
b) O Dr José Ribamar D’Oliveira Costa Júnior;
c) A Dra. Ana Cristina Ferreira Gomes de Araújo;
d) A Dra. Marilse Carvalho Medeiros;
e) A Dra. Rosângela Santos Prazeres Macieira;
f) A Dra. Jaqueline Reis Caracas;
Da mesma forma ocorreu também com os promotores, pois além de ter sido
designado uma promotora assistente de São Luís/MA para atuar conjuntamente com a
promotora de Paço do Lumiar/MA (doc. 36), toda a denúncia fora feita na cidade de São
Luís/MA e endossada pela Promotora da cidade de Paço do Lumiar/MA que assina a denúncia
junto com os Promotores de São Luís/MA.
Promotores que atuaram no caso do Sr. Brandão:
a). A Dra. Martha Helena Costa Ribeiro Freitas (doc. 36)
b). A Dra. Gabriela Brandão da Costa (parente do Sr. Brandão) (doc 37)
c). A Dra. Márcia Moura Maia (doc. 38)
d). O Dr. Paulo Avelar Silvestre (doc. 39)
e). O Dr. Francisco de Aquino da Silva (doc. 40)
E mais, além de o Sr. Brandão ter ficado incomunicável por 90 (noventa) dias
não teve como apontar testemunhas para elucidar os fatos, e soube pelos jornais que as
testemunhas que se dispuseram de livre e espontânea vontade a depor para defendê-Lo
eram torturadas e presas arbitrariamente (doc. 41), por causa dessa perseguição, os
outros membros da Irmandade tiveram que ir embora da cidade por medo de serem presos,
pois eram ameaçadas pela Polícia e pelos membros Ministério Público constantemente.
Já encerrando a fase processual, depois da quebra da incomunicabilidade, o
Sr. Brandão contratou, juntamente com a sua família, um novo advogado o dr. Raimundo
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Carvalho (doc. 42) que requereu em tempo hábil que a Justiça ouvisse três testemunhas de
extrema importância para elucidar os fatos (doc. 43) e o seu pedido foi indeferido (doc. 44)
cerceando assim de forma absurda todas as possíveis formas de defesa do Sr. Brandão.
Não bastando isso, outras diligências requeridas pelos advogados para
elucidação dos fatos foram desconsideradas pela magistrada que passou para a fase de alegações
finais ignorando as diligências requeridas (doc. 45).
E foi nestes moldes que correu o processo do qual o Sr. Brandão foi
sentenciado a 38 anos e 8 meses. Foi sentenciado por crimes dos quais não praticou, além de
ter sido privado de um devido processo legal, processo este que possui absurdamente 14
Nulidades Absolutas.
3.1 – Das 14 Nulidades Absolutas que existem no Processo 288/99 posteriormente nº 297/04,
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palestras, retiros etc.), uma ampla sala de vidro fechada com capacidade para uma média de 80
oitenta pessoas que era o santuário sagrado (sala de oração) da Irmandade.
Abaixo da sala de oração havia um hall de entrada, com mais duas suítes,
onde cada suíte possui capacidade para alojar quatro pessoas, e mais abaixo um depósito de
ferragens.
Logo após o salão de eventos a propriedade era composta de 07 (sete) chalés,
onde cada chalé tem capacidade para alojar até 06 (seis) pessoas, abaixo dos chalés um amplo
espaço usado para trabalhos artesanais.
É mister ressaltar que no local onde foram praticadas as torturas era bastante
frequentado pelas mais variadas pessoas de todo mundo, razão porque possui uma agência de
turismo registrada no local pela Prefeitura de Petrópolis/RJ por nome CIDREIRA TURISMO
LTDA – ME, inscrita no CNPJ sob n.º18.350.100/0001-03 (doc. 52), e também um ônibus
usado pela comunidade, bem como, uma produtora de eventos gospel PIRUS PRODUCTIONS
E EVENTOS LTDA – ME inscrita no CNPJ sob n.º18.986.757/0001-61 (doc. 53), importante
destacar ainda que, os empresários das respectivas empresas residiam no mesmo local com suas
famílias e que também foram vítimas das torturas.
A área onde ocorreu os fatos é constituída de vários lotes em mais de 16
hectares de terra e, apenas para ilustrar, a propriedade possui uma mini cachoeira, trilhas para
passeio, fontes de água mineral, e possuía também uma plantação de gojiberry com estufa com
mais de 3.000 pés germinando mensalmente, (doc. 54) o qual são vendidas mudas para ajudar
na manutenção da propriedade. Uma mudinha de apenas 15 cm pode ser vendida por R$ 30,00
(trinta reais), e leva em média 30 dias para ficar pronta para o comércio. As sementes da referida
planta também são vendidas (doc. 05).
Apenas para constar é significativo dizer que era do conhecimento dos
policiais que no local invadido moravam também advogados e que inclusive desempenhavam
suas atividades advocatícias no mesmo local.
Feitas as considerações sobre o espaço físico onde havia o núcleo da
Irmandade Celestial na cidade de Petrópolis/RJ-Brasil, passaremos agora a pormenorizar os
fatos.
No dia 03/04/2016, domingo, Felipe e Rafael que residiam na primeira casa
do núcleo da Irmandade na BR-040, Km 74, Fazenda Inglesa, Petrópolis/RJ, saíram para o
supermercado e quando estavam retornando para casa, por volta das 19h20min, avistaram um
carro estacionado no acostamento da BR-040 com três homens do lado de fora do veículo.
Quando Felipe e Rafael passaram pelos três homens, foram abordados e
Rafael foi rendido e colocado dentro do veículo, porém Felipe conseguiu fugir.
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Felipe correu e conseguiu chegar no núcleo da Irmandade. Somente para
ilustrar, Felipe e Rafael residiam na primeira casa que fica cerca de 200m (duzentos metros) do
portão principal, o terreno do núcleo da Irmandade ficava numa montanha e por isso, as outras
casas do terreno ficavam na parte de cima da montanha.
Subindo a estrada do terreno, após cerca de 2 Km (dois quilômetros) de
distância da casa de baixo, havia um amplo espaço constituído de outras residências, onde
moravam várias famílias da Irmandade, inclusive a família do Dr. Marco.
Ao chegar na Irmandade, Felipe seguiu em direção à casa de cima onde
contou o ocorrido para o Dr. Marco Aurélio, assim, logo em seguida ambos seguiram para a
105ª DEPOL Civil para registrar a ocorrência.
Na 105ª DEPOL, após a narrativa dos fatos por Felipe, os sequestradores
ligaram para o celular do Rafael que estava com Felipe e solicitaram resgate de R$ 15.000,00,
inclusive a própria delegada Juliana Ziehe falou no celular com Rafael.
Em seguida, a Delegada Juliana solicitou que seguissem para o local do crime
para que Felipe explicasse como se deram os fatos.
Por volta das 23h:20min seguiram para o local onde ocorreu o crime, na BR-
040 a cerca de 3Km de distância da Irmandade Celestial, a delegada Juliana, a Inspetora de
Polícia Priscila e Felipe que foram na viatura da polícia civil, seguiu também dois PM’s na
viatura da PMERJ, e o Dr. Marco seguiu no seu carro. Ao chegar ao local do ocorrido, Felipe
narrou com detalhes os fatos.
Depois disso, estranhamente a delegada requisitou que todos seguissem para
o núcleo da Irmandade Celestial e, chegando na casa de baixo, a delegada ordenou que o Dr.
Marco aguardasse fora da casa.
Daí por diante, a polícia começou a agir de forma criminosa, abusiva, ilegal,
fugindo do foco da investigação do sequestro de Rafael passando a invadir a privacidade e a
intimidade dos moradores do local e a cometer uma série de crimes.
Chegando na casa de baixo, os policiais puxaram as armas e gritaram
“Polícia, abra a porta” onde encontraram a professora Dina Célia Martins Carvalho Soares,
que estava grávida e pedia calma, pois não havia necessidade do policial apontar a arma para
ela.
Então, após conversar com a prof. Dina, a delegada queria subir até a casa do
Dr. Marco e disse a ele: “Tu enterrou o Rafael na tua casa!, eu quero subir”.
O Dr. Marco disse: “Como assim? O rapaz é levado e a senhora fica me
acusando de matá-lo e ainda quer entrar na minha casa à meia noite?! Não permito, se a sra
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quiser volte amanhã pela manhã, a essa hora os moradores já estão descansando e lá em cima
tem mulher grávida, as crianças já estão descansando, além disso tem os nossos idosos”.
Então o PM que estava próximo segurando sua arma falou pra delegada:
“Vamos subir doutora?!”. A delegada Juliana disse que não, mas apreendeu o celular do Dr.
Marco, após coagi-lo segurando o cabo de sua arma que estava em sua cintura, e o convocou
para prestar depoimento na 105ª DEPOL.
Outro fato importante que denota o total descaso da delegada em relação ao
sequestro de Rafael é que às 23h:30min do dia 03/04/16 (mesmo dia do sequestro), a Polícia
Rodoviária Federal de Minas Gerais entrou em contado com a Delegada Juliana e avisou que o
Rafael havia sido encontrado, porém, a delegada nada fez a respeito, e sequer avisou os
familiares de que a vítima havia sido encontrada, a delegada só tinha um interesse: subir até a
casa de cima onde morava o Dr. Marco e os demais membros da Irmandade.
Percebe-se que no horário em que a delegada acusou o dr. Marco de ter
matado Rafael, ela já havia tido a informação de que o rapaz havia sido encontrado,
porém, além de omitir isso, a delegada acusou o dr. Marco de homicídio e queria de
qualquer forma subir para a outra parte do terreno onde haviam outras residências.
Diante de um comportamento como esse era óbvio que a delegada não
estava nada bem intencionada.
Na manhã do dia 04/04/17, Rafael ligou para a escola CEUB que era de
propriedade da professora Dina, também membro da Irmandade, e avisou que estava na cidade
de Carandaí no estado de Minas Gerais-Brasil que fica a 350 Km de distância do núcleo da
Irmandade de Petrópolis.
Assim, o Dr. Marco juntamente com dois outros membros da Irmandade
foram buscar Rafael em Carandaí/MG, pois a vítima havia sido largada pelos sequestradores na
beira da BR 040. Após ser deixado na BR, Rafael seguiu ao Hospital Municipal, pois estava
cheio de hematomas das agressões sofridas pelos sequestradores (doc. 55).
Informou ainda que estava no Hospital Municipal, e indagou porque a polícia
civil ainda não havia ido lhe buscar, pois desde as 23h:30min do dia anterior a Polícia
Rodoviária Federal havia entrado em contato com a delegada Juliana, que é a delegada de
Petrópolis informando que a vítima do sequestro estava em Carandaí/MG.
Assim, ao tomarem conhecimento da ligação de Rafael e diante da inércia da
polícia civil, o Dr. Marco, a Dra. Lucrécia e Josivaldo, membros da Irmandade, saíram para
buscar a vítima Rafael e ao descerem a estrada da propriedade, surpreenderam-se com a
Delegada Juliana, juntamente com a policial Priscila que já tinham invadido a Irmandade sem
nenhuma autorização de nenhum dos membros e muito menos com ordem judicial.
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A delegada queria insistentemente subir até a residência do dr. Marco, mas
ele perguntou: “A sra já está sabendo que a vítima do sequestro, Rafael, já foi encontrado
desde ontem à noite? E inclusive já sabemos que a Polícia Rodoviária Federal entrou em
contato com a sra as 23h:30min para informar que Rafael já havia sido encontrado, porque a
sra não nos avisou que o rapaz já havia sido encontrado?!”, no entanto, diante das indagações
a delegada mudou de assunto, levou seu celular ao ouvido, e em seguida fez a manobra em seu
veículo e desceu a estrada da propriedade.
O Dr. Marco também desceu a estrada da propriedade, e ao chegar na casa de
baixo, se surpreendeu com a presença do delegado Alexandre (doc. 38) titular da 105ª DPC que
inclusive é pai da delegada Juliana titular da outra delegacia da mesma cidade.
Então, o Dr. Marco falou: “Ontem, depois da meia noite, a delegada Juliana
me intimidou dentro de minha propriedade com sua arma e eu fui obrigado a entregar meu
celular”, ao ouvir tal relato, o delegado Alexandre devolveu o celular do dr. Marco. Nesse
momento o dr. Marco interpelou requisitando um policial para acompanhá-los na busca da
vítima Rafael em Minas Gerais, mas o delegado negou, mas disse que quando retornassem com
Rafael poderiam apresentá-lo no dia seguinte (quarta-feira) na Delegacia.
Assim o Dr. Marco, a Dra. Lucrécia e Josivaldo seguiram para Minas Gerais
para buscarem Rafael (mais de 700 km de viagem de ida e de volta).
Ao chegarem no hospital por volta das 16h:20min encontraram Rafael
bastante abatido, com muitas lesões no rosto, na boca (doc. 55), pescoço, corpo dolorido,
pediram cópia do prontuário mas o hospital negou (doc. 56); Apenas havia sido feito a
ocorrência pela Polícia Rodoviária Federal na noite anterior e o registro de entrada no hospital
Municipal, momento em que a PRF entrou em contato com a polícia civil de Petrópolis/RJ
na mesma noite por volta das 23h:30min, mas a polícia de Petrópolis não tomou nenhuma
providência, não informou aos conhecidos da vítima e ainda acusou o Dr. Marco de ter
matado Rafael sabendo que a vítima havia sido encontrada.
Foi realizado, na cidade de Carandaí/MG, o exame de corpo de delito de
Rafael pelo Dr. Miguel (doc. 56) e por volta das 18:00h, todos seguiram até a Delegacia de
Polícia Civil de Carandaí/MG para fazer a ocorrência com o policial Trigo de que Rafael fora
encontrado próximo à cidade.
Assim, a vítima Rafael juntamente com o Dr. Marco, Dra. Lucrécia e
Josivaldo chegaram no núcleo da Irmandade por volta das 00:30h de 05/04/16 (terça-feira).
Diante de todo esse quadro, a Polícia Civil não teve mais interesse, ou
melhor, nunca teve, em investigar sobre o crime de sequestro de Rafael, já que desde o
início o interesse era de escandalizar a Irmandade Celestial e perpetrar uma perseguição
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religiosa aos seus integrantes com base no e-mail que foi enviado pelo irmão biológico do
dr. Marco para a delegacia de Petrópolis que falava dos absurdos veiculados pela mídia
em relação ao processo de 1999.
Tal perseguição em razão da crença foi fomentada pela mãe e pelo irmão
biológico do dr. Marco Aurélio juntamente com a mãe e o pai biológicos da dra. Adriana.
Ocorre que os doutores Marco e Adriana, foram casados antes de fazerem
parte da Irmandade Celestial e, portanto, são pais biológicos do infante Miguel.
É importante esclarecer que os parentes dos dois doutores acima citados
nunca aceitaram a opção religiosa de ambos, nunca concordaram com o fato de os dois fazerem
parte da Irmandade Celestial e por isso sempre agiram e MENTIRAM no intuito de prejudicar
a Irmandade Celestial ao máximo.
Tendo em vista que tanto o Dr. Marco, quanto a Dra. Adriana são livres,
independentes e que seus parentes nada poderiam fazer diretamente à eles quanto à sua opção
religiosa, elaboraram um plano diabólico para prejudicar a Irmandade Celestial criando as mais
absurdas mentiras de que as crianças da Irmandade sofriam maus tratos.
É importante enfatizar que as crianças da Irmandade NUNCA sofreram maus
tratos e isso ficou devidamente provado, tanto em 2016 pelos Comissários da Vara de Infância
de Petrópolis, como também pelas Conselheiras Tutelares em 2017 conforme será mais
detalhado a seguir.
Assim, os pais biológicos da dra. Adriana foram no núcleo na Irmandade
Celestial em meados de novembro de 2014 a pretexto de conhecer a ideologia e participar da
comunidade, mas na verdade, a real intenção dos dois era criar mentiras no intuito de prejudicar
a Irmandade para poderem ficar com a guarda de Miguel, já que nunca concordaram com o fato
da dra. Adriana ser membro da Irmandade.
Os pais biológicos da dra. Adriana juntamente com o irmão biológico e a mãe
biológica do dr. Marco criaram as mais absurdas mentiras e se valeram das atrocidades que a
mídia veiculava a respeito do caso das autolesões que foram atribuídas ao Senhor Donato.
O irmão biológico do dr. Marco, Giôtto, é funcionário público do
Ministério Público no estado do Maranhão e, utilizando-se da sua função pública, bem
como de influência com o secretário de segurança pública do MA, enviou um e-mail para
a 105ª DEPOL com conteúdo pessoal, sendo que o endereço eletrônico utilizado foi o do
órgão público (doc. 57).
No referido e-mail, o irmão do dr. Marco deixa claro sua real intenção,
forjar algum crime, prejudicar o Senhor Donato Brandão Costa, fica muito evidente a
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aversão dos parentes do dr. Marco e da dra. Adriana em relação ao segmento religioso e
em razão do Líder religioso da Irmandade.
Vejamos a seguir, o teor do e-mail enviado por Giotto Hernandes Neves
Lima, cujo endereço eletrônico utilizado foi [email protected], e-mail
da instituição pública:
Bom dia,
Srs, espero que a PC de Petrópolis consiga ligar o caso
de Donato Brandão Costa preso nos últimos dias com
algum crime mais grave a fim de invadir o local. Meu
irmão que é advogado do Donato foi cooptado em desses
rituais há cerca de três anos e hoje é braço direito do
cidadão. Ele foi com a mulher e lá se separaram, e a sua ex
mulher, Adriana Mota Facunde Lima, (advogada), é
casada com o Donato Brandão.
http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2016/04/saiba-
como-funciona-seita-criada-por-donato-brandao-costa-
no-maranhao.html
tudo o que está nesse link ainda rola por lá. Os pais da
Adriana foram visitá-los e tiveram que passar pelo ritual
de iniciação para conseguir visitar o neto Miguel Henrique
Facunde Lima. Ficariam cerca de 10 dias e tiveram que
comprar passagem 3 vezes pois o pessoal não quis abrir o
local para eles irem embora (tentativa de cárcere privado)
só os deixaram ir porque antes de chegarem ao local eles
avisaram par familiares e para a polícia que se eles
demorassem muito era pra ir ao local e ameaçaram de
delatá-los.
Bom, meu irmão e a maioria que está por lá são maiores e
sabem o que fazem e foram fracos de mente para entrarem
nessa. O problema é que tem duas crianças meu sobrinho
que fará quatro anos e meio e uma outra que não conheço
que tem oito anos. Eles são submetidos a diversos rituais,
inclusive de jejum, que beiram a subnutrição e não podem
ir a escola (sublinhado e acrescido neste email)
Quando eles ainda estavam em São Luís, início de 2015,
eu e meu tio, Cláudio Hernandes Silva Lima (juiz de
direito do Pará), conseguimos tirá-lo de dentro através de
um encontro marcado com ele e minha tia, única pessoa
com quem ele falava quando saiu de casa, mas ele acabou
voltando porque a mulher dele disse que voltaria com o
filho deles. Chegamos a conversar com o delegado geral
de polícia do Maranhão e o secretário de segurança à
época (Aluísio Mendes hoje deputado federal), mas o
Donato acabou indo embora com autorização do juízo
da execução da pena dele, em janeiro de 2013 para o
RJ. Não sabíamos o paradeiro exato deles até a prisão dele
esta semana.
Espero ter ajudado e estou à disposição.
Atenciosamente,
Giôtto Hernandes Neves Lima
Técnico Ministerial – Execução de Mandados
Promotoria de Matinha
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Assim, por meio desse e-mail diabólico o irmão do dr. Marco suplica pra que
a polícia de Petrópolis ligue o caso do Senhor Donato Brandão a um crime mais grave a fim de
invadir o local, ou seja, faça algo grave contra a Irmandade Celestial e o argumento mentiroso
era de que ele tinha um sobrinho que morava na Irmandade e que os pais biológicos da dra.
Adriana haviam informado que na Irmandade as crianças eram maltratadas.
Mentiram também quando falaram que os pais biológicos da dra. Adriana
foram impedidos de sair da Irmandade Celestial. Na Irmandade só fica quem quer de livre e
espontânea vontade, ninguém é obrigado a ser membro da Irmandade!
Perceba ainda que o irmão do dr. Marco busca o apoio de amizades com
políticos (secretário de segurança/deputado federal) e o próprio tio que é juiz de direito, para
fortalecer a concretização de seus crimes. Infelizmente tal prática é corriqueira no Brasil. Basta
uma pessoa ter amizades políticas ou com promotores e juízes para ela cometer as barbaridades
que quiser e ficar impune!!! Isso é intolerável!
Esse era o impulso que os delegados e policiais precisavam para cometer
toda sorte de crimes e arbitrariedades contra a Irmandade Celestial, além do desejo de se
PROMOVEREM na mídia a custo do sofrimento de pessoas de bem.
Dito isto, já não importava mais à polícia a investigação do crime de
sequestro de Rafael, sua intenção agora era invadir e acabar com a Irmandade Celestial
e ridicularizar ao máximo a Irmandade e ficarem famosos pela mídia sensacionalista.
Frise-se, o crime de sequestro de Rafael ocorreu cerca de 3Km de
distância do núcleo da Irmandade Celestial, fora da propriedade e nas margens da BR-
040, portanto, a delegada teria que investigar o local onde ocorreu o crime de sequestro e
não o núcleo da Irmandade.
O ápice dos abusos ocorreu no dia 05/04/16 quando por volta das
05h20min a polícia invadiu a Irmandade quebrando a corrente do portão principal da
propriedade (doc. 58) e, chegando na casa de baixo renderam e algemaram Felipe e Rafael
e os colocaram em dois camburões (onde eles ficaram algemados até por volta das 11h) e
subiram para casa principal.
Note Excelência, Felipe e Rafael tinham sido vítimas de sequestro a dois dias
atrás, no entanto, na referida invasão as próprias vítimas foram tratadas como criminosos, pois
os dois ficaram algemados por quase 6 horas dentro de uma viatura assistindo toda a
barbaridade que estava acontecendo contra os demais membros da Irmandade.
Às 5h:20min da manhã do dia 05/04/16 (terça-feira) os três delegados:
Alexandre Ziehe matrícula 860.870-5, Juliana Menescal da Silva Ziehe (filha do delegado
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Alexandre) matrícula 5.023.083-2 e Cláudio Batista Teixeira matrícula 871.072-5,
juntamente com cerca de 20 policiais altamente armados quebraram a corrente do portão
principal e invadiram a Irmandade Celestial.
No primeiro momento, os delegados pararam na casa de baixo, algemaram as
vítimas do sequestro, Felipe e Rafael, que foram colocados em viaturas, separados e levaram
os dois para a casa de cima.
Por volta das 5h:40min invadiram a casa principal, mais de quatro veículos,
com mais de 20 policiais civis e militares fortemente armados com fuzis e os três delegados.
Arrombaram portas, invadiram as suítes apontando fuzis e metralhadoras na
cabeça de mulheres grávidas, crianças, idosos e deficiente físico, de todos, obrigando com
extrema violência e ameaças e aos gritos que todos se jogassem no chão.
Quando Dr. Marco perguntou pelo mandado de busca e apreensão, foi
respondido que estava no carro e o documento não foi fornecido, muito menos seguido o
procedimento policial que se deve seguir.
Continuando com as barbaridades, os policiais acordaram a advogada Dra.
Adriana OAB/RJ 181.191, apontando um fuzil para sua cabeça, mesmo ela se identificando
como advogada e dizendo que estava grávida de 08 (oito) meses, ainda assim mandaram-na
deitar no chão.
Da mesma forma violenta, entraram no quarto de Dina, abriram a porta com
um chute e ela estava grávida de 2 meses.
No quarto de Dina estavam descansando duas crianças, uma de 03 anos e
outra de 05 anos que acordaram chorando e mesmo assim, o policial apontou um fuzil para testa
de Dina e para os rostos das duas crianças, que começaram a chorar desesperadamente.
Assim, Dina pediu para o policial abaixar a arma por conta das crianças e o
policial simplesmente ignorou.
Então Dina foi fechar a porta do quarto ao que o policial empurrou a porta e
Dina caiu no chão. Em seguida Dina retornou para a cama e ficou tentando acalmar as duas
crianças e nesse momento começou a sentir fortes dores no ventre e começou a sangrar.
Infelizmente depois do ocorrido, lamentavelmente Dina sofreu um aborto, e esse seria o seu
primeiro bebê (doc. 59).
Perguntados pelo mandado de busca e apreensão, a polícia só dizia que
estava no carro, somente apresentaram o mandado por volta das 9h da manhã e todos da
Irmandade não sabiam sequer o que estava ocorrendo do que estavam sendo acusados,
pois quando faziam perguntas os policiais mandavam as pessoas calarem a boca.
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Quando Dr. Marco desceu para pedir novamente o mandado lhe disseram que
o mandado estava no carro. Nesse momento os policiais pediram as imagens das câmeras da
entrada da casa, mas elas não gravavam.
Então o Dr. Marco assombrado com as cenas que via pela casa desceu
para verificar o mandado e viu o sr. José algemado e gemendo de dores, um senhor de 61
anos (doc. 50), pai de dois acadêmicos de direito que afirmou chorando que sofreu tortura
física e psicológica por parte do delegado Alexandre e alguns policiais que perguntavam
“Onde estão os corpos!? Onde você enterrou!?” afirmaram com muito terror: “Você matou
sua esposa!!! Onde ela está enterrada?!”. Os policiais estavam intentando uma
enciclopédia de crimes aos moradores. No entanto, a esposa do senhor José Alexandre
estava no seu trabalho, no colégio CEUB, escola da Irmandade Celestial.
Dr. Marco perguntou o porquê da utilização de algemas em um idoso e por
conta da pergunta foi brutalmente violentado pelos policiais armados, ao se aproximar do sr.
José e entrar em um dos quartos, o delegado Alexandre começou a gritar com o Dr. Marco
perguntando pelas crianças, e que este por não saber de que crianças o delegado se referia, levou
dois socos na costela, e foi jogado na cama, onde o delegado tornava a questionar pelas crianças
e o Dr. Marco tornava a dizer “que criança?”, momento em que o delegado lhe deu dois tapas
no rosto (doc. 60) e um “telefone” (abafar os dois ouvidos simultaneamente com tapas) ocasião
em que o Dr. Marco ficou tonto e quase desacordado.
Então, o delegado saiu do quarto, deixando um policial vigiando o Dr. Marco
por quase trinta minutos. Os familiares notaram a ausência do dr. Marco, e quando perguntavam
aos policiais “Cadê o dr. Marco?”, nenhum policial lhes respondia.
Reviraram toda a casa, fizeram acusações criminosas, tomaram os celulares
de todos, inclusive dos dois advogados Dr. Marco Aurélio Neves Lima e Dra. Adriana Mota
Facunde Lima.
Os policiais mexeram nos computadores, violaram locais que são sagrados
para os residentes da Irmandade, roubaram objetos sagrados, além de roubarem documentos
dos clientes dos advogados, documentações pessoais, roupas, indumentárias artísticas dos
artistas que são membro da Irmandade, levaram documentos como RG, CPF, CNH, carteira de
vacinação de crianças que são filhos dos moradores, certidão de nascimento, carteiras de
trabalho, perucas e fantasias de personagens de membros da Irmandade que são artistas de teatro
(doc. 61).
Frise-se, no momento em que ocorriam todos os tipos de torturas com os
moradores, as vítimas do sequestro Rafael e Felipe continuaram algemados até o momento em
que os policiais se retiraram da residência.
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Rafael e Felipe ouviram quando a delegada Juliana disse “Meu Deus, nós
cometemos um erro!”. E haviam mesmo cometido um erro brutal e criminoso.
A sra. Zélia Peixoto, pedagoga, aposentada federal, uma idosa de 79 anos de
idade (doc. 50), integrante da Irmandade há mais de 23 anos, estava dormindo em sua suíte
quando três “policiais” entraram em seu quarto gritando “Levanta logo, levanta!!!”, enquanto
apontavam a arma para ela, mas devido sua idade avançada e por estar aterrorizada a idosa não
conseguia levantar pois tem complicações em seus joelhos, os policiais entravam e saiam do
quarto e pediam que ela abrisse o seu guarda roupas, mas como estava muito assustada não
conseguiu lembrar onde estava a chave, devido ao pânico que estava, a sra. Zélia urinou na
cama e em sua roupa, pois ficou de 5h:40min da manhã até quase meio dia sem poder sair de
sua cama, durante esse período ela ouvia gritos pela casa dos policiais “Pro chão, pro chão!” e
dos residentes “Estou grávida, não me empurra!”, “para com isso!”, “Tira a arma da cabeça
das crianças!” (doc. 83).
Após todos os crimes acima narrados, algo mais estranho começou a
ocorrer, a polícia começou a convocar os membros da Irmandade que não tinham
nenhuma relação com o crime de sequestro para prestarem termos de declarações na 105ª
DEPOL como se fossem “testemunhas” do sequestro de Rafael, sendo que o único
membro da Irmandade que presenciou o sequestro de Rafael foi Felipe e mais, o sequestro
ocorreu a cerca de 3Km de distância do núcleo da Irmandade Celestial.
Na verdade, a polícia começou a convocar os membros da Irmandade
para prestar depoimento na delegacia no intuito de já forjar algo para incriminar os
membros da Irmandade para acobertar os crimes de tortura praticados pela polícia na
diligencia arbitrária que eles realizaram.
Assim, a cada depoimento que era prestado por membros da Irmandade
na delegacia, eram feitas perguntas sobre a vida íntima das pessoas e sobre questões que
envolviam a crença religiosa e a sexualidade, distorcendo o propósito inicial que era a
investigação do crime de sequestro de Rafael que inclusive já havia sido localizado e já
estava na casa dele – na Irmandade - todo machucado pelos golpes sofridos dos
sequestradores, e agora sofrendo novos golpes pela polícia.
O presente fato trata-se na verdade de uma ação criminosa contra
famílias de bem que vivem em harmonia e que têm suas crenças e convicções filosóficas e
religiosas.
As polícias civis e militares de Petrópolis cometeram e continuam cometendo
arbitrariedades absurdas que ferem inúmeros direitos humanos no intuito de legitimar as
torturas realizadas.
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A delegada Juliana havia dito que faria uma lista de fotos de sequestradores
e que iria apresentar a Rafael para reconhecimento, no entanto, quando Rafael chegou a
delegacia acompanhado de sua advogada, Dra. Adriana, o delegado titular, Alexandre disse que
Rafael seguiria juntamente com o Inspetor de Polícia Carlos Aranha até Minas Gerais e que
iriam parar em todos os locais onde os sequestradores pararam, para averiguar as câmeras para
ver se captavam as imagens dos sequestradores.
Nesse ínterim, o delegado titular disse que ia colher o Termo de Declaração
da Dra. Adriana, e esta disse ao delegado que ela não era testemunha, pois, não havia
presenciado a cena do crime, então o delegado disse que iria colher algumas informações
porque a Dra. Adriana também era moradora da casa de cima.
Carlos Aranha e Fábio (policiais da 105ª) levaram Rafael no percurso que os
sequestradores fizeram para pegar as imagens das câmeras de segurança dos locais em que os
sequestradores pararam para colocar crédito no celular.
Durante o percurso, o policial Carlos Aranha fazia perguntas a Rafael
totalmente estranhas ao crime de sequestro perguntava sobre sua vida privada, sua
intimidade, sua opção sexual e sobre a vida dos moradores da Irmandade Celestial.
Neste mesmo dia, Carlos Aranha fez um convite a pedido do delegado
Alexandre Ziehe para que Rafael passasse a noite e descansasse na Delegacia e que não era para
Rafael entrar em contato com ninguém da Irmandade.
E o mais estranho ainda, o Delegado Alexandre convidou Rafael para
morar em sua casa, oferecendo-lhe uma moradia confortável e Rafael ficou sem entender
o porquê da reação do Delegado se passar por amigo, depois de todas as barbaridades que
já haviam cometido.
No dia 07/04/16 Rafael foi novamente a outra diligência na viatura da
Policia Civil buscar mais imagens das câmeras dos pontos em que os sequestradores
pararam. Dessa vez conseguiram boas imagens que comprovaram tudo o que Rafael havia
relatado.
Porém, ainda que Rafael tivesse reconhecido os sequestradores, a Polícia
não demonstrou interesse em buscar informações sobre os mesmos, chegando a afirmar
que era muito difícil conseguirem prender os sequestradores.
A Dra. Lucrécia também foi convocada para prestar declaração na 105ª
DEPOL de Petrópolis, a Dra. Adriana (grávida de 08 oito meses) entrou na sala do delegado
adjunto para acompanhar sua cliente e a delegada de forma humilhante e vexosa mandou que a
advogada se retirasse e que se a Dra. Lucrécia quisesse que nomeasse outra advogada e
ainda disse para a Dra. Adriana que ela não podia entrar na delegacia sem ser anunciada,
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ato contínuo um o policial acompanhou a advogada para o balcão de atendimento da
delegacia, impedindo assim o exercício de sua profissão.
Neste mesmo dia, a sra. Lionete, mãe da menor Clara, seguiu para a delegacia
para pegar os documentos pessoais de sua filha, CPF, certidão de nascimento e carteira de
vacina que também foram levados no dia que a Polícia Civil invadiu a residência.
Por fim, devido as agressões de tortura física-moral e psicológica, o Dr.
Marco e o Sr. José Alexandre buscaram o IML para fazer o exame de corpo de delito, porém
disseram que eles não fariam o exame se não houvesse a requisição do delegado. Momento em
que o dr. Marco questionou: “Como vamos pedir a requisição ao delegado, se foi o próprio
delegado que nos espancou?”
Portanto, só restou ao dr. Marco tirar foto das marcas em seu rosto (doc. 60)
Depois do ocorrido, todos os dias, principalmente à noite os moradores
notaram estranha movimentação de pessoas dentro da propriedade, núcleo da Irmandade.
Diante de todo esse sofrimento, no dia 18/04/16, o Dr. Marco Aurélio e a
Dra. Adriana procuram o Ministério Público na cidade de Petrópolis para protocolar uma
denúncia sobre a tortura perpetrada pelos policiais na Irmandade Celestial, no intuito de
barrar a represália religiosa e as invasões ao local, pois a todo instante os moradores eram
surpreendidos com a polícia já dentro da Irmandade, os moradores nem sequer
conseguiam mais dormir à noite depois de tudo isso.
No Ministério Público na Promotoria de Investigação Penal de Petrópolis/RJ,
ao entrarem em contato com a promotora Maria de Lourdes Féo Polônio, para fazerem a
denúncia, estranhamente a promotora colheu o depoimento dos advogados de forma
tendenciosa buscando a todo o momento justificar a má conduta dos policiais, intimidando os
depoentes, violando seus direitos constitucionais de liberdade de consciência e de crença, de
livre exercício de cultos religiosos (art. 5º, VI, CF), e ainda seus direitos constitucionais de
intimidade e vida privada (art. 5º, X, CF).
Através do termo de oitiva que segue anexado pode-se perceber que a
promotora violou o princípio da obrigatoriedade a que os membros do Ministério Público estão
sujeitos, ela demonstrou parcialidade, saiu de seus atos de ofício desviando-se de sua função.
O princípio da obrigatoriedade determina que o Ministério Público não pode empregar qualquer
critério de conveniência ou oportunidade no exercício da ação.
A promotora deixou de lado sua obrigação de exercer o controle externo
da atividade policial para investigar e praticar atos de intolerância religiosa.
A promotora começou a dizer que ela se congregava na Igreja Metodista
e que já tinha aceitado Jesus e que era batizada nas águas e começou a questionar sobre
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a religiosidade da dra. Adriana e do dr. Marco, basta verificar o depoimento de Adriana
que foi respondendo às perguntas descabidas da promotora, note Excelência que as
respostas estão relacionadas à religião e não ao que sofreu quando da invasão dos policiais
(Doc. 62).
Ora, os doutores foram buscar socorro e relatar as violações de direitos
humanos que estavam sofrendo por parte dos delegados e de seus agentes e a promotora em vez
de investigar a ação dos delegados e policiais, começou a investigar sobre a crença dos doutores
Marco e Adriana.
Fazendo perguntas de como funcionava a “seita”, se na Irmandade liam a
Bíblia Sagrada, se eram batizados nas águas, dentre outras coisas que em nada tinha a ver com
as violações que estavam sofrendo e em vez da promotora se deter às violações sofridas por
aquelas pessoas ela passou a questionar a crença religiosidade deles, em pleno e nítido interesse
pessoal.
Conforme foi dito em linhas anteriores, os parentes do dr. Marco e da dra.
Adriana estavam em contato com os delegados da 105ª Delegacia de Polícia Civil de Petrópolis
com o intuito de juntos acabarem com a Irmandade Celestial.
E, por isso, foi feita uma denúncia mentirosa de que as crianças da Irmandade
estavam sofrendo violações de direitos humanos o que gerou o processo nº 0014119-
73.2016.8.19.0042.
Porém, toda a mentira articulada pelos parentes dos doutores acima citados
caiu por terra quando no dia 13.05.16 os comissários da vara da infância e juventude de
Petrópolis realizaram visita surpresa na Irmandade Celestial e constataram in loco que NÃO
HAVIA NENHUMA VIOLAÇÃO DE DIREITOS CONTRA AS CRIANÇAS E
ADOLESCENTES DA IRMANDADE e isso foi atestado tanto no núcleo da Irmandade
Celestial, quanto em visita surpresa feita na escola onde as demais crianças/adolescentes da
Irmandade estudavam, CONFORME TRECHOS DO RELATÓRIO DOS COMISSÁRIOS
(doc. 63):
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Irmandade foram presos preventivamente, inclusive, os genitores dos menores. Assim, as
crianças foram retiradas dos seus pais e colocadas na Casa da Criança Antônio de Pádua.
Vejamos agora os relatos das Conselheiras Tutelares em entrevista realizada
em 2017 na Casa da Criança Antônio de Pádua que fica na cidade de Petrópolis.
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Não há razão alguma para as crianças da Irmandade serem retiradas de
sua família. Aqui fica muito clara a intolerância religiosa por parte dos parentes de alguns
membros e por parte da polícia e Ministério Público de Petrópolis pois, foi atestado por
duas vezes e por órgãos distintos o bem-estar tanto físico como psíquico e a excelente
desenvoltura dos menores.
A Irmandade Celestial preocupada com o avançar das perseguições,
buscando se defender, redigiu uma queixa representação com os fatos verdadeiros contra
os Delegados Alexandre Ziehe, sua filha Juliana Ziehe (também delegada), o delegado
Cláudio Batista e a promotora Maria de Lourdes Féo Polônio, no sentido de conter as
perseguições e os representaram no:
- Órgão de direitos humanos de Petrópolis (doc.66);
- Corregedoria da polícia civil do Rio de Janeiro Protocolo processo n° E-
09/196/496/2016 (doc.67);
- Corregedoria do Ministério Público Protocolo processo n° 100274/2016-82
(doc.68);
- Conselho Nacional dos Direitos Humanos em Brasília;
-Conselho Nacional do Ministério Público Protocolo processo n°
1.00362/2017-56 (doc.69);
- Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA) processo nº P-654-
16 (doc. 88)
- Agora, a Irmandade está protocolando denúncia no Tribunal Penal
Internacional pelos crimes de Genocídio e Crimes contra a humanidade.
Todas estas representações foram feitas entre abril e maio do ano de
2016, conforme se verá nos vídeos anexados à presente e nos próprios protocolos
supramencionados.
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olhassem o ânus dos membros, numa situação vexosa e humilhante para qualquer ser
humano (doc.73 declarações).
E MAIS, na busca e apreensão, a polícia violou a Irmandade sem leitura
prévia do mandado, o mandado era um só para toda a Irmandade sendo que o local é de
habitação coletiva, cada membro possui seus aposentos, e por fim, fizeram um verdadeiro
“arrastão legal” nos bens dos moradores da Irmandade sem a lavratura do respectivo auto
circunstanciado. Uma série de ilegalidades que dá para encher livros.
Salientamos, ainda, que foi juntado um auto de apreensão ao processo
0014964-06.2016 APÓS a defesa arguir a nulidade do processo por falta de auto de apreensão
onde constasse os bens que foram levados.
Outrossim, além de o auto ter sido juntado a posteriori, a descrição dos
bens é genérica e arbitrariamente NO LAUDO NÃO CONSTA TODOS OS BENS QUE
FORAM APREENDIDOS. (doc. 74).
Ressalta-se que dos notebook’s e HD’s externos que foram apreendidos
e que não foram listados no auto de apreensão, contém fotos e arquivos memoriais da
Irmandade Celestial de mais de 10 dez anos, arquivos e fotos da intimidade da família e
da história da Irmandade, fotos do dia a dia de edificação espiritual e de uma vida voltada
pra Deus.
Toda a operação foi premeditada no intuito de prejudicar ao máximo a
Irmandade no sentido até de prejudicar sua defesa em relação ao processo que eles mesmo
forjaram. Levaram em torno de 10 computadores, vários HD’s, vários pen drives, e
documentos nos quais constam a forma de como os membros da Irmandade laboram e
auferem suas rendas de forma lícita por meio de trabalhos dignos.
Foram apreendidos arquivos e recibos que comprovam a renda lícita dos
requerentes, além de terem apreendido as próprias notas fiscais dos bens aqui descritos.
Tendo em vista que várias fotos de intimidade da Irmandade Celestial, bem
como sermões, atos confissionários, orações e aconselhamento pastoral foram juntados aos
autos do processo e publicados na mídia nacional, por meio do programa televisivo chamado
“Fantástico” e que tais documentos, fotos e arquivos foram retirados dos HD’s externos,
notebook’s, arquivos apreendidos, é de extrema relevância A URGENTE devolução dos
mesmos, pois existem documentos e recibos que comprovam a origem lícita da renda dos
membros da Irmandade que foram acusados, tudo isso para garantir o princípio do contraditório
e da ampla defesa.
Desta feita, a defesa dos membros da Irmandade no processo 0014964-
08.2016.8.19.0042 fica prejudicada uma vez que no material apreendido constam informações
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e documentações de suma importância e que provam que os membros da Irmandade NUNCA
cometeram nada ilícito.
Assim foram apreendidos os seguintes objetos E QUE NÃO CONSTAM
NO LAUDO DE APREENSÃO:
01 –Um Notebook HP prateado de 17 polegadas core i7, 16 GB-RAM, HD
de 2 terabytes;
01 – Um HD externo vermelho seagati de 2 terabyte;
03 – Três HD’s externos cor cinza seagati de 1 terabyte;
01 – Um celular Samsung S7 Edge cor preta;
01 – Um celular Samsung S5 cor branca, com carregador;
01 - Um pen drive Scan Disc vermelho de 8 GB;
01 - Um pen drive Kington preto de 8 GB;
01 – Um celular Samsung A-7;
10 – Dez Pen drives de modelos diversos;
02 – Dois Notebook’s HP de 15 polegadas cor preto;
01 – Um notebook de 1GB de 14 polegadas;
02 – Dois celulares Motorola G3;
02 – Dois celulares Samsung S4 mini;
01 – Um Macbook Pro 15 polegadas, i7, retina 2012, 256 GB;
01 – Um HD externo preto de 500 GB UD;
01 – Celular Sony T2 Ultra, preto;
01 – Celular Samsung J7, prateado;
01 – Cordão de ouro com pingente em formato de flor pingente de ouro e de
esmeralda, de propriedade de Donato Brandão Costa;
01 – Anel com pedra de esmeralda de Dayanne Duarte Barros da Silva, com
os dizeres “Eternamente Juntos”
No Notebook HP prateado de 17 polegadas core i7, 16 GB-RAM, HD de 2
terabyte acima descrito, contém centenas de imagens, fotos e vídeos que provam o modo de
viver da Irmandade em seu dia a dia e como trabalham seus membros, provando a origem de
suas rendas em seus mais diversos ministérios autônomos.
No HD externo vermelho seagati de 2 TB, contém arquivos e memórias das
atividades religiosas da Irmandade desde 2012. Milhares de imagens, fotos e centenas de vídeos
que provam como vive a Irmandade no seu dia a dia e como trabalham, provando a origem
lícita de todos os recursos materiais e financeiros da Irmandade. Contém ainda, sermões, vários
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escritos confessionários dos membros, que foram utilizados nos autos em plena violação da
liberdade de crença.
Foram apreendidas ainda, gavetas dos armários de arquivos da Irmandade
lotados de documentos da escola CEUB e documentos acadêmicos de vários membros da
Irmandade. Foram apreendidas também, gavetas lotadas de notas fiscais de tudo que a
Irmandade tem, foram levados os contratos originais de compra dos veículos, contratos
originais de aluguéis dos imóveis, contratos sociais das empresas, alvarás das empresas, recibos
de produtos vendidos, livros, espelhos, óleos de coco, comprovantes de doações, recibos de goji
berry, produtos e serviços prestados tais como: teatro, construção, personagens de bonecos etc...
Os policiais levaram também todas as gavetas onde continham os arquivos do
escritório de advocacia dos advogados da Irmandade.
Retiraram, ainda, de dentro da sala de oração a urna com os atos
confessionários e aconselhamento pastoral que foram utilizados nos autos do processo e
publicado em rede nacional no programa “O Fantástico”, roubaram banners com o Selo da
nossa Irmandade, que é um objeto sagrado para a irmandade, escarnecendo a crença religiosa
da Irmandade e expondo a intimidade dos membros, isso é crime!
Também foi levado e não foi arrolado no auto de apreensão documentos
pessoais originais e diplomas originais de:
Donato Brandão Costa; Marco Aurélio Neves Lima; Dina Célia Martins
Carvalho Soares; Francisco Marcelino Sena; José Alexandre Santos Maia Junior; Aleks da
Silva Maia; Lionete Lima Silva; Alan Lima dos santos; Rômulo César Deodato Castello
Branco; Dayanne Duarte Barros da Silva. Janilce de Jesus Morais Cidreira; Adriana Mota
Facunde Lima Brandão; Lucrécia Pires de Andrade; Josivaldo Soares Neres Martins
- Documentos originais do colégio CEUB;
– Arquivos do escritório de advocacia;
– Documentos acadêmicos dos membros da Irmandade;
– Documentos religiosos da Irmandade.
Portanto todas essas coisas foram apreendidas, MAS NÃO CONSTAM NO
LAUDO DE APREENSÃO.
A polícia apreendeu os veículos da Irmandade e pediu ao juiz para que
ficassem utilizando os bens. (doc. 74.1)
Não bastasse todos ao abusos acima relatados, sequestraram as crianças da
Irmandade inclusive dois bebês, sendo um de 6 meses que ainda estava amamentando, sendo
brutalmente arrancado dos braços da mãe, pois não havia nenhuma ordem judicial e nem a
presença de qualquer membro do conselho tutelar para levar as crianças.
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As quatro crianças que estavam presentes no local tinham
respectivamente 06 meses, 11 meses, 05 anos e 11 anos de idade. As crianças foram
acordadas novamente com os policiais arrombando as portas dos quartos com chutes,
apontando armas para a cabeça de seus pais e os algemando, assistiram novamente as
cenas de horror e xingamentos dos policiais que a todo momento diziam: “vocês são uma
seita porra, vocês são um bando de viadinhos” e diziam ainda: “está vendo no que deu as
denúncias de vocês? Agora vocês vão ser presos!”
Tudo isso denota nitidamente uma forte represália contra a Irmandade
Celestial que precisa de um basta.
Arrancaram as crianças da Irmandade, de sua família, sem nenhuma
fundamentação para tal, pois conforme já foi dito em linhas anteriores, o processo que
tramitava perante a vara de infância de Petrópolis em 2016 (processo nº 0014119-
73.2016.8.19.0042) foi arquivado, pois os comissários comprovaram que nossas crianças
são saudáveis e muito bem cuidadas e educadas.
As crianças foram conduzidas de forma totalmente ilegal e arbitrária em
viaturas da polícia, assistiram toda essa cena de horror pela terceira vez, acordaram
chorando e vendo policiais apontando armas para seus genitores e os algemando, sem no
mínimo preservar a condição dos infantes.
Depois disso as crianças também foram conduzidas até a 105ª delegacia
de polícia civil de Petrópolis, ambiente totalmente inadequado para crianças, e lá
continuaram assistindo seus pais algemados saindo de viaturas e sendo trancados em uma
cela.
As crianças permaneceram na delegacia até o momento em que chegaram as
Conselheiras Tutelares e as conduziram para a Casa da Criança Antônio de Pádua.
Vejamos agora os relatos das Conselheiras Tutelares em entrevista realizada
em 2017 na Casa da Criança Antônio de Pádua que fica na cidade de Petrópolis.
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Em entrevista lúdica individual com Miguel Henrique, de
05 anos de idade, (...) “observou-se que a criança é
verbalmente fluente se expressa facilmente e com um
vocabulário avançado para a idade e estágio de
desenvolvimento, bem como lê com fluência. (...)
Verifica-se ainda, que Miguel Henrique é auto
direcionado, expressou suas ideias e reações de forma
argumentativa e apresentou raciocínio lógico e
capacidade mnêmica acima do esperado para a idade e
estágio de desenvolvimento. Tais características de
precocidade no surgimento de habilidades indicam a
necessidade de uma avaliação mais ampla, a fim de
confirmar uma hipótese diagnóstica inicial de altas
habilidades. (...)(doc. 64).
6. DO DIREITO
Por sua vez, segue abaixo o artigo 5º, inciso VI, ipsis litteris:
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Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes
resultantes de discriminação ou PRECONCEITO de
raça, cor, etnia, RELIGIÃO ou procedência nacional.
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou
forma, o casamento ou convivência familiar e social.
Pena: reclusão de dois a quatro anos.
Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do
cargo ou função pública, para o servidor público, e a
suspensão do funcionamento do estabelecimento
particular por prazo não superior a três meses.
Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional
Pena: reclusão de um a três anos e multa
Vimos, portanto, dos fatos narrados que houve a prática do crime de racismo
tanto pelos agentes públicos quanto pelos familiares dos drs. Marco Aurélio e Adriana.
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Por sua vez, a lei nº 9.455 de 07 de abril de 1997 definiu os crimes de tortura. O
art. 1º prevê os crimes e sua forma qualificada, com as respectivas penas. Estabelece, ainda, as
causas de aumento da pena; as consequências em relação ao cargo, função ou emprego público;
a inafiançabilidade e a impossibilidade de graça ou anistia; o regime fechado para o início do
cumprimento da pena, salvo a hipótese do § 2º.
A Lei de Tortura (Lei n.º 9.455, de 7 de abril de 1997), assim define:
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e) A prisão e condenação a processo criminal com pena de 37 anos e 8
meses do Senhor Brandão motivada por interesses políticos por crimes dos quais não
cometeu (doc. 87);
No presente caso, o crime que ocorreu foi de sequestro, onde a vítima, Rafael,
foi encontrada, e mesmo assim, de forma criminosa a polícia começou a utilizar-se da
investigação para adentrar na privacidade, intimidade e religiosidade de pessoas que
moravam em outra parte da propriedade e NUNCA tiveram nenhuma ligação com o
crime de sequestro, torturando as mesmas e cometendo uma série de crimes.
Inclusive quando a delegada Juliana acusou o dr Marco de ter assassinado
Rafael, ela já havia recebido a ligação da PRF de Minas informando que a vítima estava
nas proximidades da cidade de Carandaí.
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b) Adriana Mota Facunde Lima, advogada OAB/RJ 181.191, gestante de 08
(oito) meses;
Os policiais invadiram deram um soco tão forte na porta de seu quarto que abriu
e apontaram fuzil na sua cabeça gritando “É a polícia é a polícia, mão na cabeça, mão na
cabeça, pro chão, pro chão!!!”Momento em que a doutora gritou “Eu estou grávida” e saiu
com as mãos na cabeça, e mesmo assim o policial gritava “Pro chão, pro chão”, então a doutora
apontou para sua barriga que estava evidente e disse “Eu sou advogada e estou grávida você
quer que eu me jogue no chão nessa situação?” E quando a doutora perguntou sobre o mandado
lhe foi respondido que estava no carro.
Então, quando a doutora saiu do seu quarto viu policiais apontando fuzis para os
moradores que se encontravam deitados no chão como se fossem bandidos de alta
periculosidade, inclusive um deles é deficiente físico e precisou de ajuda para levantar do chão.
E que quando queriam levantar para ir ao banheiro tinham que pedir permissão aos policiais
que os acompanhavam armados até ao banheiro.
A doutora Adriana foi buscar ter acesso ao mandado e quando chegou na área
externa da casa viu o senhor José Alexandre, um idoso de 62 anos de idade algemado e gemendo
com dores, a Dra. perguntou onde estava o mandado e eles simplesmente respondiam que estava
no carro.
Então a Dra. seguiu para a frente da casa onde estavam mais de quatro veículos
estacionados, e em um deles estavam as duas vítimas do sequestro, Rafael e Felipe, algemados
dentro de dois camburões. Sem saber o que fazer, a Dra. ligou para alguns de seus colegas
advogados para que tomassem alguma providência, pois a situação em que estavam vivendo
era aterrorizante.
Todos os membros da Irmandade foram acordados com as portas dos quartos
sendo arrombadas por chutes, com fuzis apontados para suas cabeças e em seguida foram
imediatamente obrigados a se jogarem no chão frio. Inclusive mandaram aos gritos que a dra
Adriana Mota, advogada, que à época estava gestante de 08 meses se jogasse no chão (doc. 81)
e o sr Francisco revidou que ela estava grávida, por isso lhe pisaram tão forte nas costas que ele
teve que fazer tratamento de infecção urinária (doc. 79).
No dia 05/04/16 às 5h:30min da manhã o dr. Marco Aurélio acordou, mas ficou
deitado na cama, e quando deu 5:h40min ele ouviu um barulho de vários carros em alta
velocidade chegando na entrada da casa, quando o mesmo olhou pela janela viu dois policiais
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passando em direção a piscina com as armas em punho e viu o Sr José Alexandre colocando as
mãos na cabeça aguardando ser abordado, nesse momento o ele grita pela janela “Cadê o
mandado?”, e os policiais informam que estava no carro. Então o dr Marco Aurélio pega sua
carteira da OAB e desce até porta da entrada e pede aos policiais que não arrombem a porta,
pois ele iria abri-la.
Quando os policiais entraram o dr. Marco Aurélio se apresenta e mostra sua
OAB e pergunta pelo mandado e o informam que está no carro, então ele pede para vê-lo e
informa que ainda não era 6h, mas a polícia tornou a dizer que o mandado estava no carro.
Os invasores então entraram na casa e bateram nas portas dos quartos e gritavam
“Polícia, polícia, pra fora!!!” e ainda humilhou os moradores homens mandando-os deitarem
no chão com as mãos na cabeça.
Houve muita correria e muitos gritos na casa por parte dos invasores, o dr. Marco
Aurélio andando pela casa viu o Sr José Alexandre, um idoso de 61 anos, algemado e gemendo
de dor, então foi em sua direção e perguntou aos invasores porque ele estava algemado, qual
o motivo, momento em que foram para cima dele para agredi-lo.
O delegado Alexandre Ziehe, deu socos no rosto do advogado dr Marco
Aurélio Neves Lima deu tapas nos dois ouvidos ao mesmo tempo, ocasião em que o denunciante
ficou tonto e em vias de desmaiar, e isso porque o Dr. Marco questionou qual o motivo de terem
algemado o sr José Alexandre, um idoso. (doc. 60);
O delegado Alexandre foi em sua direção e gritou perguntando pelas crianças,
como aquele quarto não pertencia a nenhuma das crianças da casa o dr. Marco Aurélio
respondeu “qual criança? Não sei”, assim o invasor lhe deu dois socos na costela (“bicuda”) e
o jogou em uma das camas e questionou “Cadê as crianças?” e o dr. Marco Aurélio tornou a
dizer “Qual criança, não sei”, nesse momento o invasor lhe deu dois ou três tapas no rosto e
um “telefone” no seu ouvindo, momento em que ele ficou tonto e “desnorteado”, terminada a
tortura, o invasor delegado Alexandre mandou um policial ficar vigiando o dr. Marco Aurélio
no quarto.
Passados cerca de 20min o dr. Marco Aurélio pediu para subir e ver como
estavam os demais moradores da casa, pois havia mulheres grávidas, idosos, crianças e um
deficiente físico, o policial então agarrou sua camisa como um cabresto e o conduziu até o
terraço, então o dr. Marco Aurélio subiu para junto dos moradores momento em que todos
puderam ver as marcas em seu rosto da tortura perpetrada pelos agressores. Nesse momento o
dr. Marco soube que outros moradores também foram torturados pelos invasores, e um dos
invasores permitiu que ele tomasse banho e se arrumasse para seguir até a delegacia para prestar
depoimento como testemunha.
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d) José Alexandre Santos Maia, idoso de 61 anos de idade;
Assim como os demais moradores sofreram tortura física e mental, o Sr. Ailson
também foi torturado, pois apontaram uma arma (fuzil) para sua cabeça e mandaram que ele se
jogasse no chão com as mãos na cabeça, sendo que ele tem dificuldades de locomoção, pois foi
operado de hérnia de disco e a cirurgia comprometeu o movimento de suas pernas.
Depois de estar bastante tempo deitando de barriga para o chão com as mãos na
cabeça e com muita vontade de urinar já sentindo dores na bexiga, teve que pedir permissão ao
policial para ir ao banheiro, então os moradores que também estavam deitados no chão o
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ajudaram a levantar, pois este não conseguiu levantar sozinho. Nesse momento o policial os
acompanhou até a porta do banheiro.
Assim, quase todos os moradores ficaram deitados de barriga pro no chão frio
a uma temperatura de 12 graus por cerca de 6 horas seguidas, incluindo um deficiente físico,
Ailson Silva Cantanhede; (doc. 80)
Rafael foi a principal vítima do sequestro que ocorreu em 03/04/16 por volta das
19:20, pois os bandidos o levaram, ele foi torturado e largado na estrada no Estado de Minas
Gerais.
Ocorre que após ter sido deixado na BR pelos bandidos, Rafael conseguiu
caminhar até a cidade de Carandaí encontrou um orelhão e foi orientado pelos PM’s a ligar para
a Polícia Rodoviária Federal.
Rafael ligou para a PRF e esta o encaminhou para internação no Hospital
Municipal Sant’Ana de Carandaí. A PRF de Carandaí/MG ligou para a Delegada Juliana de
Petrópolis para informar que o sequestrado Rafael, estava internado no Hospital Municipal.
No dia seguinte, por volta das 9:00 da manhã, Rafael achou estranho não ter tido
nenhum posicionamento, então pediu o telefone da enfermeira emprestado e entrou em contato
com seus conhecidos e estes foram lhe buscar.
Ficou combinado com o delegado Alexandre que no dia seguinte iriam ate a
delegacia para apresentar a vítima do sequestro, Rafael já havia sido encontrado. No entanto no
dia 05 de abril de 2016, por volta das 5h:20min da manhã Rafael acorda assustado com policiais
gritando em sua casa e apontando arma para ele e Felipe mandando que ambos colocassem as
mãos na parede, revistando-os e em seguida algemando os dois, colocando cada um em
camburão diferente e depois seguiram para a casa principal.
Rafael ficou algemado dentro do carro durante toda a diligencia de busca e
apreensão e posteriormente foi conduzido para a delegacia onde desceu do carro ainda
algemado por volta das 11h da manhã na frente das pessoas estavam presentes passando por
uma situação vexatória, pois passando da condição de vítima que era inicialmente a criminoso,
ressalta-se que ele ficou por 6 horas algemado.
Rafael ainda estava com sequelas das agressões físicas que sofreu pelos
sequestradores, além de estar com seu psicológico abalado e depois de todo esse sofrimento
ainda teve que sofrer todas essas barbáries cometidas pela polícia, ser algemado e levado para
a Delegacia como um bandido.
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Na delegacia, Rafael foi chamado de mentiroso, viado, farçante, dentre outros
xingamentos. Rafael ouviu a delegada Juliana dizer “Não acredito que erramos!!!”. Ele prestou
depoimento e logo após entrou um policial na sala e disse a Rafael que não adiantava ele ter
armado toda essa situação e não ter conseguido nenhum centavo e começou a sorrir como se
Rafael fosse o criminoso da história.
No dia seguinte 06/05/16 Rafael foi chamado para ir à 105ª Delegacia de
Petrópolis para reconhecer algumas fotos, porém, ao chegar à Delegacia o policial Carlos
Aranha e Fábio o levaram no percurso que os sequestradores fizeram para pegar as imagens das
câmeras de segurança dos locais em que os sequestradores pararam para colocar crédito no
celular. Durante o percurso, o policial lhe fazia perguntas totalmente estranhas ao crime, sobre
sua vida privada e intima e ainda dos moradores da casa de cima.
Neste mesmo dia, Carlos Aranha fez um convite a pedido do delegado Alexandre
para que Rafael passasse a noite e descansasse na Delegacia e que não era para Rafael entrar
em contato com sua advogada, a Dra. Adriana. E o mais estranho ainda, o Delegado Alexandre
convidou Rafael para morar em sua casa, oferecendo-lhe uma moradia confortável e também
um emprego na Delegacia e Rafael ficou sem entender o porquê da reação do Delegado de dar
uma de amigo, depois de todas as barbaridades que já haviam cometido.
Em 07/04/16 Rafael foi novamente com a polícia buscar as imagens das câmeras
dos pontos em que os sequestradores pararam. Dessa vez conseguiram boas imagens que
comprovam toda a história de Rafael, mostrando claramente um dos sequestradores, um homem
moreno e que estava sem camisa, até os horários estavam exatos com os que a vítima havia
informado á Polícia Civil de Petrópolis, inclusive foi Rafael quem copiou as imagens do
computador da conveniência do posto para o HD da Polícia (doc. 78 declaração de Rafael).
Porém, ainda que Rafael tivesse reconhecido os sequestradores, a Polícia não
demonstrou interesse em buscar informações sobre o mesmo, chegando a afirmar que era muito
difícil conseguirem prender os sequestradores.
Após presenciar todas as torturas dos policiais e por conta de seus gritos
Francisco que já estava no chão disse ao policial que havia mulheres grávidas e por conta disso
o invasor mandou que ele calasse a boca e pisou fortemente em seus rins o que lhe causou grave
infecção urinária.
É importante lembrar que todas as pessoas quando acordam encontram-se
naturalmente com a bexiga cheia, pegar um chute nas costas de bexiga cheia enquanto está
deitado de barriga no chão frio causa graves sequelas.
Assim, os agentes da polícia civil sob o comando dos referidos delegados
pisou nos rins do pedagogo Francisco Marcelino Sena enquanto o denunciante estava deitado
no chão frio por horas, e depois da diligência, o mesmo teve que fazer tratamento urinário (doc.
79);
i) Aleks da Silva Maia, acadêmico de direito;
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Aleks por ter passado a noite estudando no haal utilizado como local de trabalho
dos advogados acabou descansando e acordou com os gritos da polícia “Pro chão pro chão!!!”
e apontando uma arma para seu rosto, sendo que o Aleks e acadêmico de direito e estagiário
dos advogados residentes na casa.
A princípio, Aleks pensou tratar-se de um assalto, pois ainda estava escuro, ainda
não era 6:00, por isso respondeu “Pode levar tudo cara, leva tudo”.
Então o policial deu-lhe um tapa na nuca e o arrastou com força (como um
cabresto) e o levou para onde estavam outros moradores jogados no chão, com os rostos virados
para o chão e as mãos na cabeça e outros policiais apontando fuzis para os moradores.
Quando Aleks viu que não se tratava de um assalto, e viu policiais fardados
perguntou se era a polícia responderam que sim, então Aleks perguntou “Cadê o mandado?
cadê o representante da OAB? Aqui moram advogados e também é local de trabalho deles”.
Antes de Aleks também ser jogado no chão, o policial que estava lhe segurando
apontou a arma para sua boca e gritou “Pro chão agora malandro!!! Cala a boca papagaio! Tu
parece um rádio, fala demais!!!”Dando-lhe outro tapa na nuca e lhe jogando no chão.
Aleks ouviu os policiais debocharem de sua crença indagaram: “Vocês são do
demônio? Achei uns escritos ali que falam um monte de bobagens... Ele expulsa o demônio!
Vocês são tudo do demônio!!!” Aleks responde ao policial: “Se a gente expulsa o demônio,
como podemos ser do demônio???”
Aleks estava muito resfriado e com febre e dores de cabeça e ainda teve que ficar
no chão frio de 05h:42min até cerca de 9hda manhã, momento em que falou que não estava
mais suportando de tanta dores de frio e de forma humilhante teve que pedir permissão aos
policias para pegar um remédio.
Assim, andando pela casa, Aleks viu seu pai (José Alexandre, 61 anos de idade)
algemado e chorando de dores e seu pai lhe contou que havia apanhado do delegado. Então
Aleks foi até à delegada Juliana (filha do delegado Alexandre) e ao próprio delegado Alexandre
e perguntou: “Porque vocês espancaram meu pai? Ele e doente. Sabiam que isso e crime!?”,
porém, eles simplesmente silenciaram.
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f) No dia da busca, a polícia levou consigo a mídia, um programa que é
veiculado em todo o Brasil, “O Fantástico”, onde se vê claramente a forma inescrupulosa de
como a polícia arrombava as portas e algemava as pessoas, e mais, pessoas aparecendo em
rede nacional de pijama.
d) Por fim, onze membros da Irmandade foram presos preventivamente
no dia 05 de maio de 2017, inclusive uma idosa de 79 anos, em razão de processo forjado
pelos denunciados e 10 dos membros estão presos por mais de 06 meses (doc. 72);
Vimos, dos fatos relatados de 1999, 2016 e 2017 que houve a prática dos
crimes de genocídio tipificados na alínea “b” do Estatuto de Roma.
Já em relação aos fatos narrados em 2016 e 2017, verificamos que houve a
prática do crime de genocídio descrito na alínea “e”.
Houve a prática do crime na forma tentada no ano de 2016 quando Cassandra
Tribuzi (mãe biológica do dr Marco) juntamente com Giôtto Hernandes Neves Lima (irmão
biológico do dr. Marco Aurélio), José de Melo Facunde (pai biológico da dra Adriana) e Rosa
Maria Mota Facunde (mãe biológica da dra Adriana) uniram-se e enviaram um e-mail (doc.
57) com falsa acusação de que as crianças da Irmandade sofriam violações de direitos e isso
gerou o processo de nº 0014119-73.2016.8.19.0042 (doc. 86).
No entanto, os denunciados não conseguiram tirar as crianças da Irmandade
pois os Comissários da Vara da infância de Petrópolis atestaram que não havia nenhuma
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violação de direitos em relação ás crianças e adolescentes da Irmandade. Ao contrário, os
comissários atestaram que as crianças são bem cuidadas estão em seu perfeito estado físico e
psicológico, são alegres, bem articuladas, com excelentes notas escolares e inclusive são
musicistas (doc. 63).
Já a consumação do crime de genocídio com a transferência forçada das
crianças para outro grupo ocorreu no ano de 2017.
Nota-se que tal insanidade foi articulada desde o ano de 2016, e agora, as
crianças estão exatamente sob a guarda dos denunciados citados no item 1 (parentes biológicos
do dr. Marco e da dra. Adriana).
Não foi dada a oportunidade de os pais das crianças indicarem com quem
elas deveriam ficar, como o artigo 304 § 4º do CPP prevê, que em casos de prisão os pais
devem indicar com quem os menores devem ficar.
Simplesmente os menores foram arrancados dos pais, conduzidos em viaturas
policiais, levados para a 105ª delegacia, assistindo toda essa cena de horror acontecendo contra
seus genitores e depois disso foram colocados em um abrigo provisório, até que por fim, os
parentes do dr Marco e da dra Adriana em conluio com a polícia, a promotoria e o juiz,
conseguiram retirar as crianças de seus pais. Caracterizado, portanto, a transferência à força
para outro grupo.
Salta aos olhos a repulsa dos parentes biológicos dos doutores Marco e
Adriana em relação ao seu segmento religioso.
Vejamos o relato de Cassandra, mãe biológica do dr Marco Aurélio, e de
Giotto, irmão biológico do dr Marco que eles fizeram em entrevista na Casa da Criança, local
onde os filhos do dr Marco foram acolhidos após serem retirados à força do seio familiar da
Irmandade Celestial (doc. 65):
“Paralelamente, a sra Cassandra e o sr Giotto avaliaram
que o contato de Immanuel com os pais, Marco Aurélio
e Dayanne, não é aconselhável neste momento. Em sua
percepção, as crenças e valores divulgados pelo Senhor
Donato Brandão (Líder Espiritual e fundador da
Irmandade Celestial) e adotados como estilo de vida
pelos genitores de Immanuel e demais integrantes da
comunidade em que viviam expunham o infante a risco
físico e psicológico”
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encontra bem cuidado com desenvolvimento psicomotor
compatível com a idade e seu estágio de desenvolvimento
Vimos, dos fatos narrados, que houve a prática dos crimes de organização
criminosa, em 1999, em 2016 e em 2017 eis que houve a associação de mais de quatro pessoas
estruturalmente ordenadas, utilizando-se de seus cargos públicos, com a intenção de obter
vantagem de satisfação pessoal, por intolerância religiosa, por motivos políticos e para
promoção na mídia em relação ás suas funções públicas, para praticar os mais bárbaros crimes,
dentre eles citamos os diversos crimes de tortura, peculato, os quais possuem sua pena máxima
superior a quatro anos.
Portanto, resta demonstrada a prática do crime de organização criminosa eis
que delegados, policiais, promotores e juízes agiram de forma ordenada e com divisão de tarefas
para tudo forjar crimes contra pessoas de bem.
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Denunciação caluniosa
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação
policial, de processo judicial, instauração de investigação
administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de
que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Vejamos, o teor do e-mail enviado por Giotto Hernandes Neves Lima, cujo
endereço eletrônico utilizado foi [email protected], e-mail da instituição
pública:
Bom dia,
Srs, espero que a PC de Petrópolis consiga ligar o caso
de Donato Brandão Costa preso nos últimos dias com
algum crime mais grave a fim de invadir o local. Meu
irmão que é advogado do Donato foi cooptado em desses
rituais há cerca de três anos e hoje é braço direito do
cidadão. Ele foi com a mulher e lá se separaram, e a sua ex
mulher, Adriana Mota Facunde Lima, (advogada), é
casada com o Donato Brandão.
http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2016/04/saiba-
como-funciona-seita-criada-por-donato-brandao-costa-
no-maranhao.html
tudo o que está nesse link ainda rola por lá. Os pais da
Adriana foram visitá-los e tiveram que passar pelo ritual
de iniciação para conseguir visitar o neto Miguel Henrique
Facunde Lima. Ficariam cerca de 10 dias e tiveram que
comprar passagem 3 vezes pois o pessoal não quis abrir o
local para eles irem embora (tentativa de cárcere privado)
só os deixaram ir porque antes de chegarem ao local eles
avisaram par familiares e para a polícia que se eles
demorassem muito era pra ir ao local e ameaçaram de
delatá-los.
Bom, meu irmão e a maioria que está por lá são maiores e
sabem o que fazem e foram fracos de mente para entrarem
nessa. O problema é que tem duas crianças meu sobrinho
que fará quatro anos e meio e uma outra que não conheço
que tem oito anos. Eles são submetidos a diversos rituais,
inclusive de jejum, que beiram a subnutrição e não podem
ir a escola (sublinhado e acrescido neste email)
Quando eles ainda estavam em São Luís, início de 2015,
eu e meu tio, Cláudio Hernandes Silva Lima (juiz de
direito do Pará), conseguimos tirá-lo de dentro através de
um encontro marcado com ele e minha tia, única pessoa
com quem ele falava quando saiu de casa, mas ele acabou
voltando porque a mulher dele disse que voltaria com o
filho deles. Chegamos a conversar com o delegado geral
de polícia do Maranhão e o secretário de segurança à
época (Aluísio Mendes hoje deputado federal), mas o
Donato acabou indo embora com autorização do juízo
da execução da pena dele, em janeiro de 2013 para o
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RJ. Não sabíamos o paradeiro exato deles até a prisão dele
esta semana.
Espero ter ajudado e estou à disposição.
Atenciosamente,
Giôtto Hernandes Neves Lima
Técnico Ministerial – Execução de Mandados
Promotoria de Matinha
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público
ou particular, de que tem a posse em razão do cargo,
ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
7 – DA COMPETÊNCIA FEDERAL
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C) O requerimento por este procurador de decretação IMEDIATA da prisão
preventiva dos denunciados;
D) A quebra de sigilo dos emails de Giotto Hernandes Neves Lima e da
delegada Juliana Menescal Ziehe;
E) A busca e apreensão na 105ª DEPOL Rio de Janeiro, bem como na
residência dos três delegados, Alexandre Ziehe, Juliana Ziehe e Cláudio Batista, para averiguar
a utilização dos bens apreendidos que não constam em laudo de apreensão referente ao processo
nº 0014964-08.2016.8.19.0042.
F) A proteção a favor das vítimas e testemunhas dada a gravidade de como os
fatos vem ocorrendo por quase duas décadas;
G) Requer, ainda, devido ao histórico de perseguições contra a Irmandade,
que as investigações do referido caso se dêem sob sigilo para evitar que as vítimas sofram mais
represálias do que já sofreram e estão sofrendo.
Nestes termos pede e espera deferimento, além de requerer as providências
cabíveis em caráter de URGÊNCIA dada a gravidade dos fatos narrados.
LISTA DE ANEXOS
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