E-Book Me - Todo Montessori
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E-Book Me - Todo Montessori
pode trazer
para a sua
família?
E-book 01
APRESENTAÇÃO
Maria Montessori foi uma médica italiana que, a partir de seu trabalho com
crianças especiais, decidiu seguir carreira na área da educação formando-se
também em Pedagogia. Desenvolveu o Método Montessori que é aplicado
atualmente em mais de 4000 escolas norte-americanas baseado na livre
escolha da atividade por parte da criança, o que resulta no pleno
desenvolvimento da autonomia e da concentração. Para tanto, é necessário
que as crianças possuam, ao seu redor, ambiente preparado e adultos
conscientes.
Os Períodos Sensíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
O “flow” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Aqui estão os valores e as atitudes que uma criança pode obter de uma
educação Montessori:
• Liberdade
• Ser justo
• Ser racional
• Criatividade
• Independência
• Autodisciplina
• Capacidade de percepção
• Responsabilidade
• Segurança em si mesmo
• Automotivação
Quer que seus filhos cresçam com estes valores? Então Montessori é uma
excelente opção para você!
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Compreender e respeitar as
NECESSIDADES
das crianças
1. ATIVIDADES E MOVIMENTOS:
A primeira noção que a criança deve adquirir para alcançar uma disciplina ativa
é a de bom e de mau. O trabalho do educador é impedir que a criança associe
ser bom com imobilidade e ser mau com atividade.
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“Por que não?” ou “Por que ele não pode fazer isso?” Se a resposta estiver
relacionada a “porque molha, suja, lambuza, meleca, bagunça, desarruma,
desorganiza...” Talvez seja o caso de repensar o “não”. Apenas use o “não” para
emergências, ou seja, situações de risco físico ou de social.
Quais são as suas prioridades: o desenvolvimento pleno de sua criança ou ela
estar limpa e a sua casa estar organizada?
2. OS 4 PLANOS DE DESENVOLVIMENTO
3 9 15 21
Primeira Segunda
Infância Infância Adolescência Juventude
0 6 12 18 24
06
MENTE ABSORVENTE
Primeira Infância (0 a 6 anos):
Sendo assim, é interessante oportunizar que a criança faça as coisas por ela
mesma: comer, tomar banho, secar-se, escovar os dentes, vestir-se etc.
Para tanto é necessário estar preparado para esperar o tempo da criança que é
mais lento que o do adulto, aceitar resultados diferentes daqueles que o adulto
teria e nunca interromper a ação da criança ou fazer do seu jeito depois que ela
terminar. Atitudes assim passam para a criança a mensagem de que ela não é
capaz de fazer nada por ela mesma – justamente o contrário da sua busca neste
plano.
MENTE RACIONAL
Segunda Infância (6 a 12 anos):
Não existem limites para o que uma criança pode conseguir nesta etapa se
lhe for dada possibilidade, mas, lamentavelmente, na maioria dos casos de
educação tradicional, se subestimam suas possibilidades nesta idade.
07
MENTE HUMANÍSTICA
Adolescência (12 a 18 anos):
MENTE ESPECIALISTA
Juventude (18 a 21/24 anos):
Seja apoio para as escolhas profissionais que o jovem fizer. Que ele consiga
tomar decisões em conexão com seu “eu interior” buscando aquilo que tem por
missão de vida.
08
As crises do
desenvolvimento do nascimento
ATÉ OS 3 ANOS
Crise do nascimento
Ao terminar este período o bebê está pronto para começar a interagir com o
mundo para além da mãe.
Por volta dos 6 meses o bebê está pronto para começar a complementar a
amamentação com outros alimentos. Isso porque já se tem o estômago
preparado para a digestão e a iniciação da dentição.
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Nesta crise se põe a prova a capacidade da criança para mastigar e digerir
novos alimentos, e para aprender a alimentar-se sozinho.
Crise do afastamento
Por volta dos 9 meses o bebê começa a ter a capacidade de afastar-se da mãe e
depois voltar, primeiro engatinhando e, mais adiante, andando. Com esta crise
se põem à prova as capacidades motoras que o bebê vem desenvolvendo desde
o nascimento – especialmente se não colocamos impedimentos para tal
desenvolvimento.
Crise de autoafirmação
Começa por volta dos 18 meses, quando a criança começa a utilizar a palavra
“não” e termina quando a criança começa a utilizar a palavra “Eu”. Este período
é conhecido pela denominação de “a crise dos 2 anos” ou “terrible two” da
expressão em inglês.
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certos momentos se comporta como bebê e, em outros, como criança maior. Se
os pais não sabem dessa crise e dessa transição, podem ficar confusos e pensar
que a criança está fazendo “manha”.
Quando a criança diz “não” ela está tentando reafirmar sua opinião, deixar claro
que não precisa que o adulto tome todas as decisões por ela – embora no senso
comum é um absurdo acreditar que uma criança de 2 anos possa decidir sobre
qualquer coisa – mas ela é, sim, capaz de decidir sobre certas coisas. Um
exemplo é a roupa. Neste período é muito benéfico dar à criança a possibilidade
de escolher entre duas camisetas qual quer vestir ao invés de decidirmos por ela.
Para nós não é um grande esforço e para a criança é uma grande diferença pois
se sente levada em consideração, escutada, capaz e satisfeita.
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Os Períodos
SENSÍVEIS
Exemplo: O período sensível para a linguagem vai dos 0 aos 6 anos; a partir
desta idade podemos aprender um idioma mas com muito mais trabalho que a
um criança de 0 a 6 anos.
No quadro que segue, são indicados alguns dos períodos sensíveis mais
representativos, mas não se esqueça que é apenas didático já que os períodos
sensíveis podem variar muito de um criança para outra. A melhor maneira de
saber se a tua criança está em um período sensível é observá-la e identificar
seus interesses em cada momento.
Movimento
Linguagem
Objetos Pequenos
Ordem
Música
Gratidão e Cortesia
Impressões Sensoriais
Interesse pela Escrita
Interesse pela Leitura
Relações Espaciais
Matemática
*
Dados extraídos do livro
“How to raise an amazing child the Montessori wae” de Tim Sodin
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As necessidades e
TENDÊNCIAS HUMANAS
EXPLORAÇÃO
MANIPULAÇÃO
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ORIENTAÇÃO
ORDEM
OBSERVAÇÃO
ABSTRAÇÃO / IMAGINAÇÃO
13
14
Esta tendência começa a se manifestar especialmente a partir dos 6 anos, no
segundo plano do desenvolvimento.
CONCENTRAÇÃO
TRABALHO
REPETIÇÃO
PRECISÃO
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fogo, fabricar ferramentas, tocar um instrumento, escrever…
COMUNICAÇÃO
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A importância de
NÃO INTERROMPER
Algo que nós todos deveríamos ponderar, antes de interromper a uma criança, é
“Realmente necessito interrompê-la?”, se a resposta for ‘não’, o melhor é deixar
que a criança aproveite e reforce sua capacidade de concentração.
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O
“FLOW”
A criança era atraída por um objeto, fixava sobre o mesmo toda sua
atenção, e se colocava a trabalhar sem descanso, com uma
concentração surpreendente. E depois de trabalhar parecia satisfeita, feliz
e descansada. (M. Montessori; A Criança, a Segredo da Infância)
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Que características deve ter uma atividade para se converter em uma
experiência “flow”?
PRÊMIOS E CASTIGOS:
Não, obrigado!
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E se não utilizamos castigos, as crianças “ficam de boa” quando fazem algo
indesejado?
O castigo é algo imposto de maneira externa e, nem sempre tem relação direta
com o ato, enquanto que a consequência é algo que vem associado de maneira
natural ao ato em questão.
Exemplo:
A criança se nega a recolher suas canetinhas depois de desenhar.
• “Vá para o quarto e ficará sem as canetinhas por 2 dias.” (Castigo que
Exemplo:
A criança fica demorando para colocar o pijama, escovar os dentes etc.
• “Se colocar logo o pijama eu deixo você brincar um pouquinho antes de
dormir” (a criança perceberia isso como uma recompensa que nós lhe
damos)
• “Se colocar logo o pijama terá tempo de brincar um pouquinho antes
de dormir” (neste caso ela perceberá como uma consequência lógica de
seus atos).
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O
PERIGO DE ELOGIAR
demais
O pior do elogio é que ele cria vício, tanto no adulto como na criança. Como pais,
nos sentimos bem quando elogiamos a nossos filhos porque expressamos o
orgulho que sentimos deles, e eles, por sua vez, se sentem bem porque recebem
nossa aprovação. Mas, elogio após elogio, conseguimos que o principal objetivo
da criança não seja realizar um trabalho por sua própria satisfação, mas pela
agradável sensação de receber um elogio depois. Quase um animal que cumpre
o comando para comer o petisco em seguida. Ao final o elogio se torna tão
importante que o trabalho e o esforço realizado passam a um segundo plano…
Mas então… Como reagir quando uma criança nos mostra um trabalho bem
feito?
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10 alternativas ao elogio:
1. “Mmmm!”:
Quando não sabemos o que dizer é melhor isto que um elogio.
Mostramos interesse pelo que a criança está nos mostrando e esperamos
para ver se nos conta mais.
2. “Veja! O que você fez? Conta prá mim!”:
A criança vê que nos interessamos e certamente nos dará mais detalhes.
3. “Você se esforçou muito para fazer isso, né? Está orgulhoso?”:
Ao invés de focarmos no resultado, focamos no esforço e fomentamos a
motivação interna da criança.
4. “Vejo que você está feliz! Está contente de ter conseguido fazer isto?”:
Novamente nos centramos em sua sensação de conquista e em sua
automotivação.
5. “Vejo que você fez…”:
Simplesmente descrevemos o que fez. Estamos reconhecendo seu
trabalho mas de uma maneira neutra.
6. “Conseguiu!”:
Quando percebemos uma grande esforço da criança para conseguir algo.
É uma boa ocasião para reagir mais efusivamente.
7. “Olha! Antes você não conseguia fazer isso e agora consegue!”:
Focando no fato de a criança estar crescendo e aprendendo.
8. “Obrigado! Gostei que você fez isso para mim!”:
Quando a criança fez algo para nos dar.
9. “Isso você nunca havia feito! Como você aprendeu?”:
Neste caso damos valor ao processo de aprendizagem.
10. “Gostei do que você fez. Poderia me ensinar a fazer isso?”:
Com esta reação estamos enviando à criança a mensagem de que
gostamos tanto de seu trabalho que gostaríamos de aprender e que ela
tem a capacidade de nos ensinar.
Mudar os habituais elogios por este tipo de frases requer prática. Os resultados
compensam o esforço!
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A
MESA DA PAZ
•Conflitos internos:
Uma criança (ou adulto) se sente frustrado, nervoso, triste, mas não,
necessariamente, provocado por outra pessoa. Neste caso a criança pode
utilizar a mesa da paz para tirar o tempo necessário para identificar como se
sente e tranquilizar-se.
• Conflitos externos:
Duas crianças (ou dois adultos, ou criança-adulto) têm um conflito. Neste
caso ambos vão a mesa da paz para resolver o conflito (no caso de crianças
muito pequenas pode ser necessária a intervenção de outra pessoa, mas o
ideal é que os envolvidos no conflito se resolvam sozinhos).
•Para um conflito entre pares (irmãos, primos, amigos ou até mesmo criança
e adulto ou entre adultos):
Todos os envolvidos tem que falar, cada um à sua vez, para expor como se
sentiu pelo que o outro fez. O objeto ajuda a estabelecer a vez de quem fala,
só pode falar quem estiver com ele nas mãos.
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Uma ampulheta
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MundoemCores
Isa Minatel:
Inquieta e apaixonada por educação. Escritora,
psicopedagoga com especialização em Educação e
Administração. Cursando especialização em Neuroedução.
Master em Programação Neurolinguística. Experiêcia em
treinamentos de pessoas em grandes empresas do Brasil.
Mãe do Petrus.
Bibliografia
• www.cursosmontessoriencasa.es/lesson/gracias/
• A Criança – Montessori