Indeniz 05
Indeniz 05
Indeniz 05
exercício na Promotoria de Defesa dos Direitos e Garantias Constitucionais, com endereço na Avenida
Iguaçu, nº 470, nesta Capital, com fulcro no artigo 129 da Constituição Federal, nos artigos 159, 962, 1537 e
seu inciso I, 1538, 1539 e 1544, do Código Civil, nos artigos 64 e 68, do Código de Processo Penal, artigo
282 e seguintes, do Código de Processo Civil e demais disposições pertinentes adiante aludidas, vem
propor
amasiada, do lar e CLAUDECI DIAS DA SILVA, brasileiro, amasiado, vendedor, portador do RG. nº
5.624.471-9, residentes e domiciliados na rua Engenheiro Lourival Maciel, nº 25, Jardim Califórnia,
contra
VILSON JOSÉ DE CASTRO GAMBORGI, brasileiro, casado, médico inscrito
no CRM/PR sob o nº 1.060, RG nº 234.005-4, residente e domiciliado na rua Fernando Simas, n° 1.243,
Champagnat, Curitiba-Paraná,
no país desde 13/01/92, com endereço profissional no Hospital e Maternidade Santa Felicidade,
de direito privado, CGC 76.525.674/0001-71, com sede nesta Capital, na rua Sebastião Braganholo, nº 99,
direito privado, CGC 76490861/0001-67, com sede nesta Capital, na Av. Coronel Francisco H. Santos, nº
Reza o Código de Processo Penal que "a ação para ressarcimento do dano
poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for o caso, contra o responsável civil" (art.
64), aduzindo a mesma carta, mais adiante, que se "o titular do direito à reparação do dano for pobre... a
ação cível será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público" (art. 68).
No caso vertente, o parquet atua amparado por solicitação das partes (v.
documento sob n°1), colimando alcançar a reparação do dano sofrido em decorrência de ato ilícito,
de acordo com suas declarações (v. documento sob nº 1), pelo que se requer, desde logo, os benefícios de
Justiça Gratuita.
II - Da Materialidade, Autoria e Responsabilidade pelo Fato Danoso.
complicações pós-cesariana com quadro de perda sangüínea abundante, choque e crises convulsivas que
implicou em déficit de motricidade, caracterizado por impossibilidade total de manter-se na posição ereta ou
manter-se sentada sem apoio, além de outras seqüelas. Além disso, houve óbito da criança, conforme os
Saúde Campina do Siqueira, onde realizou um pré-natal regular, comparecendo em todas as consultas
quantidade de água durante todo o dia. Aproximadamente às 21:00 horas, foi internada no Hospital e
atendimento algum, tendo ficado sozinha até o momento em que foi levada à sala de parto, isto por volta
das 06:00 horas do dia 11/04/93. Às 08:40 horas os familiares foram informados da ocorrência do óbito fetal
que examinasse a paciente para avaliar o seu quadro clínico no momento da internação e a demora para a
realização do parto.
prestados no 12º Distrito Policial desta Capital, encontrando-se uma reveladora contradição em relação à
morte da criança. Primeiro, o Dr. Marco Aurélio Lopes Gamborgi, ao responder sobre as lesões que se
apresentavam na cabeça do menor, disse: "que na hora da retirado do feto dentro do útero, por estar em
uma posição muito baixa foi usado uma colher de "forcepe" para a retirada do feto, que já estava em óbito "
(doc. 3). Já o depoimento do médico Carlos Alberto Martins deixa claro que só ficou constatado o óbito após
a retirada do feto, inclusive com tentativas inúteis de inversão do estado letal (v. documento nº 3).
Como se vê, a criança, antes de ser retirada do útero materno, teve apenas
uma diminuição da freqüência cardíaca, momento no qual deveria ser providenciado um pediatra para
atender situação tão delicada como esta. Infelizmente o resultado de tal conduta omissiva foi o óbito da
criança, cujo atestado fornecido pelo Dr. Vilson J. de C. Gamborgi o deu como natimorto (v. documento nº
4 ).
útero da mãe, ou seja, através de uma cesariana com uso de fórceps, ocasionando, assim, lesões na
correspondendo à expectativa do pré-natal acompanhado pela Dra. Eliane de Sá Lorusso, médica gineco-
obstetra, que afirma que o estado do feto era ótimo, demonstrado pela ecografia e pelo perfil biofísico fetal
para a U.T.I, no Hospital e Maternidade São Carlos. Houve grande dificuldade para se conseguir vaga em
uma U.T.I, bem como a inexistência de uma ambulância para o transporte, problemas estes que
horas, com quadro de convulsão e em estado de coma, sendo a paciente no ato do internamento medicada,
atendida pelo Dr. Walter Guilherme Taborda, médico neurologista, que a examinou constatando uma
infecção vaginal grave, purulenta, que provavelmente resultou da episiotomia (abertura da vagina para a
criança passar com mais facilidade). Para este médico, a "existência de infecção bacteriana vaginal poderia
deslocar êmbulo (partículas inflamatórias que se deslocam para o cérebro)" dando causa às lesões (v.
comissiva (internamento sem examinar a paciente) e omissiva do requerido, abandonando a vítima por uma
noite inteira, vindo a atendê-la somente quando ela já apresentava complicações maiores, atitudes estas
que foram, sem dúvida, a causa primeira dos trágicos acontecimentos. Logo, laborou em falta grave o
profissional em causa, na medida em que deixou de proceder às imediatas e urgentes ações que o caso
exigia.
São vários fatores reunidos que contribuíram para os fatos tomarem rumo
tão lastimoso, os quais se somam as péssimas condições do Hospital e Maternidade Santa Felicidade,
apuradas pela Divisão de Vigilância Sanitária desta Capital, tais como: ausência de Comissão de Controle
de Infecção Hospitalar; ausência de profissional enfermeiro, ausência de responsável técnico pelas ações
de enfermagem, ausência de rotinas escritas e normas técnicas complementares para a prevenção das
infecções; cruzamento de fluxo nos setores de Centro Cirúrgico e Central de Material; lavagem do material
contaminado feita no Centro Cirúrgico em uma pia, na frente da outra pia onde é feita a antissepsia das
Vigilância Sanitária, outros problemas foram constados pela Comissão de Sindicância (v. documento nº 2),
composta na maioria de seus membros por profissionais de saúde, para apurar os fatos relacionados com o
espontâneos;
2 - Esse médico, apesar de sua situação irregular, em relação ao exercício
da medicina (v. documento nº 08), foi a pessoa que atendeu efetivamente a paciente Maria Aparecida de
de cirurgia, abandonando a assistência direta a uma paciente com um quadro tão instável, para tentar a
PR), em relação à falta de sangue no Hospital e Maternidade Santa Felicidade, para uso nestas situações
de emergência;
apresentava temperatura corporal de 38,2 graus centígrados às 14:00 horas, ou seja, poucas horas antes da
alta hospitalar, tendo sido medicada com 2 mililitros de novalgina intravenenosa neste horário;
houve avaliação neurológica e nem prescrição de remédios anticonvulsivantes para tomar em casa, apesar
de a paciente apresentara distúrbios neurológicos e esteve sob uso constante de drogas anticonvulsivantes
por via endovenosa até às 10:00 hs. do dia da saída do nosocômio.
nobreza dos bens jurídicos ofendidos, dúvidas não há de que ingressaram Vilson José de Castro Gamborgi
e Jairo Rafael Uribe Molina na esfera da punibilidade penal, transgredindo os artigos 121, § 3º e 129, § 6º
da carta punitiva.
o único médico que lá se encontrava era o Dr. Jairo Rafael Uribe Molina, profissional não inscrito no
CRM/PR, não podendo, portanto, exercer a profissão (v. documento nº 8), sendo a responsabilidade pela
paciente do Dr. Vilson Gamborgi, que aliás, assina a documentação médica (documento nº 02).
Pois bem.
apurado sobre a verdadeira situação em que se encontrava a paciente. Ao revés, ela foi abandonada
criminosamente num leito sem assistência de um profissional que o caso exigia, omissão que espelha, no
1.246/88), disciplina que: "é vedado ao médico abandonar paciente aos seus cuidados". Trata-se de antigo e
persistente princípio, cuja importância é de fácil entendimento e que pode ser, numa certa medida, aplicado
às casas hospitalares.
de que "a responsabilidade moral do médico poderá ser da mais alta gravidade e mesmo acarretar a própria
responsabilidade criminal, considerando-se os possíveis resultados de sua conduta omissiva... (É) apenas
um dos aspectos da responsabilidade moral do médico, que decorre dos seus inatos deveres para com os
clientes, os colegas, as instituições, para com a medicina mesma, e, em última análise, para com o ser
humano e para com a coletividade" (Dória, Álvaro - Responsabilidade Profissional. In: Ética Médica, RJ,
Cremeg, 1974, p. 262/263).
Por isso é que a inação dos médicos, vista pela ótica do prof. Hermes
Rodrigues de Alcântara, importa na suas responsabilidade civil e penal. Para esse autor, "em qualquer fase
de uma atuação médica, diagnóstico, prognóstico e tratamento, pode haver erros que se caracterizam como
culpa. O abandono do doente à sua própria sorte ou em mãos inexperientes, a omissão de socorro, a
violação do dever de diligência e a impontualidade do médico, podem caracterizar uma negligência (penal)
ou uma culpa in faciendo ou in eligendo (civil)" - (Deontologia e Diceologia, SP, Andrei Editora, 1979, p.136).
Destarte, num primeiro plano, temos configurado da parte do esculápio
demandado uma evidente lesão a preceito ético-profissional, cuja apuração está sendo atualmente
responsabilidade médica:
servir, ou ferimento".
Essa reparação, como se sabe, tem tido o seu cabimento depurado ao longo
nos clássicos, como de caráter elementar e permanente, das quais o profissional não pode se afastar.
"O direito exige que esses profissionais exerçam a sua arte, segundo os
pela inação, pela indolência, pela inércia, pela passividade. É a falta de observância aos deveres que as
circunstâncias exigem. É um ato omissivo" (Direito Médico, Fundo Editorial Byk-Procienx, 1975, p. 88).
clínico e seu paciente (e que se estende aos serviços hospitalares) sempre tem em mira o uso de todos os
nível mínimo de empenho profissional, obediente aos princípios previstos no Código de Ética e da legislação
Panasco:
resultado, existe uma outra obrigação tácita que diz respeito a uma 'cláusula
relacionar com a doença e a cuidar que não se realize nenhum prejuízo fora
de seus prepostos ( médicos, enfermeiros, empregados em geral, etc.), assim como por sorte de ocorrências
sucedidas em seu interior (v. a respeito os artigos 37, § 6º, da Constituição Federal, 1.521, inciso III, do
primeiro pela falta de profissional disponível para o atendimento adequado e no segundo pela alta precoce
dada à paciente.
dos nosocômios, pela falta de seus prepostos, e culpa in vigilando, pela carência de acompanhamento
apropriado à paciente, quando do seu primeiro internamento, não apresentando outro médico que estivesse
disponível para atendê-la, e deixando de utilizar todos os meios disponíveis de diagnósticos e tratamento a
Maternidade Santa Felicidade (que inicialmente atendera a vítima, e esta por falta de atendimento
apropriado veio a ter complicações e óbito de seu filho) e a do Hospital e Maternidade São Carlos (onde ela
na seqüência do tratamento recebeu alta hospitalar prematura, contribuindo para o seu estado de
para as providências éticas cabíveis. Após análise e parecer conclusivo daquele Conselho, com Aprovação
morte.
viagem. Ficou claro, também, que o plantão nos fins de semana, no Hospital
parto, teve uma curta duração, sendo pouco provável que levasse ao óbito
fetal, sendo que o Dr. Wilson confirmou que após esta primeira crise
convulsiva.
hemorragia.
ser rotina de observação pós alta da UTI em enfermaria comum, não sendo
feito no Hospital São Carlos, por falta de vaga. Segundo relato da família ao
Felicidade, a Drª Jussara relata que conversou com o Dr. Wilson e que ele
havia dito que não adiantava levá-la ao Hospital porque no dia seguinte ela
teria alta.
Segundo, ainda, depoimento da assistente social da Unidade de
carregada pelos mesmos, não tendo coordenação dos seus membros e nem
Hospital São Carlos, em relação a:) ser prematura; b) não ter sido conforme
a rotina, indicando transferência para leito comum; c) não ter sido prescrito
tempo dos fatos não exercia qualquer atividade lucrativa, em função da própria gravidez, sofreu grave lesão
corporal, de acordo com os exames médicos já aludidos e perícia oficial (v. documento nº 10).
inafastável a debilidade permanente, tetraplegia, que a torna totalmente dependente, inclusive naquelas
necessidades de natureza física do homem (v. laudo do IML - documento nº 10). Precisa ela de total
acompanhamento e cuidado de uma outra pessoa até o final de sua vida, além de consultas médicas
1.538, "caput", do Código Civil, onde está estabelecido que o réu deverá custear todas as despesas de
tratamento médico necessário visando a recuperação das lesões, aí compreendidas os lucros cessantes, as
de enfermeiros, etc.
padeceu de inegável dano patrimonial, isto é, viu concretamente a total redução da sua capacidade
laborativa futura.
eminentemente patrimonial, a ser indenizado na forma recomendada pelo art. 1.539 do Código Civil.
Configura-se aqui, também, o dano patrimonial suportado pelos pais da
criança, decorrente do seu óbito, em relação às despesas de funeral e pensão por morte do filho menor.
Esta reparação de cunho patrimonial existe em virtude da triste realidade do país, onde os filhos desde
cedo já ajudam na formação da renda familiar. Portanto , no caso "sub examine", é evidente a difícil situação
financeira dos requerentes que objetivamente dependeriam da contribuição de seu filho na economia
doméstica.
suportados.
física em que se encontra, impedida de ser esposa, impedida de ser mãe e a própria frustração decorrente
O outro dano moral ocorreu pela morte da criança, pois o seu falecimento,
em condições assaz traumáticas e repentinas, causou - e causará indefinidamente - indivisível dor aos seus,
cuja indenização se impõe, independentemente dos danos patrimoniais oriundos do mesmo fato.
demandantes.
econômico à altura.
que tal interesse é indenizável, ainda que o bem moral não se exprima em
que "se tem entendido, hoje, que a indenização por dano moral representa uma compensação, ainda que
pequena, pela tristeza infligida injustamente a outrem" (in Responsabilidade Civil, 2º ed., ed. Saraiva, SP,
1984, p. 168).
"todo e qualquer dano causado a alguém, ou ao seu patrimônio, deve ser indenizado, de tal obrigação não
se excluindo o mais importante deles, que é o dano moral, que deve autonomamente ser levado em conta.
O dinheiro possui valor permutativo, podendo-se, de alguma forma, lenir a dor com a perda de um ente
querido pela indenização, que representa também punição e desestímulo do ato ilícito. Impõe-se a
indenização do dano moral para que não seja letra morta o princípio neminem laedere" (RT 497/302).
compensação em tela:
Do dano material.
1) DANOS EMERGENTES:
mês;
c) exames periódicos, considerando uma consulta mensal - valor estimado em R$ 50,00 (cinqüenta reais);
d) deslocamentos necessários (duas vezes por semana para realização de fisioterapia) - valor mensal para
cobrir dezesseis viagens (ida e volta do tratamento) estimado em R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais).
2) LUCROS CESSANTES:
Do dano moral.
Perda do convívio familiar (desfazimento da convivência marital, maternal, etc.) e choque decorrente da
alteração da vida - avaliado por arbitramento, na forma do art. 1553 do Código Civil, ficando, desde já
requerida a importância de quatrocentos salários mínimos, cuja soma é estimada em razão das reais
B) - Em relação à criança.
Do dano material
b) o valor da pensão por morte do filho correspondente a uma contribuição média de 2/3 do salário mínimo
Do dano moral
- o sofrimento dos pais pela perda de seu filho - avaliado por arbitramento, na forma do art. 1553 do Código
Civil, ficando, desde já requerida a importância de quatrocentos salários mínimos, cuja soma, também,
decorre das reais necessidades dos familiares da vítima e das possibilidades dos demandados de pagá-la.
Oliveira Dias, correspondente a dois salários mínimos por mês, desde a data do evento, em virtude da
1539 do Código Civil, incluindo-se o 13° salário (RT 621/172, 583/154, 574/150 e 558/190);
benefício da vítima Maria Aparecida de Oliveira Dias, referente às despesas de tratamento e recuperação,
medicamentos, consultas médicas, exames laboratoriais, despesas de locomoção, próteses, lente e/ou
a 2/3 do salário mínimo, até a idade que a vítima viesse a completar 25 anos;
Aparecida de Oliveira Dias, a serem fixados por arbitramento em conformidade com o art. 1.553 do Código
Civil, mas para cuja cobertura se postula a quantia de quatrocentos salários mínimos;
serem pagos aos requerentes e fixados por arbitramento em conformidade com o art. 1.553 do Código Civil,
mas para cuja cobertura se postula a quantia de quatrocentos salários mínimos;
Posta a ação, pleiteia-se, por fim, a citação dos Médicos Vilson José de
Castro Gamborgi e Jairo Rafael Uribe Molina e dos Hospitais Santa Felicidade e São Carlos, nas pessoas
de seus diretores, para, querendo, acompanharem e contestarem os termos da presente, sob pena de
revelia, devendo o presente pedido ser julgado procedente com a condenação dos réus nas verbas antes
especificadas.
sem exceção, notadamente o depoimento pessoal dos médicos Vilson J. de Castro Gamborgi e Jairo R. U.
Molina e dos representantes legais das casas hospitalares, audiência de testemunhas (adiante elencadas),
Lei nº 1.060/50, dá-se à causa, tão só para efeitos fiscais, o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais).
P. deferimento.
Promotor de justiça
Wanderley do Carmo
Assessor Jurídico
Testemunhas:
ELIZETE MARIA RIBEIRO PINTO, brasileira, casada, assistente social, R.G. nº 2.073.125-7/PR, residente e
VERA LÚCIA DE OLIVEIRA, brasileira, casada, do lar, R.G. nº 3.658.224-3, residente na rua Engº Lourival
ELIANE DE SÁ LORUSSO, brasileira, casada, médica, R.G. nº 970.554-6, residente e domiciliada na rua
JOSEFINA CASSANELLI, brasileira, solteira, parteira, R.G. nº 1.613.156, residente na rua João Batista
JOÃO FLORENÇA DIAS, brasileiro, casado, residente e domiciliado na rua Engº Lourival Maciel, nº 25,
Jardim Califórnia-Mossunguê-Capital.