Sebenta CS PDF
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Fevereiro 2007
Índice
Índice i
Lista de Abreviações ix
1 Introdução 1
3 Efeitos da realimentação 29
Lista de Sı́mbolos
Alguns sı́mbolos poderão ter pontualmente um significado diferente.
ª Coeficiente de amortecimento
!n Frequência natural
!d Frequência natural amortecida
æ Magnitude da parte real de pólo no plano S
sd Localização dos pólos desejados no plano complexo
!ctr Frequência central do compensador avanço/atraso
¡ctr Fase na frequência central do compensador avanço/atraso
!cg Frequência de cruzamento de ganho
!cf Frequência de cruzamento de fase
T0 Perı́odo de amostragem
F0 Frequência de amostragem
fb Largura de banda em Hz
!b Largura de banda em rad/s
HGp (z) Transformada Z de Gp (s) com ZOH na entrada
Gc (z) Função de transferência em Z do controlador
R(z) Transformada Z da referência do anel de controlo
Y (z) Transformada Z da saı́da
U (z) Transformada Z da entrada
E(z) Transformada Z do erro à entrada do controlador
Lista de Abreviações ix
Lista de Abreviações
FT Função de Transferência
P Proporcional
PI Proporcional, Integral
PD Proporcional, Derivativo
PID Proporcional, Integral, Derivativo
LGR Lugar Geométrico das Raı́zes
MG Margem de Ganho
MF Margem de Fase
SPE Semi Plano Esquerdo
SPD Semi Plano Direito
A/D Analógico/Digital
D/A Digital/Analógico
ZOH Zero Order Hold
FOH First Order Hold
x
1
1 Introdução
Este documento é a Sebenta da disciplina “Controlo de Sistemas”, do 3o ano da Licenciatura
em Engenharia Mecânica, e dos curricula de transição dos 4o e 5o anos do ramo de Automação
e Robótica, Instituto Superior Técnico. Esta sebenta contempla toda a matéria leccionada
na disciplina. O desenvolvimento dos assuntos é acompanhado de forma gradual por uma
quantidade significativa de problemas resolvidos, facilitando assim a apreensão dos conceitos.
Objectivos gerais:
Introdução aos conceitos básicos de análise e projecto de sistemas de controlo automático. O
aluno deverá ficar apto a utilizar um conjunto de ferramentas de análise qualitativa e quan-
titativa para projecto de controladores de sistemas SISO de dinâmica linear, ou linearizável,
representados via função de transferência. O estudo desenvolve-se inicialmente tendo como
base o tempo contı́nuo (controladores analógicos), e terminando no projecto de controladores
digitais (tempo discreto). O formalismo sistémico adoptado no desenvolvimento das matérias
permite que estas sejam aplicadas de forma transparente em qualquer domı́nio da engenharia.
Referências:
Os gráficos com exemplos de simulações foram obtidos através do software Matlabr . Alguns
dos exemplos e ilustrações foram retirados de sites na Internet devidamente referenciados, bem
como do seguinte conjunto de obras bibliográficas (ordem alfabética do 1o autor):
1. P.M. Anacleto, E.C. Fernandes, M.V. Heitor, and S.I. Shtork. “Swirl flow structure and flame cha-
racteristics in a model lean premixed combustor”, Combustion Science and Technology, 175:1369–1388,
2003.
2. G.W. Celniker and J.K. Hedrick. “Rail vehicle active suspensions for lateral ride and stability improve-
ment”, Journal of Dynamic Systems, Measurement, and Control, 104:100–106, 1982.
3. David J. DeFatta, Joseph G. Lucas, William S. Hodgkiss. “Digital Signal Processing: a system design
approach”, John Wiley & Sons, 1988.
4. Gene F. Franklin, J. David Powell, Abbas Emamo-Naeini. “Feedback Control of Dynamic Systems (3rd
Edition)”, Addison-Wesley, 1994.
5. Gene F. Franklin, J. David Powell, Michael L. Workman. “Digital control of dynamic systems (2nd
Edition)”, Addison-Wesley, 1990.
6. Rolf Isermann. “Digital Control Systems. Volume 1: Fundamentals, Deterministic Control (2nd, revised
edition)”, Springer-Verlag, 1989.
7. Benjamin C. Kuo. “Digital Control Systems”, Holt-Saunders International Editions, 1980
8. P. Lueg. “Process of silencing sound oscillations”, US Patent 2043416, June 9, 1936.
9. Paul W. Murrill. “Fundamentals of Process Control Theory”, Instrumentation Society of America, 1981.
10. Katsuhiko Ogata. “Discrete-time control systems”, Prentice-Hall, Inc., 1987.
11. Katsuhiko Ogata. “Engenharia de Controle Moderno”, Prentice-Hall, Brasil, 1970.
12. Katsuhiko Ogata. “Modern Control Engineering (3rd Edition)”, Prentice-Hall, Inc., 1997.
13. Maria Isabel Ribeiro. “Análise de Sistemas Lineares”, IST Press, 2002.
14. Dale E. Seborg, Thomas F. Edgar and Duncan A. Mellichamp. “Process Dynamics and Control”, John
Wiley & Sons, 1989.
15. A. Frank D’Souza. “Design of Control Systems”, Prentice-Hall International, 1988.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
2
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
3
Controlo: procedimento que permite que uma determinada variável de um sistema atinja um
valor especı́fico desejável, denominado por valor de referência.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
4
• O estudo teórico deste mecanismo desenvolvido por James Watt espoletou o desenvolvi-
mento da teoria de controlo.
E.J. Routh, 1877: conseguiu estabelecer o critério para análise da estabilidade de poli-
nómios de qualquer ordem inteira, ainda hoje denominado por critério de Routh-
Hurwitz (E.J. Routh foi vencedor do Adams Prize). No entanto, a sua aplicação
para polinómios de ordem elevada era difı́cil.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
5
1. A preocupação dos Gregos e Árabes em terem uma medida precisa do tempo (entre 300
A.C. e 1200 D.C.).
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
6
Perturbações
? ? ? ? ?
- -
Sistema
Variáveis - ou - Variáveis
manipuladas - - controladas
Processo
Regulação: estabilizar o sistema (ex: manter a temperatura numa sala, velocidade constante
de um CD, cruise control num automóvel, posição do pêndulo invertido, etc...).
Seguimento: seguir uma referência variante no tempo (ex: pintura ou soldadura com robô
industrial, trajectória de um mı́ssil, output de uma linha industrial, etc...).
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
7
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
8
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
9
• É uma das técnicas de controlo mais simples que pode ser desenvolvida, aplicável na
grande maioria dos sistemas de controlo automático.
• A correcção só é feita após ser detectado o desvio da variada controlada. Mesmo teorica-
mente, o controlo por realimentação perfeito é impossı́vel.
• Não existe acção predictiva de controlo que possa compensar os efeitos de perturbações
conhecidas ou mensuráveis.
• Não é satisfatório para controlar sistemas com elevado atraso no tempo. Nalgumas si-
tuações demonstra-se que o sistema de controlo por realimentação é sempre instável.
• É impraticável sempre que não for possı́vel medir on-line a variável controlada.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
10
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
11
Exemplo: controlo de atitude numa aeronave, música de fundo nas estações do Metro.
∞
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12
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
13
Outros exemplos: piloto automático, guiar um automóvel numa estrada (portuguesa!), edu-
car uma criança, tirar um curso superior, etc...
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
14
D2 (s) D1 (s)
? ?
GD2 (s) GD1 (s)
Anel interior
H2 (s) æ
H1 (s) æ
onde:
Metodologia: dividir o processo a controlar em dois sub-processos, Gp1 (s) e Gp2 (s), e projec-
tar dois controladores independentes para cada um deles, Gc1 (s) e Gc2 (s), respectivamente.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
15
• Quando não é possı́vel medir as perturbações on-line, e caso o sistema seja lento, os
desvios provocados na variável controlada poderão assim ser mais rapidamente corrigidos
pelo anel interior (controlador escravo).
• O controlador mestre (anel exterior) fica apenas concentrado no desvio da variável con-
trolada relativamente à referência que se pretende seguir, sem se “preocupar” com as
perturbações.
• Procede-se primeiro ao projecto do controlador escravo (anel interior), e só depois se passa
ao projecto do controlador mestre (anel exterior). A dinâmica do anel interior deve ser
rápida.
• Nem sempre é possı́vel encontrar uma variável intermédia: como dividir o processo?
∞
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Tws TF
Sensor æ
Problemas:
Tws TF
Anel interior
Sensor æ
Sensor æ
Vantagens:
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
17
- m- Controlador
xref ø- µ̇- Barra x-
Motor + Bola
6
°
Problemas:
- m - Controlador - m - Controlador
xref ø- µ̇ - Barra x-
Mestre Escravo Motor + Bola
6
°
6
°
Vantagens:
∞
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atraso
u(t) Sistema y(t) æ -
com
- atraso -
Um sistema com atraso (puro) no tempo é um sistema que não responde imediatamente a uma
solicitação: apresenta um “tempo morto”, ou dead time, antes de responder. Esta caracterı́stica
é também designada por “atraso de transporte” ou transport delay.
0.9
0.8
0.7
0.6
y(t)
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
θ
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo [s]
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
19
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
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• O atraso no tempo, µ, é uma não-linearidade, das mais difı́ceis de lidar num anel de
controlo por realimentação:
Y (s)
= Gp (s) = G§ (s) e°µs
U (s)
• O atraso diminui a estabilidade relativa do anel fechado, podendo mesmo causar a insta-
bilidade do sistema de controlo:
Gp (s)
- m - Gc (s)
R(s) - G§ (s) - e°µs Y (s) -
6
°
1 + Gc (s)G§ (s)e°µs = 0
• Este problema seria eliminado se existisse uma forma de separar fisicamente o atraso do
resto do sistema, i.e., se fosse possı́vel conceber o seguinte anel de controlo:
- m - Gc (s)
R(s) - G§ (s) - e°µs Y (s)
-
6
°
1 + Gc (s)G§ (s) = 0
ou
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21
Gp (s) = G§ (s)e°µs
1. A ideia básica surgiu a partir da estratégia de controlo IMC (Internal Model Control ):
Gp (s)
- m
R(s) - Gc (s) - G§ (s) - e°µs Y (s)-
6
°
erro
de
6
m
modelação
æ æ Ĝ§ (s) æ
– e°µ̂s
6
+
- m
R(s) - Gc (s) - G§ (s) - e°µs Y (s)-
6
m
°
æ
+
erro 6
m
de +
modelação
æ æ Ĝ§ (s) æ
– e°µ̂s
6
+
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
22
Gp (s)
- m
R(s) - Gc (s) - G§ (s) - e°µs Y (s)-
6
°
G§ (s) æ
Gp (s)
R(s) - Gc (s) - G§ (s) - e°µs Y (s)-
1+Gc (s)G§ (s)
ou ainda:
Donde se demonstra que com o Preditor de Smith é possı́vel eliminar o termo do atraso do
anel de controlo por realimentação convencional:
- m - Gc (s)
R(s) - G§ (s) - e°µs Y (s)
-
6
°
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
23
Motivação: sistema prático de transporte de pessoas sobre rodas, económico, e utilizável por
pessoas com incapacidades motoras (e.g., doentes com Parkinson).
• Caso a pessoa se incline para a frente ou para trás, as rodas movimentam-se no sentido
correcto e com a velocidade adequada por forma a recuperar o equilı́brio.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
24
Suspensão activa
Fa = ca ẍ + ba ẋ + ka (x ° x0 )
aumento da rigidez
Suspensão passiva: o aumento
numa suspensão passiva da rigidez (segurança) origina uma
0
10
diminuição do conforto.
|x/x0|
−2
10
−1 0 1
10 10 10
ω/ω
n
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c Miguel Ayala Botto, 2006
25
Objectivo: garantir uma baixa concentração de NOx nos gases de escape de uma câmara de
combustão, através da diminuição da temperatura adiabática em condições de excesso de ar
(razão de equivalência ¡ < 1), sem afectar a eficiência da combustão.
Problemas:
• instabilidade da chama em regimes de máxima potência.
• vibrações indesejáveis originadas pela instabilidade termo-acústica (acoplamento dinâmico
que se verifica entre a libertação de calor da chama e o campo acústico por ela provocado).
• são necessárias grandes variações do caudal de ar para acompanhar as variações de
potência exigidas pelos vários regimes de funcionamento.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
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Motivação: um manipulador robótico pode manipular objectos num ambiente fı́sico. Por
exemplo, os robôs industriais são especialmente versáteis e particularmente vocacionados para
tarefas como o manuseamento, transporte e montagem de componentes, soldadura, pintura de
superfı́cies, etc.
Robô manipulador rı́gido IRB 2000 da ABB existente no Departamento de Engenharia Mecânica
do Instituto Superior Técnico (6 graus de liberdade):
Objectivo: determinação da evolução no tempo dos binários aplicados em cada junta, ø (t),
que garantam o seguimento de uma determinada trajectória no espaço de trabalho.
onde:
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Ideia básica: geração e sobreposição intencional ao ruı́do indesejável de uma onda acústica,
com a mesma amplitude e em oposição de fase: interferência destrutiva.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
28
Dificuldades: como medir o estado hipnótico? Como saber se o doente está a sentir dor?
Como quantificar a reacção ao estı́mulo cirúrgico (noxicepção)?
Nota: foi desenvolvido por investigadores portugueses um controlador automático para re-
gulação do bloqueio neuromuscular utilizando controladores PID sintonizados pelos métodos
de Ziegler-Nichols (ver página 114). Consultar as referências: “PID control strategies for the automatic control of
neuromuscular blockade”, Teresa Mendonça, Pedro Lago, Control Engineering Practice, 6, 1225–1231, 1998; “Control of neuromuscular blockade in the
presence of sensor faults”, João M. Lemos et. al., IEEE Transactions on Biomedical Engineering, 52(11), 1902–1911, 2005.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
29
3 Efeitos da realimentação
Efeitos da realimentação:
• Reduz o efeito das perturbações externas que afectam o sistema.
• Reduz o efeito de variações nos parâmetros do sistema.
• Altera as caracterı́sticas da resposta transitória e estacionária do sistema, com con-
sequências na estabilidade do anel de controlo.
Y (s)
Y (s) = KGp (s)R(s) , = KGp (s)
R(s)
Considere-se agora o mesmo sistema sujeito a uma perturbação D(s) na sua entrada:
D(s)
i
-+ ?
+
R(s) - - Gp (s) Y (s) -
K
Questão: será que D(s) afecta muito a resposta do sistema à referência R(s)? Ou, de outro
modo, qual o impacto do termo Gp (s)D(s) na resposta do sistema?
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
30
Exemplo: comparar as respostas dos seguintes sistemas para uma entrada de referência em
degrau unitário, considerando D(s) uma perturbação com evolução temporal conhecida.
D(s)
i
-+ ?
+
R(s) - - 1 Y(s)- R(s) - - 1 Y(s)-
2 s+1 2 s+1
2.5 2.5
2 2
1.5 1.5
y(t)
y(t)
1 1
0.5 0.5
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo [s] Tempo [s]
Questão: será que o efeito de D(s) pode ser minorado caso se opte por fechar o anel através
da realimentação da saı́da?
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
31
Anel fechado:
Considerar o anel de controlo com o sistema sujeito a uma perturbação D(s) na sua entrada:
D(s)
-+ i i
-+ ?
+
R(s) - - Gp (s) Y(s)-
K
6
°
Nota: tal como no caso anterior, a resposta do sistema corresponde à soma algébrica da res-
posta do sistema à entrada perturbação, com a resposta do sistema à entrada de referência.
Questão: será que o impacto de D(s) na resposta do sistema é agora menor que no caso do
sistema em anel aberto?
Nota: fica ao cuidado do leitor demonstrar que a mesma conclusão se tiraria caso a perturbação
afectasse de forma aditiva a saı́da do sistema, de acordo com:
D(s)
-+ i i
-+ ?
+
R(s) - - Gp (s) Y(s)
-
K
6
°
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
32
Exemplo: comparar as respostas dos seguintes sistemas considerando D(s) uma perturbação
com evolução temporal semelhante à apresentada no exemplo anterior (ver página 30).
D(s)
R(s) -+ i - - 1 Y(s)- R(s) -+ i - K i -
-+ ?
+
1 Y(s)
-
K s(s+1) s(s+1)
6
° 6
°
1.6 1.5
1
1
y(t)
y(t)
0.8
0.6
0.5
d(t)
0.4
0.2
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo [s] Tempo [s]
1.8 1.8
1.6 1.6
K = 15 K = 30
1.4 1.4
com perturbação
1.2 1.2 com perturbação
1 1
y(t)
y(t)
0.8 0.8
0.6 0.6
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Tempo [s] Tempo [s]
As figuras anteriores mostram, tal como previsto, que o efeito das perturbações na resposta
do sistema vai diminuindo à medida que o ganho K do anel aberto aumenta. Quanto maior o
valor do ganho K, mais insensı́vel (robusto) é o sistema de controlo às perturbações.
Questão: será que se pode então concluir que se deve sempre escolher o maior valor possı́vel
para K?
Resposta: não! Para além de haver restrições fı́sicas que limitam o valor máximo de K, valores
elevados deste parâmetro amplificam o ruı́do de leitura dos sensores e levam, geralmente, à
instabilidade do anel de controlo.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
33
Seja o seguinte sistema de controlo por realimentação com perturbação aditiva D(s) na entrada
do sistema, e ruı́do de leitura N (s) no sensor de medida:
D(s)
-+ i i
-+ ?
+
R(s) - - Gp (s) Y(s)-
K
6 i
?
+
°
æ N(s)
+
Nota: esta técnica de projecto de controladores denomina-se por moldagem do ganho (loop
shaping), e está fora do âmbito desta cadeira.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
34
Questão: será que num anel de realimentação é possı́vel diminuir a sensibilidade a variações
nos parâmetros da função de transferência do sistema a controlar?
Análise da sensibilidade:
A sensibilidade de GAF (s) a variações de Gp (s), SG , pode ser determinada através da seguinte
expressão:
Desenvolvendo:
1
SG =
1 + KGp (s)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
35
2.5
R(s) -+ i
2
- 2 Y(s)-
(s°1)(s+2)
y(t)
6
1.5
°
0.5
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo [s]
2.5
R(s) -+ i
1.5
- 15 Y(s)-
1 (s+1)(s+2)(s+0.5)
6
y(t)
°
0.5
−0.5
−1
−1.5
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo [s]
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
36
Exemplo 1: anel de controlo com erro estacionário nulo para sistema em anel
aberto no limite de estabilidade.
1.4
1.2
0.8
R(s) -+ i - 1 Y(s)-
s(s+1)
6
y(t)
°
0.6
0.4
0.2
0
0 2 4 6 8 10 12
Tempo [s]
Exemplo 2: anel de controlo com erro estacionário não nulo para sistema em anel
aberto com ganho unitário.
R(s) -+ i
0.8
- 1 Y(s)-
s+1
6
y(t)
0.6
°
0.4
0.2
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4
Tempo [s]
CONCLUSÃO FINAL
Para se tirar o máximo partido de um anel de controlo por realimentação é necessário ter
presente e conjugar todos os seus efeitos, por forma a obter-se o melhor desempenho possı́vel
para o sistema em anel fechado.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
37
A condição necessária para que todas as raı́zes de P (s) tenham parte real negativa (estáveis),
é que se verifiquem simultaneamente as seguintes condições:
caso contrário, o polinómio terá raı́zes com parte real positiva (instáveis).
Tabela de Routh-Hurwitz
sn°3 c1 c2 ···
.. .. ..
. . .
s0 k1
onde:
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
38
s4 1 3 5
s3 2 4 0
s2 1 5
s1 °6
s0 5
Como há duas mudanças de sinal na primeira coluna da tabela de Routh-Hurwitz (do 1 ! °6,
e do °6 ! 5), o polinómio P (s) terá duas raı́zes com parte real positiva. Na realidade, o
polinómio em forma factorizada é: P (s) = (s ° 0.29 ± 1.42j)(s + 1.29 ± 0.86j).
| {z }
2 raı́zes instáveis
P (s) = s3 + 2s2 + s + 2 = 0
s3 1 1
s2 2 2
s1 0º"
s0 2
Como o sinal do coeficiente acima do zero (" ! 0+ ) é o mesmo do coeficiente abaixo deste, isto
significa que o polinómio P (s) tem um par de raı́zes imaginárias: P (s) = (s + 2)(s ± j).
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
39
P (s) = s3 ° 3s + 2 = 0
s3 1 °3
s2 0º" 2
2
s1 °3 ° "
s0 2
Como há sempre duas trocas de sinal nos elementos da primeira coluna, quer " ! 0+ ou " ! 0° ,
o polinómio P (s) tem duas raı́zes com parte real positiva: P (s) = (s + 2)(s ° 1)2 .
s5 1 24 °25
s3 0 0
Nesta circunstância, define-se o polinómio auxiliar formado pelos coeficientes da linha anterior:
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
40
Pa (s)
= 8s3 + 96s
ds
s5 1 24 °25
s4 2 48 °50
dPa (s)
s3 8 96 √° Coeficientes de ds
s2 24 °50
s1 112.7 0
s0 °50
Como há uma mudança de sinal na primeira coluna da tabela de Routh-Hurwitz, o polinómio
P (s) terá uma raiz com parte real positiva: P (s) = (s + 1)(s ° 1)(s ± 5j)(s + 2).
Nota: o critério de Routh-Hurwitz pode também ser utilizado para a análise de estabilidade de
sistemas de controlo. É possı́vel avaliar a estabilidade de um anel de controlo por variação de
um único parâmetro, sem ter que calcular explicitamente a localização dos pólos do anel fechado!
Questão: que valores pode a tomar (ou, qual a localização do zero) por forma a não instabi-
lizar o anel de controlo?
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
41
s3 1 2
s2 1 a
s1 2°a 0
s0 a
Para se garantir a estabilidade do anel de controlo é necessário garantir que não há
alterações de sinal nos elementos da primeira coluna da tabela, ou seja:
0< a <2
Visualização da resposta do sistema, y(t), considerando um degrau unitário, R(s) = 1/s, como
entrada de referência no anel de controlo:
15
1.2
10
1
5
0.8
0
y(t)
y(t)
Y(s) s+1
0.6 = −5
R(s) s3+s2+2s+1 Y(s) s+3
−10 =
R(s) s3+s2+2s+3
0.4
Pólos: −0.57, −0.21±1.31j −15
Pólos: −1.28, 0.14±1.53j
0.2
−20
0 −25
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25
Tempo [s] Tempo [s]
Nota: a simples deslocação do zero do sistema, de s = °1 para s = °3, torna o anel de controlo
instável!
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
42
H(s) æ
Pergunta: como garantir que o controlador Gc (s) não instabiliza o anel de controlo? Como
garantir que os pólos da função de transferência do anel fechado não estão localizados no semi-
plano direito do plano complexo?
Exemplo: pretende-se que o seguinte sistema siga, o melhor possı́vel, um degrau unitário:
10
Gp (s) =
(s + 1)(s + 2)
Para tal, resolvemos seguir o conselho de um colega mais velho (que dizia que sabia imenso
sobre seguimento de referências!), e implementámos o seguinte anel de controlo:
R(s) -+ j - 1 - 10 Y (s)-
s (s+1)(s+2)
6
°
RESPOSTA DE Gp(s)
ANEL FECHADO
6 5
5 4
3
4
2
Amplitude
Amplitude
2
0
1
−1
0 −2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (seg.) Tempo (seg.)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
43
O método do LGR é um método gráfico que permite visualizar a localização no plano complexo
dos pólos da FT do anel fechado, à medida que um único parâmetro do anel de controlo varia.
Este parâmetro é o:
GANHO DA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DO ANEL ABERTO!
H(s) æ
onde:
• Função de transferência do anel aberto:
Gc (s)Gp (s)H(s) = KG(s), onde G(s) é uma função de transferência de ganho unitário.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
44
R(s) -+ j - - 1 Y (s)-
K s+1
6
°
K = 0 ) s = °1
K = 1 ) s = °2
K = 2 ) s = °3
..
.
K = +1 ) s = °1
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
45
0.8
1
0.6 k = 10
0.4
0.8
k=3
Eixo Imaginário
0.2
K = +∞ K=2 K=1 K=0
Amplitude
0 0.6
k=1
−0.2
0.4
−0.4
−0.6
0.2
−0.8
−1
−6 −5 −4 −3 −2 −1 0 0
0 1 2 3 4 5 6
Eixo Real Tempo (seg.)
R(s) -+ j - - 1 Y (s)
-
K s+1
6
°
1 æ
s
p
°1 ± 1 ° 4K
s = , com K 2 [0, +1[
2
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
46
K = 0 ) s1 = °1 , s2 = 0
K = 1/4 ) s1 = s2 = °0.5
p
°1 ± 3j
K = 1 ) s1,2 =
2
..
.
K = +∞
3 K=5
1.5
1
1
Eixo Imaginário
Amplitude
−1
0
−2
K = 0.1
−0.5
−3 K = +∞
−4 −1
−1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0 5 10 15
Eixo Real Tempo (seg.)
Comentários:
• Para valores de K 2 [0 0.25], os pólos do anel fechado ficam localizados sobre o eixo
real, donde a resposta do sistema de controlo segue um perfil exponencial.
• Para valores de K > 0.25, os pólos do anel fechado ficam localizados na mesma recta
vertical, i.e., possuem todos a mesma parte real com parte imaginária tanto maior quanto
maior for o valor de K. A resposta do sistema de controlo é cada vez mais oscilatória, com
cada vez maior sobreimpulso, embora o tempo de estabelecimento permaneça inalterável.
• O erro estacionário de seguimento ao degrau é sempre igual a 1. Seria capaz de o calcular
analiticamente? (Sugestão: calcular limt!1 [y(t) ° r(t)] = lims!0 s[Y (s) ° R(s)])
Questão: como representar o LGR para sistemas cuja equação caracterı́stica é um polinómio
de ordem elevada? Como saber quais os pontos do plano complexo por onde passa o caminho
dos pólos da FT do anel fechado quando o ganho da FT do anel aberto, K, varia?
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
47
H(s) æ
≥ ¥≥ ¥ ≥ ¥
s s
z1
+1 + 1 · · · zsm + 1
z2
Gc (s)Gp (s)H(s) = K.G(s) = K. ≥ ¥≥ ¥ ≥ ¥
s
p1
+ 1 ps2 + 1 · · · psn + 1
onde:
1 + KG(s) = 0
KG(s) = °1
Conclusão: o LGR corresponde assim ao conjunto de pontos no plano complexo que verificam
simultaneamente as condições de módulo e de argumento, para diferentes valores do ganho K.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
48
Regras gerais:
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
49
360k
∞= , n>m
n°m
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
50
Nota final: as regras anteriores são aplicadas directamente considerando que a função de
transferência do sistema, G(s), foi factorizada na forma:
≥ ¥≥ ¥ ≥ ¥
s s s
z1
+ 1 z2
+ 1 · · · zm
+ 1
G(s) = ≥ ¥≥ ¥ ≥ ¥ , onde: {zi , pj } 2 C
s s s
p1
+ 1 p2
+ 1 · · · pn
+ 1
Isto significa que, caso surjam termos no numerador (ou denominador) expressos na forma
(°s/zi + 1) (ou (°s/pj + 1)), é necessário alterar a sua representação para °(s/zi ° 1) (ou
°(s/pj ° 1)) por forma a estarem em consonância com a forma factorizada de G(s). No en-
tanto, devido à troca de sinal que resulta desta alteração, sempre que estes termos ocorram
um número ı́mpar de vezes na função de transferência G(s) é necessário trocar as regras para
o traçado do LGR: para K > 0 aplicam-se as regras para K < 0, e vice-versa.
Exemplo:
≥ ¥ 2 ≥ ¥ 3
° zs1
+1 s
°1
z1
G(s) = ≥ ¥≥ ¥ = ° 4≥ ¥≥ ¥ 5 ) Regras do LGR trocam.
s s s s
p1
+ 1 p2 + 1 p1
+ 1 p2 + 1
≥ ¥ ≥ ¥
° zs1 + 1 s
z1
° 1
G(s) = ≥ ¥≥ ¥=≥ ¥≥ ¥ ) Regras do LGR mantêm-se.
s
p1
+ 1 ° ps2 + 1 s
p1
+ 1 s
p2
° 1
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
51
R(s) -+ j - 1 - 10 Y (s)-
s (s+1)(s+2)
6
°
2
Amplitude
−1
−2
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (seg.)
LGR
4
K=+∞
K=5
2
1
Eixo Imaginário
−1
−2
−3
K=+∞
−4
−6 −5 −4 −3 −2 −1 0 1 2
Eixo Real
Localização dos pólos da FT anel fechado (K = 5): °3.31 e 0.15 ± 1.73i. O sistema é instável!
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
52
A cada valor de K corresponde uma determinada localização dos pólos da função de trans-
ferência do anel fechado. À medida que K aumenta, a localização dos pólos do sistema evolui
de acordo com:
• Para 0 < K < 0.2: 3 pólos reais e estáveis.
• Para 0.2 < K < 3: 1 pólo real, e 2 pólos complexos conjugados, estáveis.
• Para K > 3: 1 pólo real estável, e 2 pólos complexos conjugados instáveis.
K = 0.01 K = 0.1
1 1
0.9 0.9
0.8 0.8
0.7 0.7
0.6 0.6
y(t)
y(t)
0.5 0.5
0.4 0.4
0.3 0.3
0.2 0.2
0.1 0.1
0 0
0 100 200 300 400 500 600 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo [s] Tempo [s]
K=1 K=5
1.4 8
6
1.2
4
1
2
0.8
y(t)
y(t)
0.6
−2
0.4
−4
0.2 −6
0 −8
0 5 10 15 20 25 0 5 10 15
Tempo [s] Tempo [s]
Questão: observe bem a diferença entre a resposta do anel fechado para K = 0.01 e K = 0.1.
Consegue encontrar uma justificação para esta diferença?
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
53
R(s) -+ j - -
Y(s) -
K Gp (s)
6
°
H(s) æ
8
2
3.713s + 59.41s + 609 < zeros : {°8 ± 10j}
Gp (s) = ,
(s + 3)(s2 + 4s + 29) :
pólos : {°3; °2 ± 5j}
1
H(s) = , pólo: {°7}
s+7
Caso K > 0:
1. Marcar no plano complexo os 4 pólos (£) e os 2 zeros (±) de G(s).
2. Os pontos do eixo real no segmento de recta [°7 ° 3] pertencem ao LGR.
3. As 2 assı́mptotas dos ramos do LGR que terminam no infinito são rectas que fazem um
ângulo com o eixo real, contado no sentido directo (em graus), de:
180(1 + 2.0)
∞1 = = 90±
2
180(1 + 2.1)
∞2 = = 270±
2
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
54
6. Cálculo dos ângulos de saı́da e chegada aos pólos e zeros complexos, respectivamente.
z1
10
Ψ
1
p3
5
Eixo imaginário
p1 φ
φ1 2
0
p
2
φ
4
−5
p4
Ψ
2
−10
z2
−15
−10 −8 −7 −3 −2 0 2
Eixo Real
¡3 = 180± ° (¡1 + ¡2 + ¡4 ) + √1 + √2
¡3 = 180± ° [arctan (1) + arctan (5) + 90± ] + [270± + arctan(6/5)] + arctan (15/6)
¡3 = 345.5±
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
55
z
1
10
φ
3
5
p3
Eixo imaginário
φ φ
1 2
0
p p2
1
φ
4
−5
p4
Ψ
2
−10
z2
−15
−10 −8 −7 −3 −2 0 2
Eixo Real
√1 = 180± ° √2 + (¡1 + ¡2 + ¡3 + ¡4 )
2
Finalmente:
LGR para K>0
50
K=+∞
40
30
20
K=+∞
Eixo Imaginário
10
K=0
0
−10 K=0
K=+∞ K=0
−20
−30
−40
K=+∞
−50
−10 −9 −8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 0 1 2 3 4
Eixo Real
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
56
Caso K < 0:
2. Os pontos do eixo real nos segmentos de recta [°1 ° 7] e [°3 + 1] pertencem ao LGR.
3. As 2 assı́mptotas dos ramos do LGR que terminam no infinito são rectas que fazem um
ângulo com o eixo real, contado no sentido directo (em graus), de:
360 £ 0
∞1 = = 0±
2
360 £ 1
∞2 = = 180±
2
4. As assı́mptotas obtidas no ponto anterior estão sobre o eixo real, logo não faz sentido
calcular o ponto de intersecção.
5. Não há nenhum ponto de convergência/divergência do LGR sobre o eixo real, visto que
s = °5.45 não pertence ao LGR (ver ponto 2. anterior).
6. Cálculo dos ângulos de saı́da e chegada aos pólos e zeros complexos, respectivamente.
¡3 = °(¡1 + ¡2 + ¡4 ) + √1 + √2
¡3 = ° [arctan (1) + arctan (5) + 90± ] + [270± + arctan(6/5)] + arctan (15/6)
¡3 = 165.5±
√1 = °√2 + (¡1 + ¡2 + ¡3 + ¡4 )
2
Donde, finalmente:
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
57
K=−∞
10
K=0
5
Eixo Imaginário
−5
K=0
−10
K=−∞
−15
−14 −12 −10 −8 −6 −4 −2 0 2 4
Eixo Real
• Tabela de Routh-Hurwitz:
s3 14 374 + 59.41K 0
14(90+3.713K)°1.(374+59.41K)
s2 a= 14
609 + 609K
a(374+59.41K)°14(609+609K)
s1 a
s0 609 + 609K
• Deixa-se ao cuidado do leitor mostrar que a gama de valores de K que garante que não
há alterações de sinal na 1a coluna da tabela de Routh-Hurwitz é:
K 2] ° 1 3[
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
58
Vimos atrás que o atraso no tempo (atraso de transporte), é um elemento comum na maior
parte dos sistemas fı́sicos:
R(s) -+ j - - G§ (s)e°µs
Y (s)-
K p
6
°
ou
Solução: aproximação do termo não racional, e°µs , por uma fracção racional de ordem n,
com n 2 N, usando a aproximação de Padé:
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
59
Henri Eugène Padé nasceu a 17 de Dezembro de 1863 em Abbeville, Picardia, noroeste de França. Entrou para a Ecole Normale
Supérieure de Paris, em 1883. Passados três anos graduou-se em Matemáticas (Agrégation de Mathématiques) e iniciou a carreira
ensinando em escolas secundárias. O seu primeiro artigo sobre desenvolvimentos matemáticos foi publicado em 1888. Em 1889
Padé foi para a Alemanha para continuar os seus estudos, passando por Leipzig e Göttingen, trabalhando com Klein e Schwarz.
Mais tarde, em 1890, regressa a França onde continua a ensinar em escolas secundárias enquanto tira o doutoramento sob a
supervisão de Hermite. Em 21 de Junho 1892, Padé defende em Paris a sua tese de doutoramento, “Sur la representation
approchée d’une fonction par des fractions rationelles”. Nesta tese, Padé apresenta o primeiro estudo sistemático daquilo que
é hoje conhecido por aproximação de Padé, aproximações racionais de funções descritas em séries de potências. Durante
o resto da sua vida continuou a investigar este tema, tendo recebido em 1906 o “Grand Prix of the French Academy”, tendo
nesse mesmo ano sido nomeado Reitor da Faculdade de Ciências da Universidade de Bordeaux. Padé deixou a universidade
em 1908 tornando-se Reitor da Academia de Besançon, e em 1917 Reitor da Academia de Dijon. Entre 1923 e 1934, ano em
que se reformou, foi Reitor de Aix-Marseille. Padé faleceu a 9 de Julho 1953 em Aix-en-Provence, França.
Np (s)
e°µs ° = ", "!0
Dq (s)
1 1 1
e°µs = 1 ° µs + (µs)2 ° (µs)3 + (µs)4 ° · · ·
2! 3! 4!
• Considerando a expansão de uma função racional com polinómios de ordem 1:
N1 (s) b0 s + b1
=
D1 (s) a0 s + 1
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
60
µ
• Considerando apenas as três primeiras equações, tira-se: b1 = 1, a0 = 2
e b0 = ° 2µ , donde
resulta a seguinte aproximação de Padé (1,1) de e°µs :
1 ° 2µ s
e°µs º
1 + 2µ s
(µs)2
°µs 1 ° 2µ s + 12
e º (µs)2
1 + 2µ s + 12
(µs)2 (µs)3
°µs 1 ° 2µ s + 10
° 120
e º (µs)2 (µs)3
1 + 2µ s + 10
+ 120
Conclusão: qualquer que seja a aproximação de Padé usada, resulta uma função racional onde
as raı́zes do denominador (pólos) têm sempre parte real negativa, e as raı́zes do numerador (ze-
ros) são simétricas àqueles, i.e., situam-se sempre no SPD (fase não-mı́nima):
4
Eixo Imaginário
−2
−4
−6
−8
−10
−8 −6 −4 −2 0 2 4 6 8
Eixo Real
Aproximações de Padé (1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4), (5, 5) e (6, 6), do termo e°s .
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
61
0.2 0.2
K = 15.4
0.1 0.1
Eixo Imaginário
Eixo Imaginário
0 0
K=0 K=0 K=0 K=+∞
−0.1 −0.1
−0.2 −0.2
−0.3 −0.3
K=+∞
−0.4 −0.4
−1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 −1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Eixo Real Eixo Real
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
62
s2 ° 1.2s + 0.48
e°5s º , aproximação de Padé (2,2).
s2 + 1.2s + 0.48
°s5 + 6s4 ° 16.8s3 + 26.88s2 ° 24.19s + 9.68
e°5s º , aproximação de Padé (5,5).
s5 + 6s4 + 16.8s3 + 26.88s2 + 24.19s + 9.68
4
4
3 3
2 2
Eixo Imaginário
1
Eixo Imaginário
0 0
−1 −1
−2 −2
−3 −3
−4 −4
−5 −5
−1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 −6 −4 −2 0 2 4 6
Eixo Real Eixo Real
LGR com aprox. atraso Padé (2,2) LGR com aprox. atraso Padé (5,5)
1 10
0.8 8
0.6 6
0.4 4
Eixo Imaginário
Eixo Imaginário
0.2 2
0 0
−0.2 −2
−0.4 −4
−0.6 −6
−0.8 −8
−1 −10
−2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 −6 −5 −4 −3 −2 −1 0 1 2
Eixo Real Eixo Real
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
63
R(s) -+ j - - 1 Y (s)-
K s(s+1)2
6
°
LGR
2.5
K=+∞
2
1.5 K=2
1
Eixo Imaginário
0.5
0
K=0 K=0
−0.5
−1
−1.5
K=2
−2
K=+∞
−2.5
−2.5 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
Eixo Real
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
64
DIAGRAMA DE BODE
100
K=100
50 K=2
Magnitude [dB]
K=0.1
0
−50
−100
−150
−2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10
Frequência [rad/s]
−90
Fase [°]
−180
−270
−2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10
Frequência [rad/s]
Conclusões:
• O diagrama de Bode de um sistema no limite de estabilidade em anel fechado, i.e.,
cujo K é tal que um ou mais pólos do anel fechado se localizam sobre o eixo imaginário,
satisfaz as condições de módulo e de argumento na frequência desses pólos,
neste caso para s§ = j! = j1.0, ou seja, ! = 1 rad/s.
• O diagrama de Bode de um sistema estável em anel fechado, i.e., cujo K é tal que todos
os pólos do anel fechado se localizam no SPE, satisfaz a seguinte condição: |KG(j!)| < 1,
para a frequência ! onde arg[KG(j!)] = °180± .
• O diagrama de Bode de um sistema instável em anel fechado, i.e., cujo K é tal que
pelo menos um dos pólos do anel fechado se localiza no SPD, satisfaz a seguinte condição:
|KG(j!)| > 1, para a frequência ! onde arg[KG(j!)] = °180± .
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
65
Margem de Ganho (MG): factor pelo qual o ganho K da FT do anel aberto pode ser au-
mentado até se atingir a instabilidade do anel fechado.
Margem de Fase (MF): fase que pode ser subtraı́da à fase da FT do anel aberto até se
atingir a instabilidade do anel fechado.
Frequência de cruzamento de fase (!cf ): frequência para a qual a curva de fases no Dia-
grama de Bode cruza os -180 ± , ou, frequência para a qual a fase da função de transferência
do anel aberto é, arg[KG(j!)] = °180± .
MF = 180± + arg[KG(j!cg )]
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
66
0
Magnitude [dB]
ω MG ≈ 26 dB
cg
−50
−100
−150
−2 −1 0 1
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
−90
Fase [°]
MF ≈ 79°
−180
ωcf
−270 −2 −1 0 1
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
Ø Ø
Ø 0.1 Ø
MG = °20 log10 |KG(j!cf )| = °20 log10 ØØ Ø º 26 dB (K = 1026/20 º 20)
j!cf (j!cf + 1) Ø
2
50
Magnitude [dB]
MG ≈ − 34 dB ωcg
0
−50
−100
−150
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
−90
Fase [°]
−180
ω
cf MF ≈ − 65°
−270
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
Ø Ø
Ø 100 Ø
MG = °20 log10 |KG(j!cf )| = °20 log10 ØØ Ø º °34 dB
j!cf (j!cf + 1)2 Ø
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
67
1 1
G1 (s) = G2 (s) =
s+1 (s + 1)(2s + 1)
−10 −20
Magnitude [dB]
Magnitude [dB]
MG = +∞ MG = +∞
−20 −40
−30 −60
−40 −80
−50 −100
−2 −1 0 1 2 −2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
0 0
−45 −45
Fase [°]
Fase [°]
−134 −135
−180 −180
−2 −1 0 1 2 −2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
• Em ambos os casos, MG=+1, pois a frequência de cruzamento de fase não está definida!
As curvas de fase nunca cruzam os °180± .
• No entanto, sabe-se que o anel fechado é sempre estável, qualquer que seja o valor positivo
para o ganho da função de transferência do anel aberto.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
68
R(s) -+ j - - (s+10)2
Y (s)-
K s3
6
°
O LGR do sistema mostra que o sistema de controlo será instável para K < 5, e estável para
K > 5. Para K = 5, o sistema de controlo apresenta pólos localizados em {°5, j10, °j10}.
LGR
20
15
10
K=5
5
Eixo Imaginário
0
K = +∞ K=0
K = +∞
−5
−10
−15
−20
−35 −30 −25 −20 −15 −10 −5 0 5
Eixo Real
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
69
100
Magnitude [dB]
MG = − 26 dB
50
MG = 34 dB
−50
−100
−1 0 1 2 3
10 10 10 10 10
Frequência [rad/s]
−90
Fase [°]
MF = 78.7°
−180
MF = − 65.3°
−270
−1 0 1 2 3
10 10 10 10 10
Frequência [rad/s]
Resulta:
Para K = 0.1: MG= 34 dB (!cf = 10 rad/s), e MF= °65.3± (!cg = 2.19 rad/s)
Para K = 100: MG= °26 dB (!cf = 10 rad/s), e MF= 78.7± (!cg = 101 rad/s)
Conclusão: o sistema é estável com MG< 0 e MF> 0, e instável com MG> 0 e MF< 0 !!!
s2 + 2s + 4
G(s) =
s(s + 4)(s + 6)(s2 + 1.4s + 1)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
70
Magnitude [dB]
? ?
−50
3
−100
2
−150
K=+∞
Eixo Imaginário
1
−200
−2 −1 0 1 2
K=0 10 10 10 10 10
0 Frequência [rad/s]
K=+∞ K=0 K=0 K=0 K=0
−90
−1
K=+∞
°
−2 MF = 77.4
Fase [°]
ω
−180 cf3
−3 ωcf1 ω
cf2
−4
K=+∞
−5 −270
−8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 0 1 10
−2
10
−1
10
0 1
10
2
10
Eixo Real Frequência [rad/s]
• No LGR verifica-se existirem 3 valores do ganho que colocam os pólos sobre o eixo ima-
ginário: K = 15.7, K = 67.5 e K = 163.5.
• Qual das frequências de cruzamento de fase, !cf 1 , !cf 2 ou !cf 3 , se deve considerar? Qual
o ganho limite de estabilidade para o sistema de controlo?
• Sistemas onde MG e/ou MF não está bem definida, i.e., a curva de fases não cruza
os °180± e/ou a curva de magnitudes não cruza os 0 dB, respectivamente.
• Sistemas com MG e/ou MF de sinais opostos, i.e., MG< 0 e MF> 0 e/ou MG> 0
e MF< 0.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
71
Ø Ø Ø Ø
20 log10 |G(j!)| = 20 log10 ØG§ (j!) e°µj! Ø = 20 log10 |G§ (j!)| + 20 log10 Øe°µj! Ø
| {z }
termo do atraso
Conclusão: o atraso no tempo altera a curva de fases do sistema. A nova fase é calculada
subtraindo µ! · (180± /º) ao valor da fase do sistema original em [± ]. Assim, quanto maior for
o valor da frequência !, maior será a diferença entre a fase do sistema original e a fase do
sistema com atraso.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
72
e°2s
G2 (s) =
s+1
G1 (j!) G2 (j!)
0
0
−10
−10
Ganho [dB]
−20
Ganho [dB]
−20
−30
−30
−40
−40
−50 −50
−2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10 10
−2 −1
10 10
0 1
10
2
10
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
0 0
−20 −2000
−4000
−40
Fase [°]
Fase [°]
−6000
−60
−8000
−80
−10000
−100 −12000
−2 −1 0 1 2 −2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
Conclusão: o termo de atraso não altera a curva de magnitudes do sistema, mas introduz
um decréscimo na fase que é tanto maior quanto maior for a frequência da sinusóide de en-
trada.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
73
Porquê? Porque o termo de atraso, e°µs , quando presente na função de transferência do anel
aberto, adiciona atraso de fase à sua resposta em frequência, tanto mais quanto maior for o
valor de µ:
6 6
G1 (s) = G2 (s) = e°s
s+1 s+1
15 15
Magnitude [dB]
Magnitude [dB]
10 10
MG = +∞
5 5
MG < 0
0 0
−5 −1 0 1
−5
−1 0 1
10 10 10 10 10 10
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
0 0
−180
MF < 0
Fase [°]
Fase [°]
−90 −360
MF > 0 −540
−180 −720
−1 0 1 −1 0 1
10 10 10 10 10 10
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
74
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
75
1 1 1 1
= °j = e° arctan( 0 ) = e°90 ,
! ±
G(j!) = ! 2 ]0, +1[
j! ! w w
corresponde ao eixo imaginário negativo.
Factores de 1a ordem:
1 1
G(j!) = =p e° arctan(!T ) , ! 2 ]0, +1[
T j! + 1 T 2!2 + 1
p
G(j!) = T j! + 1 = T 2 ! 2 + 1 earctan(!T ) , ! 2 ]0, +1[
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
76
1
G(j!) = ≥ ¥ ≥ ¥2 , ª>0
j! j!
1 + 2ª !n
+ !n
µ ∂ µ ∂2
j! j!
G(j!) = 1 + 2ª + , ª>0
!n !n
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
77
Análise para ! ! +1 (sistemas sem zeros ou pólos no SPD, com ganho positivo):
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
78
1
G(s) =
s(T s + 1)
Desenvolvendo:
1 1 °T ! 2 ° j!
G(j!) = = =
j!(T j! + 1) °T ! 2 + j! T 2!4 + !2
°T ! 2 ! T 1
= 2 4 2
°j 2 4 2
=° 2 2 °j
T ! +! T ! +! T ! +1 !(T ! 2 + 1)
2
donde:
±
lim G(j!) = °T ° j1 = 1 e°90
!!0
±
lim G(j!) = °0 ° j0 = 0 e°180
!!+1
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
79
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
80
Módulo unitário e fase a variar linearmente com !, donde o diagrama polar é:
1
G(s) = e°µs
Ts + 1
Desenvolvendo:
8 Ø Ø
> Ø 1 Ø ØØ °µj! ØØ 1
1 < |G(j!)| = Ø T j!+1 Ø e = p
T 2 ! 2 +1
G(j!) = e°µj! ,
T j! + 1 >
: arg [G(j!)] = arg [ 1 ] + arg [e°µj! ] = ° arctan T ! ° µ!
T j!+1
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
81
R(s) -+ j - -
Y (s)-
K G(s)
6
°
Margem de Ganho (MG): factor pelo qual o ganho K da FT do anel aberto pode ser au-
mentado até se atingir a instabilidade do anel fechado.
Margem de Fase (MF): fase que pode ser subtraı́da à fase da FT do anel aberto até se
atingir a instabilidade do anel fechado.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
82
University of North Dakota, onde obteve o Msc em 1915. Entre 1915 e 1917 frequenta a Yale University, New Haven, onde obtém
o grau de Ph.D. Entre os anos de 1917 e 1934, trabalhou no Department of Development and Research Transmission da American
Telephone and Telegraph Company, desenvolvendo estudos na área da transmissão de voz. Desde 1934 até à sua reforma, em
1954, trabalhou na Bell Telephone Laboratories, Inc., continuando aı́ a desenvolver trabalho na área das comunicações e sistemas.
Durante este perı́odo, recebeu 138 patentes nos E.U. e publicou 12 artigos técnicos. As suas contribuições mais importantes
incluem: primeira explicação quantitativa do ruı́do térmico, estudos sobre transmissão de sinal que são a base da moderna
teoria da informação e da transmissão de dados, e o tão conhecido diagrama de Nyquist para a determinação da estabilidade
de sistemas com realimentação. Após se reformar, trabalhou como consultor de comunicações para o Departamento de Defesa
dos E.U.. Nyquist foi a quarta pessoa a receber o National Academy of Engineer’s Founder’s Medal, “in recognition of his many
fundamental contributions to engineering.” Em 1960 recebe o IRE Medal of Honor “for fundamental contributions to a quantitative
understanding of thermal noise, data transmission and negative feedback.” Nyquist recebeu também a Stuart Ballantine Medal do
Franklin Institute em 1960, e o prémio Mervin J. Kelly em 1961. Faleceu a 4 de Abril de 1976.
Notas:
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
83
F (s) = s + a, a>0
Conclusão: o novo contorno tem o mesmo sentido que o contorno original, e envolverá a
origem apenas no caso em que o zero, s = °a, é envolvido pelo contorno original.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
84
1
F (s) = , a>0
s+a
Conclusão: o novo contorno tem o sentido contrário ao contorno original e envolverá a origem,
apenas no caso em que o pólo, s = °a, é envolvido pelo contorno original.
• m zeros envolvidos pelo contorno original com sentido horário (anti-horário), resulta num
contorno com m voltas no sentido horário (anti-horário) em torno da origem.
• n pólos envolvidos pelo contorno original com sentido horário (anti-horário), resulta num
contorno com n voltas no sentido anti-horário (horário) em torno da origem.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
85
Define-se contorno de Nyquist ao contorno definido por todo o eixo imaginário, de j! ! °j1
a j! ! +j1, e pelo contorno semicircular de raio infinito no SPD do plano complexo, com
sentido horário:
A grande ideia de Nyquist: Nyquist aplicou esta ideia para a determinação da estabilidade
de um sistema de controlo por realimentação: mapear a equação caracterı́stica do anel
fechado no contorno de Nyquist!
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
86
- j
R(s) +
- -
Y(s) -
Gc (s) Gp (s)
6
°
H(s) æ
N (s)
1 + Gc (s)Gp (s)H(s) = 0, com: Gc (s)Gp (s)H(s) =
D(s)
Desenvolvimento da solução:
N (s)+D(s)
1. Mapear a equação caracterı́stica do anel fechado, D(s)
, no contorno de Nyquist ¥
N (s)+D(s)
Desenhar o diagrama de Nyquist de D(s)
.
N = Z °P
onde:
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
87
Z = N +P
Z = N +P
(a) N = 0 e P = 0, ou
(b) N = °P , para N 6= 0 ou P 6= 0.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
88
Z = N+P
5. A estabilidade do anel fechado só estará garantida se, Z = 0, o que só poderá acontecer
numa das seguintes situações:
(a) N = 0 e P = 0.
(b) N = °P , para N 6= 0 ou P 6= 0.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
89
Caso particular: seja o seguinte sistema de controlo por realimentação com K 2 ] ° 1, +1[:
- j
R(s) +
- -
Y(s) -
K Gp (s)
6
°
H(s) æ
Z = N +P
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
90
R(s) -+ j - - 1 Y (s)-
K s(s+1)2
6
°
1 1 °2! 2 ° j!(1 ° ! 2 )
G(j!) = = =
j!(j! + 1)2 °2! 2 + j!(1 ° ! 2 ) 4! 4 + ! 2 (1 ° ! 2 )2
°2 1 ° !2
G(j!) = °j 5
1 + ! 4 + 2! 2 ! + 2! 3 + !
±
lim+ G(j!) = °2 ° j1 = 1 e°90
!!0
±
lim G(j!) = °0 + j0 = 0 e°270
!!+1
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
91
Diagrama de Nyquist:
• Ponto A: a contribuição para a fase total neste ponto é: °[(°Æ) £ 2 ° 90± ] º 90±
• Ponto C: a contribuição para a fase total neste ponto é: °[(Æ) £ 2 + 90± ] º °90±
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
92
Aplicando o procedimento para a análise de estabilidade via critério de Nyquist (página 88):
Para 0 < K < 2: o ponto crı́tico de estabilidade está entre °1 < ° K1 < °0.5, e portanto não
é envolvido pelo diagrama de Nyquist, donde: Z = 0+0 = 0, i.e., a equação caracterı́stica
do anel fechado não possui raı́zes instáveis.
Para K = 2: o ponto crı́tico de estabilidade está em ° K1 = °0.5, e portanto o diagrama de
Nyquist intersecta o ponto crı́tico de estabilidade (pólos sobre o eixo imaginário).
Para K > 2: o ponto crı́tico de estabilidade está entre °0.5 < ° K1 < 0° , e é envolvido duas
vezes pelo diagrama de Nyquist, donde: Z = 2 + 0 = 2, i.e., a equação caracterı́stica do
anel fechado possui duas raı́zes instáveis.
Para K < 0: o ponto crı́tico de estabilidade está entre 0+ < ° K1 < +1, e portanto é en-
volvido uma vez pelo diagrama de Nyquist, donde: Z = 1 + 0 = 1, i.e., a equação
caracterı́stica do anel fechado possui uma raiz instável.
Conclusão: o sistema de controlo só é estável para valores de 0 < K < 2. Este resultado é
confirmado através do LGR.
LGR para K>0 LGR para K<0
2.5 2.5
2 2
1.5 1.5
1 k=2 1
Eixo Imaginário
Eixo Imaginário
0.5 0.5
k=0 k=0 k=0 k=0
0 0
k=2
−0.5 −0.5
−1 −1
k=2
−1.5 −1.5
−2 −2
−2.5 −2.5
−3.5 −3 −2.5 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2
Eixo Real Eixo Real
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
93
onde:
°110 100
lim!!0+ Re [G(j!)] = 100
= °1.1 lim!!0+ Im [G(j!)] = 0
= +1
Diagrama de Nyquist:
Conclusão: como P = 1 (sistema em anel aberto com 1 pólo no SPD), só na situação em que
existe 1 envolvimento do ponto crı́tico de estabilidade no sentido anti-horário (N = °1) é que
resulta um anel fechado estável, o que ocorre neste caso apenas para valores de K > 1.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
94
s2 + 2s + 4
G(s) =
s(s + 4)(s + 6)(s2 + 1.4s + 1)
? ?
−50
−100
−150
−200
−2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10
Frequência [rad/s]
−90
°
MF = 77.4
Fase [°]
ω
−180 cf3
ωcf1 ω
cf2
−270
−2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10
Frequência [rad/s]
Análise de estabilidade:
0 < K < 15.7: o ponto crı́tico de estabilidade está entre °1 < ° K1 < °0.06, e portanto
não é envolvido pelo diagrama de Nyquist, donde o sistema em anel fechado é estável:
Z = N + P = 0 + 0 = 0.
15.7 < K < 67.5: o ponto crı́tico de estabilidade está entre °0.06 < ° K1 < °0.01, e é envol-
vido duas vezes pelo diagrama de Nyquist, donde o sistema em anel fechado é instável:
Z = N + P = 2 + 0 = 2.
67.5 < K < 163.5: o ponto crı́tico de estabilidade está entre °0.01 < ° K1 < °0.006, e é
envolvido duas vezes pelo diagrama de Nyquist. No entanto, como estes envolvimentos
têm sentidos contrários, a sua soma é nula, donde o sistema em anel fechado é estável:
Z = N + P = (°1 + 1) + 0 = 0.
K > 163.5: o ponto crı́tico de estabilidade está entre °0.006 < ° K1 < 0° , e é envolvido
duas vezes pelo diagrama de Nyquist, donde o sistema em anel fechado é instável: Z =
N + P = 2 + 0 = 2.
K < 0: o ponto crı́tico de estabilidade está entre 0+ < ° K1 < +1, e é envolvido uma vez pelo
diagrama de Nyquist, donde o sistema em anel fechado é instável: Z = N +P = 1+0 = 1.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
95
(s + 10)2
G(s) =
s3
onde:
°20 100
lim!!0+ Re [G(j!)] = 0
= °1 lim!!0+ Im [G(j!)] = 0
= +1
Diagrama de Nyquist:
Notas:
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
96
- j
+ erro de seguimento
-
6
°
- j
R(s) + E(s) - U(s) - Y(s) -
Gc (s) Gp (s)
6
°
H(s) æ
Pergunta: como evolui no tempo a variável que caracteriza o erro de seguimento do sistema
de controlo, e quais as caracterı́sticas do sistema que influenciam esta evolução?
ou
Solução: considere-se o caso mais simples de um anel com realimentação unitária (H(s) = 1):
#√
?
R(s) -+ j E(s) - U(s) - Y(s) -
"!
Gc (s) Gp (s)
6
°
onde, e(t) = r(t) ° y(t) = L°1 [E(s)] = L°1 [R(s) ° Y (s)], corresponde ao erro de seguimento.
Pergunta: ... e quais as caracterı́sticas do sistema que influenciam o valor estacionário de ess ?
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
97
8 8 8
< Y (s) = Gc (s)Gp (s)E(s) < — < —
: : :
E(s) = R(s) ° Y (s) E(s) = R(s) ° Gc (s)Gp (s)E(s) [1 + Gc (s)Gp (s)] E(s) = R(s)
donde:
R(s)
E(s) =
1 + Gc (s)Gp (s)
∑ ∏
sR(s)
ess = lim e(t) = lim sE(s) = lim
t!+1 s! 0 s!0 1 + Gc (s)Gp (s)
K(Ta s + 1)(Tb s + 1) · · ·
Gc (s)Gp (s) = = G(s), onde t - TIPO de G(s)
s t (T1 s + 1)(T2 s + 1) · · ·
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
98
1
7.1 Entrada degrau unitário: R(s) = s
∑ ∏ ∑ ∏
sR(s) s 1s 1
ess = lim = lim =
s! 0 1 + Gc (s)Gp (s) s! 0 1 + Gc (s)Gp (s) 1 + lims! 0 Gc (s)Gp (s)
Defina-se:
Kp = lim G(s)
s! 0
∑ ∏
K(Ta s + 1)(Tb s + 1) · · ·
Kp = lim t , K ganho de Gc (s)Gp (s)
s! 0 s (T1 s + 1)(T2 s + 1) · · ·
1
ess = , Erro estacionário de posição
1 + Kp
Temos então:
1
• G(s) do TIPO 0: Kp = K, e ess = 1+K
) Erro de seguimento constante.
1
• G(s) do TIPO 1: Kp = 1, e ess = 1+1
=0 ) Seguimento perfeito.
1
• G(s) do TIPO > 1: Kp = 1, e ess = 1+1
=0 ) Seguimento perfeito.
1
Exemplo: sistema com G(s) = 2s+1
0.9 0.9
0.8 0.8
ess
0.7 0.7
0.6 0.6
Amplitude
Amplitude
0.5 0.5
0.4 0.4
0.3 0.3
0.2 0.2
0.1 0.1
0 0
0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 12
Tempo (seg.) Tempo (seg.)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
99
1
7.2 Entrada rampa unitária: R(s) = s2
∑ ∏ ∑ ∏
sR(s) 1 1
ess = lim = lim =
s! 0 1 + Gc (s)Gp (s) s! 0 s + sGc (s)Gp (s) lims! 0 sGc (s)Gp (s)
Defina-se:
Kv = lim sG(s)
s! 0
∑ ∏
K(Ta s + 1)(Tb s + 1) · · ·
Kv = lim s t
s! 0 s (T1 s + 1)(T2 s + 1) · · ·
1
ess = , Erro estacionário de velocidade
Kv
Temos então:
1
• G(s) do TIPO 0: Kv = 0, e ess = 0
=1 ) Erro de seguimento infinito.
1
• G(s) do TIPO 1: Kv = K, e ess = K
) Erro de seguimento constante.
1
• G(s) do TIPO > 1: Kv = 1, e ess = 1
=0 ) Seguimento perfeito.
1
Exemplo: sistema com G(s) = s(2s+1)
50 10
40 8
Amplitude
Amplitude
e
30 6 ss
20 4
10 2
0 0
0 2 4 6 8 10 12 0 2 4 6 8 10 12
Tempo (seg.) Tempo (seg.)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
100
1
7.3 Entrada parábola unitária: R(s) = s3
∑ ∏ ∑ ∏
sR(s) 1 1
ess = lim = lim 2 =
s! 0 1 + Gc (s)Gp (s) s! 0 s + s2 Gc (s)Gp (s) lims! 0 s2 Gc (s)Gp (s)
Defina-se:
Ka = lim s2 G(s)
s! 0
∑ ∏
2 K(Ta s + 1)(Tb s + 1) · · ·
Ka = lim s
s! 0 s t (T1 s + 1)(T2 s + 1) · · ·
1
ess = , Erro estacionário de aceleração
Ka
Temos então:
1
• G(s) do TIPO 0: Ka = 0, e ess = 0
=1 ) Erro de seguimento infinito.
1
• G(s) do TIPO 1: Ka = 0, e ess = 0
=1 ) Erro de seguimento infinito.
1
• G(s) do TIPO 2: Ka = K, e ess = K
) Erro de seguimento constante.
5s+1 5s+1
Exemplo: comparação da resposta dos sistemas: G1 (s) = s(2s+1)
, e G2 (s) = s2 (2s+1)
.
35 35
30 30
25 25
G1(s) G (s)
Amplitude
Amplitude
2
20 20
e
ss
15 15
10 10
5 5
0 0
0 1 2 3 4 5 6 0 1 2 3 4 5 6
Tempo (seg.) Tempo (seg.)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
101
Conclusão: a precisão do anel fechado depende da referência que se pretende seguir, R(s),
e do TIPO (número de pólos na origem) da função de transferência do ramo directo, Gc (s)Gp (s).
ess R(s) degrau unitário R(s) rampa unitária R(s) parábola unitária
1
G(s) TIPO 0 1+Kp
1 1
1
G(s) TIPO 1 0 Kv
1
1
G(s) TIPO 2 0 0 Ka
1.4 10
9
1.2
8
θref = cte
1 7
6
0.8
Amplitude
Amplitude
0.6
4 .
θref = cte
3
0.4
0.2
1
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (seg.) Tempo (seg.)
Conclusões: i) é possı́vel colocar o veio do motor numa determinada posição angular fixa,
com erro nulo (sistema do TIPO 1); ii) não é possı́vel manter a velocidade de rotação do veio
do motor no valor constante pretendido (sistema do TIPO 1, logo ess = K1 ).
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
102
-+ herro de seguimento,
- Et (s)
6
°
H(s) æ
8 8 8
> Y (s) = Gc (s)Gp (s)E(s) > — >
> —
>
> >
> >
>
>
< >
< >
< R(s)
E(s) = R(s) ° H(s)Y (s) E(s) = R(s) ° Gc (s)Gp (s)H(s)E(s) E(s) = 1+Gc (s)G p (s)H(s)
>
> >
> >
>
>
> >
> >
>
: : >
: E (s) = R(s)° Gc (s)Gp (s) R(s)
Et (s) = R(s) ° Y (s) Et (s) = R(s) ° Gc (s)Gp (s)E(s) t 1+Gc (s)Gp (s)H(s)
Donde:
2 3
6 Gc (s)Gp (s) 7
6 7
Et (s) = 61 ° 7 R(s)
4 1 + Gc (s)Gp (s)H(s) 5
| {z }
F.T. anel fechado
R(s)
Et (s) = = E(s), quod erat demonstradum !
1 + Gc (s)Gp (s)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
103
1.1 æ
10
9
1.2
8
θref = cte
1 7
6
0.8
Amplitude
Amplitude
0.6
.
4 θref = cte
3
0.4
0.2
1
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (seg.) Tempo (seg.)
Desafio: mostre que as caracterı́sticas de precisão do anel de controlo não são alteradas se o
bloco de realimentação H(s) tiver ganho estático unitário.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
104
D(s)
R(s) -+ j E(s) - j
U (s) -+ ?
+
- Gp (s)
Y (s)-
Gc (s)
6
°
- j
R(s) + E(s)- U (s)-
Gc (s) = Kp
6
°
T.L. U (s)
u(t) = Kp e(t) °! = Kp
E(s)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
105
• Reduz o efeito das perturbações (ver página 32) e reduz o erro de seguimento (ver tabela
da página 101).
1.8
1.6 u(t)
1.4
1.2
Amplitude
0.8 e(t)
0.6
0.4 y(t)
0.2
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Tempo [s]
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
106
Z t
1 T.L. U (s) 1
u(t) = e(¥)d¥ °! =
Ti 0 E(s) Ti s
20
Ganho [dB]
−20
−40
1/Ti
Frequência [rad/s]
−89
−89.5
Fase [°]
−90
−90.5
−91
1/Ti
Frequência [rad/s]
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
107
0.8
y(t)
0.6
Amplitude
0.4
e(t)
0.2
−0.2
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo [s]
- j
R(s) + E(s)- U (s)-
Gc (s) = Td s
6
°
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
108
20
Ganho [dB]
−20
−40
1/Td
Frequência [rad/s]
91
90.5
Fase [°]
90
89.5
89
1/Td
Frequência [rad/s]
• denomina-se por: controlador D, embora nunca se use sozinho pois amplifica o ruı́do.
8.2 Controlador PI
- j
R(s) + E(s)- ≥ ¥ U (s)-
Ti s+1
Gc (s) = Kp Ti s
6
°
∑ Z t ∏ µ ∂
1 T.L. U (s) Ti s + 1
u(t) = Kp e(t) + e(¥)d¥ °! = Kp
Ti 0 E(s) Ti s
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
109
• O pólo na origem introduz atraso de fase no anel aberto: diminui a estabilidade relativa.
20log10Kp
1/Ti
Frequência [rad/s]
0
Fase [°]
−45
−90
1/Ti
Frequência [rad/s]
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
110
8.3 Controlador PD
- j
R(s) + E(s)- U (s)-
Gc (s) = Kp (1 + Td s)
6
°
∑ ∏
de(t) T.L. U (s)
u(t) = Kp e(t) + Td °! = Kp (1 + Td s)
dt E(s)
20log10Kp
1/Td
Frequência [rad/s]
90
Fase [°]
45
0
Td
Frequência [rad/s]
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
111
- j
R(s) + E(s)- ≥ ¥ U (s)-
Ti Td s2 +Ti s+1
Gc (s) = Kp Ti s
6
°
∑ Z t ∏ µ ∂
1 de(t) T.L. U (s) Ti Td s 2 + Ti s + 1
u(t) = Kp e(t) + e(¥)d¥ + Td °! = Kp
Ti 0 dt E(s) Ti s
−1/2
(TdTi)
Frequência [rad/s]
90
45
Fase [°]
−45
−90
Frequência [rad/s]
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
112
• Controlador P: Gc (s) = Kp = 19
• Controlador PD: Gc (s) = Kp (1 + Td s) = 4s + 19
≥ ¥
Ti s+1
• Controlador PI: Gc (s) = Kp Ti s = 38s+1 2s
≥ 2
¥ 2
• Controlador PID: Gc (s) = Kp Ti Td sT+T is
i s+1
= 8s +38s+19
2s
1.6
PI
1.4
PID
1.2
1
Amplitude
0.8 PD
0.6
P
0.4
0.2
0
0 5 10 15
Tempo [s]
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
113
1
Rt 1
I u(t) = Ti 0
e(¥)d¥ Gc (s) = Ti s
h Rt i ≥ ¥
1 Ti s+1
PI u(t) = Kp e(t) + Ti 0
e(¥)d¥ Gc (s) = Kp Ti s
h i
PD u(t) = Kp e(t) + Td de(t)
dt
Gc (s) = Kp (1 + Td s)
h Rt i ≥ ¥
Ti Td s2 +Ti s+1
PID u(t) = Kp e(t) + 1
Ti 0
e(¥)d¥ + Td de(t)
dt
Gc (s) = Kp Ti s
Configuração básica:
D(s)
- 1
R(s) -+ j E(s) - j - Kp
+ ?
j
U (s)-+ ?
+ +
- 1 - Y (s)-
Ti s Gp (s)
6
°
+
6
- Td s
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
114
• Método do ganho crı́tico (ou, continuous cycling method ou, ultimate gain method ).
Ideia básica: os parâmetros do controlador PID vão estar relacionados com o valor de dois
parâmetros medidos experimentalmente:
• Ganho crı́tico de estabilidade, Kcr .
Procedimento:
10. Observar o desempenho do sistema de controlo e, caso seja necessário, efectuar uma
sintonia fina dos parâmetros.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
115
§
- resposta em anel fechado com 1/4 de taxa de decaimento entre os dois picos iniciais.
• Alguns processos nunca chegam a instabilizar em anel fechado por variação do ganho.
• Não é aplicável a sistemas instáveis em anel aberto, pois tipicamente estes sistemas são apenas
estáveis para uma gama intermédia de valores do ganho.
D(s)
- j - j
U (s) + ? Y (s)
+
R(s) E(s)
- PID - -
+
1
s(s+1)(s+2)
6
°
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
116
D(s)
- j - j
U (s) + ? Y (s)
+
R(s) + E(s)
- Kp - 1 -
s(s+1)(s+2)
6
°
Y (s) 1
=
R(s) s3 + 3s2 + 2s + Kp
s3 1 2
s2 3 Kp
6°Kp
s1 3
s0 Kp
Para determinar Pcr , encontra-se primeiro wcr a partir da equação caracterı́stica do anel fechado com
Kp = Kcr , substituindo s = j!:
2º 2º
Pcr = = p = 4.44 s
!cr 2
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
117
Os valores de Kcr e de Pcr podiam também ser determinados por via experimental, variando o ganho
Kp do PID (com Ti = +1 e Td = 0) até o sistema atingir o limite de estabilidade:
Resposta do anel fechado para Kp=6
2
4.44 s
1.8
1.6
1.4
1.2
y(t)
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo [s]
4.436s2 +7.992s+3.6
Ziegler-Nichols original 3.6 2.22 0.56 2.22s
6.505s2 +4.396s+1.98
Pequeno sobreimpulso PID 1.98 2.22 1.48 2.22s
3.943s2 +2.664s+1.2
Sem sobreimpulso 1.2 2.22 1.48 2.22s
Resposta do anel fechado a degrau na referência Resposta do anel fechado a degrau na perturbação
1.8 0.6
Ziegler−Nichols original
1.6 0.5
Pequeno sobreimpulso Sem sobreimpulso
1.4 0.4
1 0.2
Ziegler−Nichols original
y(t)
y(t)
0.8 0.1
0.6 0
0.4 −0.1
0.2 −0.2
0 −0.3
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tempo [s] Tempo [s]
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
118
Para o PID resultante do método de Ziegler-Nichols original, resulta a seguinte função de transferência
do anel fechado:
8 zeros : °0.9 ± 0.009j
4.436s + 7.992s + 3.6
2 <
pólos : °0.3 ± 1.03j ; °1.37; °1.03
2.22s4 + 6.66s3 + 8.876s2 + 7.992s + 3.6 : | {z }
ª=0.28;!n =1.07 rad/s
3
Ziegler−Nichols após sintonia fina
2
1
Eixo Imaginário
−1
−2
Ziegler−Nichols original
−3
−4
−1.4 −1.2 −1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0
Eixo Real
Resposta do anel fechado a degrau na referência Resposta do anel fechado a degrau na perturbação
1.8 0.3
1.4
Ziegler−Nichols original
0.2
Ziegler−Nichols após sintonia fina
1.2
0.15
1
y(t)
y(t)
0.1
Ziegler−Nichols após sintonia fina
0.8
0.05
0.6
0
0.4
0.2 −0.05
0 −0.1
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 5 10 15 20 25 30 35 40
Tempo [s] Tempo [s]
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
119
D(s)
- j - j
U (s) + ? Y (s)
+
R(s) + E(s)
- PID - 4e°3.5s -
7s+1
6
°
Resolução: a determinação dos parâmetros Kcr e Pcr por via experimental, i.e., fechando o anel
de controlo e registando a evolução da saı́da variando o ganho Kp do PID (com Ti = +1 e Td = 0),
originou:
5.13s2 +6s+1.5
Ziegler-Nichols original 0.57 6.0 1.5 6s
7.44s2 +1.86s+0.31
Pequeno sobreimpulso PID 0.31 6.0 4.0 6s
4.56s2 +1.14s+0.19
Sem sobreimpulso 0.19 6.0 4.0 6s
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
120
Exemplo3: efectuar a mesma análise do exemplo anterior, mas agora considerando o seguinte sistema:
2e°s
Gp (s) =
(10s + 1)(5s + 1)
Resolução: a determinação dos parâmetros Kcr e Pcr por via experimental, i.e., fechando o anel
de controlo e registando a evolução da saı́da variando o ganho Kp do PID (com Ti = +1 e Td = 0),
originou:
Kcr = 7.88 , ganho crı́tico de estabilidade
Pcr = 11.6 , perı́odo de oscilação crı́tico
39.7s2 +27.43s+4.73
Ziegler-Nichols original 4.73 5.8 1.45 5.8s
58.36s2 +15.08s+2.6
Pequeno sobreimpulso PID 2.60 5.8 3.87 5.8s
35.46s2 +9.16s+1.58
Sem sobreimpulso 1.58 5.8 3.87 5.8s
Conclusões:
• Para uma solicitação na referência, o método de Ziegler-Nichols original revela ser a opção
menos conservadora.
• Quando o sistema é sujeito a uma perturbação, o método de Ziegler-Nichols original revela ser
a opção mais conservadora.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
121
Ideia básica: os parâmetros do controlador PID estão relacionados com o valor de dois parâmetros
(µ e T ) medidos experimentalmente a partir da resposta em anel aberto do sistema a um degrau de
amplitude M :
Ke°µs
Gp (s) º
Ts + 1
De acordo com o método da curva de reacção, os parâmetros dos controladores PID são calculados
empiricamente para uma resposta em anel fechado com 1/4 de taxa de decaimento:
Controlador Kp Ti Td
T
P µK — —
T µ
PI 0.9 µK 0.3 —
T
PID 1.2 µK 2µ 0.5µ
Notas:
• Ao contrário do método do ganho crı́tico, o método da curva de reacção é um método de sintonia
em anel aberto.
• O método do ganho crı́tico não é aplicável a sistemas instáveis em anel aberto, ou com pólos
complexos conjugados dominantes.
• No caso do PID para sistemas de ganho estático unitário (K = 1), o método propõe um contro-
lador com 2 zeros reais duplos localizados em s = °1/µ:
µ ∂ µ ∂ ° ¢2
Ti Td s2 + Ti s + 1 T µ2 s2 + 2µs + 1 s + 1µ
Gc (s) = Kp = 1.2 = 0.6T
Ti s µ 2µs s
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
122
- j
R(s) + Y (s)
- P ID - 1 -
(s+1)(s+2)(s+10)
6
°
• Sobreimpulso: Mp = 4.3%.
4 4
ts = = 0.8 , !n = = 7.07 rad/s
ª!n ts ª
s2 + 2ª!n s + !n2 = 0 : sd = °5 ± 5j
2. Projecto do controlador PI
8
< zero : s = ° Ti
µ ∂ 1
Ti s + 1
Gc (s) = Kp
Ti s :
pólo : s = 0
Análise: caso seja possı́vel encontrar uma localização para o zero do controlador PI (s = °1/Ti )
tal que, para um determinado valor de Kp , o LGR passe na localização dos pólos desejados
(sd = °5 ± 5j), então será possı́vel garantir todas as especificações de desempenho para a
resposta do anel fechado.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
123
4
4
pólos desejados
2
2 pólos desejados
Eixo Imaginário
Eixo Imaginário
0 0
−2 −2
−4
−4
−6
−6
−8
−12 −10 −8 −6 −4 −2 0 2 −12 −10 −8 −6 −4 −2 0 2 4
Eixo Real Eixo Real
LGR para zero do PI entre −10 e −2 LGR para zero do PI entre −∞ e −10
8 8
6 6
4 4
0 0
−2 −2
−4 −4
−6 −6
−8 −8
−12 −10 −8 −6 −4 −2 0 2 4 −20 −15 −10 −5 0
Eixo Real Eixo Real
8
µ
Ti Td s2 + Ti s + 1
∂ < zeros : Ti Td s2 + Ti s + 1 = 0
Gc (s) = Kp
Ti s :
pólo : s=0
≥ ¥ ∂ µ
Ti Td s2 +Ti s+1 s+b
Gc (s) = Kp Ti s = K(s + a) . com: a, b 2 R
| {z } s
Gc1 (s) | {z }
Gc2 (s)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
124
• 1o : Gc1 (s) - corresponde à componente PD, é projectado por forma a garantir a dinâmica
do regime transitório desejada (sobreimpulso, e tempo de estabelecimento).
• 2o : Gc2 (s) - corresponde à componente PI, é projectado por forma garantir as especi-
ficações em regime estacionário (erro nulo no seguimento ao degrau), sem deteriorar as
caracterı́sticas do regime transitório previamente obtidas com Gc1 (s).
Objectivo: determinar a posição do zero real s = °a, que garanta que, para um determinado
K, o LGR passa pelos pólos desejados (sd = °5 ± 5j).
Após uma breve análise do LGR, conclui-se que a única posição possı́vel para o zero, s = °a, é
este estar localizado entre °10 e °2. Sendo assim, o problema resume-se a determinar os valores
de a e K tal que o LGR verifique simultaneamente as condições de argumento e de módulo ao
passar pelos pólos desejáveis, sd :
sd
5
Condição de argumento:
4
arg [KGc1 (sd )Gp (sd )] = °180±
3
Eixo Imaginário
2
Condição de módulo:
1
0
φ
3
ψ1 φ2 φ
1 |KGc1 (sd )Gp (sd )| = 1
−a
−1
−2
−10 −5 −2 −1 0
Eixo Real
Condição de argumento:
8 ° ¢
>
> √1 = 90± + arctan 5°a
5
>
>
>
> ° ¢
>
>
< ¡1 = 90± + arctan 45
√1 ° ¡1 ° ¡2 ° ¡3 = °180± , °3¢
>
>
>
> ¡2 = 90± + arctan 5
>
>
>
> °5¢
:
¡3 = arctan 5
obtém-se: a = 2.71
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
125
Condição de módulo:
Ø Ø
Ø
Ø 1 Ø
Ø=1
|KGc1 (sd )Gp (sd )| = 1 , ØK(sd + 2.71) , K = 48
(sd + 1)(sd + 2)(sd + 10) Ø
K=48 1
0.6
y(t)
0
0.4
−2
−4 0.2
K=48
−6 0
−12 −10 −8 −6 −4 −2 0 0 0.5 1 1.5
Eixo Real Tempo [s]
• Sobreimpulso:
• Tempo de estabelecimento:
1
Sobreimpulso:
Gc1(s)=48(s+2.71)
Mp = 4.32% X
0.8
Gc1(s)=48(s+2.1)
0.6 Tempo de estabelecimento:
y(t)
0.4
ts = 0.81s X
0.2
0
0 0.5 1 1.5
Tempo [s]
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
126
s+b
Gc2 (s) = , b =?
s
Objectivo: determinar a posição do zero real s = °b, que não altere as caracterı́sticas dinâmicas
do sistema controlado com Gc1 (s).
O zero deverá estar próximo do pólo s = 0 por forma a não influenciar muito o LGR do sistema
com o compensador Gc1 (s) obtido anteriormente. Após um processo de tentativa/erro, chega-se
ao resultado b = 0.9:
µ ∂
s + 0.9 s + 0.9
Gc2 (s) = ) Gc (s) = 48(s + 2.1)
s s
Sobreimpulso:
0.8
Mp = 3.36% X
0.4 ts = 0.8s X
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Tempo [s]
µ ∂
s + 0.9
Gc (s) = 48(s + 2.1)
s
8
>
> Kp = 48(2.1 + 0.9) = 144
µ ∂ >
>
Ti Td s2 + Ti s + 1 <
Gc (s) = Kp , onde: Td = 2.1+0.9
1
= 0.33
Ti s >
>
>
>
:
Ti = 2.1+0.9
2.1£0.9 = 1.59
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
127
1. Configuração PI-D: por forma a evitar o “derivative kick” opta-se por colocar a acção deri-
vativa no anel de realimentação:
D(s)
- 1
- j E(s) - j - Kp j
+ ?
+
+ ?
+
R(s) +
- 1 U (s) - - Y (s) -
Ti s Gp (s)
6
°
+
6
°Td s
6
µ ∂
Y (s) 1 Kp Gp (s)
PID original (ver página 113) : = 1+ + Td s ≥ ¥
R(s) Ti s 1 + 1 + T1i s + Td s Kp Gp (s)
µ ∂
Y (s) 1 Kp Gp (s)
PI-D : = 1+ ≥ ¥
R(s) Ti s 1 + 1 + 1 + T s K G (s)
Ti s d p p
• Não influencia a dinâmica do sistema de controlo desde que o pólo em °1/T não seja
dominante.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
128
Æs + a
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s+a
Magnitude [dB]
Eixo Imaginário
0
a/α Frequência [rad/s] a
−a −a/α
Fase [°]
0
Eixo Real Frequência [rad/s]
s+a
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s + a/Æ
0
a/α Frequência [rad/s] a
−a −a/α
0
Fase [°]
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
129
- j
R(s) + E(s) U (s) Y (s)
- Gc (s) - Gp (s) -
6
°
onde:
8
Æs + a < lims!0 Gc (s) = 1
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s+a :
lims!1 Gc (s) = Æ
DIAGRAMA DE BODE
20log10(α)
Magnitude [dB]
20log (α)1/2
10
0
a/α ω a
ctr
Frequência [rad/s]
φctr
−2arctan[1/α1/2]+90°
Fase [°]
0
ωctr
Frequência [rad/s]
8 p
a < 20 log10 |Gc (j!ctr )| = 20 log10 Æ
!ctr = p , Frequência central
Æ : ¡ = °2 arctan( p1Æ ) + 90±
ctr
Æ < 20, ) ¡ctr < 64.78± (apenas por imposição fı́sica em implementação analógica)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
130
Exemplo: seja o seguinte sistema de controlo por realimentação, com K > 0 e K1 > 0:
- j
R(s) + Y (s)
- K - K1 -
(T s+1)2
6
°
O aumento da MF pode ser feito por via da diminuição do ganho da função de transferência do anel
aberto, K, de K = 1 para K = K2 < 1:
DIAGRAMA DE BODE
20log K
10 1
Magnitude [dB]
20log K K
10 1 2
ω ωcg1
cg2
Frequência [rad/s]
0
Fase [°]
−90
MF
−180
2 MF
1
ω ω
cg2 cg1
Frequência [rad/s]
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
131
- j
R(s) Y (s)
- Æs+a - -
+
K1
s+a (T s+1)2
6
°
DIAGRAMA DE BODE
Magnitude [dB]
90
0
Fase [°]
−90
MF
2
MF1
−180
ωcg1 ω
Frequência [rad/s] cg2
Conclusão: MF2 > MF1 , donde a estabilidade relativa aumentou, sem que para tal se tenha alterado
a precisão do anel fechado com a introdução do compensador de avanço:
K1
Sistema não compensado: Kp = lim = K1
s!0(T s + 1)2
µ ∂
Æs + a K1
Sistema compensado: Kp = lim = K1
s!0 s + a (T s + 1)2
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
132
LGR
K=+∞
Eixo Imaginário
K=+∞
Eixo Real
LGR
K=+∞
Eixo Imaginário
−a −a/α −1/T
K=+∞
Eixo Real
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
133
Æs + a
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s+a
Procedimento:
2. Determinar o ângulo de avanço de fase necessário adicionar ao sistema não compensado, por
forma a garantir a margem de fase pretendida, M Fd :
¡ = M Fd ° M Fp
onde !cg0 corresponde à frequência para a qual a magnitude do sistema não compensado é
igual, mas de sinal contrário, ao incremento de magnitude na frequência central verificado pela
introdução do compensador de avanço:
0 p
!cg =? : °20 log10 Æ
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
134
- j
R(s) Y (s)
- Gc (s) - -
+
40
s(s+2)
6
°
DIAGRAMA DE BODE
50
Magnitude [dB]
MG = +∞
−50
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
−90
Fase [°]
−135
MF = 18°
−180
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
40
Kv = lim s Gp (s) = lim s = 20
s!0 s!0 s(s + 2)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
135
Æs + a
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s+a
M Fp = 18±
2. Determinar o ângulo de avanço de fase necessário adicionar ao sistema não compensado, por
forma a garantir a margem de fase pretendida, M Fd = 50± :
4. Determinar !cg
0 :
p 0
°20 log10 Æ = °6.02 dB ) !cg = 9 rad/s (tirado do gráfico).
40
30
20
Magnitude [dB]
10
0
−6.02 dB
−10
−20
−30
−40 ω’ = 9 rad/s
cg
−50
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
136
- j - 4.17s+18.38
R(s) Y (s)
- -
+
40
s+18.38 s(s+2)
6
°
DIAGRAMA DE BODE
60
40
Magnitude [dB]
20
ω = 8.9 rad/s
cg
0
MG = +∞
−20
−40
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
−90
Fase [°]
−135
°
MF = 50.5
−180
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
µ ∂
4.17s + 18.38 40
Kv = lim sGc (s)Gp (s) = lim s = 20 X
s!0 s!0 s + 18.38 s(s + 2)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
137
Æs + a
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s+a
Procedimento:
1. Determinar a localização desejada para os pólos do anel fechado, sd , a partir das especificações
de desempenho pretendidas para o anel de controlo.
2. Desenhar o LGR do sistema não compensado e verificar se um simples ajuste de ganho é sufi-
ciente para garantir o desempenho pretendido para o anel fechado.
Visto tratar-se de uma equação a duas incógnitas, escolher uma solução possı́vel. A escolha
pode ser feita de forma analı́tica ou gráfica.
onde o ideal será obter um valor unitário, ou superior, para K, por forma a não deteriorar a
precisão do anel fechado.
5. Caso as especificações de desempenho não sejam satisfatórias, voltar ao ponto 3. e admitir outra
solução possı́vel, caso contrário terminar o projecto.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
138
- j
R(s) + Y (s)
- Gc (s) - 4 -
s(s+2)
6
°
p
sd = °ª!n ± !n ª2 ° 1
sd = °2 ± 3.46j
LGR
4
K = +∞
1 pólos desejados
Eixo Imaginário
K=0 K=0
0
−1
−2
−3
K = +∞
−4
−3 −2.5 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1
Eixo Real
4
Kv = lim sGp (s) = lim s =2
s!0 s!0 s(s + 2)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
139
Æs + a
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s+a
sd = °2 ± 3.46j
2. Um simples ajuste do ganho não é suficiente para garantir que os pólos do anel fechado passem
por sd .
µ ∂ µ ∂
3.46Æ 3.46
arctan ° arctan = 30±
°2Æ + a °2 + a
Determinação de Æ e a:
• Via analı́tica.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
140
A localização do zero e do pólo do compensador de avanço devem ser tais que a contribuição
das suas fases deverá garantir que os pólos desejados (sd = °2 ± 3.46j) satisfaçam a condição
de argumento, i.e., pertençam ao LGR:
µ ∂ µ ∂
3.46Æ 3.46
arctan ° arctan = 30±
°2Æ + a °2 + a
| {z } | {z }
√c ¡c
√c ° ¡c = 30±
Centrando o diedro formado pelo pólo e zero do compensador, com vértice no pólo desejado sd ,
em relação ao diedro formado pela recta que une a origem ao pólo desejado e a horizontal a
partir deste pólo, chega-se a:
2
a
°Æ = °2.9 (zero)
1.5
0.5
Donde o controlador de avanço é:
°
120
0
−a −a/α 1.86s + 5.4
−0.5 Gc (s) =
s + 5.4
−1
−6 −5 −4 −3 −2 −1 0 1
Eixo Real
1.86s + 5.4
Gc (s) = , Zero: °2.9, e Pólo: °5.4
s + 5.4
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
141
- j - K 1.86s+5.4
R(s) +
≥ ¥ Y (s)
- 4 -
s+5.4 s(s+2)
6
°
Ø µ ∂ Ø
Ø
ØK 1.86sd + 5.4 4 Ø
Ø=1
|KGc (sd )Gp (sd )| = 1 , Ø sd + 5.4 sd (sd + 2) Ø
, |0.397K| = 1 , K = 2.52
µ ∂
1.86s + 5.4
Gc (s) = 2.52
s + 5.4
LGR
5
K=+∞
4
K=2.52
3
1
K=0 K=2.52 K=+∞ K=0 K=0
0
−5.4 −2.9 −2 0
−1
−2
−3
K=2.52
−4
K=+∞
−5
−6 −5 −4 −3 −2 −1 0 1
Eixo Real
µ ∂
1.86s + 5.4 4
Kv = lim sGc (s)Gp (s) = lim s 2.52 = 2.52 £ 2 = 5.04 > 2 X
s!0 s!0 s + 5.4 s(s + 2)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
142
- j
R(s) + E(s) U (s) Y (s)
- Gc (s) - Gp (s) -
6
°
onde:
8
s+a < lims!0 Gc (s) = Æ
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s + a/Æ :
lims!1 Gc (s) = 1
DIAGRAMA DE BODE
20log10 (α)
Magnitude [dB]
20log (α)1/2
10
0
a/α ωctr a
Frequência [rad/s]
0
Fase [°]
2arctan[1/α1/2]−90°
ωctr
Frequência [rad/s]
8 p
a < 20 log10 |Gc (j!ctr )| = 20 log10 Æ
!ctr = p , Frequência central
Æ : ¡ = 2 arctan( p1Æ ) ° 90±
ctr
Æ < 15, ) ¡ctr > °61.05± (apenas por imposição fı́sica em implementação analógica)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
143
ii. Não alterar as caracterı́sticas da resposta transitória do anel fechado, i.e., manter as
margens de ganho e de fase e não alterar significativamente a localização dos pólos dominantes
do sistema não compensado.
Exemplo: seja o seguinte sistema de controlo por realimentação, com K > 0 e K1 > 0:
- j
R(s) + Y (s)
- K - K1 -
(T s+1)2
6
°
A melhoria na precisão do anel fechado pode ser alcançada via aumento do ganho da função de
transferência do anel aberto, K, de K = 1 para K = K2 > 1:
K1 1
Para K = 1: Kp1 = lim = K1 ) ess1 =
s!0 (T s + 1)2 1 + K1
K1 K2 1
Para K = K2 : Kp2 = lim = K1 K2 ) ess2 = < ess1 X
s!0 (T s + 1)2 1 + K1 K2
DIAGRAMA DE BODE
20log10 K1K2
Magnitude [dB]
20log10 K1
ω ω
cg1 cg2
Frequência [rad/s]
0
Fase [°]
−90
MF
−180
1 MF
2
ω ω
cg1 cg2
Frequência [rad/s]
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
144
- j
R(s) + Y (s)
- s+a - K1 -
s+a/Æ (T s+1)2
6
°
O aumento da precisão do anel fechado sem alteração significativa da MF obtém-se quando a frequência
central, ¡ctr , correspondente ao pico mı́nimo da curva de fase no compensador de atraso, se localiza
numa frequência sensivelmente abaixo da frequência de cruzamento de ganho do sistema não compen-
sado:
DIAGRAMA DE BODE
20log αK
10 1
Magnitude [dB]
0
20log K
10 1
ω
cg
Frequência [rad/s]
0
Fase [°]
−90
MF ≈ MF
1 2
−180
ωcg
Frequência [rad/s]
Conclusão: MF1 ºMF2 , a estabilidade relativa não se alterou, mas aumentou a precisão do anel
fechado com a introdução do compensador de atraso:
K1 1
Sistema não compensado: Kp1 = lim = K1 ) ess1 =
s!0 (T s + 1)2 1 + K1
µ ∂
s+a K1 1
Sistema compensado: Kp2 = lim = ÆK1 ) ess2 = < ess1 X
s!0 s + a/Æ (T s + 1)2 1 + ÆK1
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
145
Confirma-se que os pólos dominantes do sistema de controlo se mantêm sensivelmente nas mesmas
posições com a introdução do compensador de atraso, originando regimes transitórios semelhantes:
LGR
K=+∞
K=+∞
K=0 K=0
−1/T −a −a/α
K=+∞
Eixo Real
Reposta ao degrau: sistema não compensado versus sistema com compensador de atraso.
sistema compensado
1
Amplitude
0
0
Tempo (sec)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
146
s+a
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s + a/Æ
Procedimento:
1. Calcular o valor do coeficiente de erro estático do sistema não compensado (admite-se, sem
perda de generalidade, um sistema de controlo com realimentação unitária):
Kpd
Sistema do tipo 0: K=
Kpp
Kvd
Sistema do tipo 1: K=
Kvp
Kd
Sistema do tipo 2: K = ap
Ka
4. Determinar o valor do parâmetro a do compensador de atraso, tendo em conta que este deve
estar suficientemente abaixo da frequência de cruzamento de ganho do sistema não compensado,
!cg , por forma a minimizar o impacto negativo do atraso de fase introduzido pelo compensador,
aplicando a seguinte heurı́stica:
!cg
Sistema do tipo 0: a=
10
!cg
Sistema do tipo 1: a=
20
!cg
Sistema do tipo 2: a=
40
5. Caso as especificações de desempenho não sejam satisfatórias, voltar ao ponto anterior e actua-
lizar o parâmetro a, caso contrário terminar o projecto.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
147
- j
R(s) + Y (s)
- Gc (s) - 25 -
(s+1)(s+5)
6
°
DIAGRAMA DE BODE
20
−20 MG = +∞
−40
−60
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
0
Fase [°]
−90
°
MF = 66
−180
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequência [rad/s]
25
Kpp = lim Gp (s) = lim =5
s!0 s!0 (s + 1)(s + 5)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
148
s+a
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s + a/Æ
Kpd 50
Sistema do tipo 0: K= p = = 10
Kp 5
- j -
R(s) + Y (s)
s+0.39 - 25 -
s+0.039 (s+1)(s+5)
6
°
µ ∂
s + 0.39 25
Kp = lim Gc (s)Gp (s) = lim = 50 X
s!0 s!0 s + 0.039 (s + 1)(s + 5)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
149
DIAGRAMA DE BODE
40
20
Magnitude [dB]
ω = 3.85 rad/s
cg
0
MG = +∞
−20
−40
−60
−2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10
Frequência [rad/s]
0
Fase [°]
−90
°
MF = 61.7
−180
−2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10
Frequência [rad/s]
sistema compensado
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (seg.)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
150
s+a
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s + a/Æ
Procedimento:
2. Calcular o valor do coeficiente de erro estático do sistema não compensado (admite-se, sem
perda de generalidade, um sistema de controlo com realimentação unitária):
Kpd
Sistema do tipo 0: K=
Kpp
Kvd
Sistema do tipo 1: K=
Kvp
Kd
Sistema do tipo 2: K = ap
Ka
6. Caso as especificações de desempenho não sejam satisfatórias, voltar ao ponto anterior e alterar
a localização dos pólos desejados, s0d , caso contrário terminar o projecto.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
151
- j
R(s) Y (s)
- -
+
Gp (s)
6
°
8
< |Gp (sd )| = 1 Condição de Módulo
:
arg[Gp (sd )] = °180± Condição de Argumento
2. Sistema compensado:
- j
R(s) + Y (s)
- Gc (s) - Gp (s) -
6
°
8 8
< |Gc (sd )Gp (sd )| = 1 < |Gc (sd )|.|Gp (sd )| = 1
: :
arg[Gc (sd )Gp (sd )] = °180± arg[Gc (sd )] + arg[Gp (sd )] = °180±
Nota: embora Gc (sd ) = 1 se verifique nalgumas situações, e.g., quando Gp (s) = 2/(s + 4), Gc (s) =
6/s(s + 5) e s = °2, na maior parte dos casos torna-se impossı́vel obter a solução para o sistema de
equações. Daı́ optar-se por aproximar s0d º sd no projecto do compensador de atraso, e resolver apenas
a equação correspondente à condição de módulo (evitando assim ter que se alterar posteriormente o
ganho da função de transferência do anel aberto).
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
152
• Não alterar significativamente a localização dos pólos dominantes do sistema não compensado.
- j
R(s) + Y (s)
- Gc (s) - 1.06 -
s(s+1)(s+2)
6
°
LGR
3
K = +∞
2
pólos dominantes desejados (K=1.06)
1
Eixo Imaginário
−1
−2
K = +∞
−3
−3 −2.5 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1
Eixo Real
1.06
Kv = lim sGp (s) = lim s = 0.53
s!0 s!0 s(s + 1)(s + 2)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
153
s+a
Gc (s) = , Æ > 1, a > 0
s + a/Æ
sd = °0.33 ± 0.59j
Kvd 5
Sistema do tipo 1: K= = = 9.43
Kvp 0.53
>> fsolve(0 abs(1.06 § (s0d + a)/((s0d + a/9.43) § (s0d ) § (s0d + 1) § (s0d + 2))) ° 10 , 1)
s + 0.6787
Gc (s) = , Zero: °0.6787, e Pólo: °0.072
s + 0.072
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
154
- j -
R(s) Y (s)
- -
+
s+0.6787 1.06
s+0.072 s(s+1)(s+2)
6
°
6. Caso as especificações de desempenho não sejam satisfatórias, voltar ao ponto anterior e alterar
a localização dos pólos desejados, s0d :
>> fsolve(0 abs(1.06 § (s0d + a)/((s0d + a/9.43) § (s0d ) § (s0d + 1) § (s0d + 2))) ° 10 , 0.1)
s + 0.0255
Gc (s) = , Zero: °0.0255, e Pólo: °0.0027
s + 0.0027
0.8
Amplitude
0.6
0.4
0.2
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Tempo (sec)
Conclusão: o baixo valor do parâmetro a provocou uma lenta evolução da resposta do sistema
(elevado tempo de estabelecimento), donde a sua escolha deverá ter em conta o binómio “tempo de
estabelecimento/aproximação aos pólos desejados”.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
155
>> fsolve(0 abs(1.06 § (s0d + a)/((s0d + a/9.43) § (s0d ) § (s0d + 1) § (s0d + 2))) ° 10 , 0.1)
s + 0.2268
Gc (s) = , Zero: °0.2268, e Pólo: °0.02405
s + 0.02405
1.2
1
Amplitude
0.8
sistema não compensado
0.6
0.4
0.2
0
0 5 10 15 20 25 30
Tempo (sec)
Conclusão: o valor mais elevado do parâmetro a provocou uma diminuição do tempo de estabeleci-
mento do sistema, mas originou uma diferença assinalável relativamente à dinâmica do sistema não
compensado, i.e., os pólos dominantes afastaram-se dos pólos desejados:
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
156
• Todos os controladores estudados no domı́nio do tempo contı́nuo são implementáveis por meio
de componentes electrónicos analógicos.
• Devido ao seu baixo custo, poder de cálculo, e extrema flexibilidade, o computador digital veio
a revelar-se a plataforma ideal para a implementação de controladores.
• No entanto, devido às suas caracterı́sticas fı́sicas, o computador digital processa apenas sequências
discretas de eventos, i.e., efectua operações de acordo com uma determinada frequência de amos-
tragem (normalmente associada à frequência do seu relógio interno).
A implementação num computador digital de uma lei de controlo, levanta as seguintes questões:
Questão 1: como ligar o mundo fı́sico (contı́nuo no tempo, t 2 R+ 0 ) com o mundo digital (discreto
no tempo, t 2 kT0 , com k = 0, 1, . . ., onde T0 designa o perı́odo de amostragem)?
Questão 2: como aproximar o melhor possı́vel através de uma equação algébrica discreta no tempo
(equação às diferenças), uma lei de controlo descrita por uma equação diferencial?
• A transformada Z.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
157
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
158
onde:
+1
X
§
f (t) = f (t) · p(t), p(t) = ±(t ° kT0 ), com t = kT0 , k = 0, 1, 2, . . .
k=°1
f § (t) = f (0)±(t) + f (T0 )±(t ° T0 ) + f (2T0 )±(t ° 2T0 ) + · · ·
+1
X
f § (t) = f (kT0 )±(t ° kT0 ), com t = kT0 , k = 0, 1, 2, . . .
k=0
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
159
Exemplo2: conversão de 10 Volts para uma palavra binária com 16 bits ) 216 = 65536 nı́veis
binários ) 0.15 mV de resolução em 10 V.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
160
Teorema da Amostragem: um sinal contı́nuo no tempo, f (t), pode ser reconstruı́do a partir
dos seus valores uniformemente amostrados, f (kT0 ), sse o perı́odo de amostragem satisfizer a
seguinte relação:
T
T0 ∑ ou F0 ∏ 2F ou !0 ∏ 2!
2
sendo ! = 2ºF , com F = 1
T a maior componente em frequência contida no sinal f (t).
• T0 pequeno (frequência de amostragem alta): maior precisão, mas pode provocar o alisamento
do ruı́do proveniente do sensor de medida para valores dentro da largura de banda do sistema
) o sistema em anel fechado responde ao ruı́do!
Soluções possı́veis:
a !0
Hp (s) = , com: a <
s+a 2
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
161
Encoder incremental
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
162
Encoder abslouto
O perı́odo de amostragem deve ser escolhido por forma a que, tendo em conta todas as restrições
anteriores, se verifique a seguinte expressão:
2º 2º
∑ T0 ∑
20!b 10!b
ou
10fb ∑ F0 ∑ 20fb
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
163
∑ ∏
Vr Rf b1 b2 bn°1
V0 = ± b0 + + + · · · + n°1
R 2 4 2
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
164
com base nos valores passados conhecidos do sinal u§ nos instantes de amostragem:
• A extrapolação de dados de uma série pode ser feita recorrendo à expansão em série de
Newton-Gregory, para kT0 < ¢t ∑ (k + 1)T0 :
µ ∂
§ § § T0 + ¢t
u(kT0 + ¢t) = u (kT0 ) + u̇ (kT0 )¢t + ü (kT0 ) ¢t + · · ·
2
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
165
1 ° e°T0 s
L {ZOH} = = Gzoh (s)
s
√ !
1 ° e°T0 j! ej!T0 /2 ° e°j!T0 /2 2j
Gzoh (j!) = = e°j!T0 /2
j! 2j j!
2j 2
= e°j!T0 /2 sin (!T0 /2) = e°j!T0 /2 sin (!T0 /2)
j! !
sin (!T0 /2)
= T0 e°j!T0 /2
!T0 /2
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
166
Donde:
Ø Ø
Ø sin (!T0 /2) Ø
Magnitude de Gzoh (j!): Ø
T0 Ø Ø
!T0 /2 Ø
°j!T0 /2 !T0
Fase de Gzoh (j!): ¢| sin (!T
{z
0 /2) +¢ e
} =°
2
0± ou ±180±
−10
Magnitude [dB]
−20
−30
ω=2π/T0 ω=4π/T0
−40
−50
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
ω T [rad/s]
0
0
Fase [°]
−90
−180
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
ω T0 [rad/s]
Conclusões:
• O ZOH diminui a estabilidade relativa do anel fechado, pois introduz atraso de fase na função
de transferência do anel aberto.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
167
(“Análise de sistemas lineares”, Maria Isabel Ribeiro, IST-Press 2002, pág. 335)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
168
u(t) - y(t)-
G(s)
T0 T0
? ?
s° s
u(t) ° u§ (t) - m(t)- y(t) s°°s y § (t)-
ZOH G(s)
- HG(z) = ?
onde:
∑ ∏
M (s)
HG(z) = Z [H(s)G(s)] = Z G(s)
U § (s)
∑ ∏
1 ° e°T0 s
HG(z) = Z G(s)
s
∑ ∏ ∑ ∏
G(s) °T0 s G(s) °1
HG(z) = Z (1 ° e ) =Z (1 ° z )
s s
∑ ∏
z°1 G(s) Y (z)
HG(z) = Z =
z s U (z)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
169
Ideia básica: aproximação por discretização numérica da equação diferencial associada à função de
transferência contı́nua, resultando numa equação às diferenças:
G(s)
#
equação diferencial
#
forma integral da equação diferencial
# √ aproximação ...
equação às diferenças
#
G(z)
Y (s) a
G(s) = = , a>0
U (s) s+a
Z t
ẏ(t) + ay(t) = a u(t) , y(t) = (°ay(ø ) + au(ø )) dø
0
Z (k+1)T0
y((k + 1)T0 ) = (°ay(ø ) + au(ø )) dø
0
Z kT0 Z (k+1)T0
y((k + 1)T0 ) = (°ay(ø ) + au(ø )) dø + (°ay(ø ) + au(ø )) dø
0 kT0
Donde:
Z (k+1)T0
y((k +1)T0 ) = y(kT0 )+ (°ay(ø ) + au(ø )) dø
kT0
| {z }
área da função a aproximar
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
170
onde:
Z (k+1)T0
(°ay(ø ) + au(ø )) dø º T0 [°ay(kT0 ) + au(kT0 )]
kT0
substituindo:
donde:
a Y (z) aT0 a
G(s) = °! GF (z) = = =
s+a U (z) z + (aT0 ° 1) (z ° 1)/T0 + a
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
171
onde:
Z (k+1)T0
(°ay(ø ) + au(ø )) dø º T0 [°ay((k + 1)T0 ) + au((k + 1)T0 )]
kT0
substituindo:
donde:
a Y (z) aT0 z a
G(s) = °! GB (z) = = =
s+a U (z) z(1 + aT0 ) ° 1 (z ° 1)/T0 z + a
Conclusão: a aproximação rectangular para trás preserva a estabilidade de s para z, mas não o
contrário!
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
172
onde:
Z (k+1)T0
T0 [°ay((k + 1)T0 ) + au((k + 1)T0 )] + T0 [°ay(kT0 ) + au(kT0 )]
(°ay(ø ) + au(ø )) dø º
kT0 2
desenvolvendo, resulta:
a Y (z) a
G(s) = °! GT (z) = =
s+a U (z) (2/T0 ) [(z ° 1)/(z + 1)] + a
∑ ∏
1 2 z°1 (z ° 1)3 )
s= ln z º + + ···
T0 T0 z + 1 3(z + 1)3
| {z }
aprox. Tustin
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
173
Sistema de terceira ordem com todos os pólos com !n = 1 rad/s (filtro Butterworth):
1
G(s) = , pólos: {°1.0, °0.5 ± 0.866j}
s3 + 2s2 + 2s + 1
0.001
GF (z) = , Aproximação de Euler (+)
z3 ° 2.8z 2 + 2.62z ° 0.82
0.001z 3
GB (z) = , Aproximação rect. p/ trás (§)
1.22z 3 ° 3.42z 2 + 3.2z ° 1
0.8
Amplitude
0.6
0.4
Sistema contínuo
Aproximação de Euler
Aproximação p/ trás
Aproximação Tustin
0.2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (seg.)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
174
1
G(j!) =
(j!)3 + 2(j!)2 + 2j! + 1
0.001
GF (ej!T0 ) = , Aprox. de Euler (+)
e3j!T0 ° 2.8e2j!T0 + 2.62ej!T0 ° 0.82
0.001e3j!T0
GB (ej!T0 ) = , Aprox. para trás (§)
1.22e3j!T0 ° 3.42e2j!T0 + 3.2ej!T0 ° 1
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
175
COMPARAÇÃO DAS REPOSTAS EM FREQUÊNCIA (T0=0.1 s) COMPARAÇÃO DAS REPOSTAS EM FREQUÊNCIA (T0=0.5 s)
1 1
0.8 0.8
0.6 0.6
|G|
|G|
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
0 0
−50 −50
−100 −100
∠ G [°]
∠ G [°]
−150 −150
−200 −200
−250 −250
0 0.5 1 1.5 2 2.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
COMPARAÇÃO DAS REPOSTAS EM FREQUÊNCIA (T0=1 s) COMPARAÇÃO DAS REPOSTAS EM FREQUÊNCIA (T0=2 s)
1 1
0.8 0.8
0.6 0.6
|G|
|G|
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
0 0
−50 −50
−100 −100
∠ G [°]
∠ G [°]
−150 −150
−200 −200
−250 −250
0 0.5 1 1.5 2 2.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
Conclusões:
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
176
Ideia básica: aplicar o mapeamento, z = e sT0 , tanto aos pólos como aos zeros de G(s), sintonizando
depois o ganho da função de transferência obtida.
Procedimento:
Seja G(s) uma função de transferência contı́nua com n pólos finitos e m zeros finitos, donde a dife-
rença positiva, n°m ou m°n, corresponde ao número de zeros ou de pólos no infinito (localizados em
s = °1), respectivamente:
1. Mapear todos os pólos finitos de G(s) para o plano z, através da relação: z = esT0 .
2. Mapear todos os zeros finitos de G(s) para o plano z, através da relação: z = esT0 .
3. Caso não se pretenda nenhum atraso na resposta do sistema discreto, mapear todos zeros (ou
pólos) infinitos de G(s) para o ponto z = °1 do plano z:
5. Ajustar o ganho de G(z) por forma a igualar o de G(s), de acordo com a expressão:
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
177
s+b
G(s) =
s+a
G(s)|s=0 = G(z)|z=1
b 1 ° e°bT0
= K
a 1 ° e°aT0
b 1 ° e°aT0
K =
a 1 ° e°bT0
G(s) = s + a
Mapeando o zero finito, z = e°aT0 , e mapeando o pólo infinito para z = °1, obtém-se:
z ° e°aT0
G(z) = K
z+1
G(s)|s=0 = G(z)|z=1
1 ° e°aT0 2a
a = K , , K=
1+1 1 ° e°aT0
2a z ° e°aT0
G(z) =
1 ° e°aT0 z + 1
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
178
COMPARAÇÃO DAS REPOSTAS EM FREQUÊNCIA (T0=0.1 s) COMPARAÇÃO DAS REPOSTAS EM FREQUÊNCIA (T0=0.5 s)
1 1
0.8 0.8
0.6 0.6
|G|
|G|
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
0 0
−50 −50
−100 −100
∠ G [°]
∠ G [°]
−150 −150
−200 −200
−250 −250
0 0.5 1 1.5 2 2.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
COMPARAÇÃO DAS REPOSTAS EM FREQUÊNCIA (T0=1 s) COMPARAÇÃO DAS REPOSTAS EM FREQUÊNCIA (T0=2 s)
1 1
0.8 0.8
0.6 0.6
|G|
|G|
0.4 0.4
0.2 0.2
0 0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
0 0
−50 −50
−100 −100
∠ G [°]
∠ G [°]
−150 −150
−200 −200
−250 −250
0 0.5 1 1.5 2 2.5 0 0.5 1 1.5 2 2.5
Frequência [rad/s] Frequência [rad/s]
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
179
∑ Z ∏
1 t de(t)
u(t) = Kp e(t) + e(¥)d¥ + Td
Ti 0 dt
Questão: como implementar um controlador PID digital por discretização do PID analógico?
Resposta: dependendo da forma como se aproxima o termo integral e o termo derivativo, resultam
configurações diferentes para o controlador PID digital.
" k°1
#
1 X e(kT0 ) ° e((k ° 1)T0 )
u(k) = Kp e(k) + e(iT0 )T0 + Td
Ti T0
i=0
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
180
" k°1
#
1 X e(kT0 ) ° e((k ° 1)T0 )
u(k) = Kp e(k) + e(iT0 )T0 + Td
Ti T0
i=0
" k°2
#
1 X e((k ° 1)T0 ) ° e((k ° 2)T0 )
u(k ° 1) = Kp e(k ° 1) + e(iT0 )T0 + Td
Ti T0
i=0
A diferença entre u(k) e u(k ° 1) para um instante de amostragem genérico, k, é dada por:
" k°1
#
1 X e(k) ° e((k ° 1))
u(k) ° u(k ° 1) = Kp e(k) + e(i)T0 + Td °
Ti T0
i=0
" k°2
#
1 X e(k ° 1) ° e(k ° 2)
°Kp e(k ° 1) + e(i)T0 + Td
Ti T0
i=0
µ ∂ µ ∂
Td Td Td
u(k) ° u(k ° 1) = Kp 1 + e(k) ° Kp 1 + 2 e(k ° 1) + Kp e(k ° 2) +
T0 T0 T0
√k°1 k°2
!
T0 X X
+Kp e(i) ° e(i)
Ti
i=0 i=0
| {z }
=e(k°1)
µ ∂ µ ∂
Td Td T0 Td
u(k) ° u(k ° 1) = Kp 1 + e(k) ° Kp 1 + 2 ° e(k ° 1) + Kp e(k ° 2)
T0 T0 Ti T0
A lei de controlo é assim facilmente implementada através da seguinte equação às diferenças:
ou seja:
8 ≥ ¥
Td
>
>
< q 0 = Kp 1 +
U (z) q0 + q1 z °1 + q2 z °2 q0 z 2 + q1 z + q2 ≥ T0 ¥
= = , com: q1 = °Kp 1 + 2 TTd0 ° T0
E(z) 1 ° z °1 z(z ° 1) >
> Ti
:
q2 = Kp TTd0
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
181
" k
#
1 X e(kT0 ) ° e((k ° 1)T0 )
u(k) = Kp e(k) + e(iT0 )T0 + Td
Ti T0
i=1
" k
#
1 X e(kT0 ) ° e((k ° 1)T0 )
u(k) = Kp e(k) + e(iT0 )T0 + Td
Ti T0
i=1
" k°1
#
1 X e((k ° 1)T0 ) ° e((k ° 2)T0 )
u(k ° 1) = Kp e(k ° 1) + e(iT0 )T0 + Td
Ti T0
i=1
A diferença entre u(k) e u(k ° 1) para um instante de amostragem genérico, k, é dada por:
" k
#
1 X e(k) ° e((k ° 1))
u(k) ° u(k ° 1) = Kp e(k) + e(i)T0 + Td °
Ti T0
i=1
" k°1
#
1 X e(k ° 1) ° e(k ° 2)
°Kp e(k ° 1) + e(i)T0 + Td
Ti T0
i=1
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
182
µ
∂ µ ∂
Td Td Td
u(k) ° u(k ° 1) = Kp 1 + e(k) ° Kp 1 + 2 e(k ° 1) + Kp e(k ° 2) +
T0 T0 T0
√ k k°1
!
T0 X X
+Kp e(i) ° e(i)
Ti
i=1 i=1
| {z }
=e(k)
µ ∂ µ ∂
Td T0 Td Td
u(k) ° u(k ° 1) = Kp 1 + + e(k) ° Kp 1 + 2 e(k ° 1) + Kp e(k ° 2)
T0 Ti T0 T0
A lei de controlo é assim facilmente implementada através da seguinte equação às diferenças:
ou seja:
8 ≥ ¥
Td
< q0 = Kp 1≥+ T0 + ¥Ti
> T0
>
U (z) q0 + q1 z °1 + q2 z °2 q0 z 2 + q1 z + q2
= = , com: q1 = °Kp 1 + 2 TTd0
E(z) 1 ° z °1 z(z ° 1) >
>
:
q2 = Kp TTd0
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
183
Z t
e(0) + e(T0 ) e(T0 ) + e(2T0 ) e((k ° 1)T0 ) + e(kT0 )
e(¥)d¥ ª
= T0 + T0 + · · · + T0
0 2 2 2
ª T0
= [e(0) + e(T0 ) + e(T0 ) + · · · + e((k ° 1)T0 ) + e((k ° 1)T0 ) + e(kT0 )]
2
Xk°1
ª T0
= [e(0) + e(kT0 )] + T0 e(iT0 )
2
i=1
" √ k°1
! #
T0 e(0) + e(kT0 ) X e(kT0 ) ° e((k ° 1)T0 )
u(k) = Kp e(k) + + e(iT0 ) + Td
Ti 2 T0
i=1
" √
k°1
! #
e(0) + e(kT0 ) X
T0 e(kT0 ) ° e((k ° 1)T0 )
u(k) = Kp e(k) + + e(iT0 ) + Td
2 Ti T0
i=1
" √ k°2
! #
T0 e(0) + e((k ° 1)T0 ) X e((k ° 1)T0 ) ° e((k ° 2)T0 )
u(k ° 1) = Kp e(k ° 1) + + e(iT0 ) + Td
Ti 2 T0
i=1
A diferença entre u(k) e u(k ° 1) para um instante de amostragem genérico, k, é dada por:
" √k°1
! #
e(0) + e(k) X
T0 e(k) ° e(k ° 1)
u(k) ° u(k ° 1) = Kp e(k) + + e(i) + Td °
2 Ti T0
i=1
"√ k°2
! #
T0 e(0) + e(k ° 1) X e(k ° 1) ° e(k ° 2)
°Kp e(k ° 1) + + e(i) + Td
Ti 2 T0
i=1
µ ∂ µ ∂
Td T0 Td T0 Td
u(k) ° u(k ° 1) = Kp 1 + + e(k) ° Kp 1 + 2 + e(k ° 1) + Kp e(k ° 2) +
T0 2Ti T0 2Ti T0
√k°1 k°2
!
T0 X X
+Kp e(i) ° e(i)
Ti
| i=1 {z i=1 }
=e(k°1)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
184
µ ∂ µ ∂
Td T0 Td T0 Td
u(k) ° u(k ° 1) = Kp 1+ + e(k) ° Kp 1+2 ° e(k ° 1) + Kp e(k ° 2)
T0 2Ti T0 2Ti T0
A lei de controlo é assim facilmente implementada através da seguinte equação às diferenças:
ou seja:
8 ≥ ¥
Td
>
> q
< 0 = Kp 1 + + T0
U (z) q0 + q1 z °1 + q2 z °2 q0 z 2 + q1 z + q2 ≥ T0 2Ti ¥
= = , com: q1 = °Kp 1 + 2 TTd0 ° 2T
T0
E(z) 1 ° z °1 z(z ° 1) >
> i
: Td
q2 = Kp T0
U (z) q0 + q1 z °1 + q2 z °2 q0 z 2 + q1 z + q2
= =
E(z) 1 ° z °1 z(z ° 1)
ou,
u(k) = u(k ° 1) + q0 e(k) + q1 e(k ° 1) + q2 e(k ° 2)
Tipo de aproximação q0 q1 q2
≥ ¥ ≥ ¥
Td
Rectangular para a frente Kp 1 + T0
°Kp 1 + 2 TTd0 ° T0
Ti
Kp TTd0
≥ ¥ ≥ ¥
Td
Rectangular para trás Kp 1 + T0
+ T0
Ti
°Kp 1 + 2 TTd0 Kp TTd0
≥ ¥ ≥ ¥
Td
Trapezoidal (*) Kp 1 + T0
+ T0
2Ti
°Kp 1 + 2 TTd0 ° T0
2Ti
Kp TTd0
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
185
O equivalente discreto do controlador PID, Gc (s), via aproximação com retentor de ordem zero:
T0 T0
? ?
s° s
e(t) ° e§ (t) - m(t)- u(t) s° s
° u§ (t)-
ZOH Gc (s)
- HGc (z) = ?
Devido à não causalidade do PID, opta-se por considerar um derivador não ideal:
∑ ∏
1 Td s Td
Gc (s) = Kp 1 + + , com: ' 3, . . . , 10
Ti s T1 s + 1 T1
∑ ∏
z°1 Gc (s) q0 + q1 z °1 + q2 z °2
HGc (z) = Z =
z s 1 + p1 z °1 + p2 z °2
onde:
µ ∂
Td
q0 = Kp 1 +
T1
µ ∂
Td T0
q1 = °Kp 1 ° ∞1 + 2 ° , com: ∞1 = °e°T0 /T1
T1 Ti
∑ µ ∂ ∏
Td T0
q2 = Kp + ° 1 ∞1
T1 Ti
p1 = ∞1 ° 1
p2 = °∞1
Nota: a introdução de um novo retentor no anel aberto pode piorar significativamente o desempenho
do anel fechado.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
186
360000
Gp (s) = , (“Digital control of dynamic systems”, Gene Franklin, et.al., Addison Wesley 1997)
(s + 60)(s + 600)
Considere-se o PID digital obtido a partir do PID analógico considerando: aproximação rectangular
(frente e trás), aproximação trapezoidal e aproximação com retentor de ordem zero.
O perı́odo de amostragem deve ser escolhido por forma a que (ver página 162):
2º 2º 10!b 20!b
∑ T0 ∑ ou, ∑ F0 ∑ , !b ¥ largura de banda do anel fechado
20!b 10!b 2º 2º
2. Escolher, T0 = 2º/10!b , e verificar o desempenho do anel de controlo digital. Se não for satis-
fatório, ir diminuindo o T0 até se atingir um limite mı́nimo tecnicamente viável.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
187
- j - 1.2£10°5 s2 +0.015s+5
R(s) + Y (s)
- 360000 -
0.003s (s+60)(s+600)
6
°
0
1.2
−2
1 −4
Velocidade (rad/s)
Magnitude [dB]
−6
0.8
Largura de banda
−8
−12
0.4
−14
0.2
−16
0 −18
2 3 4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10 10 ωb 10
Tempo (mseg.) Frequência [rad/s]
• Da resposta ao degrau:
tr ª
= 1 mseg. ) !n ª
= 1800 rad/s ) !b º 2000 rad/s
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
188
T0
?
- m r°°r e(t) -
r(t) u(kT0 ) u(t) y(t)
Gc (z) - zoh - 360000 -
(s+60)(s+600)
°6
RESPOSTA AO DEGRAU UNITÁRIO DO ANEL FECHADO RESPOSTA AO DEGRAU UNITÁRIO DO ANEL FECHADO
1.4 2
1.8
1.2
1.6
1
1.4
Velocidade (rad/s)
Velocidade (rad/s)
1.2
0.8
0.6
0.8
0.6
0.4
0.4
0.2
0.2
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (mseg.) Tempo (mseg.)
Conclusões:
• O anel de controlo digital apresenta uma resposta com um sobreimpulso mais acentuado relati-
vamente ao sistema de controlo analógico, embora com menor tempo de crescimento.
• O controlador HGc (z) não produz resultados satisfatórios.
• Na tentativa de melhorar o desempenho do anel de controlo digital, opta-se por aumentar a
frequência de amostragem para F0 = 10 kHz (cerca de 30 vezes a largura de banda do anel
fechado).
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
189
45z 2 ° 84.83z + 40
GFc (z) = , Aproximação rect. p/ frente (+)
z2 ° z
45.17z 2 ° 85z + 40
c (z) =
GB , Aproximação rect. p/ trás (§)
z2 ° z
45.08z 2 ° 84.92z + 40
GTc (z) = , Aproximação de Tustin (o)
z2 ° z
5.5z 2 ° 10.77z + 5.273
HGc (z) = , Aproximação com ZOH (x)
z 2 ° 1.988z + 0.9876
RESPOSTA AO DEGRAU UNITÁRIO DO ANEL FECHADO RESPOSTA AO DEGRAU UNITÁRIO DO ANEL FECHADO
1.4 1.8
1.6
1.2
1.4
1
1.2
Velocidade (rad/s)
Velocidade (rad/s)
0.8
1
0.8
0.6
0.6
0.4
0.4
0.2
0.2
0 0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (mseg.) Tempo (mseg.)
Caso não fosse possı́vel baixar o perı́odo de amostragem, i.e. T0 = 0.3 mseg, pode-se melhorar o de-
sempenho modificando Kp = 3.2, Td = 0.0011 seg., e mantendo inalterado o parâmetro Ti :
1.2
1
Velocidade (rad/s)
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (mseg.)
Outra solução: incluir o termo de atraso devido ao ZOH inicialmente aquando do projecto do PID
°T s
analógico, i.e., projectar um PID analógico para o processo: 1°es 0 Gp (s).
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
190
Problema: devido a variações bruscas no sinal de referência, as acções de controlo do PID digital
podem tomar valores muito elevados, o que é indesejável. Como evitar que isto aconteça?
Exemplo: seja o PID digital obtido por aproximação rectangular para trás:
µ ∂ µ ∂
Td Td T0 Td
u(k) ° u(k ° 1) = Kp 1 + e(k) ° Kp 1 + 2 ° e(k ° 1) + Kp e(k ° 2)
T0 T0 Ti T0
∑µ ∂ µ ∂ ∏
Td Td T0 Td
u(k) = u(k ° 1) + Kp 1+ e(k) ° 1 + 2 ° e(k ° 1) + e(k ° 2)
T0 T0 Ti T0
∑ ∏
T0 Td
u(k) = u(k ° 1) + Kp e(k) ° e(k ° 1) + e(k ° 1) + (e(k) ° 2e(k ° 1) + e(k ° 2))
Ti T0
onde:
∑ ∏
Td
Kp (°y(k) + 2y(k ° 1) ° y(k ° 2)) , Termo derivativo corrigido
T0
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
191
2. Projectar o controlador digital, Gc (z), que garanta as especificações pretendidas para o anel de
controlo:
3. Avaliar o desempenho do anel de controlo digital e, caso seja necessário, alterar T0 (novas espe-
cificações de desempenho em Z) e/ou o controlador digital, Gc (z).
- m
R(z) E(z) U (z) Y (z)
- Gc (z) - HGp (z) -
° 6
• No regime estacionário: precisão do anel fechado via cálculo dos erros estacionários de
posição, velocidade e aceleração.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
192
Questão: como traduzir especificações de desempenho no domı́nio do tempo contı́nuo, plano S, para
o domı́nio do tempo discreto, plano Z?
ou seja:
• A magnitude da parte real de um pólo em S é mapeada para o raio do pólo no plano Z: r = e°æT0 ,
onde æ = ª!n .
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
193
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
194
1. Plano S
2. Plano Z
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
195
Solução:
1. Traduzir as especificações em termos dos parâmetros ª e !n :
• Sobreimpulso: ª ∏ 0.5.
• Tempo de estabelecimento: æ = ª!n ∏ 4.6/10 = 0.46.
• Tempo de crescimento: !n ∏ 1.8/3.6 = 0.5.
2. Representar a região pretendida no plano S:
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
196
- m
R(z) E(z) U (z) Y (z)
- Gc (z) - HGp (z) -
° 6
R(z)
E(z) =
1 + Gc (z)HGp (z)
∑ ∏
°1 (1 ° z °1 )R(z)
ess = lim e(kT0 ) = lim (1 ° z )E(z) = lim
k!+1 z! 1 z!1 1 + Gc (z)HGp (z)
Conclusão: de acordo com a expressão de cima, o valor estacionário do erro de seguimento depende
da conjugação de dois factores:
desde que o limite exista, i.e., desde que todos os pólos da função de transferência do anel fechado se
encontrem dentro do cı́rculo unitário.
Controlo de Sistemas ∞
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197
" #
(1 ° z °1 ) z°1
z
1
ess = lim e(kT0 ) = lim (1 ° z °1 )E(z) = lim =
k!+1 z! 1 z!1 1 + Gc (z)HGp (z) 1 + Kp
onde:
(1 + Æ1 )(1 + Æ2 ) · · · 1
Kp = , ess = ) Erro de seguimento constante.
(1 + Ø1 )(1 + Ø2 ) · · · 1 + Kp
" # ∑ ∏
(1 ° z °1 ) (z°1)
T0 z
2 T0 1
°1
ess = lim (1 ° z )E(z) = lim = lim =
z! 1 z!1 1 + Gc (z)HGp (z) z!1 (z ° 1)Gc (z)HGp (z) Kv
onde:
µ ∂
z°1
Kv = lim Gc (z)HGp (z), Coeficiente de erro estático de velocidade
z! 1 T0
∑ ∏
(z ° 1)(z + Æ1 )(z + Æ2 ) · · ·
Kv = lim
z! 1 T0 (z ° 1) t (z + Ø1 )(z + Ø2 ) · · ·
1
Kv = 0, ess = =1 ) Erro de seguimento infinito.
0
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
198
(1 + Æ1 )(1 + Æ2 ) · · · 1
Kv = , ess = ) Erro de seguimento constante.
T0 (1 + Ø1 )(1 + Ø2 ) · · · Kv
T2
0 z(z+1)
Entrada parábola unitária: R(z) = 2 (z°1)3
2 3 " #
T02 z z(z+1) T02 (z+1)
(1 ° z °1 ) 2 2(z°1)3 1
°1
ess = lim (1 ° z )E(z) = lim 4 5 = lim 2
=
z! 1 z!1 1 + Gc (z)HGp (z) z!1 (z ° 1)2 Gc (z)HGp (z) Ka
onde:
µ ∂2
z°1
Ka = lim Gc (z)HGp (z), Coeficiente de erro estático de aceleração
z! 1 T0
∑ ∏
(z ° 1)2 (z + Æ1 )(z + Æ2 ) · · ·
Ka = lim
z! 1 T02 (z ° 1) t (z + Ø1 )(z + Ø2 ) · · ·
1
Ka = 0, ess = =1 ) Erro de seguimento infinito.
0
1
Ka = 0, ess = =1 ) Erro de seguimento infinito.
0
(1 + Æ1 )(1 + Æ2 ) · · · 1
Ka = , ess = ) Erro de seguimento constante.
T02 (1 + Ø1 )(1 + Ø2 ) · · · Ka
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
199
Conclusão: a precisão do anel fechado depende da referência que se pretende seguir, R(z), e do tipo
da função de transferência do ramo directo, Gc (z)HGp (z), i.e., do número de pólos localizados em z = 1.
1
Gc (z)HGp (z) tipo 0 1+Kp 1 1
1
Gc (z)HGp (z) tipo 1 0 Kv 1
1
Gc (z)HGp (z) tipo 2 0 0 Ka
Nota 1: com a excepção da entrada ao degrau, os erros estacionários dependem do valor do perı́odo
de amostragem, T0 : quanto maior for T0 , maior será o valor do erro estacionário (se finito).
Nota 2: em termos de resposta em frequência, como z = ej!T0 , então z ! 1 implica !T0 ! 0, ou seja,
o limite da curva de magnitudes quando ! ! 0 permite também concluir quanto ao valor do coeficiente
de erro estático do sistema de controlo:
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
200
- j
R(z) + E(z) U(z) Y(z)
- Gc (z) - HGp (z) -
6
°
H(z) æ
1 + Gc (z)HGp (z)H(z) = 0
| {z }
=KG(z)
Sendo assim, um número complexo z § = a ± bj pertence ao LGR sse, para um determinado valor do
ganho da FT do anel aberto, K, verificar simultaneamente as seguintes condições:
§
¢ KG(z ) = ±180± (2n + 1), n = 0, 1, 2, . . . Condição de Argumento
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
201
- j - Gc (z)
R(z) E(z) U (z) 1°e°T0 s Y (z)
- - 1 -
s s+1
°
6
K Kz
Gc (z) = =
1 ° z °1 z°1
3. Determinar, para cada caso, a localização dos pólos do anel fechado para K = 2.
µ ∂ ∑ ∏
Kz z°1 1 Kz 1 ° e°T0
Gc (z)HGp (z) = Z =
z°1 z s(s + 1) z ° 1 z ° e°T0
1 + KG(z) = 0
z(1 ° e°T0 )
1+K = 0
(z ° 1)(z ° e°T0 )
£ §
z 2 ° e°T0 (K + 1) + 1 ° K z + e°T0 = 0
1+!
z = , Aproximação bilinear
1°!
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
202
No nosso caso:
8 £ §
< a1 = ° e°T0 (K + 1) + 1 ° K
P (z) = z 2 + a1 z + a2 ,
:
a2 = e°T0
P̄ (!) = (1 ° a1 + a2 )! 2 + 2(1 ° a2 )! + a1 + a2 + 1
°2(1 + e°T0 )
K< ^ T0 > 0 ^ K>0
e°T0 ° 1
∏ ∑
°2(1 + e°T0 )
K 2 0 ,
e°T0 ° 1
r p
x2 ° ln( a2 + b2 )
ª = , x=
1 + x2 arctan (b/a)
p
° ln( a2 + b2 )
!n =
T0 ª
Controlo de Sistemas ∞
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203
LGR no plano Z
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
204
Donde resulta:
RESPOSTA AO DEGRAU UNITÁRIO DO ANEL FECHADO: T0=0.5, 1 e 2 s.
1.8
1.6
1.4
1.2
Amplitude
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (seg.)
Conclusão: para frequências de amostragem pequenas, < 6 amostragens por ciclo de oscilação, a
estabilidade relativa deixa de poder ser inferida a partir do valor do coeficiente de amortecimento, ª,
ao contrário do que acontece nos sistemas contı́nuos.
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
205
1
ess =
Kv
µ ∂ µ ∂
z°1 z°1 2z 1 ° e°T0 2
Kv = lim Gc (z)HGp (z) = lim =
z!1 T0 z!1 T0 z°1z°e °T0 T0
ou seja:
6
Amplitude
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tempo (seg.)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
206
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
207
a -
2. Ponto soma: operação algébrica (soma, subtracção) dos sinais que confluem para o ponto
soma.
a -+ i a °-
b
6
°
a a -
U (s) - Y (s) -
G(s)
com:
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
208
1. Blocos em cascata.
2. Blocos em paralelo.
Blocos em cascata
8
>
> X1 (s) = G1 (s)U (s)
>
< X2 (s) = G2 (s)X1 (s)
..
>
> .
>
:
Y (s) = GN (s)XN °1 (s)
U (s) - Y (s) -
G(s)
com:
N
Y
G(s) = Gi (s)
i=1
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
209
Blocos em paralelo
- Y1 (s)
G1 (s)
- Y2 (s)
G2 (s)
J + +
U (s) J
J i Y (s) -
^ ?
6
+
..
.
- GN (s) YN (s)
8
>
> Y1 (s) = G1 (s)U (s)
>
< Y2 (s) = G2 (s)U (s)
..
>
> .
>
:
YN (s) = GN (s)U (s)
U (s) - Y (s) -
G(s)
com:
N
X
G(s) = Gi (s)
i=1
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
210
B(s) æ
H(s)
Definições:
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
211
A simplificação do diagrama de blocos pode ser efectuada recorrendo a um dos seguintes métodos, ou
combinação deles:
• Método algébrico. X
Objectivo: simplificar o mais possı́vel um diagrama de blocos até se atingir, no limite e caso seja
possı́vel, um único bloco. Nota que um dos efeitos resultantes da simplificação de um diagrama de
blocos é o aumento da complexidade das funções de transferência envolvidas.
Método algébrico
Procedimento:
1. Escrever as equações algébricas que descrevem cada elemento do diagrama de blocos (pontos
soma, pontos de derivação e blocos).
Exemplo: aplicar o método algébrico para determinar a função de transferência do anel fechado do
sistema correspondente à representação canónica de realimentação.
B(s) æ
H(s)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
212
ou seja, o sistema de controlo por realimentação pode ser representado por um único bloco cuja função
de transferência corresponde à função de transferência do anel fechado:
Nota: deixa-se ao cuidado do leitor verificar que a função de transferência do anel fechado terá como
zeros exactamente os zeros de G(s) e os pólos de H(s), e terá tantos pólos quanto a soma do número
de pólos de G(s) e de H(s).
Exemplo: aplicar o método algébrico para determinar a função de transferência do anel fechado do
seguinte sistema de controlo por realimentação com perturbação no ramo directo.
D(s) - perturbação
R(s) -+ i E(s) - i
-+ ?
+
- Y (s)-
G1 (s) G2 (s)
6
°
H(s) æ
8 8
< Y (s) = G2 (s)[D(s) + G1 (s)E(s)] < Y (s) = G2 (s)[D(s) + G1 (s)(R(s) ° H(s)Y (s))]
: :
E(s) = R(s) ° H(s)Y (s) —
donde:
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
213
Exemplo: aplicar o método algébrico para determinar a função de transferência do anel fechado do
seguinte sistema de controlo. (“Análise de sistemas lineares”, Maria Isabel Ribeiro, IST-Press 2002, pág. 769)
- Z(s)
G3 (s)
H1 (s) æ
H2 (s) æ
Y (s) = Z(s) + G2 (s)U (s) = G3 (s)U (s) + G2 (s)U (s) = [G2 (s) + G3 (s)] U (s)
desta última equação resulta a seguinte relação entre U (s) e E(s) (e, por sua vez, entre U (s) e Y (s)):
Substituindo esta última expressão na primeira obtém-se a relação pretendida entre R(s) e Y (s):
G1 (s)G4 (s)
Y (s) = [G2 (s) + G3 (s)] [R(s) ° H2 (s)Y (s)]
1 ° G1 (s)G4 (s)H1 (s)
[G2 (s) + G3 (s)] G1 (s)G4 (s) [G2 (s) + G3 (s)] G1 (s)G4 (s)H2 (s)
Y (s) = R(s) ° Y (s)
1 ° G1 (s)G4 (s)H1 (s) 1 ° G1 (s)G4 (s)H1 (s)
Y (s) [G2 (s) + G3 (s)] G1 (s)G4 (s)
=
R(s) 1 ° G1 (s)G4 (s)H1 (s) + [G2 (s) + G3 (s)] G1 (s)G4 (s)H2 (s)
Conclusão: é possı́vel representar o sistema total através de um único bloco, embora a função de
transferência resultante seja bastante mais complexa!
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
214
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
215
R(s) -+ i -+ i - i Y (s) -
-+ ?
+
H1 (s) æ
H2 (s) æ
H2 (s) æ
R(s) - Y (s) -
G(s)
com:
G1 (s)G4 (s)
1°H1 (s)G1 (s)G4 (s) [G2 (s) + G3 (s)]
G(s) = G1 (s)G4 (s)
1+ 1°H1 (s)G1 (s)G4 (s) [G2 (s) + G3 (s)] H2 (s)
Nota: como era de esperar, o resultado coincide com o apresentado anteriormente e obtido via método
algébrico.
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
216
Exemplo: aplicar o método de redução gráfica sucessiva ao seguinte sistema de realimentação. (“Modern
Control Engineering (3rd Edition)”, K. Ogata., Prentice-Hall, Inc., 1997. pág. 69)
H2 (s)
R(s) -+ i -+ i - i
-+ ?
°
- - Y (s) -
G1 (s) G2 (s) G3 (s)
6
° 6
+
H1 (s) æ
R(s) -+ i i
-+ ? -+ i
°
- - - Y (s)-
G1 (s) G2 (s) G3 (s)
6
° 6
+
H1 (s) æ
R(s) -+ i i
-+ ?
°
- G1 (s)G2 (s) - Y (s)-
1°G1 (s)G2 (s)H1 (s) G3 (s)
6
°
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
217
T0 T0
? ?
s° s
u(t) ° u§ (t) - y(t) s°°s y § (t) -
G(s)
- G(z) = Y (z) = ?
U (z)
Desenvolvendo:
# aplicando a T L
# aplicando a T Z
Y (z)
G(z) =
U (z)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
218
Configuração 1:
T0 T0
? ?
s° s s° s
u(t) ° u§ (t) - y1 (t) - y2 (t) ° y2§-
(t)
G1 (s) G2 (s)
- G(z) = Y2 (z) = ?
U (z)
Desenvolvendo:
# aplicando a T L
# aplicando a T Z
Y2 (z)
G(z) = = G1 G2 (z) = Z {G1 G2 (s)}
U (z)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
219
Configuração 2:
T0 T0 T0
? ? ?
s° s
u(t) ° u§ (t) - y1 (t) s°°s y1§ (t)
-
y2 (t) s° s
° y2§-
(t)
G1 (s) G2 (s)
- G(z) = Y2 (z) = ?
U (z)
Desenvolvendo:
8
< y2 (t) = g2 (t)y1§ (t)
:
y1 (t) = g1 (t)u§ (t)
# aplicando a T L
8
< Y2 (s) = G2 (s)Y1§ (s)
:
Y1 (s) = G1 (s)U § (s)
# aplicando a T Z
8
< Y2 (z) = G2 (z)Y1 (z)
:
Y1 (z) = G1 (z)U (z)
Y2 (z)
G(z) = = G1 (z)G2 (z) 6= G1 G2 (z)
U (z)
Conclusão: a colocação do amostrador entre os blocos G1 (s) e G2 (s) alterou a função de transferência!
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
220
T0 T0
∂≥
? ?
r(t)
-
e(t) s° s e§ (t)-
° u§ (t)- u(t)- y(t) s° s -
° y § (t)
µ¥
Gc (z) 1°e°T0 s Gp (s)
s
° 6
Desenvolvimento:
8 8
>
> Y (s) = HGp (s)U § (s) >
> Y (z) = HGp (z)U (z)
>
> >
>
< <
U § (s) = Gc (z)E § (s) U (z) = Gc (z)E(z)
>
> >
>
>
> >
>
: :
E(s) = R(s) ° HGp (s)U § (s) E(z) = R(z) ° HGp (z)U (z)
donde:
Gc (z)R(z)
U (z) = Gc (z) [R(z) ° HGp (z)U (z)] , U (z) =
1 + Gc (z)HGp (z)
Y (z) Gc (z)HGp (z)
=
R(z) 1 + Gc (z)HGp (z)
T0 T0
∂≥
? ?
s s s° s -
r(t) e(t) - u(t) ° ° u§ (t)- u(t)- y(t) ° y § (t)
-
µ¥
Gc (s) 1°e°T0 s Gp (s)
s
° 6
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
221
Desenvolvimento:
8 8
>
> Y (s) = HGp (s)U § (s) >
> —
>
> >
>
< <
U (s) = Gc (s)E(s) U (s) = Gc (s)R(s) ° Gc (s)HGp (s)U § (s)
>
> >
>
>
> >
>
: :
E(s) = R(s) ° HGp (s)U § (s) —
aplicando a transformada Z:
8
>
> Y (z) = HGp (z)U (z)
>
>
<
U (z) = Gc R(z) ° Gc HGp (z)U (z)
>
>
>
>
:
—
resulta:
Gc R(z)
U (z) =
1 + Gc HGp (z)
donde, finalmente:
Conclusões:
• Não foi possı́vel estabelecer a função de transferência que relaciona Y (z) com R(z).
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
222
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
223
w(t)
T0 T0 T0
∂≥ + ∂≥
? ? + ?
s s
e(t) ° ° e§ (t)- u§ (t)s°° su§ (t)
- -
?
- s
° s -
° y § (t)
µ¥ µ¥
Gc (z) ZOH Gp (s)
° 6
c c
e2 (t) e1 (t)
3. Repita as alı́neas anteriores mas considerando agora a perturbação, w, amostrada e retida por
um ZOH antes de ser aplicada ao sistema.
8 8
> Y (s) = Gp (s)E1 (s) > Y (s) = Gp (s) [W (s) + H(s)U § (s)]
>
> >
>
>
> >
>
>
> >
>
>
> E1 (s) = W (s) + E2 (s) >
>
>
> —
>
> >
>
< <
E2 (s) = H(s)U § (s) —
>
> >
>
>
> >
>
>
> >
>
> U (s) = Gc (z)E § (s) > —
> § >
>
> >
>
>
> >
>
: :
E(s) = °Y (s) E(s) = °Gp (s) [W (s) + H(s)U § (s)]
Aplicando a transformada Z:
8 8
>
> Y (z) = Gp W (z) + HGp (z)U (z) >
> —
>
> >
>
< <
U (z) = Gc (z)E(z) U (z) = Gc (z) [°Gp W (z) ° HGp (z)U (z)]
>
> >
>
>
> >
>
: :
E(z) = °Gp W (z) ° HGp (z)U (z) —
Donde:
Gc (z)Gp W (z)
U (z) = °
1 + Gc (z)HGp (z)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
224
Conclusão: não é possı́vel encontrar a função de transferência que relaciona Y (z), E1 (z) e E2 (z) com
a perturbação, W (z). Para o caso em que a perturbação, w, é amostrada e retida por um ZOH antes
de ser aplicada ao sistema:
w(t)
s
@ æ T0
s
@
w§ (t)
?
ZOH
T0 T0 T0
∂≥ + ∂≥
? ? + ?
s s
e(t) ° ° e§ (t)- u§ (t)s°° su§ (t)
- -
?
- s
° s -
° y § (t)
µ¥ µ¥
Gc (z) ZOH Gp (s)
° 6
c c
e2 (t) e1 (t)
Demonstra-se que:
E1 (z) H(z)
=
W (z) 1 + Gc (z)HGp (z)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
225
!n2
G(s) =
s2 + 2ª!n s + !n2
A localização no plano complexo dos pólos do sistema depende do valor do coeficiente de amortecimento
(ª) e da frequência natural (!n ):
p
°2ª!n ± 4ª 2 !n2 ° 4!n2 p
p1,2 = = °ª!n ± !n ª 2 ° 1
2
º
y(t) = 1 ° sin(!n t + ) = 1 ° cos(!n t)
2
2
1.8
1.6
1.4
1.2
Saída
0.8
0.6
0.4
0.2
0
ωnt
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
226
Definições:
- Tempo de subida (tr ) Intervalo de tempo que a resposta demora a passar entre 0% a 90%
do seu valor final. Nos sistemas subamortecidos considera-se por vezes os valores 10% a
100% do valor final, resultando:
p
1°ª 2
º ° arctan ª
tr = p
!n 1 ° ª 2
- Tempo de pico (tp ) Tempo que a resposta leva até atingir o seu valor máximo:
º
tp = p
!n 1 ° ª 2
0.9
0.8
0.7
0.6
p
0.5
M
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
ξ
- Tempo de estabelecimento (ts ) Tempo que a resposta leva até atingir o regime esta-
cionário, definido consoante o critério:
4
ts = , critério dos 2%
ª!n
3
ts = , critério dos 5%
ª!n
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
227
Nota: o máximo de sobreimpulso (Mp ), a frequência natural amortecida (!d , número de os-
cilações da resposta até atingir o regime estacionário) e o tempo de estabelecimento (ts ), vão
diminuindo à medida que ª aumenta.
Nota: o máximo de sobreimpulso (Mp ) mantém-se constante, ao passo que o tempo de subida
(tr ) e o tempo de estabelecimento (ts ) diminuem à medida que !n aumenta.
(Figuras tiradas de “Análise de sistemas lineares”, Maria Isabel Ribeiro, IST-Press 2002, pág. 182. Reprodução proibida.)
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
228
Nota: a frequência natural amortecida (!d ) e o tempo de subida (tr ) mantêm-se constantes,
ao passo que o tempo de estabelecimento (ts ) e o máximo de sobreimpulso (Mp ) diminuem à
medida que o módulo da parte real aumenta.
(Figuras tiradas de “Análise de sistemas lineares”, Maria Isabel Ribeiro, IST-Press 2002, págs. 182 e 183. Reprodução proibida.)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
229
y(t) = 1 ° e°!n t (1 + !n t)
0.8
0.6
Saída
0.4
0.2
0
ωnt
Nota: desaparece a caracterı́stica sinusoidal da resposta, ou seja, esta deixa de ser oscilatória
e passa a ser do tipo exponencial.
1
ξ=1
ξ=3
0.8
0.6
ξ=5
Saída
0.4
0.2
0
ω t
n
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
230
!n2
G(j!) =
(j!)2 + 2ª!n j! + !n2
Curva de magnitudes:
Ø Ø
Ø ! 2 Ø
20 log10 |G(j!)| = 20 log10 ØØ n Ø
(j!) + 2ª!n j! + !n Ø
2 2
sµ ∂ µ ∂
!2 2 ! 2
= °20 log10 1° 2 + 2ª
!n !n
Curva de fases:
onde:
! ø !n : arg[G(j!)] = 0±
µ ∂
2ª
! = !n : arg[G(j!)] = ° arctan = °90±
0
! ¿ !n : arg[G(j!)] = °180±
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
231
40
ξ=0.01
20 ξ=0.1
Ganho [dB]
ξ=0.2
0
ξ=0.4
ξ=0.6 ξ=0.9
−20
−40
w/wn
Frequência [rad/s]
0
ξ=0.01
ξ=0.1
ξ=0.2
Fase [°]
ξ=0.4
−90
ξ=0.6
ξ=0.9
−180
w/wn
Frequência [rad/s]
Frequência de ressonância (!r ) Valor da frequência para a qual a curva de magnitudes atinge o
seu máximo:
p
!r = !n 1 ° 2ª 2 , 0 ∑ ª < 0.707
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
232
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
233
±(t) 1 1
1(t) 1
s
z
z°1
1 z
bk s° T1 ln b z°b
0
1 T0 z
t s2 (z°1)2
t2 1 T02 z(z+1)
2 s3 2(z°1)3
1 z
e°at s+a z°e°aT0
1 T0 ze°aT0
te°at (s+a)2 (z°e°aT0 )2
z(1°e°aT0 )
1 ° e°at a
s(s+a) (z°1)(z°e°aT0 )
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas
234
z[z°e°aT0 (1+aT0 )]
(1 ° at)e°at s
(s+a)2 (z°e°aT0 )2
a2 aT0 e°aT0 z
1 ° (1 + at)e°at s(s+a)2
z
z°1 ° z
z°e°aT0
° (z°e°aT0 )2
z sin(aT0 )
sin(at) a
s2 +a2 z 2 °2 cos(aT0 )z+1
z(z°cos(aT0 ))
cos(at) s
s2 +a2 z 2 °2 cos(aT0 )z+1
ze°aT0 sin(bT0 )
e°aT0 sin(bt) b
(s+a)2 +b2 z 2 °2e°aT0 cos(bT0 )z+e°2aT0
z(z°e°aT0 cos(bT0 ))
e°aT0 cos(bt) s+a
(s+a)2 +b2 z 2 °2e°aT0 cos(bT0 )z+e°2aT0
° ¢ a2 +b2 z(Az+B)
1 ° e°at cos(bt) + a
b sin(bt) s[(s+a)2 +b2 ] (z°1)(z 2 °2e°aT0 cos(bT0 )z+e°2aT0
b(1°e°aT0 )°a(1°e°bT0 )
A= ab(b°a)
ae°aT0 (1°e°bT0 )°be°bT0 (1°e°aT0 )
B= ab(b°a)
Controlo de Sistemas ∞
c Miguel Ayala Botto, 2006
235
h i
z°1 G(s)
G(s) G(z) = Z [G(s)] HG(z) = z Z s
1 z T0
s z°1 z°1
1 T0 z T02 (z+1)
s2 (z°1)2 2(z°1)2
1 z (1°e°aT0 )
s+a z°e°aT0 a(z°e°aT0 )
A = a ° b ° ae°bT0 + be°aT0
B = (a ° b)e°(a+b)T0 ° ae°aT0 + be°bT0
∞
c Miguel Ayala Botto, 2006 Controlo de Sistemas