Mariano, Nhamussua & Ribeiro, 2018 Versao Final2
Mariano, Nhamussua & Ribeiro, 2018 Versao Final2
Mariano, Nhamussua & Ribeiro, 2018 Versao Final2
Eu, Milo Samuel Mariano declaro por minha honra que este trabalho intitulado Avaliação da
Variação da Estrutura e Composição da Vegetação do Miombo, na Reserva Nacional do
Niassa, de Acordo com a Frequência das Queimadas nunca foi apresentado em nenhuma
outra instituição académica, para obtenção de qualquer grau académico. Este relatório, constitui
o fruto de trabalho de campo e de pesquisa bibliográfica, estando as fontes utilizadas registadas
no texto e nas referências bibliográficas.
EPÍGRAFE
Provérbio indígena
Em primeiro lugar agradeço a Deus pai todo-poderoso, pela vida concedida, por estar comigo em
bons e maus momentos servindo como meu refúgio e fortaleza, graças a ele foi possível a
realização deste trabalho que é mais um sonho que considero uma Vitória.
Em segundo lugar gostava de agradecer ao meu pai (Samuel Mariano Tobias) a minha mãe
(Catarina Manuel Geraldo), que sem medir esforços esses têm feito tudo para que eu possa
alcançar os meus sonhos. Passamos por momentos muito tristes e dolorosos nas nossas vidas,
mas mesmos nessas ocasiões quando deviam desistir de todo o peso que levarás as costas não o
fizeram, continuaram a investir o pouco que ganhavam nos meus estudos. Em ocasiões que
precisei de conforto, carinho e de amor lá estavam para me amparar.
Aos docentes Engº. Alfredo Duvane (FCA - UNILÚRIO), Mestre Aniceto Chaúque (FAEF -
UEM), ao técnico de departamento de solos Mathombe, botânico Boane, a técnica “dona
Cândida ambos da FAEF - UEM, aos motoristas Manuel Botomane (FCA - UNILÚRIO), Daniel
Cossa (FAEF - UEM), aos fiscais da RNN os senhores António e Casimiro pela ajuda durante o
processo de recolha dados no campo.
Agradecimentos especiais a minha tia Suzana Geraldo, aos meus tios Santos Mariano, António
Ngonha, Osvaldo Chúni, Albertino Napancane, a minha prima Tabia carinhosamente tratada por
“mana Tabia” e ao primo Serafim Geraldo que de forma incansável apoiaram, acreditaram em
mim e pela forca moral dada.
Não podia de forma alguma deixar de agradecer aos meus colegas de turma e amigos (Aiuba
Milange, Paulino Comissário, Mino Emílio, Atánasio, Jaime, Agnaldo, Sailon Mesa, Abdul,
Valério, Aicir, Castigo, Belto Elias, José Omar, Chivite, Benvindo Bizueque, Engº. Cumbe,
Engº. Ribas, Engº. Alberto Muchanga, Engº. Valdemar Jonasse, Engº. Artur Ana Titos, Engº
Quizido Mutacate, Engº Amadeu João, Engº. Filipe Canção, Engº. Vidamão e as minhas amigas
Leopoldina, Mimi e Clarice), que partilharam todos os momentos na academia e nas residências
universitárias, até mesmo na execução do trabalho de culminação constituíram força motriz
indispensável, neste grupo gostaria de em especial agradecer aos meus amigos Paulino e Aiuba,
que apesar de todos os meus defeitos sempre estiveram do meu lado para superar os maus
momentos e festejar os bons. A minha companheira Maria Ricardo Sairosse, palavras me faltam
para mostrar a minha imensa gratidão por todas as coisas que tens feito para tornar os meus dias
mais alegres durante todos esses anos que estamos juntos, se a vida for justa, muita coisa virá em
nossas vidas e espero que continues a ser essa mulher humilde, batalhadora, compreensiva,
adorável que tens sempre demonstrado ser independente da ocasião
Em geral agradeço a todos que por várias razões não posso mencionar pois a lista é bastante
grande.
Lista Abreviaturas
Lista Acrónimos
UNILÚRIO-------Universidade Lúrio
Lista Símbolos
EPÍGRAFE ...................................................................................................................................... v
DEDICATÓRIA .............................................................................................................................vi
LISTA DE APÊNDICES..............................................................................................................xiv
Resumo .......................................................................................................................................... xv
I. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3
3.2. Métodos........................................................................................................................... 24
5.2. Recomendações............................................................................................................... 67
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.2. Valores dos índices de similaridades de Jaccard e Sorensen obtidos para os quatro
níveis de frequência de fogo. ......................................................................................................... 40
Tabela 4.6. Teste de Comparação de Kruskal – Wallis do 1º, 2º, 3º e 4 Nível de frequência de
fogo ................................................................................................................................................ 64
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 4.1. Distribuição de número de espécies por família encontradas na região de estudo .. 37
Gráfico 4.2. Índices de Shannon - Winner (H'), Simpson (D), Equabilidade de Pielou de cada
uma das áreas em árvores com DAP maior ou igual a 5 ............................................................... 38
Gráfico 4.6. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 1º
Nível de frequência de fogo........................................................................................................... 47
Gráfico 4.7. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 2º
Nível de frequência de fogo........................................................................................................... 49
Gráfico 4.8. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 3º
Nível de frequência de fogo........................................................................................................... 50
Gráfico 4.9. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 4º
Nível de frequência de fogo........................................................................................................... 51
Gráfico 4.10. Distribuição das dez (10) espécies com maior peso ecológico (IVI) em toda área
(de um modo Geral, com respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e
Dominância (DoR) ........................................................................................................................ 52
Gráfico 4.11. Distribuição dos indivíduos em classes diamétricas nas áreas de estudo ............... 53
Gráfico 4.12. Distribuição diametrica das espécies que apresentaram maior peso ecológico ..... 56
Gráfico 4.13. Distribuição das espécies que tiveram maior posição sociológica ......................... 58
Gráfico 4.14. Distribuição das espécies em categoria de tamanho (CT) na regeneração natural . 59
Gráfico 4.15. Distribuição das espécies que tiveram maior Regeneração Relativa ..................... 59
Gráfico 4.16. Distribuição das 10 espécies com maior IVIA em toda área de estudo ................. 61
LISTA DE APÊNDICES
Apêndice 2. Representação das espécies no 1º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI. .......... 76
Apêndice 3. Representação das espécies no 2º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI ........... 79
Apêndice 4. Representação das espécies no 3º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI ........... 81
Apêndice 5. Representação das espécies no 4º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI ........... 83
Apêndice 6. Representação Geral das espécies em termos de Dor, Abr, Frel e IVI..................... 85
1.1.Generalidade
Segundo FROST (1996) e WWF (2012) o miombo é o maior ecossistema seco da África
Subsaariana com uma extensão de aproximadamente 2.7 milhões de km2 e para FAO (2008), o
miombo constitui base de sustento para mais de 90% dos cerca de 690 milhões de habitantes
desta região que vivem com menos de 1 dólar por dia.
O número de espécies que podem ser encontradas na formação do miombo em geral, varia entre
12 – 24, e a maioria das árvores são decíduas e são ectomicorrizas FROST (1996). Em
Moçambique, as espécies dominantes na formação do miombo são as do género Brachystegia e
Julbernadia (Família Fabaceae, Subfamilia Caesalpinioideae) entre outras associadas a estas.
No miombo, a maioria das gramíneas floresce durante a época chuvosa, outras porém florescem
na época seca ou só depois de passar fogo e também as sementes de algumas espécies, como por
exemplo, Pterocarpus angolensis, só germinam depois de o fogo ter passado por elas RIBEIRO
et al. (2002). As respostas adaptativas das plantas ao fogo incluem mecanismos para sobreviver
após o fogo, tais como a produção de rebentos a partir de órgãos de reserva subterrâneos ou do
próprio tronco e a facilitação da reprodução sexuada pelo fogo (PEREIRA et al. 2006).
A estrutura e composição florística do miombo são modificadas pelo clima, solo, altitude e até
mesmo por incêndios florestais, distinguindo-se duma região para outra conforme as variações
topográficas e fisiográficas RIBEIRO et al. (2002). Ainda SITOE et al. (2012), acrescentam que
a colheita de mel, o fabrico de carvão, e queimadas descontroladas também são apontadas como
as principais razões para alteração da cobertura vegetal em Moçambique.
No geral, os fogos são mais frequentes em ecossistemas onde existem simultaneamente material
combustível acumulado (volume disponível, concentração, distribuição e características) que por
sua vez, esse material combustível depende das propriedades (composição e dimensão) dos
povoamentos florestais e períodos secos PEREIRA et al. (2006). Na formação do miombo o
fogo é um elemento frequente e importante, quer como factor ecológico, mas também como um
instrumento de maneio (RIBEIRO et al. 2002).
3
Segundo o antigo Ministério Para a Coordenação e Acção Ambiental – MICOA (2007), em
Moçambique, as queimadas são praticadas com a finalidade de abertura de novas áreas para a
prática de Agricultura Itinerante, recuperação de áreas de pastagem, afugentamento de animais
ferozes/bravios das áreas residenciais nas zonas rurais, ou ainda de obtenção de peças de caça e
criação de acesso às vias de comunicação.
Segundo o inventário nacional feito por MARZOLI (2007), a província Niassa apresenta 77% da
terra florestada. Em termos relativos a taxa anual de desflorestação é a mais baixa com cerca de
0.22% de desflorestação e SITOE et al. (2012) apontam que a província, possui cerca de 6.0
milhões de hectares de florestas produtivas, e cerca de 3.1 milhões ha de florestas de
conservação representando uma das maiores áreas de florestas de conservação do país.
O presente estudo tem como objectivo principal procurar entender até que ponto a frequência dos
incêndios florestais influencia na composição e estrutura florística na Reserva Nacional de
Niassa.
4
1.2.Problema
Estudos realizados por (RIBEIRO et al. 2007; RIBEIRO et al. 2013; CANGELA, 2014) dentro
da reserva do Niassa, indicam que actividades como a caça, a colheita de mel e as rotas da
população originam queimadas, que por sua vez, reduzem a ocorrência de espécies mais
predominantes do ecossistema de miombo tais como a Julbernardia globiflora e Brachystegia
spp.
Actualmente o fogo tem sido visto como uma das principais ameaças para a mudança de
biomassa e da biodiversidade nestes ecossistemas (RIBEIRO et al. 2008; CHIDUMAYO, 2013),
essas ameaças estão mais relacionadas com o aumento da frequência e intensidade de fogo
(HELD, 2006; HEINL et al. 2007).
Portanto, apesar das queimadas constituírem um factor chave na dinâmica ecológica da mata de
miombo, variações no seu regime poderão levar a médio e longo prazo a uma alteração da
vegetação e consequentemente afectar a disponibilidade de recursos florestais para as
comunidades dependentes dos mesmos (SGDRN, 2006).
Alguns estudos conduzidos por (RIBEIRO et al. 2013; CANGELA, 2014; FARÃO, 2017) na
Reserva Nacional de Niassa, por ZOLHO (2005) em Sofala e por RYAN & WILLIAMS, (2011)
em Moçambique e Zimbabwe, indicam que a elevada frequência de queimadas pode representar
um risco maior de degradação do miombo, e essas queimadas frequentes haviam causado uma
redução do IVI da espécie Julbernardia globiflora (espécie – chave do miombo), redução de
espécies em 13% e redução da área basal. Isso por sua vez pode modificar os padrões de
vegetação e, portanto, as relações sócio – ecologicamente associadas. Neste contexto, é
importante prever as interacções entre os incêndios e os ecossistemas, a fim de definir estratégias
para adaptar e atenuar os efeitos das alterações climáticas.
Segundo FARÃO (2017), cerca de 85% da área total da reserva foi afectada, onde 8.63%
queimou uma vez, 27% queimou duas a três vezes, 15.14% queimou quatro vezes e a partir da
frequência 5 até 13 observou-se um decréscimo brusco e constante de área queimada em que de
frequência 11 a 13 a área queimada é quase que insignificante, isto é, abaixo de 0.01% e apenas
14.8% foi a área que não sofreu queimada no período compreendido entre 2012 a 2016. Segundo
5
CLARK & BEGG (2010), uma das evidências do impacto negativo do aumento da frequência de
queimadas dentro da RNN é a perda de habitat.
A questão do fogo e a biodiversidade pode ser reduzida à pergunta: “em que intervalos de
frequência do fogo as espécies presentes serão capazes de manter as suas populações?”. Sabe –
se de antemão que dentro da Reserva Nacional de Niassa, muitos estudos são desenvolvidos, mas
no presente momento há pouca informação bibliográfica existente sobre até que ponto a
ocorrência dos incêndios florestas influencia na alteração da estrutura e composição florística
dentro da Reserva Nacional de Niassa.
1.3.Justificativa
Miombo cobre cerca de 72% da área total da reserva do Niassa e é dominada pela espécie do
género Julbernardia e espécies arbóreas do género Brachystegia RIBEIRO et al. (2008) e
representa o ecossistema mais importante, representando habitat para fauna importante e
espécies de árvores e fornecimento de bens e serviços importantes para as comunidades locais. A
reserva do Niassa foi descrita como conter as mais ricas diversidades de fauna e flora dentro de
Moçambique (LEO – SMITH et al. 1997 citado por RIBEIRO et al. 2008) e é uma área de
conservação fundamental da miombo no sul da África (RIBEIRO et al. 2008).
Importa referir que na Reserva Nacional do Niassa (RNN) que é considerada uma das maiores e
mais importante área de conservação de miombo no país e a nível mundial MAQUIA et al.
(2012), nos últimos anos tem-se registado elevada ocorrência de queimadas atingindo grandes
proporções (acima de 90% da área) em curtos períodos e causando a redução da resistência das
plantas, a morte parcial dos indivíduos, a perda e redução da biodiversidade CANGELA (2014).
O que ameaça de um certo modo a sobrevivência de algumas espécies - chave do miombo com
baixa resistência ao fogo como é o caso da espécie Julbernardia globiflora que mostrou uma
redução no Índice de Valor de Importância (IVI) provavelmente, por conta de queimadas
frequentes (RIBEIRO et al. 2013).
6
vegetais e estrutura do ecossistema, e suas relações com os distúrbios das queimadas dentro da
Reserva de Niassa.
1.5.Objectivos
1.5.1. Geral
1.5.2. Específicos
Determinar:
A abundância, a frequência, a dominância, o índice de valor de importância, a
distribuição diamétrica, o índice de diversidade de Shannon e de similaridade de
Jaccard das espécies existentes nos diferentes níveis de frequência de fogo;
A posição sociológica e regeneração natural relativa das espécies existentes nos
diferentes níveis de frequência de fogo; e
Comparar a estrutura e composição existente nos diferentes níveis de frequência de fogo.
7
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Floresta: refere-se a toda área medindo mais de 0.5ha com árvores maiores que 5m de altura e
cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Nesta
definição não se inclui terra que está predominantemente sob uso agrícola ou urbano (FAO,
2012).
8
naturais, assegurando a conservação da biodiversidade e garantindo a utilização sustentável
integral destes recursos (SAL & CALDEIRAS, 2014).
Com uma superfície em torno dos 784 755 km2, o nosso país conta com 620 000 km2 de floresta
natural e outra vegetação lenhosa que corresponde a 78% da superfície total do país e uma taxa
de crescimento anual que varia entre 0,5 a 1,5 m3/ha/ano. As florestas de miombo cobrem 67%
estendendo-se na zona climática húmida desde o rio Limpopo para o Norte e os restantes 33%
são dominados pela floresta de Mopane na zona climática árida e semi-árida do sul do rio Save
(MARZOLI, 2007).
As florestas produtivas, adequadas para a produção madeireira, cobrem cerca de 26.9 milhões de
hectares, 67% de toda a área florestal. Treze milhões de hectares de floresta encontram-se dentro
de áreas de conservação e de proteção. As províncias com maior contribuição para as florestas
produtivas são Niassa, com 6.0 milhões de hectares, Zambézia, com 4.1 milhões de hectares,
Tete, com um total de 3.3 milhões de hectares e Cabo Delgado com uma área de 3.2 milhões
(MARZOLI, 2007).
2.3.Florestas de Miombo
A palavra “Miombo” é derivada de várias línguas faladas no centro de África que designa
espécies do género Brachystegia, Julbernardia, e Isoberlina pertencentes a família (Fabaceae,
9
Subfamilia Caesalpinioideae) como sendo as espécies mais abundantes da região em que ocorre
o miombo (CAMPBELL, 1996; RIBEIRO, 2002; TIMBERLAKE & CHIDUMAYO, 2011).
O miombo possui uma vasta diversidade biológica que inclui cerca de 8500 espécies de plantas,
54% das quais endémicas, com predominância dos géneros Brachystegia, Julbernadia e
Isoberlinia, e uma população significante de fauna, como por exemplo, elefantes (Loxodonta
africana), rinoceronte (Diceros bicornis), leões (Panthera leo), búfalos (Syncerus caffer),
leopardos (Panthera pardus), impalas (Aepyceros melampus johnstoni), zebras (Equus burchelli
boehmi) e diversas espécies de aves (WWF, 2012).
Os mesmos autores referidos anteriormente e de outros países que levaram a cabo estudos de
diversidade de espécies em florestas de Miombo (ISANGO s/d; FOST, 1996) entre outros
autores que relatam sobre a matéria, observaram que a diversidade de espécies usando o índice
de Shannon varia de 1 a 4.
10
A área basal é muito variável e depende da precipitação média anual, temperatura média anual e
evapotranspiração potencial RIBEIRO (2002). Em Miombos pobres adultos, a área basal ronda
por volta de 7 m2/ha a (precipitação média 650 mm/ano) e no Miombos denso, 22 m2/ha
(precipitações superiores a 1200 mm/ano). Porém, casos há em que Miombos densos atingem
área basal de cerca de 55 m2/ha. Em média a área basal da floresta Miombos varia entre7 a 19
m2/ha (CHIDUMAYO, 1987 citado por FROST, 1996).
ARCHIBALD et al. (2010) estudou o regime de queimadas na região da África Austral entre
2001 a 2009 tendo constatado que os países com maior incidência de queimadas são Angola,
Zâmbia e Moçambique onde mais de metade dos seus territórios foram afectados pelas
queimadas mais de 4 vezes em 8 anos, correspondendo a um intervalo de retorno de
aproximadamente 2 anos.
11
miombo húmido onde a produção de biomassa é elevada sendo o intervalo de retorno de
queimadas estimada entre 1 a 5 anos.
A sazonalidade das queimadas influencia a intensidade e o grau de impacto que o fogo causa
sobre a vegetação e a fauna. Queimadas frequentes principalmente na época seca reduz a
densidade da população de várias espécies de micro – fauna do solo por exemplo, espécies dos
géneros Annelida, Chilopoda, Arachnidae hexapoda SILESHI & MAFONGOYA (2005) com
forte impacto no balanço dos nutrientes do solo. Durante as queimadas ocorre a volatilização de
nutrientes do solo como carbono, nitrogénio, enxofre e fósforo (FROST, 1999).
12
condilocarpon, Cobretum zeyheri, Terminalia stenostachya, Lonchocarpus capassa e
Pseudolachnostylis maprouneifolia (RIBEIRO et al. 2008; ZOLHO, 2005).
A ausência de queimadas favorece o crescimento das espécies arbóreas que através da cobertura
das suas copas poderão eliminar gradualmente as gramíneas e herbáceas. De acordo com FROST
(1999) uma total supressão das queimadas conduz ao aumento da densidade da vegetação e
reduz a disponibilidade do pasto para os herbívoros.
13
“Os conhecimentos florísticos e fitossociológicos das florestas são condições essenciais para sua
conservação e que a obtenção e padronização dos atributos de diferentes ambientes florísticos e
fisionómicos, são actividades básicas para a conservação e preservação” (GOMES, 2013).
Assim levantamentos fitossociológicos, são basicamente feitos por meio de colecta e na análise
de dados, que permitem definir, para uma dada comunidade florestal, a sua estrutura horizontal
(expressa pela abundância ou densidade, frequência e dominância), sua estrutura vertical
(posição sociológica e regeneração natural), sua estrutura paramétrica (vitalidade das árvores e
qualidade de fuste) e sua estrutura dendrométrica (relativa aos parâmetros dendrométricos, como
na distribuição diamétrica e distribuição de volume ou área basal por classe diamétrica)
(HOSOKAWA et al. 2008; GARCIA & FARIA, 2007; SCHORN, 2009).
2.7.Parâmetros estruturais
Segundo HOSOKAWA et al. (2008), os resultados das análises estruturais permitem fazer
deduções sobre origem, características ecológicas e sinecológicas, dinamismo e tendência do
futuro desenvolvimento das florestas, elementos básicos para o planeamento da condução
silvicultural.
As florestas nativas geralmente possuem elevada diversidade de espécies e uma variação muito
grande de qualidades em termos económicos, assim o levantamento das condições florestais
deverá abranger pelo menos a Estrutura horizontal, vertical e paramétrica (HOSOKAWA et
al. 2008).
14
2.7.1.2.Estrutura horizontal
Essa análise devera quantificar a participação de cada espécie em relação às outras espécies.
Logo este aspecto pode ser determinado pelo índice de abundância e de frequência
(HOSOKAWA et al. 2008).
Segundo GOMES (2004), riqueza de espécies representa o número total de espécies numa dada
área geográfica e determinado tempo. É uma variável descritiva dos padrões espaciais de
distribuição de espécies no terreno e importante para a apreciação da diversidade de espécies de
uma determinada área. Por outra PERRONE (2014), indica que o índice de Margalef (D)
também determina a riqueza de espécies, apenas incorporando na sua fórmula o número total de
indivíduos contados. O mesmo autor indica que o índice de Margalef, embora usado como
riqueza de espécie, pode ser considerado isoladamente como riqueza de diversidade. Nesse
trabalho o índice de Margalef foi usado para a determinação de riqueza de espécies. Ao invés de
simples contagem do número de espécies.
b) Abundância
c) Dominância
A dominância fornece uma ideia do grau de utilização, por parte da população, dos recursos do
ambiente RODAL et al. (2013). Pode ser estimada através do volume, área da copa ou área
basal, a área basal é a que mais se utiliza por ser de fácil determinação e por ter maior correlação
com a área da copa HOSOKAWA et al. (2008). A dominância permite medir a potencialidade
produtiva da floresta e constitui um parâmetro útil para a determinação das qualidades da
espécie.
15
A dominância absoluta é calculada pela soma das áreas basais dos indivíduos pertencentes a uma
determinada espécies. A dominância relativa se calcula em percentagem da soma de todas as
dominâncias absolutas (área basal/ha) e representa o valor correspondente a participação em
percentagem de cada espécie na expansão horizontal total (HOSOKAWA et al. 2008).
d) Frequência
Mede a regularidade da distribuição horizontal de cada espécie sobre o terreno, ou seja a sua
dispersão média. A frequência absoluta de uma espécie se expressa em percentagem das sub-
parcelas em que ocorre, sendo o número total de sub-parcelas igual a 100%. A frequência
relativa se calcula com base na soma total das frequências absolutas de uma parcela que se
considera igual a 100% (HOSOKAWA et al. 2008; FEITAS & MAGALHÃES, 2012).
Segundo HOSOKAWA et al. (2008), este valor pode ser obtido da combinação dos três
parâmetros estruturais (abundância, dominância e frequência), combinados numa única
expressão que abrange o aspecto estrutural em sua totalidade. A necessidade da combinação vem
do facto de que os três parâmetros estruturais antes mencionados serem dados parciais que
isolados não informam sobre a estrutura florística da vegetação (GOMES, 2004; FEITAS &
MAGALHÃES, 2012).
Essa análise fornece, pelo menos, um indício sobre em que estagio sucessional se encontra a
espécie. Segundo HOSOKAWA et al. (2008), é desta análise que se pode ter uma noção sobre
quais são as espécies mais promissoras para compor a estrutura florestal em termos dinâmicos.
16
Segundo alguns autores, na análise vertical podem ser incluídos dois novos parâmetros que são:
posição sociológica e regeneração natural.
a) Posição sociológica
Segundo HOSOKAWA et al. (2008), a estrutura sociológica ou expansão vertical das espécies
informa sobre a composição florística dos distintos estratos da floresta, em sentido vertical, e
sobre o papel que jogam as diferentes espécies em cada um deles.
Segundo SOUZA et al. (2003) citado por Feitas & Magalhães, (2012), divide a floresta em três
estratos de altura total, sendo:
Estrato inferior – compreende as árvores com altura total (H) menor que a altura média (Hm)
menos uma unidade de desvio padrão (1σ) das alturas totais, ou seja, H < (Hm – 1σ);
Estrato médio – compreende as árvores com (Hm – 1σ) ≤ H < (Hm + 1σ);
b) Regeneração natural
Segundo HOSOKAWA et al. (2008), considera-se como sendo regeneração natural todos os
descendentes de plantas arbóreas que se encontram entre 0.1m de altura até os 10 cm de DAP ou
até o limite estabelecido no levantamento estrutural, e constitui o apoio ecológico da
sobrevivência do ecossistema florestal.
Para a regeneração natural são calculados três parâmetros: abundância, frequência e categorias
de tamanho, absolutas e relativas das espécies. A regeneração natural relativa para cada espécie
17
obtém-se pela média aritmética desses valores. Assim as categorias de tamanho são divididas em
classe, onde a contagem dos indivíduos, nas sub-parcelas no campo, pode ser através de 3
categorias pré-definidas (FINOL, 1964 citado por SCHORN, 2009) ou com o levantamento das
alturas dos indivíduos e posterior divisão em classes.
“Este valor associa a estrutura horizontal e vertical da floresta, indicando com mais precisão a
participação de cada espécie na floresta. São utilizados todos os parâmetros de estrutura vertical
e horizontal, conjugados numa única equação de adição de todos os parâmetros relativos”
(SCHORN, 2009).
MARTINS (1999) afirma que, apesar de críticas, o valor de importância ampliado tem-se
revelado muito útil tanto para separar tipos diferentes de florestas como para relacioná-las a
factores ambientais, incluindo as relações entre a distribuição de espécies e os factores abióticos.
Pode ser caracterizada pela densidade absoluta, área basal ou volume de uma população ou
comunidade vegetal. A estrutura diamétrica de uma floresta pode ser determinada traves do uso
do coeficiente de Liocourt (SCHORN 2009).
Por determinar a forma da curva da distribuição diamétrica, o quociente “q” de Liocourt permite
também fazer inferências sobre o recrutamento e a mortalidade em comunidades vegetais
FELFILI et al. (1998) pois se houver uma razão constante entre as classes, indica dizer que a
taxa de recrutamento é similar à taxa de mortalidade, e a distribuição pode ser considerada
regular ou equilibrada.
A interpretação das medidas de diâmetro das espécies em classes de frequências pode mostrar a
situação actual da vegetação e indicar possíveis perturbações passadas, como exploração
madeireira, cortes selectivos, incêndios e desmatamentos (FELFILI, 1997; JÚNIOR, 2007).
18
2.7.3. Índice de diversidade
Segundo MUGURRAN (1988), o índice de diversidade de Shannon – Wiener (H’) mede o grau
de incerteza na predição correcta da espécie a que pertence o próximo indivíduo colectado em
uma amostragem sucessiva. Os valores do índice variam de 1.5 a 3.5, mas raramente passam de
4.5 MARTINS (1991). Quanto maior for o valor de H', maior será a diversidade florística da
população em estudo. Este índice pode expressar riqueza e uniformidade (MUGURRAN, 1988).
19
III. MATÉRIAS E MÉTODOS
20
Figura 3.1. Mapa da localização geográfica da Reserva Nacional do Niassa
3.1.2. Clima
O clima de Niassa é de tipo tropical húmido, com precipitações durante a estação quente,
influenciada pelas correntes quentes das Agulhas, prevalência de ventos costeiros que
transportam ar carregado de humidade com as consequentes chuvas características das
tempestades do tipo convexo. Este fenómeno é acentuado pela presença de inúmeros
"inselbergs" na paisagem circundante que estimulam a humidade orográfica (CHAÚQUE,
2015).
A precipitação define duas estacões: a estacão seca e a estacão húmida, com precipitações até
600mm e 1400mm, respectivamente, variando de ano para ano. As temperaturas médias mensais
variam entre 20 e 30ºC durante as duas estações (SGRN, 2006; RIBEIRO, 2007).
21
3.1.3. Solos
De acordo com RIBEIRO (2007) os solos da Reserva Nacional de Niassa são férteis aluvionares,
com faixas de solos ferralíticos a Sudoeste e no extremo Sudeste. No rio Rovuma, entre Gomba e
Negomano há uma faixa estreita de solos arenosos. Estes solos são duma maneira geral areno –
argilosos e aumentam em conteúdo argiloso e fertilidade ao longo das zonas aluvionares dos rios
de maior dimensão. Nas terras mais altas de floresta de miombo, os solos são mais arenosos e
menos férteis.
A reserva nacional do Niassa é dominada por florestas do ecossistema de miombo que cobrem
cerca de 72% do total da área RIBEIRO et al. (2008). De referir que os tipos florestais
predominantes dentro da reserva são: Floresta aberta decídua, Floresta densa decídua, Floresta
sempre verde, Dambos, Vegetação ribeirinha e Floresta com agricultura itinerante MARZOLI
(2007). Para os autores RIBEIRO et al. (2008) a Reserva Nacional do Niassa inclui mais de 800
espécies de plantas, na qual a metade das espécies são endémicas.
Florísticamente mais pobre que o Miombo húmido, a floresta seca de miombo é dominado por
Brachystegia spiciformis, Brachystegia boehmii e Julbernadia globiflora SGDRN (2006) &
TIMBERLAKE et al. (2004), com árvores decíduas pelo menos um mês durante a época seca e
com altura média de copa de 8m (RIBEIRO et al. 2013).
Segundo RIBEIRO et al. (2008) & SGDRN (2010), é a área de maior concentração da vida
selvagem, com espécies de elevado valor ecológico, tais como elefantes (aproximadamente 20
mil), pala – palas (aproximadamente 14 mil), leões (aproximadamente 800), cães selvagens
africanos (em torno de 350), leopardos, búfalos e mais de 400 espécies de pássaros. Importa
salientar que o cão selvagem africano é neste momento considerado a espécie emblemática da
RNN e desde o ano de 2007 a IUCN passou a considerar como uma espécie ameaçada.
A zona Oeste da Reserva, caracteriza-se por ser uma área de terrenos entrecortados e de
elevações enquanto a zona Este é plana e de terrenos mais baixos. As zonas mais baixas,
adjacentes à confluência dos rios Rovuma e Lugenda, têm uma altitude inferior a 100m,
22
enquanto em diversos picos a altitude atinge mais de 1.400 m. A montanha de Mecula e Jao
representam as zonas mais elevadas com 1.441 m e 1.336 m de altura, respectivamente
(CHAÚQUE, 2015).
Ao longo de décadas foi ocupada por famílias locais que vivem em grupos relativamente
isolados e, actualmente conta com cerca de 40.000 habitantes distribuídos em 50 aldeias
incluindo duas sedes distritais, nomeadamente, Mecula e Mavago CUNLIFFE, et al. (2009). A
densidade populacional é baixa e varia de 2.7 habitantes/km2em Mavago até 30 habitantes/Km2
no distrito de Mecula (MAE, 2014).
A população que reside na RNN realiza o comércio com os restantes distritos da província de
Niassa ao mesmo tempo que estabelece laços comerciais com a vizinha Tanzânia. As principais
culturas de rendimento são o tabaco e algodão. O fomento pecuário é muito baixo,
provavelmente devido à existência de predadores como, por exemplo, leões, leopardos e hienas
(MAE, 2014).
No que concerne as queimadas, importa referir que na RNN elas têm seu início no final da época
chuvosa (Abril) e atingem o seu pico nos meses de Agosto a Outubro e no período de 2000 a
2005, cerca de 93% da área total foi afectada por queimadas cujo intervalo médio de retorno foi
de 1.54 anos, onde 13% formam queimadas anuais, 25% da área queimado três a quatro vezes,
20% queimou duas vezes e 10% queimou pelo menos uma vez RIBEIRO (2007). Já no período
de 2000 a 2012, cerca de 91% da área foi afectada por queimadas cujo intervalo médio de
retorno para esse período foi de 3.29 anos (FARÃO, 2017).
Para RIBEIRO et al. (2008), cerca de 90% das queimadas que ocorrem na RNN tem como a
acção humana como a causa principal e nas áreas de baixa frequência o fogo chega a atingir
elevadas intensidades por volta de 80000 Kw CANGELA (2014). Segundo MAPSANGANHE
23
(2016), 29% da área da reserva (cerca de 12 068.15 km2) que constituem as áreas de maneio L3,
R2, R6, R5, L7, L8, L9 e L6 apresentam um alto risco de ocorrência de queimada.
A formação do miombo na Reserva Nacional do Niassa, o fogo apresenta uma variação intra-
anual da sua actividade, atingindo seu pico no final da estação seca RIBEIRO et al. (2007). Este
elemento chega a afectar num período de 1 a 2 anos, cerca de 43% da área total da Reserva e a
elevada frequência da sua actividade na área é justificada pela elevada carga do combustível,
condições ambientais (baixa precipitação) associadas a elevadas concentrações de elefantes e
actividade humana (RIBEIRO et al. 2007; ARCHIBALD, 2011).
3.2.Métodos
Para o presente estudo recorreu – se ao estudo de FARÃO (2017) onde foi feita uma matriz de
classes de frequência de fogo e índice de aridez o que resultou em 24 combinações (Tabela 1),
nas quais foram alocados um ponto de amostra por combinação em que esse ponto de amostra
replicou – se 3 vezes totalizando 72 pontos de amostra para a Reserva Nacional do Niassa
(Figura 2). Usou – se a amostragem estratificada para a distribuição dos pontos, assim, as
coordenadas de todos esses pontos foram alocados de forma intencional a 3km de distância da
estrada dentro dos blocos da Reserva. A localização dos pontos amostrais na área de estudo foi
feita com auxílio do GPS (global Positioning System).
Importa referir que o índice de aridez é utilizado para medir o grau de aridez (seca,
desertificação) e acidez de uma determinada região. Assim este índice, é obtido a partir da
relação entre o potencial hídrico, quantidade de água da chuva, e a taxa de evaporação e
transpiração potencial. FARÃO (2017) através de imagens satélites de áreas queimadas
(MCD45A1) e focos de fogo (MCD14ML) do sensor MODIS que através do programa ArcGis
determinou a frequência, intervalo médio de retorno de queimadas e índice de aridez.
24
Por tanto, mostrou – se satisfatório avaliar a composição e estrutura da vegetação dos pontos
amostras da Reserva Nacional do Niassa em 24 parcelas (as 24 combinações resultantes)
rectangulares de 1ha (100m X 100m), esta dimensão é actualmente usada em inventários
florestais. Em cada parcela foram estabelecidas 16 sub – parcelas com dimensões de 25m X
25m, foi nessas sub - parcelas onde fez – se o levantamento da composição (Figura 3.3). Antes
do levantamento, a marcação das parcelas foram feitas na direcção do sentido Sul – Norte e no
sentido Oeste – Este.
As parcelas que foram estabelecidas no primeiro nível de frequência de fogo, são aquelas em que
num intervalo de 5 anos (2012 – 2016) o fogo passou uma vez, as parcelas que ocorrem no
segundo nível de frequência de fogo, são aquelas em que no intervalo referido o fogo passou três
vezes, as parcelas que ocorrem no terceiro nível de frequência de fogo, são aquelas em que nesse
intervalo o fogo passou sete vezes e as parcelas que ocorrem no quarto nível de frequência de
fogo, são aquelas em que num intervalo de 5 anos o fogo passou 11 vezes. Assim as parcelas do
1o e 2o nível são as com baixa frequência de fogo enquanto as parcelas do 3o e 4o nível são as
com alta frequência de fogo.
25
Figura 3.2. Pontos de amostragem para a reserva do Niassa
A recolha de dados foi feita nos períodos compreendidos de Setembro a Novembro de 2017.
Foram reconhecidos os nomes científicos das espécies arbóreas que ocorreram dentro das
parcelas de estudo com ajuda de um botânico especialista.
É muito importante referir que esses parâmetros foram levantados em 5 linhas paralelas de 25m
no sentido Sul – Norte e no sentido Oeste – Leste na parcela de 1ha (100mX100m) (figura. 3.3).
26
b) Para indivíduos em regeneração
Nas sub – parcelas estabelecidas foram definidas 5 mini – parcelas de dimensões de (1m X 1m)
localizadas nos quatro cantos e um no centro (Figura 3.3). Em cada mini – parcela efectuou – se
o levantamento da regeneração natural. Onde todos indivíduos que apresentassem diâmetros
inferiores a 5cm encontrados nas mini – parcelas (1m X 1m) foram identificados pelo nome
científico e o número de indivíduos por espécie, de modo a produzir a informação relativa à
composição florística
Segundo HOSOKAWA et al. (2008), este tipo de análise é muito importante, uma vez que o
sucesso da condução silvicultural dependera directamente do maneio da regeneração natural.
Assim os levantamentos de regeneração natural são classificados por categoria de tamanho,
segundo esses autores as categorias geralmente são três:
Fonte: O autor
27
analisada através da frequência, abundância, densidade, dominância (área basal), índice de valor
de importância e distribuição dos indivíduos por classe de tamanho (distribuição diamétrica).
Para o efeito das análises a ferramenta Microsoft Office Excel foi utilizada.
3.3.Análise de dados
a) Riqueza de espécies
Segundo GUEDES (2004), riqueza de espécies representa o número total de espécies numa dada
área geográfica e determinado tempo. A riqueza de espécies é muito dependente do tamanho
amostral quanto maior a amostra, maior o número de espécies que poderão ser amostradas.
Onde:
b) Abundância
Aabs ………………………………………………………………………………………(02)
Arel .………………………………………………………………………………...(03)
Onde:
28
Aabs = Abundância absoluta; Arel = Abundância relativa; n/ha = Número de árvores de cada
espécie por hectare e N = Número total de árvores por hectare.
Neste estudo será considerado o índice de diversidade de Shannon – Wienner, o motivo desta
escolha é por ser um índice sensível as espécies raras ou seja menos frequentes e menos
abundantes e permite que seja utilizado quando é feito um inventário em amostras e não em
censo, este índice permite comparações com outros estudos (MAGURRAN, 2004).
Assim o Índice de Diversidade de Shannon – Wienner será obtido através da seguinte fórmula:
= ∑ Com ……….……………………………………………………...(14)
Importante factor a considerar pois, a análise da estrutura horizontal tem por objectivo
quantificar a participação de cada espécie em relação as outras e verificar a forma de distribuição
espacial de cada espécie.
a) Dominância
Dabs = ……………………………………………………………………………………….(04)
29
Drel = ………………………………………………………………….………..(05)
Onde:
g/ha = área basal de cada espécie por hectare e G/ha = área basal total de árvores por hectare.
b) Frequência
Frel = ∑ …………………………………………………………..……...………..…(07)
Onde:
Para o cálculo do Índice de Valor de Importância (IVI) é um índice que permite comparar os
pesos ecológicos das espécies existentes numa determinada área e que se obtêm adicionando os
valores relativos de abundância, dominância e frequência correspondentes as espécies presentes
em cada parcela e será utilizado o pacote estatístico Excel com auxílio da seguinte fórmula
(HOSOKAWA et al. 2008):
Onde: Arel = Abundância relativa; Frel = Frequência relativa e Drel = Dominância relativa
30
d) Distribuição diametrica
a) Posição sociológica
Segundo HOSOKAWA et al. (2008), a expansão vertical das espécies informa sobre a
composição florística dos distintos estratos da floresta, em sentido vertical, e sobre o papel que
jogam as diferentes espécies em cada um deles.
………………………………..………....(10)
Onde:
de todos os estratos. VFei = ni – número total da espécie i; VFi – valor total do estrato i
∑
……………………………………………………………………….…(11)
Onde:
31
b) Regeneração natural
Considera – se regeneração natural, todos os descendentes das plantas arbóreas que se encontram
entre 0,1m de altura até os10cm de DAP ou até o limite de diâmetro estabelecido. Normalmente,
calculam se três parâmetros de regeneração natural: abundância, frequência e categorias de
tamanho, absolutas e relativas das espécies HOSOKAWA et al. (2008).
A regeneração natural relativa para cada espécie obtém-se pela média aritmética desses valores.
…………………………………………………………...……(12)
Onde:
……………………………………………(13)
………...…………………………………………………………………………….(15)
( )
32
3.3.5. Índice de Jaccard
Segundo SCHORN (2009), o Índice de Jaccard considera a variação entre o número de espécies
comuns e o total das espécies encontradas nas duas comunidades que se está comparando:
……………………………………………………………………………..(16)
De modo a comparar a composição florística e a fitossociologia das áreas com mais frequência
de fogo e uma área com menos frequência de fogo, fez – se uma matriz de presença e de
ausência de espécies as áreas estudadas, de modo a saber quais espécies ocorrem nessas áreas.
Usou – se o índice de Jaccard para medir a similaridade entre as áreas com mais frequência de
fogo (3º nível =7vezes e 4º nível = 11 vezes em 5 anos) e uma área com menos frequência de
fogo (1º nível = 1vez e 2º nível 3 vezes em 5 anos) com vista a determinar se essas áreas são
similares ou não, foi feito o cálculo do índice de diversidade de Shannon, quociente de
equabilidade de Pielou para se ter uma ideia de quão longe ou perto estas áreas estão da área
standard em termos de diversidade específica e de distribuição das espécies.
Recorreu – se o teste não paramétrico de Kruskal – Wallis para testar a semelhança das áreas
estudadas, pois este teste é utilizado para comparar três ou mais amostras independentes, neste
caso em relação aos diferentes níveis de frequência de fogo. Ele nos indica se há diferença entre
pelo menos duas delas.
Com base na lista de espécies arbóreas que ocorrem na Reserva Nacional do Niassa fez-se uma
caracterização silvicultural utilizando a diversidade de espécies através do índice de Shannon –
Wienner e Simpson. E quanto aos parâmetros riqueza de espécies, abundância, densidade,
dominância, frequência, distribuição diamétrica da abundância, índice de valor de importância,
estrutura vertical (através da posição sociológica) e regeneração natural foram calculados com
auxílio do pacote estatístico Excel 2007, STATA 13 para fazer o teste t – student e o SPSS 22
para fazer o teste de Kruskal – Wallis.
33
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A estrutura horizontal foi caracterizada através da análise de diversidade das espécies vegetais,
os cálculos de abundância, a densidade, a frequência e dominância das espécies vegetais com
DAP maior ou igual à 5cm bem como análise de regeneração. Através dos parâmetros indicados
no capítulo dos materiais e métodos, calculou-se o índice do valor de importância (IVI) de cada
espécie, estando relacionados nos apêndices 2,3,4,5 e 6.
Algumas famílias são comuns às quatro áreas em estudo (Ebenaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae,
Linaceae, Combretaceae, Burseraceae, Annonaceae, só para citar alguns exemplos), porém,
outras são exclusivas, nas parcelas que pertencem ao segundo nível de frequência de fogo
(Asteraceae, Chrysobalanaceae), nas parcelas que pertencem ao terceiro nível de frequência de
fogo (Polygalaceae) e nas parcelas que pertencem ao quarto nível de frequência de fogo
(Rutaceae), ver apêndice 1.
34
O gráfico 4.1 de distribuição de número de espécies por família encontradas na região de estudo
mostra o número de indivíduos por famílias encontradas na comunidade vegetal, onde observa-se
claramente que a família Fabaceae contribui com maior número de espécies (40), seguido de
Combretaceae (16), Euphorbiaceae com (12), Anacardiaceae e Burseraceae com (5) espécies. A
presença com maior número de espécies da família Fabaceae é justificada por ser uma das
principais na composição das florestas de Miombo (FROST, 1996; CAMPBELL, 1996),
enquanto as espécies da família Combretaceae são as que mais predominam na região Norte da
província do Niassa e principalmente nas regiões da Reserva Nacional do Niassa depois da
família Fabaceae (RIBEIRO et al. 2008).
Esses resultados assemelham – se aos obtidos por (GILIBA et al. 2011; CHIDUMAYO, 2013),
que observaram a presença marcante da família Fabaceae em floresta de Miombo e (KALABA
et al. 2013; HOFIÇO, 2014) verificaram que para além da Fabaceae, as famílias Euphorbiaceae e
Combretaceae apresentaram – se com maior riqueza específica. A presença de número
considerável de espécies da família Combretaceae nessas florestas está associada a perturbação
antrópica no passado, ocasionadas pela presença de fogo e extracção de madeira (RYAN &
WILLIAMS, 2011).
A região em estudo apresenta um total de 147 espécies sendo que 90 espécies nas parcelas que
pertencem ao primeiro nível de frequência de fogo, ou seja, na área com menos frequência de
fogo, 80 espécies nas parcelas que pertencem ao segundo nível de frequência de fogo, 82
espécies nas parcelas que pertencem ao terceiro nível de frequência de fogo e 89 espécies nas
que pertencem ao quarto nível de frequência de fogo, ou seja, na área com alta frequência de
fogo, ver os apêndices 2, 3, 4 e 5.
As riquezas específicas observadas neste estudo (80, 82, 89 e 90 espécies), estão de acordo com
as observadas por alguns autores em áreas onde ocorre o miombo seco, situando – se entre 79 e
110 espécies (LOUGA, 200; BACKEUS et al. 2006; KABALA et al. 2013; MWAKALUKWA
et al. 2014; AMADE, 2016). Contudo, estes valores são relativamente altos quando comparados
35
com os valores de riqueza específica encontrados em outros miombos secos que variam entre 34
e 74 espécies (GUEDES, 2004; MAFUPA, 2006; WILLIAMS et al. 2008; KUSAGA, 2010;
SHIRIMA et al. 2011; HAMMARSTRAND & SARNBERGER, 2013).
Os valores de riqueza específica observados neste estudo são satisfatórios e podem ser atribuídos
à presença de cursos de água dentro da reserva do Niassa que proporcionam condições edafo –
climáticas e microclima favoráveis para o estabelecimento e o crescimento de novos indivíduos e
por vezes de novas espécies.
No seu estudo ZOLHO (2005), afirmou que elevada ocorrência do fogo pode causar a redução
da diversidade específica. RYAN & WILLIAMS (2011) também constataram que queimadas
muito frequentes em curtos períodos reduziram a área basal, número de espécies do miombo de
Nhambita – Moçambique e Marondera – Zimbabwe.
Entre os autores cujos valores de riqueza específica foram inferiores aos do presente estudo eles
justificam pelo facto de eles terem conduzido os seus estudos usando um critério de inclusão de
DAP maior ou igual a 10cm, que segundo eles, exclui alguns indivíduos e outras espécies.
Existem alguns destes autores que defendem que os baixos valores de riqueza específica por eles
encontrados são resultado de terem realizado os seus estudos em áreas não protegidas, de
intensas actividades humanas diversas, de elevada frequência de queimadas e sem prática de
maneio. Actividades antropogénicas, critérios de inclusão de DAP mínimo de indivíduos e
tamanho da área amostrada contribuem para diferenças na riqueza específica nos ecossistemas
do miombo (CHIDUMAYO, 1989; SHUMBA et al. 2010; TIMBERLAKE et al. 2010).
Segundo HAMMARSTRAND & SARNBERGER (2013), dizem que nem sempre os distúrbios
humanos reduzem a riqueza específica das florestas, estes autores dizem isso ao fazerem uma
comparação de duas áreas, uma protegida dos distúrbios e outra não, onde constataram que a
área não protegida possuía maior número de espécies arbóreas e árvores. Na área protegida estes
autores reportam 574 árvores e na área não protegida reportam 685 árvores, afirmam que os
níveis de diversidade em florestas sujeitas a algum distúrbio, tendem a manter – se ou aumentar
devido à promoção de ambientes perturbados, possibilitando que as espécies oportunistas
ocupem esses sítios, contribuindo assim para o aumento da riqueza de espécies.
36
Pignoneaceae
Asteraceae
Araliaceae
Sapindaceae
Bombacaceae
Chrysobalanaceae
Rutaceae
Polygalaceae
Sapotaceae
Salvadoraceae
Annonaceae
Flacourtiaceae
Linaceae
Bignoniaceae
Sterculiaceae
Olacaceae
Oleaceae
Proteaceae
Espécies
Celestraceae
Melianthaceae
Myrtaceae
Dipterocarpaceae
Capparaceae
Tiliaceae
Ochaceae
Moraceae
Loganiaceae
Rhamnaceae
Ebenaceae
Rubiaceae
Apocynaceae
Verbenaceae
Boraginaceae
Anacardiaceae
Burseraceae
Euphorbiaceae
Combretaceae
Fabaceae
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Número de espécies
Gráfico 4.1. Distribuição de número de espécies por família encontradas na região de estudo
b) Índices de diversidade
Nas parcelas que ocorrem no primeiro nível de frequência de fogo foi encontrado um índice de
Shannon – Winner (H’) igual a (3.33), nas parcelas do segundo nível de frequência de fogo
37
(3.49), nas parcelas do terceiro nível de frequência de fogo (3.45), nas parcelas do quarto nível
de frequência de fogo (3.39) o que pode ser visto no gráfico 4.2 abaixo.
Indice de Diversidade
4. 3.49 3.45
3.33 3.39
3.5
3.
2.5
2. Indice de Shannon (H')
1.5 Indice de Simpson (D)
1. 0.74 0.80 0.78 0.76
.5 Equabilidade (J')
.066 0.046 .045 0.057
.
1 2 3 4
Niveis de frequência de fogo
Gráfico 4.2. Índices de Shannon - Winner (H'), Simpson (D), Equabilidade de Pielou de cada
uma das áreas em árvores com DAP maior ou igual a 5cm.
As áreas do 2º (áreas que num intervalo de 5 anos 2012 – 2016 o fogo passou 3 vezes) e 3º nível
(áreas que num intervalo de 5 anos 2012 – 2016 o fogo passou 7 vezes) foram as que
apresentaram maior diversidade de espécies e um elevado número de espécies igualmente
distribuídas, as áreas do 1º (áreas que num intervalo de 5 anos 2012 – 2016 o fogo passou 1 vez)
e 4º nível (áreas que num intervalo de 5 anos 2012 – 2016 o fogo passou 11 vezes) apresentam
menor diversidade de espécies e com poucas espécies igualmente distribuídas.
O intervalo de retorno das queimadas pode ter contribuído para a redução da riqueza específica
nas parcelas que ocorrem no 2º nível e 3º nível. Geralmente a baixa riqueza específica conduz na
baixa diversidade (menor valor de índice de Shannon), nessas áreas apesar de se registar o
contrário as áreas do 2º e 3º nível foram as que apresentaram uma distribuição uniforme em
relação ao 1º e 4º nível.
Segundo GOMES & FERREIRA, (2004) citados por EDUARDO (2016), geralmente o
decréscimo da diversidade, da riqueza específica e bem como da equitabilidade, com
consequente acréscimo da dominância tem sido relacionado ao aumento da perturbação
ambiental e quando o distúrbio chega a níveis elevados, as espécies começam a ser eliminadas e
então a diversidade diminui, deste modo, a diversidade é máxima em níveis intermediários de
stress.
38
Estudos conduzidos por (DUBLIN et al. 1990; WALPOLE et al. 2004 citados por RIBEIRO et
al. 2012) sobre os efeitos do fogo no Miombo, mostraram que o fogo causa redução do
recrutamento das árvores, declínio da densidade das árvores e consequente redução da
diversidade específica.
Os resultados obtidos a partir do estudo encontram – se dentro dos parâmetros aceites uma vez
que o índice de Shannon – Winner (H’) varia de 0 para comunidades de uma espécie apenas e
nunca excede 4.5 (KENT & COKER, 1994) ou 5 (KREBS, 1989; MARTINI & PRADO, 2010).
Nas parcelas que pertencem ao segundo nível de frequência de fogo, ou seja, nas parcelas em
que num intervalo de 5 anos queima 3 vezes, verificou – se um índice de Shannon maior que os
outros locais. Este valor expressivo é atribuído á riqueza específica, pois, Índice de Shannon –
Winner é influenciado pela riqueza de espécies e pela sua equitabilidade. É mais sensível as
espécies pouco representadas, pelo que torna – se elevado se tiver um grande número de espécies
pouco representadas (KENT & COKER, 1994; MARTINI & PRADO, 2010).
Para melhor percepção de semelhança florística de espécies entre os fragmentos estudados fez se
a comparação do número de espécies que ocorrem nos diferentes locais simultaneamente. Os
valores obtidos para cada índice e cada área estão apresentados na tabela 4.2 abaixo.
39
Tabela 4.2. Valor do índice de similaridade de Jaccard e Sorensen obtidos para os quatro níveis
de frequência de fogo.
Pela análise do índice de Jaccard nenhuma das áreas apresentam semelhanças significativas visto
que as parcelas que pertencem ao 1º, 2º, 3º e 4º nível de frequência de fogo tiveram valores
muito baixos que variam de (0.005 à 0.029), ou seja, não existe similaridade entre as áreas. Para
MULLER – DOMBOIS & ELLENBERG (1974), parcelas ou áreas que atingirem valores
superiores a 25% são consideradas similares. Todas as áreas tiveram valores de Jaccard
inferiores a 0.5 o que segundo GAUCH (1982) citado por EDUARDO (2016), é considerada
baixa (similaridade menor que 0.5), ideia esta sustentada por FILHO (2014) que afirma que só
considera – se que há similaridade florística entre duas ou mais áreas quando o índice de Jaccard
é no mínimo de 0.5. assim, as áreas com valores abaixo de 0.5, indica que não pertencem à
mesma comunidade vegetal, ver tabela 4.2.
Segundo FILHO (2014) citado por EDUARDO (2016), a baixa similaridade entre as áreas em
estudo pode ser influenciada pelo alto número de espécies exclusivas entre elas e pela condição
topográfica e do solo em que cada área está localizada, o presente estudo foi conduzido em
diferentes áreas com características topográficas e edáficas variadas, facto este que poderá ter
contribuído para que haja variação nas espécies encontradas em cada parcela e em cada nível de
frequência de fogo é por isso que observa – se valores abaixo de 0.5 de Jaccard, que mostram
não haver similaridade florística entre as parcelas do mesmo nível de frequência de fogo.
40
MAÚSSE (2013), acrescenta ainda que as prováveis causas da baixa similaridade entre as áreas
em estudo, é o abate indiscriminado de espécies para a produção local de lenha e carvão.
Para o índice de Sorensen observa – se que o 1º, 2º, 3º e 4º nível de frequência de fogo tem o seu
valor inferior a 1 ou seja não existe associação entre as espécies do 1º, 2º, 3º e 4º nível de
frequência de fogo. Agora fazendo uma combinação entre os níveis (1º vs 2º, 1º vs 3º, 1º vs 4º, 2º
vs 3º, 2º vs 4º e 3º vs 4º) observou – se que a combinação 2º vs 4º foi a que pelo menos valores
aproximados a 1 que foi de 0.96%.
Para os autores FELFILI & VENTUROLI (2000), quando o valor do índice de Sorensen é
superior a 50%, pode – se apurar que existe elevada similaridade entre as comunidades. Assim,
pode se dizer que neste os diferentes níveis de frequência de fogo não mostram uma elevada
similaridade, ou seja, existem poucas espécies dominantes e com pouca abundância.
Do gráfico 4.3 abaixo, se pode afirmar que as quatro áreas de níveis de frequência de fogo
diferentes apresentam maior número de espécies raras com uma percentagem de frequência
abaixo de 3% e poucos exemplares se mostram como espécies comuns com frequência entre 3 à
3.40%.
4.1.1.2. Frequência
3.50 3.40
3.00 3.30
Frel % do 2 Nivel
Frel% do 1 Nivel
3.20
2.50 3.10
2.00 3.00
2.90
1.50 2.80
1.00 2.70
2.60
0.50 2.50
0.00 2.40
Espécies Espécies
41
3.50 3.00
3.40
Frel % do 4 Nivel
Frel % do 3 Nivel 2.50
3.30
3.20 2.00
3.10
3.00 1.50
2.90 1.00
2.80
2.70 0.50
2.60 0.00
2.50
Espécies Espécies
Para as parcelas que pertencem ao primeiro nível de frequência de fogo foram encontradas como
espécies comuns Diplorhynchus condylocarpon (3.28 %) seguida das Pseudolachnostylis
maprouneifolia, Terminalia sericea e Combretum apiculatum com (2.73%). Para as parcelas que
pertencem ao segundo nível de frequência de fogo as espécies Brachystegia spiciformis,
Pseudolachnostylis maprouneifolia, Julbernardia globiflora e Combretum apiculatum com
3.31% e seguida da espécie Brachystegia bohemii (2.76%). Para as parcelas do terceiro nível de
frequência de fogo Diplorhynchus condylocarpon, Combretum apiculatum e Lannea
schweinfurthii com (3.39 %) e para as parcelas do quarto nível de frequência de fogo as espécies
com maior frequência são Brachystegia spiciformis, Diplorhynchus condylocarpon,
Pseudolachnostylis maprouneifolia, Pterocarpus angolensis e a Bridelia cathartica com
(2.80%).
A frequência é uma medida da uniformidade de distribuição de uma espécie dentro de uma área,
assim uma baixa frequência indica que a espécie é irregularmente distribuída ou rara. Em
espécies de mesma densidade quanto mais baixa a frequência mais desigual é a distribuição.
42
comuns, e outras bastante raras. Isso se deve, provavelmente, a diferentes níveis de tolerância
aos ambientes e distúrbios antrópicos.
Para KANIESKI & LONGHI (2010), a frequência depende do tamanho da unidade amostral e do
número de indivíduos. Quanto maior o tamanho da unidade amostral e o número de indivíduos,
maior será a frequência.
4.1.1.3. Abundância
Na área em estudo foi encontrado um total de 10851 árvores com DAP maior ou igual a 5cm,
sendo 2643 árvores para as parcelas do primeiro nível, 2539 árvores para as parcelas que
pertencem ao segundo nível, 2711 árvores para as do terceiro nível, e 2958 árvores para as
parcelas que pertencem ao quarto nível de frequência de fogo. O maior número de árvores
pertence a espécie Diplorhynchus condylocarpon que participa com um total de 1279 árvores,
sendo 433 árvores em todas as parcelas que pertencem ao primeiro nível de frequência de fogo,
311 árvores no segundo nível, 214 árvores no terceiro nível e 321 árvores em todas as parcelas
que ocorrem no quarto nível de frequência de fogo.
18.0 14.0
16.0 12.0
Abr% do 1 Nivel
Abr% do 2 Nivel
14.0
12.0 10.0
10.0 8.0
8.0 6.0
6.0
4.0
4.0
2.0 2.0
0.0 0.0
Espécies Espécies
43
12.0 14.0
12.0
Abr% do 4 Nivel
10.0
Abr% do 3 Nivel
10.0
8.0
8.0
6.0 6.0
4.0 4.0
2.0 2.0
0.0
0.0
Espécies Espécies
Para as parcelas que pertencem ao primeiro nível de frequência de fogo espécies mais
representativas foram Diplorhynchus condylocarpon (16.4%), Pseudolachnostylis
maprouneifolia (13.1%), Combretum apiculatum (7.9%), Brachystegia spiciformis (6.2%) e
Monotes engleri (6.0%), enquanto isso, as restantes espécies que podem ser observadas no
apêndice 2 foram as menos abundantes com uma contribuição abaixo dos 6%.
Para as parcelas que pertencem ao segundo nível de frequência de fogo espécies mais
representativas foram Diplorhynchus condylocarpon (12.2%), Brachystegia bohemii (7.6%),
Pseudolachnostylis maprouneifolia (7.6%), Brachystegia spiciformis (6.1%) e Julbernardia
globiflora (5.4%), enquanto isso, as restantes espécies que podem ser observadas no apêndice 3
foram as menos abundantes com uma contribuição abaixo dos 5.4%.
Para as parcelas que pertencem ao terceiro nível de frequência de fogo espécies mais
representativas foram Brachystegia spiciformis (9.6%), Diplorhynchus condylocarpon (7.9%),
Pseudolachnostylis maprouneifolia (7.5%), Acacia senegalensis (6.1%) e Brachystegia bohemii
(5.9%), enquanto isso, as restantes espécies que podem ser observadas no apêndice 4 foram as
menos abundantes com uma contribuição abaixo dos 5.9%.
44
Para as parcelas que pertencem ao quarto nível de frequência de fogo espécies mais
representativas foram Julbernardia globiflora (11.5%), Diplorhynchus condylocarpon (10.9%),
Brachystegia spiciformis (10.3%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (8.8%) e Brachystegia
manga (5.9%), enquanto isso, as restantes espécies que podem ser observadas no apêndice 5
foram as menos abundantes com uma contribuição abaixo dos 5.9%.
4.1.1.4. Dominância
A área basal total é de 19.366 m2. As parcelas que pertencem ao primeiro nível de frequência de
fogo têm uma área basal total de 5.017 m2, para as do segundo nível 4.483m2, para aos do
terceiro nível 4.939m2 e para as parcelas que pertencem ao quarto nível de frequência de fogo
4.927m2.
Em relação aos valores de dominância para as parcelas que pertencem ao primeiro nível de
frequência de fogo pode – se observar que Millettia stuhlmannii (11%), Pseudolachnostylis
maprouneifolia (9%), Combretum apiculatum (7.4%), Brachystegia spiciformis (5.9%) e
Tamarindus indica (5.8%) foram as espécies que tiveram maior cobertura em relação as outras
espécies que tiveram menor cobertura, ver apêndice 2.
As espécies mais de maior dominância nas parcelas pertencentes ao segundo nível de frequência
de fogo foram Brachystegia bohemii (11.7%), Brachystegia spiciformis (10.3%), Julbernardia
globiflora (7.4%), Brachystegia manga (6.8%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (5.5%),
enquanto isso, as espécies com menor dominância podem se observar no apêndice 3.
As parcelas que ocorrem no terceiro nível de frequência de fogo tem como espécies com maior
representatividade tais como a Brachystegia spiciformis com (21.3%), Brachystegia bohemii
(7.7%), Acacia sp. (6%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (5.8%) e por último Diplorhynchus
condylocarpon (3.6%), no que diz respeito as espécies com menor representatividade, essas
podem ser observadas no apêndice 4.
As parcelas que apresentam maior frequência de ocorrência das queimadas tiveram como
espécies de maior representatividade a Brachystegia spiciformis (15%), Brachystegia manga
(14%), Julbernardia globiflora (11%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (7%) e por fim
Diplorhynchus condylocarpon (5%), as restantes espécies, são as que tiveram menor dominância
45
estão alistadas no apêndice 5. O gráfico 4.5 abaixo mostra a variância da dominância na área de
estudo.
12.0 14.0
10.0 12.0
Dor % do 1 Nivel
Dor % do 2 Nivel
8.0 10.0
8.0
6.0
6.0
4.0
4.0
2.0 2.0
0.0 0.0
Espécies Espécies
25.0 16
14
Dor % do 3 Nivel
20.0
12
Dor % do 4 Nivel
15.0 10
8
10.0 6
4
5.0
2
0.0 0
Espécies Espécies
46
intervalos de retorno que se observam na maior parte das unidades de maneio da RNN podem
afectar a riqueza específica nas áreas, pois segundo RYAN & WILLIAMS (2011), queimadas
muito frequentes em curtos períodos reduzem a área basal, número de espécies do miombo.
Segundo os autores RYAN & WILLIAMS (2011), ao analisarem o poder destrutivo do fogo
constataram que em locais de intervalos muito baixos (1 e 2 anos) o fogo havia reduzido a área
basal arbórea em cerca de 90% comparativamente a áreas completamente protegidos de
queimadas.
As figuras 4.6, 4.7, 4.8 e 4.9 abaixo, ilustram os pesos ecológicos das cinco (05) espécies mais
importantes nos diferentes níveis de frequência de fogo. A lista completa de espécies e seus
parâmetros fitossociológicos para Área 1, 2, 3 e 4 encontram – se nos apêndices 2, 3, 4 e 5
respectivamente. De acordo com o índice de valor de importância, estas áreas em estudo
apresentam as principais características de um miombo, pois possuem na sua composição
espécies do género Brachystegia e Julbernardia.
Brachystegia spiciformis
Millettia stuhlmannii
Espécie
Gráfico 4.6. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 1º
Nível de frequência de fogo.
47
Nestas parcelas que ocorrem no primeiro nível de frequência de fogo (num intervalo de 5 anos
estas parcelas registaram ocorrências das queimadas uma vez/5anos), observa – se claramente
que a espécie Diplorhynchus condylocarpon teve maior peso ecológico, esta espécie tem ganho
algum espaço nos miombos, aparecendo sempre entre as mais abundantes, facto que foi
observado também nos estudos de (GUEDES, 2004; WILLIAMS et al. 2008; SITOE et al. 2009;
MAPAURE & MOE, 2009; TOMO, 2012; KALABA et al. 2013; RIBEIRO et al. 2013) e
bastante resistente ao fogo (MAPAURE & MOE, 2009; KALABA et al. 2013; RIBEIRO et al.
2013), o que provavelmente fez com que fosse uma espécie que teve maior ganho de indivíduos
(AMADE, 2016).
RIBEIRO et al. (2008), referem que a redução de indivíduos característicos das formações do
miombo explica a prevalência de espécies subdominates nas áreas, como Combretum
apiculatum, Pseudolachnostylis maprouneifolia e Diplorhynchus condylocarpon entre outras.
De acordo com VAZ (em preparação) citado por CANGELA (2014), cada colector de mel na
aldeia de Lizongola dentro da Reserva Nacional do Niassa chega a abater até pelo menos 60
árvores adultas por ano, e as espécies com maior preferência são a Julbernardia globiflora,
Brachystegia bohemii, Brachystegia spiciformis, Burkea africana e Pterocarpus angolensis.
Nestas parcelas pode – se observar que as espécies do género Brachystegia e Julbernardia estão
entre as espécies que mais sofrem pressão por parte das comunidades para a produção de mel e
carvão e pela acção dos furtivos madeireiros e dos animais de grande porte na Reserva Nacional
48
do Niassa, apesar de todas parcelas serem alocadas a uma distância de 3 km da estrada, estas
parcelas em questão estiveram mais próximas das comunidades.
Julbernardia globiflora
Pseudolachnostylis maprouneifolia
Espécies
Gráfico 4.7. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 2º
Nível de frequência de fogo.
Nestas parcelas que ocorrem no segundo nível de frequência de fogo (num intervalo de 5 anos
estas parcelas registaram ocorrências das queimadas 3 vezes em 5anos), as espécies Brachystegia
bohemii e Brachystegia spiciformis foram as que mais se destacaram em termos de pesos
ecológicos.
49
Área 3: 3º Nível de frequência de fogo
Combretum apiculatum
Diplorhynchus condylocarpon
Espécies
Gráfico 4.8. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 3º
Nível de frequência de fogo.
Nestas parcelas que ocorrem no terceiro nível de frequência de fogo (num intervalo de 5 anos
estas parcelas registaram ocorrências das queimadas 7 vezes em 5anos), mais uma vez observa –
se o domínio das mesmas espécies que dominaram os quatros primeiros lugares com uma
diferença na espécie que se encontra na quinta (5ª) posição substituindo a Julbernardia
globiflora por Combretum apiculatum. O facto curioso nestas parcelas as espécies
Diplorhynchus condylocarpon e Combretum apiculatum foram as que mais se destacaram em
termos de frequência relativa, porém foram as que tiveram menor dominância.
Pseudolachnostylis maprouneifolia
Diplorhynchus condylocarpon
Espéciess
50
Gráfico 4.9. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 4º
Nível de frequência de fogo.
Nas parcelas que ocorrem no quarto nível de frequência de fogo (num intervalo de 5 anos estas
parcelas registaram ocorrências das queimadas 11 vezes/5anos), as espécies que mais se
destacaram foram Brachystegia spiciformis, Julbernardia globiflora, Brachystegia manga, mais
uma vez pode – se observar o domínio das espécies pertencentes aos géneros Brachystegia e
Julbernardia.
As dez (10) espécies com maior peso ecológico por ordem decrescente foram Brachystegia
spiciformis (24.13%); Diplorhynchus condylocarpon (19.27%); Pseudolachnostylis
maprouneifolia (18.86%); Brachystegia bohemii (15.16%); Julbernardia globiflora (13.44%);
Brachystegia manga (11.24%); Combretum apiculatum (10.78%); Diospyros kirkii (8.43%);
Monotes engleri (8.41%) e Pterocarpus angolensis (7.50%), ver gráfico 4.10 abaixo e apêndice
6.
Essa espécie foi também observada nos estudos de (MWAKALUKWA, 2014; MUHATE, 2004),
em que a espécie Brachystegia spiciformis foi encontrada na lista das 10 espécies com maior
peso ecológico.
51
Pterocarpus angolensis
Monotes engleri
Diospyros kirkii
Combretum apiculatum
Espécies
Brachystegia manga
Dor
Julbernardia globiflora
Brachystegia bohemii Abr
Pseudolachnostylis maprouneifolia Frel
Diplorhynchus condylocarpon
Brachystegia spiciformis
0 5 10 15 20 25 30
Índice de Valor de Importância - IVI %
Gráfico 4.10. Distribuição das dez (10) espécies com maior peso ecológico (IVI) em toda área
(de um modo Geral, com respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e
Dominância (DoR).
Na segunda posição encontra – se a espécie Diplorhynchus condylocarpon é uma espécie que
nas últimas décadas tem tido ganho em termos de espaço nas formações do miombo, destacando
– se sempre nos estudos do género entre as mais abundantes, o motivo pelo qual a torna
abundante talvez seja pela sua resistência ao fogo (GUEDES, 2004; WILLIAMS et al. 2008;
SITOE et al. 2009; MAPAURE & MOE, 2009; CHIDUMAYO & GUMBO, 2010; TOMO,
2012; KALABA et al. 2013; AMADE, 2016) esta posição em que se encontra esta espécie
também foi observada por FERNANDO, (2016).
52
A extracção selectiva de madeira para a produção de carvão vegetal que é frequente na floresta
de miombo pode ter contribuído para a queda dos pesos ecológicos das espécies Julbernardia
globiflora e Brachystegia bohemii, visto se tratarem – se de espécies preferidas para a produção
de carvão vegetal ao nível das comunidades (HAMMARSTRAND & SARNBERGER, 2013).
258
Abundancia (arv/ha) 2 Nivel
250
200
200
150 130
150
119
100
100
39 45
50 50
15 13
5 4 4 2
0 0
5 15 25 35 45 55 5 15 25 35 45 55
-50 Media dos diametros (cm) Media dos diametros (cm)
53
300 300
Abundancia (arv/ha) 3 Nivel 252
270
250 250
100 100
52
50 38 50
15 12
5 3 3 2
0 0
5 15 25 35 45 55 5 15 25 35 45 55
Media dos diametros (cm) -50 Media dos diametros (cm)
Gráfico 4.11. Distribuição dos indivíduos em classes diamétricas nas áreas de estudo.
Quanto a distribuição dos indivíduos em classes diamétricas, observa – se que em todos os níveis
possuem igual número de classes diamétricas, porém, o quarto (4º) nível nas duas primeiras
classes foi a que apresentou o maior número de indivíduos em relação aos outros níveis, para as
últimas duas classes diamétricas o primeiro (1º) nível de frequência de fogo foi a que apresentou
maior número de indivíduos em relação aos outros níveis.
A semelhança de muitos outros estudos, neste também verificou – se que em todas as áreas o
maior número de indivíduos pertencem a primeira classe e tratando – se de uma floresta nativa
observa – se também que o número de indivíduos vai diminuindo a medida que as classes vão
aumentando, obtendo – se deste modo uma curva do tipo “J – invertido”, visto que, o maior
número de indivíduos pertence a regeneração.
54
O caso da espécie Brachystegia bohemii foi observado nos estudos de SAWE et al. (2014) na
Tanzania e AMADE (2016) na Reserva Nacional do Niassa, com o mesmo padrão de
distribuição, justificado pela pressão que esta espécie sofre por parte das comunidades locais
para produção de carvão, fabrico de cordas e exploração de estacas.
No estudo realizado por (BACKEUS et al. 2006; DAUDE 2015), observou – se igualmente que
a espécie Brachystegia spiciformis teve comportamentos “anormais”, apontado como possíveis
causas a pressão para a extracção de estacas de construção e utilização das estacas para a
secagem de tabaco.
55
Brachystegia spiciformis Diplorhynchus condylocarpon
18 50
16 45
Abundancia (arv/ha)
Abundancia (arv/ha)
14 40
12 35
10 30
25
8
20
6 15
4 10
2 5
0 0
5-9.99
≥25
10-14.99
15-19.99
20-24.99
5-9.99
≥25
10-14.99
15-19.99
20-24.99
-5
Abundancia (arv/ha)
12
20
10
15 8
10 6
4
5
2
0 0
5-9.99
5-9.99
≥25
≥25
10-14.99
15-19.99
20-24.99
10-14.99
15-19.99
20-24.99
Gráfico 4.12. Distribuição diametrica das espécies que apresentaram maior peso ecológico.
No seu estudo LAMPRECHT (1990), observou que a distribuição de indivíduos por classes
diamétricas pode variar de uma forma considerável de espécies para espécie ou até mesmo de um
determinado grupo de espécies para outro grupo de espécies.
Nos quatro níveis de frequência de fogo em estudo, ficou caracterizado um total de três estratos.
No primeiro nível de frequência de fogo, o estrato superior (ES) árvores com altura superior a
56
10m é formado principalmente por indivíduos de Brachystegia spiciformis, Julbernardia
globiflora, Brachystegia manga e Brachystegia bohemii e no estrato médio (EM), com
indivíduos de 5 – 10m são predominantes indivíduos da espécie Pseudolachnostylis
maprouneifolia, Brachystegia spiciformis, Diplorhynchus condylocarpon e Julbernardia
globiflora. O estrato inferior (EI) que vai até 5m de altura os indivíduos predominantes são da
espécie Diplorhynchus condylocarpon, Pseudolachnostylis maprouneifolia, Brachystegia
bohemii e Brachystegia spiciformis, com mais detalhes mostra – se no apêndice 7.
Das 147 espécies encontradas na área de estudo, apenas 10 espécies ocorrem nos três estratos, ou
seja este número esta abaixo dos (21%, LAMPRECHT, 1990 e 25%, GUEDES, 2004) do total
de espécies de ocorrência vertical regular, ou seja, as que aparecem nos três estratos definidos.
O estrato inferior foi a que apresentou maior número de espécies com cerca de 125 espécies, em
seguida do estrato médio com 113 espécies e por último 82 espécies no estrato superior. Acredita
– se que estes resultados sejam semelhantes aos de muitos estudos de natureza semelhante.
As espécies que tem o seu lugar assegurado na estrutura e composição da floresta que se
encontram representadas em todos os estratos destacam – se Diplorhynchus condylocarpon
(14.01%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (9.28%), Brachystegia spiciformis (6.6%),
Brachystegia bohemii (5.39%) e Combretum apiculatum (4.57%), as espécies que não tiveram
posição sociológica maior estão alistadas no apêndice 7.
Das cinco espécies com maior posição sociológica nota – se claramente o domínio do estrato
inferior, exceptuando a espécie Brachystegia spiciformis seguida do estrato médio por fim dentre
as cinco espécies a espécie Brachystegia spiciformis é que teve maior representação no estrato
superior com um total de 302 indivíduos.
Das cinco espécies, apenas uma “Brachystegia spiciformis” não possui posição sociológica
regular sendo que as restantes espécies como: Diplorhynchus condylocarpon, Pseudolachnostylis
maprouneifolia, Brachystegia bohemii e Combretum apiculatum possuem uma posição
sociológica regular, visto que, apresentam no estrato inferior um número de indivíduos maior em
relação aos estratos subsequentes (HOSOKAWA et al. 2008).
57
Ainda estes autores defendem que quanto mais regular for a distribuição dos indivíduos de uma
espécie na estrutura vertical, tanto maior será seu valor na posição sociológica relativa.
Combretum apiculatum
Brachystegia bohemii
Espécies
Gráfico 4.13. Distribuição das espécies que tiveram maior posição sociológica.
58
Segundo ZOLHO (2005) citado por CANGELA (2014), em ecossistemas de miombo, queimadas
com intervalos de retorno inferiores a 2 anos reduzem drasticamente a regeneração e
sobrevivência mesmo das espécies consideradas tolerantes ao fogo tais como: Brachystegia sp. e
Julbernardia globiflora, bem como, diminuem a produção de biomassa vegetal na superfície do
solo, contrariamente às áreas queimadas em cada 3 anos.
16
Abundancia (arv/ha)
14
12
10
8
6
4 CT
2
0
Combretum…
Diospyros…
Pseudolachnostylis…
Julbernadia…
Brachystegia…
Diplorhynchus… a)
Blefores sp.
Monotes engleri
Ocsuetere absemice
Strychnus decussata
Bosseia sp.
Finbrustylis exilis
Peniseto
Antropogeno gaioue
Dicrostachys cinerea
Diospyros kirkii
Flacourtia indica
Myrtaceae
Digitaria eriatha
Terminalia sp.
Brachystegia bohemii
Dicrostachys africana
Grewia flavescense
Ochna natalitia
b)
Especies
Gráfico 4.14. Distribuição das espécies em categoria de tamanho (CT) na regeneração natural.
Gráfico 4.15. Distribuição das espécies que tiveram maior Regeneração Relativa.
A pressão sobre a regeneração, principalmente pelas queimadas frequentes tem efeito sobre as
seguintes espécies: Brachystegia spiciformis, Antropogeno gaioue, Blefores sp, Diospyros sp.,
Dicrostachys cinérea, Dicrostachys africana, Finbrustylis exilis, Ocsuetere absemice, Peniseto
sp., trata – se de espécies que são encontradas na regeneração natural e não se encontram em
nenhum dos estratos arbóreos. Segundo DAUDE (2015), isso aponta uma dificuldade na
migração dos indivíduos destas espécies para os estratos superiores. No presente estudo as duas
59
espécies que tiveram maior abundância são a Brachystegia spiciformis (18.69%) e a Blefores sp.,
(11.21%).
Segundo EVERSON et al. (2004), intervalos de queimada muito baixos reduzem a resistência
dos indivíduos menores fazendo com que estes não atinjam a fase adulta e as espécies que se
regeneram a partir de sementes podem se extinguir pelo facto do fogo não conceder intervalo
suficiente para a criação de banco de sementes.
As espécies com maior regeneração constituem indícios de que essas espécies apresentam
potencial de se estabelecerem no local e serem as possíveis espécies dominantes quando
chegarem a fase adulta (JUNIOR & FERREIRA, 2013).
Uma vez calculado o IVI na estrutura horizontal usando a soma da Abundância, Frequência e
Dominância relativa, segundo alguns autores apenas isso não permite dar uma informação
completa sobre a estrutura de uma floresta, visto que, considera apenas a análise da estrutura
horizontal e por sua vez esta estrutura não reflecte o que verdadeiramente caracteriza as florestas,
que é a sua grande heterogeneidade e irregularidade entre os estratos.
Motivos estes mais do que suficientes para recorrer – se o cálculo do Índice de Valor de
Importância (IVIA) para melhor compreensão da estrutura florística, assim, para o seu cálculo
utiliza – se a tanto a estrutura horizontal como a estrutura vertical.
As 10 espécies que apresentaram – se com maior índice de valor de importância neste estudo,
também mostraram – se dominantes em relação ao índice de valor de importância ampliado.
Apesar de apresentarem maior valor de importância ampliado, algumas destas espécies
apresentam algumas características individuais em relação a regeneração natural e a posição
sociológica, para mais detalhes ver apêndice 8.
60
Nos seus estudos (NEMANE, 2002; FILIPE, 2008; GILIBA et al. 2011; DAUDE, 2015),
observaram que as espécies que apresentam melhores valores de importância têm sempre maior
probabilidade de apresentarem um maior valor de importância ampliado.
50
45
40
35
IVIA (%)
30
25
20
15
10
5
0
Espécies
Gráfico 4.16. Distribuição das 10 espécies com maior IVIA em toda área de estudo.
As espécies Annona senegalenses, Uapaca nitida e Xerophis obvata chamam atenção, pois estas
espécies apresentam valores de regeneração relativa igual a zero (0.00), o que significa que estas
espécies encontram – se em riscos de continuidade na comunidade florestal ao longo dos
próximos anos, porém nota – se que estas espécies não apresentam um boa distribuição ao nível
dos estratos da floresta, mas essas espécies não são potenciais em termos de ocorrência e a sua
continuidade na área de estudo. Os autores CHIDUMAYO & GLUNDY (1996), chamam
atenção a sensibilidade destas e outras espécies a incêndios florestais, que ocorrem praticamente
em todos os anos em florestas de miombo.
61
4.1.3. Comportamento das espécies na estrutura horizontal e vertical
50
45
40
35
30
25
20 IVI
15
(%)
10
5
0
Espécies
62
4.1.4. Semelhança entre as áreas de estudo
Pelo teste t – student verificou – se que ao nível de significância de 5% a hipótese nula não foi
rejeitada, ou seja, não existe diferenças significativas em termos de frequência, dominância e
abundancia relativa das espécies.
63
Com base no teste feito para a comparação de médias das áreas do 3º nível de frequência de fogo
com as áreas do 4º nível de frequência de fogo, conclui – se que em termos de abundância,
dominância e frequência essas áreas são estatisticamente iguais.
Com base no teste t - student feito para a comparação de médias das áreas de baixa frequência de
fogo (1º e 2º) vs as áreas com alta frequência de fogo (3º e 4º), pode observar – se que em termos
de Dominância e Frequência essas áreas não diferem entre si, ou seja, são estatisticamente iguais.
No que concerne a Abundância as áreas com baixo nível frequência de fogo com as de alto nível
de frequência de fogo apresentam diferenças estatisticamente significativas.
Tabela 4.6. Teste de Comparação de Kruskal – Wallis do 1º, 2º, 3º e 4 Nível de frequência de
fogo
Com base no pacote estatístico SPSS 22 utilizou – se o teste de KRUSKAL – WALLIS para
comparar todos níveis de frequência de fogo contra todos, onde observou – se que em todas as
combinações possíveis não existia diferença significativa em termos de Dominância e
Abundância, ou seja, todas as combinações feitas são estatisticamente iguais.
64
Observando – se o valor do parâmetro Frequência, conclui – se que a hipótese nula é falsa, ou
seja, existe pelo menos uma combinação entre os níveis de frequência de fogo onde frequência
apresenta diferença estatisticamente significativa.
Em termos gerais, a comparação feita entre as áreas de estudo mostrou – se estatisticamente não
diferem entre si, apesar do índice de Diversidade e Similaridade mostrarem uma realidade
diferente da encontrada pelo teste t student e Kruskal – Wallis, pois os parâmetros calculados
mostraram que a não houve similaridade entre as áreas, o 2º nível de frequência de fogo é que
apresentou uma distribuição uniforme das espécies em relação aos outros níveis, importa realçar
que apesar dos valores de Shannon obtidos terem sido diferentes estes valores estavam dentro do
intervalo aceite. O teste também mostrou que a frequência de fogo observada em cada área
estatisticamente não teve nenhum impacto nos resultados obtidos em termos de estrutura e
composição florística.
65
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1.Conclusão
Quanto a distribuição dos indivíduos em classes diamétricas, observa – se que em todos os níveis
possuem igual número de classes diamétricas, observa – se ainda que o quarto (4º) nível de
frequência de fogo nas duas primeiras classes (medias diamétricas 5 e 15) foi a que apresentou o
maior número de indivíduos em relação aos outros níveis, para as últimas duas classes
diamétricas (medias diamétricas 45 e 55) o primeiro (1º) nível de frequência de fogo foi a que
apresentou maior número de indivíduos em relação aos outros níveis. Neste estudo verificou – se
que em todas as áreas o maior número de indivíduos pertencem a primeira classe, obtendo – se a
curva clássica do tipo “J - invertido”.
As espécies que tem o seu lugar assegurado na estrutura e composição da floresta que se
encontram representadas em todos os estratos destacam – se Diplorhynchus condylocarpon
(14.01%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (9.28%), Brachystegia spiciformis (6.6%),
Brachystegia bohemii (5.39%) e Combretum apiculatum (4.57%). Destas citadas apenas a B.
66
speciformis é que não possui posição sociológica regular, visto que, as restantes apresentam no
estrato inferior um número de indivíduos maior em relação aos estratos subsequentes.
As espécies como B. speciformis, B. bohemii, Antropogeno gaioue, Blefores sp., Diospyros kirkii
e a Julbernardia globiflora foram os que mais se destacaram em termos de regeneração relativa.
5.2. Recomendações
Que se iniciem acções de maneio do fogo de modo a reduzir a frequência em áreas com
queimadas anuais e ou bienais;
67
VI. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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75
APÊNDICES
Apêndice 1: Matriz de presença e ausência de famílias
Apêndice 2. Representação das espécies no 1º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI.
76
Monotes engleri 158 4 3.41882 5.97806 2.18579 11.5827
Brachystegia bohemii 120 4 4.16392 4.5403 2.18579 10.89
Diospyros kirkii 93 4 4.1323 3.51873 2.18579 9.83682
Tamarindus indica 22 3 5.80677 0.83239 1.63934 8.2785
Julbernardia globiflora 55 2 4.87387 2.08097 1.0929 8.04773
Acacia sp. 30 3 3.96906 1.13507 1.63934 6.74348
Pterocarpus sp. 68 2 2.96995 2.57283 1.0929 6.63568
Pterocarpus angolensis 66 4 1.714 2.49716 2.18579 6.39695
Terminalia sericea 40 5 0.92834 1.51343 2.73224 5.17401
Brachystegia sp. 13 4 2.37673 0.49187 2.18579 5.05439
Euphorbiaceae 41 4 1.00273 1.55127 2.18579 4.73979
Pterocarpus rotundifolius 72 1 1.38494 2.72418 0.54645 4.65557
Markhamia zanzibarica 64 2 0.83265 2.42149 1.0929 4.34703
Brachystegia manga 15 3 1.98137 0.56754 1.63934 4.18825
Crossopterux febrifuga 37 3 0.88337 1.39992 1.63934 3.92264
Uapaca kirkiana 36 3 0.89096 1.36209 1.63934 3.8924
Terminalia sp. 17 4 0.58753 0.64321 2.18579 3.41653
Pteleopsis myrtifolia 16 4 0.33509 0.60537 2.18579 3.12626
Rubiaceae 16 3 0.79869 0.60537 1.63934 3.04341
Catunaregam spinosa 15 4 0.18294 0.56754 2.18579 2.93627
Lannea schweinfurthii 8 4 0.42838 0.30269 2.18579 2.91686
Adansonia digitata 2 2 1.64079 0.07567 1.0929 2.80935
Combretum zeyheri 19 3 0.29006 0.71888 1.63934 2.64828
Commiphora ternifolia 2 1 1.9849 0.07567 0.54645 2.60702
Sterculia quinqueloba 2 1 1.83691 0.07567 0.54645 2.45903
Combretum molle 16 3 0.14935 0.60537 1.63934 2.39407
Hugonia orientalis 16 3 0.13227 0.60537 1.63934 2.37699
Mundulea sericea 15 3 0.14485 0.56754 1.63934 2.35173
Heretia sp. 23 1 0.89273 0.87022 0.54645 2.3094
Commiphora africana 9 2 0.84869 0.34052 1.0929 2.2821
Combretum collenum 26 1 0.65093 0.98373 0.54645 2.18111
Strychnus decussata 14 2 0.32854 0.5297 1.0929 1.95114
Acacia senegalensis 5 3 0.05615 0.18918 1.63934 1.88467
Burkea africana 12 2 0.28181 0.45403 1.0929 1.82873
Combretum sp. 6 2 0.38101 0.22701 1.0929 1.70092
Dalbergia melanoxylon 19 1 0.4269 0.71888 0.54645 1.69223
Apocinaceae 8 2 0.21002 0.30269 1.0929 1.60561
Terminalia brachystemma 9 2 0.13552 0.34052 1.0929 1.56894
Afizelia quanzensis 2 2 0.39022 0.07567 1.0929 1.55878
Myrtaceae 18 1 0.33101 0.68104 0.54645 1.5585
Salvadora persica 22 1 0.17961 0.83239 0.54645 1.55844
77
Cordila africana 7 2 0.11907 0.26485 1.0929 1.47682
Commiphora sp. 5 2 0.17206 0.18918 1.0929 1.45414
Flacourtia indica 7 2 0.08816 0.26485 1.0929 1.44591
Terminalia prunioides 3 1 0.77404 0.11351 0.54645 1.434
Albizia sp. 4 2 0.1538 0.15134 1.0929 1.39804
Proteia sp. 17 1 0.20406 0.64321 0.54645 1.39371
Ziziphus abyssinica 4 2 0.0759 0.15134 1.0929 1.32014
Boscia sp. 4 1 0.61733 0.15134 0.54645 1.31513
Diospyros sp 14 1 0.20917 0.5297 0.54645 1.28532
Grewia flavescense 15 1 0.14787 0.56754 0.54645 1.26185
Bauhinia tomentosa 3 2 0.01821 0.11351 1.0929 1.22461
Dicrostachys cinerea 2 2 0.02193 0.07567 1.0929 1.1905
Vitex payos 2 2 0.00977 0.07567 1.0929 1.17834
Cordila sp. 1 1 0.56153 0.03784 0.54645 1.14582
Lanchocarpus capassa 3 1 0.48224 0.11351 0.54645 1.1422
B. filipinos 4 1 0.43268 0.15134 0.54645 1.13048
Bridelia cathartica 11 1 0.12847 0.41619 0.54645 1.09111
Heretia amoena 10 1 0.08351 0.37836 0.54645 1.00831
Boscia faetida 2 1 0.36802 0.07567 0.54645 0.99014
Antidsm cf. venoso 2 1 0.25026 0.07567 0.54645 0.87238
C. adenosensi 5 1 0.08779 0.18918 0.54645 0.82342
Swartzia sp. 1 1 0.22186 0.03784 0.54645 0.80615
Bercema sp. 5 1 0.04695 0.18918 0.54645 0.78258
Boscia mossambicensis 1 1 0.1696 0.03784 0.54645 0.75389
Annona senegalensis 4 1 0.0517 0.15134 0.54645 0.74949
Fabaceae 1 1 0.15939 0.03784 0.54645 0.74367
Raminaceae 4 1 0.04405 0.15134 0.54645 0.74184
Uapaca nitida 3 1 0.06468 0.11351 0.54645 0.72464
Loganiaceae 1 1 0.12258 0.03784 0.54645 0.70687
D. menistermiforme 1 1 0.1064 0.03784 0.54645 0.69068
Celestraceae 3 1 0.02761 0.11351 0.54645 0.68757
Sterculia africana 1 1 0.08909 0.03784 0.54645 0.67338
Holarena sp. 2 1 0.04544 0.07567 0.54645 0.66755
Commiphora neglecta 2 1 0.03533 0.07567 0.54645 0.65745
Acacia nigrescens 2 1 0.01581 0.07567 0.54645 0.63793
Grewia sp 2 1 0.01506 0.07567 0.54645 0.63718
C. americana 2 1 0.01459 0.07567 0.54645 0.63671
Combretaceae 2 1 0.01331 0.07567 0.54645 0.63543
Ochna cf. natalitia 1 1 0.04692 0.03784 0.54645 0.63121
Piliostigma thoningii 2 1 0.00874 0.07567 0.54645 0.63086
C. elaiagonoides 1 1 0.02934 0.03784 0.54645 0.61362
78
Bercema abyssinica 1 1 0.02098 0.03784 0.54645 0.60526
Albizia forbesii 1 1 0.00733 0.03784 0.54645 0.59162
Cacia abreviata 1 1 0.00463 0.03784 0.54645 0.58891
Total Geral 2643 100 100 100 300
Apêndice 3. Representação das espécies no 2º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI
79
Ochna cf. natalitia 8 2 0.4030518 0.3150847 1.1049724 1.8231089
Brachystegia sp. 2 2 0.5272808 0.0787712 1.1049724 1.7110243
Ficus sp. 15 1 0.4862734 0.5907838 0.5524862 1.6295434
Mundulea sp. 22 1 0.1994085 0.8664829 0.5524862 1.6183775
Lannea schweinfurthii 6 1 0.7462593 0.2363135 0.5524862 1.535059
Strychnus decussata 8 2 0.1006547 0.3150847 1.1049724 1.5207117
Manilkara mochisia 5 2 0.1903068 0.1969279 1.1049724 1.4922071
Dicrostachys cinerea 8 2 0.0616672 0.3150847 1.1049724 1.4817242
Burkea africana 5 2 0.0744731 0.1969279 1.1049724 1.3763734
Vitex payos 5 2 0.0583197 0.1969279 1.1049724 1.36022
Drypetes sp. 5 2 0.0489021 0.1969279 1.1049724 1.3508024
Fabaceae 3 2 0.0852042 0.1181568 1.1049724 1.3083333
Mundulea cf. sericea 4 2 0.039307 0.1575423 1.1049724 1.3018217
Cordila africana 3 2 0.0657317 0.1181568 1.1049724 1.2888608
Strychnus sp. 2 2 0.0618039 0.0787712 1.1049724 1.2455474
Brachystegia cf. bohemii 4 1 0.532199 0.1575423 0.5524862 1.2422275
Acacia nigrescens 12 1 0.2050455 0.472627 0.5524862 1.2301587
Flacourtia indica 14 1 0.1091565 0.5513982 0.5524862 1.2130408
Monotes sp. 6 1 0.3966214 0.2363135 0.5524862 1.1854211
Rubiaceae 10 1 0.154523 0.3938558 0.5524862 1.100865
Sterculia quinqueloba 1 1 0.4799335 0.0393856 0.5524862 1.0718052
Lanchocarpus capassa 3 1 0.3874558 0.1181568 0.5524862 1.0580987
Piliostigma thoningii 3 1 0.2950189 0.1181568 0.5524862 0.9656618
Dalbergia melanoxylon 4 1 0.214149 0.1575423 0.5524862 0.9241775
Vitex sp. 4 1 0.1366852 0.1575423 0.5524862 0.8467137
Albizia cf. adiantifolia 4 1 0.1029372 0.1575423 0.5524862 0.8129657
Anacardiaceae 2 1 0.1750941 0.0787712 0.5524862 0.8063514
Xeropis obvata 3 1 0.1238136 0.1181568 0.5524862 0.7944565
Parinari curatellifolia 3 1 0.0959956 0.1181568 0.5524862 0.7666385
Heretia sp. 2 1 0.0985585 0.0787712 0.5524862 0.7298159
Ochna sp. 3 1 0.0281482 0.1181568 0.5524862 0.6987911
Dalbergia sp. 2 1 0.0642035 0.0787712 0.5524862 0.6954609
Combretum sp. 3 1 0.024373 0.1181568 0.5524862 0.6950159
Vitex doniana 1 1 0.0963576 0.0393856 0.5524862 0.6882294
Ziziphus abyssinica 2 1 0.0193056 0.0787712 0.5524862 0.650563
Bercema sp. 2 1 0.0134271 0.0787712 0.5524862 0.6446845
C. brexata 2 1 0.0126391 0.0787712 0.5524862 0.6438964
Sclerocarya birrea 1 1 0.0368044 0.0393856 0.5524862 0.6286761
Hakea sericea 1 1 0.0238831 0.0393856 0.5524862 0.6157549
Ochna natalitia 1 1 0.0153511 0.0393856 0.5524862 0.6072229
Xemenia caffra 1 1 0.0128237 0.0393856 0.5524862 0.6046954
C. adenosensi 1 1 0.0110772 0.0393856 0.5524862 0.6029489
Zanha africana 1 1 0.0105234 0.0393856 0.5524862 0.6023952
80
Veronia sp. 1 1 0.0068227 0.0393856 0.5524862 0.5986945
Crotono sp. 1 1 0.0051756 0.0393856 0.5524862 0.5970474
Annona senegalensis 1 1 0.0049857 0.0393856 0.5524862 0.5968575
Total Geral 2539 100 100 100 300
Apêndice 4. Representação das espécies no 3º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI
81
Cacia sp. 4 1 1.33635 0.147547 0.564972 2.048868
Uapaca kirkiana 20 1 0.738775 0.737735 0.564972 2.041482
Sclerocarya birrea 3 3 0.047141 0.11066 1.694915 1.852716
Cordila africana 2 1 1.010131 0.073774 0.564972 1.648876
Commiphora sp. 8 2 0.112577 0.295094 1.129944 1.537614
Rubiaceae 8 2 0.103627 0.295094 1.129944 1.528665
Dicrostachys cinerea 8 2 0.098956 0.295094 1.129944 1.523994
Euphorbiaceae 9 1 0.59338 0.331981 0.564972 1.490333
Vitex payos 17 1 0.26736 0.627075 0.564972 1.459407
Strychnus decussata 5 2 0.118016 0.184434 1.129944 1.432394
Annona senegalensis 3 2 0.057519 0.11066 1.129944 1.298123
Tamarindus indica 1 1 0.680783 0.036887 0.564972 1.282642
Acacia xantofloeia 2 2 0.050595 0.073774 1.129944 1.254313
Bridelia cathartica 2 2 0.021721 0.073774 1.129944 1.225438
Holarena sp. 10 1 0.204451 0.368868 0.564972 1.13829
Polygala myrtifolia 6 1 0.325832 0.221321 0.564972 1.112124
Ozoroa sp. 7 1 0.284165 0.258207 0.564972 1.107344
Flacourtia indica 9 1 0.107019 0.331981 0.564972 1.003972
Dalbergia melanoxylon 5 1 0.113653 0.184434 0.564972 0.863058
Lanchocarpus capassa 5 1 0.085331 0.184434 0.564972 0.834736
Mundulea cf. sericea 5 1 0.048833 0.184434 0.564972 0.798238
Heretia amoena 5 1 0.038256 0.184434 0.564972 0.787662
Ziziphus abyssinica 2 1 0.116152 0.073774 0.564972 0.754897
Diospyros sp 2 1 0.106748 0.073774 0.564972 0.745494
Boscia faetida 1 1 0.143092 0.036887 0.564972 0.74495
Combretum paniculatum 4 1 0.028224 0.147547 0.564972 0.740743
Rutaceae 4 1 0.022932 0.147547 0.564972 0.735451
Commiphora africana 2 1 0.07828 0.073774 0.564972 0.717025
Afizelia quanzensis 1 1 0.107256 0.036887 0.564972 0.709115
Maiteno sp 1 1 0.107256 0.036887 0.564972 0.709115
Xemenia americana 3 1 0.022452 0.11066 0.564972 0.698084
Ficus sp. 3 1 0.022078 0.11066 0.564972 0.69771
Bridelia africana 3 1 0.0185 0.11066 0.564972 0.694132
Schrebera alata 1 1 0.09204 0.036887 0.564972 0.693899
Bercema sp. 2 1 0.039705 0.073774 0.564972 0.67845
Hipocratea sp. 2 1 0.023674 0.073774 0.564972 0.662419
Ximenia caffra 2 1 0.014479 0.073774 0.564972 0.653225
Ochna sp. 2 1 0.014433 0.073774 0.564972 0.653178
Cacia abreviata 2 1 0.011602 0.073774 0.564972 0.650347
Drypetes sp. 2 1 0.009397 0.073774 0.564972 0.648142
B. filipinos 1 1 0.045478 0.036887 0.564972 0.647336
Mauricarea 1 1 0.031132 0.036887 0.564972 0.632991
Certoma sp. 1 1 0.0111 0.036887 0.564972 0.612959
82
Ochna cf. natalitia 1 1 0.009803 0.036887 0.564972 0.611662
Sterculia africana 1 1 0.008824 0.036887 0.564972 0.610682
Cussonia sp. 1 1 0.004357 0.036887 0.564972 0.606216
Selesbania 1 1 0.004028 0.036887 0.564972 0.605887
Total Geral 2711 100 100 100 300
Apêndice 5. Representação das espécies no 4º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI
83
Dalbergia melanoxylon 20 2 0.52311 0.67613 0.93458 2.13383
Spirostachys africana 14 1 0.58284 0.47329 0.46729 1.52343
Monotes sp. 13 3 0.28488 0.43949 1.40187 2.12624
Catunaregam spinosa 12 3 0.10366 0.40568 1.40187 1.91121
Lannea sp. 11 2 0.39016 0.37187 0.93458 1.69661
Rubiaceae 9 4 0.13215 0.30426 1.86916 2.30556
Albizia sp. 9 2 0.12435 0.30426 0.93458 1.36318
Hugonia orientalis 9 3 0.07918 0.30426 1.40187 1.78531
C. abreviata 8 2 0.53241 0.27045 0.93458 1.73745
Terminalia molle 8 1 0.28434 0.27045 0.46729 1.02208
Combretum toniano 8 1 0.13106 0.27045 0.46729 0.8688
Hipocratea sp. 8 1 0.11339 0.27045 0.46729 0.85114
Xemenia caffra 8 2 0.07602 0.27045 0.93458 1.28105
Combretaceae 7 1 0.29657 0.23665 0.46729 1.00051
Lanchocarpus capassa 7 1 0.19355 0.23665 0.46729 0.89749
Uapaca kirkiana 6 1 0.2043 0.20284 0.46729 0.87443
Acacia nigrescens 6 1 0.11697 0.20284 0.46729 0.7871
Raminaceae 6 1 0.08616 0.20284 0.46729 0.75629
Rotmamie sp 6 1 0.03897 0.20284 0.46729 0.7091
Sclerocarya birrea 5 3 1.7872 0.16903 1.40187 3.3581
Combretum collenum 5 1 0.04426 0.16903 0.46729 0.68059
Olax dissitiflora 4 1 0.10718 0.13523 0.46729 0.7097
Strychnus sp. 4 2 0.06785 0.13523 0.93458 1.13766
Ozoroa sp. 4 1 0.0489 0.13523 0.46729 0.65142
Euphorbiaceae 4 3 0.03438 0.13523 1.40187 1.57147
Dicrostachys cinerea 4 3 0.02509 0.13523 1.40187 1.56218
Afizelia quanzensis 3 1 0.45539 0.10142 0.46729 1.0241
Ochna natalitia 3 2 0.0545 0.10142 0.93458 1.0905
Heretia cf. amoena 3 1 0.03377 0.10142 0.46729 0.60248
Mundulea cf. sericea 3 1 0.01718 0.10142 0.46729 0.58589
Brachystegia sp. 2 2 0.44135 0.06761 0.93458 1.44354
Manilkara mochisia 2 1 0.35608 0.06761 0.46729 0.89098
Terminalia prunioides 2 2 0.14589 0.06761 0.93458 1.14808
Myrtaceae 2 1 0.07661 0.06761 0.46729 0.61152
Xemenia americana 2 1 0.06117 0.06761 0.46729 0.59607
Strychnus decussata 2 1 0.04684 0.06761 0.46729 0.58174
Sterculia africana 2 1 0.0404 0.06761 0.46729 0.5753
Schrebera alata 2 1 0.02566 0.06761 0.46729 0.56057
Piliostigma thoningii 2 2 0.01923 0.06761 0.93458 1.02143
Ziziphus abyssinica 2 1 0.01836 0.06761 0.46729 0.55326
Autidezme sp 2 1 0.01095 0.06761 0.46729 0.54585
84
Pterocarpus rotundifolius 2 1 0.00997 0.06761 0.46729 0.54487
Zanha africana 1 1 0.0892 0.03381 0.46729 0.59029
Bercema abyssinica 1 1 0.07123 0.03381 0.46729 0.57233
Ochna cf. natalitia 1 1 0.03257 0.03381 0.46729 0.53366
Cyprostachys africana 1 1 0.02326 0.03381 0.46729 0.52435
Vitex pubescens 1 1 0.02287 0.03381 0.46729 0.52397
Grewia cf. flavescense 1 1 0.01714 0.03381 0.46729 0.51823
Cordia caffra 1 1 0.00958 0.03381 0.46729 0.51067
Vitex payos 1 1 0.00704 0.03381 0.46729 0.50813
Albizia forbesii 1 1 0.00682 0.03381 0.46729 0.50792
Pignoneaceae 1 1 0.00601 0.03381 0.46729 0.50711
Combretum paniculatum 1 1 0.00581 0.03381 0.46729 0.50691
Bauhinha sp. 1 1 0.00525 0.03381 0.46729 0.50634
M. cf. hetorofila 1 1 0.00507 0.03381 0.46729 0.50616
Ochna sp. 1 1 0.00489 0.03381 0.46729 0.50598
Total Geral 2958 100 100 100 300
Apêndice 6. Representação Geral das espécies em termos de Dor, Abr, Frel e IVI
85
Combretum molle 176 13 0.627898 1.62197 1.737968 3.987836
Lannea schweinfurthii 67 15 0.821938 0.617455 2.005348 3.44474
Pteleopsis myrtifolia 75 14 0.682946 0.691181 1.871658 3.245784
Uapaca kirkiana 130 6 1.057025 1.198046 0.802139 3.05721
Hugonia orientalis 98 14 0.262983 0.903143 1.871658 3.037783
Bauhinia tomentosa 107 12 0.352097 0.986084 1.604278 2.94246
Bridelia cathartica 62 13 0.396324 0.571376 1.737968 2.705668
Commiphora sp. 59 12 0.551135 0.543729 1.604278 2.699142
Markhamia zanzibarica 178 3 0.656974 1.640402 0.40107 2.698446
Brachystegia sp. 29 11 0.951418 0.267256 1.470588 2.689263
Burkea africana 108 9 0.456657 0.9953 1.203209 2.655165
Combretum sp. 68 11 0.382939 0.62667 1.470588 2.480198
Rubiaceae 43 10 0.30295 0.396277 1.336898 2.036125
Euphorbiaceae sp 57 8 0.429812 0.525297 1.069519 2.024627
Terminalia prunioides 29 6 0.923747 0.267256 0.802139 1.993142
Flacourtia indica 76 8 0.180102 0.700396 1.069519 1.950017
Burseraceae 51 1 1.076864 0.470003 0.13369 1.680557
Dicrostachys cinerea 22 9 0.051614 0.202746 1.203209 1.457569
Cacia abreviata 16 5 0.631342 0.147452 0.668449 1.447244
Dalbergia melanoxylon 48 5 0.322474 0.442356 0.668449 1.433279
Albizia sp. 21 7 0.257987 0.193531 0.935829 1.387346
Sclerocarya birrea 9 6 0.475564 0.082942 0.802139 1.360644
Strychnus decussata 29 7 0.150537 0.267256 0.935829 1.353622
Acacia nigrescens 32 5 0.382654 0.294904 0.668449 1.346007
Bercema sp. 32 7 0.107533 0.294904 0.935829 1.338266
Pterocarpus rotundifolius 74 2 0.361586 0.681965 0.26738 1.310931
Annona senegalensis 42 6 0.097282 0.387061 0.802139 1.286482
Combretum collenum 65 3 0.253892 0.599023 0.40107 1.253985
Raminaceae 46 4 0.275735 0.423924 0.534759 1.234418
C. cordatum 56 1 0.580197 0.516081 0.13369 1.229969
Piliostigma thoningii 33 5 0.215386 0.304119 0.668449 1.187955
Vitex payos 25 6 0.086067 0.230394 0.802139 1.118599
Cordila africana 12 5 0.303884 0.110589 0.668449 1.082922
Lanchocarpus capassa 18 4 0.28584 0.165883 0.534759 0.986483
Schrebera alata 11 3 0.46623 0.101373 0.40107 0.968673
Ochna cf. natalitia 11 5 0.116338 0.101373 0.668449 0.88616
Sterculia quinqueloba 3 2 0.587413 0.027647 0.26738 0.88244
Monotes sp. 19 4 0.164417 0.175099 0.534759 0.874276
Afizelia quanzensis 6 4 0.244474 0.055294 0.534759 0.834528
Ziziphus abyssinica 10 5 0.058465 0.092157 0.668449 0.819071
Xemenia caffra 12 5 0.028853 0.110589 0.668449 0.807891
Hhretia sp. 25 2 0.254275 0.230394 0.26738 0.752048
Commiphora africana 11 3 0.24 0.101373 0.40107 0.742443
86
Adansonia digitata 2 2 0.425376 0.018431 0.26738 0.711187
Celestraceae 23 3 0.077508 0.211962 0.40107 0.69054
Mundulea cf. sericea 12 4 0.025943 0.110589 0.534759 0.671291
Commiphora ternifolia 2 1 0.514588 0.018431 0.13369 0.666709
Strychnus sp. 6 4 0.031594 0.055294 0.534759 0.621647
Manilkara mochisia 7 3 0.134744 0.06451 0.40107 0.600324
Myrtaceae 20 2 0.10532 0.184315 0.26738 0.557015
Ficus sp. 18 2 0.118294 0.165883 0.26738 0.551557
Brachystegia bussei 21 1 0.214156 0.193531 0.13369 0.541376
Cacia sp. 4 1 0.341037 0.036863 0.13369 0.51159
Fabaceae 4 3 0.061062 0.036863 0.40107 0.498995
Diospyros sp 16 2 0.08147 0.147452 0.26738 0.496302
Drypetes sp. 7 3 0.013728 0.06451 0.40107 0.479308
Sterculia africana 4 3 0.035633 0.036863 0.40107 0.473566
Lannea sp. 11 2 0.09933 0.101373 0.26738 0.468083
Ochna sp. 6 3 0.011448 0.055294 0.40107 0.467812
Ochna natalitia 4 3 0.017433 0.036863 0.40107 0.455365
Ozoroa sp. 11 2 0.084969 0.101373 0.26738 0.453722
Holarena sp. 12 2 0.063955 0.110589 0.26738 0.441924
B. filipinos 5 2 0.12378 0.046079 0.26738 0.437238
Heretia amoena 15 2 0.031413 0.138236 0.26738 0.437029
Combretaceae 9 2 0.078955 0.082942 0.26738 0.429276
Boscia faetida 3 2 0.131928 0.027647 0.26738 0.426955
Spirostachys africana 14 1 0.148387 0.12902 0.13369 0.411097
Apocinaceae 8 2 0.054449 0.073726 0.26738 0.395554
Hipocratea sp. 10 2 0.034911 0.092157 0.26738 0.394448
Salvadora persica 22 1 0.046563 0.202746 0.13369 0.382999
Mundulea sp. 22 1 0.046199 0.202746 0.13369 0.382635
Combretum adenogonium 6 2 0.025326 0.055294 0.26738 0.348001
Proteia sp. 17 1 0.052902 0.156668 0.13369 0.343259
Xemenia americana 5 2 0.021304 0.046079 0.26738 0.334762
Boscia sp. 4 1 0.160045 0.036863 0.13369 0.330598
Combretum paniculatum 5 2 0.008683 0.046079 0.26738 0.322141
Zanha africana 2 2 0.025147 0.018431 0.26738 0.310958
Grewia flavescense 15 1 0.038335 0.138236 0.13369 0.310261
Bercema abyssinica 2 2 0.023573 0.018431 0.26738 0.309384
Acacia xantofloeia 2 2 0.012912 0.018431 0.26738 0.298723
Brachystegia cf. bohemii 4 1 0.1233 0.036863 0.13369 0.293853
Albizia forbesii 2 2 0.003639 0.018431 0.26738 0.28945
Cordila sp. 1 1 0.145578 0.009216 0.13369 0.288484
Terminalia molle 8 1 0.07239 0.073726 0.13369 0.279806
Polygala myrtifolia 6 1 0.083152 0.055294 0.13369 0.272137
Combretum toniano 8 1 0.033366 0.073726 0.13369 0.240781
87
Antidsm cf. venoso 2 1 0.064881 0.018431 0.13369 0.217002
Vitex sp. 4 1 0.031667 0.036863 0.13369 0.20222
Swartzia sp. 1 1 0.057518 0.009216 0.13369 0.200424
Rotmamie sp 6 1 0.009922 0.055294 0.13369 0.198907
Olax dissitiflora 4 1 0.027287 0.036863 0.13369 0.19784
Albizia cf. adiantifolia 4 1 0.023849 0.036863 0.13369 0.194401
Anacardiaceae 2 1 0.040566 0.018431 0.13369 0.192687
Xeropis obvata 3 1 0.028685 0.027647 0.13369 0.190022
Boscia mossambicensis 1 1 0.04397 0.009216 0.13369 0.186876
Parinari curatellifolia 3 1 0.02224 0.027647 0.13369 0.183577
Uapaca nitida 3 1 0.016768 0.027647 0.13369 0.178105
Rutaceae 4 1 0.005852 0.036863 0.13369 0.176405
Loganiaceae 1 1 0.03178 0.009216 0.13369 0.174686
Diospyros mespiliformis 1 1 0.027584 0.009216 0.13369 0.17049
Maiteno sp 1 1 0.027372 0.009216 0.13369 0.170277
Hhretia cf. amoena 3 1 0.008597 0.027647 0.13369 0.169934
Dalbergia sp. 2 1 0.014875 0.018431 0.13369 0.166996
Bridelia africana 3 1 0.004721 0.027647 0.13369 0.166058
Vitex doniana 1 1 0.022324 0.009216 0.13369 0.16523
Commiphora neglecta 2 1 0.00916 0.018431 0.13369 0.161281
Grewia sp 2 1 0.003905 0.018431 0.13369 0.156027
C. americana 2 1 0.003782 0.018431 0.13369 0.155903
C. brexata 2 1 0.002928 0.018431 0.13369 0.15505
Autidezme sp 2 1 0.002787 0.018431 0.13369 0.154908
Mauricarea 1 1 0.007945 0.009216 0.13369 0.150851
Combretum elaeagnoides 1 1 0.007606 0.009216 0.13369 0.150511
Cyprostachys africana 1 1 0.005921 0.009216 0.13369 0.148827
Vitex pubescens 1 1 0.005823 0.009216 0.13369 0.148729
Hakea sericea 1 1 0.005533 0.009216 0.13369 0.148439
Grewia cf. flavescense 1 1 0.004363 0.009216 0.13369 0.147268
Certoma sp. 1 1 0.002833 0.009216 0.13369 0.145738
Cordia caffra 1 1 0.002438 0.009216 0.13369 0.145344
Veronia sp. 1 1 0.001581 0.009216 0.13369 0.144486
Pignoneaceae 1 1 0.00153 0.009216 0.13369 0.144436
Bauhinha sp. 1 1 0.001336 0.009216 0.13369 0.144242
M. cf. hetorofila 1 1 0.00129 0.009216 0.13369 0.144195
Crotono sp. 1 1 0.001199 0.009216 0.13369 0.144105
Cussonia sp. 1 1 0.001112 0.009216 0.13369 0.144017
Sesbania punicea 1 1 0.001028 0.009216 0.13369 0.143934
Total Geral 10851 748 100 100 100 300
88
Apêndice 7. Distribuição de espécies no estrato inferior, médio, superior e a sua Posição
Sociológica
89
Rubiaceae 26 13 4 18.347802 0.42354008
Tamarindus indica 17 11 30 17.3154548 0.39970941
Bercema sp. 24 3 5 14.3867846 0.33210408
Acacia nigrescens 21 4 7 13.447332 0.31041779
Piliostigma thoningii 15 13 5 12.7235278 0.29370951
Raminaceae 13 13 9 12.3353608 0.28474908
Strychnus decussata 15 14 0 12.2001659 0.28162824
Mundulea sp. 22 0 0 11.5808681 0.26733239
Salvadora persica 20 2 0 11.1429361 0.25722319
Celestraceae 18 5 0 11.0124412 0.25421085
Vitex payos 15 9 1 10.8291402 0.24997953
Dicrostachys cinerea 17 5 0 10.4860382 0.24205937
Myrtaceae 16 4 0 9.65219795 0.22281103
Brachystegia sp. 5 21 3 9.58667404 0.22129848
Burceraceae 0 5 46 9.18053636 0.21192321
Terminalia prunioides 8 9 12 8.97207631 0.20711113
Albizia sp. 14 3 4 8.95659386 0.20675373
Hhretia sp. 10 8 7 8.88664639 0.20513906
Proteia sp. 14 2 1 8.15067736 0.18814998
Monotes sp. 11 7 1 8.10865358 0.1871799
Diospyros sp 14 2 0 7.98451756 0.18431435
Grewia flavescense 14 1 0 7.67708045 0.17721748
Hhretia amoena 13 2 0 7.45811446 0.17216288
Lanchocarpus capassa 7 6 5 6.3602433 0.14681966
Mundulea cf. sericea 12 0 0 6.31683716 0.14581767
Xemenia caffra 12 0 0 6.31683716 0.14581767
Ficus sp. 5 10 3 6.20486591 0.14323293
Ozoroa sp. 10 1 0 5.57146807 0.12861159
Ziziphus abyssinica 10 0 0 5.26403096 0.12151472
Cordyla africana 8 2 2 5.15841858 0.11907677
Commiphora africana 8 3 0 5.13353608 0.11850238
Hipocratea sp. 9 1 0 5.04506497 0.11646012
Holarrhena sp. 6 6 0 5.00304119 0.11549004
Spirostachys africana 3 9 2 4.67846281 0.10799749
Cacia abbreviata 3 5 8 4.44567321 0.10262378
Apocinaceae 7 1 0 3.99225878 0.09215718
Ochna cf. natalitia 6 0 5 3.98921758 0.09208697
Combretaceae 5 4 0 3.86176389 0.08914484
Schrebera alata 3 6 2 3.75615151 0.08670688
Combretum toniano 5 3 0 3.55432679 0.08204797
Brachystegia bussei 0 0 21 3.48935582 0.08054818
Lannea sp. 3 4 4 3.4735969 0.0801844
Drypetes sp. 5 2 0 3.24688969 0.0749511
90
Sclerocarya birrea 4 1 4 3.07768869 0.07104527
Ochna sp. 5 1 0 2.93945259 0.06785423
Rotmamie sp 5 1 0 2.93945259 0.06785423
Terminalia molle 2 4 2 2.61487421 0.06036167
Manilkara mochisia 3 2 2 2.5264031 0.05831941
Combretum adenogonium 3 3 0 2.5015206 0.05774502
Combretum paniculatum 4 1 0 2.41304949 0.05570276
Raminacea / Berchemia 0 2 9 2.11031241 0.04871439
Ochna natalitia 4 0 0 2.10561239 0.04860589
P. indica 4 0 0 2.10561239 0.04860589
Rutaceae 4 0 0 2.10561239 0.04860589
Strychnus sp. 1 5 0 2.06358861 0.04763581
Xemenia americana 2 3 0 1.9751175 0.04559355
Albizia cf. adiantifolia 3 0 1 1.74536909 0.04029004
Bridelia africana 3 0 0 1.57920929 0.03645442
Hhretia cf. amoena 3 0 0 1.57920929 0.03645442
Uapaca nitida 3 0 0 1.57920929 0.03645442
Sterculia africana 2 1 1 1.5264031 0.03523544
C. horientalis 1 3 0 1.4487144 0.03344208
Olax dissitiflora 1 3 0 1.4487144 0.03344208
Polygala myrtifolia 0 3 3 1.42079071 0.03279749
Euphorbiaceae sp. 2 1 0 1.3602433 0.03139981
Boscia sp. 1 2 1 1.3074371 0.03018084
Vitex sp. 1 2 1 1.3074371 0.03018084
Fabaceae 1 1 2 1.1661598 0.0269196
Boscia faetida 1 2 0 1.1412773 0.02634521
Afizelia quanzensis 0 1 5 1.13823611 0.02627501
Antidesma sp 2 0 0 1.05280619 0.02430294
C. americana 2 0 0 1.05280619 0.02430294
C. brexata 2 0 0 1.05280619 0.02430294
Grewia sp 2 0 0 1.05280619 0.02430294
Parinari curatellifolia 1 1 1 1 0.02308397
B. filipinos 0 1 4 0.97207631 0.02243938
Xeropis obvata 0 3 0 0.92231131 0.02129061
Albizia forbesii 1 1 0 0.8338402 0.01924834
Commiphora neglecta 1 1 0 0.8338402 0.01924834
Dalbergia sp. 1 1 0 0.8338402 0.01924834
Brachystegia cf. bohemii 0 0 4 0.6646392 0.01534251
Cacia sp. 0 0 4 0.6646392 0.01534251
Acacia xantofloeia 0 2 0 0.61487421 0.01419374
Antidesma cf. venosum 0 2 0 0.61487421 0.01419374
Zanha africana 0 2 0 0.61487421 0.01419374
Bauhinha sp. 1 0 0 0.5264031 0.01215147
91
Cordya caffra 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Crotono sp. 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Cussonia sp. 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Diospyros mespiliformis 1 0 0 0.5264031 0.01215147
M. cf. hetorofila 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Maytenus sp 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Mundulea sericea 1 0 0 0.5264031 0.01215147
P. spinosa 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Pignoneaceae 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Sesbania punicea 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Veronia sp. 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Vitex pubescens 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Sterculia quinqueloba 0 0 3 0.4984794 0.01150688
Bercema abyssinica 0 1 1 0.4735969 0.0109325
Adansonia digitata 0 0 2 0.3323196 0.00767126
Anacardiaceae 0 0 2 0.3323196 0.00767126
Commiphora ternifolia 0 0 2 0.3323196 0.00767126
Combretum elaeagnoides 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Certoma sp. 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Cyprostachys africana 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Grewia cf. flavescense 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Hakea sericea 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Mauricarea 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Vitex doniana 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Boscia mossambicensis 0 0 1 0.1661598 0.00383563
Cordyla sp. 0 0 1 0.1661598 0.00383563
Loganiaceae 0 0 1 0.1661598 0.00383563
Swartzia sp. 0 0 1 0.1661598 0.00383563
Total Geral 5712 3336 1803 4332.01078 100
92
Pterocarpus angolensis 2.60 2.23 2.67 2.13 0.00 7.50 9.63
Terminalia sericea 1.99 2.54 2.01 2.69 0.00 6.54 9.22
Acacia sp. 3.17 1.57 2.01 1.71 0.00 6.74 8.45
Acacia senegalensis 1.52 2.52 1.60 2.81 0.00 5.64 8.45
Terminalia sp. 1.73 1.59 1.87 1.47 1.42 5.19 8.09
Antropogeno gaioue 0.00 0.00 0.00 0.00 7.47 0.00 7.47
Blefores 0.00 0.00 0.00 0.00 7.44 0.00 7.44
Terminalia brachystemma 1.96 1.89 1.60 1.52 0.00 5.46 6.98
Pterocarpus sp. 2.08 1.79 1.60 1.50 0.00 5.47 6.97
Combretum zeyheri 1.31 1.85 1.74 2.00 0.00 4.90 6.90
Catunaregam spinosa 0.50 1.88 2.01 2.45 0.00 4.38 6.84
Mundulea sericea 1.10 1.65 2.14 1.81 0.00 4.89 6.70
Crossopterux febrifuga 1.27 1.34 2.01 1.54 0.00 4.61 6.15
Combretum molle 0.63 1.62 1.74 1.66 0.00 3.99 5.64
Tamarindus indica 2.84 0.57 1.20 0.45 0.00 4.61 5.06
Millettia stuhlmannii 3.39 0.76 0.40 0.50 0.00 4.54 5.04
Dicrostachys africana 0.00 0.00 0.00 0.00 4.99 0.00 4.99
Flacourtia indica 0.18 0.70 1.07 0.90 1.77 1.95 4.63
Dicrostachys cinerea 0.05 0.20 1.20 0.24 2.82 1.46 4.52
Markhamia zanzibarica 0.66 1.64 0.40 1.68 0.00 2.70 4.38
Uapaca kirkiana 1.06 1.20 0.80 1.28 0.00 3.06 4.34
Bauhinia tomentosa 0.35 0.99 1.60 1.24 0.00 2.94 4.19
Hugonia orientalis 0.26 0.90 1.87 1.04 0.00 3.04 4.07
Lannea schweinfurthii 0.82 0.62 2.01 0.59 0.00 3.44 4.04
Pteleopsis myrtifolia 0.68 0.69 1.87 0.66 0.00 3.25 3.90
Strychnus decussata 0.15 0.27 0.94 0.28 2.12 1.35 3.76
Ochna natalitia 0.02 0.04 0.40 0.05 3.20 0.46 3.70
Burkea africana 0.46 1.00 1.20 1.02 0.00 2.66 3.68
Bridelia cathartica 0.40 0.57 1.74 0.69 0.00 2.71 3.40
Commiphora sp. 0.55 0.54 1.60 0.56 0.00 2.70 3.26
Combretum sp. 0.38 0.63 1.47 0.66 0.00 2.48 3.14
Brachystegia sp. 0.95 0.27 1.47 0.22 0.00 2.69 2.91
Peniseto 0.00 0.00 0.00 0.00 2.86 0.00 2.86
Euphorbiaceae sp 0.43 0.53 1.07 0.54 0.00 2.02 2.56
Ocsuetere absemice 0.00 0.00 0.00 0.00 2.47 0.00 2.47
Rubiaceae 0.30 0.40 1.34 0.42 0.00 2.04 2.46
Myrtaceae 0.11 0.18 0.27 0.22 1.42 0.56 2.20
Terminalia prunioides 0.92 0.27 0.80 0.21 0.00 1.99 2.20
Boscia sp. 0.16 0.04 0.13 0.03 1.77 0.33 2.14
Combretum collenum 0.25 0.60 0.40 0.67 0.00 1.25 1.93
Pterocarpus rotundifolius 0.36 0.68 0.27 0.61 0.00 1.31 1.92
Grewia flavescense 0.04 0.14 0.13 0.18 1.42 0.31 1.91
Burseraceae 1.08 0.47 0.13 0.21 0.00 1.68 1.89
93
Dalbergia melanoxylon 0.32 0.44 0.67 0.43 0.00 1.43 1.86
Annona senegalensis 0.10 0.39 0.80 0.47 0.00 1.29 1.76
C. cordatum 0.58 0.52 0.13 0.52 0.00 1.23 1.75
Bercema sp. 0.11 0.29 0.94 0.33 0.00 1.34 1.67
Acacia nigrescens 0.38 0.29 0.67 0.31 0.00 1.35 1.66
Diospyros mespiliformis 0.03 0.01 0.13 0.01 1.42 0.17 1.61
Albizia sp. 0.26 0.19 0.94 0.21 0.00 1.39 1.59
Raminaceae 0.28 0.42 0.53 0.33 0.00 1.23 1.57
Cacia abreviata 0.63 0.15 0.67 0.10 0.00 1.45 1.55
Piliostigma thoningii 0.22 0.30 0.67 0.29 0.00 1.19 1.48
Sclerocarya birrea 0.48 0.08 0.80 0.07 0.00 1.36 1.43
Digitaria eriatha 0.00 0.00 0.00 0.00 1.42 0.00 1.42
Finbrustylis exilis 0.00 0.00 0.00 0.00 1.42 0.00 1.42
Vitex payos 0.09 0.23 0.80 0.25 0.00 1.12 1.37
Cordila africana 0.30 0.11 0.67 0.12 0.00 1.08 1.20
Lanchocarpus capassa 0.29 0.17 0.53 0.15 0.00 0.99 1.13
Monotes sp. 0.16 0.18 0.53 0.19 0.00 0.87 1.06
Schrebera alata 0.47 0.10 0.40 0.09 0.00 0.97 1.06
Ochna cf. natalitia 0.12 0.10 0.67 0.09 0.00 0.89 0.98
Hhretia sp. 0.25 0.23 0.27 0.21 0.00 0.75 0.96
Xemenia caffra 0.03 0.11 0.67 0.15 0.00 0.81 0.95
Celestraceae 0.08 0.21 0.40 0.25 0.00 0.69 0.94
Ziziphus abyssinica 0.06 0.09 0.67 0.12 0.00 0.82 0.94
Sterculia quinqueloba 0.59 0.03 0.27 0.01 0.00 0.88 0.89
Commiphora africana 0.24 0.10 0.40 0.12 0.00 0.74 0.86
Afizelia quanzensis 0.24 0.06 0.53 0.03 0.00 0.83 0.86
Mundulea cf. sericea 0.03 0.11 0.53 0.15 0.00 0.67 0.82
Adansonia digitata 0.43 0.02 0.27 0.01 0.00 0.71 0.72
Ficus sp. 0.12 0.17 0.27 0.14 0.00 0.55 0.69
Diospyros sp 0.08 0.15 0.27 0.18 0.00 0.50 0.68
Commiphora ternifolia 0.51 0.02 0.13 0.01 0.00 0.67 0.67
Strychnus sp. 0.03 0.06 0.53 0.05 0.00 0.62 0.67
Manilkara mochisia 0.13 0.06 0.40 0.06 0.00 0.60 0.66
Mundulea sp. 0.05 0.20 0.13 0.27 0.00 0.38 0.65
Salvadora persica 0.05 0.20 0.13 0.26 0.00 0.38 0.64
Brachystegia bussei 0.21 0.19 0.13 0.08 0.00 0.54 0.62
Heretia amoena 0.03 0.14 0.27 0.17 0.00 0.44 0.61
Ozoroa sp. 0.08 0.10 0.27 0.13 0.00 0.45 0.58
Holarena sp. 0.06 0.11 0.27 0.12 0.00 0.44 0.56
Drypetes sp. 0.01 0.06 0.40 0.07 0.00 0.48 0.55
Lannea sp. 0.10 0.10 0.27 0.08 0.00 0.47 0.55
Ochna sp. 0.01 0.06 0.40 0.07 0.00 0.47 0.54
Proteia sp. 0.05 0.16 0.13 0.19 0.00 0.34 0.53
94
Cacia sp. 0.34 0.04 0.13 0.02 0.00 0.51 0.53
Fabaceae 0.06 0.04 0.40 0.03 0.00 0.50 0.53
Spirostachys africana 0.15 0.13 0.13 0.11 0.00 0.41 0.52
Combretaceae 0.08 0.08 0.27 0.09 0.00 0.43 0.52
Hipocratea sp. 0.03 0.09 0.27 0.12 0.00 0.39 0.51
Sterculia africana 0.04 0.04 0.40 0.04 0.00 0.47 0.51
Apocinaceae 0.05 0.07 0.27 0.09 0.00 0.40 0.49
B. filipinos 0.12 0.05 0.27 0.02 0.00 0.44 0.46
Boscia faetida 0.13 0.03 0.27 0.03 0.00 0.43 0.45
Combretum adenogonium 0.03 0.06 0.27 0.06 0.00 0.35 0.41
Xemenia americana 0.02 0.05 0.27 0.05 0.00 0.33 0.38
Combretum paniculatum 0.01 0.05 0.27 0.06 0.00 0.32 0.38
Terminalia molle 0.07 0.07 0.13 0.06 0.00 0.28 0.34
Zanha africana 0.03 0.02 0.27 0.01 0.00 0.31 0.33
Combretum toniano 0.03 0.07 0.13 0.08 0.00 0.24 0.32
Bercema abyssinica 0.02 0.02 0.27 0.01 0.00 0.31 0.32
Acacia xantofloeia 0.01 0.02 0.27 0.01 0.00 0.30 0.31
Brachystegia cf. bohemii 0.12 0.04 0.13 0.02 0.00 0.29 0.31
Albizia forbesii 0.00 0.02 0.27 0.02 0.00 0.29 0.31
Polygala myrtifolia 0.08 0.06 0.13 0.03 0.00 0.27 0.30
Cordila sp. 0.15 0.01 0.13 0.00 0.00 0.29 0.29
Rotmamie sp 0.01 0.06 0.13 0.07 0.00 0.20 0.27
Albizia cf. adiantifolia 0.02 0.04 0.13 0.04 0.00 0.19 0.23
Vitex sp. 0.03 0.04 0.13 0.03 0.00 0.20 0.23
Olax dissitiflora 0.03 0.04 0.13 0.03 0.00 0.20 0.23
Antidsm cf. venoso 0.06 0.02 0.13 0.01 0.00 0.22 0.23
Rutaceae 0.01 0.04 0.13 0.05 0.00 0.18 0.23
Uapaca nitida 0.02 0.03 0.13 0.04 0.00 0.18 0.21
Xeropis obvata 0.03 0.03 0.13 0.02 0.00 0.19 0.21
Parinari curatellifolia 0.02 0.03 0.13 0.02 0.00 0.18 0.21
Hhretia cf. amoena 0.01 0.03 0.13 0.04 0.00 0.17 0.21
Swartzia sp. 0.06 0.01 0.13 0.00 0.00 0.20 0.20
Bridelia africana 0.00 0.03 0.13 0.04 0.00 0.17 0.20
Anacardiaceae 0.04 0.02 0.13 0.01 0.00 0.19 0.20
Boscia mossambicensis 0.04 0.01 0.13 0.00 0.00 0.19 0.19
Dalbergia sp. 0.01 0.02 0.13 0.02 0.00 0.17 0.19
Maiteno sp 0.03 0.01 0.13 0.01 0.00 0.17 0.18
Commiphora neglecta 0.01 0.02 0.13 0.02 0.00 0.16 0.18
Grewia sp 0.00 0.02 0.13 0.02 0.00 0.16 0.18
C. americana 0.00 0.02 0.13 0.02 0.00 0.16 0.18
C. brexata 0.00 0.02 0.13 0.02 0.00 0.16 0.18
Autidezme sp 0.00 0.02 0.13 0.02 0.00 0.15 0.18
Loganiaceae 0.03 0.01 0.13 0.00 0.00 0.17 0.18
95
Vitex doniana 0.02 0.01 0.13 0.01 0.00 0.17 0.17
Vitex pubescens 0.01 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Mauricarea 0.01 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Combretum elaeagnoides 0.01 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Cordia caffra 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Veronia sp. 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Pignoneaceae 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Bauhinha sp. 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
M. cf. hetorofila 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Crotono sp. 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Cussonia sp. 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Sesbania punicea 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Cyprostachys africana 0.01 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Hakea sericea 0.01 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Grewia cf. flavescense 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.15
Certoma sp. 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.15
TOTAL 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 300.00 500.00
Coordenadas da parcela:____________________/__________________
96
SUB Nome Quantidad SUB PARCELA Nome Quantida
PARCELA I científico e II científico de
Mini parcela 1 Mini parcela 1
Mini parcela 2 Mini parcela 2
Mini parcela 3 Mini parcela 3
Mini parcela 4 Mini parcela 4
Mini parcela 5 Mini parcela 5
97
98