Mariano, Nhamussua & Ribeiro, 2018 Versao Final2

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UNIVERSIDADE LÚRIO

Faculdade de Ciências Agrárias

AVALIAÇÃO DA VARIAÇÃO DA ESTRUTURA E


COMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO DE MIOMBO, NA
RESERVA NACIONAL DO NIASSA, DE ACORDO COM A
FREQUÊNCIA DE QUEIMADAS

Relatório final da Licenciatura em Engenharia Florestal

Autor: MARIANO, Milo Samuel

Supervisor: Engº. NHAMUSSUA, Remigio Rangel, MSc

Co – Supervisora: Professora RIBEIRO, Natasha Sofia

Wunaangu, Setembro de 2017


UNIVERSIDADE LÚRIO

Faculdade de Ciências Agrárias

Wunaangu, Março de 2018

AVALIAÇÃO DA VARIAÇÃO DA ESTRUTURA E


COMPOSIÇÃO DA VEGETAÇÃO DE MIOMBO, NA RESERVA
NACIONAL DO NIASSA, DE ACORDO COM A FREQUÊNCIA
DE QUEIMADAS

Trabalho para obtenção do título de Licenciado em Engenharia Florestal

Autor: MARIANO, Milo Samuel

Supervisor: Engº. NHAMUSSUA, Remigio Rangel, MSc

Co – Supervisora: Professora RIBEIRO, Natasha Sofia

Local de estágio: Reserva Nacional de Niassa, Setembro de 2017


DECLARAÇÃO DE HONRA

Eu, Milo Samuel Mariano declaro por minha honra que este trabalho intitulado Avaliação da
Variação da Estrutura e Composição da Vegetação do Miombo, na Reserva Nacional do
Niassa, de Acordo com a Frequência das Queimadas nunca foi apresentado em nenhuma
outra instituição académica, para obtenção de qualquer grau académico. Este relatório, constitui
o fruto de trabalho de campo e de pesquisa bibliográfica, estando as fontes utilizadas registadas
no texto e nas referências bibliográficas.
EPÍGRAFE

“Só quando a última árvore for derrubada, o último peixe


for morto, o último rio for poluído é que o homem
perceberá que não pode comer dinheiro.”

Provérbio indígena

“A maior recompensa para o trabalho do


homem não é o que ele ganha com isso, mas o
que ele se torna com isso”. (John Ruskin)
DEDICATÓRIA

Á meus amados pais Samuel Mariano Tobias e Catarina


Manuel Geraldo, pelo apoio concedido para a concretização
de mais um título na minha carreira académica;

Ao meu querido irmão Joel Samuel Mariano, que este


trabalho sirva de inspiração;

Este trabalho é dedicado também a toda a comunidade


estudantil e científica, espero que sirva de alicerce para
futuros estudos em regiões similares com principal enfoque
a Reserva Nacional do Niassa.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar agradeço a Deus pai todo-poderoso, pela vida concedida, por estar comigo em
bons e maus momentos servindo como meu refúgio e fortaleza, graças a ele foi possível a
realização deste trabalho que é mais um sonho que considero uma Vitória.

Em segundo lugar gostava de agradecer ao meu pai (Samuel Mariano Tobias) a minha mãe
(Catarina Manuel Geraldo), que sem medir esforços esses têm feito tudo para que eu possa
alcançar os meus sonhos. Passamos por momentos muito tristes e dolorosos nas nossas vidas,
mas mesmos nessas ocasiões quando deviam desistir de todo o peso que levarás as costas não o
fizeram, continuaram a investir o pouco que ganhavam nos meus estudos. Em ocasiões que
precisei de conforto, carinho e de amor lá estavam para me amparar.

Ao meu supervisor Engº. Remigio Rangel Nhamussua e a co-supervisora professora Natasha


Sofia Ribeiro pela pronta disponibilidade em trabalhar comigo, ensinamentos, sugestões, críticas,
conselhos e pelo material científico disponibilizado e por todo tipo de ajuda dada.

Aos docentes Engº. Alfredo Duvane (FCA - UNILÚRIO), Mestre Aniceto Chaúque (FAEF -
UEM), ao técnico de departamento de solos Mathombe, botânico Boane, a técnica “dona
Cândida ambos da FAEF - UEM, aos motoristas Manuel Botomane (FCA - UNILÚRIO), Daniel
Cossa (FAEF - UEM), aos fiscais da RNN os senhores António e Casimiro pela ajuda durante o
processo de recolha dados no campo.

A directora da Faculdade de Ciências Agrárias a mestre Maura de Oliveira pelo despacho de


autorização para realização do presente trabalho na Reserva Nacional do Niassa, o que não se
tornaria possível sem a sua assinatura.

Agradecimentos especiais a minha tia Suzana Geraldo, aos meus tios Santos Mariano, António
Ngonha, Osvaldo Chúni, Albertino Napancane, a minha prima Tabia carinhosamente tratada por
“mana Tabia” e ao primo Serafim Geraldo que de forma incansável apoiaram, acreditaram em
mim e pela forca moral dada.

Não podia de forma alguma deixar de agradecer aos meus colegas de turma e amigos (Aiuba
Milange, Paulino Comissário, Mino Emílio, Atánasio, Jaime, Agnaldo, Sailon Mesa, Abdul,
Valério, Aicir, Castigo, Belto Elias, José Omar, Chivite, Benvindo Bizueque, Engº. Cumbe,
Engº. Ribas, Engº. Alberto Muchanga, Engº. Valdemar Jonasse, Engº. Artur Ana Titos, Engº
Quizido Mutacate, Engº Amadeu João, Engº. Filipe Canção, Engº. Vidamão e as minhas amigas
Leopoldina, Mimi e Clarice), que partilharam todos os momentos na academia e nas residências
universitárias, até mesmo na execução do trabalho de culminação constituíram força motriz
indispensável, neste grupo gostaria de em especial agradecer aos meus amigos Paulino e Aiuba,
que apesar de todos os meus defeitos sempre estiveram do meu lado para superar os maus
momentos e festejar os bons. A minha companheira Maria Ricardo Sairosse, palavras me faltam
para mostrar a minha imensa gratidão por todas as coisas que tens feito para tornar os meus dias
mais alegres durante todos esses anos que estamos juntos, se a vida for justa, muita coisa virá em
nossas vidas e espero que continues a ser essa mulher humilde, batalhadora, compreensiva,
adorável que tens sempre demonstrado ser independente da ocasião

Em geral agradeço a todos que por várias razões não posso mencionar pois a lista é bastante
grande.

O meu muito obrigado…!


LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS E SIMBOLOS

Lista Abreviaturas

CENACARTA-------Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção

GPS-----------------Global Positioning System/Sistema de Posicionamento Global

FAEF---------------Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal

FCA----------------Faculdade de Ciências Agrárias

RNN ---------------A Reserva Nacional de Niassa

SGRN--------------Sociedade de Gestão e Desenvolvimento da Reserva do Niassa

UEM---------------Universidade Eduardo Mondlane

WWF --------------Word Wide Fund For Nature

Lista Acrónimos

FAO ---------------Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação

MAE---------------Ministério da Administração Estatal

MICOA------------Ministério Para a Coordenação e Acção Ambiental

UNILÚRIO-------Universidade Lúrio

Lista Símbolos

arv/ha-------------Árvores por hectare


Índice

DECLARAÇÃO DE HONRA .......................................................................................................iv

EPÍGRAFE ...................................................................................................................................... v

DEDICATÓRIA .............................................................................................................................vi

AGRADECIMENTOS ................................................................................................................. vii

LISTA DE ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS E SIMBOLOS ....................................................ix

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................. xiii

LISTA DE TABELAS................................................................................................................. xiii

LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................................... xiii

LISTA DE APÊNDICES..............................................................................................................xiv

Resumo .......................................................................................................................................... xv

I. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3

1.1. Generalidade ..................................................................................................................... 3

1.2. Problema ........................................................................................................................... 5

1.3. Justificativa ....................................................................................................................... 6

1.4. Hipótese para a pesquisa ................................................................................................... 7

1.5. Objectivos ......................................................................................................................... 7

1.5.1. Geral .......................................................................................................................... 7

1.5.2. Específicos ................................................................................................................. 7

II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 8

2.1. Principais definições ............................................................................................................. 8

2.2. Situação das florestas de Moçambique ............................................................................. 9


2.3. Florestas de Miombo......................................................................................................... 9

2.4. Regime de queimadas nos ecossistemas de miombo. ..................................................... 11

2.5. Efeito da alteração do regime de queimadas sobre os ecossistemas de miombo. ........... 12

2.6. Estudos fitossociológicos e sua importância................................................................... 13

2.7. Parâmetros estruturais ..................................................................................................... 14

2.7.1. Análise estrutural ..................................................................................................... 14

2.7.2. Estrutura diamétrica ................................................................................................. 18

2.7.3. Índice de diversidade ............................................................................................... 19

III. MATÉRIAS E MÉTODOS ................................................................................................... 20

3.1. Descrição da área de estudo ............................................................................................ 20

3.1.1. Localização geográfica ............................................................................................ 20

3.1.2. Clima ....................................................................................................................... 21

3.1.3. Solos ........................................................................................................................ 22

3.1.4. Vegetação e fauna .................................................................................................... 22

3.1.5. Topografia e Relevo ................................................................................................ 22

3.1.6. População humana ................................................................................................... 23

3.1.7. Regime de queimadas na Reserva Nacional do Niassa ........................................... 23

3.2. Métodos........................................................................................................................... 24

3.2.1. Desenho amostral .................................................................................................... 24

3.2.2. Colheita de dados..................................................................................................... 26

3.2.3. Avaliação da composição e estrutura florística ....................................................... 27


3.3. Análise de dados ............................................................................................................. 28

3.3.1. Composição específica ............................................................................................ 28

3.3.2. Análise da estrutura horizontal ................................................................................ 29

3.3.3. Análise da estrutura vertical ........................................................................................ 31

3.3.4. Índice de Equabilidade de Pielou (J’) .......................................................................... 32

3.3.5. Índice de Jaccard ......................................................................................................... 33

3.3.6. Comparação da composição florística e da fitossociologia das áreas degradadas e não


degradada ............................................................................................................................... 33

3.4. Análise estatística ............................................................................................................... 33

IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................ 34

4.1. Composição florística da vegetação de miombo segundo os níveis de frequência de


fogo (áreas com baixa frequência e áreas com alta frequência de fogo) ................................... 34

4.1.1. Estrutura Horizontal ................................................................................................ 34

4.1.2. Estrutura vertical...................................................................................................... 56

4.1.3. Comportamento das espécies na estrutura horizontal e vertical .............................. 62

4.1.4. Semelhança entre as áreas de estudo ....................................................................... 63

V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................................. 66

5.1. Conclusão ........................................................................................................................ 66

5.2. Recomendações............................................................................................................... 67

VI. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 68


LISTA DE FIGURAS

Figura 3.1. Mapa da localização geográfica da Reserva Nacional do Niassa .............................. 21

Figura 3.2. Pontos de amostragem para a reserva do Niassa........................................................ 26

Figura 3.3. Esquema das parcelas usadas na colecta de dados ..................................................... 27

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1. Matriz de classes de frequência de fogo e aridez....................................................... 25

Tabela 4.2. Valores dos índices de similaridades de Jaccard e Sorensen obtidos para os quatro
níveis de frequência de fogo. ......................................................................................................... 40

Tabela 4.3. Teste de comparação de medias do 1º vs 2º nível de frequência de fogo .................. 63

Tabela 4.4. Teste de comparação de medias do 3º vs 4º nível de frequência de fogo .................. 63

Tabela 4.5. Teste de comparação de médias do 1º e 2º vs 3º e 4º nível de frequência de fogo .... 64

Tabela 4.6. Teste de Comparação de Kruskal – Wallis do 1º, 2º, 3º e 4 Nível de frequência de
fogo ................................................................................................................................................ 64

Tabela 4.7. Teste de Kruskal – Wallis para as frequências .......................................................... 65

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 4.1. Distribuição de número de espécies por família encontradas na região de estudo .. 37

Gráfico 4.2. Índices de Shannon - Winner (H'), Simpson (D), Equabilidade de Pielou de cada
uma das áreas em árvores com DAP maior ou igual a 5 ............................................................... 38

Gráfico 4.3. Distribuição de frequência na área de estudo ........................................................... 41

Gráfico 4.4. Distribuição da abundância na área de estudo .......................................................... 43

Gráfico 4.5. Distribuição da dominância na área de estudo ......................................................... 46

Gráfico 4.6. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 1º
Nível de frequência de fogo........................................................................................................... 47

Gráfico 4.7. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 2º
Nível de frequência de fogo........................................................................................................... 49
Gráfico 4.8. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 3º
Nível de frequência de fogo........................................................................................................... 50

Gráfico 4.9. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 4º
Nível de frequência de fogo........................................................................................................... 51

Gráfico 4.10. Distribuição das dez (10) espécies com maior peso ecológico (IVI) em toda área
(de um modo Geral, com respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e
Dominância (DoR) ........................................................................................................................ 52

Gráfico 4.11. Distribuição dos indivíduos em classes diamétricas nas áreas de estudo ............... 53

Gráfico 4.12. Distribuição diametrica das espécies que apresentaram maior peso ecológico ..... 56

Gráfico 4.13. Distribuição das espécies que tiveram maior posição sociológica ......................... 58

Gráfico 4.14. Distribuição das espécies em categoria de tamanho (CT) na regeneração natural . 59

Gráfico 4.15. Distribuição das espécies que tiveram maior Regeneração Relativa ..................... 59

Gráfico 4.16. Distribuição das 10 espécies com maior IVIA em toda área de estudo ................. 61

Gráfico 4.17. Comportamento de algumas espécies na estrutura horizontal e vertical ................ 62

LISTA DE APÊNDICES

Apêndice 1: Matriz de presença e ausência de famílias ............................................................... 76

Apêndice 2. Representação das espécies no 1º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI. .......... 76

Apêndice 3. Representação das espécies no 2º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI ........... 79

Apêndice 4. Representação das espécies no 3º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI ........... 81

Apêndice 5. Representação das espécies no 4º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI ........... 83

Apêndice 6. Representação Geral das espécies em termos de Dor, Abr, Frel e IVI..................... 85

Apêndice 7. Distribuição de espécies no estrato inferior, médio, superior e a sua Posição


Sociológica .................................................................................................................................... 89

Apêndice 8. Representação de espécies em relação ao IVIA ....................................................... 92

Apêndice 9. Ficha de campo: Para levantamentos dos indivíduos adultos…………………..…96

Apêndice 10: Ficha de campo: Para levantamento dos indivíduos em regeneração………......96

Apêndice 11. Pontos de amostragem……………………………………………………………97


Resumo

As queimadas nos ecossistemas de miombo representam um instrumento de maneio, porém, a


elevada frequência do fogo pode ser um perigo e apresentar impactos negativos na vegetação e
na integridade das florestas, principalmente nas áreas de conservação. O estudo tem como
objectivo avaliar a variação da estrutura e composição da vegetação de miombo, na RNN de
acordo com a frequência de queimadas através da determinação das análises estruturais, índice
de diversidade e similaridade das espécies nos diferentes níveis de fogo. Para tal, seleccionaram
– se quatro níveis de frequência de fogo, que foram comparadas em termos de composição
florística. Usando amostragem estratificada estabeleceu – se parcelas rectangulares de 1ha (100m
X 100m), totalizando 24 parcelas/há; De seguida efectuou – se o levantamento de todos
indivíduos com DAP ≥ 5cm. Para comparar as áreas, determinou – se os índices de similaridade,
diversidade e de equabilidade de Pielou, para verificar a semelhança das áreas efectuou – se o
teste de Kruskal – Wallis. A partir dos resultados obtidos, constatou – se que nenhum dos níveis
eram similares em termos da composição, a maior diversidade de espécies verificou – se no
segundo nível de frequência de fogo (3vezes/5anos) com uma distribuição uniforme das espécies
segundo o índice de equabilidade, sendo que todos os valores obtidos de diversidade está no
intervalo de 3.33 a 3.49. A composição específica vária de nível para nível, as espécies
Diplorhynchus condylocarpon, Pseudolachnostylis maprouneifolia, Combretum apiculatum,
Brachystegia spiciformis, Brachystegia boehmii, Julbernardia globiflora, Acacia senegalensis,
Brachystegia manga, Terminalia sericea, Lannea schweinfurthii, Pterocarpus angolensis,
Millettia stuhlmannii, Antropogeno gaioue, Blefores sp., e Diospyros kirkii foram as que mais se
destacaram em termos de abundância, frequência, dominância, IVI e em regeneração natural.
Registaram – se maior número de indivíduos nas classes diamétricas menores (5-10cm)
distribuindo – se na forma clássica do J - invertido de uma floresta nativa.

Palavras – chave: Miombo, RNN, Frequência de Queimadas, Estrutura e Composição


Florística.
I. INTRODUÇÃO

1.1.Generalidade

Segundo FROST (1996) e WWF (2012) o miombo é o maior ecossistema seco da África
Subsaariana com uma extensão de aproximadamente 2.7 milhões de km2 e para FAO (2008), o
miombo constitui base de sustento para mais de 90% dos cerca de 690 milhões de habitantes
desta região que vivem com menos de 1 dólar por dia.

O número de espécies que podem ser encontradas na formação do miombo em geral, varia entre
12 – 24, e a maioria das árvores são decíduas e são ectomicorrizas FROST (1996). Em
Moçambique, as espécies dominantes na formação do miombo são as do género Brachystegia e
Julbernadia (Família Fabaceae, Subfamilia Caesalpinioideae) entre outras associadas a estas.

No miombo, a maioria das gramíneas floresce durante a época chuvosa, outras porém florescem
na época seca ou só depois de passar fogo e também as sementes de algumas espécies, como por
exemplo, Pterocarpus angolensis, só germinam depois de o fogo ter passado por elas RIBEIRO
et al. (2002). As respostas adaptativas das plantas ao fogo incluem mecanismos para sobreviver
após o fogo, tais como a produção de rebentos a partir de órgãos de reserva subterrâneos ou do
próprio tronco e a facilitação da reprodução sexuada pelo fogo (PEREIRA et al. 2006).

A estrutura e composição florística do miombo são modificadas pelo clima, solo, altitude e até
mesmo por incêndios florestais, distinguindo-se duma região para outra conforme as variações
topográficas e fisiográficas RIBEIRO et al. (2002). Ainda SITOE et al. (2012), acrescentam que
a colheita de mel, o fabrico de carvão, e queimadas descontroladas também são apontadas como
as principais razões para alteração da cobertura vegetal em Moçambique.

No geral, os fogos são mais frequentes em ecossistemas onde existem simultaneamente material
combustível acumulado (volume disponível, concentração, distribuição e características) que por
sua vez, esse material combustível depende das propriedades (composição e dimensão) dos
povoamentos florestais e períodos secos PEREIRA et al. (2006). Na formação do miombo o
fogo é um elemento frequente e importante, quer como factor ecológico, mas também como um
instrumento de maneio (RIBEIRO et al. 2002).

3
Segundo o antigo Ministério Para a Coordenação e Acção Ambiental – MICOA (2007), em
Moçambique, as queimadas são praticadas com a finalidade de abertura de novas áreas para a
prática de Agricultura Itinerante, recuperação de áreas de pastagem, afugentamento de animais
ferozes/bravios das áreas residenciais nas zonas rurais, ou ainda de obtenção de peças de caça e
criação de acesso às vias de comunicação.

Segundo o inventário nacional feito por MARZOLI (2007), a província Niassa apresenta 77% da
terra florestada. Em termos relativos a taxa anual de desflorestação é a mais baixa com cerca de
0.22% de desflorestação e SITOE et al. (2012) apontam que a província, possui cerca de 6.0
milhões de hectares de florestas produtivas, e cerca de 3.1 milhões ha de florestas de
conservação representando uma das maiores áreas de florestas de conservação do país.

A Reserva Nacional de Niassa (RNN) é a maior e a mais importante área de conservação de


ecossistema do miombo no país e no mundo com cerca de 42,000 Km2 (RIBEIRO et al. 2008;
CUNLIFFE et al. 2009). A reserva nacional do Niassa vem registando um gradual aumento na
densidade demográfica, elevando os níveis de pressão sobre as florestas, frequência dos
incêndios e desta forma reduzindo a riqueza e a diversidade específica, o que de um modo geral
coloca em causa os objectivos de maneio e conservação da sua biodiversidade (RIBEIRO et al.
2007; CANGELA, 2014).

O presente estudo tem como objectivo principal procurar entender até que ponto a frequência dos
incêndios florestais influencia na composição e estrutura florística na Reserva Nacional de
Niassa.

Contudo, a materialização de qualquer acção concorrente à sustentabilidade ecológica no uso dos


recursos florestais passa necessariamente pelo conhecimento melhorado do estado actual de
conservação do ecossistema em questão. Neste âmbito, foi levado a cabo o presente trabalho de
investigação e a perspectiva é contribuir para o conhecimento do estado actual de conservação
dos ecossistemas florestais da Reserva Nacional de Niassa que poderá, por conseguinte, ajudar
de maneira positiva o processo de tomada de decisões importantes sobre gestão sustentável dos
recursos florestais.

4
1.2.Problema

Estudos realizados por (RIBEIRO et al. 2007; RIBEIRO et al. 2013; CANGELA, 2014) dentro
da reserva do Niassa, indicam que actividades como a caça, a colheita de mel e as rotas da
população originam queimadas, que por sua vez, reduzem a ocorrência de espécies mais
predominantes do ecossistema de miombo tais como a Julbernardia globiflora e Brachystegia
spp.

Actualmente o fogo tem sido visto como uma das principais ameaças para a mudança de
biomassa e da biodiversidade nestes ecossistemas (RIBEIRO et al. 2008; CHIDUMAYO, 2013),
essas ameaças estão mais relacionadas com o aumento da frequência e intensidade de fogo
(HELD, 2006; HEINL et al. 2007).

Portanto, apesar das queimadas constituírem um factor chave na dinâmica ecológica da mata de
miombo, variações no seu regime poderão levar a médio e longo prazo a uma alteração da
vegetação e consequentemente afectar a disponibilidade de recursos florestais para as
comunidades dependentes dos mesmos (SGDRN, 2006).

Alguns estudos conduzidos por (RIBEIRO et al. 2013; CANGELA, 2014; FARÃO, 2017) na
Reserva Nacional de Niassa, por ZOLHO (2005) em Sofala e por RYAN & WILLIAMS, (2011)
em Moçambique e Zimbabwe, indicam que a elevada frequência de queimadas pode representar
um risco maior de degradação do miombo, e essas queimadas frequentes haviam causado uma
redução do IVI da espécie Julbernardia globiflora (espécie – chave do miombo), redução de
espécies em 13% e redução da área basal. Isso por sua vez pode modificar os padrões de
vegetação e, portanto, as relações sócio – ecologicamente associadas. Neste contexto, é
importante prever as interacções entre os incêndios e os ecossistemas, a fim de definir estratégias
para adaptar e atenuar os efeitos das alterações climáticas.

Segundo FARÃO (2017), cerca de 85% da área total da reserva foi afectada, onde 8.63%
queimou uma vez, 27% queimou duas a três vezes, 15.14% queimou quatro vezes e a partir da
frequência 5 até 13 observou-se um decréscimo brusco e constante de área queimada em que de
frequência 11 a 13 a área queimada é quase que insignificante, isto é, abaixo de 0.01% e apenas
14.8% foi a área que não sofreu queimada no período compreendido entre 2012 a 2016. Segundo

5
CLARK & BEGG (2010), uma das evidências do impacto negativo do aumento da frequência de
queimadas dentro da RNN é a perda de habitat.

A questão do fogo e a biodiversidade pode ser reduzida à pergunta: “em que intervalos de
frequência do fogo as espécies presentes serão capazes de manter as suas populações?”. Sabe –
se de antemão que dentro da Reserva Nacional de Niassa, muitos estudos são desenvolvidos, mas
no presente momento há pouca informação bibliográfica existente sobre até que ponto a
ocorrência dos incêndios florestas influencia na alteração da estrutura e composição florística
dentro da Reserva Nacional de Niassa.

1.3.Justificativa

Miombo cobre cerca de 72% da área total da reserva do Niassa e é dominada pela espécie do
género Julbernardia e espécies arbóreas do género Brachystegia RIBEIRO et al. (2008) e
representa o ecossistema mais importante, representando habitat para fauna importante e
espécies de árvores e fornecimento de bens e serviços importantes para as comunidades locais. A
reserva do Niassa foi descrita como conter as mais ricas diversidades de fauna e flora dentro de
Moçambique (LEO – SMITH et al. 1997 citado por RIBEIRO et al. 2008) e é uma área de
conservação fundamental da miombo no sul da África (RIBEIRO et al. 2008).

Importa referir que na Reserva Nacional do Niassa (RNN) que é considerada uma das maiores e
mais importante área de conservação de miombo no país e a nível mundial MAQUIA et al.
(2012), nos últimos anos tem-se registado elevada ocorrência de queimadas atingindo grandes
proporções (acima de 90% da área) em curtos períodos e causando a redução da resistência das
plantas, a morte parcial dos indivíduos, a perda e redução da biodiversidade CANGELA (2014).
O que ameaça de um certo modo a sobrevivência de algumas espécies - chave do miombo com
baixa resistência ao fogo como é o caso da espécie Julbernardia globiflora que mostrou uma
redução no Índice de Valor de Importância (IVI) provavelmente, por conta de queimadas
frequentes (RIBEIRO et al. 2013).

Os efeitos interacção do fogo e a biodiversidade na composição e na estrutura da vegetação não


foram estudados extensivamente na Reserva de Niassa. As florestas de miombo na Reserva do
Niassa na zona norte de Moçambique estão sujeitas a incêndios anuais e a um crescente nível de
aridez. Pretende – se nesse trabalho investigar – se a distribuição da composição de espécies

6
vegetais e estrutura do ecossistema, e suas relações com os distúrbios das queimadas dentro da
Reserva de Niassa.

No sentido de contribuir para o conhecimento do estado de conservação da Reserva de Nacional


de Niassa foi feita uma análise estrutural florística. A análise feita, fornece indicações sobre a
composição e estrutura da vegetação de um determinado sítio, designadamente, sobre, as
espécies presentes e o padrão de distribuição espacial das mesmas no terreno, a diversidade de
espécies, o comportamento e desenvolvimento futuro da vegetação, que, portanto, são
consideradas vitais, para aumentar a confiança no processo de tomada de decisões importantes
sobre a gestão e uso sustentável dos recursos florestais. O estudo vai preencher uma lacuna de
conhecimento importante sobre os efeitos das alterações dos regimes de fogo na ecologia do
miombo especificamente na Reserva Nacional do Niassa.

1.4.Hipótese para a pesquisa

Ho: Não existem diferenças significativas na estrutura e composição da vegetação arborea de


Miombo entre áreas com baixa e alta frequência de fogo.

Ha: Existem diferenças significativas na estrutura e composição da vegetação arborea de


Miombo entre áreas com baixa e alta frequência de fogo estrutura e composição.

1.5.Objectivos

1.5.1. Geral

Avaliar a variação da estrutura e composição da vegetação de Miombo, na Reserva Nacional de


Niassa, de acordo com a frequência de queimadas.

1.5.2. Específicos

 Determinar:
 A abundância, a frequência, a dominância, o índice de valor de importância, a
distribuição diamétrica, o índice de diversidade de Shannon e de similaridade de
Jaccard das espécies existentes nos diferentes níveis de frequência de fogo;
 A posição sociológica e regeneração natural relativa das espécies existentes nos
diferentes níveis de frequência de fogo; e
 Comparar a estrutura e composição existente nos diferentes níveis de frequência de fogo.

7
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Principais definições

Biodiversidade: refere – se a variedade de organismos vivos (todos os produtos da evolução


orgânica, vida biológica em seus diferentes níveis), incluindo genótipos, espécies e seus
agrupamentos, ecossistemas terrestres, aquáticos e marinhos e processos ecológicos existentes
numa determinada região (MACANDZA & SCHNEIDER, 2005).

Espécie: é referente ao conjunto de organismos similares, capazes de entrecruzarem e gerarem


um outro indivíduo mais ou menos distintamente diferente de outras espécies do mesmo género,
em sua distribuição geográfica e nas características morfológicas (FERREIRA, 1982).

MACANDZA & SCHNEIDER (2005) definem espécie como um grupo de organismos


semelhantes que possuem a capacidade de intercruzamento, originando descendência fértil.
Espécies completamente isoladas não se cruzam normalmente com outras espécies.

Floresta: refere-se a toda área medindo mais de 0.5ha com árvores maiores que 5m de altura e
cobertura de copa superior a 10%, ou árvores capazes de alcançar estes parâmetros in situ. Nesta
definição não se inclui terra que está predominantemente sob uso agrícola ou urbano (FAO,
2012).

Comunidade: refere – se ao conjunto de todas as populações de uma dada área geográfica e em


determinado tempo (ODUM, 1963; BEGON et al. 1996).

Ecossistema: refere-se a um complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais, de


microrganismos e o seu meio inorgânico que interagem como uma unidade funcional
interdependente (FAO, 2012).

Habitat: refere – se a um conjunto de recursos e condições que determinam que um determinado


organismo ocupe uma dada área geográfica e satisfaça as suas funções vitais (SITOE et al.
2015).

Área de conservação: são áreas delimitadas, destinadas proteger pequenos remanescentes


florestais ou grandes extensões de áreas naturais, ecossistemas frágeis, bem como seus recursos

8
naturais, assegurando a conservação da biodiversidade e garantindo a utilização sustentável
integral destes recursos (SAL & CALDEIRAS, 2014).

Reserva nacional: refere – se ao espaço territorial que se destina à preservação de certas


espécies de flora e fauna raras, endémicas, ameaçados ou em vias de extinção, ou que denunciem
declínio, e os ecossistemas frágeis (MACANDZA & SCHNEIDER, 2005).

2.2.Situação das florestas de Moçambique

Com uma superfície em torno dos 784 755 km2, o nosso país conta com 620 000 km2 de floresta
natural e outra vegetação lenhosa que corresponde a 78% da superfície total do país e uma taxa
de crescimento anual que varia entre 0,5 a 1,5 m3/ha/ano. As florestas de miombo cobrem 67%
estendendo-se na zona climática húmida desde o rio Limpopo para o Norte e os restantes 33%
são dominados pela floresta de Mopane na zona climática árida e semi-árida do sul do rio Save
(MARZOLI, 2007).

Moçambique é um país relativamente rico em florestas naturais e habitats de fauna bravia. A


área produtiva com potencial para produção de madeira foi estimada em cerca de 20 milhões de
hectares (SAKET, 1994).

As florestas produtivas, adequadas para a produção madeireira, cobrem cerca de 26.9 milhões de
hectares, 67% de toda a área florestal. Treze milhões de hectares de floresta encontram-se dentro
de áreas de conservação e de proteção. As províncias com maior contribuição para as florestas
produtivas são Niassa, com 6.0 milhões de hectares, Zambézia, com 4.1 milhões de hectares,
Tete, com um total de 3.3 milhões de hectares e Cabo Delgado com uma área de 3.2 milhões
(MARZOLI, 2007).

Segundo MARZOLI (2007), as florestas de conservação contribuem com um volume estimado


em cerca de 27% do total o equivalente a cerca de 0.47 bilhões de metros cúbicos. Importando
referir que não existe uma estimativa do volume das florestas localizadas em áreas montanhosas.

2.3.Florestas de Miombo

A palavra “Miombo” é derivada de várias línguas faladas no centro de África que designa
espécies do género Brachystegia, Julbernardia, e Isoberlina pertencentes a família (Fabaceae,

9
Subfamilia Caesalpinioideae) como sendo as espécies mais abundantes da região em que ocorre
o miombo (CAMPBELL, 1996; RIBEIRO, 2002; TIMBERLAKE & CHIDUMAYO, 2011).

As florestas de miombo ocupam uma superfície de aproximadamente 2.7 milhões de km2


estendendo-se desde Tanzânia e República Democrática de Congo (RDC) a norte passando por
Angola e Zâmbia a este até Malawi, Zimbabwe e Moçambique no extremo sul, (DEWEES, et al.
2010; DESANKER et al. 1997; FROST, 1996).

O miombo possui uma vasta diversidade biológica que inclui cerca de 8500 espécies de plantas,
54% das quais endémicas, com predominância dos géneros Brachystegia, Julbernadia e
Isoberlinia, e uma população significante de fauna, como por exemplo, elefantes (Loxodonta
africana), rinoceronte (Diceros bicornis), leões (Panthera leo), búfalos (Syncerus caffer),
leopardos (Panthera pardus), impalas (Aepyceros melampus johnstoni), zebras (Equus burchelli
boehmi) e diversas espécies de aves (WWF, 2012).

O Miombo é o principal tipo florestal de Moçambique e ocupa aproximadamente 2/3 da


superfície total, principalmente a norte do rio Limpopo SAKET (1994). Conforme as variações
topográficas e fisiográficas, a estrutura e composição do Miombo é modificada pelo clima, solo e
altitude RIBEIRO et al. (2002), e ainda pode ser alterado de acordo com as transformações
ambientais e antrópicas, como o caso de agricultura itinerante e incêndios florestais (FROST,
1996) distinguindo-se duma região para outra.

A estrutura e composição do Miombo são semelhantes as das florestas xerófilas caducifólias. O


número de espécies em geral, varia entre 12-24, e a maioria das espécies são decíduas e
ectomicorrizas (COSSA 1995, citado por FROST, 1996). Estudos realizados pouco por todo o
país nas florestas de Miombo comprovam esses resultados (MUSSUGANHE, 2013;
NSUDZULA, 2005; GUEDES, 2004), mais o estudo feito por MUHATE (2004) num gradiente
de altitude na reserva de Muribane encontrou quase o dobro de espécies em relação a outros
estudos, numa área amostral de apenas 1.6ha.

Os mesmos autores referidos anteriormente e de outros países que levaram a cabo estudos de
diversidade de espécies em florestas de Miombo (ISANGO s/d; FOST, 1996) entre outros
autores que relatam sobre a matéria, observaram que a diversidade de espécies usando o índice
de Shannon varia de 1 a 4.

10
A área basal é muito variável e depende da precipitação média anual, temperatura média anual e
evapotranspiração potencial RIBEIRO (2002). Em Miombos pobres adultos, a área basal ronda
por volta de 7 m2/ha a (precipitação média 650 mm/ano) e no Miombos denso, 22 m2/ha
(precipitações superiores a 1200 mm/ano). Porém, casos há em que Miombos densos atingem
área basal de cerca de 55 m2/ha. Em média a área basal da floresta Miombos varia entre7 a 19
m2/ha (CHIDUMAYO, 1987 citado por FROST, 1996).

2.4.Regime de queimadas nos ecossistemas de miombo.

As queimadas registadas nos ecossistemas de miombo são na sua maioria de origem


antropogénica e começam no final da época chuvosa (Abril) atingindo o seu pico durante a época
seca entre os meses de Agosto a Outubro (ARCHIBALD et al. 2010; FROST 1999).

MAGADZIRE (2013) & RIBEIRO (2007) reconstruíram o regime de queimadas nos


ecossistemas de miombo em Zimbabwe e Moçambique e subdividiram a sazonalidade das
queimadas em 3 grupos nomeadamente, período seco tardio (Agosto a Outubro) início do
período seco (Maio a Julho) e época chuvosa (Novembro a Abril). Nas suas análises constataram
que o período de maior incidência de queimadas corresponde aos meses entre Agosto e Outubro.
O período entre Novembro a Abril coincide com a época chuvosa, por isso, regista pouca
incidência de queimadas. Outro aspecto observado por estes autores é o facto de os anos mais
afectados pelas queimadas, isto é, com maior extensão da área queimadas, são seguidos por anos
com baixa incidência de queimadas provavelmente devido à redução da quantidade de biomassa
disponível para queimar-se.

ARCHIBALD et al. (2010) estudou o regime de queimadas na região da África Austral entre
2001 a 2009 tendo constatado que os países com maior incidência de queimadas são Angola,
Zâmbia e Moçambique onde mais de metade dos seus territórios foram afectados pelas
queimadas mais de 4 vezes em 8 anos, correspondendo a um intervalo de retorno de
aproximadamente 2 anos.

RIBEIRO (2007) na RNN estimou o intervalo de retorno de queimadas em 1.54 anos


correspondentes a uma frequência média anual de 0.65 vezes/ano. Na Zâmbia, CHIDUMAYO
(1997) estimou o intervalo de retorno em 1.6 anos. De acordo com FROST & ROBERTSON
(1987) citados por TIMBERLAKE et al. (2010), as queimadas são frequentes em regiões de

11
miombo húmido onde a produção de biomassa é elevada sendo o intervalo de retorno de
queimadas estimada entre 1 a 5 anos.

A intensidade de queimadas nos ecossistemas de savana é influenciada pela sazonalidade das


queimadas, isto é, queimadas que ocorrem entre Agosto e Outubro são mais intensas do que as
que ocorrem entre Maio a Julho e Novembro a Abril, respectivamente. Este gradiente da
intensidade de queimadas é influenciado por factores climático tais como a precipitação e
temperatura. Os meses entre Agosto a Outubro coincidem com o pico da época seca onde a
precipitação é escassa. Condições de baixa humidade aceleram a secagem da biomassa e
aumentam o poder calorífico do combustível lenhoso. Contrariamente, os meses entre Novembro
a Abril coincidem com a época chuvosa e devido à elevada concentração da humidade a
biomassa lenhosa torna-se difícil de queimar o que condiciona baixas intensidade do calor
produzido (GOVENDER et al. 2006; GAMBIZA et al. 2005).

2.5.Efeito da alteração do regime de queimadas sobre os ecossistemas de miombo.

A manifestação mais evidente da alteração do regime de queimadas nos ecossistemas de miombo


é o aumento da frequência e intensidade das queimadas. Vários estudos já mencionados
anteriormente demonstraram o impacto negativo do aumento da frequência e intensidade de
queimadas sobre a biodiversidade (RYAN & WILLIAMS, 2011; ANGUYI, 2010; ZOLHO,
2005; TRAPNELL, 1959).

A sazonalidade das queimadas influencia a intensidade e o grau de impacto que o fogo causa
sobre a vegetação e a fauna. Queimadas frequentes principalmente na época seca reduz a
densidade da população de várias espécies de micro – fauna do solo por exemplo, espécies dos
géneros Annelida, Chilopoda, Arachnidae hexapoda SILESHI & MAFONGOYA (2005) com
forte impacto no balanço dos nutrientes do solo. Durante as queimadas ocorre a volatilização de
nutrientes do solo como carbono, nitrogénio, enxofre e fósforo (FROST, 1999).

A alteração na frequência e intensidade de queimadas modifica também a estrutura e composição


da vegetação, podendo transformar florestas densas em áreas de vegetação aberta dominada por
espécies tolerantes ao fogo, como por exemplo, Dalbergia melanoxylon, Acacia polyacantha,
Cleistochlamys kirkii, Crossopteryx febrifuga, Pterocarpus rotundifolius, Diplorhynchus

12
condilocarpon, Cobretum zeyheri, Terminalia stenostachya, Lonchocarpus capassa e
Pseudolachnostylis maprouneifolia (RIBEIRO et al. 2008; ZOLHO, 2005).

A ausência de queimadas favorece o crescimento das espécies arbóreas que através da cobertura
das suas copas poderão eliminar gradualmente as gramíneas e herbáceas. De acordo com FROST
(1999) uma total supressão das queimadas conduz ao aumento da densidade da vegetação e
reduz a disponibilidade do pasto para os herbívoros.

2.6.Estudos fitossociológicos e sua importância

O estudo da estrutura de uma floresta consiste no agrupamento e na valorização sociológica das


espécies dentro de uma comunidade e de sua distribuição BRAUN – BLANQUET (1979).
Estudos fitossociológicos realizados em uma determinada comunidade permitem estimar
aspecto, grau de desenvolvimento, área de distribuição e outras propriedades da comunidade
(SOUZA et al. 2003).

Segundo GOMES et al. (2013), o conhecimento do estado da composição florística é de


fundamental importância para o conhecimento da estrutura da vegetação, possibilitando
informações qualitativas e quantitativas sobre a área em estudo e a tomada de decisões para o
melhor maneio de cada tipo de vegetação. Assim é necessário compreender que diferentes
comunidades terão contribuição diferente de distintas espécies, com relação ao número de
indivíduos, sua biomassa ou sua distribuição. Ou seja, duas florestas podem ter a mesma
densidade média, altura média, área basal, ou mesmo a mesma composição de espécies e mesmo
assim apresentar hierarquia de espécies completamente distinta, representando portanto
comunidades distintas CAPELO (s/d). Dai torna-se importante a realização de estudos
fitossociológicos específicos a cada região.

Alguns exemplos da importância da informação fornecida pelos levantamentos da composição


florística são: fornecimento de informações básicas para aplicação de técnicas de maneio
florestal, acções de conservação, manutenção da dinâmica biológica de fragmentos florestais,
corredores ecológicos, restauração de áreas degradadas, uso sustentável e gestão de áreas
protegidas (RODAL et al. 2013).

13
“Os conhecimentos florísticos e fitossociológicos das florestas são condições essenciais para sua
conservação e que a obtenção e padronização dos atributos de diferentes ambientes florísticos e
fisionómicos, são actividades básicas para a conservação e preservação” (GOMES, 2013).

Assim levantamentos fitossociológicos, são basicamente feitos por meio de colecta e na análise
de dados, que permitem definir, para uma dada comunidade florestal, a sua estrutura horizontal
(expressa pela abundância ou densidade, frequência e dominância), sua estrutura vertical
(posição sociológica e regeneração natural), sua estrutura paramétrica (vitalidade das árvores e
qualidade de fuste) e sua estrutura dendrométrica (relativa aos parâmetros dendrométricos, como
na distribuição diamétrica e distribuição de volume ou área basal por classe diamétrica)
(HOSOKAWA et al. 2008; GARCIA & FARIA, 2007; SCHORN, 2009).

2.7.Parâmetros estruturais

Segundo HOSOKAWA et al. (2008), os resultados das análises estruturais permitem fazer
deduções sobre origem, características ecológicas e sinecológicas, dinamismo e tendência do
futuro desenvolvimento das florestas, elementos básicos para o planeamento da condução
silvicultural.

Segundo os mesmos autores defendem que, enquanto não se conhecer as características


estruturais de uma floresta não pode ser assegurado o seu aproveitamento ordenado, o que
implica fundamentalmente em conhecer as espécies que constituem a floresta, conhecer suas
exigências ecológicas, as suas abundâncias, a sua distribuição e as suas dimensões que permitam
uma alteração positiva na floresta ou povoamento.

2.7.1. Análise estrutural

As florestas nativas geralmente possuem elevada diversidade de espécies e uma variação muito
grande de qualidades em termos económicos, assim o levantamento das condições florestais
deverá abranger pelo menos a Estrutura horizontal, vertical e paramétrica (HOSOKAWA et
al. 2008).

14
2.7.1.2.Estrutura horizontal

Essa análise devera quantificar a participação de cada espécie em relação às outras espécies.
Logo este aspecto pode ser determinado pelo índice de abundância e de frequência
(HOSOKAWA et al. 2008).

a) Riqueza de espécies (S)

Segundo GOMES (2004), riqueza de espécies representa o número total de espécies numa dada
área geográfica e determinado tempo. É uma variável descritiva dos padrões espaciais de
distribuição de espécies no terreno e importante para a apreciação da diversidade de espécies de
uma determinada área. Por outra PERRONE (2014), indica que o índice de Margalef (D)
também determina a riqueza de espécies, apenas incorporando na sua fórmula o número total de
indivíduos contados. O mesmo autor indica que o índice de Margalef, embora usado como
riqueza de espécie, pode ser considerado isoladamente como riqueza de diversidade. Nesse
trabalho o índice de Margalef foi usado para a determinação de riqueza de espécies. Ao invés de
simples contagem do número de espécies.

b) Abundância

A abundância mede a participação das diferentes espécies na floresta. A abundância absoluta


representa o número total de indivíduos pertencentes a uma determinada espécie, e diz-se
abundância relativa a que indica a participação de cada espécie em percentagem do número total
das árvores levantadas na parcela respectiva (HOSOKAWA et al. 2008; GOMES, 2004;
MUGURAN, 1988).

c) Dominância

A dominância fornece uma ideia do grau de utilização, por parte da população, dos recursos do
ambiente RODAL et al. (2013). Pode ser estimada através do volume, área da copa ou área
basal, a área basal é a que mais se utiliza por ser de fácil determinação e por ter maior correlação
com a área da copa HOSOKAWA et al. (2008). A dominância permite medir a potencialidade
produtiva da floresta e constitui um parâmetro útil para a determinação das qualidades da
espécie.

15
A dominância absoluta é calculada pela soma das áreas basais dos indivíduos pertencentes a uma
determinada espécies. A dominância relativa se calcula em percentagem da soma de todas as
dominâncias absolutas (área basal/ha) e representa o valor correspondente a participação em
percentagem de cada espécie na expansão horizontal total (HOSOKAWA et al. 2008).

d) Frequência

Mede a regularidade da distribuição horizontal de cada espécie sobre o terreno, ou seja a sua
dispersão média. A frequência absoluta de uma espécie se expressa em percentagem das sub-
parcelas em que ocorre, sendo o número total de sub-parcelas igual a 100%. A frequência
relativa se calcula com base na soma total das frequências absolutas de uma parcela que se
considera igual a 100% (HOSOKAWA et al. 2008; FEITAS & MAGALHÃES, 2012).

“Esse parâmetro está correlacionado com o tamanho da população e, principalmente, com a


forma de distribuição dos indivíduos no ambiente, auxiliando na identificação de como algumas
populações ocupam o espaço físico” (GARCIA & FARIA, 2007).

e) Índice de valor de importância (IVI)

Segundo HOSOKAWA et al. (2008), este valor pode ser obtido da combinação dos três
parâmetros estruturais (abundância, dominância e frequência), combinados numa única
expressão que abrange o aspecto estrutural em sua totalidade. A necessidade da combinação vem
do facto de que os três parâmetros estruturais antes mencionados serem dados parciais que
isolados não informam sobre a estrutura florística da vegetação (GOMES, 2004; FEITAS &
MAGALHÃES, 2012).

Dos parâmetros frequência, densidade e dominância relativas obterem um valor máximo de


100% para cada espécie, o maior valor atingido pelo valor de importância será 300 (MÜELLER
– DOMBOIS & ELLENBERG 1974).

2.7.1.3. Estrutura Vertical

Essa análise fornece, pelo menos, um indício sobre em que estagio sucessional se encontra a
espécie. Segundo HOSOKAWA et al. (2008), é desta análise que se pode ter uma noção sobre
quais são as espécies mais promissoras para compor a estrutura florestal em termos dinâmicos.

16
Segundo alguns autores, na análise vertical podem ser incluídos dois novos parâmetros que são:
posição sociológica e regeneração natural.

a) Posição sociológica

Segundo HOSOKAWA et al. (2008), a estrutura sociológica ou expansão vertical das espécies
informa sobre a composição florística dos distintos estratos da floresta, em sentido vertical, e
sobre o papel que jogam as diferentes espécies em cada um deles.

É comum notar uma diferenciação vertical ou estratificação determinada, principalmente, pela


resposta à redução da taxa de luminosidade pelo perfil vertical das florestas FEITAS &
MAGALHÃES (2012). As espécies que possuem posição sociológica regular são aquelas que
apresentam, no extracto inferior, número de indivíduos mais ou menos igual aos extractos
subsequentes (médio e superior) HOSOKAWA et al. (2008), ou ainda MUGURAN (1988)
acrescenta que uma espécie tem presença assegurada na estrutura e dinâmica da floresta, quando
se encontra representada em todos seus estratos.

Segundo SOUZA et al. (2003) citado por Feitas & Magalhães, (2012), divide a floresta em três
estratos de altura total, sendo:

Estrato inferior – compreende as árvores com altura total (H) menor que a altura média (Hm)
menos uma unidade de desvio padrão (1σ) das alturas totais, ou seja, H < (Hm – 1σ);

Estrato médio – compreende as árvores com (Hm – 1σ) ≤ H < (Hm + 1σ);

Estrato superior – compreende as árvores com H ≥ (Hm + 1σ).

b) Regeneração natural

Segundo HOSOKAWA et al. (2008), considera-se como sendo regeneração natural todos os
descendentes de plantas arbóreas que se encontram entre 0.1m de altura até os 10 cm de DAP ou
até o limite estabelecido no levantamento estrutural, e constitui o apoio ecológico da
sobrevivência do ecossistema florestal.

Para a regeneração natural são calculados três parâmetros: abundância, frequência e categorias
de tamanho, absolutas e relativas das espécies. A regeneração natural relativa para cada espécie

17
obtém-se pela média aritmética desses valores. Assim as categorias de tamanho são divididas em
classe, onde a contagem dos indivíduos, nas sub-parcelas no campo, pode ser através de 3
categorias pré-definidas (FINOL, 1964 citado por SCHORN, 2009) ou com o levantamento das
alturas dos indivíduos e posterior divisão em classes.

c) Índice de valor de importância ampliado (IVIA)

“Este valor associa a estrutura horizontal e vertical da floresta, indicando com mais precisão a
participação de cada espécie na floresta. São utilizados todos os parâmetros de estrutura vertical
e horizontal, conjugados numa única equação de adição de todos os parâmetros relativos”
(SCHORN, 2009).

MARTINS (1999) afirma que, apesar de críticas, o valor de importância ampliado tem-se
revelado muito útil tanto para separar tipos diferentes de florestas como para relacioná-las a
factores ambientais, incluindo as relações entre a distribuição de espécies e os factores abióticos.

2.7.2. Estrutura diamétrica

Pode ser caracterizada pela densidade absoluta, área basal ou volume de uma população ou
comunidade vegetal. A estrutura diamétrica de uma floresta pode ser determinada traves do uso
do coeficiente de Liocourt (SCHORN 2009).

Coeficiente de Liocourt: é a razão entre o número de árvores de uma classe de diâmetro e


número da classe vizinha (q). O coeficiente “q” apresenta valores característicos e estáveis para
diversas formações florestais. Dependendo do valor de “q” as espécies podem ser classificadas
em: Espécies climácicas: q> 2; Espécies pioneiras: q < 2 e Espécies secundárias iniciais: q =2.

Por determinar a forma da curva da distribuição diamétrica, o quociente “q” de Liocourt permite
também fazer inferências sobre o recrutamento e a mortalidade em comunidades vegetais
FELFILI et al. (1998) pois se houver uma razão constante entre as classes, indica dizer que a
taxa de recrutamento é similar à taxa de mortalidade, e a distribuição pode ser considerada
regular ou equilibrada.

A interpretação das medidas de diâmetro das espécies em classes de frequências pode mostrar a
situação actual da vegetação e indicar possíveis perturbações passadas, como exploração
madeireira, cortes selectivos, incêndios e desmatamentos (FELFILI, 1997; JÚNIOR, 2007).

18
2.7.3. Índice de diversidade

Diversidade de espécies é uma medida do nível de complexidade de uma determinada


comunidade. Para uma grande variedade de espécies deduz-se uma grande quantidade de
interacções entre populações (predação, competição, mutualismo, entre outras), que,
teoricamente são mais complexas e variadas em comunidades com alta diversidade de espécies.
Uma comunidade é dita ter alta diversidade de espécies se todas espécies presentes são
igualmente abundantes ou se a abundância das espécies é quase igual (BROWER, et al. 1997).

As medidas de diversidade de espécies, mais comummente utilizadas são, designadamente:


índice de Simpson e índice de Shannon – Wiener. O Quociente de Equitabilidade, um parâmetro
que é comummente usado para interpretar o índice de Shannon.

Segundo MUGURRAN (1988), o índice de diversidade de Shannon – Wiener (H’) mede o grau
de incerteza na predição correcta da espécie a que pertence o próximo indivíduo colectado em
uma amostragem sucessiva. Os valores do índice variam de 1.5 a 3.5, mas raramente passam de
4.5 MARTINS (1991). Quanto maior for o valor de H', maior será a diversidade florística da
população em estudo. Este índice pode expressar riqueza e uniformidade (MUGURRAN, 1988).

19
III. MATÉRIAS E MÉTODOS

3.1.Descrição da área de estudo

3.1.1. Localização geográfica

A Reserva Nacional do Niassa foi criada em 1998 com o objectivo de conservação da


biodiversidade, a RNN é uma das maiores áreas de conservação das florestas de miombo do
mundo e a menos perturbada. Esta localizada entre os paralelos 12º 38’48.67”S & 11º27’05.83”S
e os meridianos 36º 25’21.16”E & 38º 30’23.74”E RIBEIRO et al. (2007). A norte de
Moçambique, a RNN faz fronteira com a vizinha Tanzania. Ela possui uma área de 42000 km2 e
localiza-se na Província de Niassa a norte do país, a sensivelmente 600 km da cidade de
Lichinga. Inclui dois postos administrativos, Mecula a Sudeste e Mavago a Oeste. A Reserva
Nacional de Niassa é delimitada pelos rios Rovuma (Norte), Lugenda (Sudeste), Luatize
(Sudoeste) e Lussanhando (Oeste) (SGDRN, 2005).

A RNN possui cerca de 40.000habitantes, distribuídos em 50 aldeias, que vivem na base de


agricultura, pecuária, produção e colecta de mel, pesca e trabalho remunerado. Primeiramente
estabelecida em 1954 como reserva de caca é abandonada durante o período da guerra civil,
assim as suas fronteiras foram reestruturadas significativamente nos últimos 40 anos
(CUNLIFFE et al. 2009).

A última reestruturação feita em 2008, dividiu a RN, em 15 unidades de maneio,


designadamente: L1(Nkalapa), L2(Luatiza), L3(M'tapiri), L4(Incalaue), L5(Miuro), L6(Jurere),
L7(Mussoma), L8(Nicondezi), L9(Ninga), R1(Lucheringo), R2(Lucabanga), R3(Mazeze),
R4(Chuilexi), R5(Licombe) e R6(Missangese), sendo L correspondente a unidades localizadas
ao longo da bacia do rio Lugenda e R correspondente a unidades localizadas ao longo da bacia
do rio Rovuma (CHAÚQUE, 2015).

20
Figura 3.1. Mapa da localização geográfica da Reserva Nacional do Niassa

Fonte: Base de dados do CENACARTA elaborado pelo Farão (2017).

3.1.2. Clima

O clima de Niassa é de tipo tropical húmido, com precipitações durante a estação quente,
influenciada pelas correntes quentes das Agulhas, prevalência de ventos costeiros que
transportam ar carregado de humidade com as consequentes chuvas características das
tempestades do tipo convexo. Este fenómeno é acentuado pela presença de inúmeros
"inselbergs" na paisagem circundante que estimulam a humidade orográfica (CHAÚQUE,
2015).

A precipitação define duas estacões: a estacão seca e a estacão húmida, com precipitações até
600mm e 1400mm, respectivamente, variando de ano para ano. As temperaturas médias mensais
variam entre 20 e 30ºC durante as duas estações (SGRN, 2006; RIBEIRO, 2007).

21
3.1.3. Solos

De acordo com RIBEIRO (2007) os solos da Reserva Nacional de Niassa são férteis aluvionares,
com faixas de solos ferralíticos a Sudoeste e no extremo Sudeste. No rio Rovuma, entre Gomba e
Negomano há uma faixa estreita de solos arenosos. Estes solos são duma maneira geral areno –
argilosos e aumentam em conteúdo argiloso e fertilidade ao longo das zonas aluvionares dos rios
de maior dimensão. Nas terras mais altas de floresta de miombo, os solos são mais arenosos e
menos férteis.

3.1.4. Vegetação e fauna

A reserva nacional do Niassa é dominada por florestas do ecossistema de miombo que cobrem
cerca de 72% do total da área RIBEIRO et al. (2008). De referir que os tipos florestais
predominantes dentro da reserva são: Floresta aberta decídua, Floresta densa decídua, Floresta
sempre verde, Dambos, Vegetação ribeirinha e Floresta com agricultura itinerante MARZOLI
(2007). Para os autores RIBEIRO et al. (2008) a Reserva Nacional do Niassa inclui mais de 800
espécies de plantas, na qual a metade das espécies são endémicas.

Florísticamente mais pobre que o Miombo húmido, a floresta seca de miombo é dominado por
Brachystegia spiciformis, Brachystegia boehmii e Julbernadia globiflora SGDRN (2006) &
TIMBERLAKE et al. (2004), com árvores decíduas pelo menos um mês durante a época seca e
com altura média de copa de 8m (RIBEIRO et al. 2013).

Segundo RIBEIRO et al. (2008) & SGDRN (2010), é a área de maior concentração da vida
selvagem, com espécies de elevado valor ecológico, tais como elefantes (aproximadamente 20
mil), pala – palas (aproximadamente 14 mil), leões (aproximadamente 800), cães selvagens
africanos (em torno de 350), leopardos, búfalos e mais de 400 espécies de pássaros. Importa
salientar que o cão selvagem africano é neste momento considerado a espécie emblemática da
RNN e desde o ano de 2007 a IUCN passou a considerar como uma espécie ameaçada.

3.1.5. Topografia e Relevo

A zona Oeste da Reserva, caracteriza-se por ser uma área de terrenos entrecortados e de
elevações enquanto a zona Este é plana e de terrenos mais baixos. As zonas mais baixas,
adjacentes à confluência dos rios Rovuma e Lugenda, têm uma altitude inferior a 100m,

22
enquanto em diversos picos a altitude atinge mais de 1.400 m. A montanha de Mecula e Jao
representam as zonas mais elevadas com 1.441 m e 1.336 m de altura, respectivamente
(CHAÚQUE, 2015).

3.1.6. População humana

Ao longo de décadas foi ocupada por famílias locais que vivem em grupos relativamente
isolados e, actualmente conta com cerca de 40.000 habitantes distribuídos em 50 aldeias
incluindo duas sedes distritais, nomeadamente, Mecula e Mavago CUNLIFFE, et al. (2009). A
densidade populacional é baixa e varia de 2.7 habitantes/km2em Mavago até 30 habitantes/Km2
no distrito de Mecula (MAE, 2014).

Grande parte da população vive dedicando-se à prática de agricultura de subsistência incluindo


outras actividades como extracção do mel, lenha, caça e comércio de pequena escala e vivem
com menos de 1 dólar por dia (CUNLIFFE, et al. 2009).

A população que reside na RNN realiza o comércio com os restantes distritos da província de
Niassa ao mesmo tempo que estabelece laços comerciais com a vizinha Tanzânia. As principais
culturas de rendimento são o tabaco e algodão. O fomento pecuário é muito baixo,
provavelmente devido à existência de predadores como, por exemplo, leões, leopardos e hienas
(MAE, 2014).

3.1.7. Regime de queimadas na Reserva Nacional do Niassa

No que concerne as queimadas, importa referir que na RNN elas têm seu início no final da época
chuvosa (Abril) e atingem o seu pico nos meses de Agosto a Outubro e no período de 2000 a
2005, cerca de 93% da área total foi afectada por queimadas cujo intervalo médio de retorno foi
de 1.54 anos, onde 13% formam queimadas anuais, 25% da área queimado três a quatro vezes,
20% queimou duas vezes e 10% queimou pelo menos uma vez RIBEIRO (2007). Já no período
de 2000 a 2012, cerca de 91% da área foi afectada por queimadas cujo intervalo médio de
retorno para esse período foi de 3.29 anos (FARÃO, 2017).

Para RIBEIRO et al. (2008), cerca de 90% das queimadas que ocorrem na RNN tem como a
acção humana como a causa principal e nas áreas de baixa frequência o fogo chega a atingir
elevadas intensidades por volta de 80000 Kw CANGELA (2014). Segundo MAPSANGANHE

23
(2016), 29% da área da reserva (cerca de 12 068.15 km2) que constituem as áreas de maneio L3,
R2, R6, R5, L7, L8, L9 e L6 apresentam um alto risco de ocorrência de queimada.

A formação do miombo na Reserva Nacional do Niassa, o fogo apresenta uma variação intra-
anual da sua actividade, atingindo seu pico no final da estação seca RIBEIRO et al. (2007). Este
elemento chega a afectar num período de 1 a 2 anos, cerca de 43% da área total da Reserva e a
elevada frequência da sua actividade na área é justificada pela elevada carga do combustível,
condições ambientais (baixa precipitação) associadas a elevadas concentrações de elefantes e
actividade humana (RIBEIRO et al. 2007; ARCHIBALD, 2011).

3.2.Métodos

3.2.1. Desenho amostral

Para o presente estudo recorreu – se ao estudo de FARÃO (2017) onde foi feita uma matriz de
classes de frequência de fogo e índice de aridez o que resultou em 24 combinações (Tabela 1),
nas quais foram alocados um ponto de amostra por combinação em que esse ponto de amostra
replicou – se 3 vezes totalizando 72 pontos de amostra para a Reserva Nacional do Niassa
(Figura 2). Usou – se a amostragem estratificada para a distribuição dos pontos, assim, as
coordenadas de todos esses pontos foram alocados de forma intencional a 3km de distância da
estrada dentro dos blocos da Reserva. A localização dos pontos amostrais na área de estudo foi
feita com auxílio do GPS (global Positioning System).

A matriz resultou da combinação dos factores ambientais (precipitação e evapotranspiração) o


que resultou em 6 classes de índice de aridez diferentes e em 4 classes de frequência de fogo.
Importa salientar que as réplicas definidas serviram de áreas de contingência em casos de
inacessibilidade de um dos pontos.

Importa referir que o índice de aridez é utilizado para medir o grau de aridez (seca,
desertificação) e acidez de uma determinada região. Assim este índice, é obtido a partir da
relação entre o potencial hídrico, quantidade de água da chuva, e a taxa de evaporação e
transpiração potencial. FARÃO (2017) através de imagens satélites de áreas queimadas
(MCD45A1) e focos de fogo (MCD14ML) do sensor MODIS que através do programa ArcGis
determinou a frequência, intervalo médio de retorno de queimadas e índice de aridez.

24
Por tanto, mostrou – se satisfatório avaliar a composição e estrutura da vegetação dos pontos
amostras da Reserva Nacional do Niassa em 24 parcelas (as 24 combinações resultantes)
rectangulares de 1ha (100m X 100m), esta dimensão é actualmente usada em inventários
florestais. Em cada parcela foram estabelecidas 16 sub – parcelas com dimensões de 25m X
25m, foi nessas sub - parcelas onde fez – se o levantamento da composição (Figura 3.3). Antes
do levantamento, a marcação das parcelas foram feitas na direcção do sentido Sul – Norte e no
sentido Oeste – Este.

Tabela 3.1. Matriz de classes de frequência de fogo e aridez.

Classe de índice de aridez


5388 5600 5800 6200 6800 7600 8500
0 a b c d e f
1 p a_p b_p c_p d_p e_p f_p
Nível 3 q a_q b_q c_q d_q e_q f_q
Frequência 7 r a_r b_r c_r d_r e_r f_r
De fogo 11 s a_s b_s c_s d_s e_s f_s

Fonte: FARÃO, (2017).

As parcelas que foram estabelecidas no primeiro nível de frequência de fogo, são aquelas em que
num intervalo de 5 anos (2012 – 2016) o fogo passou uma vez, as parcelas que ocorrem no
segundo nível de frequência de fogo, são aquelas em que no intervalo referido o fogo passou três
vezes, as parcelas que ocorrem no terceiro nível de frequência de fogo, são aquelas em que nesse
intervalo o fogo passou sete vezes e as parcelas que ocorrem no quarto nível de frequência de
fogo, são aquelas em que num intervalo de 5 anos o fogo passou 11 vezes. Assim as parcelas do
1o e 2o nível são as com baixa frequência de fogo enquanto as parcelas do 3o e 4o nível são as
com alta frequência de fogo.

25
Figura 3.2. Pontos de amostragem para a reserva do Niassa

3.2.2. Colheita de dados

A recolha de dados foi feita nos períodos compreendidos de Setembro a Novembro de 2017.
Foram reconhecidos os nomes científicos das espécies arbóreas que ocorreram dentro das
parcelas de estudo com ajuda de um botânico especialista.

a) Para indivíduos adultos

O levantamento dos parâmetros para análises estruturais (composição florística e estrutura


horizontal). Durante a colheita de dados, foram considerados todos indivíduos com Diâmetro à
Altura do Peito (DAP) maior ou igual a 5cm. Os indivíduos foram devidamente identificados
pelos seus nomes científicos com a ajuda de um especialista botânico e livros que serviram de
guias (Trees of Southern Africa) e posteriormente enumeradas sequencialmente com uma placa
de chapa de alumínio. O DAP foi obtido como auxílio de uma suta e fita diametrica, que foi
medido a 1.3m do solo.

É muito importante referir que esses parâmetros foram levantados em 5 linhas paralelas de 25m
no sentido Sul – Norte e no sentido Oeste – Leste na parcela de 1ha (100mX100m) (figura. 3.3).

26
b) Para indivíduos em regeneração

Nas sub – parcelas estabelecidas foram definidas 5 mini – parcelas de dimensões de (1m X 1m)
localizadas nos quatro cantos e um no centro (Figura 3.3). Em cada mini – parcela efectuou – se
o levantamento da regeneração natural. Onde todos indivíduos que apresentassem diâmetros
inferiores a 5cm encontrados nas mini – parcelas (1m X 1m) foram identificados pelo nome
científico e o número de indivíduos por espécie, de modo a produzir a informação relativa à
composição florística

Segundo HOSOKAWA et al. (2008), este tipo de análise é muito importante, uma vez que o
sucesso da condução silvicultural dependera directamente do maneio da regeneração natural.
Assim os levantamentos de regeneração natural são classificados por categoria de tamanho,
segundo esses autores as categorias geralmente são três:

a) De 0.1 a 1.0 m de altura;


b) De 1.1 a 3.0 m de altura e
c) De 3.1 de altura a 9.9 m de DAP.

Figura 3.3. Esquema das parcelas usadas na colecta de dados

Fonte: O autor

3.2.3. Avaliação da composição e estrutura florística

A composição florística foi analisada através da riqueza (número de espécies e famílias) e


diversidade (índice de diversidade de espécie de Shannon – Wiener). A estrutura horizontal foi

27
analisada através da frequência, abundância, densidade, dominância (área basal), índice de valor
de importância e distribuição dos indivíduos por classe de tamanho (distribuição diamétrica).
Para o efeito das análises a ferramenta Microsoft Office Excel foi utilizada.

3.3.Análise de dados

3.3.1. Composição específica

a) Riqueza de espécies

Segundo GUEDES (2004), riqueza de espécies representa o número total de espécies numa dada
área geográfica e determinado tempo. A riqueza de espécies é muito dependente do tamanho
amostral quanto maior a amostra, maior o número de espécies que poderão ser amostradas.

Será obtida a partir da contagem do número de espécies existente na área amostral. E


posteriormente conjugada pela equação de riqueza de espécies de Margalef (Dmn):
( ) ……………………………………………………………………………(01)

Onde:

D/Mg é a diversidade de Margalef.

S = Representa o número total de espécies.

N = Representa o número total de indivíduos amostrados.

b) Abundância

Abundância absoluta é o número total de indivíduos de uma determinada espécie e a abundância


relativa como a participação percentual de cada espécie no conjunto total das árvores levantadas
a respectiva parcela, considerando o número total igual a 100% (HOSOKAWA et al. 2008):

Aabs ………………………………………………………………………………………(02)

Arel .………………………………………………………………………………...(03)

Onde:

28
Aabs = Abundância absoluta; Arel = Abundância relativa; n/ha = Número de árvores de cada
espécie por hectare e N = Número total de árvores por hectare.

c) Índice de diversidade de espécies

Os índices de diversidade são importantes quando se pretende avaliar o estado da comunidade


em termos da sua conservação e diversidade vegetal (RIBEIRO et al. 2002). Uma comunidade é
dita como sendo de alta diversidade de espécies se todas espécies presentes são igualmente
abundantes. Para determinar o índice de diversidade são utilizados os índices de diversidade de
Shannon – Wienner e Simpson (GUEDES, 2004).

Neste estudo será considerado o índice de diversidade de Shannon – Wienner, o motivo desta
escolha é por ser um índice sensível as espécies raras ou seja menos frequentes e menos
abundantes e permite que seja utilizado quando é feito um inventário em amostras e não em
censo, este índice permite comparações com outros estudos (MAGURRAN, 2004).

Assim o Índice de Diversidade de Shannon – Wienner será obtido através da seguinte fórmula:

= ∑ Com ……….……………………………………………………...(14)

Onde: Proporção da espécie i no total das espécies.

3.3.2. Análise da estrutura horizontal

Importante factor a considerar pois, a análise da estrutura horizontal tem por objectivo
quantificar a participação de cada espécie em relação as outras e verificar a forma de distribuição
espacial de cada espécie.

a) Dominância

É um parâmetro que expressa a influência de cada espécie na comunidade, através de sua


biomassa. A dominância absoluta é obtida através da soma das áreas basais (AB) dos indivíduos
de uma mesma espécie, por hectare. A dominância relativa corresponde à participação, em
percentagem, em relação à área basal total (HOSOKAWA et al. 2008).

Dabs = ……………………………………………………………………………………….(04)

29
Drel = ………………………………………………………………….………..(05)

Onde:

Dabs = dominância absoluta; Drel = dominância relativa e

g/ha = área basal de cada espécie por hectare e G/ha = área basal total de árvores por hectare.

b) Frequência

Mede a regularidade da distribuição horizontal de cada espécie sobre o terreno. Na determinação,


divide-se a parcela em um número conveniente de sub-parcelas de igual tamanho entre si, onde
se controla a presença ou ausência das espécies em cada sub – parcela. A frequência absoluta de
uma espécie, expressa a percentagem das sub-parcelas em que ocorre, enquanto frequência
relativa é calculada com base na soma total das frequências absolutas de uma parcela, que
considera igual a 100% (HOSOKAWA et al. 2008).

Fabs = % de sub – parcelas que ocorre numa espécie ………………………………………….(06)

Frel = ∑ …………………………………………………………..……...………..…(07)

Onde:

Fabs = Frequência absoluta e Frel = Frequência relativa

c) Índice de Valor de Importância (IVI)

Para o cálculo do Índice de Valor de Importância (IVI) é um índice que permite comparar os
pesos ecológicos das espécies existentes numa determinada área e que se obtêm adicionando os
valores relativos de abundância, dominância e frequência correspondentes as espécies presentes
em cada parcela e será utilizado o pacote estatístico Excel com auxílio da seguinte fórmula
(HOSOKAWA et al. 2008):

IVI = Arel + Frel + Drel…………………………………………………………………………(08)

Onde: Arel = Abundância relativa; Frel = Frequência relativa e Drel = Dominância relativa

30
d) Distribuição diametrica

A distribuição diamétrica fez-se com base na relação entre o número de indivíduos e as


respectivas classes diamétricas de todos os indivíduos observados por hectare. Foram analisadas
as distribuições de diâmetros das comunidades e das espécies. Todos os intervalos das classes
(IC) de diâmetros serão calculados, onde o número de classes vazias são minimizadas, conforme:

IC = A/ NC = 1 + 3.3 log (n) …………………………………………………………….…...(09)

Onde: A = amplitude (valor máximo – valor mínimo); NC = número de classes e n = número de


indivíduos.

3.3.3. Análise da estrutura vertical

a) Posição sociológica

Segundo HOSOKAWA et al. (2008), a expansão vertical das espécies informa sobre a
composição florística dos distintos estratos da floresta, em sentido vertical, e sobre o papel que
jogam as diferentes espécies em cada um deles.

………………………………..………....(10)

Onde:

=posição sociológica absoluta; VF = valor fitossociológico simplificado; ei = estrato


inferior; em = estrato médio; es = estrato superior e n = número de árvores por cada espécie.

ni – número total dos indivíduos do estrato i; Ni – número total dos indivíduos

de todos os estratos. VFei = ni – número total da espécie i; VFi – valor total do estrato i


……………………………………………………………………….…(11)

Onde:

= Posição sociológica relativa.

31
b) Regeneração natural

Considera – se regeneração natural, todos os descendentes das plantas arbóreas que se encontram
entre 0,1m de altura até os10cm de DAP ou até o limite de diâmetro estabelecido. Normalmente,
calculam se três parâmetros de regeneração natural: abundância, frequência e categorias de
tamanho, absolutas e relativas das espécies HOSOKAWA et al. (2008).

A regeneração natural relativa para cada espécie obtém-se pela média aritmética desses valores.

…………………………………………………………...……(12)

Onde:

= Abundância relativa da regeneração natural.

= Frequência relativa da regeneração natural.

= Categoria de tamanho relativa da regeneração natural.

c) Índice de Valor de Importância Ampliado (IVIA)

O cálculo do índice de valor de importância ampliado utiliza a estrutura horizontal e vertical,


enquanto o IVI usa apenas a estrutura horizontal, que segundo HOSOKAWA et al. (2008) não
reflecte o que verdadeiramente caracteriza a floresta, a sua grande heterogeneidade e
irregularidade entre os estratos. Para SCHORN (2009), este valor indica com mais precisão a
participação de cada espécie na floresta.

……………………………………………(13)

3.3.4. Índice de Equabilidade de Pielou (J’)

………...…………………………………………………………………………….(15)
( )

Onde: S = Número total das espécies amostradas.

32
3.3.5. Índice de Jaccard

Segundo SCHORN (2009), o Índice de Jaccard considera a variação entre o número de espécies
comuns e o total das espécies encontradas nas duas comunidades que se está comparando:

……………………………………………………………………………..(16)

3.3.6. Comparação da composição florística e da fitossociologia das áreas degradadas e não


degradada

De modo a comparar a composição florística e a fitossociologia das áreas com mais frequência
de fogo e uma área com menos frequência de fogo, fez – se uma matriz de presença e de
ausência de espécies as áreas estudadas, de modo a saber quais espécies ocorrem nessas áreas.

Usou – se o índice de Jaccard para medir a similaridade entre as áreas com mais frequência de
fogo (3º nível =7vezes e 4º nível = 11 vezes em 5 anos) e uma área com menos frequência de
fogo (1º nível = 1vez e 2º nível 3 vezes em 5 anos) com vista a determinar se essas áreas são
similares ou não, foi feito o cálculo do índice de diversidade de Shannon, quociente de
equabilidade de Pielou para se ter uma ideia de quão longe ou perto estas áreas estão da área
standard em termos de diversidade específica e de distribuição das espécies.

Recorreu – se o teste não paramétrico de Kruskal – Wallis para testar a semelhança das áreas
estudadas, pois este teste é utilizado para comparar três ou mais amostras independentes, neste
caso em relação aos diferentes níveis de frequência de fogo. Ele nos indica se há diferença entre
pelo menos duas delas.

3.4. Análise estatística

Com base na lista de espécies arbóreas que ocorrem na Reserva Nacional do Niassa fez-se uma
caracterização silvicultural utilizando a diversidade de espécies através do índice de Shannon –
Wienner e Simpson. E quanto aos parâmetros riqueza de espécies, abundância, densidade,
dominância, frequência, distribuição diamétrica da abundância, índice de valor de importância,
estrutura vertical (através da posição sociológica) e regeneração natural foram calculados com
auxílio do pacote estatístico Excel 2007, STATA 13 para fazer o teste t – student e o SPSS 22
para fazer o teste de Kruskal – Wallis.

33
IV. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1.Composição florística da vegetação de miombo segundo os níveis de frequência de fogo


(áreas com baixa frequência e áreas com alta frequência de fogo)

4.1.1. Estrutura Horizontal

A estrutura horizontal foi caracterizada através da análise de diversidade das espécies vegetais,
os cálculos de abundância, a densidade, a frequência e dominância das espécies vegetais com
DAP maior ou igual à 5cm bem como análise de regeneração. Através dos parâmetros indicados
no capítulo dos materiais e métodos, calculou-se o índice do valor de importância (IVI) de cada
espécie, estando relacionados nos apêndices 2,3,4,5 e 6.

4.1.1.1. Composição florística

a) Riqueza e diversidade de espécies

No total foram inventariados 10851 indivíduos pertencentes a 147 espécies identificadas,


distribuídos em 39 famílias e 10 espécies não identificadas a sua família entre as diferentes
zonas. Nas parcelas que pertencem ao primeiro nível de frequência de fogo, ou seja, na área com
menos frequência de fogo foram identificadas 28 famílias, nas parcelas que pertencem ao
segundo nível de frequência de fogo 29 famílias, nas parcelas que pertencem ao terceiro nível de
frequência de fogo 28 famílias e nas parcelas que pertencem ao quarto nível de frequência de
fogo, ou seja, na área com alta frequência de fogo foram identificadas 26 famílias.

Algumas famílias são comuns às quatro áreas em estudo (Ebenaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae,
Linaceae, Combretaceae, Burseraceae, Annonaceae, só para citar alguns exemplos), porém,
outras são exclusivas, nas parcelas que pertencem ao segundo nível de frequência de fogo
(Asteraceae, Chrysobalanaceae), nas parcelas que pertencem ao terceiro nível de frequência de
fogo (Polygalaceae) e nas parcelas que pertencem ao quarto nível de frequência de fogo
(Rutaceae), ver apêndice 1.

34
O gráfico 4.1 de distribuição de número de espécies por família encontradas na região de estudo
mostra o número de indivíduos por famílias encontradas na comunidade vegetal, onde observa-se
claramente que a família Fabaceae contribui com maior número de espécies (40), seguido de
Combretaceae (16), Euphorbiaceae com (12), Anacardiaceae e Burseraceae com (5) espécies. A
presença com maior número de espécies da família Fabaceae é justificada por ser uma das
principais na composição das florestas de Miombo (FROST, 1996; CAMPBELL, 1996),
enquanto as espécies da família Combretaceae são as que mais predominam na região Norte da
província do Niassa e principalmente nas regiões da Reserva Nacional do Niassa depois da
família Fabaceae (RIBEIRO et al. 2008).

Esses resultados assemelham – se aos obtidos por (GILIBA et al. 2011; CHIDUMAYO, 2013),
que observaram a presença marcante da família Fabaceae em floresta de Miombo e (KALABA
et al. 2013; HOFIÇO, 2014) verificaram que para além da Fabaceae, as famílias Euphorbiaceae e
Combretaceae apresentaram – se com maior riqueza específica. A presença de número
considerável de espécies da família Combretaceae nessas florestas está associada a perturbação
antrópica no passado, ocasionadas pela presença de fogo e extracção de madeira (RYAN &
WILLIAMS, 2011).

A família Combretaceae com 16 espécies e Euphorbiaceae 12 espécies e as famílias Burseraceae


e Anacardiaceae apresentaram – se com um total de cinco (05) espécies cada, e todas essas
quatro famílias ocorrem em todas áreas de estudo.

A região em estudo apresenta um total de 147 espécies sendo que 90 espécies nas parcelas que
pertencem ao primeiro nível de frequência de fogo, ou seja, na área com menos frequência de
fogo, 80 espécies nas parcelas que pertencem ao segundo nível de frequência de fogo, 82
espécies nas parcelas que pertencem ao terceiro nível de frequência de fogo e 89 espécies nas
que pertencem ao quarto nível de frequência de fogo, ou seja, na área com alta frequência de
fogo, ver os apêndices 2, 3, 4 e 5.

As riquezas específicas observadas neste estudo (80, 82, 89 e 90 espécies), estão de acordo com
as observadas por alguns autores em áreas onde ocorre o miombo seco, situando – se entre 79 e
110 espécies (LOUGA, 200; BACKEUS et al. 2006; KABALA et al. 2013; MWAKALUKWA
et al. 2014; AMADE, 2016). Contudo, estes valores são relativamente altos quando comparados

35
com os valores de riqueza específica encontrados em outros miombos secos que variam entre 34
e 74 espécies (GUEDES, 2004; MAFUPA, 2006; WILLIAMS et al. 2008; KUSAGA, 2010;
SHIRIMA et al. 2011; HAMMARSTRAND & SARNBERGER, 2013).

Os valores de riqueza específica observados neste estudo são satisfatórios e podem ser atribuídos
à presença de cursos de água dentro da reserva do Niassa que proporcionam condições edafo –
climáticas e microclima favoráveis para o estabelecimento e o crescimento de novos indivíduos e
por vezes de novas espécies.

No seu estudo ZOLHO (2005), afirmou que elevada ocorrência do fogo pode causar a redução
da diversidade específica. RYAN & WILLIAMS (2011) também constataram que queimadas
muito frequentes em curtos períodos reduziram a área basal, número de espécies do miombo de
Nhambita – Moçambique e Marondera – Zimbabwe.

Entre os autores cujos valores de riqueza específica foram inferiores aos do presente estudo eles
justificam pelo facto de eles terem conduzido os seus estudos usando um critério de inclusão de
DAP maior ou igual a 10cm, que segundo eles, exclui alguns indivíduos e outras espécies.

Existem alguns destes autores que defendem que os baixos valores de riqueza específica por eles
encontrados são resultado de terem realizado os seus estudos em áreas não protegidas, de
intensas actividades humanas diversas, de elevada frequência de queimadas e sem prática de
maneio. Actividades antropogénicas, critérios de inclusão de DAP mínimo de indivíduos e
tamanho da área amostrada contribuem para diferenças na riqueza específica nos ecossistemas
do miombo (CHIDUMAYO, 1989; SHUMBA et al. 2010; TIMBERLAKE et al. 2010).

Segundo HAMMARSTRAND & SARNBERGER (2013), dizem que nem sempre os distúrbios
humanos reduzem a riqueza específica das florestas, estes autores dizem isso ao fazerem uma
comparação de duas áreas, uma protegida dos distúrbios e outra não, onde constataram que a
área não protegida possuía maior número de espécies arbóreas e árvores. Na área protegida estes
autores reportam 574 árvores e na área não protegida reportam 685 árvores, afirmam que os
níveis de diversidade em florestas sujeitas a algum distúrbio, tendem a manter – se ou aumentar
devido à promoção de ambientes perturbados, possibilitando que as espécies oportunistas
ocupem esses sítios, contribuindo assim para o aumento da riqueza de espécies.

36
Pignoneaceae
Asteraceae
Araliaceae
Sapindaceae
Bombacaceae
Chrysobalanaceae
Rutaceae
Polygalaceae
Sapotaceae
Salvadoraceae
Annonaceae
Flacourtiaceae
Linaceae
Bignoniaceae
Sterculiaceae
Olacaceae
Oleaceae
Proteaceae
Espécies

Celestraceae
Melianthaceae
Myrtaceae
Dipterocarpaceae
Capparaceae
Tiliaceae
Ochaceae
Moraceae
Loganiaceae
Rhamnaceae
Ebenaceae
Rubiaceae
Apocynaceae
Verbenaceae
Boraginaceae
Anacardiaceae
Burseraceae
Euphorbiaceae
Combretaceae
Fabaceae
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Número de espécies

Gráfico 4.1. Distribuição de número de espécies por família encontradas na região de estudo

b) Índices de diversidade

Nas parcelas que ocorrem no primeiro nível de frequência de fogo foi encontrado um índice de
Shannon – Winner (H’) igual a (3.33), nas parcelas do segundo nível de frequência de fogo

37
(3.49), nas parcelas do terceiro nível de frequência de fogo (3.45), nas parcelas do quarto nível
de frequência de fogo (3.39) o que pode ser visto no gráfico 4.2 abaixo.

Indice de Diversidade
4. 3.49 3.45
3.33 3.39
3.5
3.
2.5
2. Indice de Shannon (H')
1.5 Indice de Simpson (D)
1. 0.74 0.80 0.78 0.76
.5 Equabilidade (J')
.066 0.046 .045 0.057
.
1 2 3 4
Niveis de frequência de fogo

Gráfico 4.2. Índices de Shannon - Winner (H'), Simpson (D), Equabilidade de Pielou de cada
uma das áreas em árvores com DAP maior ou igual a 5cm.

As áreas do 2º (áreas que num intervalo de 5 anos 2012 – 2016 o fogo passou 3 vezes) e 3º nível
(áreas que num intervalo de 5 anos 2012 – 2016 o fogo passou 7 vezes) foram as que
apresentaram maior diversidade de espécies e um elevado número de espécies igualmente
distribuídas, as áreas do 1º (áreas que num intervalo de 5 anos 2012 – 2016 o fogo passou 1 vez)
e 4º nível (áreas que num intervalo de 5 anos 2012 – 2016 o fogo passou 11 vezes) apresentam
menor diversidade de espécies e com poucas espécies igualmente distribuídas.

O intervalo de retorno das queimadas pode ter contribuído para a redução da riqueza específica
nas parcelas que ocorrem no 2º nível e 3º nível. Geralmente a baixa riqueza específica conduz na
baixa diversidade (menor valor de índice de Shannon), nessas áreas apesar de se registar o
contrário as áreas do 2º e 3º nível foram as que apresentaram uma distribuição uniforme em
relação ao 1º e 4º nível.

Segundo GOMES & FERREIRA, (2004) citados por EDUARDO (2016), geralmente o
decréscimo da diversidade, da riqueza específica e bem como da equitabilidade, com
consequente acréscimo da dominância tem sido relacionado ao aumento da perturbação
ambiental e quando o distúrbio chega a níveis elevados, as espécies começam a ser eliminadas e
então a diversidade diminui, deste modo, a diversidade é máxima em níveis intermediários de
stress.

38
Estudos conduzidos por (DUBLIN et al. 1990; WALPOLE et al. 2004 citados por RIBEIRO et
al. 2012) sobre os efeitos do fogo no Miombo, mostraram que o fogo causa redução do
recrutamento das árvores, declínio da densidade das árvores e consequente redução da
diversidade específica.

Os resultados obtidos a partir do estudo encontram – se dentro dos parâmetros aceites uma vez
que o índice de Shannon – Winner (H’) varia de 0 para comunidades de uma espécie apenas e
nunca excede 4.5 (KENT & COKER, 1994) ou 5 (KREBS, 1989; MARTINI & PRADO, 2010).

Nas parcelas que pertencem ao segundo nível de frequência de fogo, ou seja, nas parcelas em
que num intervalo de 5 anos queima 3 vezes, verificou – se um índice de Shannon maior que os
outros locais. Este valor expressivo é atribuído á riqueza específica, pois, Índice de Shannon –
Winner é influenciado pela riqueza de espécies e pela sua equitabilidade. É mais sensível as
espécies pouco representadas, pelo que torna – se elevado se tiver um grande número de espécies
pouco representadas (KENT & COKER, 1994; MARTINI & PRADO, 2010).

O quociente de equabilidade de Pielou indica o quanto as espécies presentes estão igualmente


distribuídas em concordância com a sua abundância. Neste estudo os valores de equabilidade não
são significativamente diferentes entre si (0.74, 0.76, 0.78 e 0.80), porém as parcelas que
pertencem ao segundo e terceiro nível de frequência de fogo (3 e 7 vezes de ocorrência de fogo
num intervalo de 5 anos respectivamente) apresentam valores 0.80 e 0.78 que estão próximos de
1 (que é o valor máximo de equabilidade), esses valores indicam que existe um elevado número
de espécies igualmente distribuídas em termos de abundância nestas parcelas que pertencem ao
segundo e terceiro nível de frequência de fogo, mas com maior destaque nas parcelas que
pertencem ao segundo nível de frequência de fogo visto que apresenta o maior valor de
equabilidade de 0.80.

c) Índices de similaridade de Jaccard e de Sorensen

Para melhor percepção de semelhança florística de espécies entre os fragmentos estudados fez se
a comparação do número de espécies que ocorrem nos diferentes locais simultaneamente. Os
valores obtidos para cada índice e cada área estão apresentados na tabela 4.2 abaixo.

39
Tabela 4.2. Valor do índice de similaridade de Jaccard e Sorensen obtidos para os quatro níveis
de frequência de fogo.

Área de estudo Índice de Jaccard Sorensen


Parcelas do 1º Nível 0.005 0.011
Parcelas do 2º Nível 0.022 0.042
Parcelas do 3º Nível 0.017 0.033
Parcelas do 4º Nível 0.029 0.054
Área de estudo
Parcelas do 1º & Parcelas do 2º Nível 0.0 0.0053
Parcelas do 1º & Parcelas do 3º Nível 0.0028 0.0054
Parcelas do 1º & Parcelas do 4º Nível 0.0025 0.0049
Parcelas do 2º & Parcelas do 3º Nível 0.0028 0.0054
Parcelas do 2º & Parcelas do 4º Nível 0.0050 0.0096
Parcelas do 3º & Parcelas do 4º Nível 0.0025 0.0049

Pela análise do índice de Jaccard nenhuma das áreas apresentam semelhanças significativas visto
que as parcelas que pertencem ao 1º, 2º, 3º e 4º nível de frequência de fogo tiveram valores
muito baixos que variam de (0.005 à 0.029), ou seja, não existe similaridade entre as áreas. Para
MULLER – DOMBOIS & ELLENBERG (1974), parcelas ou áreas que atingirem valores
superiores a 25% são consideradas similares. Todas as áreas tiveram valores de Jaccard
inferiores a 0.5 o que segundo GAUCH (1982) citado por EDUARDO (2016), é considerada
baixa (similaridade menor que 0.5), ideia esta sustentada por FILHO (2014) que afirma que só
considera – se que há similaridade florística entre duas ou mais áreas quando o índice de Jaccard
é no mínimo de 0.5. assim, as áreas com valores abaixo de 0.5, indica que não pertencem à
mesma comunidade vegetal, ver tabela 4.2.

Segundo FILHO (2014) citado por EDUARDO (2016), a baixa similaridade entre as áreas em
estudo pode ser influenciada pelo alto número de espécies exclusivas entre elas e pela condição
topográfica e do solo em que cada área está localizada, o presente estudo foi conduzido em
diferentes áreas com características topográficas e edáficas variadas, facto este que poderá ter
contribuído para que haja variação nas espécies encontradas em cada parcela e em cada nível de
frequência de fogo é por isso que observa – se valores abaixo de 0.5 de Jaccard, que mostram
não haver similaridade florística entre as parcelas do mesmo nível de frequência de fogo.

40
MAÚSSE (2013), acrescenta ainda que as prováveis causas da baixa similaridade entre as áreas
em estudo, é o abate indiscriminado de espécies para a produção local de lenha e carvão.

Para o índice de Sorensen observa – se que o 1º, 2º, 3º e 4º nível de frequência de fogo tem o seu
valor inferior a 1 ou seja não existe associação entre as espécies do 1º, 2º, 3º e 4º nível de
frequência de fogo. Agora fazendo uma combinação entre os níveis (1º vs 2º, 1º vs 3º, 1º vs 4º, 2º
vs 3º, 2º vs 4º e 3º vs 4º) observou – se que a combinação 2º vs 4º foi a que pelo menos valores
aproximados a 1 que foi de 0.96%.

Para os autores FELFILI & VENTUROLI (2000), quando o valor do índice de Sorensen é
superior a 50%, pode – se apurar que existe elevada similaridade entre as comunidades. Assim,
pode se dizer que neste os diferentes níveis de frequência de fogo não mostram uma elevada
similaridade, ou seja, existem poucas espécies dominantes e com pouca abundância.

Do gráfico 4.3 abaixo, se pode afirmar que as quatro áreas de níveis de frequência de fogo
diferentes apresentam maior número de espécies raras com uma percentagem de frequência
abaixo de 3% e poucos exemplares se mostram como espécies comuns com frequência entre 3 à
3.40%.

4.1.1.2. Frequência

3.50 3.40
3.00 3.30
Frel % do 2 Nivel
Frel% do 1 Nivel

3.20
2.50 3.10
2.00 3.00
2.90
1.50 2.80
1.00 2.70
2.60
0.50 2.50
0.00 2.40

Espécies Espécies

41
3.50 3.00
3.40

Frel % do 4 Nivel
Frel % do 3 Nivel 2.50
3.30
3.20 2.00
3.10
3.00 1.50
2.90 1.00
2.80
2.70 0.50
2.60 0.00
2.50

Espécies Espécies

Gráfico 4.3. Distribuição de frequência na área de estudo

Para as parcelas que pertencem ao primeiro nível de frequência de fogo foram encontradas como
espécies comuns Diplorhynchus condylocarpon (3.28 %) seguida das Pseudolachnostylis
maprouneifolia, Terminalia sericea e Combretum apiculatum com (2.73%). Para as parcelas que
pertencem ao segundo nível de frequência de fogo as espécies Brachystegia spiciformis,
Pseudolachnostylis maprouneifolia, Julbernardia globiflora e Combretum apiculatum com
3.31% e seguida da espécie Brachystegia bohemii (2.76%). Para as parcelas do terceiro nível de
frequência de fogo Diplorhynchus condylocarpon, Combretum apiculatum e Lannea
schweinfurthii com (3.39 %) e para as parcelas do quarto nível de frequência de fogo as espécies
com maior frequência são Brachystegia spiciformis, Diplorhynchus condylocarpon,
Pseudolachnostylis maprouneifolia, Pterocarpus angolensis e a Bridelia cathartica com
(2.80%).

A frequência é uma medida da uniformidade de distribuição de uma espécie dentro de uma área,
assim uma baixa frequência indica que a espécie é irregularmente distribuída ou rara. Em
espécies de mesma densidade quanto mais baixa a frequência mais desigual é a distribuição.

Embora todas as espécies incluídas no levantamento tenham sido observadas crescendo


espontaneamente no local, é notável a diferença entre as suas frequências, sendo algumas muito

42
comuns, e outras bastante raras. Isso se deve, provavelmente, a diferentes níveis de tolerância
aos ambientes e distúrbios antrópicos.

Para KANIESKI & LONGHI (2010), a frequência depende do tamanho da unidade amostral e do
número de indivíduos. Quanto maior o tamanho da unidade amostral e o número de indivíduos,
maior será a frequência.

4.1.1.3. Abundância

Na área em estudo foi encontrado um total de 10851 árvores com DAP maior ou igual a 5cm,
sendo 2643 árvores para as parcelas do primeiro nível, 2539 árvores para as parcelas que
pertencem ao segundo nível, 2711 árvores para as do terceiro nível, e 2958 árvores para as
parcelas que pertencem ao quarto nível de frequência de fogo. O maior número de árvores
pertence a espécie Diplorhynchus condylocarpon que participa com um total de 1279 árvores,
sendo 433 árvores em todas as parcelas que pertencem ao primeiro nível de frequência de fogo,
311 árvores no segundo nível, 214 árvores no terceiro nível e 321 árvores em todas as parcelas
que ocorrem no quarto nível de frequência de fogo.

18.0 14.0
16.0 12.0
Abr% do 1 Nivel

Abr% do 2 Nivel

14.0
12.0 10.0
10.0 8.0
8.0 6.0
6.0
4.0
4.0
2.0 2.0
0.0 0.0

Espécies Espécies

43
12.0 14.0
12.0

Abr% do 4 Nivel
10.0
Abr% do 3 Nivel
10.0
8.0
8.0
6.0 6.0
4.0 4.0
2.0 2.0
0.0
0.0

Espécies Espécies

Gráfico 4.4. Distribuição da abundância na área de estudo

Para as parcelas que pertencem ao primeiro nível de frequência de fogo espécies mais
representativas foram Diplorhynchus condylocarpon (16.4%), Pseudolachnostylis
maprouneifolia (13.1%), Combretum apiculatum (7.9%), Brachystegia spiciformis (6.2%) e
Monotes engleri (6.0%), enquanto isso, as restantes espécies que podem ser observadas no
apêndice 2 foram as menos abundantes com uma contribuição abaixo dos 6%.

Para as parcelas que pertencem ao segundo nível de frequência de fogo espécies mais
representativas foram Diplorhynchus condylocarpon (12.2%), Brachystegia bohemii (7.6%),
Pseudolachnostylis maprouneifolia (7.6%), Brachystegia spiciformis (6.1%) e Julbernardia
globiflora (5.4%), enquanto isso, as restantes espécies que podem ser observadas no apêndice 3
foram as menos abundantes com uma contribuição abaixo dos 5.4%.

Para as parcelas que pertencem ao terceiro nível de frequência de fogo espécies mais
representativas foram Brachystegia spiciformis (9.6%), Diplorhynchus condylocarpon (7.9%),
Pseudolachnostylis maprouneifolia (7.5%), Acacia senegalensis (6.1%) e Brachystegia bohemii
(5.9%), enquanto isso, as restantes espécies que podem ser observadas no apêndice 4 foram as
menos abundantes com uma contribuição abaixo dos 5.9%.

44
Para as parcelas que pertencem ao quarto nível de frequência de fogo espécies mais
representativas foram Julbernardia globiflora (11.5%), Diplorhynchus condylocarpon (10.9%),
Brachystegia spiciformis (10.3%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (8.8%) e Brachystegia
manga (5.9%), enquanto isso, as restantes espécies que podem ser observadas no apêndice 5
foram as menos abundantes com uma contribuição abaixo dos 5.9%.

4.1.1.4. Dominância

A área basal total é de 19.366 m2. As parcelas que pertencem ao primeiro nível de frequência de
fogo têm uma área basal total de 5.017 m2, para as do segundo nível 4.483m2, para aos do
terceiro nível 4.939m2 e para as parcelas que pertencem ao quarto nível de frequência de fogo
4.927m2.

Em relação aos valores de dominância para as parcelas que pertencem ao primeiro nível de
frequência de fogo pode – se observar que Millettia stuhlmannii (11%), Pseudolachnostylis
maprouneifolia (9%), Combretum apiculatum (7.4%), Brachystegia spiciformis (5.9%) e
Tamarindus indica (5.8%) foram as espécies que tiveram maior cobertura em relação as outras
espécies que tiveram menor cobertura, ver apêndice 2.

As espécies mais de maior dominância nas parcelas pertencentes ao segundo nível de frequência
de fogo foram Brachystegia bohemii (11.7%), Brachystegia spiciformis (10.3%), Julbernardia
globiflora (7.4%), Brachystegia manga (6.8%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (5.5%),
enquanto isso, as espécies com menor dominância podem se observar no apêndice 3.

As parcelas que ocorrem no terceiro nível de frequência de fogo tem como espécies com maior
representatividade tais como a Brachystegia spiciformis com (21.3%), Brachystegia bohemii
(7.7%), Acacia sp. (6%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (5.8%) e por último Diplorhynchus
condylocarpon (3.6%), no que diz respeito as espécies com menor representatividade, essas
podem ser observadas no apêndice 4.

As parcelas que apresentam maior frequência de ocorrência das queimadas tiveram como
espécies de maior representatividade a Brachystegia spiciformis (15%), Brachystegia manga
(14%), Julbernardia globiflora (11%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (7%) e por fim
Diplorhynchus condylocarpon (5%), as restantes espécies, são as que tiveram menor dominância

45
estão alistadas no apêndice 5. O gráfico 4.5 abaixo mostra a variância da dominância na área de
estudo.

12.0 14.0
10.0 12.0
Dor % do 1 Nivel

Dor % do 2 Nivel
8.0 10.0
8.0
6.0
6.0
4.0
4.0
2.0 2.0
0.0 0.0

Espécies Espécies

25.0 16
14
Dor % do 3 Nivel

20.0
12
Dor % do 4 Nivel

15.0 10
8
10.0 6
4
5.0
2
0.0 0

Espécies Espécies

Gráfico 4.5. Distribuição da dominância na área de estudo.

Nos níveis 2 e 3 observa – se claramente que em termos de Abundância e Dominância


apresentam baixa percentagens dos indivíduos. Sendo o intervalo de retorno de queimadas um
dos principais parâmetros que afecta negativamente a vegetação dos ecossistemas, baixos

46
intervalos de retorno que se observam na maior parte das unidades de maneio da RNN podem
afectar a riqueza específica nas áreas, pois segundo RYAN & WILLIAMS (2011), queimadas
muito frequentes em curtos períodos reduzem a área basal, número de espécies do miombo.

Segundo os autores RYAN & WILLIAMS (2011), ao analisarem o poder destrutivo do fogo
constataram que em locais de intervalos muito baixos (1 e 2 anos) o fogo havia reduzido a área
basal arbórea em cerca de 90% comparativamente a áreas completamente protegidos de
queimadas.

Também no estudo de AMADE (2016), constatou – se que intervalos de retorno de 1 a 2 anos


eram as principais responsáveis pela redução do Incremento Periódico Anual (IPA) em Diâmetro
a Altura do Peito (DAP) na Reserva Nacional do Niassa.

4.1.1.5. Índice de Valor de Importância

As figuras 4.6, 4.7, 4.8 e 4.9 abaixo, ilustram os pesos ecológicos das cinco (05) espécies mais
importantes nos diferentes níveis de frequência de fogo. A lista completa de espécies e seus
parâmetros fitossociológicos para Área 1, 2, 3 e 4 encontram – se nos apêndices 2, 3, 4 e 5
respectivamente. De acordo com o índice de valor de importância, estas áreas em estudo
apresentam as principais características de um miombo, pois possuem na sua composição
espécies do género Brachystegia e Julbernardia.

Área 1: 1º Nível de frequência de fogo

Brachystegia spiciformis
Millettia stuhlmannii
Espécie

Combretum apiculatum Dor


Pseudolachnostylis maprouneifolia Abr
Diplorhynchus condylocarpon Frel
0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0
Índice de Valor de Importância - IVI %

Gráfico 4.6. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 1º
Nível de frequência de fogo.

47
Nestas parcelas que ocorrem no primeiro nível de frequência de fogo (num intervalo de 5 anos
estas parcelas registaram ocorrências das queimadas uma vez/5anos), observa – se claramente
que a espécie Diplorhynchus condylocarpon teve maior peso ecológico, esta espécie tem ganho
algum espaço nos miombos, aparecendo sempre entre as mais abundantes, facto que foi
observado também nos estudos de (GUEDES, 2004; WILLIAMS et al. 2008; SITOE et al. 2009;
MAPAURE & MOE, 2009; TOMO, 2012; KALABA et al. 2013; RIBEIRO et al. 2013) e
bastante resistente ao fogo (MAPAURE & MOE, 2009; KALABA et al. 2013; RIBEIRO et al.
2013), o que provavelmente fez com que fosse uma espécie que teve maior ganho de indivíduos
(AMADE, 2016).

O mesmo acontece para a Pseudolachnostylis maprouneifolia que foi igualmente abundante,


facto este que também foi observado nos estudos de (SITOE et al. 2009; MAPAURE & MOE,
2009; TOMO, 2012; RIBEIRO et al. 2013) e constata – se que esta espécie é tolerante às
queimadas e menos preferida pelas comunidades e pouco explorada, sendo apenas usada como
melífera nos seus indivíduos adultos (ZOLHO, 2005; CANGELA, 2014; SANFILIPO, 2014), o
que faz com que seja a segunda espécie com maior peso ecológico.

A redução gradual do IVI da Brachystegia bohemii foi igualmente observada no estudo de


MAPAURE & MOE (2009), que segundo eles, em 19 anos esta espécie passou da primeira
posição para vigésima primeira posição e a espécie Pseudolachnostylis maprouneifolia passou da
quarta para a primeira posição.

RIBEIRO et al. (2008), referem que a redução de indivíduos característicos das formações do
miombo explica a prevalência de espécies subdominates nas áreas, como Combretum
apiculatum, Pseudolachnostylis maprouneifolia e Diplorhynchus condylocarpon entre outras.

De acordo com VAZ (em preparação) citado por CANGELA (2014), cada colector de mel na
aldeia de Lizongola dentro da Reserva Nacional do Niassa chega a abater até pelo menos 60
árvores adultas por ano, e as espécies com maior preferência são a Julbernardia globiflora,
Brachystegia bohemii, Brachystegia spiciformis, Burkea africana e Pterocarpus angolensis.

Nestas parcelas pode – se observar que as espécies do género Brachystegia e Julbernardia estão
entre as espécies que mais sofrem pressão por parte das comunidades para a produção de mel e
carvão e pela acção dos furtivos madeireiros e dos animais de grande porte na Reserva Nacional

48
do Niassa, apesar de todas parcelas serem alocadas a uma distância de 3 km da estrada, estas
parcelas em questão estiveram mais próximas das comunidades.

Área 2: 2º Nível de frequência de fogo

Julbernardia globiflora
Pseudolachnostylis maprouneifolia
Espécies

Diplorhynchus condylocarpon Dor


Brachystegia spiciformis Abr
Brachystegia bohemii Frel

0.0 5.0 10.0 15.0 20.0 25.0


Índice de Valor de Importância - (IVI %)

Gráfico 4.7. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 2º
Nível de frequência de fogo.

Nestas parcelas que ocorrem no segundo nível de frequência de fogo (num intervalo de 5 anos
estas parcelas registaram ocorrências das queimadas 3 vezes em 5anos), as espécies Brachystegia
bohemii e Brachystegia spiciformis foram as que mais se destacaram em termos de pesos
ecológicos.

As espécies como Brachystegia bohemii, Brachystegia spiciformis e Julbernardia globiflora são


tidas como muito resistentes ao fogo RIBEIRO et al. (2002) apesar de serem espécies preferidas
para a produção de carvão e mel ao nível das comunidades HAMMARSTRAND &
SAMBERGER (2013), aqui pode – se justificar o maior peso ecológico destas espécies o motivo
pelo qual essas parcelas localizarem – se muito distante do alcance das comunidades e de difícil
acesso dos furtivos madeireiros. As espécies Diplorhynchus condylocarpon e Pseudolachnostylis
maprouneifolia apresentaram – se em 3º e 4º lugar respectivamente, o motivo destas espécies a
continuarem entre as cinco espécies com maior peso ecológico, deve – se ao facto delas serem
tolerantes ao fogo e da grande abundância destas espécies em toda região de estudo.

49
Área 3: 3º Nível de frequência de fogo

Combretum apiculatum
Diplorhynchus condylocarpon
Espécies

Pseudolachnostylis maprouneifolia Dor


Brachystegia bohemii Abr
Brachystegia spiciformis Frel
0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00

Índice de Valor de Importância - IVI %

Gráfico 4.8. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 3º
Nível de frequência de fogo.

Nestas parcelas que ocorrem no terceiro nível de frequência de fogo (num intervalo de 5 anos
estas parcelas registaram ocorrências das queimadas 7 vezes em 5anos), mais uma vez observa –
se o domínio das mesmas espécies que dominaram os quatros primeiros lugares com uma
diferença na espécie que se encontra na quinta (5ª) posição substituindo a Julbernardia
globiflora por Combretum apiculatum. O facto curioso nestas parcelas as espécies
Diplorhynchus condylocarpon e Combretum apiculatum foram as que mais se destacaram em
termos de frequência relativa, porém foram as que tiveram menor dominância.

Em geral pode – se observar no 2º e 3º nível de frequência de fogo que a espécie Julbernardia


globiflora não se destacou em termos de IVI. Os autores RIBEIRO et al. (2013) constataram que
queimadas muito frequentes haviam causado uma redução no Índice de Valor de Importância
dessa espécie – chave do miombo na Reserva Nacional de Niassa.

Área 4: 4º Nível de frequência de fogo

Pseudolachnostylis maprouneifolia
Diplorhynchus condylocarpon
Espéciess

Brachystegia manga Dor


Julbernardia globiflora Abr
Brachystegia spiciformis Frel

0.00 5.00 10.00 15.00 20.00 25.00 30.00


Índice de Valor de Importância - IVI %

50
Gráfico 4.9. Distribuição das cinco (5) espécies com maior peso ecológico (IVI), com
respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e Dominância (DoR) do 4º
Nível de frequência de fogo.
Nas parcelas que ocorrem no quarto nível de frequência de fogo (num intervalo de 5 anos estas
parcelas registaram ocorrências das queimadas 11 vezes/5anos), as espécies que mais se
destacaram foram Brachystegia spiciformis, Julbernardia globiflora, Brachystegia manga, mais
uma vez pode – se observar o domínio das espécies pertencentes aos géneros Brachystegia e
Julbernardia.

As dez (10) espécies com maior peso ecológico por ordem decrescente foram Brachystegia
spiciformis (24.13%); Diplorhynchus condylocarpon (19.27%); Pseudolachnostylis
maprouneifolia (18.86%); Brachystegia bohemii (15.16%); Julbernardia globiflora (13.44%);
Brachystegia manga (11.24%); Combretum apiculatum (10.78%); Diospyros kirkii (8.43%);
Monotes engleri (8.41%) e Pterocarpus angolensis (7.50%), ver gráfico 4.10 abaixo e apêndice
6.

Os autores (DEWEES et al. 2010; CHIDUMAYO, 2013) afirmam que a Brachystegia


spiciformis segue o padrão florístico típico para essas formações florestais e está associada à
capacidade da mesma em competir com indivíduos de outras espécies em solos porosos e de
baixa fertilidade. Essa espécie “Brachystegia spiciformis” foi também a que mais se destacou no
estudo efectuado por NANVONAMUQUITXO et al. (2017).

Essa espécie foi também observada nos estudos de (MWAKALUKWA, 2014; MUHATE, 2004),
em que a espécie Brachystegia spiciformis foi encontrada na lista das 10 espécies com maior
peso ecológico.

51
Pterocarpus angolensis
Monotes engleri
Diospyros kirkii
Combretum apiculatum
Espécies

Brachystegia manga
Dor
Julbernardia globiflora
Brachystegia bohemii Abr
Pseudolachnostylis maprouneifolia Frel
Diplorhynchus condylocarpon
Brachystegia spiciformis
0 5 10 15 20 25 30
Índice de Valor de Importância - IVI %

Gráfico 4.10. Distribuição das dez (10) espécies com maior peso ecológico (IVI) em toda área
(de um modo Geral, com respectivos valores relativos da Abundância (AR), Frequência (FR) e
Dominância (DoR).
Na segunda posição encontra – se a espécie Diplorhynchus condylocarpon é uma espécie que
nas últimas décadas tem tido ganho em termos de espaço nas formações do miombo, destacando
– se sempre nos estudos do género entre as mais abundantes, o motivo pelo qual a torna
abundante talvez seja pela sua resistência ao fogo (GUEDES, 2004; WILLIAMS et al. 2008;
SITOE et al. 2009; MAPAURE & MOE, 2009; CHIDUMAYO & GUMBO, 2010; TOMO,
2012; KALABA et al. 2013; AMADE, 2016) esta posição em que se encontra esta espécie
também foi observada por FERNANDO, (2016).

A espécie Pseudolachnostylis maprouneifolia destaca – se em terceiro lugar, que foi igualmente


abundante, facto este que também foi observado nos estudos de (SITOE et al. 2009; MAPAURE
& MOE, 2009; TOMO, 2012; AMADE, 2016). Para os autores (ZOLHO, 2005; CANGELA,
2014; SANFILIPO, 2014), defendem que o motivo da sua inclusão na lista seja pelo facto de esta
espécie ser tolerante às queimadas e menos preferida pelas comunidades e pouco explorada,
sendo apenas usada como melífera nos seus indivíduos adultos.

Na quarta posição destacou – se a espécie Brachystegia bohemii, um estudo similar conduzido


por AMADE (2016) na Reserva do Niassa, observou – se a mesma espécie e na mesma posição
ecológica. Importa realçar que a redução do IVI desta espécie foi também observada no estudo
de MAPAURE & MOE (2009). Na quinta posição destaca – se a Julbernardia globiflora posição
igual constatada por FERNANDO (2016).

52
A extracção selectiva de madeira para a produção de carvão vegetal que é frequente na floresta
de miombo pode ter contribuído para a queda dos pesos ecológicos das espécies Julbernardia
globiflora e Brachystegia bohemii, visto se tratarem – se de espécies preferidas para a produção
de carvão vegetal ao nível das comunidades (HAMMARSTRAND & SARNBERGER, 2013).

Os autores HAMMARSTRAND & SARNBERGER (2013), constataram que em 5 anos (2008 –


2013), houve um decréscimo de número de indivíduos na espécie Julbernardia globiflora,
resultado semelhante foi observado no estudo realizado por AMADE (2016), que observou que
em dez anos (2005 – 2015), houve um decréscimo de número de indivíduos com maior destaque
a espécie Julbernardia globiflora que perdeu 352 arv/ha.

4.1.1.6. Distribuição dos indivíduos em classes diamétricas nas áreas de estudo

Os diâmetros apresentaram – se seguindo a clássica distribuição em “J- invertido”, conforme a


tendência das florestas nativas da região tropical. O gráfico 4.11 mostra as distribuições
diamétricas nos quatro níveis de frequência de fogo em análise, que sugerem claramente uma
estrutura auto – regenerativa, com grandes quantidades de indivíduos nas classes de diâmetros
menores tamanhos, diminuindo em relação às classes de diâmetros superiores (FELFILI et al.
2002).

300 250 229


Abundancia (arv/ha)1 Nivel

258
Abundancia (arv/ha) 2 Nivel

250
200
200
150 130
150
119
100
100

39 45
50 50
15 13
5 4 4 2
0 0
5 15 25 35 45 55 5 15 25 35 45 55
-50 Media dos diametros (cm) Media dos diametros (cm)

53
300 300
Abundancia (arv/ha) 3 Nivel 252
270
250 250

Abundancia (arv/ha) 4 Nivel


200 200
155
150 140
150

100 100
52
50 38 50
15 12
5 3 3 2
0 0
5 15 25 35 45 55 5 15 25 35 45 55
Media dos diametros (cm) -50 Media dos diametros (cm)

Gráfico 4.11. Distribuição dos indivíduos em classes diamétricas nas áreas de estudo.

Quanto a distribuição dos indivíduos em classes diamétricas, observa – se que em todos os níveis
possuem igual número de classes diamétricas, porém, o quarto (4º) nível nas duas primeiras
classes foi a que apresentou o maior número de indivíduos em relação aos outros níveis, para as
últimas duas classes diamétricas o primeiro (1º) nível de frequência de fogo foi a que apresentou
maior número de indivíduos em relação aos outros níveis.

A semelhança de muitos outros estudos, neste também verificou – se que em todas as áreas o
maior número de indivíduos pertencem a primeira classe e tratando – se de uma floresta nativa
observa – se também que o número de indivíduos vai diminuindo a medida que as classes vão
aumentando, obtendo – se deste modo uma curva do tipo “J – invertido”, visto que, o maior
número de indivíduos pertence a regeneração.

Segundo WESTPHAL et al. (2006), esse comportamento de obtenção da curva do tipo J-


invertido sugere a existência de um balanço entre o recrutamento e a mortalidade de indivíduos,
garantindo o processo dinâmico da floresta.

Apesar da situação desejável observada na distribuição dos indivíduos em classes diamétricas


dos diferentes níveis de frequência de fogo, as espécies como Brachystegia spiciformis e
Brachystegia bohemii apresentam uma distribuição diametrica não uniforme, o que torna
preocupante ver gráfico 4.12.

54
O caso da espécie Brachystegia bohemii foi observado nos estudos de SAWE et al. (2014) na
Tanzania e AMADE (2016) na Reserva Nacional do Niassa, com o mesmo padrão de
distribuição, justificado pela pressão que esta espécie sofre por parte das comunidades locais
para produção de carvão, fabrico de cordas e exploração de estacas.

Segundo SANFILIPPO (2014), esta espécie “Brachystegia bohemii” apresenta um crescimento


lento e a fraca resistência ao fogo, pode ter contribuindo para que indivíduos menores desta
espécie estejam em menor abundância.

Um outro dado importante é apontado por HAMMARSTRAND & SARNBERGER (2013) e


CANGELA (2014), que a espécie Brachystegia bohemii encontra – se na lista das que mais são
usadas para a produção de carvão e mel através da queima e abate das árvores.

No estudo realizado por (BACKEUS et al. 2006; DAUDE 2015), observou – se igualmente que
a espécie Brachystegia spiciformis teve comportamentos “anormais”, apontado como possíveis
causas a pressão para a extracção de estacas de construção e utilização das estacas para a
secagem de tabaco.

Enquanto as espécies Diplorhynchus condylocarpon e Pseudolachnostylis maprouneifolia


apresentam uma distribuição diametrica uniforme, o que pode ser justificado por possuírem
maior resistência ao fogo e os indivíduos jovens tem a capacidade de regenerar – se facilmente
após a passagem do fogo.

O motivo pelo qual a espécie Pseudolachnostylis maprouneifolia apresentar indivíduos


reduzidos na última classe, ou seja, poucos indivíduos com DAP maiores a 25cm, é apontado por
CANGELA (2014) como sendo também preferida pela comunidade na produção de mel.

55
Brachystegia spiciformis Diplorhynchus condylocarpon
18 50
16 45
Abundancia (arv/ha)

Abundancia (arv/ha)
14 40
12 35
10 30
25
8
20
6 15
4 10
2 5
0 0
5-9.99

≥25
10-14.99

15-19.99

20-24.99

5-9.99

≥25
10-14.99

15-19.99

20-24.99
-5

Distribuicao diametrica (cm) Distribuicao diametrica (cm)

Pseudolachnostylis maproneifolia Brachystegia bohemii


25 14
Abundancia (arv/ha)

Abundancia (arv/ha)

12
20
10
15 8
10 6
4
5
2
0 0
5-9.99

5-9.99
≥25

≥25
10-14.99

15-19.99

20-24.99

10-14.99

15-19.99

20-24.99

Distribuicao diametrica (cm) Distribuicao diametrica (cm)

Gráfico 4.12. Distribuição diametrica das espécies que apresentaram maior peso ecológico.

No seu estudo LAMPRECHT (1990), observou que a distribuição de indivíduos por classes
diamétricas pode variar de uma forma considerável de espécies para espécie ou até mesmo de um
determinado grupo de espécies para outro grupo de espécies.

4.1.2. Estrutura vertical

Nos quatro níveis de frequência de fogo em estudo, ficou caracterizado um total de três estratos.
No primeiro nível de frequência de fogo, o estrato superior (ES) árvores com altura superior a

56
10m é formado principalmente por indivíduos de Brachystegia spiciformis, Julbernardia
globiflora, Brachystegia manga e Brachystegia bohemii e no estrato médio (EM), com
indivíduos de 5 – 10m são predominantes indivíduos da espécie Pseudolachnostylis
maprouneifolia, Brachystegia spiciformis, Diplorhynchus condylocarpon e Julbernardia
globiflora. O estrato inferior (EI) que vai até 5m de altura os indivíduos predominantes são da
espécie Diplorhynchus condylocarpon, Pseudolachnostylis maprouneifolia, Brachystegia
bohemii e Brachystegia spiciformis, com mais detalhes mostra – se no apêndice 7.

Das 147 espécies encontradas na área de estudo, apenas 10 espécies ocorrem nos três estratos, ou
seja este número esta abaixo dos (21%, LAMPRECHT, 1990 e 25%, GUEDES, 2004) do total
de espécies de ocorrência vertical regular, ou seja, as que aparecem nos três estratos definidos.

O estrato inferior foi a que apresentou maior número de espécies com cerca de 125 espécies, em
seguida do estrato médio com 113 espécies e por último 82 espécies no estrato superior. Acredita
– se que estes resultados sejam semelhantes aos de muitos estudos de natureza semelhante.

4.1.2.1. Posição sociológica

As espécies que tem o seu lugar assegurado na estrutura e composição da floresta que se
encontram representadas em todos os estratos destacam – se Diplorhynchus condylocarpon
(14.01%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (9.28%), Brachystegia spiciformis (6.6%),
Brachystegia bohemii (5.39%) e Combretum apiculatum (4.57%), as espécies que não tiveram
posição sociológica maior estão alistadas no apêndice 7.

Das cinco espécies com maior posição sociológica nota – se claramente o domínio do estrato
inferior, exceptuando a espécie Brachystegia spiciformis seguida do estrato médio por fim dentre
as cinco espécies a espécie Brachystegia spiciformis é que teve maior representação no estrato
superior com um total de 302 indivíduos.

Das cinco espécies, apenas uma “Brachystegia spiciformis” não possui posição sociológica
regular sendo que as restantes espécies como: Diplorhynchus condylocarpon, Pseudolachnostylis
maprouneifolia, Brachystegia bohemii e Combretum apiculatum possuem uma posição
sociológica regular, visto que, apresentam no estrato inferior um número de indivíduos maior em
relação aos estratos subsequentes (HOSOKAWA et al. 2008).

57
Ainda estes autores defendem que quanto mais regular for a distribuição dos indivíduos de uma
espécie na estrutura vertical, tanto maior será seu valor na posição sociológica relativa.

Combretum apiculatum
Brachystegia bohemii
Espécies

Brachystegia spiciformis Einferior


Pseudolachnostylis maprouneifolia Emedio
Diplorhynchus condylocarpon Esuperior

0 200 400 600 800 1000 1200 1400


Posição sociológica relativa - PSrel%

Gráfico 4.13. Distribuição das espécies que tiveram maior posição sociológica.

4.1.2.2. Regeneração natural

Na Reserva Nacional do Niassa as principais ameaças são as queimadas descontroladas


frequentes em todos os anos, a semelhança de diferentes regiões em todo o país, apesar dos
benefícios que apresentam as florestas do miombo, estas queimadas podem ser prejudiciais ao
ecossistema dependendo da frequência e a intensidade que ocorre, sustentado também por
SITOE (2003).

No presente estudo foram levantados 113 indivíduos pertencentes a um total de 24 espécies e


com base no gráfico 4.14 a baixo é possível verificar que as principais espécies de regeneração
natural apresentam o maior número (89) de ind.ha-1 na categoria b) de tamanho (indivíduos que a
sua altura varia de 1.1 – 3m), em relação aos indivíduos da categoria a) (indivíduos que a sua
altura varia de 0.1 - 1m) que apresentam o menor número (24) ind.ha-1. Visto que os indivíduos
da categoria a) são os que tem baixa resistência a diversos fenómenos naturais e de actividade
antrópica.

Também importa realçar que a probabilidade de sobreviverem os indivíduos da categoria de


tamanho a) e b) é bastante reduzida visto que estes indivíduos ainda não se estabeleceram no
meio físico. As parcelas que menos registam queimadas observou-se uma maior contribuição em
regeneração principalmente as parcelas do 1º nível, assim pode ser explicado pelo facto de estas
apresentarem menor número de indivíduos adultos e consequentemente menor cobertura vegetal
o que favorece a presença da vegetação herbácea.

58
Segundo ZOLHO (2005) citado por CANGELA (2014), em ecossistemas de miombo, queimadas
com intervalos de retorno inferiores a 2 anos reduzem drasticamente a regeneração e
sobrevivência mesmo das espécies consideradas tolerantes ao fogo tais como: Brachystegia sp. e
Julbernardia globiflora, bem como, diminuem a produção de biomassa vegetal na superfície do
solo, contrariamente às áreas queimadas em cada 3 anos.

16
Abundancia (arv/ha)

14
12
10
8
6
4 CT
2
0
Combretum…

Diospyros…

Pseudolachnostylis…
Julbernadia…

Brachystegia…
Diplorhynchus… a)
Blefores sp.

Monotes engleri

Ocsuetere absemice

Strychnus decussata
Bosseia sp.

Finbrustylis exilis

Peniseto
Antropogeno gaioue

Dicrostachys cinerea

Diospyros kirkii

Flacourtia indica

Myrtaceae
Digitaria eriatha

Terminalia sp.
Brachystegia bohemii

Dicrostachys africana

Grewia flavescense

Ochna natalitia
b)

Especies

Gráfico 4.14. Distribuição das espécies em categoria de tamanho (CT) na regeneração natural.

Diospyros kirkii 9.35 6.73

Blefores sp. 11.21 7.44 Arel


Especies

Antropogeno gaioue 8.41 7.47 Frel


CTrel
Brachystegia bohemii 9.35 12.15
RNrel
Brachystegia speciformis 18.69 16.71

0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00 70.00 80.00

Gráfico 4.15. Distribuição das espécies que tiveram maior Regeneração Relativa.

A pressão sobre a regeneração, principalmente pelas queimadas frequentes tem efeito sobre as
seguintes espécies: Brachystegia spiciformis, Antropogeno gaioue, Blefores sp, Diospyros sp.,
Dicrostachys cinérea, Dicrostachys africana, Finbrustylis exilis, Ocsuetere absemice, Peniseto
sp., trata – se de espécies que são encontradas na regeneração natural e não se encontram em
nenhum dos estratos arbóreos. Segundo DAUDE (2015), isso aponta uma dificuldade na
migração dos indivíduos destas espécies para os estratos superiores. No presente estudo as duas

59
espécies que tiveram maior abundância são a Brachystegia spiciformis (18.69%) e a Blefores sp.,
(11.21%).

Segundo EVERSON et al. (2004), intervalos de queimada muito baixos reduzem a resistência
dos indivíduos menores fazendo com que estes não atinjam a fase adulta e as espécies que se
regeneram a partir de sementes podem se extinguir pelo facto do fogo não conceder intervalo
suficiente para a criação de banco de sementes.

As espécies com maior regeneração constituem indícios de que essas espécies apresentam
potencial de se estabelecerem no local e serem as possíveis espécies dominantes quando
chegarem a fase adulta (JUNIOR & FERREIRA, 2013).

4.1.2.3. Índice de valor de importância ampliado

Uma vez calculado o IVI na estrutura horizontal usando a soma da Abundância, Frequência e
Dominância relativa, segundo alguns autores apenas isso não permite dar uma informação
completa sobre a estrutura de uma floresta, visto que, considera apenas a análise da estrutura
horizontal e por sua vez esta estrutura não reflecte o que verdadeiramente caracteriza as florestas,
que é a sua grande heterogeneidade e irregularidade entre os estratos.

Motivos estes mais do que suficientes para recorrer – se o cálculo do Índice de Valor de
Importância (IVIA) para melhor compreensão da estrutura florística, assim, para o seu cálculo
utiliza – se a tanto a estrutura horizontal como a estrutura vertical.

As 10 espécies que apresentaram – se com maior índice de valor de importância neste estudo,
também mostraram – se dominantes em relação ao índice de valor de importância ampliado.
Apesar de apresentarem maior valor de importância ampliado, algumas destas espécies
apresentam algumas características individuais em relação a regeneração natural e a posição
sociológica, para mais detalhes ver apêndice 8.

As espécies Brachystegia manga e Combretum apiculatum apesar de apresentarem um dos


maiores valores de IVIA, essas espécies apresentam valores baixo para a regeneração natural (0 e
1.42 respectivamente), para alguns autores esse comportamento significa que essas espécies têm
maiores possibilidades de ocupar os estratos inferiores e médios nos próximos anos.

60
Nos seus estudos (NEMANE, 2002; FILIPE, 2008; GILIBA et al. 2011; DAUDE, 2015),
observaram que as espécies que apresentam melhores valores de importância têm sempre maior
probabilidade de apresentarem um maior valor de importância ampliado.

50
45
40
35
IVIA (%)

30
25
20
15
10
5
0

Espécies

Gráfico 4.16. Distribuição das 10 espécies com maior IVIA em toda área de estudo.

As espécies Annona senegalenses, Uapaca nitida e Xerophis obvata chamam atenção, pois estas
espécies apresentam valores de regeneração relativa igual a zero (0.00), o que significa que estas
espécies encontram – se em riscos de continuidade na comunidade florestal ao longo dos
próximos anos, porém nota – se que estas espécies não apresentam um boa distribuição ao nível
dos estratos da floresta, mas essas espécies não são potenciais em termos de ocorrência e a sua
continuidade na área de estudo. Os autores CHIDUMAYO & GLUNDY (1996), chamam
atenção a sensibilidade destas e outras espécies a incêndios florestais, que ocorrem praticamente
em todos os anos em florestas de miombo.

As espécies Brachystegia spiciformis e Brachystegia bohemii são potenciais espécies a ocorrer


no futuro da floresta com valores de regeneração natural relativa de 16.712 e 12.147
respectivamente ver gráfico 4.20, o que lhes confere uma posição privilegiada em poder
continuar a competir por um lugar mais seguro na composição florística da comunidade florestal.

61
4.1.3. Comportamento das espécies na estrutura horizontal e vertical

As mudanças de comportamento de uma espécie na estrutura vertical, que inclui os parâmetros


como regeneração natural e a devida posição sociológica, fazem com que nem sempre as
espécies com maior valor de importância tenham igualmente maior valor de importância
ampliado.

50
45
40
35
30
25
20 IVI
15
(%)
10
5
0

Espécies

Gráfico 4.17. Comportamento de algumas espécies na estrutura horizontal e vertical.

No gráfico 4.17, analisou – se como algumas espécies se comportam quando adicionados os


parâmetros da estrutura vertical, normalmente as espécies que apresentam IVI maior deviam
apresentar IVIA igualmente maior, o que indicaria que estas espécies estão bem distribuídas em
todos os parâmetros estruturais.

Nessa óptica de ideia, as espécies como Brachystegia spiciformis e Diplorhynchus


condylocarpon foram as que apresentaram um comportamento óptimo na estrutura da floresta,
ou seja, são os obtiveram valores proporcionalmente elevados na estrutura horizontal e vertical.
Observa – se ainda no apêndice 8 que algumas espécies tiveram um IVI maior e um IVIA menor
e vice – versa, comportamento este que não se verifica nas 10 espécies apresentadas no gráfico
17 que tiveram o seu IVIA maior em relação ao IVI.

62
4.1.4. Semelhança entre as áreas de estudo

Através do teste de KRUSKAL – WALLIS testou – se ao nível de significância de 5% pelo


programa estatístico SPSS 22 a semelhança da composição e estrutura florística entre as parcelas
que ocorrem no primeiro, segundo, terceiro e quarto nível de frequência de fogo e através do
pacote estatístico STATA efectuou – se o teste t - student a nível de significância de 5% a
semelhança da composição e estrutura florística entre as parcelas do 1º vs do 2º nível de
frequência de fogo, entre as parcelas do 3º vs do 4º nível de frequência de fogo e finalmente
entre as parcelas que ocorrem no do 1º e 2º vs 3º e 4º nível de frequência de fogo, procurou – se
através destes testes comparar a estrutura e composição existente nessas parcelas.

Tabela 4.3. Teste de comparação de médias do 1º vs 2º nível de frequência de fogo

Dominância relativa Diferença


Stat t -0.423345132
t crítico bi-caudal 1.974185191 Não
Abundância relativa
Stat t -0.394830738
t crítico bi-caudal 1.974270957 Não
Frequência relativa
Stat t -1.13347624
t crítico bi-caudal 1.975798924 Não

Pelo teste t – student verificou – se que ao nível de significância de 5% a hipótese nula não foi
rejeitada, ou seja, não existe diferenças significativas em termos de frequência, dominância e
abundancia relativa das espécies.

Tabela 4.4. Teste de comparação de médias do 3º vs 4º nível de frequência de fogo

63
Com base no teste feito para a comparação de médias das áreas do 3º nível de frequência de fogo
com as áreas do 4º nível de frequência de fogo, conclui – se que em termos de abundância,
dominância e frequência essas áreas são estatisticamente iguais.

Tabela 4.5. Teste de comparação de médias do 1º e 2º vs 3º e 4º nível de frequência de fogo

Com base no teste t - student feito para a comparação de médias das áreas de baixa frequência de
fogo (1º e 2º) vs as áreas com alta frequência de fogo (3º e 4º), pode observar – se que em termos
de Dominância e Frequência essas áreas não diferem entre si, ou seja, são estatisticamente iguais.
No que concerne a Abundância as áreas com baixo nível frequência de fogo com as de alto nível
de frequência de fogo apresentam diferenças estatisticamente significativas.

Tabela 4.6. Teste de Comparação de Kruskal – Wallis do 1º, 2º, 3º e 4 Nível de frequência de
fogo

Com base no pacote estatístico SPSS 22 utilizou – se o teste de KRUSKAL – WALLIS para
comparar todos níveis de frequência de fogo contra todos, onde observou – se que em todas as
combinações possíveis não existia diferença significativa em termos de Dominância e
Abundância, ou seja, todas as combinações feitas são estatisticamente iguais.

64
Observando – se o valor do parâmetro Frequência, conclui – se que a hipótese nula é falsa, ou
seja, existe pelo menos uma combinação entre os níveis de frequência de fogo onde frequência
apresenta diferença estatisticamente significativa.

Tabela 4.7. Teste de Kruskal – Wallis para as frequências relativas

As combinações entre os níveis de frequência de fogo que apresentam estatisticamente


diferenças significativas são as do 1º vs 3º nível; 2º vs 4º nível e o 3º vs 4º nível de frequência de
fogo.

Em termos gerais, a comparação feita entre as áreas de estudo mostrou – se estatisticamente não
diferem entre si, apesar do índice de Diversidade e Similaridade mostrarem uma realidade
diferente da encontrada pelo teste t student e Kruskal – Wallis, pois os parâmetros calculados
mostraram que a não houve similaridade entre as áreas, o 2º nível de frequência de fogo é que
apresentou uma distribuição uniforme das espécies em relação aos outros níveis, importa realçar
que apesar dos valores de Shannon obtidos terem sido diferentes estes valores estavam dentro do
intervalo aceite. O teste também mostrou que a frequência de fogo observada em cada área
estatisticamente não teve nenhum impacto nos resultados obtidos em termos de estrutura e
composição florística.

65
V. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1.Conclusão

De acordo com os resultados apresentados e discutidos, em concordância com os objectivos


deste trabalho conclui – se que:

A composição específica vária de nível para nível, as espécies Diplorhynchus condylocarpon,


Pseudolachnostylis maprouneifolia, Combretum apiculatum, Brachystegia spiciformis, Monotes
engleri, Brachystegia bohemii, Julbernardia globiflora, Acacia senegalensis, Brachystegia
manga, Terminalia sericea, Lannea schweinfurthii, Pterocarpus angolensis, Bridelia cathartica,
Millettia stuhlmannii e Tamarindus indica, foram as que mais se destacaram em termos de
abundância, frequência, dominância, IVI e Brachystegia spiciformis, Brachystegia bohemii,
Antropogeno gaioue, Blefores sp., Diospyros kirkii e a Julbernardia globiflora em regeneração.

Quanto a distribuição dos indivíduos em classes diamétricas, observa – se que em todos os níveis
possuem igual número de classes diamétricas, observa – se ainda que o quarto (4º) nível de
frequência de fogo nas duas primeiras classes (medias diamétricas 5 e 15) foi a que apresentou o
maior número de indivíduos em relação aos outros níveis, para as últimas duas classes
diamétricas (medias diamétricas 45 e 55) o primeiro (1º) nível de frequência de fogo foi a que
apresentou maior número de indivíduos em relação aos outros níveis. Neste estudo verificou – se
que em todas as áreas o maior número de indivíduos pertencem a primeira classe, obtendo – se a
curva clássica do tipo “J - invertido”.

As áreas do 2º e 3º nível de frequência de fogo foram as que maior diversidade apresentaram e


apresentaram maior equabilidade, o 2º nível teve uma distribuição uniforme e o 3º nível teve
uma distribuição moderada uniforme. Pela análise do índice de Jaccard nenhuma das áreas
apresentam semelhanças significativas visto que as parcelas que pertencem ao 1º, 2º, 3º e 4º nível
de frequência de fogo tiveram valores muito baixos.

As espécies que tem o seu lugar assegurado na estrutura e composição da floresta que se
encontram representadas em todos os estratos destacam – se Diplorhynchus condylocarpon
(14.01%), Pseudolachnostylis maprouneifolia (9.28%), Brachystegia spiciformis (6.6%),
Brachystegia bohemii (5.39%) e Combretum apiculatum (4.57%). Destas citadas apenas a B.

66
speciformis é que não possui posição sociológica regular, visto que, as restantes apresentam no
estrato inferior um número de indivíduos maior em relação aos estratos subsequentes.

As espécies como B. speciformis, B. bohemii, Antropogeno gaioue, Blefores sp., Diospyros kirkii
e a Julbernardia globiflora foram os que mais se destacaram em termos de regeneração relativa.

Os diferentes níveis de frequência de fogo mostraram – se estatisticamente iguais através do teste


t – student e teste de Kruskal – Wallis. A frequência das queimadas estatisticamente não teve
nenhum impacto nos resultados obtidos, pois apesar de se observar diferenças no índice de
Diversidade e de Equabilidade de Pielou.

5.2. Recomendações

Os resultados, as conclusões e as limitações deste estudo permitem recomendar alguns estudos


adicionais nestas parcelas permanentes, bem como, algumas actividades concretas com vista a
manter ou melhorar a estabilidade ecológica da Reserva Nacional do Niassa.

 Que se iniciem acções de reflorestamento priorizando as espécies Brachystegia bohemii e


Julbernardia globiflora porque a pressão sobre estas espécies continua a um nível
ameaçador, o que provavelmente nos próximos anos essas espécies podem entrar em
colapso;
 Se faça uma análise dos solos em termos de: textura, tipo do solo, pH do Solo, Carbono,
Nitrogénio, o Fósforo e a densidade do solo, facto que neste estudo não foi possível por
diversos motivos.

 Que se iniciem acções de maneio do fogo de modo a reduzir a frequência em áreas com
queimadas anuais e ou bienais;

67
VI. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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APÊNDICES
Apêndice 1: Matriz de presença e ausência de famílias

Família Parcelas do 1 Nível Parcelas do 2 Nível Parcelas do 3 Nível Parcelas do 4 Nível


Anacardiaceae X X X X
Annonaceae X X X X
Apocynaceae X X X X
Araliaceae X
Asteraceae X
Bignoniaceae X X
Bombacaceae X
Boraginaceae X X X X
Burseraceae X X X X
Capparaceae X X
Celestraceae X X X
Chrysobalanaceae X
Combretaceae X X X X
Dipterocarpaceae X X X X
Ebenaceae X X X X
Euphorbiaceae X X X X
Fabaceae X X X X
Flacourtiaceae X X X X
Linaceae X X X X
Loganiaceae X X X X
Melianthaceae X X X X
Moraceae X X X
Myrtaceae X X X
Ochaceae X X X X
Olacaceae X X X
Oleaceae X X X
Pignoneaceae X
Polygalaceae X
Proteaceae X X
Rhamnaceae X X X X
Rubiaceae X X X X
Rutaceae X
Salvadoraceae X
Sapindaceae X X
Sapotaceae X X
Sterculiaceae X X X X
Tiliaceae X X
Verbenaceae X X X X

Apêndice 2. Representação das espécies no 1º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI.

Nome científico Ni P Dor Abr Frel IVI %


Diplorhynchus condylocarpon 433 6 5.37124 16.3829 3.27869 25.0328
Pseudolachnostylis maprouneifolia 346 5 8.98498 13.0912 2.73224 24.8084
Combretum apiculatum 208 5 7.42009 7.86984 2.73224 18.0222
Millettia stuhlmannii 72 2 10.9583 2.72418 1.0929 14.7754
Brachystegia spiciformis 165 4 5.90607 6.24291 2.18579 14.3348

76
Monotes engleri 158 4 3.41882 5.97806 2.18579 11.5827
Brachystegia bohemii 120 4 4.16392 4.5403 2.18579 10.89
Diospyros kirkii 93 4 4.1323 3.51873 2.18579 9.83682
Tamarindus indica 22 3 5.80677 0.83239 1.63934 8.2785
Julbernardia globiflora 55 2 4.87387 2.08097 1.0929 8.04773
Acacia sp. 30 3 3.96906 1.13507 1.63934 6.74348
Pterocarpus sp. 68 2 2.96995 2.57283 1.0929 6.63568
Pterocarpus angolensis 66 4 1.714 2.49716 2.18579 6.39695
Terminalia sericea 40 5 0.92834 1.51343 2.73224 5.17401
Brachystegia sp. 13 4 2.37673 0.49187 2.18579 5.05439
Euphorbiaceae 41 4 1.00273 1.55127 2.18579 4.73979
Pterocarpus rotundifolius 72 1 1.38494 2.72418 0.54645 4.65557
Markhamia zanzibarica 64 2 0.83265 2.42149 1.0929 4.34703
Brachystegia manga 15 3 1.98137 0.56754 1.63934 4.18825
Crossopterux febrifuga 37 3 0.88337 1.39992 1.63934 3.92264
Uapaca kirkiana 36 3 0.89096 1.36209 1.63934 3.8924
Terminalia sp. 17 4 0.58753 0.64321 2.18579 3.41653
Pteleopsis myrtifolia 16 4 0.33509 0.60537 2.18579 3.12626
Rubiaceae 16 3 0.79869 0.60537 1.63934 3.04341
Catunaregam spinosa 15 4 0.18294 0.56754 2.18579 2.93627
Lannea schweinfurthii 8 4 0.42838 0.30269 2.18579 2.91686
Adansonia digitata 2 2 1.64079 0.07567 1.0929 2.80935
Combretum zeyheri 19 3 0.29006 0.71888 1.63934 2.64828
Commiphora ternifolia 2 1 1.9849 0.07567 0.54645 2.60702
Sterculia quinqueloba 2 1 1.83691 0.07567 0.54645 2.45903
Combretum molle 16 3 0.14935 0.60537 1.63934 2.39407
Hugonia orientalis 16 3 0.13227 0.60537 1.63934 2.37699
Mundulea sericea 15 3 0.14485 0.56754 1.63934 2.35173
Heretia sp. 23 1 0.89273 0.87022 0.54645 2.3094
Commiphora africana 9 2 0.84869 0.34052 1.0929 2.2821
Combretum collenum 26 1 0.65093 0.98373 0.54645 2.18111
Strychnus decussata 14 2 0.32854 0.5297 1.0929 1.95114
Acacia senegalensis 5 3 0.05615 0.18918 1.63934 1.88467
Burkea africana 12 2 0.28181 0.45403 1.0929 1.82873
Combretum sp. 6 2 0.38101 0.22701 1.0929 1.70092
Dalbergia melanoxylon 19 1 0.4269 0.71888 0.54645 1.69223
Apocinaceae 8 2 0.21002 0.30269 1.0929 1.60561
Terminalia brachystemma 9 2 0.13552 0.34052 1.0929 1.56894
Afizelia quanzensis 2 2 0.39022 0.07567 1.0929 1.55878
Myrtaceae 18 1 0.33101 0.68104 0.54645 1.5585
Salvadora persica 22 1 0.17961 0.83239 0.54645 1.55844

77
Cordila africana 7 2 0.11907 0.26485 1.0929 1.47682
Commiphora sp. 5 2 0.17206 0.18918 1.0929 1.45414
Flacourtia indica 7 2 0.08816 0.26485 1.0929 1.44591
Terminalia prunioides 3 1 0.77404 0.11351 0.54645 1.434
Albizia sp. 4 2 0.1538 0.15134 1.0929 1.39804
Proteia sp. 17 1 0.20406 0.64321 0.54645 1.39371
Ziziphus abyssinica 4 2 0.0759 0.15134 1.0929 1.32014
Boscia sp. 4 1 0.61733 0.15134 0.54645 1.31513
Diospyros sp 14 1 0.20917 0.5297 0.54645 1.28532
Grewia flavescense 15 1 0.14787 0.56754 0.54645 1.26185
Bauhinia tomentosa 3 2 0.01821 0.11351 1.0929 1.22461
Dicrostachys cinerea 2 2 0.02193 0.07567 1.0929 1.1905
Vitex payos 2 2 0.00977 0.07567 1.0929 1.17834
Cordila sp. 1 1 0.56153 0.03784 0.54645 1.14582
Lanchocarpus capassa 3 1 0.48224 0.11351 0.54645 1.1422
B. filipinos 4 1 0.43268 0.15134 0.54645 1.13048
Bridelia cathartica 11 1 0.12847 0.41619 0.54645 1.09111
Heretia amoena 10 1 0.08351 0.37836 0.54645 1.00831
Boscia faetida 2 1 0.36802 0.07567 0.54645 0.99014
Antidsm cf. venoso 2 1 0.25026 0.07567 0.54645 0.87238
C. adenosensi 5 1 0.08779 0.18918 0.54645 0.82342
Swartzia sp. 1 1 0.22186 0.03784 0.54645 0.80615
Bercema sp. 5 1 0.04695 0.18918 0.54645 0.78258
Boscia mossambicensis 1 1 0.1696 0.03784 0.54645 0.75389
Annona senegalensis 4 1 0.0517 0.15134 0.54645 0.74949
Fabaceae 1 1 0.15939 0.03784 0.54645 0.74367
Raminaceae 4 1 0.04405 0.15134 0.54645 0.74184
Uapaca nitida 3 1 0.06468 0.11351 0.54645 0.72464
Loganiaceae 1 1 0.12258 0.03784 0.54645 0.70687
D. menistermiforme 1 1 0.1064 0.03784 0.54645 0.69068
Celestraceae 3 1 0.02761 0.11351 0.54645 0.68757
Sterculia africana 1 1 0.08909 0.03784 0.54645 0.67338
Holarena sp. 2 1 0.04544 0.07567 0.54645 0.66755
Commiphora neglecta 2 1 0.03533 0.07567 0.54645 0.65745
Acacia nigrescens 2 1 0.01581 0.07567 0.54645 0.63793
Grewia sp 2 1 0.01506 0.07567 0.54645 0.63718
C. americana 2 1 0.01459 0.07567 0.54645 0.63671
Combretaceae 2 1 0.01331 0.07567 0.54645 0.63543
Ochna cf. natalitia 1 1 0.04692 0.03784 0.54645 0.63121
Piliostigma thoningii 2 1 0.00874 0.07567 0.54645 0.63086
C. elaiagonoides 1 1 0.02934 0.03784 0.54645 0.61362

78
Bercema abyssinica 1 1 0.02098 0.03784 0.54645 0.60526
Albizia forbesii 1 1 0.00733 0.03784 0.54645 0.59162
Cacia abreviata 1 1 0.00463 0.03784 0.54645 0.58891
Total Geral 2643 100 100 100 300

Apêndice 3. Representação das espécies no 2º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI

Nome científico ni P Dor Abr Frel IVI %


Brachystegia bohemii 192 5 11.685267 7.5620323 2.7624309 22.00973
Brachystegia spiciformis 156 6 10.286582 6.1441512 3.3149171 19.745651
Diplorhynchus condylocarpon 311 5 3.6502047 12.248917 2.7624309 18.661553
Pseudolachnostylis
maprouneifolia 192 6 5.453418 7.5620323 3.3149171 16.330367
Julbernardia globiflora 136 6 7.3833718 5.3564395 3.3149171 16.054728
Brachystegia manga 81 5 6.7678909 3.1902324 2.7624309 12.720554
Terminalia sericea 113 5 3.3955222 4.4505711 2.7624309 10.608524
Pterocarpus angolensis 65 5 4.6207832 2.560063 2.7624309 9.9432771
Pterocarpus sp. 70 4 4.374283 2.7569909 2.2099448 9.3412187
Diospyros kirkii 72 5 2.8908271 2.8357621 2.7624309 8.4890201
Combretum apiculatum 81 6 1.6060395 3.1902324 3.3149171 8.111189
Acacia sp. 95 4 1.5581544 3.7416306 2.2099448 7.5097297
Monotes engleri 53 4 2.2652132 2.087436 2.2099448 6.562594
Combretum molle 91 3 1.1461003 3.5840882 1.6574586 6.3876471
Crossopterux febrifuga 31 4 2.3853013 1.2209531 2.2099448 5.8161992
Mundulea sericea 45 5 1.2638757 1.7723513 2.7624309 5.798658
Uapaca kirkiana 68 1 2.5271621 2.6782198 0.5524862 5.7578681
C. cordatum 56 1 2.5043032 2.2055928 0.5524862 5.2623821
Acacia senegalensis 51 3 1.0345495 2.0086648 1.6574586 4.7006729
Hugonia orientalis 52 3 0.6839212 2.0480504 1.6574586 4.3894302
Catunaregam spinosa 52 3 0.6182924 2.0480504 1.6574586 4.3238014
Terminalia sp. 20 4 1.0105226 0.7877117 2.2099448 4.0081791
Terminalia brachystemma 26 2 1.7688814 1.0240252 1.1049724 3.897879
Tamarindus indica 15 1 2.4307601 0.5907838 0.5524862 3.5740301
Bridelia cathartica 23 4 0.3670834 0.9058685 2.2099448 3.4828966
Burseraceae 26 1 1.8501258 1.0240252 0.5524862 3.4266372
Bauhinia tomentosa 23 4 0.2791069 0.9058685 2.2099448 3.3949201
Pteleopsis myrtifolia 16 4 0.5111008 0.6301694 2.2099448 3.3512149
Terminalia prunioides 18 2 1.0725164 0.7089405 1.1049724 2.8864293
Schrebera alata 8 1 1.8828017 0.3150847 0.5524862 2.7503726
Combretum zeyheri 12 3 0.1460123 0.472627 1.6574586 2.2760979
Combretum collenum 34 1 0.3188345 1.3391099 0.5524862 2.2104306
Celestraceae 20 2 0.3036502 0.7877117 1.1049724 2.1963343
Commiphora sp. 9 3 0.1056439 0.3544703 1.6574586 2.1175728

79
Ochna cf. natalitia 8 2 0.4030518 0.3150847 1.1049724 1.8231089
Brachystegia sp. 2 2 0.5272808 0.0787712 1.1049724 1.7110243
Ficus sp. 15 1 0.4862734 0.5907838 0.5524862 1.6295434
Mundulea sp. 22 1 0.1994085 0.8664829 0.5524862 1.6183775
Lannea schweinfurthii 6 1 0.7462593 0.2363135 0.5524862 1.535059
Strychnus decussata 8 2 0.1006547 0.3150847 1.1049724 1.5207117
Manilkara mochisia 5 2 0.1903068 0.1969279 1.1049724 1.4922071
Dicrostachys cinerea 8 2 0.0616672 0.3150847 1.1049724 1.4817242
Burkea africana 5 2 0.0744731 0.1969279 1.1049724 1.3763734
Vitex payos 5 2 0.0583197 0.1969279 1.1049724 1.36022
Drypetes sp. 5 2 0.0489021 0.1969279 1.1049724 1.3508024
Fabaceae 3 2 0.0852042 0.1181568 1.1049724 1.3083333
Mundulea cf. sericea 4 2 0.039307 0.1575423 1.1049724 1.3018217
Cordila africana 3 2 0.0657317 0.1181568 1.1049724 1.2888608
Strychnus sp. 2 2 0.0618039 0.0787712 1.1049724 1.2455474
Brachystegia cf. bohemii 4 1 0.532199 0.1575423 0.5524862 1.2422275
Acacia nigrescens 12 1 0.2050455 0.472627 0.5524862 1.2301587
Flacourtia indica 14 1 0.1091565 0.5513982 0.5524862 1.2130408
Monotes sp. 6 1 0.3966214 0.2363135 0.5524862 1.1854211
Rubiaceae 10 1 0.154523 0.3938558 0.5524862 1.100865
Sterculia quinqueloba 1 1 0.4799335 0.0393856 0.5524862 1.0718052
Lanchocarpus capassa 3 1 0.3874558 0.1181568 0.5524862 1.0580987
Piliostigma thoningii 3 1 0.2950189 0.1181568 0.5524862 0.9656618
Dalbergia melanoxylon 4 1 0.214149 0.1575423 0.5524862 0.9241775
Vitex sp. 4 1 0.1366852 0.1575423 0.5524862 0.8467137
Albizia cf. adiantifolia 4 1 0.1029372 0.1575423 0.5524862 0.8129657
Anacardiaceae 2 1 0.1750941 0.0787712 0.5524862 0.8063514
Xeropis obvata 3 1 0.1238136 0.1181568 0.5524862 0.7944565
Parinari curatellifolia 3 1 0.0959956 0.1181568 0.5524862 0.7666385
Heretia sp. 2 1 0.0985585 0.0787712 0.5524862 0.7298159
Ochna sp. 3 1 0.0281482 0.1181568 0.5524862 0.6987911
Dalbergia sp. 2 1 0.0642035 0.0787712 0.5524862 0.6954609
Combretum sp. 3 1 0.024373 0.1181568 0.5524862 0.6950159
Vitex doniana 1 1 0.0963576 0.0393856 0.5524862 0.6882294
Ziziphus abyssinica 2 1 0.0193056 0.0787712 0.5524862 0.650563
Bercema sp. 2 1 0.0134271 0.0787712 0.5524862 0.6446845
C. brexata 2 1 0.0126391 0.0787712 0.5524862 0.6438964
Sclerocarya birrea 1 1 0.0368044 0.0393856 0.5524862 0.6286761
Hakea sericea 1 1 0.0238831 0.0393856 0.5524862 0.6157549
Ochna natalitia 1 1 0.0153511 0.0393856 0.5524862 0.6072229
Xemenia caffra 1 1 0.0128237 0.0393856 0.5524862 0.6046954
C. adenosensi 1 1 0.0110772 0.0393856 0.5524862 0.6029489
Zanha africana 1 1 0.0105234 0.0393856 0.5524862 0.6023952

80
Veronia sp. 1 1 0.0068227 0.0393856 0.5524862 0.5986945
Crotono sp. 1 1 0.0051756 0.0393856 0.5524862 0.5970474
Annona senegalensis 1 1 0.0049857 0.0393856 0.5524862 0.5968575
Total Geral 2539 100 100 100 300

Apêndice 4. Representação das espécies no 3º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI

Nome científico Ni P Dor Abr Frel IVI %


Brachystegia spiciformis 259 5 21.33588 9.55367 2.824859 33.71441
Brachystegia bohemii 161 5 7.674399 5.938768 2.824859 16.43803
Pseudolachnostylis maprouneifolia 202 4 5.786638 7.451125 2.259887 15.49765
Diplorhynchus condylocarpon 214 6 3.574493 7.893766 3.389831 14.85809
Combretum apiculatum 151 6 3.367564 5.5699 3.389831 12.32729
Combretum zeyheri 146 4 3.520809 5.385467 2.259887 11.16616
Acacia senegalensis 165 2 3.561079 6.086315 1.129944 10.77734
Diospyros kirkii 90 5 3.528593 3.319808 2.824859 9.67326
Acacia sp. 19 4 5.969272 0.700848 2.259887 8.930007
Monotes engleri 94 4 2.80209 3.467355 2.259887 8.529332
Catunaregam spinosa 124 5 1.098888 4.573958 2.824859 8.497704
Mundulea sericea 80 5 2.423144 2.950941 2.824859 8.198944
Terminalia brachystemma 87 4 2.537385 3.209148 2.259887 8.00642
Markhamia zanzibarica 114 1 1.728486 4.20509 0.564972 6.498548
Pterocarpus angolensis 54 5 1.50681 1.991885 2.824859 6.323553
Brachystegia manga 38 3 2.738449 1.401697 1.694915 5.835061
Julbernardia globiflora 67 3 1.513743 2.471413 1.694915 5.680071
Crossopterux febrifuga 41 5 1.006124 1.512357 2.824859 5.34334
Lannea schweinfurthii 13 6 1.108488 0.479528 3.389831 4.977846
Combretum sp. 36 4 0.770845 1.327923 2.259887 4.358655
Terminalia sp. 48 1 2.004007 1.770564 0.564972 4.339543
Combretum molle 35 4 0.533217 1.291037 2.259887 4.08414
Bauhinia tomentosa 43 2 0.557409 1.586131 1.129944 3.273483
Pteleopsis myrtifolia 23 3 0.582594 0.848395 1.694915 3.125905
Pterocarpus sp. 26 3 0.46268 0.959056 1.694915 3.116651
Burkea africana 48 1 0.739761 1.770564 0.564972 3.075297
Millettia stuhlmannii 10 1 2.134637 0.368868 0.564972 3.068476
Hugonia orientalis 17 4 0.170135 0.627075 2.259887 3.057097
Acacia nigrescens 12 2 1.180527 0.442641 1.129944 2.753111
Albizia sp. 8 3 0.730625 0.295094 1.694915 2.720634
Brachystegia sp. 12 3 0.394688 0.442641 1.694915 2.532245
Terminalia prunioides 6 1 1.714153 0.221321 0.564972 2.500445
Raminaceae 25 1 0.910888 0.922169 0.564972 2.398029
Terminalia sericea 20 2 0.28904 0.737735 1.129944 2.156719
Piliostigma thoningii 26 1 0.548089 0.959056 0.564972 2.072117

81
Cacia sp. 4 1 1.33635 0.147547 0.564972 2.048868
Uapaca kirkiana 20 1 0.738775 0.737735 0.564972 2.041482
Sclerocarya birrea 3 3 0.047141 0.11066 1.694915 1.852716
Cordila africana 2 1 1.010131 0.073774 0.564972 1.648876
Commiphora sp. 8 2 0.112577 0.295094 1.129944 1.537614
Rubiaceae 8 2 0.103627 0.295094 1.129944 1.528665
Dicrostachys cinerea 8 2 0.098956 0.295094 1.129944 1.523994
Euphorbiaceae 9 1 0.59338 0.331981 0.564972 1.490333
Vitex payos 17 1 0.26736 0.627075 0.564972 1.459407
Strychnus decussata 5 2 0.118016 0.184434 1.129944 1.432394
Annona senegalensis 3 2 0.057519 0.11066 1.129944 1.298123
Tamarindus indica 1 1 0.680783 0.036887 0.564972 1.282642
Acacia xantofloeia 2 2 0.050595 0.073774 1.129944 1.254313
Bridelia cathartica 2 2 0.021721 0.073774 1.129944 1.225438
Holarena sp. 10 1 0.204451 0.368868 0.564972 1.13829
Polygala myrtifolia 6 1 0.325832 0.221321 0.564972 1.112124
Ozoroa sp. 7 1 0.284165 0.258207 0.564972 1.107344
Flacourtia indica 9 1 0.107019 0.331981 0.564972 1.003972
Dalbergia melanoxylon 5 1 0.113653 0.184434 0.564972 0.863058
Lanchocarpus capassa 5 1 0.085331 0.184434 0.564972 0.834736
Mundulea cf. sericea 5 1 0.048833 0.184434 0.564972 0.798238
Heretia amoena 5 1 0.038256 0.184434 0.564972 0.787662
Ziziphus abyssinica 2 1 0.116152 0.073774 0.564972 0.754897
Diospyros sp 2 1 0.106748 0.073774 0.564972 0.745494
Boscia faetida 1 1 0.143092 0.036887 0.564972 0.74495
Combretum paniculatum 4 1 0.028224 0.147547 0.564972 0.740743
Rutaceae 4 1 0.022932 0.147547 0.564972 0.735451
Commiphora africana 2 1 0.07828 0.073774 0.564972 0.717025
Afizelia quanzensis 1 1 0.107256 0.036887 0.564972 0.709115
Maiteno sp 1 1 0.107256 0.036887 0.564972 0.709115
Xemenia americana 3 1 0.022452 0.11066 0.564972 0.698084
Ficus sp. 3 1 0.022078 0.11066 0.564972 0.69771
Bridelia africana 3 1 0.0185 0.11066 0.564972 0.694132
Schrebera alata 1 1 0.09204 0.036887 0.564972 0.693899
Bercema sp. 2 1 0.039705 0.073774 0.564972 0.67845
Hipocratea sp. 2 1 0.023674 0.073774 0.564972 0.662419
Ximenia caffra 2 1 0.014479 0.073774 0.564972 0.653225
Ochna sp. 2 1 0.014433 0.073774 0.564972 0.653178
Cacia abreviata 2 1 0.011602 0.073774 0.564972 0.650347
Drypetes sp. 2 1 0.009397 0.073774 0.564972 0.648142
B. filipinos 1 1 0.045478 0.036887 0.564972 0.647336
Mauricarea 1 1 0.031132 0.036887 0.564972 0.632991
Certoma sp. 1 1 0.0111 0.036887 0.564972 0.612959

82
Ochna cf. natalitia 1 1 0.009803 0.036887 0.564972 0.611662
Sterculia africana 1 1 0.008824 0.036887 0.564972 0.610682
Cussonia sp. 1 1 0.004357 0.036887 0.564972 0.606216
Selesbania 1 1 0.004028 0.036887 0.564972 0.605887
Total Geral 2711 100 100 100 300

Apêndice 5. Representação das espécies no 4º Nível em termos de Dor, Abr, Frel e IVI

Nome científico Ni P Dor Abr Frel IVI %


Julbernardia globiflora 340 3 10.5905 11.4943 1.40187 23.4867
Diplorhynchus condylocarpon 321 6 4.92745 10.8519 2.80374 18.5831
Brachystegia spiciformis 306 6 14.9046 10.3448 2.80374 28.0532
Pseudolachnostylis maprouneifolia 259 6 6.96297 8.75592 2.80374 18.5226
Brachystegia manga 174 4 14.22 5.88235 1.86916 21.9715
Brachystegia bohemii 138 5 4.88225 4.66531 2.33645 11.884
Monotes engleri 108 3 1.84724 3.65112 1.40187 6.90022
Terminalia sericea 103 3 3.48215 3.48208 1.40187 8.3661
Terminalia sp. 88 5 3.25812 2.97498 2.33645 8.56955
Terminalia brachystemma 83 4 3.41913 2.80595 1.86916 8.09424
Pterocarpus angolensis 57 6 2.73968 1.92698 2.80374 7.4704
Diospyros kirkii 54 5 1.56175 1.82556 2.33645 5.72376
Acacia senegalensis 52 4 1.39842 1.75794 1.86916 5.02552
Flacourtia indica 46 4 0.41103 1.5551 1.86916 3.8353
Burkea africana 43 4 0.69742 1.45368 1.86916 4.02026
Combretum apiculatum 42 5 0.94215 1.41988 2.33645 4.69847
Lannea schweinfurthii 40 4 1.00199 1.35227 1.86916 4.22342
Mundulea sericea 38 3 0.58751 1.28465 1.40187 3.27403
Bauhinia tomentosa 38 4 0.55172 1.28465 1.86916 3.70553
Commiphora sp. 37 5 1.78059 1.25085 2.33645 5.36788
Crossopterux febrifuga 36 3 0.89726 1.21704 1.40187 3.51617
Annona senegalensis 34 2 0.26727 1.14943 0.93458 2.35128
Combretum molle 33 3 0.71465 1.11562 1.40187 3.23214
Pterocarpus sp. 30 3 0.68808 1.0142 1.40187 3.10414
Bridelia cathartica 26 6 1.07006 0.87897 2.80374 4.75277
Acacia sp. 26 4 1.00402 0.87897 1.86916 3.75215
Combretum zeyheri 24 3 1.18854 0.81136 1.40187 3.40176
Bercema sp. 23 4 0.32255 0.77755 1.86916 2.96926
Combretum sp. 23 4 0.32128 0.77755 1.86916 2.96799
Brachystegia bussei 21 1 0.84118 0.70994 0.46729 2.0184
Tamarindus indica 20 4 2.30835 0.67613 1.86916 4.85364
Pteleopsis myrtifolia 20 3 1.2922 0.67613 1.40187 3.3702

83
Dalbergia melanoxylon 20 2 0.52311 0.67613 0.93458 2.13383
Spirostachys africana 14 1 0.58284 0.47329 0.46729 1.52343
Monotes sp. 13 3 0.28488 0.43949 1.40187 2.12624
Catunaregam spinosa 12 3 0.10366 0.40568 1.40187 1.91121
Lannea sp. 11 2 0.39016 0.37187 0.93458 1.69661
Rubiaceae 9 4 0.13215 0.30426 1.86916 2.30556
Albizia sp. 9 2 0.12435 0.30426 0.93458 1.36318
Hugonia orientalis 9 3 0.07918 0.30426 1.40187 1.78531
C. abreviata 8 2 0.53241 0.27045 0.93458 1.73745
Terminalia molle 8 1 0.28434 0.27045 0.46729 1.02208
Combretum toniano 8 1 0.13106 0.27045 0.46729 0.8688
Hipocratea sp. 8 1 0.11339 0.27045 0.46729 0.85114
Xemenia caffra 8 2 0.07602 0.27045 0.93458 1.28105
Combretaceae 7 1 0.29657 0.23665 0.46729 1.00051
Lanchocarpus capassa 7 1 0.19355 0.23665 0.46729 0.89749
Uapaca kirkiana 6 1 0.2043 0.20284 0.46729 0.87443
Acacia nigrescens 6 1 0.11697 0.20284 0.46729 0.7871
Raminaceae 6 1 0.08616 0.20284 0.46729 0.75629
Rotmamie sp 6 1 0.03897 0.20284 0.46729 0.7091
Sclerocarya birrea 5 3 1.7872 0.16903 1.40187 3.3581
Combretum collenum 5 1 0.04426 0.16903 0.46729 0.68059
Olax dissitiflora 4 1 0.10718 0.13523 0.46729 0.7097
Strychnus sp. 4 2 0.06785 0.13523 0.93458 1.13766
Ozoroa sp. 4 1 0.0489 0.13523 0.46729 0.65142
Euphorbiaceae 4 3 0.03438 0.13523 1.40187 1.57147
Dicrostachys cinerea 4 3 0.02509 0.13523 1.40187 1.56218
Afizelia quanzensis 3 1 0.45539 0.10142 0.46729 1.0241
Ochna natalitia 3 2 0.0545 0.10142 0.93458 1.0905
Heretia cf. amoena 3 1 0.03377 0.10142 0.46729 0.60248
Mundulea cf. sericea 3 1 0.01718 0.10142 0.46729 0.58589
Brachystegia sp. 2 2 0.44135 0.06761 0.93458 1.44354
Manilkara mochisia 2 1 0.35608 0.06761 0.46729 0.89098
Terminalia prunioides 2 2 0.14589 0.06761 0.93458 1.14808
Myrtaceae 2 1 0.07661 0.06761 0.46729 0.61152
Xemenia americana 2 1 0.06117 0.06761 0.46729 0.59607
Strychnus decussata 2 1 0.04684 0.06761 0.46729 0.58174
Sterculia africana 2 1 0.0404 0.06761 0.46729 0.5753
Schrebera alata 2 1 0.02566 0.06761 0.46729 0.56057
Piliostigma thoningii 2 2 0.01923 0.06761 0.93458 1.02143
Ziziphus abyssinica 2 1 0.01836 0.06761 0.46729 0.55326
Autidezme sp 2 1 0.01095 0.06761 0.46729 0.54585

84
Pterocarpus rotundifolius 2 1 0.00997 0.06761 0.46729 0.54487
Zanha africana 1 1 0.0892 0.03381 0.46729 0.59029
Bercema abyssinica 1 1 0.07123 0.03381 0.46729 0.57233
Ochna cf. natalitia 1 1 0.03257 0.03381 0.46729 0.53366
Cyprostachys africana 1 1 0.02326 0.03381 0.46729 0.52435
Vitex pubescens 1 1 0.02287 0.03381 0.46729 0.52397
Grewia cf. flavescense 1 1 0.01714 0.03381 0.46729 0.51823
Cordia caffra 1 1 0.00958 0.03381 0.46729 0.51067
Vitex payos 1 1 0.00704 0.03381 0.46729 0.50813
Albizia forbesii 1 1 0.00682 0.03381 0.46729 0.50792
Pignoneaceae 1 1 0.00601 0.03381 0.46729 0.50711
Combretum paniculatum 1 1 0.00581 0.03381 0.46729 0.50691
Bauhinha sp. 1 1 0.00525 0.03381 0.46729 0.50634
M. cf. hetorofila 1 1 0.00507 0.03381 0.46729 0.50616
Ochna sp. 1 1 0.00489 0.03381 0.46729 0.50598
Total Geral 2958 100 100 100 300

Apêndice 6. Representação Geral das espécies em termos de Dor, Abr, Frel e IVI

Espécies Ni P Dor Abr Frel IVI %


Brachystegia spiciformis 886 21 13.15386 8.165146 2.807487 24.12649
Diplorhynchus condylocarpon 1279 23 4.40488 11.78693 3.074866 19.26668
Pseudolachnostylis maprouneifolia 999 21 6.84228 9.206525 2.807487 18.85629
Brachystegia bohemii 611 19 6.988235 5.630817 2.540107 15.15916
Julbernardia globiflora 598 14 6.056705 5.511013 1.871658 13.43938
Brachystegia manga 308 15 6.40081 2.838448 2.005348 11.24461
Combretum apiculatum 482 22 3.395021 4.441987 2.941176 10.77818
Diospyros kirkii 309 19 3.039157 2.847664 2.540107 8.426927
Monotes engleri 413 15 2.596524 3.806101 2.005348 8.407972
Pterocarpus angolensis 242 20 2.596937 2.230209 2.673797 7.500943
Acacia sp. 170 15 3.168951 1.566676 2.005348 6.740975
Terminalia sericea 276 15 1.987637 2.543544 2.005348 6.536529
Acacia senegalensis 273 12 1.519054 2.515897 1.604278 5.639229
Pterocarpus sp. 194 12 2.076651 1.787854 1.604278 5.468783
Terminalia brachystemma 205 12 1.962972 1.889227 1.604278 5.456477
Terminalia sp. 173 14 1.727349 1.594323 1.871658 5.19333
Combretum zeyheri 201 13 1.310129 1.852364 1.737968 4.90046
Mundulea sericea 179 16 1.100461 1.649618 2.139037 4.889116
Tamarindus indica 62 9 2.838139 0.571376 1.203209 4.612724
Crossopterux febrifuga 145 15 1.26684 1.336282 2.005348 4.60847
Millettia stuhlmannii 82 3 3.38572 0.755691 0.40107 4.542481
Catunaregam spinosa 204 15 0.499459 1.880011 2.005348 4.384818

85
Combretum molle 176 13 0.627898 1.62197 1.737968 3.987836
Lannea schweinfurthii 67 15 0.821938 0.617455 2.005348 3.44474
Pteleopsis myrtifolia 75 14 0.682946 0.691181 1.871658 3.245784
Uapaca kirkiana 130 6 1.057025 1.198046 0.802139 3.05721
Hugonia orientalis 98 14 0.262983 0.903143 1.871658 3.037783
Bauhinia tomentosa 107 12 0.352097 0.986084 1.604278 2.94246
Bridelia cathartica 62 13 0.396324 0.571376 1.737968 2.705668
Commiphora sp. 59 12 0.551135 0.543729 1.604278 2.699142
Markhamia zanzibarica 178 3 0.656974 1.640402 0.40107 2.698446
Brachystegia sp. 29 11 0.951418 0.267256 1.470588 2.689263
Burkea africana 108 9 0.456657 0.9953 1.203209 2.655165
Combretum sp. 68 11 0.382939 0.62667 1.470588 2.480198
Rubiaceae 43 10 0.30295 0.396277 1.336898 2.036125
Euphorbiaceae sp 57 8 0.429812 0.525297 1.069519 2.024627
Terminalia prunioides 29 6 0.923747 0.267256 0.802139 1.993142
Flacourtia indica 76 8 0.180102 0.700396 1.069519 1.950017
Burseraceae 51 1 1.076864 0.470003 0.13369 1.680557
Dicrostachys cinerea 22 9 0.051614 0.202746 1.203209 1.457569
Cacia abreviata 16 5 0.631342 0.147452 0.668449 1.447244
Dalbergia melanoxylon 48 5 0.322474 0.442356 0.668449 1.433279
Albizia sp. 21 7 0.257987 0.193531 0.935829 1.387346
Sclerocarya birrea 9 6 0.475564 0.082942 0.802139 1.360644
Strychnus decussata 29 7 0.150537 0.267256 0.935829 1.353622
Acacia nigrescens 32 5 0.382654 0.294904 0.668449 1.346007
Bercema sp. 32 7 0.107533 0.294904 0.935829 1.338266
Pterocarpus rotundifolius 74 2 0.361586 0.681965 0.26738 1.310931
Annona senegalensis 42 6 0.097282 0.387061 0.802139 1.286482
Combretum collenum 65 3 0.253892 0.599023 0.40107 1.253985
Raminaceae 46 4 0.275735 0.423924 0.534759 1.234418
C. cordatum 56 1 0.580197 0.516081 0.13369 1.229969
Piliostigma thoningii 33 5 0.215386 0.304119 0.668449 1.187955
Vitex payos 25 6 0.086067 0.230394 0.802139 1.118599
Cordila africana 12 5 0.303884 0.110589 0.668449 1.082922
Lanchocarpus capassa 18 4 0.28584 0.165883 0.534759 0.986483
Schrebera alata 11 3 0.46623 0.101373 0.40107 0.968673
Ochna cf. natalitia 11 5 0.116338 0.101373 0.668449 0.88616
Sterculia quinqueloba 3 2 0.587413 0.027647 0.26738 0.88244
Monotes sp. 19 4 0.164417 0.175099 0.534759 0.874276
Afizelia quanzensis 6 4 0.244474 0.055294 0.534759 0.834528
Ziziphus abyssinica 10 5 0.058465 0.092157 0.668449 0.819071
Xemenia caffra 12 5 0.028853 0.110589 0.668449 0.807891
Hhretia sp. 25 2 0.254275 0.230394 0.26738 0.752048
Commiphora africana 11 3 0.24 0.101373 0.40107 0.742443

86
Adansonia digitata 2 2 0.425376 0.018431 0.26738 0.711187
Celestraceae 23 3 0.077508 0.211962 0.40107 0.69054
Mundulea cf. sericea 12 4 0.025943 0.110589 0.534759 0.671291
Commiphora ternifolia 2 1 0.514588 0.018431 0.13369 0.666709
Strychnus sp. 6 4 0.031594 0.055294 0.534759 0.621647
Manilkara mochisia 7 3 0.134744 0.06451 0.40107 0.600324
Myrtaceae 20 2 0.10532 0.184315 0.26738 0.557015
Ficus sp. 18 2 0.118294 0.165883 0.26738 0.551557
Brachystegia bussei 21 1 0.214156 0.193531 0.13369 0.541376
Cacia sp. 4 1 0.341037 0.036863 0.13369 0.51159
Fabaceae 4 3 0.061062 0.036863 0.40107 0.498995
Diospyros sp 16 2 0.08147 0.147452 0.26738 0.496302
Drypetes sp. 7 3 0.013728 0.06451 0.40107 0.479308
Sterculia africana 4 3 0.035633 0.036863 0.40107 0.473566
Lannea sp. 11 2 0.09933 0.101373 0.26738 0.468083
Ochna sp. 6 3 0.011448 0.055294 0.40107 0.467812
Ochna natalitia 4 3 0.017433 0.036863 0.40107 0.455365
Ozoroa sp. 11 2 0.084969 0.101373 0.26738 0.453722
Holarena sp. 12 2 0.063955 0.110589 0.26738 0.441924
B. filipinos 5 2 0.12378 0.046079 0.26738 0.437238
Heretia amoena 15 2 0.031413 0.138236 0.26738 0.437029
Combretaceae 9 2 0.078955 0.082942 0.26738 0.429276
Boscia faetida 3 2 0.131928 0.027647 0.26738 0.426955
Spirostachys africana 14 1 0.148387 0.12902 0.13369 0.411097
Apocinaceae 8 2 0.054449 0.073726 0.26738 0.395554
Hipocratea sp. 10 2 0.034911 0.092157 0.26738 0.394448
Salvadora persica 22 1 0.046563 0.202746 0.13369 0.382999
Mundulea sp. 22 1 0.046199 0.202746 0.13369 0.382635
Combretum adenogonium 6 2 0.025326 0.055294 0.26738 0.348001
Proteia sp. 17 1 0.052902 0.156668 0.13369 0.343259
Xemenia americana 5 2 0.021304 0.046079 0.26738 0.334762
Boscia sp. 4 1 0.160045 0.036863 0.13369 0.330598
Combretum paniculatum 5 2 0.008683 0.046079 0.26738 0.322141
Zanha africana 2 2 0.025147 0.018431 0.26738 0.310958
Grewia flavescense 15 1 0.038335 0.138236 0.13369 0.310261
Bercema abyssinica 2 2 0.023573 0.018431 0.26738 0.309384
Acacia xantofloeia 2 2 0.012912 0.018431 0.26738 0.298723
Brachystegia cf. bohemii 4 1 0.1233 0.036863 0.13369 0.293853
Albizia forbesii 2 2 0.003639 0.018431 0.26738 0.28945
Cordila sp. 1 1 0.145578 0.009216 0.13369 0.288484
Terminalia molle 8 1 0.07239 0.073726 0.13369 0.279806
Polygala myrtifolia 6 1 0.083152 0.055294 0.13369 0.272137
Combretum toniano 8 1 0.033366 0.073726 0.13369 0.240781

87
Antidsm cf. venoso 2 1 0.064881 0.018431 0.13369 0.217002
Vitex sp. 4 1 0.031667 0.036863 0.13369 0.20222
Swartzia sp. 1 1 0.057518 0.009216 0.13369 0.200424
Rotmamie sp 6 1 0.009922 0.055294 0.13369 0.198907
Olax dissitiflora 4 1 0.027287 0.036863 0.13369 0.19784
Albizia cf. adiantifolia 4 1 0.023849 0.036863 0.13369 0.194401
Anacardiaceae 2 1 0.040566 0.018431 0.13369 0.192687
Xeropis obvata 3 1 0.028685 0.027647 0.13369 0.190022
Boscia mossambicensis 1 1 0.04397 0.009216 0.13369 0.186876
Parinari curatellifolia 3 1 0.02224 0.027647 0.13369 0.183577
Uapaca nitida 3 1 0.016768 0.027647 0.13369 0.178105
Rutaceae 4 1 0.005852 0.036863 0.13369 0.176405
Loganiaceae 1 1 0.03178 0.009216 0.13369 0.174686
Diospyros mespiliformis 1 1 0.027584 0.009216 0.13369 0.17049
Maiteno sp 1 1 0.027372 0.009216 0.13369 0.170277
Hhretia cf. amoena 3 1 0.008597 0.027647 0.13369 0.169934
Dalbergia sp. 2 1 0.014875 0.018431 0.13369 0.166996
Bridelia africana 3 1 0.004721 0.027647 0.13369 0.166058
Vitex doniana 1 1 0.022324 0.009216 0.13369 0.16523
Commiphora neglecta 2 1 0.00916 0.018431 0.13369 0.161281
Grewia sp 2 1 0.003905 0.018431 0.13369 0.156027
C. americana 2 1 0.003782 0.018431 0.13369 0.155903
C. brexata 2 1 0.002928 0.018431 0.13369 0.15505
Autidezme sp 2 1 0.002787 0.018431 0.13369 0.154908
Mauricarea 1 1 0.007945 0.009216 0.13369 0.150851
Combretum elaeagnoides 1 1 0.007606 0.009216 0.13369 0.150511
Cyprostachys africana 1 1 0.005921 0.009216 0.13369 0.148827
Vitex pubescens 1 1 0.005823 0.009216 0.13369 0.148729
Hakea sericea 1 1 0.005533 0.009216 0.13369 0.148439
Grewia cf. flavescense 1 1 0.004363 0.009216 0.13369 0.147268
Certoma sp. 1 1 0.002833 0.009216 0.13369 0.145738
Cordia caffra 1 1 0.002438 0.009216 0.13369 0.145344
Veronia sp. 1 1 0.001581 0.009216 0.13369 0.144486
Pignoneaceae 1 1 0.00153 0.009216 0.13369 0.144436
Bauhinha sp. 1 1 0.001336 0.009216 0.13369 0.144242
M. cf. hetorofila 1 1 0.00129 0.009216 0.13369 0.144195
Crotono sp. 1 1 0.001199 0.009216 0.13369 0.144105
Cussonia sp. 1 1 0.001112 0.009216 0.13369 0.144017
Sesbania punicea 1 1 0.001028 0.009216 0.13369 0.143934
Total Geral 10851 748 100 100 100 300

88
Apêndice 7. Distribuição de espécies no estrato inferior, médio, superior e a sua Posição
Sociológica

Espécies Einfer Emedio Esuperi PSab PSrel


Diplorhynchus condylocarpon 988 272 19 606.866187 14.0088799
Pseudolachnostylis maprouneifolia 498 400 101 401.905723 9.27757901
Brachystegia spiciformis 256 328 302 285.778822 6.5969093
Brachystegia bohemii 289 197 125 233.465579 5.38931205
Combretum apiculatum 250 197 35 197.981476 4.57019814
Monotes engleri 253 133 27 178.555433 4.12176797
Julbernardia globiflora 138 206 254 178.18026 4.11310749
Diospyros kirkii 204 93 12 137.9718 3.18493667
Acacia senegalensis 175 94 4 121.684269 2.80895581
Terminalia sericea 170 66 40 116.425767 2.68756873
Catunaregam spinosa 198 5 0 105.764999 2.44147589
Pterocarpus angolensis 110 89 43 92.4111142 2.13321524
Combretum zeyheri 128 50 23 86.5731269 1.99845133
Mundulea sericea 116 45 17 77.7221454 1.79413555
Brachystegia manga 35 86 187 75.935582 1.75289457
Acacia sp. 116 29 25 74.1324302 1.71127068
Markhamia zanzibarica 94 67 17 72.9048936 1.68293426
Combretum molle 92 66 18 71.7108101 1.65537007
Crossopterux febrifuga 103 39 3 66.7080453 1.53988641
Terminalia brachystemma 54 87 64 65.8070224 1.51908723
Pterocarpus sp. 66 63 65 64.9115289 1.49841568
Terminalia sp. 70 70 33 63.8520874 1.47395957
Uapaca kirkiana 72 57 1 55.5910976 1.28326314
Bauhinia tomentosa 96 11 0 53.9165054 1.24460691
Burkea africana 55 46 7 44.2573956 1.02163632
Hugonia orientalis 69 21 4 43.442632 1.00282834
Flacourtia indica 72 4 0 39.1307714 0.90329349
Bridelia cathartica 51 10 1 30.0870887 0.69452941
Combretum collenum 42 23 0 29.1799834 0.67358981
Pteleopsis myrtifolia 34 26 15 28.383467 0.65520305
Combretum sp. 38 24 6 28.3787669 0.65509456
Pterocarpus rotundifolius 25 35 14 26.2466132 0.60587599
Lannea schweinfurthii 28 32 7 25.7403926 0.59419041
Commiphora sp. 31 24 4 24.3616257 0.562363
C. cordatum 33 9 14 22.4644733 0.51856919
Euphorbiaceae 30 15 9 21.8990876 0.50551785
Millettia stuhlmannii 20 6 56 21.6776334 0.5004058
Annona senegalensis 35 6 1 20.4348908 0.47171837
Dalbergia melanoxylon 21 22 5 18.6488803 0.43049016

89
Rubiaceae 26 13 4 18.347802 0.42354008
Tamarindus indica 17 11 30 17.3154548 0.39970941
Bercema sp. 24 3 5 14.3867846 0.33210408
Acacia nigrescens 21 4 7 13.447332 0.31041779
Piliostigma thoningii 15 13 5 12.7235278 0.29370951
Raminaceae 13 13 9 12.3353608 0.28474908
Strychnus decussata 15 14 0 12.2001659 0.28162824
Mundulea sp. 22 0 0 11.5808681 0.26733239
Salvadora persica 20 2 0 11.1429361 0.25722319
Celestraceae 18 5 0 11.0124412 0.25421085
Vitex payos 15 9 1 10.8291402 0.24997953
Dicrostachys cinerea 17 5 0 10.4860382 0.24205937
Myrtaceae 16 4 0 9.65219795 0.22281103
Brachystegia sp. 5 21 3 9.58667404 0.22129848
Burceraceae 0 5 46 9.18053636 0.21192321
Terminalia prunioides 8 9 12 8.97207631 0.20711113
Albizia sp. 14 3 4 8.95659386 0.20675373
Hhretia sp. 10 8 7 8.88664639 0.20513906
Proteia sp. 14 2 1 8.15067736 0.18814998
Monotes sp. 11 7 1 8.10865358 0.1871799
Diospyros sp 14 2 0 7.98451756 0.18431435
Grewia flavescense 14 1 0 7.67708045 0.17721748
Hhretia amoena 13 2 0 7.45811446 0.17216288
Lanchocarpus capassa 7 6 5 6.3602433 0.14681966
Mundulea cf. sericea 12 0 0 6.31683716 0.14581767
Xemenia caffra 12 0 0 6.31683716 0.14581767
Ficus sp. 5 10 3 6.20486591 0.14323293
Ozoroa sp. 10 1 0 5.57146807 0.12861159
Ziziphus abyssinica 10 0 0 5.26403096 0.12151472
Cordyla africana 8 2 2 5.15841858 0.11907677
Commiphora africana 8 3 0 5.13353608 0.11850238
Hipocratea sp. 9 1 0 5.04506497 0.11646012
Holarrhena sp. 6 6 0 5.00304119 0.11549004
Spirostachys africana 3 9 2 4.67846281 0.10799749
Cacia abbreviata 3 5 8 4.44567321 0.10262378
Apocinaceae 7 1 0 3.99225878 0.09215718
Ochna cf. natalitia 6 0 5 3.98921758 0.09208697
Combretaceae 5 4 0 3.86176389 0.08914484
Schrebera alata 3 6 2 3.75615151 0.08670688
Combretum toniano 5 3 0 3.55432679 0.08204797
Brachystegia bussei 0 0 21 3.48935582 0.08054818
Lannea sp. 3 4 4 3.4735969 0.0801844
Drypetes sp. 5 2 0 3.24688969 0.0749511

90
Sclerocarya birrea 4 1 4 3.07768869 0.07104527
Ochna sp. 5 1 0 2.93945259 0.06785423
Rotmamie sp 5 1 0 2.93945259 0.06785423
Terminalia molle 2 4 2 2.61487421 0.06036167
Manilkara mochisia 3 2 2 2.5264031 0.05831941
Combretum adenogonium 3 3 0 2.5015206 0.05774502
Combretum paniculatum 4 1 0 2.41304949 0.05570276
Raminacea / Berchemia 0 2 9 2.11031241 0.04871439
Ochna natalitia 4 0 0 2.10561239 0.04860589
P. indica 4 0 0 2.10561239 0.04860589
Rutaceae 4 0 0 2.10561239 0.04860589
Strychnus sp. 1 5 0 2.06358861 0.04763581
Xemenia americana 2 3 0 1.9751175 0.04559355
Albizia cf. adiantifolia 3 0 1 1.74536909 0.04029004
Bridelia africana 3 0 0 1.57920929 0.03645442
Hhretia cf. amoena 3 0 0 1.57920929 0.03645442
Uapaca nitida 3 0 0 1.57920929 0.03645442
Sterculia africana 2 1 1 1.5264031 0.03523544
C. horientalis 1 3 0 1.4487144 0.03344208
Olax dissitiflora 1 3 0 1.4487144 0.03344208
Polygala myrtifolia 0 3 3 1.42079071 0.03279749
Euphorbiaceae sp. 2 1 0 1.3602433 0.03139981
Boscia sp. 1 2 1 1.3074371 0.03018084
Vitex sp. 1 2 1 1.3074371 0.03018084
Fabaceae 1 1 2 1.1661598 0.0269196
Boscia faetida 1 2 0 1.1412773 0.02634521
Afizelia quanzensis 0 1 5 1.13823611 0.02627501
Antidesma sp 2 0 0 1.05280619 0.02430294
C. americana 2 0 0 1.05280619 0.02430294
C. brexata 2 0 0 1.05280619 0.02430294
Grewia sp 2 0 0 1.05280619 0.02430294
Parinari curatellifolia 1 1 1 1 0.02308397
B. filipinos 0 1 4 0.97207631 0.02243938
Xeropis obvata 0 3 0 0.92231131 0.02129061
Albizia forbesii 1 1 0 0.8338402 0.01924834
Commiphora neglecta 1 1 0 0.8338402 0.01924834
Dalbergia sp. 1 1 0 0.8338402 0.01924834
Brachystegia cf. bohemii 0 0 4 0.6646392 0.01534251
Cacia sp. 0 0 4 0.6646392 0.01534251
Acacia xantofloeia 0 2 0 0.61487421 0.01419374
Antidesma cf. venosum 0 2 0 0.61487421 0.01419374
Zanha africana 0 2 0 0.61487421 0.01419374
Bauhinha sp. 1 0 0 0.5264031 0.01215147

91
Cordya caffra 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Crotono sp. 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Cussonia sp. 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Diospyros mespiliformis 1 0 0 0.5264031 0.01215147
M. cf. hetorofila 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Maytenus sp 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Mundulea sericea 1 0 0 0.5264031 0.01215147
P. spinosa 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Pignoneaceae 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Sesbania punicea 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Veronia sp. 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Vitex pubescens 1 0 0 0.5264031 0.01215147
Sterculia quinqueloba 0 0 3 0.4984794 0.01150688
Bercema abyssinica 0 1 1 0.4735969 0.0109325
Adansonia digitata 0 0 2 0.3323196 0.00767126
Anacardiaceae 0 0 2 0.3323196 0.00767126
Commiphora ternifolia 0 0 2 0.3323196 0.00767126
Combretum elaeagnoides 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Certoma sp. 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Cyprostachys africana 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Grewia cf. flavescense 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Hakea sericea 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Mauricarea 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Vitex doniana 0 1 0 0.3074371 0.00709687
Boscia mossambicensis 0 0 1 0.1661598 0.00383563
Cordyla sp. 0 0 1 0.1661598 0.00383563
Loganiaceae 0 0 1 0.1661598 0.00383563
Swartzia sp. 0 0 1 0.1661598 0.00383563
Total Geral 5712 3336 1803 4332.01078 100

Apêndice 8. Representação de espécies em relação ao IVIA

Espécies Dor Abr Frel Psrel Rnrel IVI (%) IVIA


Brachystegia spiciformis 13.15 8.17 2.81 6.60 16.71 24.13 47.43

Diplorinco condolocarpo 4.40 11.79 3.07 14.01 3.21 19.27 36.48


Brachystegia bohemii 6.99 5.63 2.54 5.39 12.15 15.16 32.70
Pseudolachnostylis maprouneifolia 6.84 9.21 2.81 9.28 2.51 18.86 30.64
Julbernardia globiflora 6.06 5.51 1.87 4.11 5.37 13.44 22.93
Monotes engleri 2.60 3.81 2.01 4.12 6.42 8.41 18.95
Diospyros kirkii 3.04 2.85 2.54 3.18 6.73 8.43 18.34
Combretum apiculatum 3.40 4.44 2.94 4.57 1.42 10.78 16.77
Brachystegia manga 6.40 2.84 2.01 1.75 0.00 11.24 13.00

92
Pterocarpus angolensis 2.60 2.23 2.67 2.13 0.00 7.50 9.63
Terminalia sericea 1.99 2.54 2.01 2.69 0.00 6.54 9.22
Acacia sp. 3.17 1.57 2.01 1.71 0.00 6.74 8.45
Acacia senegalensis 1.52 2.52 1.60 2.81 0.00 5.64 8.45
Terminalia sp. 1.73 1.59 1.87 1.47 1.42 5.19 8.09
Antropogeno gaioue 0.00 0.00 0.00 0.00 7.47 0.00 7.47
Blefores 0.00 0.00 0.00 0.00 7.44 0.00 7.44
Terminalia brachystemma 1.96 1.89 1.60 1.52 0.00 5.46 6.98
Pterocarpus sp. 2.08 1.79 1.60 1.50 0.00 5.47 6.97
Combretum zeyheri 1.31 1.85 1.74 2.00 0.00 4.90 6.90
Catunaregam spinosa 0.50 1.88 2.01 2.45 0.00 4.38 6.84
Mundulea sericea 1.10 1.65 2.14 1.81 0.00 4.89 6.70
Crossopterux febrifuga 1.27 1.34 2.01 1.54 0.00 4.61 6.15
Combretum molle 0.63 1.62 1.74 1.66 0.00 3.99 5.64
Tamarindus indica 2.84 0.57 1.20 0.45 0.00 4.61 5.06
Millettia stuhlmannii 3.39 0.76 0.40 0.50 0.00 4.54 5.04
Dicrostachys africana 0.00 0.00 0.00 0.00 4.99 0.00 4.99
Flacourtia indica 0.18 0.70 1.07 0.90 1.77 1.95 4.63
Dicrostachys cinerea 0.05 0.20 1.20 0.24 2.82 1.46 4.52
Markhamia zanzibarica 0.66 1.64 0.40 1.68 0.00 2.70 4.38
Uapaca kirkiana 1.06 1.20 0.80 1.28 0.00 3.06 4.34
Bauhinia tomentosa 0.35 0.99 1.60 1.24 0.00 2.94 4.19
Hugonia orientalis 0.26 0.90 1.87 1.04 0.00 3.04 4.07
Lannea schweinfurthii 0.82 0.62 2.01 0.59 0.00 3.44 4.04
Pteleopsis myrtifolia 0.68 0.69 1.87 0.66 0.00 3.25 3.90
Strychnus decussata 0.15 0.27 0.94 0.28 2.12 1.35 3.76
Ochna natalitia 0.02 0.04 0.40 0.05 3.20 0.46 3.70
Burkea africana 0.46 1.00 1.20 1.02 0.00 2.66 3.68
Bridelia cathartica 0.40 0.57 1.74 0.69 0.00 2.71 3.40
Commiphora sp. 0.55 0.54 1.60 0.56 0.00 2.70 3.26
Combretum sp. 0.38 0.63 1.47 0.66 0.00 2.48 3.14
Brachystegia sp. 0.95 0.27 1.47 0.22 0.00 2.69 2.91
Peniseto 0.00 0.00 0.00 0.00 2.86 0.00 2.86
Euphorbiaceae sp 0.43 0.53 1.07 0.54 0.00 2.02 2.56
Ocsuetere absemice 0.00 0.00 0.00 0.00 2.47 0.00 2.47
Rubiaceae 0.30 0.40 1.34 0.42 0.00 2.04 2.46
Myrtaceae 0.11 0.18 0.27 0.22 1.42 0.56 2.20
Terminalia prunioides 0.92 0.27 0.80 0.21 0.00 1.99 2.20
Boscia sp. 0.16 0.04 0.13 0.03 1.77 0.33 2.14
Combretum collenum 0.25 0.60 0.40 0.67 0.00 1.25 1.93
Pterocarpus rotundifolius 0.36 0.68 0.27 0.61 0.00 1.31 1.92
Grewia flavescense 0.04 0.14 0.13 0.18 1.42 0.31 1.91
Burseraceae 1.08 0.47 0.13 0.21 0.00 1.68 1.89

93
Dalbergia melanoxylon 0.32 0.44 0.67 0.43 0.00 1.43 1.86
Annona senegalensis 0.10 0.39 0.80 0.47 0.00 1.29 1.76
C. cordatum 0.58 0.52 0.13 0.52 0.00 1.23 1.75
Bercema sp. 0.11 0.29 0.94 0.33 0.00 1.34 1.67
Acacia nigrescens 0.38 0.29 0.67 0.31 0.00 1.35 1.66
Diospyros mespiliformis 0.03 0.01 0.13 0.01 1.42 0.17 1.61
Albizia sp. 0.26 0.19 0.94 0.21 0.00 1.39 1.59
Raminaceae 0.28 0.42 0.53 0.33 0.00 1.23 1.57
Cacia abreviata 0.63 0.15 0.67 0.10 0.00 1.45 1.55
Piliostigma thoningii 0.22 0.30 0.67 0.29 0.00 1.19 1.48
Sclerocarya birrea 0.48 0.08 0.80 0.07 0.00 1.36 1.43
Digitaria eriatha 0.00 0.00 0.00 0.00 1.42 0.00 1.42
Finbrustylis exilis 0.00 0.00 0.00 0.00 1.42 0.00 1.42
Vitex payos 0.09 0.23 0.80 0.25 0.00 1.12 1.37
Cordila africana 0.30 0.11 0.67 0.12 0.00 1.08 1.20
Lanchocarpus capassa 0.29 0.17 0.53 0.15 0.00 0.99 1.13
Monotes sp. 0.16 0.18 0.53 0.19 0.00 0.87 1.06
Schrebera alata 0.47 0.10 0.40 0.09 0.00 0.97 1.06
Ochna cf. natalitia 0.12 0.10 0.67 0.09 0.00 0.89 0.98
Hhretia sp. 0.25 0.23 0.27 0.21 0.00 0.75 0.96
Xemenia caffra 0.03 0.11 0.67 0.15 0.00 0.81 0.95
Celestraceae 0.08 0.21 0.40 0.25 0.00 0.69 0.94
Ziziphus abyssinica 0.06 0.09 0.67 0.12 0.00 0.82 0.94
Sterculia quinqueloba 0.59 0.03 0.27 0.01 0.00 0.88 0.89
Commiphora africana 0.24 0.10 0.40 0.12 0.00 0.74 0.86
Afizelia quanzensis 0.24 0.06 0.53 0.03 0.00 0.83 0.86
Mundulea cf. sericea 0.03 0.11 0.53 0.15 0.00 0.67 0.82
Adansonia digitata 0.43 0.02 0.27 0.01 0.00 0.71 0.72
Ficus sp. 0.12 0.17 0.27 0.14 0.00 0.55 0.69
Diospyros sp 0.08 0.15 0.27 0.18 0.00 0.50 0.68
Commiphora ternifolia 0.51 0.02 0.13 0.01 0.00 0.67 0.67
Strychnus sp. 0.03 0.06 0.53 0.05 0.00 0.62 0.67
Manilkara mochisia 0.13 0.06 0.40 0.06 0.00 0.60 0.66
Mundulea sp. 0.05 0.20 0.13 0.27 0.00 0.38 0.65
Salvadora persica 0.05 0.20 0.13 0.26 0.00 0.38 0.64
Brachystegia bussei 0.21 0.19 0.13 0.08 0.00 0.54 0.62
Heretia amoena 0.03 0.14 0.27 0.17 0.00 0.44 0.61
Ozoroa sp. 0.08 0.10 0.27 0.13 0.00 0.45 0.58
Holarena sp. 0.06 0.11 0.27 0.12 0.00 0.44 0.56
Drypetes sp. 0.01 0.06 0.40 0.07 0.00 0.48 0.55
Lannea sp. 0.10 0.10 0.27 0.08 0.00 0.47 0.55
Ochna sp. 0.01 0.06 0.40 0.07 0.00 0.47 0.54
Proteia sp. 0.05 0.16 0.13 0.19 0.00 0.34 0.53

94
Cacia sp. 0.34 0.04 0.13 0.02 0.00 0.51 0.53
Fabaceae 0.06 0.04 0.40 0.03 0.00 0.50 0.53
Spirostachys africana 0.15 0.13 0.13 0.11 0.00 0.41 0.52
Combretaceae 0.08 0.08 0.27 0.09 0.00 0.43 0.52
Hipocratea sp. 0.03 0.09 0.27 0.12 0.00 0.39 0.51
Sterculia africana 0.04 0.04 0.40 0.04 0.00 0.47 0.51
Apocinaceae 0.05 0.07 0.27 0.09 0.00 0.40 0.49
B. filipinos 0.12 0.05 0.27 0.02 0.00 0.44 0.46
Boscia faetida 0.13 0.03 0.27 0.03 0.00 0.43 0.45
Combretum adenogonium 0.03 0.06 0.27 0.06 0.00 0.35 0.41
Xemenia americana 0.02 0.05 0.27 0.05 0.00 0.33 0.38
Combretum paniculatum 0.01 0.05 0.27 0.06 0.00 0.32 0.38
Terminalia molle 0.07 0.07 0.13 0.06 0.00 0.28 0.34
Zanha africana 0.03 0.02 0.27 0.01 0.00 0.31 0.33
Combretum toniano 0.03 0.07 0.13 0.08 0.00 0.24 0.32
Bercema abyssinica 0.02 0.02 0.27 0.01 0.00 0.31 0.32
Acacia xantofloeia 0.01 0.02 0.27 0.01 0.00 0.30 0.31
Brachystegia cf. bohemii 0.12 0.04 0.13 0.02 0.00 0.29 0.31
Albizia forbesii 0.00 0.02 0.27 0.02 0.00 0.29 0.31
Polygala myrtifolia 0.08 0.06 0.13 0.03 0.00 0.27 0.30
Cordila sp. 0.15 0.01 0.13 0.00 0.00 0.29 0.29
Rotmamie sp 0.01 0.06 0.13 0.07 0.00 0.20 0.27
Albizia cf. adiantifolia 0.02 0.04 0.13 0.04 0.00 0.19 0.23
Vitex sp. 0.03 0.04 0.13 0.03 0.00 0.20 0.23
Olax dissitiflora 0.03 0.04 0.13 0.03 0.00 0.20 0.23
Antidsm cf. venoso 0.06 0.02 0.13 0.01 0.00 0.22 0.23
Rutaceae 0.01 0.04 0.13 0.05 0.00 0.18 0.23
Uapaca nitida 0.02 0.03 0.13 0.04 0.00 0.18 0.21
Xeropis obvata 0.03 0.03 0.13 0.02 0.00 0.19 0.21
Parinari curatellifolia 0.02 0.03 0.13 0.02 0.00 0.18 0.21
Hhretia cf. amoena 0.01 0.03 0.13 0.04 0.00 0.17 0.21
Swartzia sp. 0.06 0.01 0.13 0.00 0.00 0.20 0.20
Bridelia africana 0.00 0.03 0.13 0.04 0.00 0.17 0.20
Anacardiaceae 0.04 0.02 0.13 0.01 0.00 0.19 0.20
Boscia mossambicensis 0.04 0.01 0.13 0.00 0.00 0.19 0.19
Dalbergia sp. 0.01 0.02 0.13 0.02 0.00 0.17 0.19
Maiteno sp 0.03 0.01 0.13 0.01 0.00 0.17 0.18
Commiphora neglecta 0.01 0.02 0.13 0.02 0.00 0.16 0.18
Grewia sp 0.00 0.02 0.13 0.02 0.00 0.16 0.18
C. americana 0.00 0.02 0.13 0.02 0.00 0.16 0.18
C. brexata 0.00 0.02 0.13 0.02 0.00 0.16 0.18
Autidezme sp 0.00 0.02 0.13 0.02 0.00 0.15 0.18
Loganiaceae 0.03 0.01 0.13 0.00 0.00 0.17 0.18

95
Vitex doniana 0.02 0.01 0.13 0.01 0.00 0.17 0.17
Vitex pubescens 0.01 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Mauricarea 0.01 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Combretum elaeagnoides 0.01 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Cordia caffra 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Veronia sp. 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Pignoneaceae 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Bauhinha sp. 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
M. cf. hetorofila 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Crotono sp. 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Cussonia sp. 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Sesbania punicea 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.14 0.16
Cyprostachys africana 0.01 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Hakea sericea 0.01 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.16
Grewia cf. flavescense 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.15
Certoma sp. 0.00 0.01 0.13 0.01 0.00 0.15 0.15
TOTAL 100.00 100.00 100.00 100.00 100.00 300.00 500.00

Apêndice 9: Ficha de campo: Para levantamentos dos indivíduos adultos

Indivíduos Adultos com DAP menor ou igual a 5


Parcela Nr: ______ Data: ______/______ Comunidade: ____________ Código da
parcela:
Coordenadas: __________ / __________

CAP Forma da Estado


Nr Nome Local Nome científico (cm) Altura copa Sanitário Observação
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10

Apêndice 10: Ficha de campo: Para levantamento dos indivíduos em regeneração

Parcela Nr:_______Data:______/______Comunidade:_____________Código da parcela:____

Coordenadas da parcela:____________________/__________________

96
SUB Nome Quantidad SUB PARCELA Nome Quantida
PARCELA I científico e II científico de
Mini parcela 1 Mini parcela 1
Mini parcela 2 Mini parcela 2
Mini parcela 3 Mini parcela 3
Mini parcela 4 Mini parcela 4
Mini parcela 5 Mini parcela 5

Apêndice 11. Pontos de amostragem

97
98

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