Desflorestaçao Final

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DESFLORESTAO

DISCENTES:
Grupo1Chaibande,Gercio
Cossa,Priscila Pereira,Edson Tarmamade,Tarmamade

UNIVERSIDADEEDUARD DOMOND DLANE uraePlan neamento oFsico FaculdadedeArquitectu

D DESFL ESTA LORE O


C Cadeira:Legislaoe egestoda acidadeedoterritrio

Do ocentes:
Mussagy,Ibrahimo Serra,Carlos

Dis scentes:
Chaiband de,Gercio Cossa,Priscila Pereira,Edson Tarma amade,Tar rmamade

Maputo,Abrilde20 010


Introduo.....................................................................................................................................1 1.CONCEITOSRELACIONADOSCOMOTEMA..............................................................................2 1.1.Florestas.............................................................................................................................2 1.2.Desflorestao....................................................................................................................4 2.OPULMODOMUNDO............................................................................................................6 3.DISTRIBUIODAREAVERDE.................................................................................................7 3.1.NoMundo..........................................................................................................................7 3.1.EmMoambique................................................................................................................8 4.SITUAODODESFLORESTAMENTONOMUNDO...................................................................9 4.1.TaxasdeDesflorestamento..............................................................................................10 5.SITUAODADESFLORETAOEMMOAMBIQUE..............................................................17 5.1.Contextualizao..............................................................................................................17 5.2.Florestassagradasasaque...............................................................................................17 6.CAUSASDADESFLORESTAO............................................................................................18 6.1.Nogeral............................................................................................................................18 6.2.EmMoambique..............................................................................................................18 6.1.Populao,florestaseexploraoflorestal......................................................................19 6.1.LeiTerritorialdasflorestasevidasilvestre.......................................................................20 6.1.Ameaassflorestasextracoilegaldemadeira.........................................................20 7.CONSEQUNCIAS.....................................................................................................................22 7.1.Consequnciaspositivas...................................................................................................23 7.2.Consequnciasnegativas.................................................................................................23 8.ABORDAGENSPARASOLUCIONAROPROBLEMADADESFLORETAO ................................23 . 8.1.Certificaodamadeira...................................................................................................24 8.2.ONGsAntiprodesflorestao........................................................................................24 Bibliografia..................................................................................................................................25

Introduo
OpresentetrabalhotemcomotemadedesenvolvimentoaDESFLORESTAO,cujoobjectivo centrasenoconceito,causa,bemcomonaconsequnciadomesmo. Otrabalhofoidesenvolvidopelosquatromembrosdogrupo,epretendeabordartantoa situaomundialbemcomoocasoparticular(epreocupante)deMoambique.

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1.CONCEITO OSRELACIO ONADOSC COMOTEM MA


Deser rtificao oactoouef feitodetransformaruma reaemdese erto. Desflo orestaooudesma atamento oprocessod dedestruio odasflorestasatravsda
acod dohomem.O Ocorre,geralm mente,paraa aexploraodemadeira,aberturade reasparaa agriculturaoupasta agemparaog gado.

Flores uma formao ve sta egetal constit tuda predom minantemente por rvore de porte e es
superio or.

O ref florestame o pro ento ocesso que c consiste no plantio de espcies vegetais, criando p
desse modo um ec cossistema artificial, herb bcea ou arb bustiva que n costuma parecer na no florestanatural.

1.1.Florestas 1 s
As florestas consistem em r reas mais ou menos reve u estidos com espcies veg getais arbre easearbustiv vas,elasfunci ionamcomo bombasdecalor,oarco ondicionadoum bomex xemplo,pois paraalmde epodertirar rcalordaapa arelhoparafo ora,tambm pode tirlo de fora par dentro do aparelho. A floresta tr ra o A ropical hmid um colossal da hodearcond dicionado,queregulaatem mperaturada aatmosferaterrestre. aparelh
Fig 1: Floresta no Eq F quador. Fonte:

Fig 2: Nieb Bosque tropical de mo bla, ontaa, , Costa Rica Foto Flix Grande. Font WWF a. te: Centroamrica

O clima, o solo e a topografia da regio determinam as rvores caracterstica da e m as sdominantes estoassoci iadasacertaservasearb bustos.Altera aes, floresta,asrvores comoo osincndios florestaisou oderrubede ervorespel laindstriam madeireira,po odem mudar o tipo de floresta. Na ausncia d a dessas circun nstncias, o desenvolvim mento ecolgicopoderle evaracomuni idadevegetal laseuclmax x.
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ClassificaodasFlorestas
Asflorestassedividemnosoitoseguintesgruposemfunodoclimaedotipodefolhagem: 1. Asflorestascaducifliasdasregiestemperadas o SoaformaotpicadegrandepartedaEuropaedolestedaAmricadoNorte. socaractersticasdeBengalaedeMyanmar(exBirmnia),ecomunsnosudeste asiticoenandia. Assavanas,comunsnafricaenaAmricadoSul,sodominadasporpradariase zonascomjunas. formamumcinturoaoredordomundonasregiessubrticasealpinasdo hemisfrioNorte.Asflorestasdervoresbaixaspredominamnaregiosetentrional conhecidacomotundra. socaractersticasdafricaCentraledabaciaamaznica. estolocalizadasnasregiessubtropicaisdaAmricadoNorteenasilhasdoCaribe. soumavariaodavegetaodasregiesdeclimatemperado.Tratasedeuma florestaesclerfila. estlocalizadoemregiescomprecipitaesescassas.

2. Asflorestasmonnicascaduciflias o

3. Asavanatropical. o

4. Asflorestasdeconferasdonorte o

5. Asselvastropicais o

6. Asflorestastemperadasdefolhaperene o

7. Asflorestasmediterrneas o

8. Omontetropicalbaixo,algumasvezeschamadodechaparral o

ImportnciadasFlorestas
As florestas tem grandes importncias na vida e no meio envolvente do Homem, dentre e tantasdestacamseimportncia: 1. Nociclodaguaenaformaodasreservasdeguanosubsolo Humarelaomuitontimaentreaflorestaeagua,asrvoresfuncionamcomoesponjas queabastecemasreservassubterrneas.Nocasodeumacoberturaflorestalquesemanteve intacta,ataxadeinfiltraodeguadachuvanosolomxima.
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2. Naacoantierosoenoescoamen ntosuperficialdaguas A pre esena de um boa cobe ma ertura florest de gran importn tal nde ncia para o c controle do proces ssodeeroso,quepodere esultaremgra andesacmu ulosdesedimentosnoscursosd'gua, assoreandoosmesm mos. 3. Naregula odoclima Pelo si istema da fotossntese, as rvores ab bsorvem o g carbnico, que elimina s amos com a respira aoeaquele edecorrented deinmerasactividadesh humanas,que eforamintensificadasno perodo prindustr e industrial, o que aju na regula rial uda ao da temp peratura, do regime dos ventos sedaschuvas s. 4. Noequilbr rioecolgico As flor restas sorec conhecidasco omo um espao fundame entalpara a m manuteno dos valores naturais e para a melhoria da q m qualidade de vida das populaes, pois nela se co oncentram a maiorpartedabiod diversidadete errestre(esp ciesvegetais seanimais). 5. Comofontedematria prima So fo onte de bens como made s eiras, combustveis, alime entos e mat riasprimas (ex. resina, celulos se,cortia,fru utos,bagas). 6. Nasactividadessciocu ulturalereligioso Nesse aspecto de salientar que as flores e stas so usad por algun povos com locais de das ns mo cultos religiosos e para activida ades culturais em frica por exemplo usase como local para s, o realizao de ritos de iniciao, na Pompua NovaGuin praticam sa , a , altos apartir de grandes torresnaflorestas,essaqueum maactividade eculturaltpicadaquelepo ovo.

1.2.Desflores 2 stao

Fig 3: Desmatamento ilegal para criao 3 de gado no Mat Grosso, Brasil. Foto e to

Fig 4: Desm matamento p queimada por a. Fonte: Wo orld Rainfore Movement est t

Apr roblemt ticadade esfloresta ao


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Adesflorestaoumactoquetemdemaisafectadooplanetaterracriandodiversos problemas e dentre eles est um problema ambiental bastante preocupante que a emissodegasesdeefeitoestufa. Estimasequeadesflorestaosejaresponsvelpor10%35%dasemissesglobais anuaisdegasesdeefeitoestufa,comalgumasestimativasaindamaisaltas.Aprincipal fonteglobaldeemissespordesflorestamentoprovenientedasflorestastropicais. Estimase tambm que as mudanas climticas, que uma das consequncias da desflorestao,possamafetarosecossistemaseasespciesdediversasmaneirase,por esta razo, j so consideradas uma ameaa adicional biodiversidade. As florestas tropicaispodemsermuitosuscetveisaosefeitosdasmudanasclimticas.

Contextohistrico
Desflorestao, como aco, surgiu na Idade Mdia, quando o homem j derrubava florestasparaexpandirasterrascultivveis. Mas,comopalavra,spassouaterusofrequenteapartirdadcadade1970,como advento da conscincia ecolgica e preservacionista, que manifestou preocupao crescente com os efeitos destruidores de certas modalidades da produo industrial e daagriculturaepecuriaextensivas. Adevastaodasflorestastropicaisemritmovertiginoso,noentanto,comeoumuito mais tarde. No incio da dcada de 1990, as florestas tropicais representavam apenas novedos16milhesdequilmetrosquadradosdesuperfcieoriginalmenteocupados. O uso de tcnicas agrcolas e pecurias rudimentares, nos pases pobres (pases do terceiromundo),oconsumodesenfreadoeinsustentveldamadeirasoumconjunto dos principais factores que contribui para o desflorestao, onde as consequncias climticaseambientaisafectamouniversotodo. Dentre os danos causados pelo desflorestao, podemos identificar a perda irreversveldadiversidadebiolgica,quepodecausaraseca,poisoderrubedasrvores destriasbaciashidrogrficaseempobreceosolo. Actualmente,ograndedesafioambientaldomundoconsisteem: Recuperar,pormeiodeprogramasdereflorestamento,oquejfoidegradado; Impedirqueoprocessodedesmatamentoindiscriminadotenhacontinuidade Desenvolver projetos que, mesmo ao inclurem a explorao econmica da floresta, favoreamsuarecuperaogradual,comareposiogarantidadoqueforretiradoe respeitoaosciclosbiolgicosdasdiversasespcies.

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2.OPULMODOMUNDO
AFlorestaamazniaconsideradaopulmodomundosuperfcieterrestre,porque overdadeiropulmodomundosoasalgasazuis. A extenso total aproximada da floresta Amaznica de 5,5 milhes de km, sobrepondosereadabaciahidrogrficaamaznicacom7milhesdekm.Afloresta amaznica distribuise mais ou menos da seguinte forma, dentro e fora do territrio nacional: 60% no Brasil, e o restante (40%) pela Bolvia, Colmbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. Estes 60% correspondentes ao Brasil constituem a chamada Amaznia Legal, abrangendoosEstadosdoAmazonas,Amap,MatoGrosso,oestedoMaranho,Par, Rondnia, Roraima e Tocantins. AAmazniapossuigrandeimportnciaparaaestabilidadeambientaldoPlaneta.Nela esto fixadas mais de uma centena de trilhes de toneladas de carbono. Sua massa vegetal liberaalgoemtornodesetetrilhesdetoneladasde guaanualmenteparaa atmosfera,viaevapotranspirao,eseusriosdescarregamcercade20%detodaagua docequedespejadanosoceanospelosriosexistentesnogloboterrestre. Alm de sua reconhecida riqueza natural, a Amaznia abriga expressivo conjunto de povos indgenas e populaes tradicionais que incluem seringueiros, castanheiros, ribeirinhos, babaueiras, entre outros, que lhe conferem destaque em termos de diversidade cultural. Este patrimnioscioambientalbrasileirochega aosdias dehoje com suas caractersticas originais relativamente bem preservadas. Actualmente, na Amaznia,aindapossvelaexistnciadepelomenos50gruposdeindgenasarrediose sem contacto regular com o mundo exterior. Durante muito tempo, atribuiuse Amazniaopapeldepulmodomundo.Hoje,sabesequeaquantidadedeoxignio queaflorestaproduzduranteodia,peloprocessodafotossntese,consumidanoite. Mas,devidosalteraesclimticasqueocorremnoplaneta,aFlorestaAmaznicavem sendochamadacomoocondicionadordeardomundo. A importncia da Amaznia para a humanidade no reside apenas no papel que desempenhaparaoequilbrioecolgicomundial.Aregiooberodeinmerospovos indgenaseconstituisenumariqussimafontedematriaprima(alimentares,florestais, medicinais,energticase minerais).Os rios amaznicosdiferem quanto qualidade de suasguasesuageomorfologia. A diversidade de rvores na Amaznia varia entre 40 e 300 espcies diferentes por hectare. Das 250.000 espcies de plantas superiores da terra, 170.000 (68%) vivem exclusivamente nos trpicos, sendo 90.000 na Amrica do Sul. A Amaznia possui 3.650.000 km de florestas contnuas. A riqueza da biodiversidade de animais cresce a cada dia comas novas descobertas, mas est ameaada pela caa, pela degradao e devastao das florestas e de seus vrios ecossistemas. Ainda h muitos animais e plantas ainda no catalogados. Na
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Amaznia s se conhece 30% das espcies do reino animal. Os habitantes da amaznia, desde o incio da colonizao em 1500 at os presentes dias, dedicaramse a actividades extractivistas e mercantilistas, inserindo entre 1840 e 1910 o monoplio da borracha. Todo esse processo de colonizao gerou mudanas como a reduo da populao indgena, reduo de algumas espcies de animais e plantaseoutrasconsequncias.

3.DISTRIBUIODAREAVERDE
3.1.NoMundo
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Brasil Rssia Canad EstadosUnidosdaAmrica Peru Colmbia Indonsia Mxico Bolvia PapuaNovaGuin

415890 255470 165424 104182 61065 53062 48702 32850 29360 25211

Tabela 1: Pases com maior cobertura florestal primria, 2005

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Brasil Colmbia Madagscar Belize Filipinas Bolvia Malsia Zmbia Peru China GuinBissau Austrlia Cingapura BruneiDarussalam Mianmar Zimbbue Mali Laos,RepblicaPopularDemocrtica Togo Venezuela(RepblicaBolivarianada)

7880 5000 5000 4000 3000 2700 2650 2621 2500 2500 2243 2100 2013 2000 2000 1747 1739 1457 1451 1360

Tabela 2: Paises com maior nmero de espcies arbreas nativas, 2005

Nota:ARepblica DemocrticadoCongo deveriaestarnestalista,mas aFAOnotemdadosdeste

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Rssia Brasil Canad EstadosUnidosdaAmrica China Austrlia RepblicaDemocrticadoCongo Indonsia Peru ndia Sudo Mxico Colmbia Angola Bolvia Venezuela(RepblicaBolivarianada) Zmbia RepblicaUnidadaTanznia Argentina Mianmar

808790000 477698000 310134000 303089000 197290000 163678000 133610000 88495000 68742000 67701000 67546000 64238000 60728000 59104000 58740000 47713000 42452000 35257000 33021000 32222000

Tabela 3: Pases com maior cobertura florestal total, 2005

Nota:Incluiplantaes,naturaiseflorestasdegradadas.Norankingdospasestropicais,o Brasilencontrasenaprimeiraposio.

3.1.EmMoambique
Moambiqueumpasricoemrecursosflorestais,comumareaflorestalde aproximadamente40,6milhesdehectarese14,7milhesdehectaresdeoutrasreas arborizadas(DNTF,2007),dosquais: Asflorestasprodutivas(reasflorestaisdemarcadasparaaproduoeaextraoda madeira)cobremaproximadamente26,9milhesdehectares,enquanto13milhesde hectares tm sido definidos como reas no adequadas para a produo de madeira, principalmenteondeestolocalizadososParquesNacionaiseasReservasFlorestais.As florestasquetmalgumtipode proteolegalouestadodeconservaocobremuns 22%dacobertaflorestaltotaldeMoambique. Otipodeflorestamaisextensoquecobreaproximadamentedoisterosdopaso chamado deFlorestade Miombo.Essetipode florestaocupavastasreasdasregies norteecentrodeMoambiquesendomuitoimportanteparaapopulaolocal. usadaprincipalmentecomo, o o Fontedelenhaecarvo; Plantasmedicinais;
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o o

Fnte de nutrientes e fertilizantes do solo atravs de queimadas e reciclagemdasfolhas; Como fonte de alimentos para os animais domsticos. Por terem geralmentesolosfrteis,asflorestasdeMiombotambmsousadaspara aagricultura.

A floresta de Miombo est caracterizada por uma densa coberta de vegetao, com rvores caduciflias e semi caduciflias, que freqentemente atingem entre 10 e 20 metros.Ofogoumimportantecomponenteecolgiconessasflorestasjquepermite agerminaodassementeseanitrificaodosolo.Noinciodaestaodechuvas,os temporais com troves podem comear os incndios da vegetao com facilidade; contudo, a vegetao verde e os solos midos impedem que o fogo se espalhe. O segundo tipo de floresta mais extenso no pas a Floresta de Mopane, que ocupa especialmente a rea Limpopo Save e a parte alta do Vale do Zambeze, e caracterizadapredominantementepelaocorrnciadervoresearbustos. Em decorrncia da inadequao dos solos e da ocorrncia de grande quantidade de faunanasflorestasdeMopane,h,emMoambique,vastasreasconservadascomoas queformamosparquesdeBanhine,ZinaveeGorongosa. Nota:Emgeral,onortedopastemflorestasmaisdensasemenosexploradasdoque osuldeMoambique(Micoa,1998). Segundo dados obtidos no Centro Terra Viva a nossa floresta est a ser evadida e explorada a ritmos inconcebveis por indivduos desconhecidos. A associar com os dadosdestaorganizao,orelatrioambientaldoEstadodoMundode2005refereque casomedidasnosejamtomadas,provavelmenteat2020aprovnciadaZambziano tenhaflorestas.

4.SITUAODODESFLORESTAMENTONOMUNDO
Lamentavelmenteosbosquesestoadesaparecerporacodoserhumano.Estimase quejfoidestrudocercade80%dosbosquesprimriosdomundoequedasuperfcie dosbosquesoriginaldoplaneta,menosdeumaquintapartepermaneceemseuestado natural. Nos ltimos 20 anos j foram perdidos 200 milhes de hectares e actualmente prximode15milhesdehectaressodestrudosanualmente. Africaperdecercade4milhesdehectaresdebosquesporanoeosbosques dafricaOcidentaljforamtotalmenteeliminados. A Europa perdeu grande parte de seus bosques durante o sculo XIX. Na AmricadoNorte,milhesdehectaresjforamarrasadospelocorterasteiro. Em lugares como na Amrica Central a taxa de desfloretamento de 48 hectares por hora. Se continuar assim, calculase que dentro de 44 anos no
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maisexistirobosquesnessaregio.NaAmazniaomaiorbosqueprimrioda Terra,odesflorestamentodoseuterritrioavanarapidamente. Odesflorestamentoglobal,foifortementeaceleradoporvoltade1852.Estimaseque cercademetadedaTerramaduradeflorestastropicais,entre7,5milhese8milhes de km2 do original de 16 milhes de km2 que at 1947 cobriam o planeta, j foram destrudas. Algunscientistas acreditam quea menosquemedidasimportantessejamtomadas nvel mundial (como procurar e proteger idade florestas que no foram perturbados), em 2030 haver apenas 10% da floresta original e outros 10% de floresta em estado degradado.80%jterosidoperdidosecomelascentenasdemilharesdeespcies.

4.1.Taxasdedesflorestamento
Divergnciasdosdadospublicados
Asdificuldadesdeestimarastaxasdedesflorestamentosovisveisnosdadosmuito diferentes das taxas de desflorestamento da floresta tropical. Alguns grupos ambientalistas afirmam que um 1/5 da floresta tropical do mundo foi destrudo entre 1960 e 1990, e que as florestas tropicais h 50 anos, abrangiam 14% da superfcie da terra e foram reduzidos para 6%, acreditando que todas as florestas tropicais iro desaparecerem2090. Bjrn Lomborg , autor de O Ambientalista Ctico , afirma que a cobertura florestal global mantevese aproximadamente estvel desde meados do sculo XX. De modo semelhante,algunsalegaramque,paracada0,4hadeflorestatropicalcortadaacada ano,maisde20hadeflorestasestocrescendodenovonostrpicos. Estespontosdevistadivergentessooresultadodasincertezasquantoaextensodo desflorestamento tropical. Para pases de clima tropical, as estimativas de desflorestamento so muito incertas, podendo estar em erro, tanto quanto mais ou menos 50%, enquanto que uma anlise de 2002, imagens de satlite sugerem que a taxa de desflorestamento nos trpicos hmidos (cerca de 5,8 milhes de hectares por ano)foideaproximadamente23%inferioraocomummentecitado.Poroutrolado,uma nova anlise de imagens de satlite revela que o desflorestamento da floresta amaznicaduasvezesmaisrpidoqueoscientistasanteriormenteestimado. AlgunsgruposambientalistastmclassificadoosnmerosdaONUcomo"enganosae imprecisa", dizendo que a FAO est a usar plantaes industriais para compensar os valoresdedesflorestamentodereasnaturais,baseandoseemdadosfalsosfornecidos pelosgovernosqueospadresvariveisdemonitoramentodeflorestas. Apesar das crticas, os peritos da indstria dizem que a FAO tem os melhores dados disponveisempraticamentetodosospasesdomundo. Apesardessasincertezas,humconsensodequeadestruiodasflorestascontinuaa serumproblemaambientalsignificativo.

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Taxas
Taxas de desflorestamento variam ao redor do mundo. difcil determinar as taxas reais do desflorestamento, mas tem havido vrias estimativas feitas. A Organizao para Agricultura e Alimentao estima que a perda de florestas tropicais, durante a dcadade1980foidecercade53.000quilmetrosquadradosporano(MSU).

Dadosde1999
Maiorvelocidadededesflorestamentolocal 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Jamaica Lbano Haiti Filipinas Afeganisto ElSalvador CostaRica Paquisto SerraLeoa Tailndia %Anual 7,4 5,4 3,8 3,4 3,1 3 3 3 2,9 2,8

Tabela 4 lista da velocidade de desflorestamento em 1999

Maiordesflorestamentoabsoluto

velocidade(em milhesdehapor ano) 2,55 1,08 0,74 0,58 0,5 0,5 0,4 0,39
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1 2 3 4 5 6 7 8

Brasil Indonsia Congo Bolvia Venezuela Mxico Malsia Myanmar(Birma)

9 10

Sudo Tailndia
Tabela 2 - velocidade absoluta de desflorestamento

0,35 0,33

Globalmente, a FAO conclui que as taxas de desflorestamento tm cado desde o perodo19902000,mascercade13milhesdehectaresdeflorestasdomundoainda soperdidosacadaano,incluindo6milhesdehectaresdeflorestasprimrias.

Dadosde2005
o AmricaCentraleasiaTropical As regies com maior taxa de desflorestamento tropical entre 2000 e 2005 foram AmricaCentraleasiatropical. AAmricaCentralperdeu1,3%desuasflorestasacadaano (ou285.000hectaresdas suas florestas a cada ano), onde 2/3 das florestas tropicais de baixa altitude foram transformadas em pastagens desde 1950, e 40% de todas as florestas foram perdidos nosltimos40anos. sia Tropical perde cerca de 1% das suas florestas a cada ano. Segundo a FAO, Vietnameperdeucercade51%desuasflorestasprimriasentre2000e2005.Osdados mostramqueaflorestaprimriadeCambojacobriacercade356.000hectaresem2000, passandopara122.000hectaresem2005. o AmricadoSul As grandes extenses da floresta amaznica tm sido derrubadas para fazendas de gadoeplantaesdesojasofreuamaiorperdalquidadeflorestasentre2000e2005 decercade4,3milhesdehectaresporano.Em2005,aAmazniasofreuasecamais gravenahistria,deixandoriossecos. o frica fricasofreuasegundamaiorperdalquidadeflorestascom4,0milhesdehectares, apuradas anualmente. Nigria e Sudo foram os dois maiores perdedores da floresta natural durante o perodo de 20002005, em grande parte devido s actividades de subsistncia. Em11,1%,ataxadedesflorestamentoanualdaNigriadeflorestanaturalamais elevada do mundo e, neste ritmo corre o risco de perder quase toda a sua floresta primria dentro de poucos anos. Malawi, tem a 4 maior taxa mundial de desflorestamento. OsEstadosUnidos
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OsEstadosUnidostemastimamaiorperdaanualdeflorestasprimriasnomundo, segundoaFAO.Noperodo20002005,osEstadosUnidosperderamumamdiade831 quilmetrosquadradosdeterras. Mas por outro lado, os Estados Unidos ganham uma rea de 614 milhas quadradas (159.000 hectares) de floresta por ano. O relatrio da FAO sugere que as florestas primriasdosEstadosUnidosestoaperderterrenoparaasflorestasplantadas.

Grfico 1: Maior mdia anual de desmatamento de florestas naturais, 2000-2005, por rea

Nigria

Vietname

Camboja

SriLanka

Malawi

Grfico 2: Pases com a pior taxa de desmatamento de florestas primrias, 2000-2005 FAPF_UEM 13

ANigriatemataxamaisaltadedesflorestamentodomundo,oBrasilperdeamaior rea de floresta anualmente, e o Congo consome mais carne de animais selvagens do quequalqueroutropastropical. o Os pases com as maiores taxas de desflorestamento no mundo 1. Honduras:37% Hoje,cercademetadedoqueresta(52%),comapenas16%sobreoexistenteem umaflorestadefronteiradoEstado.Entre19902005,Hondurasviuumdeclniode 37%emsuacoberturaflorestal. 2. Nigria:36% Cerca de metade das terras na Nigria costumava ser coberta de rvores. Nigriaeliminou36%desuasrvoresnasltimasduasdcadas. 3. OBrasil:32% 4. Benim:31% Menosde4%dasflorestasoriginaispermanecem,enenhum emumestadodefronteiradafloresta. 5. Gana:28% CercadedoisterosdoGanajfoicobertacomfloresta,eagora,menosde 10%doquerestadacoberturaflorestalenenhumcomoflorestade fronteira.Ataxadedesflorestamentoacentuadoiniciouem1990. 6. Indonsia:26% Grandepartedosudestedasiafoiinteiramentecobertaporflorestas,cercade 65%doseuterritrioeracobertoporflorestas,ondecercade29%damesmaera defronteira.Masondicededesflorestamentogravenamedidaemquea coberturaflorestalaolongodasltimasduasdcadasnomostrasinaisde diminuio. tambmumpasincrivelmentegrande,ehcondieslocaisqueficam minimizadosnasestatsticas.Porexemplo,emBornu(terceiramaiorilhado mundo)entre19852000foramderrubadasmaistorasqueemtodaaAmricado Suledafrica,combinados. 7. CoreiadoNorteeNepal:25% Nepaltemcercade22%desuacoberturaflorestaloriginalremanescente,nodo queconsideradoflorestafronteiranasduasltimasdcadasassistiuseum declniode25%nacoberturaflorestal.

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GrandepartedasuperfciedaCoreiaeraflorestada,masem1990deuseoincio dagrandereduodareaflorestal. 8. EquadoreHaiti:22% Equadorfoioriginalmenteemgrandeparteconstitudoporflorestas,mashoje temcercadedoisterosdoqueacoberturaflorestalremanescente. OHaititeveumdeclniode22%nacoberturaflorestalnosltimosvinteanose aproximavaseparaumaperdade99%dasuaflorestaoriginal.

Importnciadastaxas
A informao sobre a taxa de desflorestao importante para planear aces de combate desflorestao em escala regional. Contudo, somente informaes sobre a taxa de desflorestao so insuficientes para o monitoramento e controle da desflorestaonaescalalocaltambmnecessriosaberondeaconversoflorestal ocorreueacompanharastendnciasdadesflorestao.

DesflorestaonaAmaznia
Aflorestaamaznicaestadesapareceraumritmocadavezmaisveloz.SentreAgostode 2003 e Agosto de 2004, a desflorestao atingiu o segundo valor mais alto de sempre, afectando mais de 26 mil quilmetros quadrados no espao de um ano. O balano foi avanadopelogovernobrasileiro. DeacordocomaBBC,adesflorestaodaAmazniaaolongodestes12mesesrepresenta umaumentode6%emrelaoaoanoanterior.Naorigemdoabatedemilharesdervores est, entre outros factores, o objectivo de aumentar a rea de plantao de colheitas. No Estado de Mato Grosso, onde ocorreu quase metade desta desflorestao , a extica vegetaoamaznicadeulugaracamposdesoja.Umaculturaque,em2004,atingiurecordes nasexportaesbrasileirasparaaChinaeaEuropa. O novo balano oficial surpreendeu, no entanto, o prprio governo brasileiro, cujas estimativasapontavamparaumaumentonadesflorestaodaAmazniadecercade2%.Em vezdisso,a readesflorestada entre oVerode 2003e 2004 atingiu os 26 130quilmetros quadrados.OvalormaisaltodedestruiodaflorestadesdequeoBrasiliniciouoestudodo problema,em1988remontaaoperodoentreAgostode1994eAgostode1995,com29059 quilmetrosquadrados. Numa reaco aos nmeros divulgados, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, citada pelaLusa,destacouoelevadocrescimentoeconmicodopasem2004comoumdosfactores quecontriburamparaoaumentodadesflorestao.Noentanto,agovernanteconsiderouo cenrio"indesejvel"eadmitiuqueasmedidasadoptadasporBrasliaparainverterasituao noproduziramefeito.

Causas
Asflorestasestoaserqueimadascomafinalidadedecriardeformarpidapastagenspara suportaraindstriadecarne.Principalmenteparaaproduodecarneenlatada.

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Necessidadedeaplicarnovastcnicasagrcolasparaoaumentodaproduo(ex.rotaode culturas). Corteeabatedervorespormotosserraseoutrosprocessosdevidovaliosidadedas madeirastropicais,amadeiraduratropical,vendidaaospasesmaisricos. Asflorestasestoasersubstitudasporbarragenshidroelctricasparafornecimentode energia,aterrainvadidaparaaproduodeelectricidade. Orpidocrescimentopopulacional,levaaumaconstantepressonosentidodeser permitidospopulaesestenderemseparareasmarginais.Ocrescimentopopulacional levaassimnecessidadedesecriaremnovashabitaes,obrigandodestruiodasflorestas tropicais,comoaAmaznia. UmacausadirectamenterelacionadacomoabatedervoresofactodeaAmaznia apresentarhabitantescomhbitosdiferentes:

osndiosnativos(originais),quetmumimpactomuitoreduzidonomeioambiente; osdescendentesdeportuguesesedeespanhis; endiosquetmadesignaoespecficadecaboclos.


Oscaboclos,apesardendios,tmumaculturadoMundoOcidental,vivendodaagricultura edapesca.Possuemumgrandeimpactodestruidorjqueutilizamosistemadedesmatar, queimar,plantareabandonarquandoaterradeixadeserrentvel,ouseja,apsumperodo mximode5,6ou7anosdesdeoinciodocultivodaterra. Osegundogrupodepessoastemumacapacidadededestruiomuitosuperioraosgrupos anterioreseumgruporelativamenterecentenaAmaznia,soosexploradoresdeouro,os cortadoresdemadeiraeoscriadoresdegado. Fig5:DesflorestaodoAmazonasBrasileiro,19982009
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5.SITUAODADESFLORETAOEMMOAMBIQUE
5.1.Contextualizao
EmMoambiqueaenergiadabiomassarepresentacerca80%deconsumodomstico. A maior parte das famlias residentes em zonas urbanas utiliza combustveis lenhosos (lenha e carvo) como fonte de energia primria e todas as famlias rurais dependem destes combustveis para satisfazer as suas necessidades em energia domstica e incrementarasuarenda. A principal fonte de energia, tem sido as florestas naturais, visto que nos ltimos tempos tem se verificado o desflorestamento das reas florestais devido a presso exercidapelascomunidadesruraisnaprocuradelenhaeproduodecarvoparauso como energia e fonte de renda respectivamente. O uso mais intensivo da biomassa comoenergiaestconcentradanasregiesSulecentrodoPas.nestecontexto,queo MinistriodaEnergiaatravsdaDNERtemestadoapromoverasnovastecnologiasde produo de carvo (fornos melhorados) e de utilizao de lenha e carvo (foges melhorados)anveldomsticoeinstitucional(escolas,hospitais,quartis,etc.)nopas, com vista a preservar estes recursos de modo a permitir que as geraes vindouras possambeneficiardomesmo.

5.2.Florestassagradasasaque
As reas madeireiras de conservao, consideradas sagradas, no pas esto a ser ilegalmente exploradas na zona centro e norte, situao que est a contribuir, em larga medida, para a degradao do ambiente, disse a directora ExecutivadoCentroTerraViva,AldaSalomo,abordadapelanossaReportagem porocasiododiaInternacionaldasFlorestas,assinaladoestaquartafeira,21de Maro de 2007. A legislao moambicana prev, atravs do decreto nmero 10.99de7deJulhoaprotecodasflorestasedafaunabravia,impondomultas eoutrasmedidascoercivasaosquetransgridemopreconizadonalei. Alda Salomo diz que responsabilidade do Estado controlar este cenrio, umavezdispordemecanismosprpriosparaoefeito.
(http://www.me.gov.mz/prt/)

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6.CAUSASDADESFLORESTAO
6.1.Nogeral
Ascausasdadesflorestaopodemsedividiremcausasdirectaseindirectas.Causas directas: Aexploraomadeireiradosbosques.Amadeiraquandoselevaacabocomfins industriais,realizadaemgrandeescala,convertendoseemumadasprincipais causasdedesflorestaoanvelmundial; Asubstituiodosbosquesparaaagriculturaeogado.Osolodosbosquesumsolo pobreparaditasprticas,porquecomopassardotempo,elesetransformanuma terratotalmentedegradada; Aurbanizao; Asminaseaactividadepetroleira; Aconstruodeinfraestruturas,baragenshidroelctricasondeseinundamreasde bosques,estradas,etc.; Osincndiosflorestais; Achuvacida. Acrescentedvidadospasessubdesenvolvidosaomundoindustrializadoencoraja exploraodetodososrecursosnaturaisexistentes,numesforoparaconseguir moedaforteacurtoprazo. Ascausasindirectas,soaquelasquepermitemqueascausasdirectasexistam, nomeadamente: Osmodelosdeproduoeconsumo,queoriginamumagrandedemandademadeira, principalmentenospasesdesenvolvidos; Polticaseconmicasesociaisequivocadas,algumasdelasestimulandoasubstituio dosbosquespelaagriculturaepelogadoemlargaescala,comfinsdeabastecero mercadointernacional,outras,aocontrrio,foramamuitostrabalhadoresrurais pobresadestruirosbosquesparapodercultivaraterraesobreviver; Aindustrializaodescontroladaqueprovocacontaminaoeocasionaaschuvas cidas.

6.2.EmMoambique
Adesflorestaonopastemcomodiversascausasespecificamente: exploraoflorestalilegal; queimadasdescontroladas; agriculturanosustentvel; alteraesclimticaseoutrassituaes.
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Outracausamaissria,acorrupopraticadaporfuncionriosdoEstadonosector, permitindoquegrandesquantidadesdemadeirasejamcortadaseexportadasemforma de touros. Relativamente exportao dados no confirmados indicam que existe na Zambzia e Cabo Delegado touros prontos a serem exportados avaliados em vrios milhes de dlares.

A fragilidade no sistema de fiscalizao e a falta de considerao do dano ambiental tambm so outras causas que concorrem para o desmatamento das florestas. OsectordeflorestasemMoambiquetemumagrandeimportnciascioeconmicae ambiental. Cerca de 80% da populao vive em reas rurais e depende da lenha para cozinhar.Entretanto,menosde10%recorremaocarvo. Aproduoeutilizaodetodasasformasdeenergiatmassociadasconsequncias ambientais.Acombustodelenha,porexemplo,contribuiparaodesflorestamento,a destruiodasflorestasreduzacapacidadedaregioderefrearasalteraesclimticas, umavezqueasflorestasactuamcomocolectoresdedixidodecarbono.
(Redacode"OPas"22/03/2007)

6.3.Populao,florestaseexploraoflorestal
Mesmo que Moambique tenha incrementado seus ndices de crescimento
econmico, as diferenas tambm esto incrementadas, sendo que a maior parte do crescimentonoPIBvaiparaos20%decima,enquantoaquantidadedepobres,muito pobreseextremamentepobresestaumentando(Hanlon,2007). A maior parte dos moambicanos vive em reas rurais, dependendo dos recursos naturaisparaseusustentodirio.Aagriculturadesubsistnciapraticadapelamaioria da populao rural pobre, e a comercializao dos produtos s possvel quando h excedentes de produo. Cerca de 7% da populao tem acesso eletricidade o restante usa lenha, carvo, gasolina e gs. A coleta de lenha e a produo de carvo paracozinhareseaquecerrepresenta85%dototaldoconsumoenergticonopas. Madeirasdetodotipoinclusiveasdealtovalorsousadaspelascomunidadesparaa construo de moradias e para artesanato, especialmente entalhes e esculturas. Os produtos florestais no madeireiros (NWFPs) incluem plantas medicinais, juncos, bambu, canas e alimentos das estepes como hortalias silvestres, frutas e tubrculos, entre outros. A maioria desses NWFOs no so comercializados pelas comunidades locais, devido principalmente falta de infra estrutura e s dificuldades de acesso s cidades e mercados. O resultado que as esteiras, cestos, cadeiras e camas feitas de gramneassovendidasprincipalmenteaolongodasestradasprincipais.

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6.4.LeiTerritorialdasflorestasevidasilvestre
Duas legislaes controlam e protegem as partes envolvidas com os recursos florestais:ALeiTerritorialde1997eaLeidasFlorestaseaVidaSilvestrede1999,com regulaes aprovadas s em 2002. A Lei Territorial (1997) reconhece e protege os direitostradicionaisterra,inclusivesflorestas.ALeidasFlorestaseaVidaSilvestre (1999) descreve os direitos e benefcios das comunidades locais que dependem das florestas, tais como: o uso dos recursos para a subsistncia, a participao no co manejo dos recursos florestais, a consulta comunidade e a prvia aprovao de concesses de direitos de explorao a terceiras partes, os benefcios do desenvolvimentodecorrentesdaproduomadeireirasobumsistemadeconcesso. ALeiTerritorialde1997reconheceosdireitoscomunitriosterraeobrigaconsulta comunidade quando ocorrer a alocao de direitos de uso a uma segunda parte. Tambm faz um reconhecimento limitado dos direitos consuetudinrios de forma a defenderosdireitosdasmulheres(Negro,1999).Mesmoqueascomunidadespossam usar os produtos florestais para seu prprio consumo, no so permitidos de comercializaressesprodutossemumalicena(Norfolketal.,2004). ALeidasFlorestaseaVidaSilvestrevisaaomanejosustentveldosrecursosflorestais, ecriaodeumaestruturamaisefetivaparaageraoedistribuiodaarrecadao fiscalcorrespondente.Paraessalei,essencialoconceitodeManejoComunitriodos RecursosNaturais(CBNRM),quetemsidoamplamenteadotadonosuldafricacomo um processo de descentralizao que visa dar s instituies populares o poder de decidireodireitodecontrolarseusrecursos(Nhantumboetal.,2003). UmdosmaioresdefeitosdaLeiFlorestalquenoincluioscritriosdeocupaoem relaoscomunidadesquereclamamosdireitosaosrecursos.Aleisoferecealguma proteoemrelaosatividadesdesubsistncia.precisoconcluirentoqueasduas leiscontrolamousodaflorestasecontradizemsubstancialmente,jqueaLeiTerritorial possibilita a transferncia de direitos autnticos terra, enquanto a Lei Florestal restringeousoderecursossubsistncianocomercial(Norfolketal.,2004).Assim,a LeiFlorestalcolocanomesmoterrenodejogoscomunidadeslocaisescompanhias internacionais e do setor privado, o que significa que elas devem solicitar licenas e implementarplanosdemanejodamesmaformaqueofazosetorprivado,adespeito

dofatodeelasnoteremrecursostcnicosnemfinanceirosparafazlo.

6.5.Ameaassflorestasextracoilegaldemadeira
Conformeoinventrioflorestalnacionalde2007,aprincipalcausadodesmatamento
no pas a presso humana que provoca as queimadas das reas florestais para abrir reasdecultivo,coletadelenhaeproduodecarvo.Ondicededesmatamentoanual nopasestnacasade219.000hectaresaoano,equivalenteaumamudanade0,58% aoano.(DNTF,2007).
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Apesar de o inventrio sugerir que os ndices de desmatamento esto diretamente relacionados com a quantidade de populao por provncia, h vrios estudos que indicamqueasprincipaiscausasdedesmatamentosoaextraoilegaleinsustentvel demadeira,eemmenormedida,asqueimadasflorestais. Contudo, as queimadas provocadas pelo homem tm se generalizado no pas, at o pontodeteremmodificadooperododerotao,afrequnciaeaintensidadedofogo nas florestas de miombo do norte de Moambique. Essas aces tm importantes impactosnosndicesdesobrevivnciadassementesedasplantasmaisjovens,jqueo perodo entre as queimadas foi reduzido drasticamente. Alm disso, o baixo ndice de crescimentoda floresta demiombo fazcom queasplantas sejamincapazes deatingir umtamanhoseguroantesdaprximaqueimada. A explorao ilegal das florestas um problema bem documentado e, com base em estimativasdeumestudofeitopeloDNFFBeaFAO(2003),aproduoclandestinade madeira em Moambique pode ser responsvel por 50 a 70% da produo nacional total. O mecanismo de encaminhar 20% dos rendimentos florestais para as comunidades locais tem sido mal implementado, e apenas umas poucas comunidades receberam o dinheiro. H vrias restries a respeito desse mecanismo, sentidas tanto pelo SPFFB (ServiosProvinciaisdeFlorestaeFaunaBravia)eascomunidadeslocaistaiscomo: o o o o o osaltoscustosenvolvidosnoprocesso, adbildifusodalei,aexcessivaburocracia, afaltadecomunicaoentreosdiferentesatores, os rgidos mecanismos bancrios para as comunidades locais abrirem uma conta, adbilsociedadecivil,entreoutros.

As comunidades que eventualmente recebem os 20% tambm enfrentam os problemasrelacionadoscomsuacapacidadedelidarcomodinheiroecomoseventuais projectosquepretenderiamimplementar. Acapacidadegovernamentalparaaplicarasleisextremamentefraca.Ocorteilegal de madeira est, portanto, generalizado, e os operadores florestais frequentemente cortam mais do volume permitido pela licena, transportam as toras sem documentao, cortam rvores com tamanho menor do dimetro legal, e arrancam rvoresparaexportao. Em uma entrevista com o diretor provincial de alfndegas (Customs Provincial Directorate,Pemba,21deagostode2007),elecomentousobreacorrupodosistema, que inclui a declarao de volumes menores, o falso registro da carga e das espcies madeireiras,eaexportaoilegaldetorasdeespcies(4)demadeiradeprimeiraclasse oumaioresqueotamanholegalde10cm.

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Osexportadoresasiticosdominamomercadoeestomaisinteressadosnostroncos porqueodestinoprincipal(China)noimpetaxas(ousomuitobaixas)aostroncos,e sim impe taxas significativas sobre a madeira processada. Vrios entrevistados comentaramqueastaxasnaChinaforamaprincipalrazopelointeresseemtroncos,e no a alta ineficincia das plantas processadoras (cerca de 50%) em Moambique, porque as perdas so cobertas pelas plantas processadoras e no pelos compradores asiticos,quepagamporvolumedeprodutofinal. Aomesmotempo,parecequeopasestagoradirecionandoosesforosemdireo aodesenvolvimentodeestratgiasparaaproduodeagrocombustveiseplantaes. Em uma visita recente atravs de Moambique, ficou evidente que a maior parte das provncias, postos administrativos e municpios esto vidos por projectos de agrocombustveis, que so vistos como uma forma para sair da pobreza. H vrios planosparaaproduodeagrocombustveiseetanol,principalmenteapartirdejatrofa ecanadeacar.Dependendodaescalaealocalizaodessesplanos,podemsetornar umadasmaioresameaasdedesmatamentoemMoambique,jqueasreasflorestais serosubstitudasporplantaes,eascomunidadesruraisdependentesdaagriculturae acoletadeprodutosflorestaisficaroaindamaismarginalizados. Jfoiditoqueseosndicesdedesmatamentocontinuaremcrescendo,osrecursosse esgotaroemumperodode5a10 anos.Issoforarscomunidadeslocaisamigrar paraterrasdegradadas,colocandoemriscooseusustento.Seroprovidenciadosmeios de vida alternativos para a populao rural pobre? Podero as cidades moambicanas receberumaimigraomacia? Anecessidadedeprotegerasflorestasmoambicanase,portanto,osustentolocal umaquestourgente edeveria serumaprioridadena agenda doGoverno,emvezde desenvolver planos de reflorestamento e projetos de agrocombustveis, que acabaro concorrendo pela terras florestais, enquanto colocaro em risco as comunidades dependentesdasflorestas.

7.CONSEQUNCIAS
Aanlisedasconsequnciasdadesflorestaosuscitaquestespositivasenormativas. o Da perspectiva positiva interessa caracterizar em termos geo ecolgicos e socioeconmicos o equilbrio (estacionrio) de longo prazo. A questo fundamental, nesse sentido, a existncia de um equilbrio sustentvel das caractersticasessenciaisdoecossistema. Do ponto de vista normativo, as consequncias dos cenrios alternativos sao comparadasemtermos debem estarsocialoquenecessariamenteimplica na analisedeproblemasdeequidadeejulgamentosdevalor.

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7.1.Consequnciaspositivas
o o o Tornoupossvelaconstruodecomunidades. scio culturalmente, a desflorestao significa converso de terra florestal a terrahabitveleprodutiva; Economicamente, contribuiu muito em dar a muitas comunidades a oportunidadedefazermudanaspositivasemsuasvidas;

7.2.Consequnciasnegativas
Destruiodabiodiversidade,devidoaperdadoseuhabitat; Genocdio e etnocdio das naes indgenas, devido a perda da sua fonte de sobrevivncia; Eroso e empobrecimento dos solos, o que leva a um empobrecimento dos solos, como resultado da retirada de sua camada superficial e, muitas vezes, acabainviabilizandoaagricultura; Enchente e assoreamento dos rios, como resultado da elevao da sedimentao,queprovocadesequilbriosnessesecossistemasaquticos,alm decausarenchentese,muitasvezes,trazerdificuldadesparaanavegao; Diminuio dos ndices pluviomtricos, devido ao desequilbrio do ciclo hidrolgico; Elevao das temperaturas, como consequncia da maior irradiao de calor paraaatmosferaapartirdosoloexposto; Desertificao,devidocombinaodosfenmenosdediminuiodaschuvas, elevaodastemperaturas,empobrecimentodossolose,portanto,acentuada diminuiodabiodiversidade; Proliferaodepragasedoenas,comoresultadodedesequilbriosnascadeias alimentares. Algumas espcies, geralmente insectos, antes em nenhuma nocividade, passam a proliferar exponencialmente com a eliminao de seus predadores,causandogravesprejuzos,principalmenteparaaagricultura.

8.ABORDAGENSPARASOLUCIONAROPROBLEMADADESFLORETAO
Existemduasposturasclssicaseextremistas: Uma que acredita no haver alternativas para evitar a desflorestao, e, at, acredita que algumas florestas (como a amaznia) deveriam tornarse o graneiro do mundo inaceitvel, quando se considera as consequncias socioeconmicas,ambientaiseclimticas; OutraqueentendequeoEstadodevegarantirqueningumtoquenasflorestas irrealista, quando se lembra que os Estados tem hectares com comunidades quemoramnasflorestas).

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8.1.Certificaodamadeira
Conscientes dos problemas da desflorestao e suas consequncias, em 1993 se renem em Toronto, Canad, representantes de organizaes ambientalistas, organizaes indgenas, indstrias madeireiras, comerciantes de produtos florestais e outrosgruposeinstituies,pertencentesa25pases. CriouseosistemadecertificaoflorestalFSC,cujassiglaseminglssignificamForest StewardshipCouncil(ConselhodeAdministraoFlorestal),compropsitodemelhorar omanejodosbosquesparatentarsalvaroplanetadadesflorestao Certificaodamadeiraumsistemademonitoramentoquecertificaqueosprodutos de origem florestal foram extrados de bosques aps manejo adequado do ponto de vistaambiental,econmicoesocial,apartirdecertosstandardsestabelecidos. Hojeemdiaexistemdiversossistemasdecertificao,tantoregionaiscomonacionais (Pan European Forest Certicate PEFC, Canadian Standard Association CSA, etc.), pormoFSComaisimportanteereconhecidodentreeles,eonicoaplicvelanvel internacional.

8.2.ONGsAntiprodesflorestao
Para muitas ONGs a certificaono vai nadirecocorrecta,j quese concentra basicamente na maneira de devastar e depende de que os consumidores queiram comprar madeira certificada para que o sistema seja vitorioso, quando realmente se deveriatratardereduziroexcessivoconsumodemadeiranomundo.


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Bibliografia
email:[email protected] em:http://www.wrm.org.uy/countries/Africaspeaks/Overview_problems_Moza mbique_forests.pdf
www.memoriaviva.org.br

http://dn.sapo.pt http://campus.fct.unl.pt

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