Tutorial Servidor Alfresco

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Tutorial

Instalação Alfresco em Servidores Linux CentOS, Debian,


Ubuntu

É muito recorrente as perguntas sobre como instalar o Alfresco Community, de forma padrão,

em ambientes sem interface gráfica. Num primeiro momento parece ser um transtorno. Mas como

veremos não é um bicho de 7 cabeças.

A primeira coisa que devemos tomar cuidado é com a escolha dos softwares, tanto o Sistema

Operacional como a versão do Alfresco. Nem sempre a versão mais nova do Alfresco roda tão bem

no kernel antigo e vice-versa. Sempre é bom realizar um laboratório, antes, para se criar cultura de

instalação.

Sempre, em tutoriais deste tipo, começamos sempre pela configuração de Hardware. Se

estamos falando de Servidores não estamos falando de qualquer máquina. Para as atuais máquinas,

tamanho de HD não é problema. Memória sim. Acredito que mínimo, para um ambiente de

produção, 2GBs dão para o gasto. Agora, tenho observado que para levantar o Alfresco, há muito

processamento. Boa parte do tempo, até o Alfresco levantar, o processador, em alguns momentos,

chega a 100% de carga.

32 ou 64 bits?

Hum, resposta complicada. 64 bits parece ser uma tendência de todas as máquinas em função

das tarefas que delas são exigidas, hoje em dia. Mas, a maioria dos softwares ainda são para 32.

Logo vamos de 32, tá certo!

Bem chega de conversa. Mãos à massa.


Softwares:
• Versão Java – JDK para a máquina virtual – =>1.6.0

• Alfresco.Community – versão mais adequada ao seu Kernel. A 3.2 funciona na maioria dos

kernels. A 3.3g não testei em versões Linux para Servidores. Apenas no Fedora13.

• MySQL. Uso local. Com isto quero dizer que o DataBase estará no mesmo Host. Uso de

conectores, do tipo JDBC, são para instalações mais complexas. E como o Alfresco não usa

muito o banco de dados não vejo muito negócio em deixá-lo em outro host.

PostgreSQL, também pode ser usado como outros bancos de dados. Mas é muito software

para pouco trabalho. MySQL está de bom tamanho.

• SSH para acesso remoto.

Sistemas Operacionais.
É necessário pensar o seguinte de forma bem clara. Uma empresa pode ficar sem suporte? A

equipe de TI tem pessoas capacitadas para trabalhar com Sistemas Operacionais Open Source?

Esta decisão cabe ao CIO, porque é pescoço dele que está na corda. Se ele confia, plenamente,

na equipe que formou e em suas habilidades, a decisão deverá recorrer aos Softwares Servidores

CentOS ou Debian. Mas se o requisito, suporte ao Sistema Operacional, é importante, é preciso

recorrer ao RedHat Enterprise Editon, versão paga, com suporte 24/7.

Principais diferenças entre a Plataforma Debian e RedHat-CentOS na


instalação.
Sem falarmos nas básicas como: filosofia, repositórios, instaladores etc.., a principal diferença

está em uma característica do RedHat e seus derivados que é Firewall (iptables) e Selinux

levantados por padrão. No Debian e derivados, o Selinux pode ser instalado e o Firewall, que é

instalado por padrão, está sem regras. Ou seja, por padrão a segurança do Debian está a cargo do

sysadmin. Não que o Debian não seja uma das distribuições mais seguras. Mas é mais ou menos

implícito, no Debian, que o instalador está ciente que tem que trabalhar a segurança e está
habilitado para tal tarefa.

Durante a instalação de Sistemas Operacionais derivados RedHat, por modo gráfico ou texto,

as diretrizes e portas para acesso, tanto do banco de dados como do Alfresco, podem ser

configurados previamente. Para os que não sabem: 8080: tcp para o Alfresco e 3306:tcp para o

MySQL.

Instalação.
1º – Java – JDK. Para os sistemas derivados RedHat, pode-se instalar via yum. Normalmente a

versão Java, dos repositórios é suficiente. Para o Debian, acho legal mas não muito necessário, que

se baixe diretamente do site da Oracle/Sun. Como estamos em ambiente de servidor estas

instalações são via frame ssh. Nada muito complicado né?

2º- MySQL. Instale os pacotes MySQL-Server e MySQL-client. Logo em seguida à instalação

dê permissão, para root e para o usuário(s), acesso com o comando:

mysql> grant all on *.* to root@localhost identified by “senha”;

Para o(s) usuário(s) substitua root por usuário. Caso o acesso se faça de outro host é necessário

avisar o MySQL. Portanto troque localhost por domínio ou ip para que o acesso seja perfeito.

E não se esquecer de levantar o deamon do MySQL.

3º- Instale via wget1 o Alfresco na pasta padrão /opt e

4º- Como root em # /opt transforme o pacote baixado em executável assim: # chmod a+x

pacote.alfresco.install.

5º – Execute o script de instalação assim: # ./pacote.alfresco.install, respondendo as perguntas

que serão formuladas. Não se esqueça que o padrão a instalação é para ficar em # /opt/Alfresco.

Se você fez tudo certinho deverá ter na tela isto:

1 Comando wget. Como root: #wget http://url/versãoalfresco.intall


Se você tentar rodar o script para levantar o Alfresco, erros acontecerão. Por dois motivos

básicos. A conexão com o banco de dados não existe e não há referência de onde está o diretório,

onde o Alfresco foi instalado bem com onde o script “acha” o Java.

Finalizando as configurações.
Na pasta do Alfresco vá em;

# /opt/Alfresco/extras/databases/mysql

Em seguida dê um cat db_setup.sql. Deverá estar assim.

Digite o comando para o mysql e entre as aspas copie e cole o teor do obtido via comando cat.

# mysql -u root -psenha -e “create database alfresco default character set utf8;”

#mysql -u root -psenha -e “use alfresco; grant all on alfresco.* to alfresco@localhost

identified by “alfresco”;”

Pare o MySQL e o inicie.

Agora o passo mais complicado.

No script de inicialização do Alfresco, alfresco.sh deixe-o exatamente assim, mudando,

apenas, onde está sublinhado e em itálico.

# /opt/Alfresco# cat alfresco.sh

#!/bin/sh

# Start or stop Alfresco server

# Set the following to where Tomcat is installed

ALF_HOME=/opt/Alfresco

cd "$ALF_HOME"
APPSERVER="${ALF_HOME}/tomcat"

export JAVA_HOME="/usr"

# Set any default JVM values

Não altere mais nada.

Em seguida, como root e no diretório /opt/Alfresco: # ./alfresco.sh start.

Seu Alfresco subirá tranquilamente. Pode ser que na primeira vez surja, ao digitar em seu

browser favorito, http://dominio:8080/alfresco , erro 404. Mas aconteceu porque o banco de dados

não foi acessado completamente. Algumas vezes, no primeiro acesso, só as tabelas são criadas não

dando o devido tempo para que a interface alfresco seja, rigorosamente, levantada. Basta digitar:

# /opt/Alfresco/./alfresco.sh stop e logo em seguida start.

Considerações finais.
Para instalações, em modo texto, que contemplem arquivos do openoffice.org é necessário que

se faça a configuração do caminho de onde o executável do open/broffice.org está. É um passo um

tanto complicado. Para ser exato, estou verificando isto agora. Este fato não atrapalhará o

funcionamento de seu Alfresco.

Tenho verificado que, em máquinas em que o samba está conjuntamente levantado com o

Alfresco, o acesso ao diretórios, sem a interface web, fica prejudicado. É mais lógico que o servidor

do Alfresco não tenha outros serviços levantados.

Para se ter o acesso por domínio, acho interessante, se programar no virtualhost, no apache, o

módulo rewrite para que redirecione a 8080 para a 80, ficando mais transparente para o usuário

comum.. Não é a tarefa mais simples. Este tema será tratado em próximo tutorial. Este já ficou

cansativo :)

EdgardCosta

[email protected]

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