Aula 48
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Objetivo
Uma entidade pode manter atividades em moeda estrangeira de duas formas. Ela pode ter transações
em moedas estrangeiras ou pode ter operações no exterior.
acerca de como incluir transações em moeda estrangeira e operações no exterior nas demonstrações
contábeis da entidade e como converter demonstrações contábeis para moeda de apresentação.
Uma transação em moeda estrangeira é a transação que é fixada ou requer sua liquidação em moeda
estrangeira, incluindo transações que são originadas quando a entidade:
Definições
Entidade no exterior é uma entidade que pode ser controlada, coligada, empreendimento controlado
em conjunto ou filial, sucursal ou agência de uma entidade que reporta informação, por meio da qual
Itens monetários são unidades de moeda mantidas em caixa e ativos e passivos a serem recebidos ou
pagos em um número fixo ou determinado de unidades de moeda.
Taxa de câmbio à vista é a taxa de câmbio normalmente utilizada para liquidação imediata das
operações de câmbio; no Brasil, a taxa a ser utilizada é a divulgada pelo Banco Central do Brasil.
Item monetário
Por outro lado, a característica essencial de item não monetário é a ausência do direito a receber (ou
da obrigação de entregar) um número fixo ou determinável de unidades de moeda.
Alguns exemplos incluem: adiantamento a fornecedores de mercadorias; adiantamento a prestadores
de serviços; aluguéis antecipados; goodwill; ativos intangíveis; estoques; imobilizado; e provisões a
serem liquidadas mediante a entrega de ativo não monetário.
Moeda funcional
(b) a moeda que mais influencia fatores como mão de obra, matéria-prima e outros custos para o
fornecimento de bens ou serviços (geralmente é a moeda na qual tais custos estão expressos e são
liquidados).
Os seguintes fatores também podem servir como evidências para determinar a moeda funcional da
entidade:
(a) a moeda por meio da qual são originados recursos das atividades de financiamento (exemplo:
emissão de títulos de dívida ou ações).
(b) a moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades operacionais são usualmente
acumulados.
(a) se as atividades da entidade no exterior são executadas como extensão da entidade que reporta a
informação e, não, nos moldes em que lhe é conferido um grau significativo de autonomia. Um
exemplo para ilustrar a primeira figura é quando a entidade no exterior somente vende bens que são
importados da entidade que reporta a informação e remete para esta o resultado obtido. Um exemplo
para ilustrar a segunda figura é quando a entidade no exterior acumula caixa e outros itens
monetários, incorre em despesas, gera receita e angaria empréstimos, tudo substancialmente em sua
moeda local;
(b) se as transações com a entidade que reporta a informação ocorrem em uma proporção alta ou
baixa das atividades da entidade no exterior;
(c) se os fluxos de caixa advindos das atividades da entidade no exterior afetam diretamente os fluxos
de caixa da entidade que reporta a informação e estão prontamente disponíveis para remessa para
esta;
(d) se os fluxos de caixa advindos das atividades da entidade no exterior são suficientes para
pagamento de juros e demais compromissos, existentes e esperados, normalmente presentes em título
de dívida, sem que seja necessário que a entidade que reporta a informação disponibilize recursos
para servir a tal propósito.
A entidade que possui item monetário a receber de entidade no exterior ou item monetário a pagar
para entidade no exterior,, pode ser qualquer controlada do grupo econômico. Por exemplo, uma
entidade possui duas controladas: “A” e “B”. A controlada “B” é uma entidade no exterior. A controlada
“A” concede um empréstimo à controlada “B”. O empréstimo que a controlada “A” tem a receber da
controlada “B” será considerado parte do investimento líquido da controladora na controlada “B” se a
sua liquidação não for provável de ocorrer, tampouco estiver planejada para um futuro previsível. Do
mesmo modo esse entendimento valeria se a controlada “A” fosse por completo uma entidade no
exterior.
As variações cambiais advindas de itens monetários que fazem parte do investimento líquido em
entidade no exterior da entidade que reporta a informação devem ser reconhecidas no resultado nas
demonstrações contábeis separadas da entidade que reporta a informação ou nas demonstrações
contábeis individuais da entidade no exterior, conforme apropriado. Nas demonstrações contábeis que
incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta a informação (por exemplo: demonstrações
contábeis individuais com avaliação das investidas por equivalência patrimonial, ou Demonstrações
Quando um item monetário faz parte do investimento líquido em entidade no exterior da entidade que
reporta a informação e está expresso na moeda funcional da entidade que reporta a informação, surge
uma variação cambial nas demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior. Se esse item
está expresso na moeda funcional da entidade no exterior, surge uma variação cambial nas
demonstrações contábeis separadas e nas individuais da entidade que reporta a informação.
Se esse item está expresso em moeda que não é nem a moeda funcional da entidade que reporta a
informação tampouco a moeda funcional da entidade no exterior, surge uma variação cambial nas
demonstrações separadas e nas individuais da entidade que reporta a informação e nas
demonstrações contábeis individuais da entidade no exterior. Tais diferenças cambiais devem ser
reconhecidas em outros resultados abrangentes em conta específica do patrimônio líquido nas
demonstrações contábeis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta a informação
(exemplo: demonstrações contábeis nas quais a entidade no exterior é consolidada de modo pleno, é
proporcionalmente consolidada ou é tratada contabilmente pelo método de equivalência patrimonial).
(b) os itens não monetários que são mensurados pelo custo histórico em moeda estrangeira devem ser
convertidos, usando-se a taxa de câmbio vigente na data da transação; e
(c) os itens não monetários que são mensurados pelo valor justo em moeda estrangeira devem ser
convertidos, usando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas em que o valor justo for determinado.
01. As definições descritas estão de acordo com o CPC 02 ou Res. 1.120/08 do CFC, exceto:
06. A Cia. Gama criou uma subsidiária integral no exterior, investindo a quantia de 500.000 dólares
americanos a título de integralização de capital, sendo que a cotação do dólar, na época, era de R$
1,50.
No final do exercício, essa subsidiária apresentou um lucro de 100.000 dólares americanos, data em
que a cotação do dólar havia aumentado para R$ 1,60. A contabilização do ajuste, segundo o
Pronunciamento Técnico do CPC, deverá ser, em R$,
08. Indique o valor em reais a ser reconhecido no resultado do exercício da Cia Beta em 31/12/X1
A) 42.250
B) 35.700
C) 31.295
D) 24.750
E) 17.745
09. Indique o valor em reais da conta ajuste acumulado de conversão na Cia Beta em 31/12/X1
A) 42.250
B) 35.700
C) 31.295
D) 24.750
E) 17.745
(A) 220.000,00.
(B) 229.800,00.
(C) 237.600,00.
(D) 239.800,00.
(E) 240.200,00.
14. Com base nos dados contábeis fornecidos pela Cia. XYZ (Investida) e as cotações do € euro após
a conversão, o valor do investimento da Cia. ABC (investidora) é, em 31 de dezembro de 20x1, em R$,
(A) 19.125,00.
(B) 22.500,00.
(C) 25.000,00.
(D) 15.300,00.
(E) 18.000,00.
16. (CEPERJ/2012) A Cia. Import In fez uma compra de matérias-primas por US$ 10.000 no dia
10/12/X1 e pagará ao fornecedor estrangeiro no dia 10/01/X2. As matérias-primas adquiridas ficarão
armazenadas para serem utilizadas ao longo de X2.
Considerar as seguintes cotações do Dólar:
Com base nas informações acima, o lançamento feito pela Cia em 10/12/X1 foi:
Débito – estoques (ativo) – R$ 20.000,00
Crédito – fornecedores estrangeiros (Passivo) – R$ 20.000.
Para elaborar as demonstrações contábeis anuais, em 31/12/X1
GABARITO
Dez/Und 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 X B D D D B A E D A
1 C C D A B B B