Resumo Microbiologia Clinica 120726194949 Phpapp02
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• Bacilos aeróbios gram + formadores de esporos: Bacillus. Não formadores de esporos: Listeria e
Corunebacterium.
Staphylococcus (estafilococos)
Os estafilococos têm forma esférica (são cocos), cerca de 1 micrômetro de diâmetro, e formam grupos com aspecto
de cachos de uvas. Os estafilococos são anaeróbicos facultativos, podendo viver em meios aeróbios,
usando oxigênio, ou anaeróbios através de fermentação, mas possuem crescimento mais rápido em aerobiose.
Epidemiologia
Microbiologia 3
Os estafilococos são divididos em dois grandes grupos, com base na habilidade de coagular o plasma
Coagulase +: S. aureus (patógeno mais encontrado em infecções)
Coagulase - : mais de 30 espécies descritas ate hoje.
Características de crescimento
• Os estafilococos são produtores de catalase (diferenciando os dos estreptococos)
• Fermentam carboidrato produzindo acido lático.
• São resistentes ao ressecamento e ao calor.
• Apresentam sensibilidade variável a mtos agentes antimicrobianos.
Fatores de virulência
Os fatores de virulência são todos os mecanismos que permitem a invasão do hóspede, ou a evasão da bactéria ao
sistema imune. Cada estirpe tem geralmente apenas alguns destes fatores.
1. Têm cápsula que protege muitas estirpes contra fagocitose e o sistema imunitário.
2. Péptidoglicano, na parede celular: tem alguma atividade de endotoxina, estimulando a febre e vasodilatação
excessivas, devido à produção pelas células imunitárias de citocinas como a IL-1..
3. Proteína A: especifica dos S.aureus. Neutraliza imunoglobulinas (anticorpos).
4. Ácidos teicóicos: são fibrilhas como o polissacarídeo A que servem para ancorar a bactéria, impedindo-a de
ser arrastada (pelo sangue, urina, suor ou outros fluidos) da sua área de colonização.
5. Toxina alfa: produzida pelo Staphylococcus aureus, destroi vários tipos de células.
6. Toxina beta: produzida apenas pelo Staphylococcus aureus, destroi vários tipos de células.
7. Toxina delta: produzida pela maioria dos estafilococos. É um surfactante que desestabiliza com a membrana
celular Destroi, por lise celular (explosão dos conteúdos), eritrócitos e muitos outros tipos de células.
8. Toxina gama e leucocidina P-V: grupo de até seis toxinas que formam poros na membrana celular
de leucócitos, destruindo-os por lise.
9. Coagulase: esta enzima coagula o sangue ao transformar o fibrinogénio em fibrina, da mesma forma que
a trombina humana. A formação de coágulos à volta das bactérias dificulta o seu reconhecimento
e fagocitose pelas células do sistema imunitário. Diferencial para Staphylococcus aureus
10. Fibrolisina ou estafilocinase: produzido pelo Staphylococcus aureus. Dissolve os coágulos de fibrina, o que é
útil se forem tão grandes que impeçam a sua multiplicação e invasão.
11. Hialuronidase: degrada a matriz extra-celular humana, composta de ácido hialurónico, facilitando a invasão
dos tecidos.
Microbiologia 4
12. Catalase: protege as bactérias dos ataques com superoxidantes produzidos como defesa pelos leucócitos. A
enzima catalase transforma o peróxido de oxigénio(presente na "água oxigenada" usada como asséptico)
em água e oxigénio inofensivos.
13. Lipase: todos os Staphylococcus aureus e 30% dos outros produzem-nas. Dissiolvem lípidos neutralizando
defesas lípidicas (que repelem água e causam desidratação das bactérias) como o sebo da pele e mucosas.
14. Penicilinase: produzida pelas estirpes resistentes ao antibiótico penicilina. Ela degrada o antibiótico. É
espalhada por troca de plasmídeos contendo o gene nastrocas sexuais bacterianas.
15. Enterotoxinas: produzidas em alimentos durante a fase de crescimento. São peptídeos de pequeno peso
molecular. São resistentes às enzimas digestivas e ao calor, não sendo destruídas pelos processos de
cocção e esterilização. Agem na parede do estômago, nos receptores do nervo vago. São produzidas
diversas toxinas, designadas por letras: A, B, C (C1 e C2), C, D, E, F e G.
Toxinas e enzimas
1- Betalactamases (β-lactamases) são enzimas produzidas por algumas bactérias e são responsáveis por
sua resistência aantibióticos beta-lactâmicos como
as penicilinas, cefalosporinas, cefamicinas e carbapenemas.
2- Exotoxina é uma substância química solúvel que incluem enzimas citolíticas e as proteínas que se ligam a
receptores, alterando a função da célula e acarretando a sua morte. É excretada
por microorganismos (bactérias. É o tipo de toxina liberada por bactérias para a corrente sanguínea. A
exotoxina é liberada com o metabolismo e crescimento da bactéria, têm efeitos gerais, não causa febre. Mas
causa efeitos que variam desde diarréia, perda da função neuronal e morte. É necessário pouca quantidade
para causar um dano grande porque é muito tóxica (1 mg é suficiente para matar um milhão de cobaias).
Proteina capaz de lisar eritrócitos e plaquetas, ação sobre a musculatura lisa e vascular.
3- Lipases são enzimas que atuam sobre lipídeos, catalizando alguma reação química que
estas moléculas possam sofrer (CAUSAM NECROSE NA PELE).
4- Proteases (proteínases, peptidases ou enzimas proteolíticas) são enzimas que quebram ligações
peptídicas entre os aminoácidos das proteínas. O processo é chamado de clivagem proteolítica, um
mecanismo comum de ativação ou inativação de enzimas envolvido principalmente na digestão e
na coagulação sanguínea.
Diagnóstico
Provas Principio Procedimento Resultados Interpretação
bioquímicas
Catalase Detectar a presença da Este teste é realizado adicionando- Observar a formação Bolhas- liberação de O2=
enzima catalase produzida se uma gota de agua oxigenada a de bolhas. produção de catalase.
pela bactéria 3% em uma lamina de vidro e, em
POSITIVO-bolhas Ausência de bolhas- não
seguida, acresenta-se uma colônia
liberação de O2, NÃO
do crescimento bacteriano com NEGATIVO- Ausência
produção de catalase.
auxilio da alça bacteriológica. de bolhas.
Prova de Formação de um Suspender a bacteria em tubo, add Positivo - coagulado Positivo – enzima que ativa a
cascata de coagulação está
coagulase (em complexo enzimático que 0,5 ml de plasma de coelho a aprox presente (S. aureus -Colonias
Negativo – NÃO
tubo) reage com o fibrinogênio 35ªC. Verificar de hora em hora se são acinzentadas a amarelo
coagulado dourado intenso).
para formar a fribrina há formação de coagulo
Negativo- ausência de
(disparo enzimático da
coagulase
coagulase)
Prova de Detectar a atividade da Semeadura em spot em Agar Observar a formação Positivo- formação de halo
DNAse enzima DNAse; incubar a placa 24h e de halos envoltos da transparente, devido a
desorirribonuclease acrescentar HCL 1 N (em qt para colônia (pos), degradação do DNA pela
produzida por diferentes cobrir a placa). precipitado por toda enzima DNAse.
Microbiologia 5
Prova de Baseado na disco difusão, Teste é realizado utilizando disco de Observar e medir a Sensível (halo) – grupo
sensibilidade a a novabiocina inibe o novabiocina 5Ug. Semear a bactéria produção de halos. epidermides (colônias cinza e
novobiocina crescimento bacteriano. em placa de Agar sangue de branca).
Positivo- formação de
carneiro 5%, colocar o disco sobre a
halo Resistente (s/ halo) – grupo
área semeada, incubar em
saprofíticos.
aerobiose por 18 a 24h a 35ºC-2ºC. Negativo- ausência de
(Agar com espessura de 3mm e 10 halo.
a oitava cels)
• S.aureus está presente no trato respiratório superior (narinas e pele 30-50% população geral), especialmente
nas narinas, de aproximadamente 60% da população em geral, e assim permanece sem causar doença em
condições normais.
• Principal causa das infecções supurativas de pele e dos tecidos (foliculite, furúnculos)
• 2º. lugar como agente causador de bacteremia ou sepse intra-hospitalar (intervenção cirúrgica)
Destruição da desmogleina pela esfoliatina (produzida pelo S. aureus em foco distante e levada até a pele
pela corrente sanguínea)
• INTOXICAÇÃO ALIMENTAR
Fisiologia do S.aureus
Fermentam manitol
- Catalase
- Coagulase
Tratamento
Cirúrgico
Staphylococcus epidermidis
• Staphylococcus epidermidis faz parte da flora normal da pele e da mucosa de seres humanos e animais
superiores
• saprophyticus
• não saprophyticus,
Staphylococcus saprophyticus
Pressão seletiva
• Eliminação dos patógenos sensíveis e re-colonização por cepas/espécies MULTI-resistentes - Não há vazio
ecológico; “Indução” de resistência.
Microbiologia 9
Streptococcus
Características Gerais:
• Anaeróbios facultativos
• Catalase negativos
• Extrato de Ag: preparados por reagentes químicos (HCl) ou por ação enzimática (pepsina ou tripsina)
• Grupo C (ramnose-N-acetilgalactosamina)
• Grupo F (glicopiranosil-N-acetilgalactosanima)
• Proteína M
• Estreptoquinase (fibrinolisina)
– Tratamento de tromboses
• Hialuronidase
• Estreptolisina O
Microbiologia 11
• Estreptolisina S (SLS)
– rash da escarlatina (doença aguda c/ febre, albuminúria e descamação) e síndrome do choque tóxico
estreptocócico (bacteremia com ↓ PA)
• Pneumolisina
• Autolisina
A zona afetada apresenta borda nítida e esta avança conforme a progressão da doença
Escarlatina
Doença infecciosa aguda com febre, calafrios, náuseas, vômitos, comprometimento da faringe e aparecimento de
eritema e descamação cutânea
PIODERMITES BACTERIANAS
Descamação das palmas e plantas entre uma e duas semanas após o início do quadro
Hipotensão e comprometimento de outros sistemas: gastrointestinal (vômitos, diarréia), muscular (mialgias), renal
(piúria sem infecção), hematológico (plaquetopenia) e SNC (desorientação)
Precoce: Primeiros 5 dias de vida; bacteremia, pneumonia, meningite, choque séptico e neutropenia; associada
aquisição no útero; alta mortalidade
Tardio: 7 dias a 3 meses após nascimento (média 3-4 semanas); aquisição no canal do parto ou ambiente hospitalar;
bacteremia com meningite; mortalidade de 10-15%
Outras infecções:
bacteremia pós-cesariana,
• Outras espécies:
Estreptococos do grupo D
• Habitat: TGI
• Não-Enterococos
Estreptococos do grupo F
• β-hemolíticos: podem causar celulite, abscessos de tecidos profundos, bacteremia, endocardite eosteomielite
(em geral em pacientes com doença base)
Estreptococos do grupo G
• Faringite, otite média, infecção pleuro-pulmonar, celulite, osteomielite, bacteremia, endocardite, meningite.
S. pneumoniae
• Epidemiologia:
• Endocardite bacteriana
• Placa e cárie dentárias - S. mutans produzem glicosiltranferase - hidrolisa sacarose da dieta e forma glicanos
- adesão à superfície lisa dos dentes - formação de ácidos (metabolismo) - desmineralização do esmalte
dentário e início das lesões
PRINCIPAIS MICROORGANISMOS
Enterococcus
• Fatores de virulência
• Citolisina (hemolisina)
• ITU (infecções do trato urinário), Bacteremia, Endocardite, Infecções abdominais, Sepsia neonatal , Meningite
(casos raros).
Identificação Laboratorial
Microbiologia 16
• Denominados não-hemolíticos
Identificação de estreptococos
Sensibilidade à optoquina
Teste de CAMP
• Princípio: S. agalactiae secretam uma proteína, denominada "fator CAMP" que interage com a
beta-hemolisina secretada por S. aureus, o que produz aumento de sinergia da hemólise
(potencialização da hemólise).
– prova positiva = formação de um precipitado abundante (que perdura por mais de 10 minutos)
• no sobrenadante
Prova de bile-esculina
• Esculina esculetina
• Esculetina reage com íons férrico (presentes no meio) formação de um precipitado escuro
• bactérias resistentes à bile e que hidrolisam a esculina produzem reação + ( complexo preto, difusível)
• Enterococcus spp.
• Streptococcus do grupo D
• incubaçao 18-24 h
• tolerância = crescimento
• Enterococcus spp.
• Streptococcus do grupo D
Microbiologia 19
• Aguardar 5 minutos
• teste Å
• Streptococcus do grupo A
• Enterococcus spp.
Streptococcus beta-hemolíticos
• grupos A, B, C, D, F, G
• extração do antígeno
• imunoensaio
aglutinação
Microbiologia 20