Ativ Artigo
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"Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu quero mudar o
mundo, tenho que começar por mim.
domingo, 14 de julho de 2013
ARTIGO DE OPINIÃO
Menino de 9 anos é internado após agressão em escola
Agência Estado
O menino Marco Antônio, de 9 anos, foi agredido por cinco garotos da mesma faixa
etária dentro da sala de aula e na saída de uma Escola Estadual, anteontem, numa cidade
próxima à região de Ribeirão Preto (SP). Devido à agressão, ele foi internado e passou
por exames de tomografia e ressonância magnética em Ribeirão Preto. Marco terá alta
hospitalar amanhã e usará colar cervical por 15 dias.
Segundo a mãe, de 27 anos, o filho sofre com as brincadeiras de colegas porque é gago.
Após a agressão na escola, ele não mencionou nada em casa. Dentro da sala de aula (3ª
série), ele foi atingido por um soco, um tapa e um golpe de mochila. Na saída da escola,
a inspetora o mandou sair pelos fundos, mas os agressores perceberam e o cercaram,
desferindo socos e chutes em seu corpo.
Na manhã de ontem, Marco acordou com o pescoço imobilizado. A avó o levou à escola
e os cinco agressores foram mandados para casa pela direção. Revoltada, a mãe quer
processar a escola e ainda retirar os três filhos de lá — Marco é o mais velho dos
irmãos. A delegada Maria José Quaresma, da DDM, disse que cinco garotos foram
identificados e serão ouvidos nos próximos dias.
O caso, registrado na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), será investigado e
passado à Curadoria da Infância e da Juventude. A Secretaria Estadual da Educação
informou que foi aberta uma apuração preliminar para averiguar a denúncia de agressão
entre alguns alunos da escola. “Caso seja constatado que o fato aconteceu dentro da
escola, o Conselho Escolar vai definir as medidas punitivas em relação aos estudantes,
como, por exemplo, a transferência de unidade”, disse a nota da Secretaria.
Agência Estado, 18/9/2009. (Para uso neste Caderno, os nomes, assim como outras
informações que possam identificar os envolvidos, foram substituídos ou suprimidos).
Maioridade penal
Contra:
Redução da idade penal
Wandyr Zafalon
Quando cenas violentas se repetem e repercutem por todo o território nacional, o assunto redução da
idade penal volta com intensidade. Em primeiro lugar, não podemos deixar de entender e respeitar o
sentimento de perda e luto dos parentes próximos. São inteiramente compreensíveis as manifestações de
revolta e intenções de vingança surgidas em momentos tão inesperados e dolorosos. Revolta e vingança
são mecanismos utilizados como forma de suportar a própria dor e podem até ajudar na elaboração do
luto.
Devemos ficar atentos, quando crimes violentos comovem toda a sociedade, para não permitirmos
que nossas emoções cheguem a eliminar nossa própria racionalidade.
Ao fazermos a pergunta: Quem é esse criminoso??? Na maioria das vezes, vamos deparar com
respostas que nos levarão à seguinte conclusão: somos vítimas de vítimas.
Pensando e sentindo assim, é fácil perceber que a sociedade precisa reduzir muitas outras coisas:
reduzir a corrupção, reduzir a desigualdade social, reduzir a injustiça, reduzir os políticos desonestos,
reduzir a falta de educação, porque ela, infelizmente, ainda não é para todos.
Reduzir a idade penal isoladamente é apenas um desejo vingativo que faz emergir e transparecer a
nossa própria violência.
Muito se critica o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Porém, o mesmo já existe há mais de
uma década, e pouco, muito pouco, saiu do papel. Nenhum governo (federal, estadual ou municipal)
colocou em foco, como prioridade, os direitos que nossas crianças e adolescentes adquiriram e merecem.
Os setores mais conservadores da sociedade criticam os defensores do ECA, que só enxergariam os
"direitos". Mas esses direitos são tão básicos e elementares que mostram o tamanho do descaso com as
causas sociais de nosso país. O estatuto quer toda criança e todo adolescente na escola; no esporte; nas
artes; no meio de famílias com renda suficiente para proporcionar uma vida digna e qualificada.
Enquanto tudo isso não vier, reduzir isoladamente a idade penal é se vingar, dos outros, por um crime
cometido por nós mesmos. O não cumprimento de nossa parte, enquanto sociedade, é talvez mais
violento do que a própria violência.
Wandyr Zafalon Junior é psicólogo-clínico, em Araçatuba (Folha da Região, 25/11/2003)
A favor
93% dos mineiros são a favor da redução da maioridade penal
Rodrigo Lopes
BELO HORIZONTE - Uma pesquisa realizada de 12 a 18 deste mês em Belo Horizonte, mostra que
93% dos mineiros são favoráveis à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O Instituto Olhar
ouviu 1200 pessoas, apenas 6% se manifestaram de forma contrária e 0,5% não sabem ou não
responderam. A discussão sobre o tema ressurgiu após o assassinato do casal Liana Friedenbach e Felipe
Caffé, que teria sido comandado por um adolescente de 16 anos, em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo.
O diretor do Instituto Olhar, Rodrigo Mendes Ribeiro, disse que resultado da pesquisa a influenciada
pelo assassinato dos estudantes paulistas. Na pesquisa foram ouvidos moradores de nove regiões de Belo
Horizonte, Oeste, Centro-Sul, Leste, Noroeste, Barreiro, Nordeste, Norte, Venda Nova e Pampulha, sendo
133 em cada uma delas. A margem de erro é de 2,9%. 28,4% dos entrevistados têm idade entre 20 e 29
anos; 23,9% entre 30 e 39 anos; 18,8% entre 40 e 49 anos e o mesmo percentual acima de 50 anos.
Apenas 10,2% dos ouvidos têm entre 16 e 19 anos.
A maior parte dos entrevistados, 39,8% tem grau de escolaridade médio, seguido do fundamental (5ª
a 8ª série), 28,7% e 1ª a 4ª, 17,8%. Com ensino superior, manifestaram sua opinião 9,5% e sem
estudos, 4,3%. (Jornal do Brasil, 23/11/2003)
Proposta de redação
Depois de ler os textos acima, redija um texto dissertativo de 30 linhas, emitindo sua opinião a
respeito da maioridade penal. Faça rascunho, coloque título.
CUIDADO! NÃO COPIE NADA DOS TEXTOS DE APOIO, REDIJA SUA DISSERTAÇÃO COM
SUAS PALAVRAS.
1)O texto informa e comenta os resultados de uma pesquisa sobre o trabalho infantil em nosso
país. No 1º parágrafo, além de informar, a jornalista também emite uma opinião sobre a
pesquisa. Essa opinião consiste na ideia principal do texto, que é desenvolvida pelos
parágrafos seguintes. De acordo com o primeiro parágrafo:
a)O trabalho infantil em nosso país aumentou ou diminuiu?
b)Qual é o ponto de vista expresso pela jornalista, que constitui a idéia principal do texto?
2)O parágrafo pode ser constituído de diferentes formas. Uma delas, a mais comum, é a
declaração inicial. Esse tipo de parágrafo é introduzido por meio de uma afirmação,
desenvolvida por idéias secundárias. Qual é a declaração inicial que abre o 1º parágrafo?
3)Outra forma de desenvolvimento de parágrafo bastante comum é a comparação.Observe no
3º parágrafo: que elementos são postos em comparação?
4)Outro tipo de desenvolvimento possível de parágrafo é o estabelecimento de relações de
causa e conseqüência, como ocorre no 9º parágrafo. De acordo com esse parágrafo, que
conseqüências o trabalho infantil produz?
5)Outro desenvolvimento de parágrafo é a ilusão histórica. Nesse tipo de desenvolvimento, é
comum se utilizar o passado para comparar com o presente. No texto lido, há alusão histórica?
Se sim, identifique-a.
6)Também são comuns os parágrafos desenvolvidos a partir de uma citação, ou seja, para
fazer valer seu ponto de vista, o autor do texto utiliza o pensamento de uma autoridade ou de
um especialista no assunto. Também pode se valer de dados de um órgão ou entidade que
seja reconhecida na área.
a) No texto lido há a citação do pensamento de um especialista. Em qual parágrafo isso
ocorre?
b) Que outro tipo de citação existe no texto? Identifique-a.
7)No último parágrafo, a autora estabelece relação entre criança/adolescente e escola.
a)A que conclusão ela chega?
b)Essa conclusão coincide com a ideia principal do texto, lançada no 1º parágrafo?
8)Agora, escreva um texto argumentativo. Escolha uma das propostas a seguir.
PROPOSTA 1
Muitas crianças ajudam em casa, tomando conta de irmãos menores ou fazendo tarefas
domésticas: cozinhar, passar, limpar a casa, etc. Na sua opinião, a criança deve ou não ajudar
em casa? Se acha que sim, explique por que e em que condições esse trabalho deve ocorrer.
Se acha que não, explique por quê.
PROPOSTA 2
A lei de proteção à criança e ao adolescente permite que o menor de 16 e maior de 14 anos
trabalhe, desde que seja na condição de aprendiz, isto é, durante certo tempo o adolescente
aprenderia determinada profissão e trabalharia um número reduzido de horas, a fim de
continuar os estudos. Contudo, o que se verifica na realidade é que muitos adolescentes, para
garantirem o emprego, deixam de estudar e chegam a trabalhar 40 horas por semana, como os
adultos.
Na sua opinião, a lei que regula o trabalho do menor aprendiz, deve ser mantida?
PROPOSTA 3
Até alguns anos atrás, as crianças do meio rural deixavam de ir à escola na época de
colheita para ajudar seus pais. Com o projeto Bolsa-Escola, o governo passou a pagar uma
pequena quantia mensal às famílias que têm filhos na escola, com a condição de não faltarem.
Essa iniciativa melhorou sensivelmente os índices de evasão e reprovação escolar. O que você
acha dessa iniciativa? Que outras iniciativas poderiam ser tomadas pelo governo, a fim de
manter a criança na escola?
Então – por outro lado – pois – que isso – nem todos –mas – porque – nossa opinião –
logo –nem todos.
O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade e à qualidade
de suas águas, ______________, se não fizermos boas campanhas educativas para a
população, _______________ perderemos esse privilégio.
Em__________________, já manifestada em artigos anteriores,as campanhas
são necessárias _________________ muitas pessoas desperdiçam água lavando
calçadas diariamente, não consertando torneiras que vazam e passando muito tempo
nos chuveiros.
___________________ são favoráveis às campanhas educativas. Para alguns
economistas, a solução é aumentar o preço da água.
Pensamos _________________seria um verdadeiro absurdo,
______________ o preço da água brasileira é um dos mais altos do mundo!
___________________, mesmo pagando caro, os brasileiros continuam
desperdiçando água.
Todos sabemos que seria impossível viver sem água. ________________, a
solução melhor é fazer campanhas educativas que ajudem a conscientizar a
população, mostrando a todos que a água é um recurso que pode se esgotar com o
mau uso.
(adaptado de Antonio Ermino de Moraes: Depois da água, por que não o ar? Folha de
São Paulo: Opinião- 24/03/02)
1. Qual é o tema do artigo de opinião?
2. Qual foi a posição do autor em relação ao tema do artigo?
3. Como ele justificou sua opinião?
4. Qual é outro argumento que aparece no artigo?
5. O autor é favorável a esse argumento? Justifique sua resposta.
6. Como o autor conclui seu texto?
7. Escolha um dos temas abaixo e defenda a sua opinião sobre o assunto.
- Quanto mais cara a água, mais a população economizará.
- Não se pode deixar de lavar calçadas e automóveis, é um caso de higiene.
- Não devo me preocupar com a água.
- É preciso alertar a população para o risco de não haver mais água no futuro.
Namoro e Futebol
Eles se conheceram na escola, onde cursavam a mesma classe. E foi o legítimo
amor à primeira vista. Uma semana depois já estavam namorando, e namorando firme. Eram
desses namorados que fazem as pessoas suspirar e dizer baixinho: meu Deus, o amor é lindo.
Ele, 17 anos, alto, forte, simpático; ela, 16, uma beleza rara. Logo estavam e visitando
em casa. Os pais de ambos davam a maior força para o namoro e antecipavam um casamento
no futuro: os dois formavam o casalzinhoideal. Inclusive arque gostavam das mesmas
coisas: ler, ir ao cinema, passear no parque.
Mas alguma coisa tinha de aparecer, não é mesmo? Alguma coisa sempre aparece para
perturbar mesmo o idílio mais perfeito.
Foi o futebol.
Ele era maluco pelo esporte. Jogava num dos vários times da escola, no qual era o
goleiro. Umgrande e esforçado goleiro, cujas defesas muitas vezes arrancavam aplausos da
torcida.
Ela costumava assistir às partidas. No começo nem gostava muito, mas então passou a
seinteressar. Um dia disse ao namorado que queria jogar também, no time das meninas da
escola. Para surpresa dela, ele se mostrou radicalmente contrário à idéia. Disse que futebol era
coisa parahomem, que ela acabaria se machucando. Se queria praticar algum esporte, deveria
escolher o vôlei. Ela ficou absolutamente revoltada com o que considerou uma postura
machista dele. Disseque iria começar a treinar de qualquer jeito.
Começou mesmo. E levava jeito para a coisa: driblava bem, tinha um chute potente. Só que
aquilo azedava cada vez mais as relações entre eles. Discutiam com freqüência e acabaram
decidindo dar um tempo. Uma notícia que deixou a todos consternados.
Passadas umas semanas, a surpresa: o time das meninas desafiou o time em que ele era
goleiropara uma partida.
Ele tentou o possível para convencer os companheiros a não jogar com elas.
No fundo, porém, não queria se ver frente a frente com a namorada, ou ex-namorada.
Os outros perceberam isso, disseram que era bobagem e o jogo foi marcado.
Ele estava tenso, nervoso. E não podia tirar os olhos dela. Agora tinha de admitir: jogava
muitobem, a garota. Era tão rápida, quanto graciosa e, olhando-a, ele sentia que, apesar das
discussões, ainda gostava dela.
De repente, o pênalti. Pênalti contra o time dos garotos. E ela foi designada para cobrá-Io. Ali
estavam os dois, ele nervoso, ela absolutamente impassível. Correu para a bola - no
últimosegundo ainda sorriu - e bateu forte. Um chute violento que ele, bem
posicionado, defendeu. Sob os aplausos da torcida.
O jogo terminou zero a zero. Eles se reconciliaram e agora estão firmes de novo.
Mas uma dúvida o persegue: será que ela não chutou a bola para que ele fizesse
a brilhantedefesa? Não teria sido aquilo um gesto, par assim dizer, de reconciliação?
Ela se recusa a responder a essa pergunta. Diz que um pouco de mistério dá sabor ao
namoro. E talvez tenha razão. O fato é que, desde então, ela já cobrou vários pênaltis. E não
errou nenhum.
01. Sobre o interesse da moça pelo futebol, é correto afirmar que ela
(A) sempre fora maluca pelo esporte.
(8) começou a gostar vendo o namorado jogar.
(C) só se envolveu quando precisou cobrar um pênalti.
(D) passou a jogar obrigada pelas outras meninas.
2.No quinto parágrafo, o uso dos advérbios "radicalmente" e "absolutamente" indica que
(A) nem a moça nem o rapaz estavam convictos quanto à posição que assumiram na
discussão.
(B) embora o rapaz tivesse se excedido, a moça de forma alguma discordaria dele.
(C) a moça e o rapaz agiram de modo refletido e ponderado mesmo em situações
controversas.
(D) a uma posição extrema do rapaz correspondeu uma reação proporcional da
moça.
3.O sentido dos trechos "foi o legítimo amor à primeira vista" e "os dois formavam o casalzinho
ideal" é retomado, no texto, pela expressão
(A) idílio mais perfeito. (B) postura machista. (C) jeito para a coisa.
(D) dar um tempo.
4. O primeiro conflito que rompe a situação inicial de equilíbrio vivida pelos personagens
localiza-seno (A) primeiro parágrafo. (B) sétimo parágrafo. (C) quinto parágrafo. (D)
penúltimo parágrafo.
5. A afirmação, no segundo parágrafo, de que "Alguma coisa sempre aparece para perturbar"
éconfirmada no trecho do texto:
(A) E talvez tenha razão. (B) Mas uma dúvida o persegue. (C) Ele era maluco
pelo esporte. (D) Sob os aplausos da torcida.
9. Identifique, nos trechos abaixo, o momento que evidencia a fala direta do locutor
(autor) com o
leitor.
(A) “Há pessoas campeãs de relacionamento...”
(B) “Pessoas competentes têm foco...”
(C) “Elas não gastam tempo...”
(D) “Pense nisso. Sucesso!”
11. Há pessoas com opiniões diferentes em relação à tese defendida pelo autor. Para
elas, basta
que a empresa tenha funcionários
(A) éticos e incompetentes.
(B) participantes e indisciplinados.
(C) com bom relacionamento e amizade.
(D) disciplinados e dispersos.