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REVESTIMENTOS CERMICOS E SUAS APLICABILIDADES

Marinilda Nunes Pereira da Sliva1


Marly Nunes Pereira da Silva2
Bruno de Uzeda Serralvo Barrionuevo3
Igor Marinho Feitosa4
Givanildo Santos da Silva5

Engenharia Civil

cincias exatas e tecnolgicas

ISSN IMPRESSO 1980-1777


ISSN ELETRNICO 2357-9919

RESUMO

Revestimentos cermicos so utilizados para revestir pisos e paredes, sendo divididos


em grupos de acordo com suas caractersticas qumico-fsicas e suas aplicaes. Exis-
tem casos de uso mais especficos das placas cermicas, como a necessidade de re-
sistncia ao congelamento, quando utilizadas em superfcies frias, uso industrial com
exposio a ambientes ou produtos qumicos agressivos, locais de trfego intenso, atrito,
e outros. No sistema de revestimento cermico, de grande importncia uma vez que
este sistema depende de vrios outros subsistemas do acabamento final da construo,
e tambm est intimamente relacionado com a esttica e proteo dos ambientes, pro-
porcionando robustido estrutura contra vrios agentes de degradao.

PALAVRAS-CHAVE

Revestimento Cermico. Aplicaes. Acabamento.

Cincias exatas e tecnolgicas | Macei | v. 2 | n.3 | p. 87-97 | Maio 2015 | periodicos.set.edu.br


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ABSTRACT

Ceramic coatings are used to coat floors and walls, divided into groups according to
their chemical-physical characteristics and their applications. There are cases more
specific use of ceramic plates as the need for freeze resistance when used in cold
areas, industrial use or with exposure to harsh chemical environments, local traffic,
friction and others. In the ceramic coating system is very important since this system
relies on various other subsystems of the final finishing of the construction, and is also
closely related to the aesthetics and protection of the environment, providing robust
structure against various degradants.

KEYWORDS

Ceramic Coating. Applications. Finish.

1 INTRODUO

Os revestimentos cermicos esto entre os mais usados na construo civil,


com diversas possibilidades de aplicao, alta durabilidade e variedade de estampas,
sejam comerciais ou residenciais. Na hora da escolha, porm, preciso observar bem
os critrios como resistncia abraso, produtos qumicos e impactos, alm dos n-
veis de absoro de gua e textura. Dos pisos e azulejos mais comuns aos modernos
porcelanatos e pastilhas, h uma indicao adequada para cada tipo de ambiente
(interno ou externo, molhado ou seco, alto trfego ou no) e tambm de condies
climticas.

Ao escolher um revestimento cermico certo, exige a orientao de um pro-


fissional capacitado, como um arquiteto ou engenheiro. Este profissional precisa ter
conhecimentos tcnicos para fornecer a correta especificao da placa cermica, da
argamassa de assentamento e de rejuntamento adequado ao ambiente de uso.

A escolha do revestimento cermico para o ambiente um fator importantssimo,


pois o revestimento cermico, alm de promover beleza, protege a estrutura da edifica-
o. E neste caso deve-se estar atento para a aplicao deste produto. Para assentar o
revestimento cermico preciso de argamassa e rejunte, sempre observando as reco-
mendaes na embalagem se esto de acordo com as normas tcnicas brasileiras, o que
pode ser confirmado em Baa; Sabattini (2000).

1.1 CONCEITOS DO REVESTIMENTO CERMICO



Desde a antiguidade o revestimento cermico vem sendo usado para revestir pi-
sos e paredes. Antigamente era utilizado apenas pela nobreza, decorados preciosamen-

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te pelos arteses ceramistas e tinham como destino as paredes dos grandes palcios e
construes nobres. A popularidade veio em meados do sculo XX, quando a produo
em larga escala tornou o revestimento cermico acessvel a bolsos menos abastados.

A cermica pode ser feita em argila pura de massa vermelha, ou de uma mistura
com cerca de nove minerais de tonalidade clara ou branca. No Brasil, a abundncia
dessa matria prima, argila, estimulou o crescimento desse mercado recheado de
opes, com caractersticas especficas para se adaptar ou compor diferentes am-
bientes. Atualmente existe uma variedade de produtos cermicos para atender aos
mais variados tipos de ambientes como: reas comerciais ou industriais, residncias,
fachadas e piscinas, mantendo as caractersticas contemporneas de durabilidade
aliada beleza esttica.

1.2 CARACTERSTICAS FUNES DO REVESTIMENTO CERMICO

O revestimento cermico tornou-se com o passar do tempo mais que um item


de decorao e acabamento. Com novas tecnologias aplicadas tcnica milenar de
se produzir cermica, obteve-se um elemento que passou a ser, na maioria das ve-
zes, indispensvel na construo civil. Proteo de estruturas, direcionamento de de-
ficientes visuais e reciclagem, so umas das versatilidades que sero apresentadas
neste trabalho.

A grande vantagem da utilizao do revestimento cermico reside, principal-


mente, nas seguintes caractersticas: durabilidade do material; facilidade de limpeza;
higiene; qualidade do acabamento final; proteo dos elementos de vedao; iso-
lamento trmico e acstico; estanqueidade gua e aos gases; segurana ao fogo;
aspecto esttico e visual agradvel.

A qualidade e a durabilidade de uma superfcie com revestimento cermico es-


to fundamentadas diretamente em conceitos relacionados aos seguintes aspectos:
planejamento e escolha correta do revestimento cermico; qualidade do material de
assentamento; qualidade da construo e do assentamento e manuteno.

1.3LOCAIS DE APLICAES DO REVESTIMENTO CERMICO

A placa cermica um revestimento adequado ao clima brasileiro e pode ser


utilizada tanto interna quanto externamente, em pisos e paredes e em locais de pe-
queno ou grande fluxo. Sua durabilidade, facilidade de limpeza e manuteno da hi-
giene conferem ao material uma preferncia dos consumidores.

Entretanto, para o bom desempenho do revestimento cermico necessrio colocar


o material certo para cada ambiente. necessrio especificar corretamente e, para que se
obtenha sucesso, alguns aspectos so fundamentais para a escolha correta do produto: as

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propriedades do material, clima e local de uso. Apenas a viso conjunta desses trs fatores
possibilitar uma escolha adequada.

2 PISO OU PAREDE

Diferenciar placa cermica para piso ou parede significa diferenciar resistncia abra-
so e carga de ruptura. As solicitaes da placa cermica para parede em geral no requi-
sitam maiores cuidados e resistncia mnima a ruptura: mdulo de 18 N/mm2 e carga de
400N. Dependendo do uso, caractersticas como absoro de gua, expanso por umida-
de, resistncia ao ataque qumico, resistncia a machas etc., podem ser importantes.

Ao usar produto cermico para piso importante observar diversas caractersti-


cas no exigidas para parede como a resistncia abraso, relacionada ao trfego de
pessoas, resistncia ruptura, de acordo com a carga que ser submetido, possibili-
dade de impacto, o coeficiente de atrito, em funo do escorregamento do cho e,
por fim, a resistncia a manchas e a facilidade de limpeza.

2.1 AMBIENTE INTERNO OU EXTERNO

O produto cermico em ambientes externos requer caractersticas mais com-


plexas quando comparadas ao uso interno. No caso externo, a placa cermica encon-
tra-se exposta s alteraes de clima, sol, chuva, vento. Essas variaes requerem do
material baixa absoro de gua e baixa expanso por umidade. Se o revestimento
estiver sujeito a baixas temperaturas importante que seja resistente ao congelamen-
to. O ensaio de resistncia gretagem sempre exigido. A resistncia mancha e a
resistncia ao ataque qumico so tambm importantes em funo deste revestimen-
to estar sujeito aos agentes atmosfricos.

Para a escolha do revestimento que deve ser usado, alguns critrios devem
ser considerados, como: se o ambiente interno ou externo, horizontal (pisos) ou
vertical (paredes), seco ou molhado. Aps esses critrios serem examinados, feito
o projeto de aplicao do revestimento.

3 REVESTIMENTOS CERMICOS EM REAS PBLICAS

Aps consultar os autores,Melchiades; Teixeira; Bocshi (1997)e guias de cons-


trues foi possvel determinar que o melhor revestimento cermico para reas p-
blicas aquele que tem alta resistncia e fcil limpeza, porm deve-se observar a
questo da acessibilidade.

Em reas pblicas, conforme a ABNT (NBR 9050), necessria a utilizao


de pisos tteis, que tem por finalidade indicar o caminho para deficientes visu-

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ais. So elementos que auxiliam a mobilidade, combinando a linguagem binria


dealerta e direo.Informam e direcionam as pessoas em seus deslocamentos,
formandotrilhascom preciso esegurana.Devem ser utilizados em reas exter-
naseinternas, garantindo fluxo adequado. As combinaes so bastante flexveis
e asnormas de aplicao exemplificam diversas situaes. Os pisos tteis devem
ser de cores vibrantes e devem seguir a norma NBR 9050 para serem aplicados
com a devida preciso.

Existem dois modelos de pisos tteis, as Figuras abaixo representam os dois mo-
delos, o piso ttil de alerta e o piso ttil direcional.

Fonte: ABNT (NBR 9050).

Esta acessibilidade muito importante em reas pblicas, porm nem sempre


suficiente, conforme M. Dischinger e outros autores (2007).

No caso do grupo especfico de usurios com deficincia visual, a simples eli-


minao de barreira fsica (como remoo de postes em caladas estreitas e a cons-
truo de rampas), no o suficiente para garantir o seu acesso e a participao
nas atividades da vida diria. Para esses usurios fundamental garantir a oferta de
informaes espaciais especficas, que auxiliem na compreenso do espao, na sua
orientao e deslocamento de modo independente e com segurana.

Portanto, a necessidade de desenvolver novos produtos de qualidade que pos-


sam aumentar a resistncia para uma grande capacidade de circulao de pessoas e
deficientes visuais grande no setor que diz respeito aos revestimentos cermicos
para reas pblicas, prometendo, ento, ser rentvel a quem investir neste segmento.

3.1 REVESTIMENTOS CERMICOS DE FACHADAS

As principais funes dos revestimentos cermicos de fachadas so proteger a edi-


ficao de chuvas, preservando assim sua estrutura e alvenaria e dar um acabamen-
to arquitetnico ao conjunto. A escolha do revestimento cermico para fachadas deve
ocorrer no projeto arquitetnico da edificao, levando-se em conta vrios aspectos da
construo e sua localizao geogrfica.

A localizao geogrfica um fator importante na hora de escolher o revesti-


mento correto. Se for uma regio chuvosa, dever ser aplicado um revestimento de

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maior resistncia gua, com as caractersticas que j foram citadas acima, mesmo
que seja em uma regio com pouca chuva a escolha deve seguir a norma tcnica
brasileira NBR 13755/1996. Devem tambm ter fcil limpeza e no podem perder sua
colorao original com a ao da luz solar.

O vento tambm um importante fator, pois sua ao, levando-se em con-


siderao principalmente em cidades com maior ndice de poluio, pode causar
oxidao das peas cermicas e em maior intensidade, atuando em conjunto com as
chuvas.

4 ORIGEM DA MATRIA PRIMA

A indstria da cermica uma das mais antigas do mundo, em vista da facilida-


de de fabricao e abundncia de matria-prima a argila. J no perodo neoltico,
segundo Bauer (2008), o homem vedava as cestas de vime com a argila. Porm com
o passar do tempo verificou que podia dispensar o vime, e fez os potes somente de
argila e observou que o calor endurecia esse barro, surgindo ento a cermica pro-
priamente dita, dando origem ao mtodo usado at hoje para a fabricao das placas
cermicas, o cozimento.

As argilas podem ser encontradas de diversas maneiras na natureza, chamados


depsitos, dentre eles: na superfcie das rochas, como resultado da decomposio
superficial das mesmas; nos veios e trincas das rochas;nas camadas sedimentares,
onde foram depositadas por ventos e Chuvas (ASSOCIAO BRASILEIRA DE CER-
MICA, 2010).

De acordo com o depsito em que a argila foi extrada, elas recebem diferentes clas-
sificaes. As argilas so chamadas residuais quando o depsito ocorre no prprio local
onde houve a decomposio da rocha, e sedimentar quando o depsito fica distante do
local onde se encontrava a rocha.

O depsito de argila natural chamado barreira. Para sua explorao, retirada inicial-
mente a camada superficial, que quase sempre apresenta grande porcentagem de matria
orgnica. Abaixo fica a argila mais pura, aproveitvel, que , ento, empregada na indstria
da cermica (BAUER, 2008).

4.1 COMPOSIES QUMICAS DAS PLACAS CERMICAS

As placas cermicas so obtidas basicamente da moldagem, secagem e queima


da argila ou alguma mistura, contendo argila. Alm disso, em seu processo de fabrica-
o feito a esmaltao e sua decorao. A extrao da argila feita a partir das jazidas
por meio de mquinas escavadeiras e, em determinados casos, so utilizados explosi-
vos para a fragmentao da rocha.

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Segundo Ribeiro; Pinto; Starling (2002) so vrios os tipos de argila, porm os


que so mais usados para a fabricao de revestimentos cermicos so: a argila ver-
melha, a argila branca, a argila fundente e a argila plstica.

A argila possui em sua composio qumica, vrios elementos. Dentre eles: Sli-
ca (SiO2); Alumina(Al2O3); xido frrico (Fe2O3); Cal (CaO); Magnsia (MgO); lcalis
(Na2O e K2O); Anidrido carbnico (CO2); Anidrido sulfrico (SO2).

A argila vermelha, na sua composio qumica, tem maior teor de xido de ferro
que a branca, isso faz com que a base fique vermelha. A argila plstica tem em sua
composio argilominerais e outros minerais no argilosos, como feldspato, micas,
quartzo e matria orgnica. Na argila fundente sua composio tem uma mistura de
argilominerais com uma proporo variada de quartzo e outros minerais no plsti-
cos, e nela tem a presena de xidos fundentes.

A esmaltao de uma cermica feita para adicionar cor ou decorar sua superfcie
ou para variar sua textura. O esmalte geralmente feito de p de vidro com xidos colo-
ridos de elementos como cobalto (Co), cromo (Cr), mangans (Mn) ou nquel (Ni), sus-
pensos em gua. Podem ser adicionados no esmalte vrios componentes como xidos
alcalinos, boratos e xidos de chumbo.

As cores dos esmaltes so conseguidas por meio de pigmentos coloridos, de-


nominados corantes. Essas cores podem ocorrer de trs maneiras: pela disperso
coloidal de metais ou metaloides ou compostos qumicos (ouro, prata e cobre);pela
disperso de cristais coloridos (pigmentos cermicos);pela soluo de ons crom-
foros, na maioria das vezes, metais do grupo de transio (Cr, Cu, Fe, Co, Ni e Mn)
(Associao Brasileira de Cermica).

5 PROPRIEDADES DAS PLACAS CERMICAS

As placas cermicas para revestimento possuem caractersticas prprias deter-


minadas por suas propriedades, por meio do seu conhecimento que podemos es-
pecificar corretamente o seu uso.

5.1 ABSORO DE GUA

A absoro de gua uma propriedade da placa cermica e est diretamente


relacionada com a porosidade da pea. Outras caractersticas como resistncia me-
cnica, resistncia ao impacto, resistncia ao gelo, resistncia qumica, entre outras,
esto associadas com a absoro de gua.

Conforme Campante; Baa (2003), um dos parmetros de classificao dos re-


vestimentos cermicos a absoro de gua, que est inteiramente ligada porosi-

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dade da placa. Quanto maior a porosidade de um revestimento, maior ser a adern-


cia argamassa. Porm, o aumento da porosidade reduz a resistncia mecnica.

O grau de absoro interfere em outras propriedades como a expanso por


umidade a resistncia ao gelo. A segunda propriedade exigida nas cmaras ou em
regies com frio intenso, na qual a gua penetra nos poros do revestimento cermico
e, ao congelar, aumenta de volume, danificando a placa.

No Quadro 1, relacionou-se a porcentagem de absoro de gua quanto


tipologia do produto.

Quadro 1 absoro de gua em tipos diferentes de revestimentos

Tipologia de produto Absoro de gua


(%)
Porcelanato 0 a 0,5
Grs 0,5 a 3,0
Semi-grs 3,0 a 6,0
Semi-poroso 6,0 a 10,0
Poroso Acima de 10,0

Fonte: Inmetro (Adaptado).

5.2 RESISTNCIA A ABRASO SUPERFICIAL

A resistncia abraso est relacionada ao desgaste superficial do material


em decorrncia do trnsito de pessoas e do contato com objetos. A resistncia
abraso pode ser classificada em abraso superficial, para produtos esmaltados; e
em abraso profunda, para produtos no esmaltados. PEI significa a sigla, em ingls,
Porcelain Enamel Institute, nome do instituto que realizou os testes de abraso pela
primeira vez.

RESISTNCIA ABRASO
Abraso Resistncia
Grupo 0 Baixssima
Grupo 1 / PEI 1 Baixa
Grupo 2 / PEI 2 Mdia
Grupo 3 / PEI 3 Mdia Alta
Grupo 4 / PEI 4 Alta
Grupo 5 / PEI 5 Altssima e sem encardido

Fonte: INMETRO; SOUZA, Roberto de; TAMAKI, Marcos Roberto.

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De acordo com Souza (2005), as placas cermicas, tambm, se classificam de


acordo com a resistncia do esmalte ao desgaste por abraso.

5.3 ADERNCIA

Esta uma propriedade que, segundo Baa; Sabattini (2000), os revestimentos


cermicos tm de manter-se fixo ao substrato, pois surgem vrias tenses normais e
tangenciais no contato da base com o revestimento.

Para que o revestimento cermico fique fixo base, ele depende de vrios fato-
res que influenciam: as propriedades da argamassa, dos procedimentos de sua exe-
cuo, da sua natureza e das propriedades da base e da limpeza da superfcie.

5.4 RESISTNCIA AO ATAQUE QUMICO

A resistncia ao ataque qumico dividida em 2 classes: a residencial, que a


resistncia a produtos domsticos, obrigatria a qualquer placa; e a industrial, que
a resistncia a cidos fortes, concentrados e quentes.

NVEIS DE RESISTNCIA QUMICA


A B C
cidos e H (alta) H HB HC
lcalis L(baixa) LA LB LC
Produtos Domsticos A B C
A = Alta | B = mdia | C = Baixa

Fonte: INMETRO; SOUZA, Roberto de; TAMAKI, Marcos Roberto.

5.5 RESISTNCIA A MANCHAS

A resistncia a manchas indica a facilidade de limpeza da superfcie da pea.


Quanto mais lisa for a superfcie da pea, mais fcil a limpeza.

RESISTNCIA MANCHAS
Resistncia
1 Impossibilidade de Remoo
2 Removvel com cido Clordrico, Acetona
3 Removvel com Produto de Limpeza Forte
4 Removvel com Produto de Limpeza Fraco
5 Mxima Facilidade de Remoo

Fonte: INMETRO; SOUZA, Roberto de; TAMAKI, Marcos Roberto.

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6 CONCLUSO

De com os fatos e fundamentaes deste projeto acadmico, percebe-se as


diversas aplicabilidades do revestimento cermico na construo civil. Pode-se con-
cluir, tambm, que alm da caracterstica mais famosa das placas cermicas, o aca-
bamento, elas possuem uma finalidade, acima de tudo, funcional para a obra, dentre
elas a proteo da estrutura e preveno contra infiltraes, tendo em vista que elas
impedem que a alvenaria fique exposta s intempries do tempo.

REFERNCIAS

ASSOCIAO Brasileira de Cermica ABC. Disponvel em: <http://www.abceram.


org.br>. Acesso em: 17 abr. 2010.

BAA, Luciana Leone Maciel; SABATTINI, Fernando Henrique.Projeto e execuo de


revestimento de argamassa. So Paulo: Tula Melo, 2000. p.22.
BAUER, L. A. Falco. Materiais Cermicos, In: BAUER, L. A. Falco. Materiais de Cons-
truo/2. 5.ed., cap.18. Rio de Janeiro: LCT, 2008. p.526-535.

CAMPANTE, Edmilson Freitas; BAA, Luciana Leone Maciel.Projeto e execuo de


revestimento cermico. So Paulo: O Nome da Rosa, 2003. p.104.

MELCHIADES, Fbio Gomes; TEIXEIRA, Renata Aparecida; BOCSHI, Anselmo Orte-


ga. Estudo do defeito denominado verruga em revestimentos cermicos. So
Carlos: Universidade Federal de So Carlos, 1997.

RIBEIRO, Carmem Couto; PINTO, Joana Darc da Silva; STARLING, Tadeu.Materiais de


Construo Civil. 2.ed. Belo Horizonte: UFMG. 2002. p.85.

SOUZA, Roberto de; TAMAKI, Marcos Roberto.Gesto de materiais de constru-


o.So Paulo: O Nome da Rosa, 2005. p.136.

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Data do recebimento: 16 de Dezembro de 2014


Data da avaliao: 28 de Janeiro de 2015
Data de aceite: 25 de Fervereiro de 2015

1. Acadmica do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitrio Tiradentes UNIT.


E-mail: [email protected]
2. Acadmica do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitrio Tiradentes UNIT.
E-mail: [email protected]
3. Acadmico do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitrio Tiradentes UNIT.
E-mail: [email protected]
4. Acadmico do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitrio Tiradentes UNIT.
E-mail: [email protected]
5. Docente do Curso de Engenharia Ambiental do centro Universitrio Tiradentes UNIT.
E-mail: [email protected]

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