Breve Historia Da Teoria Da Conservação e Do Restauro
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All content following this page was uploaded by Paulo B. Lourenco on 04 June 2014.
Eduarda Luso1
Paulo B. Loureno2
Manuela Almeida3
RESUMO
1 - OS PRIMEIROS RESTAUROS
O homem teve, desde sempre, sentido de fazer perdurar no tempo todos os objectos
que fossem teis s suas necessidades, reparando aquilo que tivesse alguma funo especfica.
O prioritrio no era preservar testemunhos histricos, mas sim reparar algo que deixou de
exercer as funes para que foi concebido, se necessrio alterando-o. Originalmente, o
edifcio no compreendido como um bem que possui valor histrico ou cultural, mas sim
como um bem til ou que representa algo nessa poca. S neste caso far sentido fazer o
edifcio perdurar no tempo.
A actividade de restauro tem origem nos sculos XVIII e XIX. At esta data, os monumentos
sofreram diversas aces de conservao, alterao de uso e renovao, que no devem ser
designadas de restauro, tal como hoje entendido. Assim como a histria da arquitectura se
modificou ao longo dos anos, alterando tcnicas de construo e fundamentalmente os estilos
1
Assistente do 2 Trinio do Departamento de Construes Civis e Planeamento
2
Professor Associado do Departamento de Engenharia Civil
3
Professora Auxiliar do Departamento de Engenharia Civil
4
(1717-1768) Historiador de arte alemo, trabalhou em Roma a partir de 1755. Os seus estudos sobre a Grcia e
a Roma antigas foram uma inspirao para o movimento do neoclassicismo, estabelecendo as bases da moderna
histria da arte e influenciaram a educao no seu pas.
No final do sculo XIX e incio do sculo XX, surge uma gerao de arquitectos
preocupados com o conceito de restauro e em defesa da conservao e reparao, de modo a
Figura 7 - Praa do Castelo aps a guerra, Varsvia Figura 8 - Praa do Castelo aps a reconstruo
Em 1945, a Organizao das Naes Unidas (ONU), criou a Organizao das Naes
Unidas para a Educao, Cincia e Cultura (UNESCO), com sede em Paris e com o objectivo
O restauro uma palavra com vrias definies e prticas, mutvel ao longo dos
tempos e que possui hoje uma definio clara na Carta de Cracvia: - uma interveno
dirigida sobre um bem patrimonial, cujo objectivo a conservao da sua autenticidade e a
sua apropriao pela comunidade. expectvel que esta definio seja alterada no futuro.
O uso dos imveis tem vindo a ser alterado, referindo-se o exemplo do Estado
Portugus, promovendo a sua reutilizao como escolas, universidades, hospitais ou quartis.
Outros imveis foram reconstrudos adquirindo funes tursticas como por exemplo a rede
de Pousadas e o Palcio de Seteais. Estas intervenes e outras geram habitualmente
polmica.
No entanto, para alm dos aspectos tericos, princpios, gostos ou modas associadas
conservao e restauro de um imvel degradado, destrudo ou at mesmo desaparecido, h
tambm o problema das questes econmicas, que so fundamentais para o sucesso. Estes
8 - REFERNCIAS
[1] Appleton, Joo et al, Guio de Apoio Reabilitao de Edifcios Habitacionais, Volumes
1 e 2, LNEC, (1998)
[2] Brandi, Cesari, Teoria de la Restauracion, Alianza Editorial, (1988)
[3] Gil, Jlio, As Mais Belas Igrejas de Portugal, Vol. 2, Editorial Verbo, (1989)
[4] Luso, Eduarda, Contribuio para Intervenes no Centro Histrico de Bragana, Tese
de Mestrado, U.Minho, Guimares, 2002
[5] Rivera, Javier, Restauracion Arquitectonica desde los Origenes Hasta Nuestros Dias.
Conceptos, Teoria e Historia, em: Teoria e Historia de la Restauracion, tomo 1, MRRP,
Editorial Munilla-Leria, (1997)
[6] Rodrigues, Jorge, A Arquitectura Romnica, em: Histria da Arte Portuguesa, Direco
Paulo Pereira, Crculo de Leitores, Vol. I, (1995)
[7] Ruskin, John, Las Siete Lmparas de la Arquitectura, Editorial Alta Fulla, (1987)
[8] Salema, lvaro, Um Poema de Pedra, em: Maravilhas de Portugal, salvat Editora do
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[9] Sette, Maria Pereira, Profilo Storico, em: Trattato di Restauro Architettonico. Dir:
Giovanni Carbonara, Volume Primo, Sezione B, (1996)
[10] Torres, Cludio et al., A Arquitectura e as Artes, em: Histria da Arte Portuguesa,
Direco Paulo Pereira, Crculo de Leitores, Vol. I, (1995)
[11] Vela Cossio, Fernando, Intervenciones Arqueolgicas en Poyectos de Restauracon de
Edifcios Histricos, em: Metodologia de la Restauracion y de la Rehabilitacion. Tomo 2,
DCTA-UPM, Editorial Munilla-Leria, (1999)
[12] Cartas e Convenes Internacionais, Informar para proteger, Patrimnio Arquitectnico
e Arqueolgico, Ministrio da Cultura, I.P.P.A.R., (1996)
[13] Alterao do Decreto-Lei 316/94 de 24 de Dezembro